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4 Formas de Sempre Vencer em uma Discussão - wikiHow http://pt.wikihow.

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4 Métodos: Escolhendo o Seu Argumento Estruturando o Seu Argumento Atacando Argumentos Estilizando o Argumento

A arte retórica da persuasão é um sutil e útil conjunto de habilidades para ser dominado. Quer você deseje debater por
diversão ou esteja sendo constantemente arrastado para discussões complicadas, estas linhas gerais lhe ajudarão a negociar
um problema e convencer ao seu oponente.

Parte
Escolhendo o Seu Argumento
1
Faça um brainstorming com razões pelas quais uma afirmação pode ou não ser verdade.[1] Por qualquer
tópico em particular, quer você o tenha escolhido, quer tenha sido entregue a você ou quer seja o assunto de
uma discussão informal sem qualquer razão em particular, gere tantos argumentos a favor e contra a afirmação quanto
possível. Eventualmente, você irá querer ter uma discussão complicada e detalhada em relação a um tópico. Antes de
fazê-lo, no entanto, é preciso ter algum senso do escopo lógico do tema em questão.
Digamos que você esteja debatendo acerca da questão geral de controle de armas com alguém. O nível-base
da discussão está no ponto de estar “contra” ou “a favor” do controle de armas como política, mas, de fato, a
questão é muito mais complicada do que isso. Antes mesmo que você pense em “escolher um lado”, comece a
gerar algumas perguntas de prova que estreitarão a questão e lhe forçarão a definir os termos.
O que significa “controle de armas”? Qual o escopo da discussão, legal e geograficamente? O que significa
estar “a favor”? O que significa estar “contra”? Por que alguém estaria a favor? Por que alguém estaria contra?

Comece a embasar os raciocínios com evidências. Mas, espere — você pode se perguntar: Por que
pesquisar a evidência para afirmações que você pode nem sequer estar fazendo? Pesquisar a evidência para
ambos os lados de uma questão serão parte integral na compreensão, estruturação e, eventualmente, produção do
argumento, independente de qual “lado” você prefira defender. Pense nisso mais como pesquisar um tópico e menos
como a criação de um argumento, a essa altura.
Digamos que você está discutindo com seus pais a respeito de seu horário de dormir, e uma das razões
debatidas por você em seu brainstorming para dormir cedo envolve receber descanso suficiente. Os seus pais
acreditam que você precisa descansar o suficiente a cada noite para assegurar que você esteja fisicamente
saudável e que dormir cedo assegurará o descanso suficiente. Nesse caso, seria bom olhar as estatísticas
relacionadas a quanto sono alguém em sua faixa de idade realmente precisa, e outros dados coletados quanto
aos efeitos sociais e psicológicos de dormir cedo.
Pode ser útil usar cartões anotados no processo, caso se trate de uma argumentação formal. Na frente,
escreva cada pedaço de raciocínio como afirmação: “Dormir cedo assegurará uma boa noite de sono”. Atrás,
mantenha referências relacionadas à evidência coletada.

Aprenda a perguntar “Por quê?” e “Como?”. Para cada afirmação gerada, qualifique-a perguntando por que e
como ela opera. Por que a Lei n° 10.826 foi escrita? Como ela funciona hoje em dia? Por que essa é uma
consideração importante?
As respostas para essas perguntas devem ser usadas para agregar complexidade ao seu argumento: “Embora
dormir cedo possua a intenção de assegurar uma quantidade suficiente de sono, o impacto negativo no
desenvolvimento social de uma criança supera o impacto físico do sono”.

Avalie os raciocínios. Alguns arrazoamentos serão “melhores” do que outros. “A lei do desarmamento vai contra
o direito de se defender” é um exemplo melhor do que “O controle de armas vai impedir a minha diversão com
uma AK-47”, porque a anterior é fraseada em termos de direitos universais articulados com documentos legais,
enquanto a outra é impossível de ser quantificada ou avaliada objetivamente. Perguntar “Como?” após a última
tornará difícil a tarefa de agregar qualquer complexidade, quebrando-a.
Ordene os cartões anotados em ordem de qualidade de raciocínio. Coloque os melhores argumentos no topo e
os piores, na base. Quantos você colocaria como “bons” arrazoamentos? Em quantos parece faltar algo?

