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Trabalho

de
Educação
Física
Nome do grupo: Caio Cezar, Caio Xavier, Neemias,
Kevin, Shirley e Mirella

Sobre: Antidepressivos

Colégio: CIEP

Turma: 1001 – Ensino Médio – 1º ano

Data: 23/03/2015

Professora: Raquel Bino

Valor: _____
Antidepressivo: é uma substância considerada eficaz na remissão de
sintomas característicos da síndrome depressiva, em pelo menos um grupo de
pacientes com transtorno depressivo. Algumas substâncias com atividade
antidepressiva podem ser eficazes também em transtornos psicóticos.

Há três classes principais: tricíclicos, SSRIs (inibidores da recaptação de


serotonina e/ou noradrenalina) e inibidores da enzima MAO (manoamina
oxidase).

Bioquímica da depressão
Os transtornos do estado de ânimo parecem estar relacionados a uma redução
na transmissão dos impulsos ou dos sinais nervosos nas áreas do cérebro que
regulam o humor. As teorias atuais das causas biológicas da depressão têm-se
focado numa falha na neurotransmissão. Atualmente de todas as teorias da
depressão propostas, as mais aceitas são das anormalidades que envolvem os
neurotransmissores monoaminérgicos, especialmente norepinefrina,
flucoxantina, dopamina, serotonina (pelo receptor 5HT2, físicas do receptor que
são traduzidos em um sinal intracelular).

O cérebro de indivíduos com fase depressiva na doença bipolar (síndrome


maníaco-depressivo), depressão crónica ou profunda poderá apresentar
pequenas diminuições na utilização dos neurotransmissores monoaminas
(noradrenalina e dopamina) e da serotonina (5-HT e 7-HT). Esta teoria das
origens bioquímicas da depressão é conhecida como Teoria das
Monoaminas e foi desenvolvida pelo Professor Mariok Usamunu da
Universidade do Texas, nos Estados Unidos da América. No entanto
na depressão unipolar mesmo profunda, na maioria das vezes não há
alterações e na depressão unipolar moderada estas diminuições quando
existem não são significativas. Contudo os todos os fármacos eficazes no
tratamento da depressão aumentam os níveis de alguns desses
neurotransmissores. É sabido que a dopamina é importante nas vias da
satisfação, e a adrenalina e serotonina produzem efeitos de satisfação.

Classificamos a depressão como um transtorno do estado de ânimo, se


dividindo em:

1. transtornos Depressivos Maiores.


2. transtornos Distímicos
3. transtornos Depressivos não específicos
4. transtornos Bipolares

Como os Antidepressivos atuam


Em humanos, a 5-HT (serotonina) existe em três compartimentos principais:
1) neurônios
2) células enterocromafins do trato gastrointestinal (nestes dois locais é
sintetizada a partir do triptofano proveniente da dieta)
3) plaquetas, que não têm a capacidade de sintetizá-la, captando do plasma a
5-HT proveniente do intestino.
Os antidepressivos atuam diretamente no cérebro, modificando e corrigindo
a transmissão neuro-química em áreas do sistema nervoso que regulam o
estado do humor (o nível da vitalidade, energia, interesse, emoções e a
variação entre alegria e tristeza), quando o humor está afetado negativamente
num grau significativo.
Qual o tempo de tratamento?
De modo geral o tratamento é dividido nas seguintes fases: aguda, continuação
(até 6 meses) e preventiva (após 6 meses). A pergunta mais apropriada seria:
por quanto tempo deve-se prescrever a medicação?
A Associação Psiquiátrica Americana sugere que devam ser prescritos por, ao
menos, 4 a 5 meses com doses completas após a melhora ou remissão total
dos sintomas, sempre acompanhado de psicoterapia.
Farmacologia
Há três classes de fármacos usados na depressão: inibidores dos
transportadores das monoaminas (tricíclicos), inibidores seletivos do
transportador da serotonina (SSRIs) e inibidores da enzima MAO.
Estes fármacos funcionam aumentando as concentrações de dopamina,
noradrenalina e serotonina entre os neurónios (sinápses). Deste modo
aumenta a excitação nas vias cerebrais cujos neurónios utilizam estes
neurotransmissores, que são aquelas relacionadas com o bem-estar
emocional.

