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Visão geral

A camada de rede é responsável pela navegação dos dados através da rede. A função da camada de
rede é encontrar o melhor caminho através da rede. O esquema de endereçamento da camada de
rede é usado pelos dispositivos para determinar o destino dos dados à medida que eles se movem
pela rede. Neste capítulo, você aprenderá sobre o uso e as operações dos roteadores na execução
da função principal do internetworking da camada de rede do modelo de referência Open System
Interconnection (OSI).

Além disso, você aprenderá sobre o endereçamento IP e sobre as três classes de redes nos
esquemas de endereçamento IP. E aprenderá também que alguns endereços IP foram reservados
pelo American Registry for Internet Numbers (ARIN) e não podem ser atribuídos às redes.
Finalmente, aprenderá sobre as sub-redes e máscaras de sub-rede e seus esquemas de
endereçamento IP.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 1


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10.1 - A importância de uma camada de rede
10.1.1 - Identificadores

A camada de rede é responsável pela movimentação dos dados através de um conjunto de redes
(internetwork). O esquema de endereçamento da camada de rede é usado pelos dispositivos para
determinar o destino dos dados à medida que eles se movem pelas redes.
Os protocolos que não tenham camada de rede poderão ser usados apenas em pequenas redes
internas. Esses protocolos normalmente usam apenas um nome (ou seja, endereço MAC) para
identificar o computador em uma rede. O problema dessa abordagem é que, à medida que a rede
cresce em tamanho, torna-se cada vez mais difícil organizar todos os nomes, como, por exemplo,
certificar-se de que dois computadores não estão usando o mesmo nome.

Os protocolos que suportam a camada de rede usam uma técnica de identificação para os
dispositivos que garante um identificador exclusivo. Sendo assim, como esse identificador se
diferencia de um endereço MAC, que também é exclusivo? Os endereços MAC usam um esquema
de endereçamento contínuo que torna difícil localizar os dispositivos em outras redes. Os endereços
da camada de rede usam um esquema de endereçamento hierárquico que permite que endereços
exclusivos atravessem os limites das redes, tendo, juntamente com isso, um método para encontrar
um caminho para os dados trafegarem entre as redes.
Os esquemas de endereçamento hierárquico permitem que as informações atravessem uma
internetwork, juntamente com um método para encontrar o destino de modo eficiente. A rede de
telefone é um exemplo do uso de endereçamento hierárquico. O sistema telefônico usa um código de
área que designa uma área geográfica para a primeira parada das chamadas (salto). Os três dígitos
seguintes representam a troca local (segundo salto). Os dígitos finais representam o telefone de
destino individual (o que é, o salto final).
Os dispositivos de rede precisam de um esquema de endereçamento que permita que eles
encaminhem pacotes de dados através de internetwork (um conjunto de redes compostas de vários
segmentos usando o mesmo tipo de endereçamento). Existem vários protocolos de camada de rede
com esquemas de endereçamento diferentes que permitem que os dispositivos encaminhem os
dados através de uma internetwork.

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10.1 - A importância de uma camada de rede
10.1.2 - Sistemas de segmentação e autônomos

Há dois motivos principais para a necessidade de se ter várias redes: o crescimento do tamanho das
redes e do número de redes.

Quando uma LAN, MAN ou WAN se expandir, poderá tornar-se necessário ou conveniente para o
controle do tráfego na rede dividi-la em pedaços menores chamados de segmentos de rede (ou
apenas segmentos). O resultado é que a rede torna-se um grupo de redes, cada uma exigindo um
endereço separado.

Já existe um grande número de redes: redes isoladas de computadores são comuns em escritórios,
escolas, empresas, negócios e países. Embora seja conveniente fazer com que essas redes isoladas
(ou sistemas autônomos, se cada uma for gerenciada por uma única administração) se comuniquem
entre si pela Internet, elas devem fazer isso com esquemas de endereçamento razoáveis e
dispositivos de internetworking apropriados. Caso contrário, o fluxo do tráfego na rede se tornaria
seriamente prejudicado e nem as redes locais, nem a Internet, funcionariam.

Uma analogia que poderia ajudá-lo a compreender a necessidade da segmentação de redes é


imaginar um sistema rodoviário e o número de veículos que o utilizam. À medida que a população
das áreas em torno das vias principais aumenta, as estradas ficam sobrecarregadas com o excesso
de veículos. As redes funcionam de forma muito parecida. À medida que crescem, a quantidade de
tráfego aumenta. Uma solução poderia ser aumentar a largura de banda, semelhante a aumentar os
limites de velocidade nas rodovias, ou adicionar pistas a elas. Outra solução poderia ser usar
dispositivos que segmentam a rede e controlam o fluxo do tráfego, da mesma maneira que uma
rodovia usaria dispositivos como sinais de trânsito para controlar o tráfego.

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10.1 - A importância de uma camada de rede
10.1.3 - Comunicação entre redes separadas

A Internet é uma coleção de segmentos de rede que são ligados para facilitar o compartilhamento das
informações. Mais uma vez, uma boa analogia é o exemplo do sistema rodoviário e as várias pistas
amplas que foram construídas para interconectar muitas regiões geográficas.

As redes operam de forma bastante semelhante, com empresas conhecidas como provedores de
serviços de Internet (Internet Service Providers) oferecendo os serviços que ligam vários segmentos
de redes.

10.1 - A importância de uma camada de rede


10.1.4 - Dispositivos de rede da camada 3

Os dispositivos de internetworking que operam na camada 3 do modelo OSI (camada de rede) ligam,
ou interconectam, os segmentos de rede ou redes inteiras. Esses dispositivos são chamados de
roteadores. Eles passam os pacotes de dados entre as redes baseados nas informações do protocolo
de rede ou da camada 3.

