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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

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Sumário

Sobre o Autor 6

Agradecimentos 9

Introdução 11

Que cilada é essa? 16

Quem eu vejo quando me olho no espelho? 22

A pior solidão é aquela vivida a dois 27

As idas e vindas do não-amor: o namoro ioiô 32

Os sinais do desgaste na vida a dois 35

Traição é coisa séria! 39

Você nunca será responsável por atos alheios! 41

Um oceano de distância: o relacionamento


naufragado 45

Durou o que tinha para durar 48

Intuição: Nunca a ignore! 51

O basta bateu à porta 53


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Terminei, e agora? 56

Quando tudo parece um caos 58

Golpe à vista: a recaída 62

Insegurança, medo ou ilusão? 65

A Síndrome do Para Sempre 68

It’s over! 71

Vai ficar tudo bem! 74

Término: o que isso quer dizer? 77

Os sentidos do rompimento 79

Quando qualquer distância é medida de segurança 81

Diga não às opiniões alheias! 84

Não é tempestade em copo d’água! 87

As cicatrizes invisíveis: um papo sério 89

Identificando relacionamentos tóxicos 91

Alô, saúde mental! 94

É possível dar adeus? 96

Não se engane: quando a fila anda é cilada 100

Priorizar-se não é egoísmo! 103


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Uma nova chance para o amor? 106

Amor próprio: cadê você? 108

Novos capítulos estão por vir  110

Até breve! 112


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Sobre o Autor

S
ou escritor, palestrante e especialista em re-
lacionamentos e desenvolvimento humano.
Criador do método TOT (trash to trash) que
ajuda centenas de pessoas todos os dias a supera-
rem o fim de um relacionamento. Além de traba-
lhar com a escrita, sou empreendedor e fundador
da Food4Fit (@food4fit), empresa de alimentos fit-
ness com revenda em todo o Brasil, e do método
W-UP, sistema de conduta e ação para desenvolvi-
mento da inteligência emocional.

Comecei a minha jornada na escrita, no aconselha-


mento e proximidade com o público feminino pelo
Instagram (@dimas_arv), que está em constante
crescimento e hoje conta com quase 1 milhão se-

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guidores, número que me rende trocas valiosas com


todos e todas que me acompanham. Foi a partir da
interação proporcionada pelas redes sociais que to-
mei uma decisão que marcaria a minha vida: com-
partilhar um pouco do meu conhecimento e vivência
por meio dos livros. Adoro receber directs com as
mais variadas histórias (principalmente aquelas de
superação pessoal e virada de página) - já respon-
di mais de 25 mil, podem acreditar! – e também de
ver o meu feed repleto de comentários com dúvidas,
agradecimentos e mensagens carinhosas de vocês.

Por lá também já escrevi mais de 700 contos e crôni-


cas, mas meu lançamento no mundo literário se deu
com o livro “Você quer amor ou esmola?” e nasceu de
uma vontade de materializar um sonho, transpon-
do para o papel reflexões sobre tipos de relaciona-
mentos. É com muita gratidão que divido com vocês
o sucesso dessa obra que, surpreendentemente, já
impactou a vida de mais de 200 mil mulheres, sendo
considerada um best-seller. E quem disse que as mi-
lhares de mensagens de indignação e ameaças mas-
culinas enviadas ao meu perfil me fariam recuar?

Foi justamente esse alcance inesperado e a conquis-


ta do título de “queridinho da internet” que me fize-
ram escrever, em 2020, o meu segundo livro, “Sem
se amar, não dá!”, que estimula as pessoas a cultiva-
rem o amor-próprio, a partir do entendimento que
devemos trabalhar o nosso interior e autoestima
para reunirmos as condições para cultivar relacio-
namentos saudáveis com nós mesmos em primeiro

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lugar, independente de estarmos nos relacionando


com alguém.

Solidificar a presente obra é motivo de orgulho e


mais uma realização: oferecer aos meus leitores,
especialmente às mulheres, considerações sobre a
superação de um término, tema que me é tão caro
devido à sua relevância, e delicado de ser tratado
por envolver tantas questões emocionais.

Não há dúvidas de que superar o fim de uma re-


lação não é uma tarefa fácil, mas lembrem-se que
não precisa ser um longo caminho tortuoso, pelo
contrário, podemos tirar lições de qualquer expe-
riência vivenciada, até mesmo daquelas que pare-
cem negativas à primeira vista.

