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1.

Dados de Caracterização do Empreendimento

a) Informações Cadastrais

Razão social: FR incorporadora Ltda


Nome do responsável:
Telefone: 3237-7600
Endereço completo da empresa: Avenida Fuad Rassi, n° 935, Vila Jaraguá, Goiânia -
GO
CEP: 74.655 - 030
Endereço para correspondência: Avenida Fuad Rassi, n° 935, Vila Jaraguá, Goiânia
CNPJ: 04.222.898.0001-01
Inscrição Estadual:
Endereço da Obra: Zona rural Formosa-GO
Coordenadas geográficas do empreendimento “latitude e longitude”:

b) Localização Natureza do estabelecimento

A Usina de Concreto Comum da empresa FR INCORPORADORA LTDA, será


instalada no canteiro de obras do projeto SAA FORMOSA - BARRAGEM E
ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA–GO e terá caráter temporário de acordo com o
cronograma do projeto.

c) Situação do empreendimento

O empreendimento SAA FORMOSA - BARRAGEM E ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA–GO


se encontram em fase de instalação do canteiro de obras, a usina de concreto será
instalada de acordo com o cronograma da obra (ANEXO 1).

d) Áreas do empreendimento
Área total do canteiro de obras = 13.682,70 m²

Área do sistema de controle de poluição =

Área construída total da usina =

e) Mão de Obra

1.5.1 – Escritório

1.5.2 – Indústria

1.5.3 – Externos

1.5.4 – Outros

1.5.5 – Total

2. Descrição do processo Industrial

O processo produtivo da Dosadora de Concreto em questão consiste no


recebimento da matéria-prima, armazenamento do material, transferência do
material, pesagem e dosagem, carregamento, transporte, moldagem de corpo de
prova, lavagem e entrega.

O processo de fabricação de concreto comum inicia-se pelo recebimento dos


materiais agregados constituídos pela areia e britas fornecidos por terceiros que são
dispostos em baias separadas ao ar livre. Um sistema de aspersão de água controla
a geração de poeiras durante o manuseio, controlando também a ação dos ventos
no material.

O recebimento da matéria-prima se dá por caminhões, que, separadamente,


bombeiam o cimento e água até os silos e transportam os agregados até as baias de
armazenamento. A areia e as pedras são movimentadas por correias
transportadoras até um tanque que mistura estes agregados.
A areia, brita e cimento são dosados de acordo com o tipo de concreto desejado e
conduzidos pela correia transportadora até o caminhão betoneira.

Após cada carga de concreto, a betoneira do caminhão é lavada interna e


externamente, e a água usada no procedimento, juntamente com os materiais
resultantes da limpeza, são conduzidos para um conjunto de caixas de
sedimentação e bombas de recuperação de água, em seguida, abastecidos os
caminhões são abastecidos. Para tal, existe um posto de abastecimento dos
caminhões betoneiras, bem como oficinas.

Figura 1: Componentes do concreto

Cimento Água Areia Brita

Pasta

Argamassa

Concreto

Todos os comandos e dosagens de cada matéria-prima são programados na cabine


de controle ( Figura 2). A figura abaixo mostra um esquema ilutrativo da Central
Dosadora de Concreto, em que as setas verdes indicam o fluxo da produção.
Figura 2: Esquema ilustrativo
a) Insumos usados e forma de armazenamento

As matérias-primas utilizadas no processo são a areia, brita cimento e aditivo. A


areia é fornecida pela empresa Antonio dos Reis Oliveira – EPP, licenciada
ambientalmente, conforme Certicado nº 112 e da Mineração de Areia Vale do Rio
Grande Ltda, Processo CETESB nº 27/00482/08, e a brita é adquirida pela empresa
Construtora e Pedreira Beira Rio Ltda também licenciada ambientalmente –
Certificado nº 202. Tais insumos são dispostos em baias separadas ao ar livre,
enquanto que o cimento é adquirido, segundo informado, da empresa HOLCIM S/A
(Brasil), cujo processo PA nº 00062/1981/015/2008 de Revalidação da Licença de
Operação encontra-se em análise técnica pelo órgão ambiental.
b) Descrição do problema

A usina de produção de concreto é uma atividade sujeita ao licenciamento


ambiental, segundo a Resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997.
O processo produtivo apresentado no item anterior pressupõe alguns aspectos que
podem vir a gerar impactos ao meio ambiente. Cada uma das etapas pode
representar probabilidade alta ou baixa de ocorrência, bem como risco alto ou baixo,
caso venha a ser concretizada. A fim de analisar esses riscos avaliaremos todo o
processo.
A lavagem dos caminhões betoneiras tem como resíduo a água contaminada, que
não pode retornar aos rios. Essa água tem seu pH modificado, o que pode ocasionar
na morte de peixes do local.