Os roteadores tomam decisões lógicas relativas ao melhor caminho para a entrega dos dados em
uma internetwork e depois direcionam os pacotes para a porta de saída e segmento apropriados. Os
roteadores pegam os pacotes dos dispositivos da LAN (por exemplo, estações de trabalho) e,
baseados nas informações da camada 3, os encaminham através da rede. Na verdade, o roteamento,
algumas vezes, é chamado de switching da camada 3.

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10.2 - Determinação do caminho
10.2.1 - Determinação do caminho

A determinação do caminho ocorre na camada 3 (camada de rede) e permite que um roteador avalie
os caminhos disponíveis para um destino e estabeleça a forma preferível de lidar com um pacote. Os
serviços de roteamento usarão as informações da topologia da rede quando estiverem avaliando os
caminhos da rede. A determinação do caminho é o processo que o roteador usa para escolher o
próximo salto no caminho para que o pacote trafegue em direção ao seu destino. Esse processo é
também chamado de rotear o pacote.

A determinação do caminho para um pacote pode ser comparada a uma pessoa dirigindo um carro
de um lado de uma cidade ao outro. O motorista tem um mapa que mostra as ruas por onde precisa
seguir para chegar ao seu destino. O caminho de um cruzamento a outro é um salto. De forma
semelhante, um roteador usa um mapa que mostra os caminhos disponíveis para um destino.

Os roteadores também podem tomar suas decisões baseados na densidade do tráfego e na


velocidade do link (largura de banda), como um motorista pode optar por um caminho mais rápido
(uma estrada) ou usar uma rua com menos movimento.

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10.2 - Determinação do caminho
10.2.2 - Endereçamento da camada de rede

O endereço de rede ajuda o roteador a identificar um caminho dentro da nuvem da rede. O roteador
usa o endereço de rede para identificar a rede de destino de um pacote dentro de uma internetwork.
Para alguns protocolos da camada de rede, um administrador de rede atribui endereços de rede de
acordo com algum plano predeterminado de endereçamento da internetwork.

Para outros protocolos da camada de rede, a atribuição dos endereços é parcialmente, ou


completamente, dinâmica/automática. Além do endereço de rede, os protocolos de rede usam algum
tipo de endereço de host ou nó. A figura mostra três dispositivos na Rede 1 (duas estações de
trabalho e um roteador), cada um com seu próprio endereço de host exclusivo. (Mostra também que o
roteador está conectado a outras duas redes, Rede 2 e 3.)

O endereçamento ocorre na camada de rede. As analogias anteriores de um endereço de rede


incluem as primeiras partes (o código de área e os primeiros três dígitos) de um número de telefone.
Os dígitos restantes (os quatro últimos) de um número telefônico, que dizem ao equipamento da
companhia telefônica que telefone específico ligar, são como a parte do host de um endereço, que diz
a um roteador para que dispositivo específico ele deve entregar o pacote.

Sem o endereçamento da camada de rede, o roteamento não pode acontecer. Os roteadores exigem
endereços de rede para assegurar a entrega adequada dos pacotes. Sem uma estrutura de
endereçamento hierárquico, os pacotes não seriam capazes de trafegar através de uma internetwork.
Da mesma forma, sem uma estrutura hierárquica para os números de telefone, para os endereços
postais ou para os sistemas de transportes, não haveria entrega sem problemas de bens e serviços.

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10.2 - Determinação do caminho


10.2.3 - Camada 3 e mobilidade do computador

Um endereço MAC pode ser comparado ao seu nome e o endereço de rede ao seu endereço postal.
Por exemplo, se você tivesse que se mudar para uma outra cidade, seu nome permaneceria
inalterado, mas seu endereço postal iria indicar sua nova localização. Os dispositivos de rede
(roteadores, além dos computadores individuais) têm um endereço MAC e um endereço de protocolo
(camada de rede). Quando você move um computador fisicamente para uma rede diferente, o
computador mantém o mesmo endereço MAC, mas deve ser atribuído a ele um novo endereço de
rede.

10.2 - Determinação do caminho


10.2.4 - Comparando o endereçamento simples e hierárquico

A função da camada de rede é encontrar o melhor caminho através da rede. Para fazer isso, ela usa
dois métodos de endereçamento: endereçamento contínuo e endereçamento hierárquico. Um
esquema de endereçamento contínuo atribui a um dispositivo o próximo endereço disponível. A
estrutura do esquema de endereçamento não é considerada. Um exemplo de um esquema de
endereçamento contínuo seria um sistema de numeração de identificação militar ou um sistema de
numeração de identificação de nascimento. Os endereços MAC funcionam da mesma maneira. É
dado um bloco de endereços a um fornecedor; a primeira parte de cada endereço é para o código do
fornecedor, o restante do endereço MAC é um número que foi atribuído seqüencialmente.

Em um esquema de endereçamento hierárquico, como, por exemplo, o usado pelo sistema postal
para os códigos de endereçamento postal, o endereço é determinado pela localização do prédio, e
não por um número atribuído aleatoriamente. O esquema de endereçamento que você vai usar em
todo este curso é o endereçamento Internet Protocol (IP). Os endereços IP têm uma estrutura
específica e não são atribuídos aleatoriamente.

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10.3 - Endereço IP dentro do cabeçalho IP
10.3.1 - Datagramas da camada de rede

O Internet Protocol (IP) é a implementação mais popular de um esquema de endereçamento de rede


hierárquico. O IP é o protocolo de rede que a Internet usa. À medida que as informações fluem pelas
camadas do modelo OSI, os dados são encapsulados em cada camada. Na camada de rede, os
dados são encapsulados dentro de pacotes (também conhecidos como datagramas). O IP determina
a forma do cabeçalho IP do pacote (que inclui o endereçamento e outras informações de controle)
mas, não se preocupa com os dados reais: aceita tudo que é passado pelas camadas superiores.