Sejam muito bem-vindos ao meu novo livro e não


se esqueçam de seguir o escritor que aqui vos fala,
@dimas_arv, para ficarem por dentro de todos os
meus trabalhos!

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Agradecimentos

I
ndependente da crença religiosa e respeitando a fé
pessoal de cada leitor (a), eu, Dimas, agradeço pri-
meiro a Deus, pela minha saúde, vida e jornada aqui
na terra, e a todos que a tornam mais feliz e prazerosa:
meus familiares, amigos e minha querida companhei-
ra Jessica, que me apoiam, motivam e dividem não só
aqueles períodos mais complicados, como também
momentos para lá de especiais comigo.

Não poderia deixar de agradecer a você que está


percorrendo as primeiras páginas neste instante,
provavelmente se perguntando sobre os próximos
capítulos, imaginando o que encontrará a seguir, e
conjecturando hipóteses.

Escrever um livro, sem dúvidas, é um duplo desa-


fio maravilhoso: um movimento de encontro a mim
mesmo e aos meus valores que moldaram a pessoa
que eu sou hoje, e ao outro, aquele que preencherá
o sentido daquilo que foi construído por meio das
minhas linhas.

Sem a intenção de levantar um clichê, defendo que


escrever é sim uma arte, uma legítima forma de ex-
pressão, entrega e compromisso com a obra que
será compartilhada.

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Espero, de coração, que aproveite este livro, fruto


de uma extensa pesquisa e observação, e que foi
produzido com tanto carinho e cuidado a fim de en-
tregar um conteúdo sensível e de qualidade.

Por último, desejo que embarque em um momento


íntimo, só seu, que traga a esperança de dias melho-
res, a sabedoria de aprender com o passado, a ho-
nestidade de avaliar as próprias atitudes, o acalento
em saber que não está sozinha e que desperte sen-
timentos tão fundamentais, como o amor-próprio.

O que seria de mim sem vocês? Obrigado, obrigado


e obrigado.

Boa leitura!

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Introdução

T
alvez você tenha caído aqui de paraquedas e
esteja se perguntando: quem é esse cara e o
que será que ele tem a acrescentar a um as-
sunto tão espinhoso como o término de um relacio-
namento amoroso?

Primeiro, muita calma nessa hora! Sente e dê aquela


respirada profunda que com certeza lhe trará uma
sensação de leveza. Você sabia que existe uma in-
finidade de modos de apreciar uma leitura? Vamos
a duas formas interessantes: vasculhar um livro de
cabo a rabo, não deixando nem uma página sequer
de fora ou adotar o famoso salto de lebre, pulan-
do conteúdos em busca de tópicos que lhe chamem
mais a atenção.

Se você se identifica com a segunda opção, minha


sugestão é começar esta leitura desde a primeira
página. Assim, você conhecerá um pouco da minha
trajetória antes de mergulhar nos primeiros capítu-
los. O que está esperando?

É claro que existe a possibilidade de você me acom-


panhar há muito tempo lá no Instagram, quem sabe
tenha devorado minhas primeiras obras (Você quer
amor ou esmola? e “Sem se amar, não dá!”) ou tenha

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até mesmo enviado suas inquietações e interagido


comigo, o que acontece com bastante frequência no
meu dia a dia: responder os aflitos directs das minhas
seguidoras. Já parou para pensar que a sua história
pode ter me provocado reflexões e insights que foram
uma fonte de inspiração para os meus conteúdos?

Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de es-


tar próximo ao meu público, com a certeza de que
meus textos podem ser, no mínimo, um pontapé
para desapegar de certos antigos padrões compor-
tamentais e estimular novas atitudes, como abrir os
olhos para os homens embustes, dar um basta nos
relacionamentos furadas, cultivar a paz interior e o
amor-próprio e compreender que o término de um
relacionamento, apesar de na maioria das vezes ser
um momento que exige muito cuidado, por diversas
razões que serão expostas mais adiante, significa o
fim de um ciclo e o nascimento de outro.

Você pode ter passado recentemente por um trau-


mático término ou estar vivendo esse doloroso pro-
cesso neste momento, conhecer uma pessoa que-
rida que esteja enfrentando esse desafio e desejar
ajudá-la, ou simplesmente, ser encantada por todos
os assuntos que envolvem a complexa subjetivida-
de humana, assim como eu.

A questão aqui é perceber que o escritor, a obra e o


leitor formam um tripé inseparável, o que nos traz
curiosas conclusões:

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• todo livro recupera, em determinada medida, o que


já foi dito e escrito em determinado momento;

• se tirarmos um elemento desse tripé, ele deixa de


existir;

• o leitor é responsável por ressignificar tudo


que lê.

