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EXPERIMENTO DE CALIBRAÇÃO DE MEDIDORES DE VAZÃO

– Líquido e Gás

A.B. MACHADO1, A.R da SILVEIRA2, C.S RODRIGUES3, N. FELTRIN4 e S.C. VIDAL5

RESUMO – Este experimento tem como objetivo a observação e a compreensão experimental


das diferenças entre medidores de vazão primários e secundários para líquidos e gáses, bem como a
calibração de medidores comerciais utilizando o Tubo de Pitot como sendo o instrumento de
referência. A metodologia empregada foi a análise experimental onde foram coletados os dados em
laboratório por méio de observações. Sendo assim, foi possível calibrar os mais diversos tipos de
medidores comerciais de vazão tanto para gáses quanto para líquidos. Comprando-se os resultados
obtidos, verificou-se que o Venturi é omedidor de vazão mais preciso dentre os medidores utilizados
durante a realização do experimento.

Palavras-chave: Calibração; Tubo de Pitot; Medidores de Vazão.

1. INTRODUÇÃO

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Equipamento e Materiais

2.1.1 Circuito fechado para líquido com:


 Reservatório de água (RA);
 Bomba centrífuga (BC);
 Tubulação de PVC (DN 32 mm e Di 27,5 mm);
 Válvula para Regulagem de Vazão (VRV);
 Medidor comercial de vazão tipo Rotâmetro (Rt);
 Medidor comercial de vazão tipo Hidrômetro (Hd);
 Medidor de vazão tipo Venturi (Vt) com β =(Di/di)=0,46 , ligado ao seu respectivo
 Manômetro de Tubo em U (MUVt) que contém Mercúrio metálico como fluido
manométrico;
 Medidor de vazão tipo Placa de Orifício (PO) com β =(Di/di)=0,49 , ligado ao seu
respectivo Manômetro de Tubo em U (MUPO) que contém Mercúrio metálico como

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fluido manométrico;
 Medidor de velocidade tipo Pitot padrão (Pt), com régua linimétrica, ligado ao seu
respectivo Manômetro de Tubo em U (MUPt) que contém Clorofórmio colorido como
fluido manométrico;
 Recipiente Graduado (RG) munido de uma Válvula de Bloqueio (VB) para
medidas de vazão com auxílio de um Cronômetro.

2.1.2 Circuito aberto para gás com:


 Soprador centrífugo (SC), ligado a um Inversor de frequência para variação da
vazão;
 Tubo de aço (DN 100 mm);
 Medidor de vazão tipo Venturi (Vt) com β =(Di/di)=0,40 cambiável com um
 Medidor de vazão tipo Placa de Orifício (PO) com β =(Di/di)=0,50;
 Manômetro de Tubo em U (MU) que contém Água colorida como fluido
manométrico, ligado ao medidor de vazão (Vt) ou ao (PO);
 Medidor de velocidade tipo Pitot padrão (Pt), ligado ao seu respectivo Manômetro
de Tubo inclinado (MIPt) que contém Água colorida como fluido manométrico;
 Medidor comercial de velocidade tipo Anemômetro de Ventuinha (AV);

2.2 Procedimento Experimental

2.2.1 OPERAÇÃO COM O CIRCUITO DE ÁGUA

Primeiramente, anotou-se os valores de temperatura e pressão do ambiente onde foi realizado o


experimento. Em seguida, encheu-se o Reservatório (RA) com água até o nível máximo (50 mm do
topo da caixa), com a Válvula de Regulagem de Vazão (VRV) e a Válvula de Bloqueio (VB) abertas;
Antes de ligar a Bomba centrífuga (BC), fechou-se completamente a Válvula de Regulagem de
Vazão (VRV); Com a Válvula VBS ainda aberta, Ligou-se a Bomba centrífuga (BC) e abriu-se a
Válvula VRV lentamente (mantendo-se vazão baixa) até que o circuito estivesse “selado”
hidraulicamente (sem bolhas de ar);
Em seguida fechou-se novamente a Válvula (VRV) para iniciar a prática. Verificou-se que
todos os Manômetros estavam com os fluidos manométricos equilibrados e que não havia bolhas de ar
nas mangueiras que ligam os mesmo aos seus respectivos medidores;
Através da Válvula (VRV) regulou-se a vazão de água, com auxílio do Rotâmetro (Rt), para a
nominal de 10 l/min;
Registrou-se os ∆h nos três Manômetros de tubo em U (do Venturi, da Placa de orifício e do

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Pitot), a vazão registrada no Hidrômetro e mediou-se a vazão real de calibração com o auxílio do
Recipiente graduado de um cronômetro e da válvula de bloqueio no fundo do Recipiente.
Repetiu-se os itens c) e d) para vazões nominais no Rotâmetro de: 15; 20; 25; 30; 35;
40; 45; 50 e 55 l/min.
Baixou-se a vazão lentamente até zerar e desligou-se a Bomba.

