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SISTEMA NERVOSO

O tecido nervoso forma o Sistema nervoso, o qual é subdividido anatomicamente em Central (SNC) e Periférico
( SNP).
SNC- encéfalo e medula espinhal
SNP- nervos periféricos (12 pares cranianos e 31 pares raquidianos ou espinhais). Divide-se em nervos de
vida de relação ou somático (atividade voluntária) e nervos da vida vegetativa (sistema nervoso autônomo – sistema
simpático e parassimpático). Os nervos são divididos em cervicais (8), torácicos (12), lombares (5) e sacrais (5) e
coccígeo (1), glânglios e terminações nervosas.

Anatomia Macroscópica do SNC - Encéfalo e Medula Espinhal


A anatomia relacionada à TC de crânio inclui a anatomia óssea do crânio e dos ossos da face. A anatomia do
sistema nervoso central (SNC) conforme visualizada em imagens de TC inclui o encéfalo e a medula espinhal.

NEURÔNIOS
Os neurônios ou células nervosas são as células especializadas do sistema nervoso que conduzem impulsos
elétricos. Cada neurônio é composto de um axônio, um corpo celular (PERICÁRIO) e um ou mais dendritos. Os
dendritos são processos que conduzem impulsos na direção do corpo da célula neuronal. O axônio é um processo que
se dirige para fora do corpo celular. Um motoneurônio é mostrado abaixo, esse tipo de neurônio é típico de neurônios
que conduzem impulsos da medula espinhal para tecido muscular. Um neurônio multipolar é um tipo de neurônio que
possui vários dendritos e um único axônio. Os dendritos e os corpos celulares constituem a substância cinzenta do
encéfalo e da medula espinhal, e os grandes axônios mielinizados constituem a substância branca, como é visto em
desenhos e varreduras de TC. O tecido nervoso apresenta células denominadas gliais ou neuróglia, com função de
nutrir e sustentar os neurônios.

DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL


Deve-se conhecer a anatomia macroscópica geral do encéfalo e do sistema nervoso central antes de se
aprender anatomia seccional da forma que é vista em seções ou cortes de TC. O sistema nervoso central pode ser
dividido em duas divisões principais: (1) o encéfalo, que ocupa a cavidade do crânio, e (2) a medula espinhal sólida, que
se estende inferiormente a partir do encéfalo e é protegida pela coluna vertebral óssea. A medula espinhal sólida
termina no bordo inferior de L 1, em uma área afilada chamada de cone medular. Extensões de raízes nervosas da
medula espinhal, entretanto, se continuam para baixo até o primeiro segmento coccígeo. O espaço subaracnóide
continua para baixo até o segundo segmento sacro (S2).
Resumo da Anatomia da Medula Espinhal -O desenho na Fig. 22.15 demonstra três fatores anatômicos do encéfalo e
da medula espinhal importantes radiograficamente, como se segue:
1. O cone medular é a terminação distal afilada da medula no nível mais baixo de L1.
2. O espaço subaracnóide, contendo líquido cefalorraquidiano (LCR, um líquido aquoso, claro e incolor), envolve tanto a
medula espinhal quanto o encéfalo, e se continua para baixo até o segundo segmento do sacro (52).
3. Um sítio comum para punção lombar, conforme necessário para uma punção espinhal ou para remoção de LCR e
injeção de contraste para uma mielografia, são entre os processos espinhosos de L3 e L4. A agulha pode entrar no
espaço subaracnóide sem o perigo de atingir a medula espinhal, que termina no nível inferior da vértebra L 1.

Envoltórios do Encéfalo e da Medula Espinhal - Meninges


Tanto o encéfalo quanto a medula espinhal são envolvidos por três envoltórios ou membranas protetores
denominados meninges (Fig. 22.16). Iniciando-se externamente, são elas (1) a dura-máter, (2) a aracnóide e (3) a pia-
máter.