O abastecimento dos caminhões, que ocorre dentro da Central Dosadora de


Concreto, é uma atividade de alto risco pelo possível derramamento de combustível
no lençol freático e principalmente por sua chance de explosão.

As oficinas utilizadas pela empresa para manutenção dos caminhões, no momento


de sua limpeza ou no possível vazamento durante uma rotina qualquer, podem
derramar óleo nos rios próximos ou mesmo no lençol freático.

A atividade de ensaio de corpo de prova também deve ser analisada, já que tem
como resíduos água e óleo misturados. O transporte da matéria-prima e do
concreto, realizados por caminhões, podem vir a gerar poluição atmosférica através
da eliminação de gases durante o trajeto.

3. Proposta de intervenção

A fim de controlar os impactos citados acima se propõe uma Análise Preliminar de


Risco (APR). Essa será composta pelos campos: etapa do processo produtivo em
que estamos nos referindo, quais são os aspectos de risco e os impactos atrelados,
severidade, freqüência, importância e legislação existente sobre o impacto. Caso
seja necessário, detalharemos o impacto em quatro outros campos, a saber:
objetivo, meta, indicador(es) e responsável(is).

Para classificar a severidade e freqüência do impacto utilizaremos as tabelas de


freqüência e severidade. Utilizaremos os mesmos critérios introduzidos por
MORGADO (2000), porém aplicaremos as tabelas categorizadas por valores, a fim
de facilitar a análise dos resultados, como segue abaixo.

Quadro 1: Tabela de Freqüência

Categoria Denominação Descrição

1 Extremamente Remota Conceitualmente possível, mas extremamente


improvável de ocorrer durante toda vida útil do
processo/instalação.

2 Remota Não esperado ocorrer durante a vida útil do


processo/instalação.

3 Improvável Pouco provável de ocorrer durante a vida útil


do processo/instalação.

4 Provável Esperado ocorrer até uma vez durante a vida


útil do processo/instalação.

5 Freqüente Esperado ocorrer várias vezes durante a vida


útil do processo/instalação.
Quadro 2: Tabela de Severidade

Categoria Denominação Descrição/Característica

Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos,


à propriedade e/ou ao meio Ambiente;

1 Desprezível
Não ocorrem lesões/mortes de funcionários, de terceiros
(Não funcionários) e/ou pessoas (indústrias e
comunidade); o máximo que pode ocorrer são casos de
primeiros socorros ou tratamento médico menor;

Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ou ao


meio ambiente (os danos materiais são controláveis e/ou
2 Marginal de baixo custo de reparo);

Lesões leves em funcionários, terceiros e/ou em


pessoas;

Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou


meio ambiente;

Lesões de gravidade moderada em funcionários, em


3 Crítica terceiros e/ou em pessoas (probabilidade remota de
morte de funcionários e/ou terceiros);

Exige ações corretivas imediatas para evitar seu


desdobramento em catástrofe;

Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade


e/ou ao meio ambiente (reparação lenta ou impossível);

4 Catastrófica

Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas


(em funcionários, em terceiros e/ou pessoas);

A primeira análise, das frequências e severidades de cada um dos impactos é


apresentada abaixo. A partir dessa, iremos analisar, segundo os parâmetros da
matriz de risco e da legislação, quais os impactos devem ser detalhados em
objetivo(s), meta(s), indicador(es) e responsável(is). A Quadro 4 mostra que os
impactos que recebera nota maior ou igual a 10 (dez), merecem maior atenção.