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Parte
Estruturando o Seu Argumento
2
Desenvolva os raciocínios em discussões.[2] Uma vez que você tenha uma boa lista de arrazoamentos e
evidências e chegou a usá-las para começar a qualificação do que é afirmado, estreite-a em uma discussão.
Você pode começar selecionando as razões mais fortes e organizando-as em uma discussão.
Frequentemente, uma boa regra é permanecer em três pontos principais, mas não há lei sagrada que
assegure que apenas três farão um bom argumento. Escolha os pedaços mais fortes de razão que você tiver.
Se forem cinco, que seja. O seu argumento será ainda mais forte dessa maneira.

Qualifique a cada afirmação com dados, garantias e evidências. O filósofo britânico Stephen Toulmin
declarou que todos os bons argumentos foram feitos por dados de oferta, ou seja, as evidências factuais que
apoiam a afirmação feita por você (“Adolescentes de 16 a 18 anos apenas precisam de 6 horas de sono para um
funcionamento corporal saudável”) para cada afirmação presente na discussão.
O que ele chama de “garantia” é a conexão lógica feita entre os dados e sua afirmação (“Então, como você
pode ver, dormir cedo desnecessariamente inibe o desenvolvimento social”), e garantias devem ser detalhadas
em cada afirmação.
A “evidência”, nesse caso, se refere à asserção sendo feita pela garantia (“Dormir mais tarde garante o
desenvolvimento social”).

Discuta contra-argumentos e réplicas. Agora é a sua chance de apresentar toda a pesquisa feita
anteriormente ao se tornar familiar com os argumentos de ambos os lados. Se você pesquisou a perspectiva da
pessoa com quem está argumentando, será capaz de introduzi-la antes que ela o faça, fortalecendo eficazmente o
argumento ao impedi-la de ficar com os pontos.
”Agora, pode ser dito que interações sociais não importam tanto quanto ter sono suficiente. Que eu tenho toda
a socialização necessária na escola. Mas, como você pode ver, os fatos simplesmente não são suficientes...”

Conclua o argumento extraindo as implicações do raciocínio em uma ação. À medida que você questiona
mais e mais os seus arrazoamentos, chegará mais perto de uma argumentação administrável que possa ser
resumida depois de todo o arrazoamento e apresentação de evidências: “É verdade que eu preciso dormir o
suficiente. Mas a quantidade de sono que preciso de forma alguma corresponde às restrições injustas e ao
estrangulamento social que resulta de dormir extremamente cedo.”

Parte
Atacando Argumentos
3
Identifique falácias lógicas na argumentação do oponente.[3] Uma falácia lógica é uma falha de raciocínio
comumente usada para fazer com que argumentos fracos pareçam fortes. Estude-os e aprenda a reconhecê-los
rapidamente, e você poderá logo desmantelar os argumentos fracos. Você precisa também aprender a evitar usá-los,
enfraquecendo a sua argumentação. Aqui estão alguns exemplos de falácias comuns:
A falácia do “espantalho” envolve representar inadequadamente a argumentação do outro para fazê-la parecer
fraca. “Se você apoia dormir cedo, acho que deve também apoiar cortar todos os meus videogames e me
enviar a um acampamento de reeducação liberal-fascista.”
O ataque “ad hominem” envolve atacar o oponente pessoalmente como uma forma de minar sua
argumentação. “Meu pai é um otário. Por que estamos escutando o que ele diz sobre sair com amigos?”
A falácia “escorregadia” envolve extrair uma relação falsa de causa-e-efeito como evidência: “Se eu tenho que
estar em casa às 9, logo não vou poder comer hambúrgueres ou ir a restaurantes.”
A falácia “anedotal” usa uma única anedota como evidência para uma política universal: “O Paulo fica fora até
a meia-noite.”

Ataque à razão do oponente. Agora que você planejou e apresentou o seu caso, poderá também fazer muito
em cavar buracos na argumentação do opositor. Lembra-se quando você estava tentando desenvolver um
argumento, perguntando “Como?” e “Por quê?”. Essa é a melhor forma de rapidamente descobrir os furos em uma
afirmação em particular. Faça a mesma coisa com o seu oponente. Se ele não houver pensado nessas linhas como
agora, você terá a vantagem.