Dura-máter: A membrana mais externa é a dura-máter, que significa mãe firme “ou” dura “. Esse envoltório forte e
fibroso do encéfalo tem uma camada interna e uma camada externa. A camada externa da dura-máter é firmemente
fundida com a camada interna, exceto por espaços que são fornecidos para grandes canais de sangue venoso
chamados seios venosos ou seios da dura-máter. A camada externa é aderida estreitamente à tábua interna do crânio.
As camadas internas da dura-máter abaixo desses seios
unem-se para formar a foice do cérebro, conforme é vista em varreduras de TC estendendo-se para baixo para dentro
da fissura longitudinal entre os dois hemisférios cerebrais (vista em um desenho mais à frente, Fig. 22.19).

Pia-máter: A mais interna dessas membranas é a pia-máter, que significa literalmente "mãe terna". Essa membrana é
muito fina e bastante vascularizada, e repousa próximo ao encéfalo e à medula espinhal. Ela envolve toda a superfície
do encéfalo, mergulhando dentro de cada uma das fissuras e sulcos.

Aracnóide: Entre a pia-máter e a dura-máter encontra-se uma delicada membrana avascular chamada aracnóide.
Trabéculas delicadas semelhantes a linhas fixam a membrana aracnóide à pia-máter, daí o termo "mãe aranha".

ESPAÇOS MENíNGEOS (Fig. 22.16)


Imediatamente exterior a cada camada meníngea encontra-se um espaço potencial. Assim, há três desses
espaços potenciais - (1) o espaço epidural, (2) o espaço subdural e (3) o espaço subaracnóide.

Espaço epidural: Exteriormente à dura-máter, entre a dura e a tábua interna do crânio, encontra-se um espaço potencial
denominado espaço epidural.

Espaço subdural: Abaixo da dura-máter, entre a dura e a aracnóide, encontra-se um espaço estreito chamado espaço
subdural, que contém uma mínima quantidade de líquidos e vários vasos sanguíneos. Tanto o espaço epidural quanto o
espaço subdural são sítios potenciais para hemorragia após trauma craniano.

Espaço subaracnóide: Abaixo da membrana aracnóide, entre a aracnóide e a pia-máter, encontra-se um espaço
comparativamente amplo, chamado espaço subaracnóide. Tanto o espaço subaracnóide do encéfalo quanto o da
medula espinhal são normalmente preenchidos por líquido cefalorraquidiano (LCR).
AS TRÊS DIVISÕES DO ENCÉFALO
O encéfalo pode ser dividido em três áreas gerais: (1) o prosencéfalo, (2) o mesencéfalo e (3) o rombencéfalo.
Essas três divisões do encéfalo são divididas ainda em áreas e estruturas específicas, conforme mostrado no desenho
seccional mediossagital na Fig. 22.17 .

TRONCO ENCEFÁLlCO
A combinação de mesencéfalo, ponte e bulbo forma o tronco encefálico, que passa através da grande abertura
na base do crânio, o forame magno, para se tornar a medula espinhal.

Prosencéfalo
A primeira parte do prosencéfalo a ser estudada é o grande cérebro.

