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CAPA
FOLHA DE ROSTO
FICHA CATALOGRÁFICA
RISE 1
Jace
Sky
RISE 2
Jace
Sky
RISE 3
Jace
Sky
RISE 4
Jace
Sky
RISE 5
Jace
Sky
RISE 6
Jace
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Sky
RISE 7
Jace
Sky
RISE 8
Jace
Sky
RISE 9
Jace
Sky
RISE 10
Jace
Sky
ANTES DA LUTA...
Jace
EPÍLOGO
Ellie
Cam
PLAYLIST
AGRADECIMENTOS
BIOGRAFIA
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saber que fui à culpada por sua prisão. Não fui forte
o bastante, pelo menos não quando era necessário
ser. Max fez muito mais do que abusar de mim
fisicamente naquele dia. Ele me destruiu por
dentro, arruinou tudo que eu tinha de especial,
minha autoestima, os meus sonhos. Meu verdadeiro
amor. Encosto na parede e a soco violentamente.
Dou um grito quando a dor me atinge, as juntas
começam a ficar vermelhas e eu praguejo.
— Merda. — Seguro minha mão e decido, por
fim, qual caminho tomar.
Em alguns minutos estou entrando no meu
prédio, cumprimento o porteiro com um resmungo.
Não estou sendo mal-educada, mas a mão doendo
está acabando comigo.
Entro no elevador rezando para que ele suba
direto, preciso colocar gelo e tomar algo para dor.
Dor.
Só que a minha tem raízes tão profundas que
nenhum anti-inflamatório ou analgésico conseguiu
amenizar.
A porta finalmente abre. Eu tiro o capuz da
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vulnerável.
— O que aconteceu com a sua mão? — Droga!
Olho para a mão que estendi e percebo que foi a
machucada.
— Um surto de raiva. — Recolho a mão. —
Preciso entrar, foi bom ver você, Jace.
— Podemos conversar? — Seu tom é firme, e
pela primeira vez seus olhos expressam emoção.
Angustia.
— Não é uma boa hora.
—Por dois anos não tem sido uma boa hora, Sky.
— Jace... — suplico.
— Acabei de sair da prisão e vim ver você. —
Ele passa a mão na cabeça e olha para os lados. —
Quero apenas conversar, Sky. Nada demais.
— Tudo bem. — Sentindo-me culpada, suspiro e
abro a porta do apartamento. Culpa é algo que
ninguém jamais deveria sentir. É uma carga pesada
que te destrói por dentro e quando eu o vejo, esse
sentimento se multiplica.
Assim que a porta é aberta, um barulho chama a
nossa atenção. Hori sempre vem ao meu encontro
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corredor.
Perfeito.
Quatro apartamentos por andar e Jace agora é
meu vizinho.
— E, Sky? — diz assim que coloca a chave na
fechadura. — Se precisar, estou só a uma porta de
distância.
Jace sorri e entra em seu apartamento.
Não sei se tenho vontade de sorrir, ou de chorar.
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apostar nisso.
É com esse pensamento que vou para o quarto,
sorrindo de novo ao ver a decoração. Nada de
especial, apenas a foto de todos nós juntos no
evento onde a Sky conseguiu o cinturão. É olhando
para essa foto que eu durmo, e pela primeira vez
em dois anos, tenho uma noite de sono tranquila.
***
Existem hábitos adquiridos que são difíceis de
perder. Acordar cedo é um deles; às cinco, já estou
de pé e andando de um lado ao outro, me sentindo
enjaulado. O que não faz sentido algum. Meu
tempo de confinamento acabou.
Às seis, a campainha toca ao mesmo tempo em
que estou saindo do banho. Enrolo uma toalha na
cintura e vou até a porta. Ainda é cedo para
qualquer visita e o porteiro não interfonou para
avisar que alguém estava subindo. Sorrio porque a
essa hora, a única pessoa que poderia estar na
minha porta é ela.
Abro-a com um sorriso idiota no rosto, mas ele
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faculdade?
— Está tudo organizado, começo na segunda.
Durante o período que passei preso, não parei de
estudar e consegui entrar na faculdade. Já estava no
terceiro semestre de direito, nem podia acreditar.
Minha família mexeu alguns pauzinhos, e na
segunda eu estaria, finalmente, na sala de aula de
uma das melhores faculdades da cidade.
— Uau. Eu adoro ser um Willers. — E
brindamos com os copos de suco.
