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1

NÃO VOS PROPO


2

A TRADIÇÃO
BASTANTE PERS
UTILIZANDO O
VIVO, NÃO DEIXA
SEPULTE SOB A S
ONDES ENTERRAR
O, MAS SOIS 3

SPICAZES PARA,
O QUE TEM DE
AR QUE ELA VOS
SUA MORTALHA.
Anibal Machado
4

Portão Academia de Belas Artes (detalhe),


O Rio que o Rio não vê, 2015
5

Turma no Ateliê ENBA, Autor desconhecido, 1924


EXPEDIENTE

6 EDITORES:
Giovane Ferreira e Ingrid Alencar

PROJETO GRÁFICO:
Giovane Ferreira e Ingrid Alencar

TRATAMENTO DE IMAGEM:
Giovane Ferreira

REVISÃO:
Ingrid Alencar

COLABORAÇÕES DE CONTEUDO:
http://brasilianafotografica.bn.br/
http://www.dezenovevinte.net/
https://fogonopredio.wordpress.com
http://fotografia.ims.com.br/
http://zeliasalgado.art.br/

Catalogo de Cursos Escola de Belas Artes,


Universidade Federal do Rio de Janeiro;
180 anos de Escola de Belas Artes
Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Anais do Seminário EBA 180 20 a 22 de
Novembro de 1996-Rio de Janeiro, Pós-
graduação da Escola de Belas Artes
7

Academia Imperial de Belas Artes, Marc Ferrez , 1890


Academia Imperial de
8 Belas Artes
1816 - 1889

Litografia da Academia, Autor desconhecido, 1846


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10

A sua história confunde


frequentemente com a
história da arte brasileir
séculos XIX (19) e XX
Anais do Seminário da EBA 180 anos, página 11

Morro do Castelo (Futura ENBA), Augusto Malta , 1905


11

e-se
própria
ra nos
(20).
HISTÓRICO

Com a chegada da Missão Artística Francesa,


12 em 1816, no Rio de Janeiro foi implantada
no Brasil a educação artística oficialmente.
A Missão estrutura e funda a Escola Real de
Ciências, Artes e Ofícios pelo decreto real de
Dom João VI em 12 de agosto de 1816. No
mesmo ano foi transformada em Academia
Imperial de Belas Artes.
Apesar das dificuldades iniciais, consegue
se estabilizar e em 1890, com a República,
torna-se Escola Nacional de Belas Artes e, em
1931 é extinta como instituição autônoma. Em
1966 passa a ser Escola de Belas Artes. A partir
de 1971 continua suas atividades de ensino
como Escola de Belas Artes da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A década de 70’ traz mudanças no perfil da
Escola, com a perda do prédio (hoje Museu
Nacional de Belas Artes), a transferência
para a Ilha do Fundão em 1975, criação de
novos cursos como o Desenho Industrial e a
Comunicação Visual. Além dos gravíssimos
problemas políticos causados pelo AI-5, 1968.
Contudo, a Escola completa 200 anos e
apesar de todos os confrontos entre tradição
e modernidade e as dificuldades que ainda
enfrenta, a EBA resiste como sempre fez.
13

Representação à Imperial Academia das Belas Artes, 1827


14

Lançamento da Pedra Fundamental ENBA, Augusto Malta, 1906


15
Referência tanto
16
na formulação
do ensino oficial
quanto na vivência
e produção do
campo artístico.
Anais do Seminário da EBA 180 anos, página 11
Anais do
17

Exposição Geral de Belas Artes , Autor Desconhecido, 1909


Escola Nacional de
18 Belas Artes
1890 - 1965

Vista da Escola Nacional de Belas Artes, Marc Ferrez , 1910


19
20

Mostra na Cinelandia, Ricardo Azoury , 1979


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22

Exposição de inauguração da Galeria EBA7, Ricardo Azoury, 1978


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Num contexto
histórico turbulento,
a Escola se reformula
radicalmente, ao
mesmo tempo que é
tirada de seu espaço.
Giovane Ferreira
Escola de
24 Belas Artes
1966 - DIAS ATUAIS

Prédio de Arquitetura e Urbanismo que abriga a EBA nos dias


atuais, Núcleo de Pesquisa e Documentação – UFRJ , sem data
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Gerações de Alunos (Fotomontagem), Giovane Ferreira, 2017


27
28

pa
sua é
hoje fa
que
Pamplonão Vazio, Autor desconhecido, 1978
e
29

Antigos são os artistas do


assado e tiveram valor em
época. E modernos, os que
azem arte boa, inteligente,
amanhã serão igualmente
estudados como “antigos”.
Quirino Campofioritto
30