CÉREBRO
Um corte sagital através da cabeça e do pescoço deixando o encéfalo e a medula espinhal superior intactos é
demonstrado na Fig. 22.18, mostrando o tamanho relativo das várias estruturas, incluindo cinco lobos do cérebro. A
camada de superfície de todo o cérebro, com cerca de 2 a 4 mm de espessura, diretamente sob a calota óssea do
crânio, são chamada de córtex cerebral. Como se pode ver, o cérebro total ocupa a maior parte da cavidade craniana.
Cada lado do cérebro é chamado de hemisfério cerebral e é dividido em cinco lobos. 0s quatro lobos vistos nas
Figs. 22.18 e 22.19 repousam abaixo dos ossos cranianos de mesmo nome. O lobo frontal repousa sob o osso frontal, o
lobo parietal sob o lobo parietal, De forma semelhante, o lobo occipital e o lobo temporal repousam sob os seus
respectivos ossos cranianos. O quinto lobo, chamado de ínsula, ou lobo central, está localizado mais centralmente e
não
pode ser visto nessas incidências.
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
O topo do encéfalo é mostrado na Fig. 22.19. O cérebro é parcialmente separado por uma fissura longitudinal
profunda no plano mediosagital. A fissura divide o cérebro em hemisférios cerebrais direito e esquerdo. Partes dos
lobos frontal, parietal e occipital são novamente visualizadas nesse desenho de vista superior. A superfície de cada
hemisfério cerebral é marcada por numerosos sulcos e convoluções, que são formados durante o rápido crescimento
embrionário dessa porção do encéfalo. Cada convolução ou área elevada é chamada de giro. Dois desses giros que
podem ser identificados em radiografias seccionais por TC são o giro central anterior (pré-central) e o giro central
posterior (pós-central), conforme mostrado de cada lado do sulco central. Um sulco é uma fenda rasa, e o sulco central,
que divide os lobos frontal e parietal do cérebro, é um ponto de referência usado para identificar áreas sensoriais
específicas do córtex. Um sulco mais profundo é chamado de fissura, como a fissura longitudinal profunda que separa
os dois hemisférios. O corpo caloso, localizado profundamente dentro da fissura longitudinal e que não é visível nesse
desenho, consiste em uma massa arqueada de fibras transversais (substância branca) conectando os dois hemisférios
cerebrais.

VENTRÍCULOS CEREBRAIS
Um entendimento completo dos ventrículos cerebrais é importante para a tomografia computadorizada de
crânio porque eles são imediatamente identificados em cortes seccionais por TC. O sistema ventricular do encéfalo é
conectado ao espaço subaracnóide. Há quatro cavidades no sistema ventricular. Essas quatro cavidades são
preenchidas com líquido cefalorraquidiano (LCR) e se interconectam através de pequenos tubos. O sistema ventricular
contém quatro cavidades principais. 0s ventrículos laterais direito e esquerdo estão localizados nos hemisférios
cerebrais direito e esquerdo. O terceiro ventrículo é um ventrículo único, localizado centralmente e inferiormente aos
ventrículos laterais. O quarto ventrículo também é um ventrículo único, localizado centralmente, imediatamente inferior
ao terceiro ventrículo.
O LCR é formado nos ventrículos laterais, em leitos capilares especializados denominados
plexos coróides, que filtram o sangue para formar LCR. Cerca de 140 ml de LCR estão presentes
dentro e ao redor de todo o SNC apesar de até 500 ml de LCR serem formados diariamente, com o
balanço sendo reabsorvido dentro do sistema circulatório venoso. Acredita-se que o LCR tenha
algum papel nutricional durante o desenvolvimento, mas no adulto ele tem um papel de proteção do
SNC.

VENTRÍCULOS LATERAIS
Cada ventrículo lateral é composto de quatro partes. As vistas superior e lateral na Fig. 22.21 demonstram que
cada um dos ventrículos laterais tem um corpo localizado centralmente e três projeções ou cornos estendendo-se a
partir do corpo. O corno frontal ou porção anterior se dirige para a frente. O corno occipital ou porção posterior se dirige
para trás, e o corno temporal ou porção inferior se estende inferiormente.
Os dois ventrículos laterais estão localizados de cada lado do plano médiossagital dentro dos hemisférios
cerebrais e são imagens especulares um do outro. Certos processos patológicos, tais como uma lesão expansiva,
alteram a aparência simétrica do sistema ventricular conforme visto em radiografias de TC.

TERCEIRO VENTRÍCULO
Cada um dos ventrículos laterais se conecta com o terceiro ventrículo através de um forame interventricular. O
terceiro ventrículo está localizado na linha média e tem uma forma aproximada de quatro lados. Ele repousa logo abaixo
do nível dos corpos dos dois ventrículos laterais. A glândula pineal está fixada ao teto da parte posterior do terceiro
ventrículo, diretamente acima do aqueduto cerebral, o que causa um recesso na parte posterior desse ventrículo. (A
glândula pineal também é mostrada em
um desenho mais adiante, na Fig. 22.28, em relação à porção talâmica do prosencéfalo.)