Cam tem razão, eu também adoro ser um
Willers, mas não pelas portas que esse sobrenome
abre, e sim por esses momentos em que tenho
certeza de que posso contar com a minha família.
Mesmo que isso signifique acabar com um olho
roxo.
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para o almoço?
— Almoço? — pergunto confusa.
— Tio Oliver e tia Bree vão dar um almoço hoje,
só a família. Mandei mensagem pra você, Sky —
responde Cam aborrecido. Olho confusa tentando
me lembrar e sinto meu rosto esquentar de
vergonha.
— Desculpe, eu só... Estarei lá.
— Está tudo bem? — pergunta Jace preocupado.
— Sim, eu tive uma semana agitada por isso
havia me esquecido, me desculpem. — Olho para
Cam na esperança de que ele entenda o recado e
não abra a boca. — Tenho que ir.
Antes que qualquer um possa dizer alguma coisa,
começo a caminhar com Hori na direção do parque
onde fazemos nossas caminhadas.
O problema é que eu não tive uma semana cheia,
a medicação para depressão que estou tomando me
deixa um pouco desorientada, e às vezes, acabo me
esquecendo de pequenas coisas. Cam foi o primeiro
que notou isso, e ele me ajuda enviando mensagens
quando temos algum compromisso em família, é
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pequena conversa.
— Mãe — geme meu irmão.
— Dar perda total no meu carro, Cameron, é
uma coisa, agora não estar aqui para receber seu
irmão...
— Fui direto ver ele, mãe! Eu perdi o voo, só
isso, não precisa fazer tanto drama e... Aííí!! —
grita quando ela puxa sua orelha.
— Vacile comigo novamente, Cameron Willers,
e a próxima coisa que irei puxar serão as suas
bolas. Entendido?
— Sim — ele geme e ela o solta. Eu não
contenho a risada. — Isso, vai rindo... O próximo
vai ser você, Jace. — Ele esfrega a orelha.
— Vou dar uma olhada na comida, e vocês dois,
comportem-se. — Ela dá um beijo em cada um de
nós e sai.
— Mamãe ainda puxa sua orelha, Cam? —
pergunto rindo e me jogo no sofá.
— Você voltou tão engraçadinho, Jace. — Ele
coloca a mochila no chão e senta ao meu lado. —
Sabe o que é pior?
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— Não. O quê?
— Eu sei que ela estava falando a verdade sobre
puxar as minhas bolas. — E a gente desata a rir.
Senti tanta falta desses momentos.
Quando éramos menores, Cam sempre pegou no
meu pé; implicando com tudo, tentando
monopolizar a atenção. Agora, acredito que ele
conseguiu o que tanto queria, e não acho isso nada
ruim.
— É disso que eu estava falando. — Tio Tommy
entra na sala junto com meu pai. — Risadas, essa
casa precisava desse barulho todo.
Levanto para abraçá-lo.
— Vocês estão maiores a cada dia que passa,
meu Deus — diz meu pai, abismado.
— Culpa dos anabolizantes — Cam diz.
— Então, o comediante achou o caminho de casa
— meu pai brinca.
— Estou aqui, não estou? Por que todo mundo
faz o maior drama só por causa de um atraso?
— Não foi apenas um atraso, Cam. Foi falta de
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braços e me encara.
— As duas coisas. — Ela solta uma risada
espontânea que ecoa pelo apartamento, todos viram
para nos encarar. Sky coloca a mão na boca e seus
olhos se arregalam. Pela reação dela e o olhar de
todos, esse sorriso não é tão comum.
— Desculpe — ela sussurra, fico ao seu lado e
coloco a mão no ombro dela.
— Nunca peça desculpas por sorrir — digo
baixinho para que somente ela ouça.
— Merda, estava pronto para apostar com Jace
que você não vinha — Cam diz e me entrega outro
copo, só que neste eu sei que não tem água.
— Como vai seu castigo, fedelho? — ela ironiza
e ele estremece.
— Vocês poderiam me ajudar, né?! O papai
sempre escuta você, Jace, e a você também, Sky. Se
conversarem com eles, não irão negar.
— Não tente me usar — responde ela, irritada.
— Também estou fora disso — aviso e ele me
encara surpreso.
— Um... — Ele aponta em Sky, depois em mim.
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fugir, de se isolar.