Você consegue enxergar beleza nesse último tópi-


co? Alguma vez um livro já lhe despertou a vonta-
de de rever algum acontecimento ou crença com
outros olhos, sacudindo algumas certezas? Você já
teve contato com alguma leitura que tenha lhe mar-
cado de alguma forma? Você acredita que uma obra
é capaz de estimular alguém, trazendo emoções e
sensações à tona, tais como alegria, satisfação, es-
perança e positividade?

Se você respondeu “não” a todas as perguntas, não


se desespere! Espero, de coração, que esteja pronta
a dar início a um processo de autoconhecimento
que começa e termina em você. Sinta-se à vonta-
de para usufruir deste livro da melhor maneira que
lhe convém, respeitando o seu ritmo de leitura, fa-
zendo pausas, anotações e marcações, analisando
seu comportamento e dividindo suas impressões
comigo na minha rede.

Antes de mais nada, lembre-se que temos o hábito


de fazer projeções e colocar nossas expectativas
nos outros, o que faz parte da natureza humana,

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mas a partir do momento que nos damos conta de


algo, seja ele o que for, estamos mais aptos a pro-
mover mudanças.

Portanto, se você reconhece que tem projetado suas


expectativas nos demais ultimamente, o sinal ama-
relo de alerta e o vermelho de perigo estão logo ali!

Embora seja comum esperar algo das pessoas, va-


mos combinar que essa atitude é um tanto proble-
mática, certo? Todos nós temos visões, objetivos,
sonhos e prioridades que podem coincidir ou não
uns com os outros, concorda? É por isso que muitos
relacionamentos chegam ao fim e é justamente o
que nos torna seres únicos.

Que tal deixar cair por terra um pouco do senso co-


mum e enterrar concepções errôneas e muitas ve-
zes, antiquadas, que podem nos atar a relaciona-
mentos infelizes?

Comecemos o primeiro capítulo atentos a duas ver-


dades que podem ser inconvenientes:

• somos APENAS responsáveis pelos nossos pró-


prios atos;

• uma história termina para outra começar.

Vamos nessa juntos!

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PARTE UM
OS MOMENTOS QUE
ANTECEDEM O FIM

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Que cilada é essa?

Se formos procurar o significado dicionarizado de


cilada, encontraremos muitas definições. Vamos co-
meçar a nossa prosa analisando algumas?

• Plano para enganar alguém;

• Lugar encoberto para esperar a quem se deseja


atacar por surpresa;

• Traição, armadilha, embuste e engano.

Sabemos que não precisamos interpretar essa pa-


lavra literalmente, mas podemos levá-la para o sen-
tido figurado. Quem nunca ouviu falar que uma de-
terminada situação ou pessoa era cilada? Eu mesmo
já fui testemunha de muitas afirmações como essa
e admito que, inúmeras vezes, concordei. No meu
primeiro livro, Você quer amor ou esmola?, eu reuni
as características do famoso homem thundera para
alertar as minhas leitoras.

É óbvio que, com exceção dos casos de psicopatia e


aqueles em que reina a falta de caráter, nenhum in-
divíduo planeja atacar ou atingir de alguma forma
a pessoa com quem ele se relaciona romântica e/ou
sexualmente. Mas isso não quer dizer que as pessoas

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não errem, que não cometam traições, enganem


umas às outras, desgastem o relacionamento.

Da mesma forma, isso NÃO significa que uma rela-


ção tenha um prazo de validade indeterminado,
que a convivência não possa ser mais difícil do que
pensávamos, que o sentimento lá do início não
possa ser transformado em outra coisa, que as di-
ferenças e incompatibilidades não possam falar
mais alto e/ou que acontecimentos mais comple-
xos não possam marcar a história do casal.

As razões que explicam um término são tão varia-


das que abrangem até pontos mais simples (como
um desencanto, perda de química, uma atitude que
para uma das partes foi a gota d’água) e também
questões extremamente complexas (manipula-
ção, violência física e/ou psicológica, etc), mas há
uma verdade por trás disso tudo: cada um conhece
o seu limite e leva o seu tempo para se despren-
der, esquecer e se dar uma nova chance.