QUARTO VENTRÍCULO
A cavidade do terceiro ventrículo se conecta póstero inferiormente com o quarto ventrículo através de uma
passagem conhecida como aqueduto cerebral. O quarto ventrículo, em forma de diamante, se conecta com uma ampla
porção do espaço sub aracnóide chamada cisterna
cerebelobulbar (veja Figs. 22.22 e 22.25). De cada lado do quarto ventrículo encontra-se uma extensão lateral
denominada recesso lateral, que também se conecta com o espaço sub aracnóide através de uma abertura ou forame.

VISTA SUPERIOR DOS VENTRíCULOS


Uma vista superior dos ventrículos é mostrada na Fig. 22.23. Essa vista demonstra a relação do terceiro e
quarto ventrículos com os dois ventrículos laterais. O terceiro ventrículo é visto nessa incidência apenas como uma
estrutura estreita em forma de fenda repousando na linha média entre os corpos dos ventrículos laterais, abaixo deles.
O aqueduto cerebral é claramente mostrado conectando o terceiro ventrículo ao quarto ventrículo. O recesso lateral é
mostrado de cada lado do quarto ventrículo, fornecendo uma comunicação com o espaço sub aracnóide. O corpo, o
corno temporal e os cornos frontais e occipitais de cada um dos ventrículos laterais são novamente bem demonstrados
nessa vista superior.
VISTA ANTERIOR DOS VENTRÍCULOS
Uma vista anterior dos ventrículos dentro do encéfalo é mostrada na Fig. 22.24. Os forames interventriculares
conectam o corpo de cada ventrículo lateral ao terceiro ventrículo. Essa vista enfatiza o fato de que o terceiro e o quarto
ventrículos são estruturas da linha média. O corno frontal, o corpo e o corno temporal de cada ventrículo lateral são
mostrados nesse desenho como eles apareceriam em uma projeção frontal. A região do recesso lateral conectando o
quarto ventrículo ao espaço subaracnoide também é mostrada.

CISTERNAS SUBARACNÓIDES
Como já foi observado, o líquido cefalorraquidiano é normalmente fabricado dentro de cada ventrículo lateral.
Ele passa então através do terceiro ventrículo para o interior do quarto ventrículo. Depois que o líquido
cefalorraquidiano deixa o quarto ventrículo, ele circunda completamente o encéfalo e a medula espinhal pelo
preenchimento do espaço subaracnoide conforme mostrado pelas áreas pontilhadas em vermelho na Fig. 22.25.
Qualquer bloqueio ao longo da via que leva dos ventrículos ao espaço subaracnoide pode causar acúmulo excessivo de
líquido cefalorraquidiano dentro dos ventrículos, levando a uma condição chamada hidrocefalia.
Há várias áreas maiores dentro do espaço ou sistema subaracnoide, chamadas cisternas, sendo a maior a
cisterna cerebelobulbar (cisterna magna), localizada inferiormente ao quarto ventrículo e ao cerebelo.

