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CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Santa Maria, RS
2017
Paulo Cesar Vargas Luz
Santa Maria, RS
2017
Paulo Cesar Vargas Luz
Santa Maria, RS
2017
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha tia, irmã e mãe Eliana Dellinghausen Luz. Essa mulher que jamais
poupou esforços em me dar todo suporte possível para alcançar meus objetivos.
Ao professor Ricardo Nederson do Prado pela orientação desde o meu ingresso ao
meio cientifico, pelos conhecimentos transmitidos e pela amizade.
Ao professor André Luís Kirsten pela coorientação, pela ajuda e pela amizade.
Aos graduandos Jhonatan A. Cassol, Matheus F. Righi e Gabriel da Silva Vargas pelo
auxilio indispensável na resolução desse trabalho.
À família GEDRE pelo acolhimento, apoio, troca de conhecimentos e amizades
imensuráveis.
Aos membros da banca examinadora por contribuírem com seus conhecimentos na
melhoria deste trabalho.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo
suporte financeiro.
“You can‟t say „I chose not to believe in E=mc2‟. You don‟t
have that option… It is true, whether or not you believe in it!”
Esta tese apresenta uma nova metodologia para redução de capacitores de barramento em
sistemas eletrônicos com estágios de potência integrados, aplicados ao acionamento de LEDs.
Essa redução é proposta com o intuído de substituir os tradicionais capacitores eletrolíticos
por outros de tecnologia de maior vida útil. Através do controle ressonante da corrente nos
LEDs é possível realizar tal redução. A implicação dessa técnica de controle na distorção da
corrente de entrada do conversor é modelada. É obtida a equação que descreve a corrente
absorvida da rede pelo driver operando em malha fechada e com capacitor de barramento
reduzido. Com essa equação é possível prever o conteúdo harmônico e a qualidade da energia
absorvida da rede. Ainda é apresentado o projeto detalhado do conversor duplo Buck-Boost
integrado. É apresentada uma nova metodologia para a definição do capacitor de barramento
em função da ondulação da corrente de saída do conversor. São apresentados resultados
experimentais com a finalidade de validar a metodologia proposta. É implementado um
protótipo para alimentar 32 LEDs de potência com 700 mA, resultando em aproximadamente
70 W. Através da técnica de controle proposta foi possível reduzir o valor do capacitor de
barramento em 80% do valor nominal, o dobro da redução encontrada em trabalhos
semelhantes na literatura. Conclui-se que a metodologia de controle proposta é altamente
viável, principalmente por se tratar apenas na alteração na lei de controle do conversor,
diferentemente da maioria das soluções atuais.
This thesis presents a new methodology to reduce bus capacitors in electronic systems with
integrated power stages, applied to the LED driver. This reduction is proposed aiming to
replace the traditional electrolytic capacitors to others with longer life spam. Through the
resonant control of the LEDs current this reduction is possible. The implication of this control
technique into the driver input current distortion is modeled. The equation that describes the
current absorbed from the mains is obtained to the driver operating in closed loop and with
reduced bus capacitor. With this equation it is possible to predict the harmonic content and the
quality of the input energy. Detailed design of integrated dual Buck-Boost converter is also
presented. A new bus capacitor design methodology is proposed. The experimental results are
presented aiming to validate the proposed methodology. It is implemented a prototype to feed
32 LEDs with 700 mA, resulting in approximately 70 W. Through the proposed control
technique it was possible to reduce the bus capacitor value by 80%. It is concluded that the
proposed control methodology is highly feasible, mainly because it is done only with the
change in the converter control law, unlike most of the solutions proposed in the literature.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 27
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................. 27
1.2 DRIVERS PARA LEDs ...................................................................................... 29
1.3 CAPACITORES ELETROLÍTICOS EM DRIVERS PARA LEDS ................... 33
1.4 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E CONTRIBUIÇÃO ....................................... 38
1.5 ORGANIZAÇÃO DA TESE .............................................................................. 38
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Estima-se que até um quinto da energia elétrica consumida seja dedicada à iluminação
artificial (INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2005; EIA, 2016). Esse valor reflete a
crescente dependência do ser humano por fontes artificiais de iluminação. Ainda, busca por
sistemas com eficiência cada vez maior, aliada à alta qualidade, sempre foi uma necessidade.
No entanto, a iminência da escassez das atuais fontes de energia fóssil, tem agravado essa
busca.
Ao encontro dessa necessidade vem a grande evolução dos sistemas de iluminação no
estado sólido, os LEDs. E, juntamente com tal evolução, estudos dedicados ao acionamento
de tais dispositivos se faz presente. Ainda, tem-se que a iluminação pública e de ambientes
externos é de extrema importância para a vida contemporânea.
Os diodos emissores de luz estão tomando cada vez mais espaço em sistemas de
iluminação. Desde a criação destes dispositivos, no início dos anos 60, até os tempos atuais
estes dispositivos tiveram uma considerável evolução, tanto quanto à eficiência quanto à
qualidade. Primeiramente, emitindo apenas luz vermelha e com eficácia luminosa de poucos
lúmens por watt, atualmente são capazes de emitir luz branca e com eficácia luminosa
superior à 150 lm/W (EIA, 2016; JAEHEE, 2017).
Inicialmente, devido principalmente à baixa eficácia, os LEDs eram aplicados somente
para funções indicativas em equipamentos eletrônicos. Porém, devido à grande evolução da
tecnologia semicondutora dos últimos anos, estes dispositivos já podem ser aplicados nas
mais diferentes formas de iluminação. A aplicação destes dispositivos para iluminação
28
pública se tornou possível com o desenvolvimento dos LEDs de potência, no início dos anos
2000.
A evolução da eficácia (lm/W) destes LEDs pode ser vista na Figura 1, em
comparação com outras fontes de luz (COLE, 2014).
Embora projetado apenas até o ano de 2012, esse gráfico mostra que a evolução da
eficácia dos LEDs de potência atingiu em uma década patamares que outras fontes de luz não
atingiram em várias décadas.
Porém, a elevada eficácia luminosa não é única característica que os tornam
extremamente atrativos para os mais variados sistemas de iluminação. Aliado a essa
característica, os LEDs ainda são dotados de elevada vida útil. Atualmente estes dispositivos
podem alcançar 50.000 horas de atividade mantendo até 70% da luminosidade nominal
(Lumileds, 2015; PINTO 2012). A título de comparação, as lâmpadas HPS, altamente
aplicadas em sistemas de iluminação pública, possuem uma vida útil inferior a 30.000 horas
(GE Lighting, 2014).
Outra característica que torna estes semicondutores atrativos para sistemas de
iluminação em geral é a relativa facilidade com que pode ser feito o controle da intensidade
luminosa. Isso ocorre porque a intensidade luminosa de um LED é diretamente proporcional
ao valor médio da corrente que passa por ele. Assim, essa variação pode ser feita por métodos
29
conversor é dado o nome de estágio de controle de potência, ou então estágio PC (do inglês
Power Control).
Quanto à qualidade da energia absorvida da rede, certas normas devem ser atendidas,
tais como IEC 61000-3-2, classe C, para equipamentos de iluminação, e ainda a
NBR 16026:2012. Estes requisitos ainda estão concentrados na consulta pública para
estabelecer o regulamento técnico de qualidade, emitida pelo Inmetro em 2013. Esse
regulamento estabelece os requisitos técnicos que devem ser atendidos pelas luminárias para
lâmpadas de descarga e LEDs para iluminação pública viária (INMETRO, 2013).
A norma IEC 61000-3-2 se dedica a limitar o conteúdo harmônico da corrente
absorvida pelo driver da rede. Para equipamentos com potência superior a 25 W, dedicados a
iluminação (Classe C), o limite estabelecido por essa norma é resumido na Tabela 1
(IEC 61000-3-2, 2005).
Tabela 1 – Limites para harmônicas da corrente de alimentação segundo a norma IEC 61000-
3-2, Classe C.
Fonte: IEC – 61000 - Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3: Limits – Section 2: Limits for harmonic
current emissions (equipment input current < 16A per phase) (2005)
Como pode ser observado na tabela acima, é limitada a amplitude de cada uma das
harmônicas ímpares até a 39ª componente, em função da amplitude harmônica fundamental
da corrente de entrada do sistema.
Já a norma brasileira NBR 16026 estabelece um limite mínimo para o valor do fator de
potência do driver. Essa norma estabelece que dispositivos eletrônicos para controle de LEDs,
com potência superior a 25 W, devem possuir fator de potência superior a 0,92
(ABNT, 2012).
31
Mod % 100.
Max Min (1)
Max Min
Onde Max e Min representam o valor máximo e mínimo da corrente nos LEDs,
respectivamente. Esses valores são ilustrados na Figura 3 em uma forma de onda típica para
drivers como o ilustrado na Figura 2.
32
Figura 4 – Ondulação de baixo risco (cinza escuro) e efeito não observado (cinza claro).
A partir de (1), pode então ser definido o valor da ondulação da corrente nos LEDs em
função da frequência do sinal, (4). Cabendo ao projetista definir qual nível de segurança
escolher.
Para que ocorra o balanço entre a potência instantânea de entrada pulsante e a potência
constante no barramento, é necessário um capacitor de elevada capacitância no barramento, o
que leva, geralmente, à utilização de capacitores eletrolíticos. Esse fato se dá pela elevada
relação entre capacitância e volume para dada tensão, dessa tecnologia de capacitores, bem
como o baixo custo.
No entanto, a vida útil desses capacitores é significativamente inferior à vida útil dos
LEDs. Capacitores eletrolíticos, operando em 75° C, geralmente podem alcançar até
16.000 horas de vida útil (VISHAY, 2015a), enquanto LEDs podem alcançar mais de 50.000
horas (DOE, 2013; DOE 2015; WANG, 2017). Uma solução, adotada por vários autores
(LAM, 2015; WANG 2010; CHEN, 2012; COSETIN, 2014; ALONSO, 2012; SOARES,
2017, CAMPONOGARA, 2015), é a utilização de capacitores de filme no lugar dos
eletrolíticos, devido à elevada vida útil desses. Na Tabela 2 é apresentado um comparativo
entre algumas características de dois capacitores dessas duas tecnologias (VISHAY, 2013 e
2015b).