Apesar de compreendermos que nem todo relacio-


namento é marcado pelos problemas a seguir,
vamos combinar: enrolações, mentiras e puladas
de cerca são intencionais SIM e estão presentes em
muitas mensagens que eu recebo! É simplesmente
impossível fugir disso. Em qual realidade paralela
uma pessoa precisa viver para acreditar que essas
coisas acontecem sem querer? “Ah Dimas, mas ele
está arrependido”. Ok, existem casos em que indepen-
dente do gênero, o arrependimento vem logo depois

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do erro e ele pode ser genuíno. Mas e você? Conse-


guirá ser feliz nesta relação novamente? Vai ter paz?
Eu costumo falar que quando a confiança é perdida,
pouco pode ser feito, ou de fato quase nada.

Eu poderia passar páginas e páginas falando sobre


o tópico, mas como esse não é o nosso foco no mo-
mento, eu concluo reforçando que eu não posso res-
ponder se deve aceitar ou não, pois trata-se de uma
questão que diz respeito somente a você, mas uma
coisa é certa: se você passou por uma das situações
acima, existe um desajuste, uma falta de harmo-
nia, uma ou mais peças fora do lugar, então vale
ouvir seu coração e colocar a RAZÃO em alerta!

A verdade, minhas caras, é que qualquer relação


dá sinais do seu bom ou mau funcionamento.
Não é difícil perceber quando algo não vai bem, no
entanto é muito mais fácil apontar os problemas
nas relações alheias do que lidar com as nossas
próprias dificuldades. Você já parou para pensar
por que isso acontece?

Inúmeras razões podem explicar esse curioso fenô-


meno. Em primeiro lugar, olhar para dentro significa
lidar com nossas fragilidades: medos, angústias,
inseguranças, entre tantos outros sentimentos
indesejados. Reconhecer os nossos problemas tam-
bém significa admitir que, direta ou indiretamente,
consciente ou inconscientemente, contribuímos para
a situação atual na qual nos encontramos. Veja bem:
não estou afirmando que você possui uma parcela

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de culpa porque a questão não é essa, mas estou di-


zendo com todas as letras que você possui, sem dú-
vidas, uma certa responsabilidade.

Sim, eu sei. Lidar com isso pode ser extremamente


complicado, mas é necessário. Enfrentar situações
que nos causam desconforto despertam sensações
desagradáveis, as quais requerem um grande in-
vestimento emocional, acompanhado de paciência,
honestidade, sensibilidade e tempo: tempo para
pensar sozinha, tempo para pensar junto, pensar
e repensar.

A analogia pode parecer boba, mas uma máquina,


seja ela um corpo humano ou um automóvel, dificil-
mente vai parar de funcionar de repente, sem dar
sinais. Ela emite sons, passa a agir diferente, apre-
senta reações incomuns que fogem do padrão e co-
meça a nos deixar com uma pulga atrás da orelha.

E como reagimos quando percebemos que essa má-


quina não está operando de forma minimamente
aceitável: ignoramos, pedimos ajuda, entramos em
desespero, refletimos ou pensamos em possíveis
soluções?

Talvez você responda com mais de uma opção aci-


ma ou até mesmo acrescente novos comportamen-
tos que não foram mencionados. De qualquer jeito,
sua resposta diz muito sobre você, sobre o quanto
está disposta ou pronta para encarar no momento
para que tudo fique bem.

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Se você chegou até aqui e este capítulo lhe deixou com


minhocas na cabeça, não leve isso para o lado nega-
tivo! Você deu o primeiro passo para ação, parabéns.

Lembre-se e repita como um mantra: Resolver algo


não é fácil, mas imprescindível, principalmente se es-
tiver sendo um peso. Nada vem fácil, então para
que possamos usufruir de momentos e relações
tranquilas e saudáveis, precisamos agir e AGIR
implica colocar o corpo e a mente em movimento.

“Não é difícil! É desafiador, difícil será o dia que


você não puder mais se levantar da cama” Ajus-
te a sua forma de pensar.

Se a sua cabeça estiver fervilhando de tantas refle-


xões, estas páginas alcançaram o seu objetivo: pro-
mover uma primeira análise sobre o seu relaciona-
mento atual ou passado e passar a olhá-lo sob outra
perspectiva.

Nossa prosa só está começando!

Lixando as unhas enquanto ouço a amiga eufórica


falando sobre o relacionamento dela de pouco mais
de dois meses:

Amiga, ele é tão sedutor, interessante, engraçado, sensível.


Parece que ele fala as coisas certas na hora certa, sabe?

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Ele teve o cuidado de vasculhar o meu Instagram para


saber um pouco mais de mim

Atencioso, sempre comentou os meus stories, deu like


nas minhas postagens, deixou coraçãozinho no meu
feed. Antes da gente ficar. Fofo demais.