Show de vários artistas no Pamplonão, Autor desconhecido, 1978


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32

Assembléia Estudantil, Ingrid Alencar , 2016


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A ESCOLA DE
AO LONGO DO
34

ANOS UM PAP
NA HISTÓRIA
VISUAIS DO N
ESEMPENHOU
OS SEUS 200
35

PEL CENTRAL
A DAS ARTES
NOSSO PAÍS.
36
37
38

Cinza Lembrança, Ingrid Alencar, 2016


O pior são os
39

trabalhos todos,
todos os livros...
Eu não sei se já me
senti tão mal assim
na vida.
Giovanna Rebecchi
EDITORIAL

40 A PAVIO surge da iniciativa de um grupo que


quer externar a arte que presencia todos os
dias. De caráter independente e desenvolvida
por estudantes da Escola de Belas Artes, tem
como objetivo expor o conteúdo artístico
produzido pelos alunos da Escola. Tenta ser
uma plataforma acessível e democrática para
todos aqueles que produzem, admiram e
consomem arte.
Essa primeira edição constrói um dialogo
entre os 200 anos da história da Escola de
Belas Artes e as consequências do incêndio
que ocorreu na noite de segunda-feira do
dia 3 de outubro de 2016 deixando alunos,
professores, e funcionários desamparados.
A narrativa é contada através de registros
visuais produzidos durantes a história da
Escola, além da coleta da produção fotográfica
de alunos, professores e funcionários que
ocorreu após o incêndio. Buscando misturar
o clássico e o contemporâneo, sendo
completada pelos relatos históricos e relatos
tocantes de quem presenciou o incêndio do
local que ajudou a escrever alguns capítulos
da história da Escola.
41

Painel, autor desconhecido, foto Ingrid Alencar, 2016


42

Vetado, Lucas Castro, 2016


43
NA COMEMORAÇÃ
44
DA ESCOLA DE B
INVÉS DE APAGARM
UM BOLO, TIVEMO
FOGO DE UM INCÊN
PARTE DO NOSSO P
FAREMOS A PAR
ÃO DOS 200 ANOS
BELAS ARTES, AO 45

MOS AS VELAS DE
OS QUE APAGAR O
NDIO QUE DESTRUIU
PRÉDIO. MAS O QUE
RTIR DE ENTÃO?
Vinícius Krausz
C O M B U S TÃ O

46 No ano em que completa 200 anos, a Escola


de Belas Artes da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (EBA/UFRJ), é obrigada a parar as
comemorações de seu legado histórico, para
refletir sobre suas atuais condições. Pois na
noite de segunda-feira do dia 3 de outubro
de 2016, um incêndio de grande proporção
que começou no oitavo andar da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ) onde
também estão alocadas a Escola de Belas
Artes (EBA/UFRJ) e a Reitoria destruiu parte
do prédio, e no meio de choros e lamentos,
alunos, professores e funcionários ficam
orfãos de um prédio.
Sem água, energia e nenhuma segurança,
as atividades foram interrompidas por mais
de 40 dias. Enquanto alguns estudantes,
funcionários e professores são espalhados
em outros prédios do Campus, partes das
atividades permaneceram no prédio da
Reitoria com mesas e cadeiras espalhadas
pelos corredores da Escola.
Apesar da falta de condições ideais para o
ensino de qualidade, estudantes, professores
e funcionários, resistem. Fazendo história dia
após dia, caminhando para mais 200 anos.
47

Painel, autor desconhecido, foto Ingrid Alencar, 2016


48

À Deriva, Ingrid Alencar, 2016


49
50

Amontoado de vazio, Ingrid Alencar, 2016


MEU DEUS NÃO TÔ
ACREDITANDO!
Minha faculdade
meu Deus, minha
segunda casa,
meus sonhos!
Raykar Rocha
52

Corredor, Carlos Azambuja, 2016


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54

Destroços e ruínas, Carlos Azambuja, 2016


55
56

Em chamas, Gustavo Cunha , 2016


57

Hoje o céu esteve


em chamas. Gustavo Cunha

Ponto de fuga, Clarissa Proença, 2016


58

Portal, Gustavo Cunha , 2017


59

Cadeira, Alexader Mendes, 2016


PELO AMOR DE DEUS, ESTO
60
DESOLADOR MU
QUE DOR NO CORAÇ
QUE DOR
EM CHAMAS
TENSO QUE VONTA
E O MEDO DE IR NO
QUE COISA HORRÍVEL SENSA
OU DESESPERADO COM ISSO
UITO TRISTE ISSO TUDO
61

ÇÃO NOSSA CARAMBA


R CARA CHOCADA
ADE DE CHORAR
O PRÉDIO AGORA?
AÇÃO DE IMPOTÊNCIA
Mesmo sem teto,
a Escola de Belas
Artes resistirá.
Coletivo Fogo no Prédio
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Ponto de vista, Ingrid Alencar, 2016


64

Corpo Queimando, Carlos Azambuja , 2016


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66

Incêndio UFRJ, Marcelo Canarval, 2016


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