35
Como mostrado, a vida útil dos capacitores de filme é muito superior à dos
eletrolíticos, embora sejam mais volumosos que os mesmos. Assim, com a utilização destes
capacitores de filme, a limitação de vida útil do sistema de iluminação se dará pelos LEDs e
não pelo driver.
Outra solução para equiparar a vida útil dos capacitores à dos LEDs, seria utilizar
capacitores eletrolíticos de elevada vida útil, ou então de vida extra longa, operando em
baixas temperaturas. Isso é possível, pois a vida de capacitores eletrolíticos dobra para cada
redução de 10° C na temperatura de operação, com relação à temperatura máxima suportada
pelo dispositivo (MAXIM, 2013). A vida útil estimada de um capacitor eletrolítico em função
da temperatura de operação pode ser aproximada por (5) (INMETRO, 2013).
To 5 Tx
(5)
Lx Lo.2 10
Onde:
Lx é a vida útil estimada para o capacitor eletrolítico;
Lo é a vida útil do capacitor para a temperatura máxima de operação;
To é a temperatura máxima de operação do capacitor;
Tx é a temperatura de operação para a qual se deseja estimar a vida útil.
Os valores de Lo e To são dados fornecidos pelo fabricante em folhas de
especificações.
Para que essa solução seja viável, o capacitor eletrolítico deve operar a temperaturas
muito inferiores à temperatura máxima do dispositivo. O que pode ser extremamente
complicado de se alcançar em um sistema fechado, geralmente exposto às condições
36
Assim pode-se concluir que capacitores de longa vida útil geralmente não combinam
as características de elevada capacitância com elevada tensão de operação e alta temperatura.
Portanto, independente da solução escolhida para corrigir a discrepância entra a vida
útil do driver e a dos LEDs, é desejada a redução do valor da capacitância de barramento
destes sistemas. Isso porque, para sistemas para acionamento de LEDs com a estrutura
38
Os diodos emissores de luz são atrativos para os mais diversos sistemas de iluminação
por causa de suas excelentes características luminotécnicas. Essas características, juntamente
a outras, como elevada vida útil e robustez, os tornam ainda mais atrativos para qualquer
sistema de iluminação.
Com base na série de fatores apresentados, esse trabalho tem como foco apresentar
uma estratégia de redução do valor de capacitâncias de barramento em drivers para LEDs.
Ainda, esse driver apresentado deve estar de acordo com as normativas com relação à
qualidade da energia absorvida da rede e, também, com aquelas relativas à ondulação da
corrente dos LEDs.
Assim, podem-se resumir os principais pontos buscados nesta tese nos que seguem:
i. Desenvolver um driver de estágios de potência integrados para o acionamento
de LEDs de potência em concordância com as normativas pertinentes;
ii. Redução do valor da capacitância de barramento de tal forma a se tornar
possível utilizar capacitores de elevada vida útil;
iii. Aplicar apenas a estratégia de controle para realizar a redução da capacitância
de barramento;
iv. Estabelecer a relação entre a redução do capacitor de barramento e a distorção
da corrente de entrada de drivers de estágios de potência integrados.
2.1 INTRODUÇÃO
Figura 13 – Conversor IDBB com compensação ativa da ondulação de corrente nos LEDs.
desta energia. Desta forma, o valor necessário de capacitância de barramento é inferior, uma
vez que parte da energia é processada pelo segundo estágio de potência.
ambos os graus de liberdade não são disponíveis. Essa característica limita a aplicação desta
solução.
As soluções que se concentram em controlar a ondulação da corrente de saída
apresentam resultados satisfatórios. Isso, pois, sem a adição de novos circuitos, é possível
reduzir o valor do capacitor de barramento e manter a ondulação da corrente nos LEDs.
Apesar de muito interessante, quanto se trata de conversores de estágio único, ou então
conversores integrados, essas soluções são limitadas pela distorção da corrente de entrada.
Esse fato ocorre, pois apenas uma variável de controle é disponível, a razão cíclica do único
interruptor do driver.
Outras propostas apresentadas se valem do acréscimo de conversores bidirecionais
para auxiliar o capacitor de barramento. Essas soluções, apesar de serem eficazes quanto à
redução dos capacitores, apresentam mais interruptores controlados, sistemas de controle e
acionamento. Estruturas com conexão otimizada ainda representam uma ótima solução para
problema, no entanto também se valem de mais circuitos de acionamento e malhas de controle
do que é proposto para topologias integradas.
Este trabalho visa à redução de capacitâncias de barramento em drivers para LEDs
com estágios de potência integrados. Ainda é buscado que essa redução seja feita sem a
introdução de outras malhas de controle no sistema. Assim, o controle da corrente de saída é a
solução adotada. É proposta, então, a utilização da malha de controle da corrente de saída do
conversor para que realize a compensação ativa da ondulação da corrente dos LEDs. Para
tanto, é utilizado um controlador do tipo Proporcional Integral Ressonante rastreando uma
referência de valor médio acrescido da ondulação máxima desejada. Essa estrutura de
controle, bem como a avaliação de sua aplicabilidade é feita no próximo capítulo.
3 METODOLOGIA DE CONTROLE PROPOSTA
3.1 INTRODUÇÃO
Io LF
Ref (t ) I O sin(4 f R t ) (6)
2
2 Kr s (7)
GPR ( s) K p
s ress
2 2
2 K r C s (8)
GPR 2 ( s) K p
s 2C s ress
2 2
Onde C é a largura de banda do compensador, de tal forma que o ganho deste seja
70,7% de Kr em (ress -C) e em (ress +C). Essa modificação não apresenta o ganho
infinito na frequência de ressonância, o que implica em erro não nulo em regime permanente
para essa frequência. No entanto, a banda passante é maior, o que aumenta a estabilidade do
controlador e diminui a sensibilidade quanto a variações de frequência. Esse compromisso
entre a largura de banda do controlador e o erro em regime permanente é dependente para
cada aplicação e deve ser avaliado pelo projetista.
A Figura 23 apresenta a resposta em frequência do controlador ressonante modificado
para diferentes valores de Kp e Kr.
57
bem como o ganho, são definidos em função das margens de fase e ganho desejados na
resposta do sistema compensado.
A próxima seção apresenta o desempenho do controlador Proporcional Integral
Ressoante na redução do capacitor de barramento em topologias de estágios de potência
integrados.
Parâmetro Valor
Tensão de entrada 220 VRMS, 60 Hz
32 x LUXEON Rebel
LEDs RLEDs = 32 x 0,66 = 21,12
VLEDs = 32 x 2,73 V = 87,36 V
Corrente média nos LEDs IO = 700 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em 2fR IoLF =56 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em fS IoHF = 21 mA
Frequência de comutação fS = 80 kHz
60
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 50 V
Razão cíclica D = 0,16
Indutor do estágio PFC LPFC = 85 H
Indutor do estágio PC LPC = 10,8 H
Capacitor de barramento Nominal CB = 2400 F
Capacitor de saída CO = 4,7 F
2
VB D TS
GIoDBB ( s )
VO VB LPC RLEDs (10)
1 VB
2
D 2 TS
s CO
RLEDs VO VB 2 LPC
2
0,4202
GIoDBB ( s) 6
(11)
4,7.10 s 0,06097
PIR( s) 0,1888
s 7525s 639s 617
(12)
s s 2 5,685.105
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25
Time (s) Time (s)
entrada ficou em 10% e 14% para o driver operando com o valor nominal e valor reduzido do
capacitor de barramento, respectivamente.
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 80 V
Razão cíclica D = 0,15
Indutor do estágio PFC LPFC = 74 H
Indutor do estágio PC LPC = 13,5 H
Capacitor de barramento Nominal CB = 800 F
Capacitor de saída CO = 4,7 F
2
VB D TS
VO LPC RLEDs (13)
GIoDBBb ( s )
1 2
V D 2 TS
s CO B2
RLEDs VO 2 LPC
0,412
GIoDBBb ( s) 6
(14)
4,7.10 s 0,05374
PIR ( s) 0,1815
s 7526s 636s 620
(15)
s s 2 5,685.105
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66
0.66
0.64
0.64
0.62
0.62
I(in)
I(in)
0.6
0.6
0.4
0.4
0.2
0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 80 V
Razão cíclica D = 0,15
Indutor do estágio PFC LPFC = 74 H
Indutor do estágio PC (Indutância
LPC = 13,5 H
Magnetizante)
Relação de transformação = 1
Capacitor de barramento Nominal CB = 800 F
Capacitor de saída CO = 4,7 F
0,412
GIoDBF (s) 6
(16)
4,7.10 s 0,05374
69
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 80 V
Razão cíclica D = 0,15
Indutor do estágio PFC LPFC = 74 H
Indutor 1 do estágio PC LPC1 = 27 H
Indutor 2 do estágio PC LPC2 = 27 H
Capacitor do estágio PC CPC = 100 nF
Capacitor de barramento Nominal CB = 800 F
Capacitor de saída CO = 4,7 F
0,412
GIoDBS ( s) 6
(17)
4,7.10 s 0,05374
73
Como pode ser observado, (14), (16) e (17) são idênticas. O que mostra que a
dinâmica dos conversores Buck-Boost, Flyback e SEPIC são as mesmas para a mesma
aplicação. Esse fato acontece quando o valor da indutância equivalente do conversor SEPIC
(paralelo de LPC1 com LPC2) é feito igual ao do indutor do conversor Buck-Boost. Assim, o
controlador utilizado no conversor integrado Buck-SEPIC é o mesmo do definido para o
conversor integrado Buck-BuckBoost, dado por (15).
A Figura 38 apresenta as formas de onda da corrente nos LEDs e da corrente de
entrada do driver operando com capacitor nominal (800 F) e capacitor reduzido (140 F).