Com poucos minutos de conversa, eu sorria, e foi
diferente, verdadeiro. Algo que acabou no
esquecimento para mim, mas Jace trouxe de volta,
e agora eu me pergunto o que mais trouxe com ele.
Minha coragem, talvez?
Levo ele até o seu quarto, precisando ficar longe
de tantos olhares. Notei meu pai apenas
observando. Ele não sorriu, mas seus olhos diziam
tudo, ele estava feliz por me ver daquele jeito, mas
e eu? Eu estava confusa, com vontade de sorrir
mais e de chorar também.
Entramos no quarto e deixo a porta aberta, Jace
olha em volta e sorri, começando a mexer em tudo.
Tia Leah manteve suas coisas aqui, os objetos
pessoais, computador, e sabe-se lá o que mais que
Jace guardava.
— Não acredito que ela guardou isso. — Jace
pega uma agenda de dentro da gaveta.
— Seus segredos sujos, estão guardados aí? —
Sento na cama e ele senta ao meu lado.
— Alguns.
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— Sério?
— Não. — Ele sorri. — São apenas algumas
anotações das faculdades que eu pretendia me
inscrever.
— Você gostava de anotar tudo.
— É um hábito que peguei do meu pai. — Ele
começa a folhear a agenda.
— Meu pai diz que ele é um chato de tão
organizado.
— E ele é. — Jace sorri. — Aqui, fique com
isso. — Ele me entrega uma foto, nela nós dois
estamos sorrindo, mostrando a língua para a câmera
e ambos com o nariz sujo de sorvete.
— Essa foto...
— Foi tirada alguns dias antes de eu ser preso.
— Eu me lembro. — Sinto a garganta arder.
— Foi uma tarde bem divertida. — Ele observa a
foto, melancólico. — Podemos repetir, se quiser. —
Ergo os olhos e olho para ele.
Há tanta coisa ali, Jace sempre foi transparente
em tudo que pensa, em suas ações e sentimentos,
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ficar sozinha.
— Pessoas com depressão não precisam ficar
sozinhas, Cam.
— E o que eu entendo disso, cacete? Só faço o
que ela pede. — Passo a mão no cabelo, mal
acordei e já me sinto esgotado.
— Que horas você volta?
— Daqui uma hora, mais ou menos.
— Entendi. Só que hoje, você só vai voltar
quando eu te avisar.
— Merda, tenho um encontro marcado para hoje
à tarde.
— Leve a Hori com você. — Bato no ombro dele
e ouço um rosnado.
— Viu só, ela é meio possessiva. — Nós rimos.
— Vai precisar disso. — Ele me entrega um molho
de chaves.
— O que é?
— As chaves do apartamento dela, eu tenho uma
cópia.
— Você nem ao menos passa para ver como ela
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mais.
— Mesmo assim, você ainda não pode admitir.
— É tão complicado, Jace.
— Para mim, te amar sempre foi simples, Sky.
— Suas palavras me deixam tonta.
— Não estou bem, Jace. — Controlo minhas
emoções para não chorar. — Minha vida não tem
sido a mesma. Estou diferente, não sou mais aquela
pessoa por quem você se apaixonou.
— Também não sou mais aquele garoto que você
costumava chamar de pirralho, Sky. Também
mudei. E eu só quero te provar isso.
— Vi suas mudanças, Jace. Mas o que eu tenho
medo são das minhas, de serem demais para você.
— E se eu te mostrar que eu amo tanto a Sky de
antes, quanto a de agora. Com a mesma
intensidade.
— E se não for recíproco? — pergunto, mesmo
sabendo que é mentira. Jace tem uma parte de mim
que nenhum homem jamais teve – mesmo que eu
sempre tenha negado isso –, porém agora sinto que
estou me afogando dentro dos meus próprios
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sentimentos.
— E se for recíproco? — Ele devolve com a
minha pergunta.
— Não quero te magoar, Jace, você já sofreu
demais por minha causa. — Foi preso por culpa
minha, penso.
— Nunca estive tão disposto a arriscar. — Ele
traz o corpo dele para mais perto. — Então, topa?
— O que você quer com isso?
— Daqui a duas semanas você estará assumindo
que me ama, tanto quanto eu te amo.
— Amar não é um jogo, Jace.
— Não, não é. Você tem toda a razão, mas te
fazer confessar esse sentimento que esconde a anos,
é um tremendo desafio. — Ele tem um sorriso
presunçoso nos lábios.
