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Folha Prática nº9 – “Realização experimental de uma antena direccional para WiFi 802.11b/g”
Visto que há limitações dimensionais, vamos fazer alguns cálculos primeiro. Os valores aceitáveis para o
diâmetro D, da lata a transformar, estão entre 60 e 75% do comprimento de onda no vazio, λ0, do sinal a
utilizar. Calculemos então o comprimento de onda no vazio, considerando a frequência central do canal 13:
Tentei encontrar uma lata capaz, dentro destes valores, mas apenas encontrei uma ligeiramente maior,
cerca de 92,9 mm de diâmetro no seu interior, com 90 mm de diâmetro no bocal. Veremos como se
comporta, mas antes prosseguiremos com o dimensionamento do monopolo, a sua colocação na lata e as
restantes dimensões da lata.
Vejamos, para este diâmetro, o comprimento de onda no guia, λG, e o comprimento mínimo, Lmin, que a
lata deverá ter (considerarei o diâmetro interior, pois faco tenções de, no futuro, melhorar esta configuração,
diminuindo o diâmetro interior para o mesmo do bocal, anulando também um friso prensado e umas
estampagens que a lata apresenta, e que poderão afectar o desempenho da antena construída a partir dela)
e calcular para o diâmetro da lata que temos (9,29cm):
λG = λ0 = 0,188681486228 m ≈ 18,87 cm
2
√[1–(λ0/1,706 · D) ]
Foi usado um fio de cobre de 1,50 mm2 de secção, com um diâmetro de 1,40 mm, visto não ter
conseguido encontrar fio de 2,00 mm de diâmetro (penso nem existir, as secções de 2,5 mm2 e 4,00 mm2 têm
diâmetros de 1,80 mm e 2,26mm, respectivamente). O fio da secção acima, 2,5 mm2, revelou-se demasiado
espesso para soldar na ficha BNC utilizada, será um ponto a rever num redimensionamento futuro.
A antena acabou por ficar com o aspecto da foto seguinte:
Quanto ao ganho esperado, podemos esperar valores entre um máximo e um mínimo, em que considerarei
uma eficiência mínima de 50% e máxima de 83,6% (de acordo com o enunciado), com D a representar a
maior dimensão da antena (que é o seu comprimento interior, ou profundidade), pelo que:
Vulgarmente os padrões das antenas são medidos no campo afastado, pelo que será necessário escolher
uma distância suficientemente afastada entre emissor e receptor, para se considerar dentro do campo
afastado, e relativamente afastada do campo próximo. A distância mínima necessária depende das
dimensões da antena relativamente ao comprimento de onda no vazio. Entre outras, uma das fórmulas
aceitadas para a distância mínima, Rmin, é:
em que D é a maior dimensão da antena, ou a maior esfera em que a antena se pode inserir, neste caso
o seu comprimento total (271,41 mm). Será 1,214 metros então a distância mínima a que teremos de
localizar a antena receptora do emissor.
Diagrama de radiação
dB
-5
-10
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
⁰ -90 -75 -60 -45 -30 -15 0 15 30 45 60 75 90