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 500 V
Razão cíclica D = 0,15
Indutor do estágio PFC LPFC = 211 H
Indutor do estágio PC LPC = 392 H
Capacitor de barramento Nominal CB = 22 F
Capacitor de saída CO = 2,2 F
VB V D TS
1 B
GIoDbB ( s) VO LPC RLEDs (18)
1 2
V D 2 TS
s CO B2
RLEDs VO 2 LPC
0,411
GIoDbB ( s) 6
(19)
2,2.10 s 0,05594
PIR ( s) 0,1201
s 7528s 2 1265s 3,95.105 (20)
s s 2 5,685.105
77
Para validar a atuação desse controlador, o circuito apresentado na Figura 40, foi
simulado, sendo as principais formas de onda apresentadas na Figura 42. São mostradas as
formas de onda da corrente nos LEDs e de entrada do conversor operando com o capacitor
nominal (22 F) e reduzido (4 F).
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Assim como nos conversores que apresentam entrada em Buck, a corrente de entrada
daqueles que se valem do conversor Boost no estágio PFC apresentam naturalmente uma
distorção na corrente de entrada. Essa distorção é associada ao valor da tensão de barramento,
e já foi estudada em (KIRSTEN, 2011). Essa distorção natural limita a redução do valor de
capacitor, devido aos limites estabelecidos pela norma IEC 61000-3-2, classe C.
O conteúdo harmônico da corrente de entrada é apresentado na Figura 43 em contraste
com os valores estabelecidos pela norma. São apresentados os valores das harmônicas para o
driver em malha fechada operando com o valor nominal e reduzido do capacitor de
barramento. O valor da THD ficou em 18,7% e 20,7% para o conversor operando com
capacitor nominal e reduzido, respectivamente.
Através do controlador PIR foi possível reduzi o valor do capacitor de barramento da
topologia integrada Boost-Buck em 81,2 % (de 22 F para 4 F). Essa redução foi feita sem
78
que a ondulação da corrente nos LEDs aumentasse e ainda mantendo a distorção harmônica
da corrente de entrada nos limites estabelecidos pela norma.
b) CB Reduzido (4 F)
79
A integração entre o conversor Boost aplicado ao estágio PFC com o conversor Buck-
Boost aplicado ao estágio PC é mostrado na Figura 44. Sendo os parâmetros de apresentados
na Tabela 9.
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 500 V
Razão cíclica D = 0,15
Indutor do estágio PFC LPFC = 211 H
Indutor do estágio PC LPC = 492 H
Capacitor de barramento Nominal CB = 22 F
Capacitor de saída CO = 2,2 F
A função de transferência que relaciona a corrente nos LEDs com o valor da razão
cíclica desse driver é dada por (21), que consiste na função de transferência do conversor
Buck-Boost dada por (13). A resposta em frequência dessa função de transferência é mostrada
na Figura 45, não compensada e compensada pelo controlador PIR.
80
0,4416
GIoDbBb ( s) (21)
2,2.10 6 s 0,0542
PIR ( s) 0,3723
s 7521s 2 1265s 3,95.105 (22)
s s 2 5,685.10 5
garante que a corrente dos LEDs ainda siga a referência e ainda a distorção da corrente de
entrada fique abaixo dos valores limites estabelecidos pela norma IEC 61000-3-2, classe C.
0.76 0.78
0.74 0.76
0.72 0.74
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 500 V
Razão cíclica D = 0,15
Indutor do estágio PFC LPFC = 211 H
Indutor do estágio PC (Indutância
LPC = 492 H
Magnetizante)
Relação de transformação = 1
Capacitor de barramento Nominal CB = 22 F
Capacitor de saída CO = 2,2 F
Como discutido nos itens 3.4.3 e 3.4.4, a dinâmica do driver que se vale do conversor
Flyback no estágio PC é a mesma observada naquele que utiliza o conversor Buck-Boost no
mesmo estágio de potência. Essa característica é observada desde que a indutância
magnetizante do conversor Flyback e o valor do indutor do Buck-Boost sejam feitas iguais, e
ainda seja utilizada a relação de transformação unitária. Assim, tanto a função de
84
0,4416
GIoDbF ( s) (23)
2,2.10 6 s 0,0542
PIR ( s) 0,3723
s 7521s 2 1265s 3,95.105 (24)
s s 2 5,685.10 5
Assim, na Figura 49, são apresentadas as formas de onda da corrente nos LEDs e de
entrada do driver operando em malha fechada com o valor nominal (22 F) e reduzido
(3,3 F).
0.76 0.78
0.74 0.76
0.72 0.74
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 500 V
Razão cíclica D = 0,15
Indutor do estágio PFC LPFC = 211 H
Indutor 1 do estágio PC LPC1 = 984 H
Indutor 2 do estágio PC LPC2 = 984 H
Capacitor do estágio PC CPC = 100 nF
Capacitor de barramento Nominal CB = 20 F
Capacitor de saída CO = 2,2 F
87
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(IN) I(IN)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor do estágio PFC LPFC = 381 H
Indutor do estágio PC LPC = 154 H
Capacitor de barramento Nominal CB = 150 F
Capacitor de saída CO = 3 F
0,2209
GIoDBbB ( s) 6
(25)
3.10 s 0,06135
90
PIR ( s) 0,04178
s 5,03.10 s 150 s 5687
4 2
(26)
s s 5,685.10
2 5
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.66 0.68
0.64 0.66
0.62 0.64
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 50 V
Razão cíclica D = 0,1
Indutor do estágio PFC LPFC = 42 H
Indutor do estágio PC LPC = 4,2 H
Capacitor de barramento Nominal CB = 2250 F
Capacitor de saída CO = 4,4 F
0,6756
G IoDBbb ( s) 6
(27)
4,4.10 s 0,06103
PIR ( s) 0,02984
s 5,03.10 s 77,4s 73,4
4
(28)
s s 5,685.10
2 5
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(L29)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor do estágio PFC LPFC = 381 H
Indutor do estágio PC LPC = 315 H
Capacitor de barramento Nominal CB = 103 F
Capacitor de saída CO = 3 F
0,2207
G IoDBbBb ( s) 6
(29)
3.10 s 0,05419
98
PIR ( s) 0,2653
s 7539s 2 151s 5685 (30)
s s 2 5,685.10 5
0.78 0.76
0.76 0.74
0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor do estágio PFC LPFC = 380 H
Indutor do estágio PC (Indutância
LPC = 315 H
Magnetizante)
Relação de transformação = 1
Capacitor de barramento Nominal CB = 103 F
Capacitor de saída CO = 3 F
0,2207
G IoDBbF ( s) 6
(31)
3.10 s 0,05419
0.78 0.76
0.76 0.74
0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor do estágio PFC LPFC = 380 H
Indutor 1 do estágio PC LPC1 = 630 H
Indutor 2 do estágio PC LPC2 = 630 H
Capacitor do estágio PC CPC = 100 nF
Capacitor de barramento Nominal CB = 103 F
Capacitor de saída CO = 3 F
0,2207
G IoDBbS ( s) 6
(32)
3.10 s 0,05419
0.78 0.76
0.76 0.74
0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Assim, devido à ação do controlador PIR foi possível reduzir o valor do capacitor de
barramento da topologia integrada BuckBoost-SEPIC em 80,5%, (de 103 F para 20 F).
Sendo que a ondulação da corrente nos LEDs foi mantida constante e a distorção da corrente
de entrada ficou dentro dos limites estabelecidos pela norma.
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor 1 do estágio PFC LPFC1 = 762 H
Indutor 2 do estágio PFC LPFC2 = 762 H
Indutor do estágio PC LPC = 154 H
Capacitor do estágio PFC CPFC = 100 nF
Capacitor de barramento Nominal CB = 150 F
Capacitor de saída CO = 3 F
0,2209
G IoDSB ( s) 6
(33)
3.10 s 0,06135
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.66 0.68
0.64 0.66
0.62 0.64
I(in) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 50 V
Razão cíclica D = 0,1
Indutor 1 do estágio PFC LPFC1 = 84 H
Indutor 2 do estágio PFC LPFC2 = 84 H
Indutor do estágio PC LPC = 4,2 H
Capacitor do estágio PFC CPFC = 100 nF
Capacitor de barramento Nominal CB = 2250 F
Capacitor de saída CO = 4,4 F
0,6756
G IoDBbb ( s) 6
(34)
4,4.10 s 0,06103
0.78 0.78
0.76 0.76
0.74 0.74
0.72 0.72
0.7 0.7
0.68 0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(L29)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor 1 do estágio PFC LPFC1 = 762 H
Indutor 2 do estágio PFC LPFC2 = 762 H
Indutor do estágio PC LPC = 315 H
Capacitor do estágio PFC CPFC = 100 nF
Capacitor de barramento Nominal CB = 103 F
Capacitor de saída CO = 3 F
0,2207
G IoDSBb ( s) 6
(35)
3.10 s 0,05419
0.78 0.76
0.76 0.74
0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor 1 do estágio PFC LPFC = 762 H
Indutor 1 do estágio PFC LPFC = 762 H
Indutor do estágio PC (Indutância
LPC = 315 H
Magnetizante)
Relação de transformação = 1
Capacitor de barramento Nominal CB = 103 F
Capacitor do estágio PFC CPFC = 100 nF
Capacitor de saída CO = 3 F
A função de transferência que dita a dinâmica da corrente nos LEDs em função das
variações da razão cíclica é a mesma do conversor Flyback. Essa dinâmica é dada por (36).