Parece até que ele adivinha os meus pensamentos.

E o mais maluco é que ele só teve azar nas relações:


ele me contou que todas as suas ex-namoradas eram
malucas, ciumentas, paranóicas, inventando traições
onde não tinham.

Ele me disse que não tinha o direito de ficar em casa no


final de semana, com os pais, sem responder mensa-
gem de celular. Todas desconfiavam dele. Nossa, ami-
ga, o cara é tão família!

Ele é tão fofo que já me alertou sobre algumas das mi-


nhas amizades. Ele me disse que acha a Júlia invejosa.
Que ela implicou com ele porque queria estar no meu
lugar, com um cara legal. Faz sentido, né?

Ah, sem contar o cuidado que ele tem comigo: sempre


dá um jeito de cobrir o meu decote para que os ho-
mens-babacas não me olhem! Muito protetor!

Amiga, ele é tão, tão, tão...

“Homem-cilada”, eu respondi.

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Quem eu vejo quando


me olho no espelho?

A
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC),
uma das abordagens existentes na Psicolo-
gia, utiliza a analogia do espelho para pro-
por análises muito ricas. Baseado nessa perspecti-
va, um dos exercícios que podem ser realizados
por qualquer indivíduo consiste em se olhar no
espelho por alguns segundos. Você alguma vez já
parou para se observar sem pressa e finalidade ime-
diata, sem a intenção de conferir seu rosto e look,
mas apreciar a sua própria imagem?

Independente de ser a sua primeira vez ou não, des-


frute desse momento! Vale pensar:

• Como é a sua imagem?

• Em geral, você se enxerga de forma positiva, física


e emocionalmente falando?

• Você gosta do que vê diante de si?

• Está feliz sendo quem és?

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• Gostaria de mudar algo? Se sim, o quê? Em qual


aspecto?

• Quando você se vê, você se compara imediata-


mente a alguém?

E por fim:

• Você se relacionaria com essa pessoa do espe-


lho? Por quê?

• Essa imagem é capaz de retratar fielmente quem


você é? Por quê?

Após refletir sobre todas as perguntas acima (não


vale pular, hein!), imagine que convidará o seu
parceiro ou parceira para olhar esse espelho ao
seu lado. Vamos para a segunda parte do exercício:

• Você acredita que essa pessoa seria capaz de


afetar a visão que você tem de si mesma? Como e
por quê?

• Você se sente a mesma pessoa na companhia


de seu parceiro/ parceira?

• Você já se questionou ou costuma se questio-


nar a partir de um comentário/ opinião de seu
companheiro/ companheira?

Opa, aposto que surgiram respostas interessantís-


simas e não é para menos!

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Segundo uma outra abordagem da Psicologia, a Psi-


canálise, estamos em constante conflito e media-
ção entre quem fomos, quem somos e quem de-
sejamos ser. Mas Dimas, o que isso tem a ver com
um término?

Lembra dos sinais emitidos pela máquina, citados


no capítulo anterior? Assim como o corpo humano
ou automóvel indicam de forma concreta que não
estão funcionando bem, o mesmo acontece com
uma relação.

Na maioria das vezes, o término não é uma surpresa,


ainda que nosso parceiro/ parceira tome a iniciativa
de terminar com a gente. Apesar de ser difícil admi-
tir e perceber, principalmente quando estamos en-
volvidos em um relacionamento, a maneira como
nos sentimos durante a relação diz muito sobre
o nível de satisfação e felicidade que está sendo
proporcionado pelo namoro, casamento, etc.

Se você se encontra frequentemente se questionan-


do sobre a sua personalidade, o seu caráter e atitu-
des, repense se esse relacionamento está sendo
saudável ou não!

Se você não entende e reconhece seus próprios


comportamentos na presença do seu parceiro/ par-
ceira, dê um passo para trás!

Se você tem a sensação que está fazendo uma esco-


lha errada e o desconforto, insegurança, e/ou medo
estão presentes nessa relação, fuja dessa cilada!

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Lembre-se: é fundamental encontrar um equilí-


brio entre quem somos e quem desejamos ser.
Imagine como seria triste não encontrar em nós
mesmos aquilo que buscamos e admiramos!

Por último, cabe pensar: o quanto a opinião e vi-


são do nosso parceiro/ parceira dizem sobre nós
e o quanto elas dizem sobre esse outro? Não po-
demos esquecer que tão importante quanto a nossa
autoimagem é a interpretação daqueles que ama-
mos, não é verdade?

