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1 Compilado por Paulo Jacara Marques

INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA BEIRA


DEPARTAMENTO DE ELECTRICIDADE INDUSTRIAL
Modulo: Planificar e testar circuitos de controlo digital
CODIGO: UC EPI024017192 Data de Validação: Nivel/ Turma: A/BCV3EI
Resultado de aprendizagem nº: 4

Conceitos gerais sobre os conversores de sinal A/D e D/A

A eletrônica é uma área extremamente extensa, onde possui uma infinidade de


componentes, cada um com sua respectiva característica e aplicação. Pensando nisso
iremos explicar o que é um amplificador operacional, quais são as características de um
amplificador operacional e quais são as aplicações de amplificador operacional

Amplificador operacional: O que é?

O amplificador operacional, também chamado por alguns de amp-op, nada mais é do que
um circuito integrado (CI), capaz de amplificar um sinal de entrada e como próprio nome
sugere, o amplificador operacional também é capaz de realizar operações matemáticas,
como por exemplo soma, subtração, derivação. integração e multiplicação.

A estrutura de um amplificador operacional é simples, pois ele possui dois terminais de


entrada, denominados por terminal inversor, identificado pelo sinal negativo (-), o outro
terminal que é o não inversor, identificado por um sinal positivo (+) e um terminal de
saída, além de outros dois terminais que também são essências, de forma que um destes
terminais é a alimentação positiva (+Vcc)e o outro é a alimentação negativa (-Vcc), como
podemos observar na imagem abaixo:

Entre os amplificadores operacionais, o mais comum é o LM741, dificilmente


encontraremos um curso de eletrônica que ao falar de amplificadores operacionais não
mencione o LM741, além dele também podemos citar o LM393 e LM324
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Amplificador operacional: Funcionamento

O amplificador operacional é um componente eletrônico compacto, que possui em sua


composição interna resistores, capacitores e transistores. De forma bem simples, quando
um sinal é aplicado a entrada não inversora, este sinal não é invertido, e sai amplificado,
porém quando um determinado sinal é aplicado na entrada inversora, o sinal sai
amplificado e invertido.

Amplificador operacional: Métodos de polarização

Depois de conhecer um pouco mais o que é um amplificador operacional, quais as suas


características e como ele funciona, podemos conhecer quais são os modos de operação
do amplificador operacional, que são:

 Sem Realimentação;
 Realimentação Positiva;
 Realimentação Negativa;

Amplificador operacional sem realimentação

Este modo de realimentação é conhecido como operação em malha aberta, por utilizar o
ganho do amplificador que estipulado pelo fabricante, ou seja, não é possível controlar o
ganho do amplificador. Este tipo de operação é comumente usado em circuitos
comparadores.

Amplificador operacional com realimentação positiva

A realimentação positiva é um modo de operação em malha fechada, quando a entrada


positiva é ligada na saída do amplificador operacional, através de RF. O ganho do
amplificador operacional é obtido através de quem está projetando e possui como
desvantagem uma instabilidade ao circuito, por isso é muito aplicado em circuitos
osciladores.
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É importante destacar que o amplificador operacional operando com realimentação


positiva não trabalha como amplificador de sinais, porque a sua resposta não é linear.

Amplificador operacional em realimentação negativa

O amplificador operacional operando em realimentação negativa é o mais importante e


utilizado em circuitos que envolvam amplificadores operacionais, observe que este tipo
de realimentação ao contrário da realimentação positiva, pois veja que a saída do
amplificador operacional é reaplicada à entrada inversora através de RF.

Assim como na realimentação positiva, este modo de operação tem a característica de


malha fechada, ou seja, o ganho é determinado por R1 e RF, podendo ser definido pelo
projetista.

Amplificador operacional: Principais aplicações

As aplicações para os amplificadores operacionais são muitas, entre elas podemos


destacar a seguintes aplicações além das que foram citadas anteriormente:

 Amplificador Inversor;
 Amplificador Somador;
 Amplificador Não Inversor;
 Amplificador Diferencial;
 Diferenciador;
 Integrador;
 Comparador
 Filtros Ativos.

Calculo basico da tensão de saida de um Amp op invesor

𝑹𝟐
𝑽𝟎 = − 𝑽
𝑹𝟏 𝟏

𝟐
𝑽𝟎 = − ∗ 𝟑 = −𝟔𝑽
𝟏
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Conversores AD e DC

No meio em vivemos hoje basicamente os fenomenos são analogicos, em controversa a


tecnologia de processamento digital está cada vez mais avançada e presente em nosso dia
a dia, sendo assim precisamos de interfaces que convertam informações analogicas para
informações digitais e vice versa, dai a importancia dos concersores de sinais.