117
0,2207
G IoDBbF ( s) 6
(36)
3.10 s 0,05419
0.78 0.76
0.76 0.74
0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
Parâmetro Valor
Tensão de barramento VB = 200 V
Razão cíclica D = 0,3
Indutor 1 do estágio PFC LPFC1 = 762 H
Indutor 2 do estágio PFC LPFC1 = 762 H
Indutor 1 do estágio PC LPC1 = 630 H
Indutor 2 do estágio PC LPC2 = 630 H
Capacitor do estágio PC CPC = 100 nF
Capacitor do estágio PFC CPFC = 100 nF
Capacitor de barramento Nominal CB = 103 F
Capacitor de saída CO = 3 F
0,2207
G IoDBbBb ( s) 6
(37)
3.10 s 0,05419
120
0.78 0.76
0.76 0.74
0.74
0.72
0.72
0.7
0.7
0.68
0.68
0.66 0.66
0.64 0.64
0.62 0.62
I(L29) I(in)
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
-0.2 -0.2
-0.4 -0.4
-0.6 -0.6
-0.8 -0.8
0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3 0.25 0.26 0.27 0.28 0.29 0.3
Time (s) Time (s)
limites estabelecidos pela IEC 61000-3-2. Já para os drivers que se valem do conversor Boost
no estágio PFC, o valor da tensão de barramento não deve ser inferior a 400 V, para que o
sistema esteja de acordo com a mesma norma. Estes valores foram demonstrados em
(KIRSTEN, 2011), considerando o valor eficaz da tensão de entrada 220 V em 60 Hz.
Aquelas topologias que apresentam entrada do tipo Buck-Boost ou SEPIC não apresentam tal
limitação quanto à escolha do valor da tensão de barramento.
Outro detalhe importante na escolha da tensão de barramento é quanto ao estágio PC.
Os drivers que utilizam o conversor Boost nesse segundo estágio de potência implicam na
escolha de VB menor que VO (tensão de saída), no caso exemplo, menor que 100 V. Esse fato
implica em reduzidos valores de tensão de barramento e, assim, em maiores valores de
capacitância de barramento.
Um ponto importante é quanto à semelhança no comportamento nos conversores
Buck-Boost, Flyback e SEPIC. Esses três conversores apresentam a mesma função de
transferência, quando feita a indutância magnetizante do conversor Flyback igual ao valor do
indutor do conversor Buck-Boost, e relação de transformação unitária. O mesmo acontece
para o conversor SEPIC, se feita a indutância equivalente (paralelo das indutâncias) igual ao
indutor do conversor Buck-Boost, para a mesma aplicação. Essa característica implica que
tanto o controlador, quanto os resultados esperados sejam os mesmos para essas três
topologias.
Em todas as topologias de estágios integrados analisadas, foi possível reduzir o valor
do capacitor de barramento significativamente, através da aplicação do controlador
Proporcional Integral Ressonante. A redução mínima encontrada foi de 79% no caso do
conversor integrado Buck-Boost, sendo que todos os outros a redução no capacitor de
barramento foi superior a 80%. Em todas as topologias, a redução do capacitor de barramento
foi feita sendo que a ondulação da corrente nos LEDs foi mantida constante e igual a
referência. Ainda, a distorção da corrente de entrada, devido à ação do controlador PIR, foi
mantida dentro dos limites estabelecidos pela IEC 61000-3-2, classe C.
A distorção da corrente de entrada decorrente da atuação do controlador em função da
redução do valor da capacitância de barramento é discutida na próxima seção. É obtida a
equação que descreve a corrente de entrada em função do valor do capacitor de barramento,
para o conversor integrado operando em malha fechada.
123
Conversor CB THD
Int. VB Redução
Integrado Nominal Reduzido Nominal Reduzido
Buck-Boost i- 50 V 2400 F 500 F 79% 10% 14%
Buck-
i- 80 V 800 F 140 F 82,5% 16,4% 18,7%
BuckBoost
Buck-Flyback i- 80 V 800 F 140 F 82,5% 16,4% 18,7%
Buck-SEPIC i- 80 V 800 F 140 F 82,5% 16,4% 18,7%
Boost-Buck T 500 V 22 F 4 F 81,2% 18% 20,7%
Boost-
500 V F F
BuckBoost
Boost-Flyback T 500 V F F
Boost-SEPIC T 500 V F F
BuckBoost-
i-T 200 V 150 F 20 F 86% 1,3% 16,9%
Buck
BuckBoost-
i-T 50 V 2250 F 220 F 90% 1,4% 24%
Boost
BuckBoost-
i-T 200 V 103 F 20 F 80,5% 1,3% 10%
BuckBoost
BuckBoost-
i-T 200 V 103 F 20 F 80,5% 1,3% 10%
Flyback
BuckBoost-
i-T 200 V 103 F 20 F 80,5% 1,3% 10%
SEPIC
SEPIC-Buck T 200 V 150 F 20 F 86% 1,3% 16,9%
SEPIC-Boost T 50 V 2250 F 220 F 90% 1,4% 24%
SEPIC-
T 200 V 103 F 20 F 80,5% 1,3% 10%
BuckBoost
SEPIC-
T 200 V 103 F 20 F 80,5% 1,3% 10%
Flyback
SEPIC-SEPIC T 200 V 103 F 20 F 80,5% 1,3% 10%
124
2 LPFC f S
RPFC (t ) (38)
D(t )2
Vin (t )
Iin (t ) (39)
RPFC (t )
Onde GVbVi(s), GIoVb(s), GIoD(s) e PIR(s) são definidos por (120), (105), (103) e (9),
respectivamente. A equação da referência é dada no domínio do tempo por (6) e no domínio
da frequência por (41).
Io IoLF 2 R s
Ref ( s) cos( ) 2 sin( ) 2 (41)
2
2
s 2 s 2 R s 2 R
R 2 f R (42)
IoLF 2 R s
Ref ( s) cos( ) 2 sin( ) 2 (43)
s 2 R
2 2
s 2 R
2
É realizada a decomposição de (44) nos termos da série de Fourier, para que seja
possível representar esse no domínio da frequência. A equação (45) representa os 5 primeiros
harmônicos de (44).
4VP
s s s s s
vˆi( s) 3 15 35 63 99 (46)
s 2 2 R 2 s 2 4 R 2 s 2 6 R 2 s 2 8 R 2 s 2 10 R 2
dˆ (t ) L1 dˆ (s) (47)
2 LPFC f S
RPFC (t )
(48)
D dˆ (t ) 2
Nessa equação o valor da razão cíclica é representado pelo seu valor médio (D, dada
pelo regime permanente da ação integral) e pelas variações, dadas por (47).
Desta forma, a equação que descreve a corrente de entrada do conversor integrado
operando em malha fechada pode ser obtida, através de (39). Para quantificar o conteúdo
harmônico da corrente de entrada em função da redução do capacitor de barramento, é feita a
transformada de Fourier de (39). Assim, o módulo de cada uma das harmônicas da corrente de
entrada pode ser descrito por (49).
128
TR
1
Iin(t ) e
j n R t (49)
In dt
TR 0
CB nominal CB reduzido
Modelo Circuito Modelo Circuito
3ª (A) 3,23 x 10-4 3,08 x 10-4 4,09 x 10-2 4,47 x 10-2
5ª (A) 8,20 x 10-4 1,92 x 10-5 4,76 x 10-3 8,05 x 10-3
7ª (A) 1,90 x 10-5 0 1,08 x 10-3 1,52 x 10-3
9ª (A) 0 0 3,72 x 10-4 2,98 x 10-4
THD 0,2 % 0,16 % 9,32 % 9,82 %
FP 0,99 0,99 0,990 0,986
131
4.1 INTRODUÇÃO
O projeto do conversor integrado pode ser feito como se ambos os estágios de potência
não estivessem integrados. Isso é, os componentes podem ser definidos como se os estágios
de potência estivessem conectados em cascata. No entanto, devido à integração, o valor da
razão cíclica e frequência de comutação deve ser a mesma para todo sistema.
modo de condução crítica (BCM – Boundary Conduction Mode), considerando o pior caso,
isso é, o pico da tensão de entrada. A equação (50) define o ganho estático do conversor
IDBB operando em CCM, bem como em BCM.
2
Vout DMAX (50)
VP 1 DMAX
Vout
VP
DMAX (52)
Vout
1
VP
Assim, o valor nominal da razão cíclica, D, deve ser inferior ao valor máximo, como
ilustrado em (53).
D DMAX (53)
O indutor do estágio PFC é definido em função da potência média processada por esse
estagio. A potência média de entrada é definida por (54).
Tr
2
2 (54)
Pin
Tr Vin (t ) Iin(t )dt
0
137
Vin (t ) VP sin(2 f R t )
(55)
Tr
2
2
Pin
Tr Vin (t )
0
I S (t ) Ts
dt (56)
Tr
D 2 .Ts 2
Pin Vin (t ) .dt (57)
2
Tr.LPFC 0
D 2Vp 2 TsTOTAL
LPFC (59)
4 Pout
Onde VB é o valor médio da tensão de barramento, sendo esse valor definido pelo
projetista em função dos esforços de tensão nos semicondutores.
Utilizando o valor médio por período de comutação da corrente do interruptor, como
ilustrado na Figura 97, a equação (60) pode ser reescrita por (61).
Figura 97 – Valor médio por período de comutação da corrente no interruptor no estágio PC.
139
1
Ts
VB D 2 Ts
Ts 0 2 LPC
PB VB
dt (61)
D 2 VB Ts PC
2
LPC (62)
2 Pout
Onde o intervalo de integração, tO1 e tO2, dado por (64) e (65) respectivamente,
corresponde ao intervalo de tempo em que ocorre a variação de pico à pico da tensão no
capacitor. A corrente no capacitor, iCo(t), é dada por (66), durante o intervalo de integração.