As figuras e explicam isso melhor. Para obter mais informações sobre o IP e o endereçamento IP,
visite alguns destes sites:

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10.3 - Endereço IP dentro do cabeçalho IP


10.3.2 - Campos da camada de rede

O pacote/datagrama da camada 3 torna-se os dados da camada 2, que são encapsulados em


quadros (como abordado anteriormente). Analogamente, o pacote IP consiste em dados de camadas
superiores mais um cabeçalho IP, que consiste em:

• versão - indica a versão de IP usada atualmente (4 bits)


• tamanho do cabeçalho IP (HLEN) - indica o tamanho do cabeçalho do datagrama em palavras de
32 bits (4 bits)
• tipo de serviço - especifica o nível de importância que foi atribuído por um determinado protocolo
de camada superior (8 bits)
• tamanho total - especifica o tamanho total do pacote IP, incluindo dados e cabeçalho, em bytes
(16 bits)
• identificação - contém um número inteiro que identifica o datagrama atual (16 bits)
• flags - um campo de 3 bits onde os dois bits de ordem inferior controlam a fragmentação: um bit
especificando se o pacote pode ser fragmentado e o segundo especificando se o pacote é o
último fragmento em uma série de pacotes fragmentados (3 bits)
• deslocamento de fragmento - o campo que é usado para ajudar a juntar fragmentos de
datagramas (16 bits)
• time-to-live - mantém um contador que diminui gradualmente, por incrementos, até zero, momento
em que o datagrama é descartado, evitando que os pacotes permaneçam infinitamente em loop
(8 bits)

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• protocolo - indica que protocolo de camada superior receberá os pacotes de entrada depois que o
processamento do IP tiver sido concluído (8 bits)
• checksum do cabeçalho - ajuda a assegurar a integridade do cabeçalho IP (16 bits)
• endereço de origem - especifica o nó de envio (32 bits)
• endereço de destino - especifica o nó de recebimento (32 bits)
• opções - permite que o IP suporte várias opções, como segurança (tamanhovariável)
• dados - contêm informações de camada superior (tamanho variável, máximo de 64 Kb)
• enchimento - zeros adicionais são adicionados a esse campo para assegurar que o cabeçalho IP
seja sempre um múltiplo de 32 bits

10.3 - Endereço IP dentro do cabeçalho IP


10.3.3 - Campos de origem e destino do cabeçalho IP

O endereço IP contém as informações que são necessárias para rotear um pacote através da rede.
Todos os campos de endereços de origem e destino contêm um endereço de 32 bits. O campo do
endereço de origem contém o endereço IP do dispositivo que envia o pacote. O campo de destino
contém o endereço IP do dispositivo que recebe o pacote.

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10.3 - Endereço IP dentro do cabeçalho IP
10.3.4 - O endereço IP como um número binário de 32 bits

Um endereço IP é representado por um número binário de 32 bits. Para uma breve revisão, lembre-
se de que cada dígito binário pode ser apenas 0 ou 1. Em um número binário, o valor do bit mais à
direita (também chamado de bit menos significativo) é 0 ou 1. O valor decimal correspondente a cada
bit dobra conforme você se move para a esquerda no número binário. Portanto, o valor decimal do 2º
bit da direita é 0 ou 2. O terceiro bit é 0 ou 4, o quarto bit é 0 ou 8, etc ...

Os endereços IP são expressos como números decimais com pontos: divide-se os 32 bits do
endereço em quatro octetos (um octeto é um grupo de 8 bits). O valor decimal máximo de cada octeto
é 255 (o maior número binário de 8 bits é 11111111, e esses bits, da direita para esquerda, têm os
valores decimais 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 128, totalizando 255).

Qual é o valor decimal do octeto realçado na figura? Qual é o valor do bit da extremidade esquerda?
E do próximo bit? Como esses são os 2 únicos bits ativados (ou definidos), o valor decimal é, então,
128+64 = 192!

10.3 - Endereço IP dentro do cabeçalho IP


10.3.5 - Campos dos componentes de endereço IP

O número de rede de um endereço IP identifica a rede à qual um dispositivo está conectado,


enquanto a parte do host de um endereço IP identifica o dispositivo específico na rede. Como os
endereços IP consistem em quatro octetos separados por pontos, um, dois ou três desses octetos
podem ser usados para identificar o número de rede. De forma semelhante, até três desses octetos
podem ser usados para identificar a parte do host de um endereço IP.

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10.4 - Classes do endereço IP
10.4.1 - Classes do endereço IP

Existem três classes de endereços IP que uma organização pode receber do American Registry for
Internet Numbers (ARIN) (ou do ISP da organização). Elas são classe A, B e C. O ARIN reserva,
agora, os endereços de classe A para governos por todo o mundo (embora algumas grandes
empresas, como, por exemplo, a Hewlett Packard, tenham recebido um no passado) e de classe B
para empresas de médio porte. A todos os outros requerentes são atribuídos endereços de classe C.

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10.4 - Classes do endereço IP
10.4.2 - Endereços IP como números decimais
Os endereços IP identificam um dispositivo em uma rede e a rede à qual ele está ligado. Para torná-
los fáceis de serem lembrados, os endereços IP são geralmente escritos na notação decimal com
ponto (4 números decimais separados por pontos, por exemplo, 166.122.23.130 - lembre-se de que
um número decimal é um número de base 10, o tipo de número que usamos diariamente).

10.4 - Classes do endereço IP


10.4.3 - Revisão da conversão de binários e decimais
Cada lugar em um octeto representa uma potência de 2 diferente. Como no sistema de números na
base 10, as potências aumentam da direita para esquerda.
A figura ilustra um método para converter números binários em números decimais. A figura
permite que você pratique suas habilidades em conversão.
A figura ilustra um método para converter números decimais em números binários. A figura
permite que você pratique suas habilidades em conversão.

Exemplo: 0010000 (Trabalhe da direita para a esquerda).