Cada um dos "pontos" pretos maiores nesses desenhos indica cisternas específicas que são geralmente
denominadas de acordo com suas localizações. A cisterna quiasmática, mostrada no desenho de vista superior do
encéfalo (Fig. 22.26), é assim chamada devido à sua relação com o quiasma áptico, o sítio de cruzamento dos nervos
ápticos, como será identificado em desenhos posteriores. Várias outras cisternas repousam ao longo da base do
encéfalo e do tronco encefálico. Pelo fato de o mesencéfalo ser totalmente circundado por cisternas preenchidas por
líquido, essa área pode ser bem visualizada em uma varredura por TC.O espaço subaracnoide e o sistema ventricular
preenchidos por líquido cefalorraquidiano são importantes na tomografia computadorizada, porque essas áreas podem
ser diferenciadas de estruturas tissulares.
TÁLAMO
Seguindo-se ao grande cérebro, a segunda parte do prosencéfalo é o tálamo (Figs. 22.27 e 22.28). O tálamo
é uma estrutura oval relativamente pequena (com cerca de 1 polegada ou 2,5 em de comprimento), localizada logo
abaixo do mesencéfalo e embaixo do corpo caloso. Ele consiste em duas massas ovais primariamente de substância
cinzenta ou núcleos que formam parte das paredes do terceiro ventrículo, logo superiormente ao mesencéfalo. Esses
grupos de núcleos (substância cinzenta) do tálamo servem como estações de relé para a maioria dos impulsos
sensoriais à medida que eles
passam da medula espinhal e das estruturas mesencefálicas para o córtex cerebral. Assim, o tálamo serve como um
centro de interpretação para certos impulsos sensoriais, tais como dor, temperatura e tato, assim como para certas
emoções e para a memória. O tálamo e o hipotálamo em conjunto formam a porção diencefálica do prosencéfalo,
conforme descrito previamente.

HIPOTÁLAMO
A terceira e última divisão do prosencéfalo é o hipotálamo (Figs. 22.27 e 22.28). "Hipo" significa sob; daí a
sua localização sob o tálamo. O hipotálamo forma o soalho e as paredes inferiores do terceiro ventrículo. Três
estruturas significativas associadas com o hipotálamo são o infundíbulo, a glândula hipófise posterior e o quiasma
óptico. O infundíbulo é um processo cênico que se projeta para baixo e termina no lobo posterior da glândula hipófise.
O infundíbulo mais a hipófise posterior são conhecidos como neurohipófise. O quiasma óptico (Fig. 22.27) é assim
denominado porque se assemelha à
letra grega X (chi). Ele está localizado acima da hipófise e anteriormente ao terceiro ventrículo.
O hipotálamo é pequeno, mas controla atividades corporais importantes através de uma ligação com o sistema
endócrino. A maioria dessas atividades está relacionada a homeostasia, a tendência ou capacidade do corpo de
estabilizar seus estados corporais normais.

Mesencéfalo e Rombencéfalo
O mesencéfalo é visto como uma porção curta e constrita do tronco encefálico superior conectando o
prosencéfalo ao rombencéfalo. O rombencéfalo consiste no cerebelo, na ponte e no bulbo. Conforme se vê na Fig.
22.28, o cerebelo é a maior porção do rombencéfalo e a segunda maior porção de todo o encéfalo.
TRONCO ENCEFÁLlCO
O tronco encefálico inclui o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. A ponte é uma estrutura oval proeminente
localizada inferiormente ao mesencéfalo. O bulbo é a porção final do tronco encefálico, localizado ao nível do forame
magno, a abertura na base do crânio. Assim, o tronco encefálico é composto de mesencéfalo, ponte e bulbo, e
conecta o prosencéfalo à medula espinhal.

GLÂNDULAS HIPÓFISE E PINEAL


Duas importantes estruturas da linha média são as glândulas hipófise e pineal.
A glândula pineal foi demonstrada em sua relação com o terceiro ventrículo na F ig. 22.22. Essa pequena
glândula (cerca de 5 mm, ou 1/4 de polegada de comprimento) é uma glândula endócrina, que secreta hormônios que
auxiliam na regulação de certas atividades secretórias. A importante hipófise, também chamada de glândula pituitária,
é citada como a glândula "mestra", porque regula muitas atividades corporais. Ela está localizada na sela turca do
osso esfenóide e é protegida por ela, e está fixada ao hipotálamo do encéfalo pelo infundíbulo (mostrado nas Figs.
22.27 e 22.28). Essa glândula, que também é relativamente pequena, com cerca de 1,3 em ou 1/2 polegada de
diâmetro, é dividida em lobos anterior e posterior. Os hormônios secretados por essa glândula mestra controlam uma
ampla gama de funções corporais, incluindo o crescimento e as funções reprodutivas.