VoHF é a ondulação da tensão de saída do conversor na frequência de comutação, a qual
depende da ondulação na corrente nos LEDs na mesma frequência, como mostrado em (67).
tO1 D TS (64)
V L (65)
tO 2 B D TS Io PC tO1
LPC VO
D TS O t D TS I O
VB V
iCo (t ) (66)
LPC LPC
Vin (t ) 2 D 2 TS D 2 TS
iC B (t ) VB (69)
VB 2 LPFC 2 LPC
1 V LPFC
t B1 sin 1 B
(70)
2 fR VP LPC
TR
tB2 t B1 (71)
2
1 VB D 2
iˆLEDs ( s) RLEDs VO LPC CO f S
GIoVb ( s) (72)
vˆB ( s ) 1
2
VB D 2
s 2
RLEDs CO 2 VO f S LPFC CO
143
iˆLEDs ( s)
vˆB ( s) (73)
GIoVb ( s)
IoLF
io LF (t ) sin(4 f R t ) (74)
2
IoLF 2 wR (75)
iˆO ( s) io LF ( s)
2 s 2 2 w 2
R
IoLF RLEDs 2 wR
s 2 2 w 2
vˆB ( s )
2 R
2 (76)
VB D
VO LPC CO f S
1 VB D 2
s 2
R C
LEDs O 2 VO f S LPFC C O
Então através do teste da derivada primeira de (77) encontra-se o tempo em que ocorre
o valor de pico da tensão de barramento (tMAX), dada por (79). Assim, avaliando (77) em tMAX,
encontra-se o valor máximo da equação, e então o valor da ondulação da tensão de
barramento, (80).
d
vB (t ) 0 (78)
dt t t MAX
144
1 1 1 VB D 2 TS
2
t MAX tan 1
4 f R CO RLEDs 2V 2 L
(79)
4 f R O PC
Assim, substituindo (69), (70), (71) e (80) em (68), encontra-se o valor do capacitor de
barramento definido em função da ondulação máxima permitida na corrente dos LEDs.
Cabe salientar que essa metodologia de cálculo para a ondulação da tensão de
barramento é nova, caracterizando uma das contribuições desta tese.
Parâmetro Valor
Tensão de entrada 220 VRMS, 60 Hz
32 x LUXEON Rebel
LEDs RLEDs = 32 x 0,66 = 21,12
VLEDs = 32 x 2,73 V = 87,36 V
Corrente média nos LEDs IO = 700 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em 2fR IoLF =56 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em fS IoHF = 21 mA
Tensão de barramento VB = 200 V
Frequência de comutação fS = 80 kHz
Razão cíclica D = 0,3
Parâmetro Valor
Indutor do estágio PFC LPFC = 381 H
Indutor do estágio PC LPC = 315 H
Capacitor de saída CO = 10 F
Capacitor de barramento CB = 103 F
145
A Figura 101 apresenta o conversor IDBB simulado no software PSIM® para esse
projeto, em que se empregaram os parâmetros definidos na Tabela 24 e Tabela 25.
RLEDs
LPFC CB
LPC CO VLEDs
tensão VB, (81), visto que a tensão média no indutor é nula. O mesmo raciocínio pode ser
empregado para determinar que o valor médio da tensão no terminal de acesso 2 é igual ao
valor médio da tensão na carga (82).
v1 (t ) Ts
VB (81)
v2 (t ) Ts
VO (82)
i1 (t ) v1 (t )
d (t )2 TS (83)
Ts Ts
2 LPC
i2 (t )
v (t ) d (t ) T
1 Ts
2 2
S (84)
Ts
v2 (t ) Ts
2 LPC
v1 (t ) 2 LPC
RE Ts
(85)
i1 (t ) Ts
D 2 TS
Já o diodo de saída do sistema modelado pode ser substituído por uma fonte de
potência com valor definido por (86). Esse valor representa a potência que seria dissipada no
resistor equivalente de entrada do modelo, RE. Com a definição desses valores, pode-se
determinar o modelo médio do conversor Buck-Boost operando em DCM aplicado ao estágio
de controle de potência, ilustrado na Figura 105.
149
2
VB
PD v2 (t ) Ts
i2 (t ) Ts
(86)
RE
Para obter o modelo CA é necessário que o modelo médio seja perturbado em torno do
ponto de operação e então linearizado. Essa linearização se faz necessária para que se possam
aplicar técnicas tradicionais de controle na planta. Em (87), (88), (89), (90) e (91) são
apresentadas as perturbações nos sinais do modelo médio.
v1 (t ) Ts
V1 vˆ1 (t ) (87)
i1 (t ) Ts
I1 iˆ1 (t ) (88)
v2 (t ) Ts
V2 vˆ2 (t ) (89)
i2 (t ) Ts
I 2 iˆ2 (t ) (90)
d (t ) D dˆ (t ) (91)
i1 (t ) v1 (t )
d (t )2 TS
f1 v1 (t ) , v2 (t ) , d (t ) (92)
Ts Ts Ts Ts
2 LPC
150
Fixando um ponto de operação (VB, VO, D) é possível expandir a equação (92) pela
série de Taylor. Esse processo é mostrado em (93), sendo truncada nos termos de primeira
ordem.
vˆ2 (t )
t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t ) dˆ (t )
t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t ) (93)
v2 ( t ) Ts
VO d ( t ) D
De (93) pode-se extrair o termo CC, definido por (94), e o termo CA, dado por (95).
D 2 TS
I1 f1 VB , VO , D
VB
VB
RE 2 LPC (94)
1
iˆ1 (t ) vˆ1 (t ) vˆ2 (t ) g1 dˆ (t ) j1
r1 (95)
Sendo:
1
r1 t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t )
1
RE
v1 ( t ) Ts
VB
g1
t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t ) 0
v2 ( t ) Ts
VO
j1
t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t )
VB D TS
LPC
d ( t ) D
i2 (t )
v (t ) d (t ) T
1 Ts
2 2
S
f 2 v1 (t ) , v2 (t ) , d (t ) (96)
Ts Ts Ts
v2 (t ) Ts
2 LPC
vˆ2 (t )
t
f 2 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t ) dˆ (t )
t
f 2 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t ) (97)
v2 ( t ) Ts
VO d ( t ) D
2
VB D 2 TS
I 2 f 2 VB , VO , D (98)
VO 2 LPC
1
iˆ2 (t ) vˆ1 (t ) g 2 vˆ2 (t ) dˆ (t ) j2 (99)
r2
Sendo:
g2
t
f 2 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t )
VB D 2 TS
VO LPC
v1 ( t ) Ts
VB
2
1 V D 2 TS
f 2 v1 (t ) , v2 (t ) , d (t ) B2
r2 t Ts Ts
v2 ( t ) Ts
VO VO 2 LPC
2
VB D TS
j2 f 2 v1 (t ) , v2 (t ) , d (t )
t Ts Ts
d ( t ) D VO LPC
1 ˆ d vˆ (t )
vˆB (t ) g 2 vˆO (t ) d (t ) j2 CO vˆO (t ) O (101)
r2 dt RLEDs
2
VB D
vˆO ( s) VO LPC CO f S
GVoD ( s ) (102)
dˆ ( s) 1 VB
2
D2
s 2
R C 2 L C f
LEDs O VO PC O S
Dividindo (104) pela resistência equivalente do modelo dos LEDs (RLEDs), encontra-se
(105) que descreve as perturbações na tensão de barramento em função das perturbações na
corrente dos LEDs. Essa função de transferência é aquela utilizada para o cálculo do capacitor
de barramento.
1 VB D 2
iˆLEDs ( s ) RLEDs VO LPC CO f S
GIoVb ( s)
vˆB ( s) 1
2
VB D 2 (105)
s
R C 2
LEDs O 2 VO f S LPFC C O
Figura 111 – Modelo e simulação para GIoVb e GVoVb considerando uma perturbação senoidal.
Esses resultados validam as funções de transferência (102), (103), (104) e (105) para o
estágio de controle de potência, representado pelo circuito da Figura 103.
cálculo da relação da tensão de barramento pelo valor médio por período de comutação da
corrente de entrada do segundo estágio, e consiste na mesma equação apresentada em (85).
2 LPC f S
RPC (106)
D2
v1 (t ) Ts
Vret AVG (107)
v2 (t ) Ts
VB (108)
Onde VretAVG é o valor médio da tensão de entrada do estágio PFC, isso é, a tensão da
rede retificada. Esse valor é dado por (109).
2
Vret AVG VP (109)
Avaliando a forma de onda da corrente no indutor LPFC é possível obter a equação que
descreve o valor médio da corrente na entrada e na saída do conversor, dadas por (110) e
(111), respectivamente.
i1 (t ) v1 (t )
d (t )2 TS (110)
Ts Ts
2 LPFC
i2 (t )
v (t ) d (t ) T
1 Ts
2 2
S (111)
Ts
v2 (t ) Ts
2 LPFC
v1 (t ) 2 LPFC
RPFC Ts
(112)
i1 (t ) Ts
D 2 TS
E o diodo de saída é representado pela fonte de potência com valor igual à potência
que seria dissipada por RPFC, dado por (113). É utilizado o valor médio da tensão de entrada
(VretAVG) por consistir no ponto médio de operação do conversor.
2
Vret AVG
PD v2 (t ) Ts
i2 (t ) Ts
(113)
RPFC
D 2 TS
I1 f1 Vret AVG , VB , D
Vret AVG
Vret AVG (114)
RPFC 2 LPFC
1
iˆ1 (t ) vˆ1 (t ) vˆ2 (t ) g1 dˆ (t ) j1 (115)
r1
Sendo:
1
r1 t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t )
1
RPFC
v1 ( t ) Ts
Vret AVG
g1
t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t ) 0
v2 ( t ) Ts
VB
j1
t
f1 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t ) Vret AVG
D TS
LPFC
d ( t ) D
161
2
Vret AVG D 2 TS
I 2 f 2 Vret AVG , VB , D (116)
VB 2 LPFC
1
iˆ2 (t ) vˆ1 (t ) g 2 vˆ2 (t ) dˆ (t ) j2 (117)
r2
Sendo:
g2
t
f 2 v1 (t ) Ts
, v2 (t ) Ts
, d (t )
Vret AVG D 2 TS
VB LPFC
v1 ( t ) Ts
Vret AVG
2
1 Vret AVG D 2 TS
f 2 v1 (t ) , v2 (t ) , d (t )
r2 t Ts Ts
v2 ( t ) Ts
VB VB
2
2 LPFC
2
Vret AVG D TS
j2 f 2 v1 (t ) , v2 (t ) , d (t )
t Ts Ts
d ( t ) D VB LPFC
1 ˆ d vˆ (t )
vˆin (t ) g 2 vˆB (t ) d (t ) j2 CB vˆB (t ) B (119)
r2 dt RPC
Vret AVG D 2
vˆB ( s ) VB LPC f S
GVbVi ( s) (120)
vˆin ( s) 1 Vret AVG
2
D2
s CB
2
RPC VB 2 LPC f S
2
Vret AVG D
vˆB ( s) VB LPC f S
GVbD ( s) (121)
dˆ ( s) 1 Vret AVG
2
D2
s CB
2
RPC VB 2 LPC f S
Figura 118 – Circuito simulado para validação do modelo do estágio PFC com entrada
retificada.