0 x 20 = 0 0 x 21º = 0 0 x 22º = 0 0 x 23 = 0
4 5 6
1º x 2 = 16 0x2 =0 0x2 =0 1 x 27 = 128
Total = 144
Nesse exemplo, 0 é o valor de 20; 0 é o valor de 21º ; 0 é o valor de 22º ; 0 é o valor de 23 ; 1 é o
valor de 24 ; 0 é o valor de 25 ; 0 é o valor de 26; e 1 é o valor de 27. Não há 1s, 2s, 4s, 8s, 32s, 64s;
há um 16s e um 128. Somados, o total é 144, portanto, o número binário 10010000 é igual ao número
decimal 144.

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10.4 - Classes do endereço IP
10.4.4 - Convertendo endereços IP decimais em equivalentes binários.
Para converter endereços IP decimais em números binários, você deve saber os valores decimais de
cada um dos 8 bits em cada octeto. Começando pelo bit que está no lado esquerdo do octeto, os
valores começam em 128 e são reduzidos à metade cada vez que você se move 1 bit para a direita,
continuando até um valor igual a 1 no lado direito do octeto. A conversão abaixo ilustra apenas o
primeiro octeto.

Exemplo:

Faça a conversão do primeiro octeto de 192.57.30.224 em formato binário.

128 +64 +0 +0 +0 +0 +0 +0 = 192


27 26 25 24 23 22 21 20
1 1 0 0 0 0 0 0 = 11000000

A primeira etapa é selecionar o octeto na extrema esquerda e determinar se o valor é maior que 128.
Neste caso (192), é. Coloque um 1 no primeiro bit e subtraia 128 de 192. O resto é 64. O valor do
próximo bit é 64, que é igual ao valor do resultado, portanto, esse bit deverá também ser 1. Subtraia
64 de 64. O resto é 0, portanto, os bits restantes devem ser todos 0. O número binário para o primeiro
octeto deverá ser 11000000.

Exercício:
Faça a conversão dos octetos restantes (57, 30, 224) do endereço IP em formato binário.

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10.4 - Classes do endereço IP
10.4.5 - Convertendo endereços IP binários em equivalentes decimais

Para converter endereços IP binários em números decimais, use o procedimento inverso ao que você
usou para converter números decimais em números binários.

Exemplo:

Converter o primeiro octeto do endereço IP binário 10101010.11111111.00000000.11001101 em um


número decimal com pontos.

1 0 1 0 1 0 1 0
27 26 25 24 23 22 21 20
128 0 32 0 8 0 2 0

= 128 + 32 + 8 + 2 = 170

Para converter esse endereço IP, comece pelo bit que está no lado extremo esquerdo do primeiro
octeto. Ele é 1. Você sabe que o valor de um bit nessa posição é 128, portanto, o número decimal
começa com o valor 128. O próximo valor é 0, portanto, ignore-o. O terceiro valor é 1; o bit nessa
posição tem valor igual a 32; portanto, adicione 32 a 128 para obter 160. O quarto bit é 0, portanto,
ignore-o. O quinto bit é 1, o que significa adicionar 8 ao total de 160 atual, obtendo um novo total de
168. O sexto bit é 0, portanto, ignore-o e o sétimo bit é 1, o que significa adicionar 2 ao total de 168
atual. O último bit é 0, portanto, ignore-o.

10.5 - Espaço de endereço reservado


10.5.1 - As finalidades das IDs de rede e dos endereços de broadcast

Se o seu computador quisesse se comunicar com todos os dispositivos em uma rede, seria muito
pouco prático escrever os endereços IP de todos os dispositivos. Você pode tentar usar dois
endereços ligados por um hífen, indicando que está se referindo a todos os dispositivos dentro de um
intervalo de números, mas isso também seria pouco prático. Existe, entretanto, um método mais
rápido.

Um endereço IP que termine com 0s binários em todos os bits de host é reservado para o endereço
de rede (algumas vezes chamado de endereço de cabo). Assim, em um exemplo de rede de classe
A, 113.0.0.0 é o endereço IP da rede que contém o host 113.1.2.3. Um roteador usa um endereço IP
de uma rede ao encaminhar dados na Internet. Em um exemplo de rede de classe B, o endereço IP
176.10.0.0 é o endereço de uma rede.

Os números decimais que preenchem os dois primeiros octetos em um endereço de rede de classe B
são atribuídos e são números de rede. Os dois últimos octetos contêm 0s, porque esses 16 bits são
números de host, e são usados para os dispositivos conectados à rede. O endereço IP do exemplo
(176.10.0.0) é reservado para o endereço da rede. Ele nunca vai ser usado como um endereço para
qualquer dispositivo que esteja ligado a ela.

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Se você quisesse enviar dados a todos os dispositivos em uma rede, você precisaria usar o endereço
de broadcast. Um broadcast acontece quando uma origem envia dados a todos os dispositivos em
uma rede. Para assegurar que todos os dispositivos na rede vão perceber esse broadcast, a origem
deve usar um endereço IP de destino que todos eles possam reconhecer e recolher. Os endereços IP
de broadcast terminam com 1s binários na parte do host do endereço (campo do host).

Para a rede do exemplo (176.10.0.0) , onde os últimos 16 bits formam o campo do host (ou parte do
host do endereço), o broadcast que seria enviado a todos os dispositivos na rede incluiria um
endereço de destino 176.10.255.255 (já que 255 é o valor decimal de um octeto que contém
11111111).

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 21


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10.5 - Espaço de endereço reservado


10.5.2 - ID da rede
É importante entender a importância da parte da rede de um endereço IP: a ID da rede. Os hosts de
uma rede podem apenas se comunicar diretamente com os dispositivos que tenham a mesma ID de
rede. Eles podem compartilhar o mesmo segmento físico mas, se tiverem números de rede
diferentes, geralmente, não poderão se comunicar entre si, a menos que haja outro dispositivo que
possa fazer a conexão entre as redes.

