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RESUMO
O campo epistemológico que sucinta a presente pesquisa está inserido no contexto dos movimentos
sociais, especificamente o da educação popular na década de 1960, tendo como seu precursor Paulo
Freire. Neste sentido, pretende-se reconhecer alguns movimentos sociais que tem como bandeira de luta a
educação como perspectiva de emancipação social para os sujeitos de direito, especialmente os que estão
inseridos no campo. Por conseguinte, metodologicamente parte de uma revisão de literatura, a qual faz
um aporte teórico acerca da temática e ao mesmo tempo far-se-á uso da análise do discurso por meio de
uma entrevista semiestruturada para os lideres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAPE)
de Garanhuns-PE que participam da formação de base. Ao que concerne ao movimento por uma educação
do campo ainda precisa ser efetivada em alguns espaços sociais, pois se percebe que há resistências em se
tratando da efetivação no campo dos direitos, pois teoricamente a discussão está acirrada, mas no
cotidiano do chão da escola a prática pedagógica se encontra divergente do sentido e significado da
aprendizagem cotidiana.
ABSTRACT
The epistemological field that briefly this research is placed in the context of social movements,
specifically that of popular education in the 1960s, having as its precursor Paulo Freire. Accordingly, it is
intended to recognize some social movements whose flag fight education as a perspective of social
emancipation for the subjects of law, especially those entered in the field. Therefore, methodologically
part of a review of the literature, which makes a theoretical contribution on the theme while using
discourse analysis through a semistructured interview for the leaders of the Federation of Agricultural
Workers will be-far-(FETAPE) Garanhuns-PE participating in basic training. Regard to the movement for
rural education still needs to be made in some social spaces, because it realizes that there is resistance
when it comes to execution in the field of human rights, since theoretically the discussion is fierce, but in
the daily life of the school ground pedagogical practice is divergent from the sense and meaning of
everyday learning.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Já para Orlandi (2005, p.15) o sentido da AD. Fica muito evidente, pois “o
discurso é uma palavra em movimento, é uma prática de linguagem. Não há começo
absoluto ou ponto final para o discurso. Um dizer tem relação com outros dizeres
realizados, imaginados ou possíveis.” Isto significa que a fala é articulada mentalmente
e após é discursiva, o intervalo de tempo entre esta ação favorece para organização das
ideias que são sistematizadas de acordo com tal finalidade.
Desta forma, se pode compreender que os sujeitos mesmo que não possuam
escolarização elevada, se politizam a medida que vão convivendo com aquele
movimento. Assim, vão se apropriando da fala, dos costumes e dos gestos que se
multiplicam enquanto sujeitos coletivos (ARROYO, 2005). Reconhecer de que os
1
Foi preferível escolher esta terminologia a usar do nome do participante. Tendo em vista que as pessoas
que participam dos movimentos sociais são muito alvo de maledicência.
sujeitos que participam do movimento dão a vida a lutas e causas por uma educação
contextualizada que faça sentido e significados ao processo de aprendizagem para vida
dos sujeitos.
A formação de base é imprescindível para se repensar a educação que seja de fato
emancipatória, libertadora e transformadora da vida dos sujeitos que estão inseridos nos
mais diversos contextos sociais. Daí os próprios militantes lideres precisam se
aperfeiçoar para proporcionar a visão diferenciada da educação que não deve está posta
para a lógica do mercado. Nesse sentido, o militante declarou:
Nós estamos a frente do movimento, mas precisamos entender dele para que
a nossa esperança se mantenha firme no enfretamento da opressão que as
classes marginalizadas sofrem, por mais que tenhamos ascensão social de
nível intelectual acerca dos processos postos eurocentricamente, estaremos
sempre nesse embate a fim de consolidar os direitos básicos elementares para
todos, sem distinção das diferenças que o sistema eurocêntrico privilegia
tanto, só usa quem só tem condições a saúde, a educação e os outros tantos
direitos sociais.
No que diz respeito ao processo histórico, o líder, deixou claro quando mencionou
que “a luta por uma educação do campo que esteja de fato comprometida com a vida
dos sujeitos do campo, ela é para toda vida.” Foi importante perceber que desde 1960
mais precisamente que os movimentos sociais tomam para si esta bandeira, mas que
ainda é possível presenciar a realidade com uma disparidade, especialmente porque
quem faz educação no campo não é do campo. Dai a importância de se fazer jus a
formação de base, para que a educação deixe de ser legitimadora da grade que enquadra
todos no mesmo quadrado sem levar em consideração as especificidades.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.