Prática 6: Circuitos Comparadores
Elizete da Costa Oliveira – 20169047022
Graduanda em Engenharia Elétrica – UFPI
E-mail: elizeteoliveira@ufpi.edu.br
Resumo – Esta prática tem como objetivo verificar o
funcionamento do comparador simples e do
comparador regenerativo Schmitt Trigger, utilizando
Amp-Ops mediante simulação e experimentação para
isso, fez-se algumas simulações no software
MULTISIM, de modo que se fizesse uma análise
comparativa ao final da prática em laboratório.
Palavras-chave —Comparador Schmitt Trigger; Curva de
transferência; Resistores e Led
I. MATERIAIS UTILIZADOS
▪ Placa de montagem;
▪ Fonte de alimentação regulada;
▪ Fonte de Sinal;
▪ C1 LM 741;
▪ Multímetro;
▪ Osciloscópio;
▪ Potenciômetro de 10kΩ
▪ Resistores de 100kΩ (1);
▪ Resistores de 30kΩ (1);
▪ Resistores de 10kΩ (1);
▪ Resistores de 3.3kΩ (1);
▪ Resistores de 1.5kΩ (1);
▪ Resistores de 1kΩ (1);
▪ LDR;
▪ Led.
II. INTRODUÇÃO
O comparador é uma das peças mais
importantes para os sistemas digitais. Ele tem a
função de decidir se a entrada está em nível alto
ou baixo, independente do sinal de entrada ser
digital ou analógico.
Nos comparadores comuns, sem histerese,
são o tipo de comparador mais simples. Podem ser
implementados de diversas formas, sendo a mais
comum um amplificador (como um AMPOP) e
um divisor resistivo para configurar o nível de
troca de estado. Podemos ver o modelo do circuito
na Fig.1.
Fig. 1: Comparador comum não-inversor e inversor
Devido sua simplicidade este tipo de
comparador é muito bom para sistemas digitais,
onde os níveis de saída são bem previsíveis e com
transições rápidas, mas em sistemas analógicos,
onde a tensão pode variar por toda a excursão entre
as tensões de alimentação ou que varie de forma
lenta, este tipo de comparador não funciona muito
bem. Digamos que o sinal de entrada esteja
subindo lentamente e adicionado a ele haja um
pouco de ruído. Quando o sinal de entrada estiver
próximo a tensão de transição (definida pelos
resistores R1 e R2) o ruído fará com que a saída
do comparador realize diversas transições. Isso
acontece em cada transição do sinal de entrada, até
que a amplitude do sinal seja maior que a do ruído.
Para evitar este problema utilizamos
realimentação positiva para gerar histerese nos
comparadores. (Comparadores com histerese
também são chamados de comparardes Schmitt-
trigger.), conforme visto na Fig. 2. Na vida real a
saída do amplificador é limitada pela tensão de
alimentação, fazendo o amplificador saturar sua
saída na polaridade positiva ou negativa de
alimentação.
Fig. 2: Comparador não-inversor com histerese
A realimentação positiva reforça o sinal
de entrada, fazendo o sinal de comparação mover-
se na mesma direção do sinal de entrada. Para
1
modificar a saída para polaridade oposta é
necessário que o sinal varie consideravelmente.
III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos circuitos mais simples com
amplificadores operacionais é o circuito
comparador, que chaveia sua saída para + Vsat ou
- Vsat, baseado na comparação entre as tensões de
entrada. Um circuito comparador é aquele no qual
a tensão linear de entrada é comparada a uma outra
tensão de referência, e a saída é um estado digital
representando se a tensão de entrada excedeu ou
não a referência de tensão. Isto é, um circuito
comparador fará a comparação entre dois sinais
distintos ou entre um sinal distinto e um de
referência (VR). Se a diferença entre os sinais foi
positiva (V+ - V- > 0), o dispositivo ficará saturado
(devido à relação AV→ ∞) e forçará uma saída
Vo→+V, caso ocorra o inverso, devida a mesma
saturação (em sentido inverso), a saída será Vo→-
V, onde ±V são os valores da alimentação de AOP.
Os comparadores são bastante utilizados como
conversores analógicos para sinais digitais,
servindo como ponte entre os circuitos digitais e
analógicos.
Num comparador simples genérico o
circuito tem sua saída determinada pela
comparação dos sinais aplicados em sua entrada.
No caso mais comum, a comparação é feita com
uma entrada em “ground” (sinal de referência),
conforme visto na Fig. 3.
Fig. 3: Comparador Simples
Já no comparador Schmitt Trigger o
circuito tem como base o princípio da histerese, o
que garante uma melhor imunidade a ruídos,
quando comparado com o comparador simples.
Na Fig. 4 ilustra a configuração básica de um
circuito comparador regenerativo Schmitt Trigger.
Fig. 4: Comparador regenerativo Schmitt Trigger
No circuito da Figura 4, a histerese define
uma faixa de tensões dentro da qual não há
chaveamento do sinal de saída, mesmo que a
diferença entre os sinais de entrada e de referência
variem. A curva de transferência para o
comparador Schmitt Trigger está ilustrada na Fig.
5.
Fig. 5: Curva de transferência para o Comparador Schmitt
Trigger.
Tendo como base os dados da Fig. 5, as
tensões de disparo do circuito Schmitt Trigger
podem ser calculadas pelas equações (1) e (2).
V+ = +VSAT x R2 / (R1 + R2) (1)
V- = -VSAT x R2 / (R1 + R2) (2)
IV. PROCEDIMENTOS
Inicialmente, montou-se um comparador
utilizando o CI LM 741, um potenciômetro de
10kΩ, um LDR, dois resistores um de 1k5Ω e
outro de 10kΩ, além de um LED e as fontes de
tensão geradas através do osciloscópio. Na Fig. 3
mostra o comparador simples genérico. Este
circuito tem sua saída determinada pela
comparação dos sinais aplicados em sua entrada.
No caso mais comum, a comparação é feita com
uma entrada em “ground” (sinal de referência).
A segunda montagem consistiu em um
comparador Schmmit Trigger, utilizando CI LM
741, alimentado por uma fonte simétrica de -15V
e 15V em dois de seus terminais, com resistores
R1 e R2 de 100kΩ e 1kΩ, respectivamente, para
gerar um ganho de tensão em malha fechada. O
2
circuito para esse ensaio no laboratório está
ilustrado em Fig. 8. Com o auxílio do gerador de
função, uma tensão de 1V pico a Pico e foi injetada
na entrada 2 e a frequência foi ajustada em 1kHz.
Observou-se o comportamento da tensão de
entrada e de saída deste circuito, assim como a
curva de histerese, através do Osciloscópio.