3.2.2. OPERAÇÃO COM O CIRCUITO DE AR

3.2.2.1. Calibração do medidor de Placa de Orifício


Verificou-se, inicialmente se os dois Manômetros (tubo em U e o inclinado) estavam com os
fluidos manométricos equilibrados;
Ligou-se o Soprador e aumentou-se a vazão (viu-se o variador no painel elétrico), até uma
velocidade nominal de 5 m/s, medida no Anemômetro;
Registrou-se os ∆h no Manômetro inclinado do Pitot e no de tubo em U, da Placa de Orifício;
Repetiu-se os itens a) e b) para vazões nominais de 10; 15; 20; 25 e 30 no Anemômetro;
Baixou-se a vazão lentamente até zerar e desligou-se o Soprador.

3.2.2.2. Calibração do medidor Venturi


Substituiu-se a Placa de orifício pelo medidor de Venturi e procedeu-se da mesma forma que
o item 3.2.2.1.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A FIGURA “X” apresenta a relação entre as vazões obtidas pelo Tubo de Pitot em relação as
vazões obtidas a partir do Anemômetro.
As vazões que foram obtidas a partir do Anemômetro apresentaram-se relativamente superiores
às vazões obtidas pelo Tubo de Pitot. Essa ocorrência deve-se ao fato de que as velocidades obtidas
pelo Anemômetro correspondentes às respectivas vazões foram sempre superiores em comparação
com as velocidades do Tubo de Pitot.
A relação entre as duas vazões é de caracter linear e a equação matemática que expressa essa
mesma relação é a seguinte:

3
𝑦 = 1,2612𝑥 + 9,9051
Onde o “y” representa a vazão do Tubo de Pitot e o “x” representa a vazão do Anemômetro,
sendo que as duas vazões estão expressas em 𝑚3 /ℎ.

Aferição para Anemômetro


450 y = 1.2612x - 9.9051
400 R² = 0.9978
vazão do pitot ( m³/h )

350
300
250
200
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
vazão do anemômetro ( m³/h )

Figura X – Relação entre as vazões obtidas pelo Tubo de Pitot versus a vazão obtida a partir
do Anemômetro.
A FIGURA XX apresenta a relação entre as perdas de carga (∆ℎ) em unidade de milímetro de
coluca de água (mm. 𝐶. 𝐻2 𝑂) em função das vazões (Q) padrões obtidas a partir do Tubo de Pitot e que
estão expressas em (𝑚3 /ℎ). Como é possível observar no gráfico, a relação entre elas é de caracter
polinomial. O aumento da perda de carga corresponde proporcionalmente em um aumento da vazão.

4
Aferição do Venturi
y = -5.9472E-09x4 + 1.1007E-05x3 + 4.3083E-03x2 + 8.8923E-02x - 3.1649E+00
R² = 1.0000E+00
800
700
delta h (mm.C.H2O)

600
500
400
300
200
100
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Q ( m³/h )

FIGURA XX – Relação as perdas de cargas no Venturi em função das vazões obtidas pelo
Tubo de Pitot
Assim como na figura anterior, a FIGURA XXX também apresenta uma curva de caracter
polinomial, porém, essa figura apresenta valor de 𝑅 2 (0,99687) não tão preciso quanto o 𝑅 2 (1,00) do
gráfico anterior. Com base nessa observação, pode-se afirmar que o medidor de vazão Venturi é mais
preciso que a Placa de Orifício. Essa afirmação, demostra coerência dos dados obtidos e
principalmente dos cálculos realizados uma vez que esperava-se que o Venturi fosse mais preciso
concordando assim com a literatura.

Aferição da Placa de Orifício


700
y = 6.7430E-03x2 - 5.7152E-01x + 1.3506E+01
600 R² = 9.9687E-01
delta h (mm.C.H2O)

500

400

300

200

100

0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Q ( m³/h )

5
FIGURA XXX – Representa a relação entre as perdas de carga (∆ℎ) da Placa de Orifício em
função das vazões do Tubo de Pitot.
4. CONCLUSÃO

5. REFERÊNCIAS

6. SUGESTÕES
7. ANEXOS

Anexo 1 – Tabelas

6
Anexo 2 – Equações

Anexo 3 – Figuras

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