Quadro 3: Resultado inicial da APR


Etapa Aspecto Impacto Severid Freqüência Importância Legislação
ade (S*F)
-
Transporte Transporte Poluição da 1 5 5
intensivamente atmosfera através
feito por da eliminação de
caminhões gases

Proteção
Moldagem Geração de Derramamento de 2 2 4 aos rios e
de Corpo de resíduos: água óleo nos rios e/ou lençol
Prova e óleo contaminação do freático
misturados lençol freático sujeita a
multa.
Lavagem de
Lavagem caminhões Modificação do 2 5 10 Proteção
betoneira pH da água e aos rios e
mortalidade de lençol
peixes freático
sujeita a
multa.

Entrega do Abastecimento Derramamento de 3 2 6 Proteção


Produto dos caminhões Combustível aos rios e
atingindo o lençol lençol
freático freático
sujeita a
multa.

Explosão 4 2 8 Código de
Segurança
contra
incêndio.

Manutenção Limpeza e Derramamento de 2 2 4 Proteção


dosVeículos conserto dos óleo nos rios e/ou aos rios e
veículo contaminação do lençol
lençol freático freático
sujeita a
multa.
Etapa Impacto Legislação Objetivo Meta Indicador Responsável

Transporte Poluição da
atmosfera
através da - - - - -
eliminação de
gases

Moldagem Derramamento Proteção Construção de Zerar a Litros de Responsável


de de óleo nos aos rios e uma caixa quantidade de óleo Ambiental
Corpo de rios e/ou lençol separadora de derramamentos derramados
Prova contaminação freático água e óleo para ocorridos no por mês.
do lençol sujeita a reaproveitamento mês
freático Multa.

Lavagem Modificação Proteção Construção de Controlar o pH pH da água Responsável


do pH da água aos rios e uma caixa de da água nas pela planta
e mortalidade lençol decantação proximidades
de peixes freático reaproveitando da fábrica.
sujeita a água e concreto Quantidade Responsável
multa. no processo de água pela
produtivo consumida produção de
no mês. Bloco

Reaproveitar a Produção de
Proteção água e o blocos de
aos rios e concreto para o concreto
lençol processo provenientes
freático produtivo de
sujeita a reciclagem.
multa

Código de
Segurança
contra
incêndio.
Entrega do Derramamento
produto de Proteção Construção de Zerar a Litros de Responsável
Combustível aos rios e uma caixa quantidade de óleo Ambiental
atingindo o lençol separadora de derramamentos derramados
lençol freático freático água e óleo para ocorridos no por mês.
sujeita a reaproveitamento mês.
multa
Terceirização do Técnico de
Explosão serviço de Zerar o Focos de Segurança
abastecimento número incêndio no
para empresas de focos de Mês.
especializadas e incêndio
que garantam a causados pelo
segurança local abastecimento

Construção de Zerar a Litros de Responsável


Manutenção Derramamento uma caixa quantidade de óleo Ambienta
dos de separadora de derramamentos derramados
Veículos óleo nos rios água e óleo e ocorridos no por mês
e/ou venda de óleo mês
contaminação para
do reaproveitamento
lençol freático
Quadro 5: Finalizaão da APR
Matriz de Risco

MORGADO, C.R.V.; “Gerência de Riscos” Rio de Janeiro: SEGRAC - Núcleo de Pesquisa

em Engenharia de Segurança, Gerenciamento de Riscos e Acessibilidade na UFRJ, 2000.

Impactos Identificados

2.3.1 – Emissões Atmosféricas

Com relação à emissão atmosférica, a atividade em questão apresenta


potencialidade de emissões de gases relacionadas ao uso de combustíveis
derivados de petróleo (óleo diesel) pelos veículos e máquinas, geração de
poeiras pela movimentação destes veículos, pelo carregamento
/descarregamento de insumos durante o funcionamento da usina e pela ação
dos ventos na área de estocagem de matérias-primas.

2.3.2 - Efluentes líquidos e águas pluviais

Carreamento superficial na área da usina, inclusive no pátio de agregados, em


função do uso da água de aspersão em excesso e as águas pluviais;
Lavagem interna dos balões dos caminhões betoneira, após o retorno das
obras;

Esgoto sanitário em decorrência da permanência de funcionários na usina.