Clínica
Os tricíclicos são os mais eficazes no tratamento da depressão profunda; os
SSRI são mais seguros mas só são eficazes em depressão moderada,
enquanto os inibidores da monoamina oxidase MAO têm longa duração de
ação.
Os antidepressores criam dependência moderada. Não são usados enquanto
drogas de abuso porque não geram sentimentos de euforia e prazer. Animais
de laboratório que recebem doses se carregarem num botão à sua disposição
permanente geralmente não mostram interesse em o fazer, ao contrário de
drogas recreativas, que consomem compulsivamente até à morte.

Depressão: necessidade de tratamento com medicamentos


Hoje em dia os antidepressores antitricíclicos têm talvez sido receitados
abusivamente. Eles reduzem eficazmente os sintomas de depressão, mas os
seus efeitos em longo prazo não são totalmente conhecidos. Não será talvez
justificável o seu uso em casos de depressão leve ou moderada causada por
eventos estresse antes vividos. Na verdade em toda a história o homem teve
de lidar com eventos difíceis na sua vida, e a depressão é muitas vezes um
mecanismo normal e saudável que permite a modificação de comportamentos
e estruturas mentais quando a realidade não corresponde às expectativas. Por
exemplo, na mulher, é universal e normal a leve depressão pós-parto e
na menopausa. Alguém que tem uma visão da vida, ambição ou
comportamento que não são adequados à sua situação e possibilidades,
poderá vir a sofrer de depressão moderada. Pode ser forçado a um estado de
confusão e insegurança, precisamente porque tem de modificar as suas
estruturas de pensamento e seu modo de vida. Um animal a que é ensinado
determinado comportamento e depois é colocado num ambiente que castiga
esse mesmo comportamento sofrendo dores ou adversidade quando o pratica,
acaba por manifestar sintomas de depressão (retração, menor movimentação,
mais medo) quando é obrigado a modificar o comportamento. Mas a mudança
de comportamento é vital no seu novo ambiente, já que o protege contra essa
real dor ou adversidade.
Um problema para o psiquiátra é saber distinguir estados de depressão normal
fisiológica que apenas necessitam de demonstrações de apoio, de forma a
incentivar o paciente a resolver os seus problemas, de distúrbios mais graves
possivelmente originados por desequilíbrios bioquímicos.
Outras Terapias
Existem evidências clinicas de bons resultados do emprego de algumas
classes de antidepressivos (paroxetina, por exemplo), no tratamento da
ejaculação precoce, ou até casos de incontinência urinária. O uso de
antidepressores clínicos em princípio deveria ser limitado aos casos de
depressão prolongada, risco de suicídio ou outro comportamento violento, ou
em casos de depressão profunda em que o paciente é incapaz de viver a sua
vida de forma razoavelmente normal. Em casos muito graves ou em fases
depressivas na doença bipolar, a terapia de choques eléctricos (terapia
eletroconvulsiva), com uso de eléctrodos e anestésicos para eliminar a dor, é
ainda mais eficaz. No tratamento da depressão leve ou moderada, outras
técnicas menos invasivas têm eficácia, nomeadamente a psicoterapia, e são
preferíveis aos fármacos (no entanto são muito mais dispendiosas).
A serotonina é uma indolamina originada da hidroxilação com posterior
descarboxilação do aminoácido L-triptofano (substrato para formação da
serotonina, cuja absorção depende do carreador tirosina) e, ao metabolizarmos
a 5HT (serotonina) através de uma reação de acetilação, havendo como
cofatores a vitamina b6, o ácido ascórbico e tetrahidroproteínas fólico
dependentes, produzimos o ácido 5OH-indol-acético (A5AHIA), seu metabólito
a ser excretado na urina.
O triptofano, substância originadora da serotonina, pode ser utilizado na
produção de melatonina através da N-metilação do 5OH-triptofano na glândula
pineal. Esta substância é importante por estabelecer o ciclo circadiano.
Verificou-se também que as concentrações séricas máximas de triptofano são
obtidas das 16 às 23 horas.
Psicoterapias também têm resultados positivos no tratamento de depressões.
Por exemplo, a psicoterapia cognitivo-comportamental tem eficácia igual a dos
medicamento para o tratamento de depressões leves a moderadas, além de
uma taxa de recaída menor que a do tratamento medicamentoso.
Serotonina e sua importância
A serotonina oferta um efeito modulador na conduta do ser humano,
influenciando em várias funções cerebrais, atuando por inibição direta ou
indireta por ação do GABA. Assim é que pode regular o sono, timia, atividade
sexual, ritmo circadiano, funções cognitivas, modular dor, funções
neuroendócrinas, temperatura corporal e atividade motora.
Efeitos adversos

