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ATO 1
Duas crianças, um menino e uma menina, e a mãe estão sentadas diante da imagem de
Nossa Senhora. As duas seguram o terço nas mãos.
MÃE: Vocês não têm nada que queiram agradecer? Nem pedir?
MENINO: Não.
MENINA: Não é que a gente não ache que deva agradecer... Ai, mas
por que a gente tem que rezar o terço? Não podemos só dizer
“Obrigado Deus” e pronto?
MENINO: Isso!
MÃE: Claro que poderíamos só dizer “Obrigado Deus” e pronto,
como você disse, Aninha. Mas quando você faz algo por alguém, é
mais gostoso quando a pessoa só vira e diz “obrigado” ou quando te
dá um abraço gostoso, além de dizer as palavras? — Olha para o
menino — E você, Miguel? O que você prefere? Quando a vovó vem
visitar e fica sentada na sala só conversando com os adultos, ou
quando ela vai jogar vídeo-game com você?
MÃE: E daí, que quando os seus amigos da escola querem vir aqui
pra casa, eles também ficam perto de mim, certo? Se a tia Célia,
mãe do Pedro, vier me visitar e trouxer o Pedro, vocês podem
brincar com ele, certo? Assim, a gente também pode ficar perto de
Jesus, se estivermos perto de Maria.
As duas crianças olham uma para a outra e começam a cochichar. O menino olha para a
mãe.
MENINO: E o que é o terço?
MENINO: Pai-nosso.
MENINO: Credo.
MÃE: Muito bem. Então, primeiro, para ter o terço, essas orações
precisaram existir. Primeiro vejamos a Ave-Maria.
ATO 2
Entra Nossa Senhora e fica no meio do espaço. Ela se senta, junta as mãos e fecha os
olhos.
Entra o anjo.
MÃE: Quando o anjo foi falar com Maria que ela seria a mãe de
Jesus, ele a cumprimentou assim:
O anjo se retira.
Entra Isabel.
MÃE: E depois, quando Maria foi visitar a prima Isabel, ela foi
recebida assim.
Sai Isabel.
MENINO: E o Credo?
MÃE: Há muito tempo, depois que Jesus subiu pro Céu depois de
ressuscitar, as pessoas não podiam se reunir e acreditar no que
Jesus disse. Elas tinham que fazer isso escondido. A oração do
Credo foi criada para mostrar todas as coisas que nós, cristãos,
acreditamos. Quando as pessoas ainda se escondiam, saber essa
oração de cor era uma forma de mostrar que se acreditava e se
seguia Jesus.
MENINA: E a Salve-Rainha?
MÃE: Vocês sabem que na Bíblia tem 150 salmos, que são cantos
do povo para Deus? — As crianças fazem que sim com a cabeça —
Então, os monges rezavam esses 150 salmos todos os dias. Mas o
povo que não era monge não conhecia bem os salmos, por isso,
rezavam 150 Pai-Nossos. Depois passaram a rezar 150 Ave-Marias.
Só muito tempo depois que organizaram tudo e formaram 15 grupos
de 10 Ave-Marias cada, formando o Rosário. O terço, que a gente
reza, é só uma parte daquelas 150 orações que eles faziam.
MENINO: E os mistérios do terço? Aquelas partes que a gente fala
da vida de Jesus?
MENINO: (contando nos dedos) Mãe, você disse que eram 150 Ave-
Marias e que foram divididas. Mas se a gente juntar todos os
Mistérios que a gente reza, dão 200 Ave-Marias.
MÃE: Isso é porque o Papa João Paulo II incluiu mais uma parte, os
Mistérios da Luz, que contam a infância e da vida pública de Jesus.
Nós precisávamos de mais uma parte para poder pensar bem na
vida de Jesus durante a semana.
Saem as pessoas. Entra Nossa Senhora com um terço na mão e se vira na direção de
Domingos.
MÃE: Maria recebe nossas orações, que no Céu são como as mais
perfumadas flores.
MENINO: Eu quero dar flores pra mãe de Jesus, igual eu dei pra
você no dia das mães.
MENINA: Eu também.
Começa a oração do rosário. Para cada oração uma flor é colocada para Nossa Senhora.