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arte para qué? a preocupacAo social na arte brasileira 1930-1970 subsidio para uma histéria social da arte no brasil Coordenagaio editorial: * Carla Milano Benclowicz Equipe de produgiio: José Gongalvez de Arruda Filho, Myriam Carvalho dos Santos e Sueli Geraldo Pereira. Hustragdo da capa: Livio Abramo (1903). Operirio e Méquinas, 1927/1929. Linéleo — 7,1 x 10,7em. Sik “ nd she edt CIP Bras -Poblicaglo Cimarai do Livro, SP ‘Amaral, Araci Abrew. AS12a Arte para qué? : a preocupago social na arte brasileira, 1930-1970 / Aracy A. Amaral, — Sto Paulo : Nobel, 1984, Bibliografia, ISBN 85-213-0254-1 1. Arte moderna — Séeulo 20 — América Latina 2. Arte moderna — Século 20 — Brasil 3. Arte esociedade I. Titulo. Il. Titulo: A preocupagto social na arte brasileira, 1930-1970. cDp-709.81 -700:301 4412 708.8 Indices para catilogo sistemstico: 1. América Latina : Arte contemporinea: Século 0 Arts visuais 709.8 2. América Latina: Século 20 Artes vsuis 709.8 3. Arte sociedade 700:301 4 Brasil: Arte contemporinea : Século 20: Artes visuais 709.81 '. Brasil: Séeulo 20: Artes visuais 709.81 1. O dilema da desfungao da arte Este trabalho esti distante de pretender esgotar tema to abrangente ¢ vivo de nosso ae Politica, ou das rel jdatzav fi ibliografia, desde os anos 20 em particular, seja na divididos seus um @ favor da integragio do artista n: @ aceitar uma =, seja na Franca, entre os surrealistas, ou no ‘Cxieo, com os muralistas, a partir de 1922. A polémica, contudo, reaparece em cade uma das décadas seguintes, eja nos anos 30 nos Estados Unidos, sobretudo pela Poderosa influéncia da arte mexicana sobre os artistas norte-americanos no perlodo da longa recessao, seja na Franca da 6poca da Frente Popular. © estalinismo aplicado a arte também seria fenémeno emergente dos anos 30, assim como 0 realismo nazista alemao € o realismo fascista mussoliniano. E a guerra, terminada, nao poria fim aos debates travados, pois o prestigio, para os meios inte. lectuais eartisticos de todo 0 mundo, da Unido Soviética, iderando a campanha da Paz (pela proserigto das armas atémicas) a partir do Congresso de Wroclaw, na Polénia, em 1948, seria um dado novo para as geragSes de artistas emergentes, assim como a participagto efetiva da gravura chinesa o seria na revoluca Tsé-Tung. Do outro lado da calada, a util nto € intermindvel. E as discussoes sem fim, sempre presente a “ma consciéncia”” do esptrito sensivel do artista, que se sente pairando sobre uma massa sofredora, sem em nada contribuir com seu trabalho para a i estruturas, i

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