10.5 - Espaço de endereço reservado


10.5.3 - Analogia da ID da rede
Os códigos postais e as IDs das redes são muito parecidos na forma como funcionam. Os códigos
postais permitem que o sistema postal envie sua correspondência para a agência de correios local e
para a área onde você mora. A partir daí, o nome da rua encaminha o portador para o destino
adequado. Uma ID de rede permite que um roteador coloque um pacote no segmento de rede
apropriado, enquanto a ID de host auxilia o roteador a encaminhar o quadro da camada 2
(encapsulando o pacote) ao host específico na rede.

10.5 - Espaço de endereço reservado


10.5.4 - Analogia do endereço de broadcast
Um endereço de broadcast é um endereço composto totalmente por 1s no campo do host. Quando
enviar um pacote de broadcast por uma rede, todos os dispositivos da rede perceberão. Por exemplo,
em uma rede com ID 176.10.0.0, um broadcast que chegasse a todos os hosts teria o endereço
176.10.255.255.

Um endereço de broadcast é muito parecido com uma mala direta. O código postal encaminha a
correspondência para a área adequada, e o endereço de broadcast do "residente atual" encaminha,
depois, a correspondência para todos os endereços. Um endereço IP de broadcast usa o mesmo
conceito. O número de rede designa o segmento, e o resto do endereço comunica a todos os hosts IP
na rede que essa é uma mensagem de broadcast e que o dispositivo precisa dar atenção à
mensagem. Todos os dispositivos em uma rede reconhecem seu próprio endereço IP de host, assim
como o endereço de broadcast da sua rede.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 22


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10.5 - Espaço de endereço reservado


10.5.5 - Hosts para as classes dos endereços IP
Cada classe de rede permite um número fixo de hosts. Em uma rede de classe A, o primeiro octeto é
atribuído, restando os três últimos octetos (24 bits) para serem atribuídos aos hosts, portanto o
número máximo de hosts é 224 (menos 2 endereços reservados para rede e broadcast), ou seja,
16.777.214 hosts.

Em uma rede de classe B, os primeiros dois octetos são atribuídos, restando os dois últimos octetos
(16 bits) para serem atribuídos aos hosts, portanto o número máximo de hosts é 216 (menos 2), ou
seja, 65.534 hosts.

Em uma rede de classe C, os primeiros três octetos são atribuídos, restando o último octeto (8 bits)
para ser atribuído aos hosts, portanto o número máximo de hosts é 28 (menos 2), ou seja, 254 hosts.
Lembre-se de que o primeiro endereço em cada rede é reservado para o endereço de rede real (ou
número de rede), e o endereço final em cada rede é reservado para broadcasts.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 23


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10.6 - Conceitos básicos de sub-rede
10.6.1 - Endereçamento IP clássico

Os administradores de rede às vezes precisam dividi-las, particularmente as grandes redes, em redes


menores, chamadas de sub-redes, para fornecer flexibilidade ao endereçamento.

Os endereços de sub-rede são atribuídos localmente, normalmente pelo administrador da rede, de


forma semelhante à parte do número do host dos endereços de classe A, B ou C. Além disso, como
os outros endereços IP , todos os endereços de sub-rede são exclusivos.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 24


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10.6 - Conceitos básicos de sub-rede
10.6.2 - Sub-rede

Os endereços de sub-rede incluem a parte da rede de classe A, classe B ou classe C, mais um


campo de sub-rede e um campo de host. O campo da sub-rede e o campo do host são criados a
partir da parte original do host para toda a rede. A habilidade de decidir como dividir a parte original
do host em novas sub-redes e campos de host permite que haja flexibilidade no endereçamento para
o administrador da rede. Para criar um endereço de sub-rede, um administrador de rede toma
emprestados bits do campo original do host e os designa como o campo da sub-rede.

As figuras e ilustram a natureza hierárquica dos endereços de sub-rede.

Para criar um endereço de sub-rede, um administrador de rede toma emprestados bits do campo do
host e os designa como o campo da sub-rede. O número mínimo de bits que podem ser emprestados
é 2. Se você tomasse emprestado apenas 1 bit para criar uma sub-rede, teria apenas um número de

rede (a rede .0) e o número de broadcast (a rede .1). O máximo de bits que podem ser emprestados
é qualquer número de bits que deixe pelo menos 2 bits para o número do host.

Neste exemplo de um endereço IP de classe C, foram tomados emprestados bits do campo do host
para o campo da sub-rede.

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10.6 - Conceitos básicos de sub-rede


10.6.3 - A finalidade de se criar sub-redes

O principal motivo para se usar sub-redes é reduzir o tamanho de um domínio de broadcast. Os


broadcasts são enviados a todos os hosts em uma rede ou sub-rede. Quando o tráfego de broadcast
começar a ocupar demais a largura de banda disponível, os administradores de rede poderão optar
por reduzir o tamanho do domínio de broadcast.

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10.6 - Conceitos básicos de sub-rede
10.6.4 - Máscara de sub-rede

A máscara de sub-rede (termo formal: prefixo de rede estendida), informa aos dispositivos da rede
que parte de um endereço é o campo da rede e que parte é o campo do host. Uma máscara de sub-
rede tem o tamanho de 32 bits e tem 4 octetos, da mesma forma que um endereço IP.

Para determinar a máscara de sub-rede do endereço IP de uma sub-rede específica, siga estas
etapas: (1) Expresse o endereço IP da sub-rede na forma binária. (2) Substitua a parte da rede e da
sub-rede do endereço composto somente por 1s. (3) Substitua a parte do host do endereço somente
por 0s. (4) Como última etapa, converta a expressão binária novamente na notação decimal com
ponto.

Observação: O prefixo de rede estendida inclui o número de rede de classe A, B ou C, mais o campo
de sub-rede (ou número de sub-rede) que está sendo usado para estender as informações de
roteamento (que, caso contrário, é apenas o número de rede).