Conversores AD

É um dispositivo electronico capaz de gerar uma representação digital a partir de uma


grandeza analogica, normalmente um sinal representado por um nivel de tensão ou
intensidade da corrente electrica.

Tipos de conversores AD

Conversor em rampa

Conversor de Aproximação Sucessiva

Conversor Paralelo ou Flash

Conversor Paralelo ou Flash

Os conversores do tipo paralelo tem como circuito basico de entrada um pre amplificador
um latch, que actuam juntos em uma configuração de circuito comparador. Na saida dos
comparadores é necessaria a colocação de um circuitode codificação que ira receber os
sinais dos comparadores e codificar o sinal para o codigo binario.

Como determinar o numero de resistores e o numeros de comparadores para um ADC


flash:

𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = 2𝑛

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 = 2𝑛 − 1

𝑛 − 𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑡𝑠

𝑠𝑒 𝑉𝑖𝑛 > 𝑉𝑟𝑒𝑓 𝑎 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑟𝑎 ℎ𝑖𝑔ℎ

𝑠𝑒 𝑉𝑖𝑛 < 𝑉𝑟𝑒𝑓 𝑎 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑟𝑎 𝑙𝑜𝑤

Alimentação:

A tensão de entrada (Vin) é conectado no terminal não inversor (+) do comparador e a


tensão de referencia (Vref) é aplicada no terminal inversor (-) do comparador.
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Projectar um conversor ADC tipo flash de 2 bit

𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = 22 = 4

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 = 22 − 1 = 3

𝑛−2

Conversores DA

Os conversores DA convertem uma palavra digital em um sinal analogico sob a forma de


uma tensão ou corrente de saida.

Tipos de Conversores DA

Conversor DA com resistores ponderados

Conversor DA rede de resistores R-2R


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Conversor DA rede de resistores R-2R sem Amp Op

Estes conversores são tambem conhecidos como Conversores do tipo ESCADA, a


vantagem desses conversores é que utilizam somente 2 valores de resistores ( um é dobro
do outro), o que facilita o seu projecto.

A figura abaixo mostra um circuito basico de um conversor R2R de 4 bits

Resumindo

A=1 BCD=0 B=1 ACD=0 C=1 ABD=0 D=1 ABC=0


𝑉𝐶𝐶 𝑉𝐶𝐶 𝑉𝐶𝐶 𝑉𝐶𝐶
𝑉0 = 𝑉0 = 𝑉0 = 𝑉0 =
3 6 12 24

Exemplo:

Usando o circuito acima, supoe que A=1, BCD=0, o nivel logico 1 = 5V, calcular a tensão
de saida V0 .

Para A =1 teremos :

𝑉𝐶𝐶
𝑉0 =
3

5
𝑉0 = = 1,666𝑉
3

Nestas condições : 10002 = 1,666V


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Exerciocios

1. Nas condições que se encontra o circuito abaixo, qual sera o valor lido pelo
voltimetro.

2. Supondo que A=C=1 ; B=D=0 ; nivel logico 1 = 3V, calcular a tensão de saida para
um conversor do tipo R2R para R=1k

3. Supondo que o nivel logico 1=5V; R=1K, qual é a representação analogica das
seguintes digitais.

a) 1110
b) 1111
c) 0110
d) 1001

SENSORES

Um sensor é um dispositivo capaz de detectar/captar ações ou estímulos ( sinal) externos


e transmiti-lo ao sistema de controlo. Estes aparelhos podem transformar as grandezas
físicas ou químicas em grandezas eléctricas.

Tipos De Sensores

Existem diversos tipos de sensores no mundo da eletrônica. O que determina o sensor


mais adequado depende, exclusivamente, para que será utilizado e qual será a sua função.
Apresentamos alguns deles:

Sensor magnético

São acionados a partir de um campo magnético e seu funcionamento é bem parecido com
uma chave de liga/desliga. Por esse motivo, ele consegue ser aplicado em diversos
sistemas.
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Sensor mecânico

O estímulo de funcionamento do sensor mecânico é baseado nas posições, movimentos


ou presença do elemento atuador. Também opera sobre um circuito no modo liga/desliga,
possuindo uma variação chamada de “chave de fim-de-curso”, que desliga o motor do
sistema após o objeto deslocado chegar ao seu ponto máximo, como acontece em um
portão automático.

Sensor óptico

Seu funcionamento ocorre com a utilização de um feixe de luz, que varia de acordo com
o tipo de produto que ele irá detectar. A luz vermelha é indicada para objetos
médios/grandes; laser para objetos pequenos; e a infravermelha para objetos
transparentes. Além disso, o sensor óptico é divido em três tipos: barreira, difuso e
reflexivo.