CEREBELO
A última parte do encéfalo a ser descrita é o cerebelo (Fig. 22.29), que ocupa a porção principal da fossa
craniana inferior e posterior. No adulto, a proporção de tamanho entre o cérebro e o cerebelo é de cerca de oito para
um. O cerebelo tem a forma aproximada de uma borboleta e consiste em hemisférios direito e esquerdo, unidos por
uma estreita faixa mediana, o vermis. Na direção da extremidade superior da superfície anterior encontra-se a incisura
cerebelar anterior, ampla e rasa. O quarto ventrículo está localizado dentro da incisura cerebelar anterior, separando a
ponte e o bulbo do cerebelo. Inferiormente, ao longo da superfície posterior, os hemisférios cerebelares são
separados pela incisura cerebelar posterior. Uma extensão da dura-máter, chamada foice do cerebelo, está localizada
dentro da incisura cerebelar posterior. O cerebelo primariamente coordena as funções motoras importantes do corpo,
tais como coordenação, postura e equilíbrio.

Substância Cinzenta e Substância Branca


O sistema nervoso central pode ser dividido pela aparência em substância branca e substância cinzenta. A
substância branca no encéfalo e na medula espinhal é composta de tratos, que consistem em feixes de axônios
mielinizados. Axônios mielinizados são aqueles axônios envoltos em uma
bainha de mielina, uma substância gordurosa que tem uma cor branca cremosa. Logo, os axônios compreendem a
maior parte da substância branca. A substância cinzenta é composta principalmente de dendritos neuronais e corpos
celulares. Um corte de tecido cerebral através dos hemisférios cerebrais
é mostrado na Fig. 22.30. Nesse nível do encéfalo, a substância cinzenta forma o córtex cerebral externo, enquanto o
tecido cerebral sob o córtex é substância branca. Essa massa subjacente de substância branca é chamada de centro
semi-oval. Profundamente no interior do cérebro, inferiormente a esse nível, encontra-se mais substância cinzenta,
denominada núcleos cerebrais, ou gânglios da base. Pelo fato de uma varredura computadorizada craniana poder
diferenciar entre substância branca e cinzenta, um corte através dos núcleos cerebrais fornece uma riqueza de
informações diagnósticas. Um corte horizontal ou axial do hemisfério cerebral direito mostrado na Fig. 22.31 aponta as
áreas
geralmente visualizadas. As áreas de substância branca incluem o corpo caloso e o centro semi-oval. As áreas de
substância cinzenta incluem os núcleos cerebrais, o tálamo e o córtex cerebral.
NÚCLEOS CEREBRAIS (GÂNGLlOS DA BASE)
Os núcleos cerebrais, ou gânglios da base, são coleções emparelhadas de substância cinzenta localizadas
profundamente em cada hemisfério cerebral (Fig. 22.32). Há quatro áreas específicas ou agrupamentos desses
núcleos cerebrais, conforme mostrado nesse desenho chanfrado. São elas (1) o núcleo caudado, (2) o núcleo
lentiforme, composto pelo putâmen e pelo globo pálido, (3) o claustro (que não se encontra visível nesse desenho) e
(4) o núcleo ou corpo amigdalóide. A relação do tronco encefálico e do cerebelo com três dos núcleos cerebrais e com
o tálamo é mostrada nesse desenho. Os núcleos cerebrais são coleções bilateralmente simétricas de substância
cinzenta localizadas em
ambos os lados do terceiro ventrículo.