Figura 120 – Diagrama de Bode da planta compensada (linha contínua) e não compensada
(linha tracejada).
166
Na Figura 127 e na Figura 128 são apresentados os gráficos que descrevem o valor da
THD e do fator de potência, respectivamente, em função do valor de CB, para = 180°.
Através da regressão dessas curvas, são obtidas as equações que descrevem os valores de
THD e FP em função do capacitor de barramento, dadas por (127) e (128), respectivamente.
170
Figura 129 – Amplitude das Harmônicas de Iin em comparação com a IEC 61000-3-2.
Como pode ser observado, o capacitor de barramento pode ser reduzido para valores
inferiores a 10 F sem violar os limites estabelecidos pela norma. No entanto, devido ao
grande incremento na ondulação da tensão de barramento, o segundo estágio de potência
começa a operar em modo de condução contínua. Assim, a redução do valor de capacitância
172
de barramento é limitada pela operação em DCM do estágio PC. Esse limite é explorado no
próximo subitem.
Para garantir o modo de condução descontínuo o tempo de descarga (Tx) deve ser
menor que o complemento da razão cíclica. Assim, o valor máximo de Tx pode ser ilustrado
por (129).
TxMAX (1 D) TS (129)
VB
iLPC _ PICO D TS (130)
LPC
Logo o tempo de descarga Tx pode ser dado pela equação da descarga do indutor,
(131).
VO
iL PC _ PICO TX 0 (131)
LPC
V B _ MAX (132)
Tx(V B ) D TS
VO
Onde VB_MAX é o valor máximo da tensão de barramento, considerando a ondulação de
tensão resultante da redução do capacitor CB. O valor máximo de VB é definido por (133),
sendo a forma de onda da tensão de barramento ilustrada pela Figura 131.
V B
V B _ MAX V B (133)
2
tB 2
1
VB
2 CB iC B (t ) dt
(134)
Tx(C B )
t B1
D TS
VO
iC B (t ) dt
C B _ MIN
t B1
(135)
Tx V
2 VO MAX B
D TS VO
Estes resultados são obtidos para o conversor operando com o valor reduzido para o capacitor
de barramento, isso é CB = 20 F. Pode ser visto que o tempo de acomodação da corrente de
saída do conversor ficou em aproximadamente 50 ms e que o sobre sinal dessa corrente ficou
em 780 mA, 20 mA acima do valor de pico nominal.
A Figura 133 apresenta as mesmas formas de onda para o degrau de -10% na
amplitude da tensão da rede. Pode ser observado que o tempo de acomodação também ficou
em aproximadamente 50 ms, com um afundamento menor que 30 mA. Ainda, o valor da
distorção harmônica da corrente de entrada ficou em 7,7% e em 12% para o conversor
operando com degrau de -10% e +10% na tensão da rede, respectivamente. Essa diferença era
esperada, uma vez que para menor tensão de entrada, maior os valores de corrente para
garantir a mesma potência para a carga.
Assim, o controle proposta é capaz de rejeitar distúrbios na tensão da rede, mantendo a
ondulação da corrente de saída, bem como o valor médio dessa.
Como pode ser observado, mesmo para as variações na frequência da tensão da rede, o
controlador PIR manteve tanto o valor médio quanto a ondulação da corrente nos LEDs
constantes. No entanto ocorreu um incremento da distorção a corrente de entrada, quando
comparado com os resultados obtidos para o valor nominal da frequência da rede (60 Hz).
Isso ocorre porque a ondulação da tensão de barramento não está mais em 120 Hz e o
controlador continua rastreando a referência nesta frequência.
Ainda foi apresentada a modelagem do conversor integrado, onde se obteve cada uma
das funções de transferência que descrevem o driver. Essas relações, além de serem utilizadas
no projeto do conversor, são de extrema importância para a definição dos ganhos do
compensador a ser utilizado. Empregando as funções de transferência apresentadas neste
capítulo, ainda é feita a modelagem da corrente de entrada do conversor operando em malha
fechada.
As ferramentas matemáticas estudadas não favoreceram a obtenção da equação
analítica da corrente de entrada conversor IDBB operando em malha fechada sujeito a
redução do capacitor de barramento. Assim, as equações obtidas são resultados da regressão
exponencial dos ábacos específicos do projeto proposto. No entanto a metodologia para a
obtenção dessas equações pode ser aplicada a qualquer outro projeto.
Ainda foi evidenciado que aplicação da técnica de controle para a redução do
capacitor de barramento é limitada pela ondulação máxima da tensão de barramento. Esse
valor máximo é o que garante a operação em modo de condução descontínua do conversor.
Essa característica foi modelada, sendo definida a equação que dita o valor mínimo da
capacitância de barramento para o conversor IDBB.
Neste capítulo ainda ficou clara a robustez do controlador PIR quanto às variações na
amplitude e frequência da tensão da rede. Sendo que essas variações implicam diretamente na
distorção da corrente de entrada. Considerando os valores máximos para tais variações, o
conversor manteve a corrente nos LEDs de acordo com a referência, sendo a alteração no
valor da distorção harmônica da corrente de entrada não significativas. Ainda foi verificado
que, mesmo para variações na carga, o controlador PIR é capaz de manter o valore médio e de
ondulação da corrente nos LEDs.
5 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
5.1 INTRODUÇÃO
Parâmetro Valor
Tensão de entrada 220 VRMS, 60 Hz
32 x LUXEON Rebel
LEDs RLEDs = 32 x 0,66 = 21,12
VLEDs = 32 x 2,73 V = 87,36 V
Corrente média nos LEDs IO = 700 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em 2fR IoLF =56 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em fS IoHF = 21 mA
Tensão de barramento VB = 200 V
Frequência de comutação fS = 80 kHz
Razão cíclica D = 0.3
Parâmetro Valor
Indutor do estágio PFC LPFC = 381 H
Indutor do estágio PC LPC = 315 H
Capacitor de saída CO = 10 F
Capacitor de barramento (Nominal) CB = 103 F
Capacitor de barramento (Reduzido) CB = 20 F
183
Figura 140 – Tensão de saída (Ch4 – 100 V/div), corrente nos LEDs (Ch3 – 200 mA/div),
tensão de entrada (Ch1 – 250 V/div) e corrente de entrada (Ch2 – 2 A/div) – 10 ms/div –
CB = 103 F.
Figura 141 – Tensão de barramento (Ch4 – 50 V/div) e corrente nos LEDs (Ch3 – 200
mA/div) – 10 ms/div – CB = 103 F.
185
Figura 142 – Tensão de entrada (Ch1 – 100 V/div) e corrente de entrada (Ch2 – 500 mA/div)
– 10 ms/div – CB = 103 F.
Figura 143 – Conteúdo harmônico da corrente de entrada em comparação com a IEC 61000-
3-2.
0,18
0,16
0,14
0,12
0,1 IEC 61000-3-2
0,08
0,06 CB = 103 uF
0,04
0,02
0
2 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39
Figura 144 – Tensão de saída (Ch4 – 100 V/div), corrente nos LEDs (Ch3 – 200 mA/div),
tensão de entrada (Ch1 – 250 V/div) e corrente de entrada (Ch2 – 2 A/div) – 10 ms/div –
CB = 20 F.
Figura 145 – Tensão de barramento (Ch4 – 50 V/div) e corrente nos LEDs (Ch3 – 200
mA/div) – 10 ms/div – CB = 20 F.
188
Figura 146 – Tensão de entrada (Ch1 – 100 V/div) e corrente de entrada (Ch2 – 500 mA/div)
– 10 ms/div – CB = 20 F.
Figura 147 – Conteúdo harmônico da corrente de entrada em comparação com a IEC 61000-
3-2.
0,18
0,16
0,14
0,12
0,1 IEC 61000-3-2
0,08
0,06 CB = 20 uF
0,04
0,02
0
2 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39
189
(a) (b)
(c) (d)
(a) (b)
190
Diodos emissores de luz são certamente a fonte de luz artificial mais importante na
atualidade. As características elétricas e luminotécnicas os tornam muito mais atrativos que as
demais fontes. A elevada vida útil desses semicondutores é uma dos principais atrativos em
muitas aplicações. Para que essa característica seja realmente aproveitada, os sistemas de
acionamento dos LEDs devem ter vida útil tão elevada quando a deles.
Neste sentido é buscada a substituição dos capacitores eletrolíticos nos drivers, com o
intuito de aumentar a vida útil e a confiabilidade do sistema. Assim, a redução do valor da
capacitância de barramento é proposta, para viabilizar tal substituição. Ainda ficou evidente
que a redução de capacitâncias em sistemas eletrônicos é um importante ponto não só para
drivers para LEDs.
Assim, esse trabalho propõe a utilização de um controlador proporcional integral
ressonante da corrente dos LEDs. Através desse compensador é possível controlar a
ondulação da corrente de saída do driver na frequência de interesse, isto é, a frequência de
ressonância. Nesse caso, a frequência de ressonância é sintonizada na frequencia de
ondulação da tensão de barramento. Assim, o compensador PIR garante que a ondulação da
corrente de saída acompanhe a referência de corrente com ondulação em 120 Hz definida.
Esse fato possibilita a redução do valor do capacitor de barramento, sem que a ondulação da
corrente nos LEDs aumente.
Essa estratégia de controle foi aplicada em diversos conversores com estágios de
potência integrados. Estes conversores são resultantes da integração entre os conversores
Buck, Boost, Buck-Boost, Flyback e SEPIC em cada um dos estágios de potência do
conversor. De todas as topologias analisadas, a redução mínima no valor do capacitor de
barramento, devido a ação do controlador PIR, foi de 79%. Ainda, a corrente de saída de
todos os drivers seguiu a referência, isto é, o controlador PIR garantiu o valor definido de
ondulação e valor médio. A distorção corrente de entrada, devido a ação do controlador, ficou
dentro dos limites estabelecidos pela norma IEC 61000-3-2, classe C, para cada um dos
conversores analisados.