Sensor térmico

Como o próprio nome já diz, esse sensor é utilizado para medir temperatura e monitorá-
la em caso de variação. É comum ser utilizada em câmaras frias, que necessitam de
temperatura baixa e estável. (NTC, PTC).
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Sensores Ultrassônicos – Oferecem transmissor de sinal ultrasônico com detecção e


processamento da intensidade de retorno por tempo, para a detecção de objetos e formas.
Emitem pulsos ultrassônicos de forma cíclica caso um objeto, no campo desejado, reflita
os respectivos pulsos. Já o eco resultante é recebido e convertido em um sinal elétrico.
Há modelos com saída digital simples ou dupla, analógico em tensão ou corrente.
Também existem versões específicas para a detecção de folha dupla.

Sensores Capacitivos – São aplicados para identificar tipos de massa. Detectam


materiais não metálicos, como plásticos, madeiras, resinas entre outros. Podem ainda
monitorar o nível de líquidos e materiais sólidos.

Foto resistores ( LDR)

Os LDRs possuem uma superficie de sulfureto de cadmio que tem sua resistencia electrica
dependente da quantidade de luz que nela incide.
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Sensor Piroelectrico

Essee sensores podem ser encontrados em alarmes de incendio e de presença, como os


que abrem automaticamente portas de shoppings na presença de pessoas. Nesse sensor
existem uma substancia que se polariza na presença da radiação infravermelha, gerando
assim uma tensão que pode ser amplifica e aplicada para efeitos de controlo.

Deste modo o calor do corpo de uma pessoa é suficiente para produzir uma emissão
infravermelha detectavel por esse tipo de sensor.

Caracteristicas Principais dos sensores

Sensibilidade

A sensibilidade de um transdutor indica qual deve ser a variação menor da intensidade da


grandeza medida que o sensor pode detectar, ou seja, a menor variação da grandeza
medida que cause uma alteração sensível do sinal elétrico de saída. Este sinal pode ser
uma tensão, uma corrente, uma resistência ou ainda uma freqüência.

Na prática, os sensores não apresenta a mesma sensibilidade em toda a faixa de grandezas


que podem medir. Por exemplo, um sensor pode ser mais sensível numa faixa central de
valores que mede e menos sensível nas faixas extremas.

Faixa de Grandezas

Esta indica quais são os maiores e menores valores da grandeza medida que podem ser
aplicados ao sensor e portanto medidospor exemplo para um sensor de temperaturas, por
exemplo, pode-se indicar -40º C a +125º C. Veja que neste tipo de sensor é comum termos
valores positivos muito mais altos no limite do que os negativos. A faixa de valores que
vai do mínimo ao máximo também é chamada de "faixa dinâmica".
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Precisão

Este conceito é normalmente interpretado como sendo a diferença que existe entre o valor
medido e o valor real, normalmente expresso como uma percentagem. No entanto, existe
uma forma de explicarmos melhor o que ocorre. Quando utilizamos um sensor de
temperatura, por exemplo, para medir a temperatura de um corpo diversas vezes, não
obteremos sempre a mesma leitura. A leitura oscilará em torno do valor real desta medida.

Linearidade

Muitos sensores devem fornecer um sinal de saída que seja diretamente proporcional à
grandeza que está sendo medida. Isso significa que sua curva de resposta ideal deve ser
linear. Na prática, entretanto, isso não ocorre e a curva de um sensor pode apresentar
deformações que a afastam do comportamento ideal. A linearidade pode ser expressa na
forma de uma porcentagem do valor observado no ponto em que o desvio ou erro é
máximo.

Histerese

Um sensor ideal deve responder às variações de uma grandeza tanto quando elas ocorram
num sentido como no outro. Para um sensor de temperatura, por exemplo, uma subida de
1 grau na temperatura deve ser respondida com uma variação de sua resistência da mesma
forma que uma descida de 1 grau, a partir do mesmo valor. No entanto, na prática isso
não ocorre com muitos sensores que se comportam de maneiras diferentes quando a
grandeza aumenta ou diminui de valor tomando como referência um mesmo ponto. Se
colocarmos isso num gráfico, veremos que o "trajeto" das variações da grande num
sentido é diferente do "trajeto' obtido quando ela varia no sentido oposto

Tempos de Resposta

Quando uma grandeza varia, os sensores não mudam o estado de sua saída de modo
imediato. Demora algum tempo para que o sensor alcance 100% da variação que deve
apresentar neste caso.

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