Ser vistos como uma imagem positiva, ou seja, saber


que somos uma referência construtiva para alguém
desempenha um papel relevante para a nossa sub-
jetividade, o que não significa, muito pelo contrário,
que visões externas determinam quem somos.

Se a nossa imagem reflete para o outro algo que


não vai de encontro ao que gostaríamos de cultivar,
chegou a hora de revisar nossa responsabilidade
em manter (ou não) essa relação!

Naquela manhã de sábado, eu acordei e levei um susto


ao me olhar no espelho. A minha imagem não esta-
va refletida nele. Eu saí correndo pela casa, procuran-
do outros espelhos, e nada, nenhum deles mostrava o
meu reflexo. Achei que eu estava em surto, que era um
pesadelo ou que eu estava com algum problema sério

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na visão. Mas não fazia sentido, os móveis apareciam


no espelho. Até a imagem do meu gato “Thor” estava
lá, refletida. Mas por que eu não aparecia? Cadê a mi-
nha imagem? Por que ele me ignora? O espelho não me
reconhecia! Não havia mais nada o que refletir porque
eu me anulei tanto na minha relação amorosa, que é
como se eu não existisse mais. Eu estou invisível para
mim e para o mundo. O espelho é uma metáfora para
eu me questionar: por que eu me abandonei tanto a
ponto de sumir? Eu preciso me reencontrar e passar
a refletir a minha imagem, quem em eu sou, a mulher
linda e potente de outrora. E não essa mulher invisibi-
lizada que essa “relação” unilateral me transformou. É
hora de me reencontrar e fazer as pazes com a minha
imagem, com a minha essência: refletir no espelho e
na vida quem eu realmente sou.

E você, já se olhou no espelho hoje?

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A pior solidão é aquela


vivida a dois

D
epois de um intenso começo de leitura com
direito a muita reflexão e autoanálise, va-
mos começar a investigar algumas situa-
ções que talvez tenham marcado ou estejam ou
marcou negativamente sua relação. Portanto, a
partir deste capítulo, proponho reavaliarmos luga-
res e papéis que podemos ter ocupado ou estar
ocupando sem nos dar conta.

“Ô Dimas, mas este livro não trata especificamen-


te do término e sua superação?”. Justamente, mas
pense comigo: para que possamos olhar para o tér-
mino com uma visão, digamos, mais otimista, é pre-
ciso entender o que aconteceu antes e o conjunto
de fatores que levou ao rompimento e pensar so-
bre isso é organizar internamente nossas emo-
ções. Segure a ansiedade, é necessário entender
o contexto que envolve o término para que você
crie percepções que irão te auxiliar no processo
de superação.

Começo com um importante esclarecimento: cada re-


lacionamento é único e embora seja comum en-

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contrarmos pessoas e histórias muito parecidas


(nesses casos, costumamos trocar muitas figuri-
nhas, desabafar ou até criar amizade), obviamente
teremos nossas particularidades na forma de lidar
com os percalços.

Quem nunca ouviu o famoso ditado “Antes só do


que mal acompanhado”? Mas você sabia que entre
a solidão e a má companhia existe um meio ter-
mo? Sugiro guardar essa questão mais para frente,
pois retornaremos a ela!

Existem outras frases emblemáticas que abordam a


(falta de) solidão, mas uma se tornou especial para
mim: “Antes sozinho em paz do que viver solitá-
rio a dois”. O que essa frase significa para você?

Em primeiro lugar, vale definirmos em conjunto


uma definição para solidão. Será que ela diz respei-
to à ausência física de pessoas ao nosso redor? É
fundamental esclarecer que a solidão é um estado
subjetivo, o que responde à pergunta acima.

Segundo o dicionário, a solidão é “o estado ou con-


dição de pessoa que se sente ou está só”. Podemos
ainda encontrar a expressão solidão a dois, cuja
definição é “estado ou condição de duas pessoas,
geralmente casadas, que embora morem juntas,
não se comunicam ou não se entendem”, o que re-
presenta muito o que estamos conversando.

É por essas e outras que estar junto fisicamente


não significa estar realmente perto, ou seja, sen-

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tir e manter uma conexão com o outro. A frequên-


cia com que você vê o seu amado (a) é importante,
mas não é tudo, concorda? Eu quero chamar sua
atenção aqui para a qualidade.