Ainda foi apresentado um modelo que visa prever a distorção da corrente de entrada
dos conversores de estágios de potência integrados, sujeitos ao controle PIR e a redução do
192
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LAMAR, D. G., SEBASTÍAN, J., ARIAS, M., FERNANDEZ, A., On the Limit of
the Output Capacitor Reduction in Power-Factor Correctors by Distorting the Line
Input Current. IEEE Transaction Power Electronics, vol 27, no 3 Março de 2012.
199
Onde Refk é o vetor referência com 40.000 pontos, que descrevem o valor da
referência de corrente. Uk é o valor da lei de controle calculada a cada ciclo de amostragem e
ek é o erro calculado a cada instante passo k. Hi(s) representa a função de transferência do
filtro de leitura utilizado.
O processo de obtenção do controlador ressoante é feito através do método da
aproximação da resposta em frequência, que possibilita a utilização do diagrama de Bode para
o projeto de sistemas discretos. Para esse projeto se faz necessário obter a função de
transferência do sistema no plano continuo w.
Primeiramente, é considerado o ganho do sensor de corrente unitário, uma vez que
esse ganho é compensado em softwere, bem como os ganhos dos conversores AD e DA.
Assim, o processo de obtenção do controlador pode ser descrito como segue:
1) Obtenção da função de transferência GIoD(s);
2) Inclusão da dinâmica do filtro de medida Hi(s) em GIoD(s);
3) Discretizar a equação obtida em 2 e incluir a dinâmica do bloco ZOH;
4) Passagem para o plano w, para o projeto do controlador;
5) Discretização do controlador projetado;
6) Obtenção da equação das diferenças, para implementação digital.
204
Parâmetro Valor
Tensão de entrada 220 VRMS, 60 Hz
32 x LUXEON Rebel
LEDs RLEDs = 32 x 0,66 = 21,12
VLEDs = 32 x 2,73 V = 87,36 V
Corrente média nos LEDs IO = 700 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em 2fR IoLF =56 mA
Ondulação da corrente nos LEDs em fS IoHF = 21 mA
Tensão de barramento VB = 200 V
Frequência de comutação fS = 80 kHz
Frequência de amostragem fsample = 40 kHz
Razão cíclica D = 0.3
Parâmetro Valor
Indutor do estágio PFC LPFC = 381 H
Indutor do estágio PC LPC = 315 H
Capacitor de saída CO = 10 F
Capacitor de barramento (Nominal) CB = 103 F
Capacitor do Filtro de Medida C = 20 nF
Resistor do Filtro de Medida R = 1 k
22070 (136)
G IoD ( s)
s 5419
A dinâmica do filtro de medida Hi(s) é dada por (137), a qual consiste em um filtro
passivo passa baixas RC. Essa dinâmica é incluída na da planta, multiplicando (136) pela
equação de Hi(s), resultando em (138).
205
50.000 (137)
Hi( s)
s 50.000
0,2207 (138)
G IoD ( s).Hi( s)
2e 10 s 1,108e 5 s 0,05419
2
A equação (138) é então discretizada para assim inserir a dinâmica do ZOH e ainda
incluindo o atraso unitário de implementação, resultando em(139). Essa discretização é
realizada através do método ZOH, pela função “c2d” no softwere MATLAB.
Foi utilizado o menor período de amostragem possível, que para a aplicação ficou em
25 s, isso é, uma frequência de amostragem de 40 kHz. Essa frequência de amostragem é
metade do valor da frequência de comutação. Quanto maior o valor da amostragem, mais
próximo das características analógicas o compensador digital estará. A definição dessa
frequência foi limitada pelo tempo de execução do código no micro controlador.
O atraso de implementação é considerado para que a ação de controle calculada no
passo atual seja implementada no passo seguinte. Então (139) é passada para o plano continuo
w através da transformada inversa de Tustin, resultando em (140). Essa conversão para o
plano contínuo w consiste em uma ferramenta para que se possam utilizar as ferramentas de
projeto com base na analise do diagrama de Bode. Para tanto, foi utilizada a ferramenta
sisotool do softwere MATLAB, resultando no diagrama de Bode apresentado na Figura 151.
Essa função de transferência representa a dinâmica do conversor considerando tanto a
influência do filtro de medida quanto do atraso de implementação digital.
O controlador PIR(w) foi então discretizado através do método de Tustin, esse método
foi escolhido por apresentar menores erros referentes à discretização (YEPES, 2010). O
controlador PIR no domínio z é então dado por (142).
Onde Uk denota o valor da lei de controle e ek o erro calculados para cada passo k, e os
coeficientes dados por:
c1 0,5242
c2 1,555
c3 1,538
c4 0,5072
c5 3
c6 3
c7 1
APÊNDICE B – CÓDIGO IMPLEMENTADO
//BIBLIOTECAS
#include "driverlib/pin_map.h"
#include <stdint.h>
#include <stdbool.h>
#include "inc/hw_gpio.h"
#include "inc/hw_types.h"
#include "inc/hw_memmap.h"
#include "driverlib/sysctl.h"
#include "driverlib/pin_map.h"
#include "driverlib/gpio.h"
#include "driverlib/pwm.h"
#include "driverlib/debug.h"
#include "driverlib/adc.h"
#include "inc/tm4c123gh6pm.h"
#include "driverlib/interrupt.h"
#include "driverlib/timer.h"
#include "driverlib/comp.h"
#include "REFERENCIA.h"
#include "driverlib/fpu.h"
//BUFFER DO ADC
unsigned int ADC_value;
210
//FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM
unsigned int fsample=40000;
unsigned int tsample;
//CONTADOR DE USO GERAL
unsigned int contador=0;
//VARIAÇÃO DE REFERÊNCIA
int ajuste=7;//DE 400mA até 700mA
///////////////////////////////
//INTERRUPÇÃO GERADA PELO PWM//
///////////////////////////////
//ATUALIZA O VALOR DA RAZÃO CICLICA!
void interrup(void)
{
//LIMPANDO A FLAG
PWMGenIntClear (PWM1_BASE, PWM_GEN_3, PWM_INT_CNT_AD);
//REDEFINE A PRÓXIMA INTERRUPÃO NA METADE DE (1-D)*Ts
PWM1_3_CMPA_R=(period/2)-U_total*period/2;
}
/////////////////////////////////////////////////
//INTERRUPÇÃO GERADA PELO COMAPARADOR ANALÓGICO//
////////////////////////////////////////////////
//SERVE PARA RESETAR A POSIÇÃO DO VETOR REFERÊNCIA
void interrupCOMP (void)
{
//LIMPANDO A FLAG DO COMPRADOR
ComparatorIntClear(COMP_BASE, 0);
//REDEFINE O VALOR INICIAL DO VETOR
//OCORRE EM Vin=54V
if (ref > 316)
{
ref=326;
}
}
/////////////////////////////////////
//INTERRUPÇÃO GERADA PELO BOTÃO SW1//
/////////////////////////////////////
//SERVE PARA LIGAR E DESLIGAR A LEI DE CONTROLE RESSONANTE
//TRIGADA PELA BORDA DE SUBIDA DA SW1
void buttonIsr(void)
{
if(contador >10000)
{
ajuste--;
if(ajuste < 0)
{
ajuste = 7;
}
if(ajuste <=1 )
{
GPIOPinWrite(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_1, GPIO_PIN_1);
}
contador = 0;
}
//acende luz vermelha quando referencia estiver em 600mA
if(ajuste >1 )
{
GPIOPinWrite(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_1, ~GPIO_PIN_1);
}
//limpa flag da interrupção
GPIOIntClear(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_4);
}
211
///////////////////////////////
//INTERRUPÇÃO PARA LEITURA AD//
///////////////////////////////
void leituraAD(void)
{
//LIMPANDO A FLAG
PWMGenIntClear (PWM0_BASE, PWM_GEN_0, PWM_INT_CNT_AD);
ADCIntClear(ADC0_BASE, 0);
//ATIVA A CONVERSÃO
ADCProcessorTrigger(ADC0_BASE, 0);
//AGUARDA A CONVERSÃO TERMINAR
while(!ADCIntStatus (ADC0_BASE, 0, false));
//APAGA A FLAG DA INTERRUPÇÃO
ADCIntClear(ADC0_BASE, 0);
//LÊ O VALOR DO ADC
ADCSequenceDataGet(ADC0_BASE, 0, &ADC_value);
//CONVERSÃO DA LEITURA DO AD PARA AMPERES NOVAMENTE
iLEDs = (((((float)ADC_value)/((float)4095))*((float)3.3));
//REDEFINIÇÃO DOS VALORES ANTERIORES
E_lst4 = E_lst3;
E_lst3 = E_lst2;
E_lst2 = E_lst1;
E_lst1 = E_now;