ENCÉFALO - SUPERFÍCIE INFERIOR


Esse desenho da superfície inferior do encéfalo demonstra o infundíbulo, a hipófise e o quiasma óptico, que
se encontram anteriores à ponte e ao mesencéfalo (Fig. 22.33). Estendendo-se para a frente a partir do quiasma
óptico encontram-se os grandes nervos árticos, e estendendo-se póstero-Iateralmente encontram-se os tratos árticos.
Uma porção do corpo caloso é mostrada localizando-se profundamente no interior da fissura
longitudinal.
NERVOS CRANIANOS
OS 12 pares de nervos cranianos encontram-se fixados à base do encéfalo, e deixam o crânio através de vários
forames. A identificação de todos esses nervos cranianos em radiografias ou desenhos está geralmente além do
objetivo da anatomia exigida dos radiologistas. Os radiologistas, no entanto, devem saber todos os nomes e funções
gerais descritos abaixo. Eles são numerados em ordem ântero-posterior com algarismos romanos. Os menores
nervos cranianos são os nervos trocleares (IV PAR), e os maiores são os nervos trigêmeos (V PAR). Os mnemônicos
On Old Olympus's Towering Tops, A Finn e German Viewed Some Hops fornecem a primeira letra de cada um dos 12
pares de nervos cranianos, usando dois dos termos mais antigos conforme relacionados entre parênteses e
sublinhados, mostrados abaixo no diagrama-sumário
NERVOS CRANIANOS
I. Nervo olfatório (olfato)
II. Nervo óptico (visão)
III. Nervo oculomotor (movimento ocular)
IV. Nervo troclear (movimento ocular)
V. Nervo trigêmeo (misto sensorial e motor com três ramos)
VI. Nervo abducente (movimento ocular)
VII. Nervo facial (sensorial e motor)
VIII. Nervo vestibulococlear (Acústico) (audição)
IX. Nervo glossofaríngeo (paladar e deglutição)
X. Nervo vago (sensorial e motor)
XI. Nervo acessório (Espinhal acessório) deglutição)
XII. Nervo hipoglosso (língua, fala e deglutição)

CAVIDADE ORBITÁRIA
As cavidades orbitárias são frequentemente estudadas como uma parte da rotina da tomografia
computadorizada de crânio. A cavidade orbitária conforme disseca da a partir da frente inclui o bulbo ocular e
numerosas estruturas associadas, conforme ilustrado na Fig. 22.34. O conteúdo orbitário inclui os músculos oculares,
os nervos (incluindo o grande nervo áptico), os vasos sanguíneos, a gordura orbitária, a glândula lacrimal e o saco e o
ducto lacrimais.

CAVIDADES ORBITÁRIAS (VISTA SUPERIOR)


As cavidades orbitárias estão expostas a partir de cima na Fig. 22.35 pela remoção da placa orbitária do osso
frontal. A órbita direita ilustra a plenitude normal da cavidade orbitária. A glândula lacrimal no quadrante superior
externo, a gordura orbitária e os músculos oculares ajudam a preencher toda a cavidade. A artéria carótida interna é
vista entrando na base do crânio. Nesse ponto, a artéria carótida interna já deu origem a uma artéria que supre o
conteúdo orbitário. A cavidade orbitária esquerda, com gordura e alguns músculos removidos, ilustra o trajeto do
nervo óptico, maior, em sua emergência do bulbo para cursar medialmente para o quiasma óptico. Tumores orbitários
e corpos estranhos podem ser prontamente detectados através de tomografia computadorizada das órbitas.

VIA ÓPTICA
Os axônios que deixam cada globo ocular viajam através dos nervos ópticos para o quiasma óptico. Dentro
do quiasma óptico, algumas fibras cruzam para o lado oposto e algumas permanecem do mesmo lado, conforme
mostrado na Fig. 22.36. Apás passar através do quiasma óptico, as fibras formam o trato óptico. Cada trato óptico
entra no encéfalo e termina no tálamo. No tálamo, as fibras fazem sinapse com outros neurônios, cujos axônios
formam as radiações ópticas, que passam então para os centros ópticos no córtex dos lobos occipitais do cérebro.
Devido ao cruzamento parcial de fibras, a visão pode ser afetada de várias formas, dependendo da localização de
uma lesão na via óptica. Um exemplo é a hemianopsia, que causa cegueira ou visão defeituosa em apenas metade
do campo visual de cada olho.

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