Manter uma ligação viva, afetuosa e saudável


não depende somente de tempo, mas de um tipo
de investimento mais essencial. Há casais muito
próximos que não conseguem se ver pessoalmente
durante a semana e vai perguntar para eles como
anda a relação: de vento em popa! Assim como exis-
tem aqueles que moram em outros estados e até
países, mas contornam muito bem esses quilôme-
tros de distância e não se sentem sozinhos.

Por outro lado, por mais triste que seja, existem


muitas histórias de marido e mulher que dividem o
mesmo teto e se veem todos os dias, mas isso não
quer dizer muita coisa. Uma das partes ou ambas
sentem falta de algo, é como se houvesse um hiato
entre eles.

Embora conheça e ouça inúmeros casos assim,


continuo batendo na mesma tecla: se isso aconte-
ce com você, não se conforme, não aceite menos
do que você merece, não deixe para lá! Sabe o que
você pode fazer para começar? Questionar-se! Va-
mos para mais um round de reflexão:

• Em quais situações eu me sinto sozinha e por quê?

• O que eu faço quando isso acontece?

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Às vezes, podemos nos sentir sozinhos em um re-


lacionamento quando percebemos que nosso par-
ceiro (a) não está investindo na relação como espe-
rávamos ou gostaríamos. Sabe aquelas desculpas
esfarrapadas de falta de tempo, cansaço, etc quan-
do sabemos que não se trata disso, mas de disposi-
ção, cuidado e vontade de estar e fazer valer a pena
o tempo a dois?

Seja qual for a sua experiência, lembre-se: construir


uma relação requer doação e a doação precisa
ser uma via de mão dupla. Já chegou a hora de
parar de acreditar que podemos dar uma de super
herói e fazer pela gente e pelo outro: nada de ado-
tar um papel que não é nosso!

Voltando à frase lá do início do capítulo, não pre-


cisamos ser radicais. Entre a má companhia e a
solidão, existe alguém indispensável: você. Sem
querer soar piegas, encerro esta página com uma
provocação: você já se deu conta que pode ser a
sua melhor companhia hoje?

Ele estava sentado no sofá, rindo para tela do seu ce-


lular, enquanto eu o observava ao longe pensando: “se
eu saísse por essa porta agora e não voltasse mais,
talvez ele nem notaria”. Nos tornamos um casal fan-
tasma. A gente não se enxerga mais. Vivemos no modo

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automático com poucos diálogos e trocas. Eu não sou


mais o seu refúgio e nem ele é mais meu porto segu-
ro. No decorrer do dia, dividimos apenas burocracias
de interações do cotidiano: “O que vamos jantar?”, “Já
pagou a conta?”, “O banheiro hoje é seu”, “Quer algu-
ma coisa do mercado?”. Há uma desistência mútua de
uma relação que agoniza no CTI esperando pelo fim.
Não há grosserias, traição, baixaria, ofensas, como se
esperam. Não é sobre isso. Somos duas pessoas que
moram juntas, o que leva as pessoas pensarem que
não somos solitários. Ledo engano, ter uma pessoa fí-
sica ao seu lado não te isenta de se sentir severamente
sozinho, a tal chamada solidão a dois. Ainda olhando
para ele pensei: “por que nós continuamos?” “Não pos-
so alegar que é o medo de ficar sozinha, porque isso
emocionalmente eu já sou”.

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As idas e vindas do
não-amor: o namoro
ioiô

V
ocê consegue imaginar o que é um namoro
ioiô? Que tal partirmos para um exemplo fic-
tício para entender melhor?

- Maria começou a namorar Pedro.

- Maria já terminou com Pedro, mas depois de


um tempo, o casal reatou.

- Pedro, por sua vez, terminou com Maria porque


o relacionamento não estava dando certo.

- Maria e Pedro perderam a conta de quantas bri-


gas e desentendimentos se passaram, mas con-
tinuam ali: ora juntos, ora separados.

- Maria e Pedro nem sempre sabem que tipo de


relação ainda mantém.

Uau, quem nunca teve, pelo menos, um amigo que


tenha passado por uma situação semelhante que
atire a primeira pedra! A dinâmica do ioiô é justa-

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mente essa: ora ao alcance das nossas mãos, ora


perto do chão. Será que precisamos nos perguntar
se cultivar um relacionamento assim é saudável?
Acho que não hein!

Não me entenda mal: não estou dizendo que as


pessoas não merecem dar uma segunda chance,
seja para elas mesmas, para o parceiro (a) ou para
a própria relação, o que não dá é para viver em um
mar de instabilidade, é acordar em um belo dia na-
morando e no outro separado.