10.6 - Conceitos básicos de sub-rede


10.6.5 - Operações booleanas: AND, OR e NOT
O termo "operações", em matemática, refere-se às regras que determinam como um número se
combina com outros números. As operações de números decimais incluem soma, subtração,
multiplicação e divisão. Existem operações relacionadas, porém diferentes, para se trabalhar com os
números binários. As operações booleanas básicas são AND, OR e NOT.

• AND é como a multiplicação


• OR é como a adição
• NOT altera 1 para 0 e 0 para 1

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 28


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10.6 - Conceitos básicos de sub-rede
10.6.6 - Executando a função AND

O menor endereço numerado em uma rede IP é o endereço de rede (o número de rede mais 0 em
todo o campo do host). Isso também se aplica a uma sub-rede: o menor endereço numerado é o
endereço de sub-rede.

Para rotear um pacote de dados, o roteador deve determinar primeiro o endereço de rede/sub-rede
de destino, executando uma função AND lógica usando o endereço IP do host de destino e a
máscara de sub-rede. O resultado será o endereço de rede/sub-rede.

Na figura, o roteador recebeu um pacote para o host 131.108.2.2, ele usa a operação AND para
saber se esse pacote deve ser roteado para a sub-rede 131.108.2.0. O processo de executar o AND
é explicado no laboratório 10.6.6.

10.7 - Criando uma sub-rede


10.7.1 - Intervalo de bits necessários à criação de sub-redes
Para se criar sub-redes, você deverá estender a parte do roteamento dos endereços. A Internet
conhece a rede como um todo, identificada pelo endereço de classe A, B ou C, que define 8, 16 ou 24
bits de roteamento (o número da rede). O campo da sub-rede se transformará em bits de roteamento
adicionais, para que os roteadores dentro da organização possam reconhecer as diferentes
localizações, ou sub-redes, dentro da rede.

1. Questão: No endereço 131.108.0.0, quais são os bits de roteamento?


Resposta: 131.108 - É o número da rede de classe B de 16 bits.

2. Questão: Para que são usados os outros dois octetos (16 bits) do endereço 131.108.0.0?
Resposta: No que diz respeito à Internet, é apenas um campo de host de 16 bits, porque isto é
um endereço de classe B: um número de rede de 16 bits e um número de host de 16 bits.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 29


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3. Questão: Que parte do endereço 131.108.0.0 é o campo de sub-rede?


Resposta: Quando decidir criar sub-redes, você deverá dividir o campo original do host (16 bits,
no caso da classe B) em duas partes: o campo da sub-rede e do host. Algumas vezes, isso é
conhecido como "tomar emprestados" alguns dos bits originais do host para criar o campo da sub-
rede. As outras redes na Internet não levam isso em conta, elas olham para o endereço da
mesma forma, o que vêem realmente é o número de rede de classe A, B ou C, e enviam o pacote
ao seu destino. O número mínimo de bits que podem ser tomados emprestados é 2,
independentemente de estar trabalhando em uma rede de classe A, B ou C1º porque devem restar
pelo menos 2 bits para os números de host2º , o máximo varia de acordo com a classe de
endereço.

Endereço Class Tamanho do campo de host padrão Número máximo de bits de sub-rede
A 24 22
B 16 14
M 8 6

O campo da sub-rede está sempre imediatamente após o número da rede. Ou seja, os bits
emprestados devem ser os primeiros n bits do campo de host padrão, onde n é o tamanho desejado
para o novo campo da sub-rede.

A máscara de sub-rede é a ferramenta usada pelo roteador para determinar que bits são os bits do
roteamento e que bits são os bits do host.

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CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 31


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10.7 - Criando uma sub-rede
10.7.2 - Determinando o tamanho da máscara de sub-rede
As máscaras de sub-rede usam o mesmo formato dos endereços IP. Têm tamanho de 32 bits e são
divididas em quatro octetos, escritos no formato decimal com ponto. As máscaras de sub-rede
contêm apenas 1s nas posições dos bits da rede (determinadas pela classe do endereço), assim
como nas posições de bits de sub-rede desejadas e contêm apenas 0s nas posições restantes,
designando-os para a parte do host de um endereço.
Por padrão, se nenhum bit tiver sido tomado emprestado, a máscara de sub-rede para uma rede de
classe B será 255.255.0.0, que é o equivalente decimal com ponto de 1s nos 16 bits correspondentes
ao número de rede de classe B.
Se 8 bits tiverem de ser tomados emprestados para o campo da sub-rede, a máscara de sub-rede
deverá incluir 8 bits 1 adicionais, e será 255.255.255.0.
Por exemplo, se a máscara de sub-rede 255.255.255.0 estiver relacionada ao endereço de classe B
130.5.2.144 (8 bits emprestados para sub-redes), o roteador saberá rotear o pacote para a sub-rede
130.5.2.0 ao invés da rede 130.5.0.0

Outro exemplo é o endereço de classe C 197.15.22.31, com uma máscara de sub-rede


255.255.255.224. Com o valor de 224 no octeto final (11100000 em binário), a parte da rede de
classe C de 24 bits foi estendida em 3 bits, para fazer o total de 27 bits. 131 no último octeto mostra o
terceiro endereço de host que pode ser usado na sub-rede 197.15.22.128. Os roteadores na
Internet (que não conhecem a máscara de sub-rede) se preocuparão apenas em rotear a rede de
classe C 197.15.22.0, enquanto os roteadores na rede, conhecendo a máscara de sub-rede, estarão
procurando por 27 bits para tomar a decisão de roteamento.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 32


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10.7 - Criando uma sub-rede
10.7.3 - Computando a máscara de sub-rede e o endereço IP

Sempre que você tomar emprestados bits do campo do host, será importante observar o número de
sub-redes adicionais que serão criadas a cada vez que você pega emprestado mais um bit. Você já
aprendeu que não pode tomar emprestado apenas 1 bit, o mínimo é de 2 bits.