2.3.3- Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos relacionados à atividade em questão são representados


pelas embalagens da Cal e pelo lixo doméstico gerado em função da
permanência dos funcionários na área operacional, considerando que a
geração de resíduos sólidos pelo manuseio dos insumos significa perda e
ineficiência operacional da central de concreto.

Ruídos

O controle do nível de ruído será feito através de medições na área


operacional, avaliando os níveis nas seguintes etapas:

Durante a dosagem de concreto em trabalho intermitente o nível de ruído


máximo de dB(A).

Pá carregadeira em operação, em atividade intermitente, o nível de ruído


máximo de dB(A).

Na área de entorno da usina, durante a operação, o nível de ruído máximo de


dB(A).

2.4 – Medidas Mitigadoras


2.4.1 – Emissões Atmosféricas

As ações destinadas ao controle das emissões atmosféricas referem-se


basicamente aos serviços de manutenção dos veículos e equipamentos, sendo
que o monitoramento das emissões dos veículos será realizada de acordo com
a Escala de Ringelmann (Avaliação calorimétrica). A medida de controle da
geração de poeira será realizada a aspersão de água nas pilhas de agregados
e nas vias de acesso. As emissões, constituídas por particulados de cimento
geradas nos silos e balança dosadora, são captadas por um sistema de
despoeiramento existente no empreendimento, constituído por tubulações e
filtros de manga.

2.4.2 – Efluentes líquidos e águas pluviais

Os efluentes líquidos descritos no item anterior são coletados pelos sistemas


coletores da área interna do canteiro e conduzidos para a o sistema de
tratamento de esgoto, juntando-se ao efluente industrial da empresa, o qual é
tratado na Estação de Tratamento de Efluentes, seguindo o monitoramento
normal, cuja destinação final será feita em uma bacia de evapo-transpiração
(bananeiras), Onde o projeto já foi juntado ao processo ??????????

2.4.3 – Resíduos Sólidos

O lixo doméstico gerado na área da usina de concreto foi inserido no sistema


de gestão de resíduos sólidos da obra SAA Formosa, para adequada
disposição final. Com relação às embalagens da Cal, todo material é destinado
à reciclagem de acordo com o sistema da BRASMIX em sua unidade central.

Resíduo gerado no tanque de decantação, após seco, deverá ser destinado a


empresas regularizadas ambientalmente.

Os materiais recicláveis são destinados a Cooperativa de Reciclagem de


Resíduos Sólidos e prestadores de serviços em geral e da construção civil
(COOPER RECICLA), localizada na rua - 22, Q – 137, esquina com a rua 11,
bairro - formosinha no município de Formosa-GO.

2.4.4 – Ruídos

Os níveis de ruído serão identificados durante a operação da usina (operação


intermitente) e serão restritos a sua área operacional, não resultando em
alteração dos níveis de ruído da área industrial. Trata-se de um tema
relacionado à área da medicina e segurança do trabalho e ao uso adequado de
EPIs por parte dos funcionários que submetem a exposição destes níveis de
ruído.

1.10 – Relação de equipamentos

A usina contara com dois camihoes betoneiras alem de uma pa mecânica

Relacionar os equipamentos que fazem parte do processo produtivo, as


quantidades e a capacidades. Declarar a potencia instalada.

1.12 – Fonte de abastecimento

1.12.1 – Relacionar todas as fontes de abastecimento de água a serem


utilizadas pela empresa (rio, ribeirão, lagoa, poços freáticos, poços
profundos, rede de abastecimento, etc.)

1.12.2 – Indicar para cada fonte a vazão a ser captada

1.12.3 – Relacionar todos os usos das águas, tais como: consumo


doméstico, processo de fabricação, caldeira, refrigeração, etc.

1.20 – Locação do empreendimento.

1.20.1 - Planta geral de locação (em escala compatível)


 Das unidades componentes do empreendimento
 Relação entre o norte verdadeiro
 Direção dos ventos predominantes
 Limite de propriedade
 Indicação de área para expansão futura
 Distância do local de origem do efluente final até o corpo
receptor, indicando o ponto de lançamento.

OBS - Na zona rural apresentar


entar “croquis” de acesso.

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