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Faculdade de Direito
Departamento de Direito Privado
APOSTILA 02
REGISTRO DE IMÓVEIS
(Os pontos 1, 2 e 3 foram gentilmente cedidos pela ilustre Profa. Dra. Cristina Seixas Graça, Promotora de
Justiça na Capital e primeira professora a lecionar a matéria na Faculdade de Direito da UFBA)
1. Histórico
b) a inscrição de hipotecas.
Apesar de não terem sido poupadas críticas a esta legislação, por englobar e misturar
registro imobiliário, processo civil, direito civil (ex.: constituição de bem de família,
registro Torrens, remissão de imóvel hipotecado, além de estabelecer ritos próprios para a
retificação e a suscitação de dúvidas) deve-se ter em conta que a lei serviu para dar
estabilidade e garantir a seguridade dos registros públicos e direitos a eles vinculados.
2. Objeto
Assim, registrar imóveis e direitos reais a eles inerentes é a função das serventias
imobiliárias, tudo estabelecido na Lei n. 6.015/73 que define o sistema geral do registro de
imóveis, mas não o esgota na medida em que outras leis determinam assentamento
imobiliários obrigatórios.
No Brasil, somente o registro pelo sistema Torrens (art. 277 da LRP) acarreta presunção
absoluta sobre a titularidade do domínio, mas só se aplica a imóveis rurais (questão objeto
de provas de concurso!)
Na Comarca de Salvador, por força do art. 56, X, da Lei Estadual 3.731/79 (LOJ-BA), só
existe uma vara competente para os feitos registrais, denominada “Vara de Registros
Públicos e Acidentes do Trabalho”, localizada no 5o andar do Fórum Ruy Barbosa.
f) Prioridade (princípio específico): este princípio protege quem primeiro registra o seu
título (dormientibus non sucurrit jus). A prenotação assegura a prioridade do registro. Se
mais de um título for apresentado a registro no mesmo dia , será registrado aquele
prenotado em primeiro lugar no protocolo (arts. 191 e 192 da LRP). Caso o interessado não
atenda, em 30 dias, as exigências formuladas pelo escrivão, cessam os efeitos da
prenotação, podendo ser examinado e registrado, se estiver em ordem , o título apresentado
em segundo lugar. Se o primeiro apresentante não se conformar com a exigência do Oficial
e requerer a suscitação de dúvida, o prazo ficará prorrogado até o julgamento do referido
procedimento.
h) Instância: por este princípio não é permitido ao Oficial proceder os registros de ofício,
mas somente a requerimento do interessado, ainda que verbal (art. 13 da LRP). Até mesmo
a instauração de procedimento de dúvida será feita a requerimento do interessado (art. 198
da LRP).
O protesto do título pode ser lavrado por falta de aceite, por devolução de
duplicatas, por falta de pagamento em seu vencimento, para garantia do direito de
regressivo contra endossantes ou avalistas, ou para finalidade especial de se requerer
falência do devedor.
Os débitos parcialmente pagos também podem ser protestados pelo saldo restante.
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