O empréstimo de 2 bits cria quatro sub-redes possíveis (22º ) (mas, lembre-se sempre de que existem
duas sub-redes reservadas/não utilizáveis). Cada vez que você toma emprestado mais um bit do
campo do host, o número de sub-redes criadas aumenta em uma potência de 2.

As oito sub-redes possíveis criadas tomando-se 3 bits emprestados é igual a 2 3 (2 x 2 x 2). As


dezesseis sub-redes possíveis criadas tomando-se emprestados 4 bits é igual a 2 4 (2 x 2 x 2 x 2). A
partir desses exemplos, é fácil perceber que toda vez que você toma emprestado mais um bit do
campo do host, o número de sub-redes criadas dobra.

1. Questão: Quantos bits são tomados emprestados (qual é o tamanho do campo da sub-rede) para
uma rede de classe B usando-se uma máscara de sub-rede 255.255.240.0?
Resposta: Os dois primeiros octetos da máscara (255.255) correspondem aos 16 bits do número
de rede de uma classe B. Lembre-se de que o campo da sub-rede é representado por todos os
bits "1" adicionais além deles. O número decimal 240 é o binário 11110000, note que você está
usando 4 bits para o campo da sub-rede.

2. Questão: Quantas sub-redes possíveis existem com um campo de sub-rede de 4 bits?


Resposta: Comece descobrindo o menor número de 4 bits, 0000, a seguir, o maior número de 4
bits, 1111 (15). Portanto, as sub-redes possíveis são de 0 a 15, ou dezesseis sub-redes.
Entretanto, você sabe que não pode usar a sub-rede 0 (é parte do endereço da rede) e também
não pode usar a sub-rede 15 (1111) (endereço de broadcast). Esse campo de sub-rede de 4 bits
permite quatorze sub-redes que podem ser usadas (1-14).

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 33


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10.7 - Criando uma sub-rede
10.7.4 - Computando hosts por sub-rede

Todas as vezes que você toma emprestado 1 bit de um campo do host, resta 1 bit a menos no campo
que pode ser usado para os números de host. Especificamente, cada vez que você toma emprestado
outro bit no campo do host, o número de endereços do host que você pode atribuir é diminuído de
uma potência de 2 (é reduzido à metade).

Para ajudá-lo a compreender como isso funciona, use um endereço de rede de classe C como
exemplo. Se não existir nenhuma máscara de sub-rede, todos os 8 bits no último octeto serão usados
para o campo do host. Portanto, haverá 256 (28 ) endereços possíveis disponíveis para serem
atribuídos aos hosts (254 endereços que podem ser usados, depois de subtrair os dois que você não
poderá usar). Agora, imagine que essa rede de classe C está dividida em sub-redes. Se tomar
emprestados 2 bits do campo de host padrão de 8 bits, o campo do host diminuirá para 6 bits no
tamanho. Se você escrevesse todas as combinações possíveis de 0s e 1s que pudessem ocorrer nos
6 bits restantes, você descobriria que o número total de hosts possíveis, que poderiam ser atribuídos
a cada sub-rede, seria reduzido a 64 (26). O número de hosts que podem ser usados seriam
reduzidos a 62.

Na mesma rede de classe C, se tomar emprestados 3 bits, o tamanho do campo do host será
reduzido a 5 bits e o número total de hosts que poderão ser atribuídos às sub-redes será reduzido a
32 (25 ). O número de hosts que podem ser usados serão reduzidos a 30.

O número de endereços de host que podem ser atribuídos a uma sub-rede está relacionado ao
número de sub-redes que foram criadas. Em uma classe C, por exemplo, se uma máscara de sub-
rede 255.255.255.224 fosse aplicada, 3 bits (224 = 11100000) teriam sido tomados emprestados do
campo do host e 8 (menos 2) sub-redes que pudessem ser usadas teriam sido criadas, cada uma
tendo 32 (menos 2) endereços de host.

Exercício:

Divida o último octeto em duas partes: um campo de sub-rede e um campo de host. Se houver 32
endereços de host possíveis que possam ser atribuídos a cada sub-rede, então seus endereços IP
estarão dentro da faixa de números (mas, lembre-se de que dois endereços de host não podem ser
usados nas sub-redes).

Em uma rede de classe C 199.5.12.0 com máscara de sub-rede 255.255.255.224, a que sub-rede o
host 199.5.12.97 pertenceria? (dica: 97 = binário 01100001)

A. sub-rede 0?
B. sub-rede 1?
C. sub-rede 2?
D. sub-rede 3?
E. sub-rede 4?
F. nenhuma delas?

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 34


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10.7 - Criando uma sub-rede
10.7.5 - A operação booleana AND

Como você já sabe, o menor endereço numerado em uma rede IP é o endereço de rede (o número
de rede mais 0 em todo o campo do host). Isso também se aplica a uma sub-rede; o endereço de
numeração mais baixa é o endereço da sub-rede.

Para rotear um pacote de dados, o roteador deve determinar primeiro o endereço de rede/sub-rede
de destino, executando uma função AND lógica usando o endereço IP do host de destino e a
máscara de sub-rede dessa rede. O resultado será o endereço de rede/sub-rede, que é o que um
roteador usa para determinar como encaminhar o pacote.

Imagine que você tem uma rede de classe B, com o número de rede 172.16.0.0. Após avaliar as
necessidades de sua rede, você decide tomar emprestados 8 bits para criar sub-redes. Como você
aprendeu anteriormente, quando você toma emprestados 8 bits com uma rede de classe B, a
máscara de sub-rede é 255.255.255.0.