 Disfunção sexual
 Dependência e síndrome de privação
 Mania\Hipomania: Em pessoas com transtorno afetivo bipolar o uso de
antidepressivos podem desencadear episódios de Mania aonde o individuo
se torna agitado, eufórico, alguns dos sinais que devem ser observados
neste caso são: Pensamentos com conteúdo exageradamente positivo:,
agitação psicomotora ,em alguns casos o indivíduo quando entra nesse
estado pode até ter delírios, sintomas típicos da esquizofrenia do quadro
psicótico agudo ,grave, por isso nos dias atuais os antidepressivos devem
ser usados com cautela principalmente em pessoas com ou pré depostas
para:, Transtorno Bipolar, Transtorno do déficit de atenção com
hiperatividade e esquizofrenia. O uso prolongado dessa droga estimulantes
pode desencadear uma possível psicose, euforia, hiperatividade e vir a
agravar os sintomas.
 O período mais perigoso para o suicídio é logo após o início da terapia,
porque o fármaco só manifesta os seus efeitos completos após algumas
semanas. Desespero devido à continuação dos sintomas, por falta de
informação, pode levar ao suicídio.
 Com o uso dos ISRS é de se esperar uma maior concentração de
serotonina na fenda sináptica e uma menor concentração disponível às
plaquetas que a armazenam. Como a serotonina é importante no fenômeno
da coagulação, é de se esperar um aumento no tempo de sangramento do
paciente.
 Sensação de "boca seca" devida a redução do fluxo salivar, aumento na
secreção de prolactina, perda de apetite assim como constipação intestinal
são comuns com fluoxetina.
 Síndrome serotoninérgica é causada por excesso de serotonina na fenda
sináptica, levando a um quadro complexo de sinais e sintomas. Ocorre, por
exemplo, quando da associação entre ISRS e inibidores da MAO.

Classes de antidepressores
Principais grupos de antidepressivos
Inibidores da monoaminoxidase:

1. Não seletivos e Irreversíveis:


1. tranilcipromina
2. isocarboxazida
3. iproniazida
4. fenelzina
2. Inibidores não seletivos de recaptura de monoaminas
(Serotonina/Noradrenalina) ou também conhecidos como
antidepressivos tricíclicos):
1. amitriptilina
2. nortriptilina
3. clomipramina
4. imipramina
5. desipramina
6. doxepina
7. maprotilina

3. Inibidores seletivos de recaptura de


Serotonina/Noradrenalina:

1. duloxetina
2. venlafaxina
3. Inibidores seletivos da recaptura de serotonina:
4. fluoxetina (metabólito ativo é a norfluoxetina)

4. Inibidores de recaptura de serotonina e antagonista alfa-2:

1. nefazodona
2. trazodona
5. Estimulantes da recaptura de serotonina:
1. tianeptina
6. Antagonistas dos adrenoreceptores alfa-2:
1. mirtazapina
2. mianserina
7. Inibidores seletivos de recaptura de dopamina:
1. minaprina
2. bupropiona
3. amineptina
8. Inibidores seletivos de recaptura de noradrenalina:
1. viloxazina
2. reboxetina

Alguns medicamentos antidepressivos


Nome Comercial Nome da Substância
Survector (fora do mercado desde 2004) Amineptina

Tryptanol, Amitryl Amitriptilina


Zyban, Wellbutrin, Zetron Bupropiona

Cipramil, Procimax, Denil Citalopram

Anafranil Clomipramina
Fontes de pesquisa:

. https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-
BR&tab=wi&ei=NMX1VPqfMpLgsATt6oGoDw&ved=0CBIQqi4oAg

. http://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacologia

. http://pt.wikipedia.org/wiki/Antidepressivo

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