— Está me desafiando?
— Totalmente — responde, arrogante.
— Você sabe que eu nunca perdi um desafio,
não é?
— Sei, e você sabe que eu sou um Willers, então
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manhãs.
— Seu irmão ia te matar.
— Ele supera. Quer ir almoçar comigo?
— Vai cozinhar? — Passo a mão no seu cabelo,
e ele se inclina no meu toque, fechando os olhos.
— Eu adorava quando eram longos — comento,
lembrando de como ele fica lindo com cabelos
longos.
— Não era permitido na prisão.
— Eu nunca vou me perdoar por isso. — Dessa
vez, quem fecha os olhos sou eu.
— Você não precisa se perdoar, porque não há
nada a ser perdoado, Sky. Não me arrependo de
nada do que eu fiz, e faria de novo, mil vezes se
fosse necessário.
— Se eu não tivesse...
— Ei. — Ele coloca o dedo nos meus lábios, me
calando. — Almoço, lembra? Não vou cozinhar,
mas acho que podemos ir a algum lugar legal, o que
acha?
— Tudo bem. — Não, não estava nada bem
porque eu não gostava de sair assim, mas Jace
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isso é fofo.
— Sim, você foi tremendamente irresponsável,
Jace. — Resolvo brincar um pouco com seus
nervos.
— Droga! — pragueja mais uma vez e olha para
o teto, depois volta o olhar para mim de novo. —
Me desculpa, Sky. — Minha nossa, ele parece tão
culpado.
Deito novamente e estico o braço, oferecendo a
mão para ele.
— Volte para mim — digo e vejo sua expressão
confusa, mas não recusa minha mão estendida. Eu
o puxo, fazendo-o tombar para frente, seus reflexos
são rápidos e ele apoia o corpo com o braço
evitando me esmagar. Uma risada alta escapa da
minha boca. — Estava gostando de como me sentia
— murmuro, passando a mão no seu rosto e ele
sorri.
— Não está brava? Você pode ficar... — Ele não
termina a frase
— Eu tomo pílula, Jace, nunca deixei de tomar.
— Alivio passa pelo seu rosto.
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com a lembrança.
— Você não abusou, talvez aquele ali — e
aponta para o corredor, Jace está parado com os
braços cruzados, usando apenas a calça jeans —
com cara de poucos amigos, seja o culpado.
— E, como sempre, desobedecendo ordens, não
é mesmo, Cam? — ironiza Jace, mas não se mexe.
Sei que o motivo é a Hori, que está parada na frente
dele encarando-o.
— Tenho um encontro daqui a pouco — Cam se
defende.
— Você não é do tipo que sai em encontros —
comenta Jace.
— Quem disse? — Cam estala os dedos e Hori
vem até ele.
— Você! — Jace e eu falamos ao mesmo tempo.
— Eu odeio vocês. — Hori choraminga. —
Menos você, garota, menos você. — Ele se abaixa
e beija a cabeça dela. — Vou indo.
— Obrigada, Cam. — Eu o abraço.
— Estou às ordens, sempre que precisar. — Ele
retribui o abraço e vai embora, mas não sem antes
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fala alto:
— Duas semanas, Sky! Duas semanas e estará se
despedindo de mim com três palavras.
— Quais? — pergunto.
— EU TE AMO — Ele grita tão alto que não
consigo parar de sorrir. Então ele abre a porta e
entra, ainda fico ali alguns segundos antes de voltar
para dentro, com o maior sorriso no rosto.
Sim, Jace, eu te amo. Tanto que está sendo
impossível manter esse sentimento em segredo.
Meu despertador soa e eu alongo os braços, meus
músculos estão todos doloridos, mas isso não
importa, já que a culpa disso é do Jace. Faço minha
rotina matinal, Hori fica eufórica quando apareço
na sala com a coleira na mão.
— Tá bom, garota, mas vamos devagar hoje —
aviso a ela antes de sairmos. Quando caminho até o
elevador, dou uma rápida espiada na direção do
apartamento dele, observando a porta fechada,
imagino que ainda esteja dormindo.
Saio com Hori para o nosso passeio. Não deixo
de perceber que ela sente meu humor, fazendo
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atrás dele.
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infelizmente é a verdade.
Agora, depois de tê-la finalmente em meus
braços, entregue de corpo e alma, ela me despreza
outra vez.