Brinque de Sócrates. Sócrates era especialista em liderar conversas, desde simples argumentações até
complicadas polêmicas, ao perguntar questões probatórias. Perguntar questões primárias cuja resposta você já
conhece pode ser uma boa forma de ganhar pontos. “Então é o seu ponto na discussão que vir para casa mais cedo

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significa que vou dormir mais cedo? Por quê? Estar em casa quer dizer que eu estou dormindo?”

Parte
Estilizando o Argumento
4
Escolha um estilo de apresentação apropriado ao argumento e à audiência.[4] Nos antigos textos de
Aristóteles relacionados à retórica, ele definiu três apelos retóricos básicos: Pathos, Ethos e Logos.
Um apelo baseado no pathos apela para as emoções. Se você encontrar uma forma de fazer com que o
oponente se simpatize com a argumentação, essa poderá ser uma poderosa ferramenta para quebrar sua
confiança no próprio argumento e para gerar empatia pelo seu arrazoamento.
Um apelo baseado no logos é um apelo a lógica e fatos. Se você está discutindo sobre algo que pode ser
quantificado com números, como “o melhor” artilheiro de todos os tempos, usar estatísticas serão uma
importante parte da argumentação. Fazer um apelo emocional quanto a um jogador ser o melhor pelo fato de
ter o melhor pai ou ter dado a maior quantia para a caridade não vai muito longe.

Mantenha a cabeça fria. Ao discutir, mantenha-se calmo e mostre o seu lado da discussão de forma organizada.
Quando a oposição trouxer um ponto, releve sempre esse ponto com algo relevante que lhe apoie.

Evite ser condescendente. Assegure-se de permitir o opositor finalizar suas sentenças e permita-lhe saber que
você está ouvindo o que diz. Quando você estiver falando, e se o seu oponente lhe tenta intervir, tente finalizar o
ponto sem levantar a voz ou falar mais rapidamente, mas seja firme.
Se ele não para de falar e tenta provar seu ponto sobre você, calmamente note que você teve a cortesia de
deixá-lo terminar suas sentenças e que você gostaria de ser tratado da mesma maneira. Você obviamente
parecerá ser o mais polido e maduro entre os dois, o que frequentemente ajuda na vitória dos argumentos.

Perca graciosamente. Aceite rapidamente as falhas em seu raciocínio e siga adiante com outros pontos.
Aprenda a identificar rapidamente um terreno perdido e siga para temas mais fortes. Mantenha-se concentrado
no quadro geral e não se prenda a mesquinharias pequenas.

Dicas

Usar técnicas ‘infantis’, como gritar “Cale a boca!”, apenas reduzirá a credibilidade de seu argumento. Isso certamente
danificará à sua causa.
Se você tiver uma posição final, termine com alguma questão significativa antes de sair para deixá-lo pensar, e decida que ele
está errado ou argumente mais tarde para que vocês tenham uma nova chance.
Às vezes, ajuda concordar parcialmente com o oponente. Encontre algo em que ambos concordem. Por exemplo, “Eu
concordo com o seu posicionamento X; no entanto, não creio que entenda Y”. Esse processo os faz mais abertos ao
convencimento. Ainda assim, nunca cometa o erro de concordar em muitas coisas.
Tente não usar “palavras-fuinha”, como: “poderia, deveria, seria”. Essas palavras deixam um buraco amplamente aberto em
sua argumentação. Outros exemplos incluem frases como: “Um crescente corpo de evidências indica que...” (Isso não prova
nada), “Críticos afirmam...” (Que críticos, quais são suas credenciais?), “Eu ouvi que...” (Quem lhe disse, qual é a fonte?).
Embora às vezes o uso de tais palavras seja inevitável, sempre busque ser específico.

Avisos

Saiba quando parar. Se você conseguir deixar a outra pessoa nervosa, isso não significa que você venceu a
discussão. Significa que começou uma briga.

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Como Pensar em Respostas Espirituosas

Fontes e Citações

1. http://www.educationforthinking.org/sites/default/files/pdf/07-03DevelopmentOfArgumentSkills.pdf
2. http://web.cn.edu/kwheeler/documents/Toulmin.pdf
3. https://yourlogicalfallacyis.com

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