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Jovem cientista cria algoritmo que


prevê o futuro a partir do jornal de
ontem
por Elisa Campos, via Época Negócios
9 de janeiro de 2014

Kira Radinsky (Foto: Facebook)

O sonho de qualquer investidor pode estar próximo de se tornar realidade. Prever


o futuro é a obsessão da israelense Kira Radinsky. Com apenas 27 anos, ela criou
um algoritmo capaz de alertar para possíveis futuros desastres, eventos
geopolíticos e epidemias, a partir das informações encontradas principalmente
nos arquivos do jornal New York Times.

Kira afirma que seu algoritmo já acertou em cheio ao prever a primeira epidemia
de cólera em Cuba em 130 anos e muitas das revoltas da Primavera Árabe. O
sistema criado por ela coleta uma quantidade imensa de informação eletrônica –
além de notícias, mensagens do Twitter e verbetes da Wikipedia, por exemplo –
e processa os dados para extrair relações de causa e efeito que podem ser usadas
para prever o futuro.

Quer um exemplo? “Se uma enchente surge dois anos após uma seca, poucas
semanas depois a probabilidade de surgir uma epidemia de cólera é enorme,
principalmente em países com PIBs baixos e pouca concentração de água limpa”,
disse Kira à revista americana Fast Company.

A israelense é uma garota prodígio no mundo da computação. Ela é uma das


ganhadoras da edição deste ano do prêmio 35 inventores com menos de 35,
promovido pelo MIT, e que já teve entre seus ganhadores Mark Zuckerberg,
fundador do Facebook, e Larry Page, criador do Google. Kira começou a
faculdade com 15 anos e recebeu seu Ph.D. em ciência da computação aos 26.
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A criação do algoritmo começou há seis anos. Durante esse período, Kira foi
aperfeiçoando o sistema, mas ele ainda tem espaço para melhorar. Um recente
paper feito pela jovem em parceria com Eric Horvitz, co-diretor do Laboratório
de Pesquisas da Microsoft, afirma que a taxa de precisão das previsões varia hoje
entre 70% e 90% . Segundo Kira, o algortimo foi capaz de prever os recentes
distúrbios no Sudão, mas ele também projetou que o governo do país cairia, o
que acabou não acontecendo. “Ele (o algoritmo) te dá probabilidades, não
certezas”, afirma. A mais recente previsão do sistema projeta o risco iminente de
uma epidemia de cólera no Zimbabwe.

Atualmente, Kira concentra seu trabalho de pesquisa em ajudar empresas a


identificar seus clientes potenciais mais promissores. É isso que sua startup, a
SalesPredict, faz. Será que ela será um sucesso também como empreendedora?
Vale perguntar ao algoritmo, não?

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