— Merda — resmungo e pego o celular, preciso
sair desse apartamento antes que o desejo de estar
com ela se torne maior do que o meu orgulho.
— Porra, cara, espero que esteja acontecendo
algum incêndio, se não vou ficar muito puto... —
Cam resmunga com dificuldade, sua voz está
arrastada de sono.
— Quero ver você em meia hora, na academia
— digo sem rodeios.
— Vai se foder, Jace! Não vou sair da cama tão
cedo, tem uma britadeira dentro da minha cabeça
agora.
— Você bebeu?
— Precisa gritar, caramba... — Filho da puta!
— Levanta essa bunda da cama, Cam! Ou vou
até aí bater na sua porta e garanto que não vai
gostar do meu tom de voz gritando na sua
ORELHA! — Na última palavra já estou berrando,
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e de propósito.
Desligo o telefone tendo a certeza de que
entendeu o recado. Cameron pode ter mil defeitos,
aliás, bem mais de mil se eu for realista, mas sabe
quando a merda fica séria – e principalmente – que
bebida está fora dos limites.
— Mas que diabos está acontecendo com esse
moleque? — murmuro antes de trocar de roupa e
sair para a academia. E com a intenção de evitar
qualquer tipo de distração, opto descer pelas
escadas.
Cam não me decepciona, ele chega na academia
dez minutos depois, usando óculos escuros e
camiseta com capuz cobrindo quase todo o rosto.
— Papai te viu desse jeito? — pergunto quando
caminhamos para a cafeteria.
— Se tivesse, eu não estaria aqui nesse
momento.
— O que está pegando, Cam? — Pego dois cafés
e sentamos em uma mesa afastada da entrada,
próximo da janela com uma boa visão da rua.
— Não tem nada acontecendo. — Ele abaixa o
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dentro.
Clarence!
— Puta merda! — Solto sem querer.
— Você falou palavrão!! — Ms fala e olha para
Cam.
— Peço desculpas, Ms. É que acabei de me
lembrar de uma coisa. E o prazer é todo meu em te
conhecer. — Dou o meu sorriso mais gentil.
— Hora de voltar para o treino. — Cam chama a
atenção dela.
— Tchau, Jace — ela se despede e dá mais um
abraço no meu irmão. — Tchau, Cam.
Ms sai saltitante de volta para o tatame. É
incrível a semelhança dela com Clarence, é uma
versão mais suave dele. Se é que isso é mesmo
possível.
— Terra pra Jace. — Viro o rosto e dou de cara
com meu irmão me observando. — Você está bem?
— Estou, é só que... Ela parece feliz — digo a
primeira coisa que me vem à mente, não quero
contar a Cam sobre Clarence, ou ele vai me fazer
inúmeras perguntas e posso acabar contando mais
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— Sim.
— Use essa raiva, descarregue-a em mim, lá em
cima — digo, apontando para o ringue.
— Não estou com raiva de você, Jace. — Isso
me surpreende. — Estou com raiva de mim.
Certo, por essa eu não esperava.
— Então, tire essa raiva de você, concentre ela
nos punhos.
— Não é tão fácil, Jace.
— Faça isso por mim. — Seus olhos arregalam,
ela também não esperava por esse pedido.
— Você não está sendo justo.
— Não sou justo, Sky, sou realista. Você
consegue, sempre conseguiu, não deixe que um
babaca igual ao Max te deixe pensar o contrário. —
Noto o corpo dela enrijecer com menção do Max.
— Jace, pare... — ela me adverte.
— É você quem tem que parar, que precisa
deixar de viver no nada, Sky. Precisa enxergar, de
verdade, tudo que está a sua volta, só esperando por
você.
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***
Estou no meio de um filme quando a campainha
toca. Meu coração acelera e as palmas começam a
suar. Nossa, quando é que comecei a ser assim?
Quando começou a pensar ser Jace na porta. Ou
melhor, a torcer para que fosse ele batendo em sua
porta.
Pauso e filme e vou abrir com Hori logo atrás.
Assim que abro, tenho uma bela surpresa ao dar de
cara com a minha mãe.
— Mãe? — Pergunta desnecessária porque
minha mãe costuma me visitar, porém, raramente
aparece sem avisar. Eu me afasto para deixá-la
entrar.
— Está sozinha? — pergunta e logo me abraça.
— Sim, estava vendo um filme. Aconteceu
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alguma coisa?