V. SIMULAÇÕES
Na primeira parte do experimento
consistiu nos resultados da simulação do
comparador simples na protoboard, os circuitos
são ilustrados nas Fig. 6–8. A segunda montagem
consistiu em um comparador Schmmit Trigger. A
análise computacional foi realizada com o auxílio Figura 9: Simulação do comparador Schmitt Trigger.
do software MULTISIM.
Montagem 1 VI. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No comparador simples da simulação,

primeiramente medimos a faixa de valore de Vo e
a resistência correspondente do LDR para essa
faixa de valores. Num segundo momento, após
observamos o funcionamento do circuito variando
a luminosidade sobre o LDR e medindo sua
tensão, ajustamos o valor do potenciômetro para
obter a sensibilidade desejada para que o LED
acenda ao escurecer e anotamos a resistência do
potenciômetro para esse parâmetro, conforme
pode ser visto na Tabela I.
Fig. 6:Simulação do comparador simples (Resistência do
LDR e Vo).
Tabela I
LDR à Dados Simulado Experimental
luz Rmin 3.3kΩ
Vo -2.52 V
Rpot 2kΩ
LDR Rmax 30kΩ
escuro Vo 2.5 V
Rpot 7.5kΩ

Fig. 7: Simulação do comparador simples. No circuito comparador Schmitt Trigger

tem como base o princípio da histerese, o que
garante uma melhor imunidade a ruídos, quando
comparado com o comparador simples. A
histerese define uma faixa de tensões dentro da
qual não há chaveamento do sinal de saída, mesmo
que a diferença entre os sinais de entrada e de
referência variem. As curvas de ondas da entrada
e saída na simulação estão demonstradas na Fig.
10, e a sua histerese na Fig. 11. Já a parte
experimental estão demonstradas nas Fig. 12 e 13.

Fig. 8: Simulação do comparador simples.

Montagem 2

3
Fig. 10: Curva de onda de entrada e saída do Comparador
Fig. 13: Curva de histerese experimental
Schmitt Trigger.
As expressões das tensões de disparo são
dadas por:
𝑅2
𝑉 + = +𝑉𝑠𝑎𝑡 ∗
𝑅1 + 𝑅2

𝑅2
𝑉 − = −𝑉𝑠𝑎𝑡 ∗
𝑅1 + 𝑅2

Sendo, Vsat= 15 V, R1=100k e R2=1k

V+= +0,1485 V

V-= -0,1485 V
Fig. 11: Curva de histerese
VII. CONCLUSÃO

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Fig. 12: Curva de onda de entrada e saída do Comparador VIII.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Schmitt Trigger experimental
[1] Comparadores Schmitt-trigger,
https://professoreletrico.com/posts/teoria/compar
adores-schmitt-trigger/, acesso em 01/08/2022.
[2] Adel S. Sedra Kenneth C. Smith,
“Microeletrônica”, 4a Edição, Makron Books,
1999.
[3] Behzad Razavi, “Fundamentos de
Microeletrônica”, 1a Edição, LTC, 2010.
[4] Robert L. Boylestad Louis Nashelsky,
“Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos”,
8° Edição, Prentice Hall, 2004.
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