U_lst3 = U_lst2;
U_lst2 = U_lst1;
U_lst1 = U_now;
//CALCULO DO ERRO ATUAL
E_now = (REFERENCIA[ref]-ajuste*0.05)-iLEDs;
//LEI DE CONTROLE
U_now =
c1*((float)E_lst1)+c2*((float)E_lst2)+c3*((float)E_lst3)+c4*((float)E_lst4)+c5*((float)U_ls
t1)+c6*((float)U_lst2)+c7*((float)U_lst3);
U_total = U_now;
//SATURA DUTY
if (U_total > dutyMAX)
{
U_total = dutyMAX;
}
if (U_total < dutyMIN)
{
U_total = dutyMIN;
}
//ATUALIZANDO O VALOR DO DUTY
PWMPulseWidthSet(PWM1_BASE, PWM_OUT_7,U_total*period);
//REDEFINE A PRÓXIMA INTERRUPÃO NA METADE DE (1-D)*Ts
PWM0_0_CMPA_R=(period/2)-U_total*period/2;
//SINCRONIA DOS PWMs
PWMSyncTimeBase(PWM1_BASE, PWM_GEN_0_BIT | PWM_GEN_3_BIT);
//INCREMENTANDO A POSIÇÃO DO VETOR DA REFERÊNCIA
ref++;
//SATURANDO A POSIÇÃO DO VETOR
if (ref >= 332)
{
ref = 0;
}
//contador que garante essabilidade na leitura do sw1
contador++;
if ( contador >= 200000)
{
contador = 200000;
}
}
212
//////////////////////////
//////////////////////////
//CONFIGURAÇÕES DO MICRO//
//////////////////////////
/////////////////////////
void main(void)
{
//DEFINE O CLOCK DO MICRO EM 80MHZ
SysCtlClockSet(SYSCTL_SYSDIV_2_5 | SYSCTL_USE_PLL | SYSCTL_XTAL_16MHZ |SYSCTL_OSC_MAIN);
SysCtlDelay(50); //DELAY
// Configure FPU - Lazy stacking mode
FPULazyStackingEnable ();
// Enable FPU
FPUEnable ();
//HABILITA O VETOR DE INTERRUPÇÕES
//HABILITA AS INT GERAIS
IntMasterEnable();
// HABILITA AS INT DA PORTA F (ONDA TA A SW1)
IntEnable(INT_GPIOF);
//////////////////////
//CONFIGURANDO O PWM//
//////////////////////
//SÃO UTILIZADOS 2 PWMs SINCRONOS
//UM PARA O CONTROLE DO CONVERSOR
//OUTRO PARA GERAR A INTERRUPÇÃO DA AMOSTRAGEM
//HABILITANDO A GPIOF
SysCtlPeripheralEnable(SYSCTL_PERIPH_GPIOF);
SysCtlDelay(10);//DELAY
//DEFINIDO O PINO PF3 COMO PWM
GPIOPinTypePWM(GPIO_PORTF_BASE,GPIO_PIN_3);
GPIOPinConfigure(GPIO_PF3_M1PWM7);
//DEFININDO A CORRENTE DE SAIDA DO PINO
GPIOPadConfigSet (GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_3, GPIO_STRENGTH_8MA,GPIO_PIN_TYPE_STD_WPU);
//HABILITANDO O MODULO PWM1
SysCtlPeripheralEnable(SYSCTL_PERIPH_PWM1);
//HABILITANDO O MODULO PWM0
SysCtlPeripheralEnable(SYSCTL_PERIPH_PWM0);
//CONFIGURANDO O PWM1 COMO DOWN
PWMGenConfigure(PWM1_BASE, PWM_GEN_3, PWM_GEN_MODE_DOWN | PWM_GEN_MODE_DBG_RUN |
PWM_GEN_MODE_GEN_SYNC_GLOBAL );
//CONFIGURANDO O PWM0 COMO DOWN
PWMGenConfigure(PWM0_BASE, PWM_GEN_0, PWM_GEN_MODE_DOWN | PWM_GEN_MODE_DBG_RUN |
PWM_GEN_MODE_GEN_SYNC_GLOBAL );
//DEFINE O CLOCK DO PWM0 IGUAL AO DO MICRO (DIV_1) 80MHZ
SysCtlPWMClockSet(SYSCTL_PWMDIV_1);
//DEFINE O PERIODO EM CICLOS DE CLOCK
period=((SysCtlClockGet()/frequencia)-1);
//DEFINE O PERIODO EM CICLOS DE CLOCK
tsample=((SysCtlClockGet()/fsample)-1);
//DEFININDO PERIODO EM CICLOS DE CLOCK
PWMGenPeriodSet(PWM1_BASE, PWM_GEN_3, period);
//DEFININDO PERIODO EM CICLOS DE CLOCK
PWMGenPeriodSet(PWM0_BASE, PWM_GEN_0, tsample);
//DEFININDO O DUTY EM CICLOS DE CLOCK
PWMPulseWidthSet(PWM1_BASE, PWM_OUT_7,U_total*period);
//DEFININDO O DUTY EM CICLOS DE CLOCK
PWMPulseWidthSet(PWM0_BASE, PWM_OUT_0, dutyMAX*tsample);
//SINCRONISMO
PWMSyncTimeBase(PWM1_BASE, PWM_GEN_0_BIT | PWM_GEN_3_BIT);
PWMSyncUpdate(PWM1_BASE, PWM_GEN_0_BIT | PWM_GEN_3_BIT);
//HABILITANDO OS PINOS DE SAÍDA
PWMOutputState(PWM1_BASE, PWM_OUT_7_BIT, true);
// HABILITA A INTERRUPÇÃO DO PWM1 GEN3 GERADA PELO COMPARADOR A
PWMGenIntTrigEnable (PWM1_BASE, PWM_GEN_3,PWM_INT_CNT_AD);
// HABILITA A INTERRUPÇÃO DO PWM0 GEN0 GERADA PELO COMPARADOR A
213
//////////////////////
//CONFIGURANDO O AD//
/////////////////////
// Enable the clock to the ADC module
SysCtlPeripheralEnable(SYSCTL_PERIPH_ADC0);
SysCtlPeripheralEnable(SYSCTL_PERIPH_GPIOB);
//HABILITANDO O OVERSAMPLE
ADCHardwareOversampleConfigure(ADC0_BASE, 2);
SysCtlDelay(10); //DELAY
// Configure Pin PB4 to analog input
GPIOPinTypeADC(GPIO_PORTB_BASE,GPIO_PIN_4);
// Disable ADC0 sequence 0
ADCSequenceDisable(ADC0_BASE, 0);
// Configure ADC0: Configuring the Sequence Priority and Trigger:
// -Configure sample sequence 0: processor trigger, priority = 0
ADCSequenceConfigure(ADC0_BASE, 0, ADC_TRIGGER_PROCESSOR, 0);
ADCSequenceStepConfigure(ADC0_BASE, 0, 0, ADC_CTL_CH10 | ADC_CTL_IE | ADC_CTL_END);
// Enable ADC0 sequence 0
ADCSequenceEnable(ADC0_BASE, 0);
////////////////////////
//COMPARADOR ANALÓGICO//
////////////////////////
//FAZ A SINCRÔNIA COM A REDE
//HABILITA A PORTA C QUE É ONDE TA LIGADO OS COMPARADORES
SysCtlPeripheralEnable(SYSCTL_PERIPH_GPIOC);
//HABILITANDO O COMPARADOR 1
SysCtlPeripheralEnable(SYSCTL_PERIPH_COMP0);
//CONFIGURANDO O COMP1
ComparatorConfigure(COMP_BASE, 0, COMP_TRIG_NONE|COMP_ASRCP_REF|COMP_INT_RISE|
COMP_OUTPUT_NORMAL);
//HABILITANDO A INTERRUPCAO DO COMPARADOR
ComparatorIntEnable(COMP_BASE,0);
//REGISTRANDO PARA ONDE VAI A INTERRUPÇÃO
ComparatorIntRegister(COMP_BASE,0,interrupCOMP);
//DEFININDO A REFERENCIA INTERNA PARA COMPARAÇAO
ComparatorRefSet(COMP_BASE, COMP_REF_1_1V );
214
//////////////////
//LED COMO SAÍDA//
//////////////////
//SETANDO O PINO 2 DA PORTA F COMO SAIDA (led azul)
GPIOPinTypeGPIOOutput(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_2);
//SETANDO O PINO 30 DA PORTA F COMO SAIDA (led red)
GPIOPinTypeGPIOOutput(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_1);
////////////////////////
//BOTÃO DA DEMOBOARD //
////////////////////////
//DIZ QUE O PIN 4 (ONDE TA SW1) É ENTRADA
GPIOPinTypeGPIOInput(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_4);
HWREG(GPIO_PORTF_BASE + GPIO_O_LOCK) = GPIO_LOCK_KEY;
HWREG(GPIO_PORTF_BASE + GPIO_O_CR) |= 0x01;
HWREG(GPIO_PORTF_BASE + GPIO_O_LOCK) = 0;
GPIODirModeSet(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_4, GPIO_DIR_MODE_IN);
GPIOPadConfigSet(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_4, GPIO_STRENGTH_2MA, GPIO_PIN_TYPE_STD_WPU);
//DIZ QUE A INTERRUPÇÃO É DADA PELA BORDA DE SUBIDA DO BOTAO
GPIOIntTypeSet(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_PIN_4, GPIO_RISING_EDGE);
//DIZ O NOME DA INTERRUPÇÃO
GPIOIntRegister (GPIO_PORTF_BASE, buttonIsr);
//HABILITA
GPIOIntEnable(GPIO_PORTF_BASE, GPIO_INT_PIN_4);
/////////
//LOOP//
////////
while(1)
{
}
APÊNDICE C – SENSOR DE CORRENTE
O sensoriamento da corrente dos LEDs é feita através do um sensor ACS 712, do fabricante
Allegro. O circuito de instrumentação utilizado é apresentado na Figura 153. Esse circuito elimina o
valor de offset na medida do sensor (2,5 V) e ainda aumenta o ganho de 185m V/A para 3.3V/A. Esse
circuito é alimentado com uma fonte de 5 V externa, e os amplificadores operacionais são LM6144.
+5V
100nF
+ iLEDs
100k 100k
106k6 50k
ACS712
R43
- iLEDs 1nF
100k R46 V1
10k
100k 100k
Conversão de Filtro de
100k 40k Medida (Hi(s))
corrente para tensão
1k
AD
V1
100k
100
1k
R54 20n
100k
APÊNDICE D – COMPARADOR SCHMITT TRIGGER
Para realizar a sincronia da referência de corrente com a tensão da rede, foi utilizado um
circuito comparador do tipo Schmitt trigger. Este circuito identifica o cruzamento da tensão da rede
por 0 V. Com base nesse sinal, o micro controlador redefine a posição do vetor de referência a cada
ciclo de rede, com a finalidade de garantir o ângulo de defasassem entre a corrente nos LEDs e a
tensão da rede.
Esse comparador é apresentado na Figura 154, onde o amplificador utilizado é um LM311.
47k
47k 22k
+15V
10k
1k2
Tiva
10k
Rede
Optoacoplador