— Não, mas eu queria conversar um pouco com
a minha filha. — Eu sorrio.
— Você quer beber alguma coisa? Água, chá? —
ofereço quando ela senta no sofá.
— Estou bem, meu amor. Apenas, sente-se aqui.
— Ela aponta para o lugar vazio ao seu lado. Faço
conforme ela pede, mesmo achando estranho. —
Como você está?
— Estou bem.
— Vou reformular. Como você está, depois de
ter treinado? — Ela é pontual.
— Bem, mãe. Estou me sentindo realmente bem.
— Sou sincera.
— Seu pai me contou como foi na academia.
— Imaginei que contaria. — Meu sorriso se
alarga.
— Não consigo nem começar a dizer o quanto
estou feliz, Sky. — Ela aperta a minha mão. —
Bem, vim aqui porque gostaria de te contar uma
história.
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— Uma história?
— Sim, quero te contar a minha história; minha e
do seu pai.
— Mas...
— Quero que você saiba como foi que eu
conheci o Oliver.
— Mas vocês já me disseram. Foi em Vegas, não
foi? Em um torneio, se conheceram em um hotel.
— Sim, mas quero que saiba os motivos que me
levaram a estar naquele hotel. Devia ter contado
isso há muito tempo, você já é adulta. E... — Uma
lágrima escorre pelo rosto dela. — Depois de tudo
que você passou, sinto que te devo essa conversa.
Eu me sinto tão mal por não ter dito nada antes.
— Mãe, eu não estou entendendo.
— Mas vai, vou te contar tudo, só me deixe
tomar um fôlego.
Então, ela abre seu coração. Minha mãe começa
a narrar sua história, desde quando era casada com
meu pai biológico, até o momento em que
conheceu Oliver, o único pai que importa para
mim.
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— Tea oferece.
Que merda é essa? Desde quando perdi a
porcaria da capacidade de falar? A única coisa que
faço é ficar parado, olhando as duas como se
estivesse assistindo a um jogo de tênis, ou algo
parecido.
— Obrigada, mas não quero atrapalhar, eu só
queria conversar com o Jace. Mas eu já vou indo.
— Tudo bem — responde Tea e vira para falar
comigo. — Vou voltar ao trabalho. — Sorri e eu
retribuo porque parece que só sei me comunicar
dessa forma agora. Reage, seu estúpido! — Foi um
prazer te conhecer, Sky — ela se despede e volta à
sala.
— Sky, eu... — Começo a falar, mas Sky me
interrompe.
— Mas veja só, você ainda fala — desdenha.
Respirando fundo, saio do apartamento e fecho a
porta.
— Estamos estudando, Sky. A Tea é uma amiga
da faculdade — explico, porém tenho a impressão
de que qualquer coisa que eu disser, não vai
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adiantar de nada.
— Legal, só que eu não perguntei nada, Jace. —
Aí.
— O que você queria conversar? — Eu dou um
passo até ela, e ela se afasta.
— Acho que o que eu queria perdeu totalmente a
importância no instante que eu vi a sua “amiga”. —
Ela dá ênfase na palavra amiga. — Boa noite, Jace,
tenha um bom jantar.
Com um timing perfeito, o entregador chega. É a
deixa que Sky usa para ir embora sem olhar para
trás.
Depois de receber e pagar a comida, volto para o
apartamento. Tea e eu comemos e logo voltamos ao
artigo, mas agora perdi por completo a
concentração.
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***
Jace me deixa sozinha no corredor e volta para o
seu apartamento, batendo a porta com tudo. O
elevador abre as portas de novo e eu fico olhando
fixamente para o interior vazio. Lágrimas começam
a escorrer pelo meu rosto quando decido voltar para
casa e ligar para Cam. Ele vai ter que levar a Hori
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***
Os gritos da multidão ecoam pela academia. O
suor ainda escorre pelo rosto, meu olho está
começando a inchar, o que é uma merda. Mas nada
se compara com o que estou sentindo nesse
instante. Estou sentada no ombro do meu pai, ele
está exibindo a sua campeã para todo mundo ver.
Uma multidão toma conta do ringue e do lado de
fora, mas mesmo com toda felicidade que estão
sentindo agora, tenho uma coisa que eu preciso
fazer e não sei se ainda me resta tempo.
