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Condicionadores de Água Vs Produtos Químicos

Introdução

Desde o final do século XIX ouve-se falar de estudos elaborados com


base na alteração da estrutura cristalina de compostos pela ação de
forças externas. Existem hoje no mercado de tratamento de águas
muitos equipamentos que prometem tratamento de sistemas de
resfriamento ou geradores de vapor utilizando este conceito.

Observou-se nos últimos anos o aparecimento de vários


equipamentos condicionadores não químicos, porém seu
aparecimento é sazonal, surgem e desaparecem periodicamente,
mudando alguns conceitos e nomes apenas.

Principio de Funcionamento

Na maioria dos equipamentos existentes o princípio de


funcionamento alegado é a ação de forças físicas magnéticas,
eletrostáticas, ultrasônicas, dentre outras, que seriam os agentes
responsáveis por alterar a estrutura cristalina dos sais formadores
de incrustação, essas forças agem como um imã.

O cálcio presente na água combina com os íons carbonato e precipita


na forma de cristais de calcita, que é um mineral altamente
incrustante e isolante térmico. Sob influencia das forças
eletromagnéticas geradas pelos condicionadores de água os íons de
carga oposta são forçados a colidirem uns contras os outros e este
aumento da freqüência de colisões (repulsão de cargas) faz com que
o cálcio forme a aragonita, que é um mineral menos incrustante por
ter seu coeficiente de solubilidade superior ao da calcita.

Nas literaturas técnicas pesquisadas, observou-se que os


equipamentos agem apenas como inibidores de incrustação, agindo
somente no carbonato de cálcio, não foi constatado nenhuma
referencia quanto às incrustações provenientes da sílica, tais como
silicato de magnésio e sílica vítrea, tampouco quanto ao fosfato de

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cálcio. Com referencia à corrosão e a proliferação microbiológica,
todos são unânimes em informar que não há ação protetiva, alguns
fabricantes, inclusive, recomendam adição de hipoclorito de sódio
para este último, o que feito de forma indiscriminada pode acentuar
o processo corrosivo, devido ao fato de o hipoclorito de sódio ser um
microbicida oxidante.

Em geral o processo corrosivo é acentuado com a ação destes


equipamentos, pois eles tendem a acelerar a diferença de potencial
existente entre os diferentes metais do sistema, além de a ação de
muitos destes equipamentos recaírem sobre os íons bivalentes
presentes na água, desta forma, não há como controlar, ou inibir a
corrosividade do meio, pois o íon Hidrogênio (H+) responsável pela
acidez da água e pela corrosão não é afetado.

No mundo todo há estudos com relação à eficácia destes


equipamentos, o que se sabe é que poucas plantas industriais
adotam este tipo de tecnologia. Durante anos de pesquisa e
existência da tecnologia ela nunca conseguiu firmar-se como opção
de tratamento confiável. O tratamento químico é adotado e
consagrado mundialmente. As empresas tratadoras de águas jamais
adotaram a venda de tratamento físico ou eletro-físico, pois, até o
presente momento nada foi provado quanto sua eficácia.

Muitos fabricantes de equipamentos apresentam referencias de


casos de sucesso, mas já foi constatado que muitos destes casos
tornaram-se problema no futuro, porque a primeira vista há a falsa
impressão de que estão funcionando perfeitamente. Outros casos de
sucesso são constatados quando a água de alimentação possui
baixa dureza e alta alcalinidade, o que as torna pouco incrustantes e
muito corrosivas, isto aliado a processos pouco críticos com
temperaturas de película e de circulação baixa fazem com que tais
equipamentos atuem sem problemas.

Estas águas corrosivas dão a falsa impressão de que o sistema está


sob controle, mas se houver monitoramento da taxa de corrosão,
observará que esta está em níveis elevados.

Com base nisso é fácil entender porque não há esses equipamentos


instalados em processos críticos, tais como indústrias petroquímicas,
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de papel e celulose, refinarias de petróleo ou siderúrgicas de grande
porte.

Conclusão

O tratamento químico contempla todos os principais pontos de


problemas nos sistemas, e seu monitoramento abrange não somente
a análise química da água, como também avaliação de taxas de
corrosão, contaminação microbiológica e coeficientes de performance
dos processos envolvidos.

A Argal Química é uma empresa fornecedora de soluções para


tratamento de águas, caso houvesse comprovação científica do
sucesso dos tratamentos não químicos, com certeza estaríamos
oferecendo este tipo de serviço.

Referencias:

1. Federal Technology Alerts – Non Chemical Technology for Scale


and Hardness Control - U.S. Department of Energy January
1998

2. National Techinical Information Service Evaluation of


Commercial Magnetic Descalers – U.S. Army Construction
Engineering Research Laboratory – Champaign, IL

3. Gentil, Vicente - Corrosão

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