Alguém fora da rede envia dados ao endereço IP 172.16.2.120. Para determinar onde entregar os
dados, o roteador executa a operação AND desse endereço com a máscara de sub-rede. Quando
dois números são submetidos à operação AND, a parte do host do resultado será sempre 0. O
restante é o número da rede, incluindo a sub-rede. Portanto, os dados são enviados à sub-rede
172.16.2.0, e apenas o roteador final percebe que o pacote deveria ter sido entregue ao host 120 na
sub-rede.

Agora, imagine que você tem a mesma rede, 172.16.0.0. Desta vez, no entanto, você decide tomar
emprestados apenas 7 bits, para o campo de sub-rede. A máscara de sub-rede binária para isso seria
11111111.11111111.11111110.00000000. Como seria isso em notação decimal com ponto?

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 35


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Novamente, alguém fora da rede envia dados ao host 172.16.2.120. Para determinar para onde
enviar os dados, o roteador executa a operação AND nesse endereço com a máscara de sub-rede,
novamente. Como antes, quando os dois números são submetidos à operação AND, a parte do host
do resultado é 0. O que é diferente no segundo exemplo? Tudo parece igual, pelo menos em decimal.

A diferença está no número de sub-redes disponíveis e no número de hosts que podem estar em
cada sub-rede, e você só pode perceber isso comparando as duas máscaras de sub-rede diferentes.
1

Com 7 bits no campo da sub-rede, podem existir apenas 126 sub-redes. Quantos host podem existir
em cada sub-rede? Qual o tamanho do campo do host? Com 9 bits para os números de host, podem
existir 510 hosts em cada uma dessas 126 sub-redes.

As duas figuras nesta página incluem um tópico que você aprenderá mais adiante: uma forma
alternativa de expressar a máscara de sub-rede. Você aprendeu que os 1s da máscara representam
os bits de roteamento: a rede mais a sub-rede. 255.255.255.0 indica que existem 24 bits de
roteamento, no total. Isso é indicado, às vezes, acrescentando "/24" a um endereço IP, como em
131.108.3.1 /24 - isso mostra o mesmo que uma máscara de sub-rede maior.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 36


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10.7 - Criando uma sub-rede
10.7.6 - Configuração IP em um diagrama de rede

Quando você configurar os roteadores, você deverá conectar todas as interfaces a um segmento de
rede diferente. Cada um desses segmentos será uma sub-rede independente. Você deve
selecionar um endereço de cada sub-rede diferente para atribuir à interface do roteador que se
conecta a essa sub-rede. Cada segmento de uma rede (o cabo e as conexões reais) deve ter
números de rede/sub-redes diferentes. A figura mostra como ficaria um diagrama de rede usando
uma rede de classe B dividida em sub-redes.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 37


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10.7 - Criando uma sub-rede
10.7.7 - Esquemas de host/sub-rede

Uma das decisões que você deve tomar, sempre que criar sub-redes, é determinar o número ideal de
sub-redes e de hosts (Observação: O número de sub-redes necessárias por sua vez determina o
número de hosts disponíveis. Por exemplo, se tomar emprestados 3 bits com uma rede de classe C,
apenas 5 bits sobrarão para os hosts).

Você já aprendeu que não pode usar a primeira e a última sub-rede. Você também não pode usar o
primeiro e o último endereço dentro das sub-redes: um é o endereço de broadcast da sub-rede e o
outro é parte do endereço da rede. Quando criar sub-redes, você perderá uma quantidade razoável
de endereços prováveis. Por essa razão, os administradores de rede devem prestar bastante atenção
à porcentagem de endereços que eles perdem ao criarem sub-redes.

Exemplo:

Se você tomar emprestados 2 bits, você criará 4 sub-redes, cada uma com 64 hosts. Apenas duas
das sub-redes podem ser usadas e apenas 62 hosts podem ser usados por sub-rede, restando 124
hosts que podem ser usados dos 254 que poderiam ser usados antes de você optar por usar sub-
redes. Isso significa que você está perdendo 51% dos seus endereços.

Imagine, desta vez, que você tomou emprestados 3 bits. Você agora tem 8 sub-redes, das quais
apenas 6 podem ser usadas, com 30 hosts que podem ser usados por sub-rede. Isso lhe dá um total
de 180 hosts que podem ser usados, de 254, mas agora você está perdendo apenas 29% dos seus
endereços. Sempre que criar sub-redes, você deverá levar em consideração o crescimento futuro da
rede e a porcentagem de endereços que você perderia com a criação de sub-redes.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 38


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10.7 - Criando uma sub-rede
10.7.8 - Endereços privativos

Há alguns endereços em cada classe de endereços IP que não são atribuídos. Esses endereços são
chamados de endereços privativos. Os endereços privativos podem ser usados por hosts que usam a
network address translation (NAT) ou um servidor proxy, para se conectar a uma rede pública; ou por
hosts que não estão conectados à Internet.

Muitos aplicativos exigem conectividade dentro de apenas uma rede e não necessitam de
conectividade externa. Em redes grandes, o TCP/IP é freqüentemente usado, mesmo quando não é
necessária a conectividade da camada de rede fora da rede. Os bancos são um bom exemplo. Eles
podem usar o TCP/IP para se conectar aos caixas automáticos (ATMs). Essas máquinas não se
conectam à rede pública e, portanto, os endereços privativos são ideais para elas. Os endereços
privativos também podem ser usados em uma rede onde não haja endereços públicos suficientes.

Os endereços privativos podem ser usados com um servidor de conversão do endereço de rede
(NAT) ou um servidor proxy para fornecer conectividade a todos os hosts em uma rede que tenha,
relativamente, poucos endereços públicos disponíveis. Conforme estabelecido, todo o tráfego com
um endereço de destino dentro de um dos intervalos de endereços privativos NÃO serão roteados na
Internet.

CCNA – Sem 1 Cap 10 – Camada 3 Roteamento e Endereçamento Pág. 39

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