O repórter me entrevistou, não só a mim, mas
meu pai também. Eles querem saber se voltarei a
lutar profissionalmente. Meu pai esperou pela
minha resposta, e eu disse um sonoro sim. E
naquele momento, ele não se conteve e me ergueu.
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entender nada.
Não consigo me segurar e começo a sorrir. E
então, no meio da multidão tomada pela adrenalina,
minha família eufórica e flashes da impressa
mundial pipocando, eu beijo Jace. Quando ele se dá
conta do que está acontecendo, suas mãos
envolvem minha cintura e invade a minha boca
com a língua. Eu gemo, pensando como fui capaz
de demorar tanto tempo para acordar. Nossa, como
eu senti a falta do gosto dele.
— Eu te amo. Eu te amo tanto — digo depois de
quebrar nosso beijo. — Então, você ganhou a
aposta. — Minha respiração está pesada e o
coração acelerado, mas não tem nada a ver com a
luta que acabou de acontecer, é pelo medo que
tenho de sua resposta.
Ele não diz nada, nem sorri. Eu começo a me
sentir apavorada. Será que é tarde demais? Ele se
afasta um pouco e passa entre as cordas, entrando
no ringue.
— Não, Sky. Eu não ganhei.
— Mas... ainda tenho pelo menos um minuto até
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nada disso.
— Acho que precisa sim. — Ele não tira os olhos
da estrada.
— Sei que está com saudades da sua irmãzinha,
mas isso foi drástico e desnecessário. — Ethan ri.
— Sim, eu sinto sua falta em casa, confesso. Mas
não quando você começa a bancar a sabe-tudo. —
E continua rindo.
— É porque eu sei de tudo. — Cruzo os braços
na defensiva.
— Viu? É disso que estou falando, não senti falta
dessa parte sua. — Não me contenho, eu viro o
rosto para ele e mostro a língua. Sei que notou pela
sua visão periférica, porque vejo quando ele revira
os olhos. — É exatamente por isso que nossos pais
apoiaram a decisão da faculdade, Eleanor. Você
precisa disso.
— Eu já estava me preparando para o último ano
na faculdade, Ethan. Estou adiando todos os meus
planos porque a minha coordenadora resolveu que
eu preciso de um pouco de normalidade na vida?
Ensino médio? Sério? Nem você queria estar lá. —
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afundo o pé no acelerador.
O barulho do motor me desperta, mas na mesma
hora o som é abafado pela voz do meu irmão.
A prisão é não é um lugar qualquer, Cam. É a
própria definição do inferno. Mantenha os pés do
lado de fora de lá, tá bom?
Minha cabeça fica confusa, eu aperto o volante
com mais força, Tris me olha com expectativa. Ela
está louca para participar, é sua primeira corrida.
Engato a marcha enquanto penso em tudo que meu
irmão me disse naquele dia, no medo que vi em
seus olhos. Piso fundo no acelerador, mas ainda
não saio com o carro. Deixo o barulho tomar conta
e chamar atenção para que todos saibam quem está
no volante.
Ouço meu nome ser ovacionado, e ainda posso
não ser bom o suficiente para correr pela equipe da
família, mas sou a porra de uma lenda nas ruas.
Fecho os olhos com força, tentando me concentrar.
E quando os abro, o que vejo me faz tomar uma
decisão.
Uma que não mudaria só essa noite para mim,
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PHENOMENAL — EMINEM
BROKEN RECORD — KREWELLA
INTO YOU – TRAVIS ATREO
I WILL BE – STANFOUR
FEEL INVINCIBLE - SKILLET
PAPERCUT – LINKIN PARK
MIND – JACK U, SKRILLEX, DIPLO, KAI
STAY - HURTS
KINGS NEVER DIE – EMINEM, GWEN STEFANI
CRAZY IN LOVE – NICOLE ANDERSON
SPIRALING UPWARD – THE YOUNG ROMANS
THE HEART WANTS WHAT IT WANTS – OUR LAST
NIGHT, CRAING OWENS.
LIKE A PRAYER – RUFIO
BLACK WIDOW (COVER BY THE ANIMAL IN ME) -
IGGY AZALEA
I’GONNA SHOW YOU CRAZY – BEBE REXHA
MIRROR – LOIC NOTTET
LOVE THE WAY YOU LIE – A SKYLIT DRIVE
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TEMPESTADE – Conto
PARA SEMPRE & MAIS UM DIA –
Conto da Série Originals
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