O que acontece muito frequentemente em um na-


moro ioiô é perder a essência da relação pouco a
pouco a cada rompimento e o problema mais co-
mum é não conseguir assumir que não dá mais.

Pense bem: um término pode acontecer por uma


infinidade de motivos, como já concluímos, mas ge-
ralmente ele se dá por algo negativo, certo? Que ca-
sal termina achando que a relação está um mar de
rosas para ambas as partes?

Terminar e reatar inúmeras vezes pode despertar:

• uma sensação de insegurança ou até ansiedade


por acreditar que o término pode acontecer nova-
mente a qualquer instante ou briga;

• falta de paciência, estresse e/ou momentos de ex-


plosão, já que sabemos que nós não somos ca-
pazes de mudar as pessoas, então podemos lidar

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com uma situação ou problema, no mínimo, não


bem-vindo, mais uma vez;

• uma sensação de desapontamento constante que


gera uma frustração;

• um cansaço a mais para lidar com os desafios que


podem surgir em qualquer relação, entre muitas
outras reações, atitudes e sentimentos.

Portanto, se você se vê no lugar da Maria, que tal


se perguntar: Por que/ O que me faz manter a re-
lação? Ninguém é melhor do que você para olhar
para si mesma e buscar as suas respostas!

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Os sinais do desgaste
na vida a dois

V
ocê já parou para pensar qual é a essência
da vida a dois? À primeira vista, a respos-
ta pode soar óbvia, mas talvez seja válido ir
mais a fundo: O que implica construir a vida com o
seu par? De que é feita a vida a dois? Quais são os
pilares que sustentam uma relação? Mais uma vez,
papel e caneta serão bem-vindos: rabisque o que
surgir na sua cabeça e ouça aquela voz lá de dentro!

Se você fizer essas perguntas para mim, eu, Dimas,


lhe responderei:

• A vida a dois, com certeza, é feita de altos e bai-


xos, mas é muito importante perceber que, mes-
mo nos momentos mais difíceis, ainda é válido
estar junto.

• Construir uma vida a dois significa lidar com as


diferenças driblando os atritos gerados pela con-
vivência.

• Confiança, respeito, diálogo, afeto, reciproci-


dade, empatia e companheirismo são a base de

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qualquer relacionamento. A falta de um desses


elementos já é o suficiente para desequilibrar um
namoro, casamento ou qualquer tipo de relação.

Todos os pilares acima estão interligados por cor-


rentes invisíveis, sabia? Veja bem: se há confiança,
não há motivo para faltar respeito. Se existe afeto,
não tem como faltar companheirismo; se o diálogo
está presente, é fácil desenvolver empatia e assim
por diante!

“Ei Dimas, você está muito filosófico, hein!” Não, mi-


nha cara, só estou utilizando uma ferramenta que
está ao alcance de todos para lhe ajudar a repensar
suas ações, escolhas e comportamento: a reflexão.
Como o mundo seria diferente se as pessoas se de-
dicassem a examinar o contexto em que vivem!

Sem dar voltas, vamos chegar a uma conclusão comum:

• Os sete aspectos destacados anteriormente são


indispensáveis em qualquer relação humana que
envolva uma troca mais profunda;

• Antes de entrarmos em um relacionamento, de-


fendemos a importância e, portanto, buscamos
esses pilares.

Até aqui, estamos de comum acordo. A pergunta


que fica é: por que ao embarcar numa relação,
abrimos mão daquilo que traz solidez e nos con-
tentamos com muito menos do que merecemos?

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Permita-me reformular a pergunta: por que acredi-


tamos, por exemplo, que o respeito é fundamental,
mas somos desrespeitados muitas vezes durante
um relacionamento e permanecemos nesse lugar?

No início, tudo são flores: a vida sexual é intensa,


a dedicação vem de ambos os lados, a paciência é
evidente, o desejo de surpreender é recíproco. E aí,
será que o tempo é culpado pelo desaparecimento
desse cenário tão bonito? Certamente não é.

Acredito profundamente que o amor anda lado a


lado com a disposição, entrega e a vontade de mu-
dar o rumo das coisas para melhor, mas não falo de
um amor da boca para fora, que vive no plano das
declarações: eu falo de um sentimento que é rea-
firmado por atitudes.

Então, me responda: Que atitudes fazem ou fize-


ram parte do seu relacionamento? Será que o
seu (ex) parceiro (a) veio para somar ou subtrair,
tirando sua vivacidade e paz de espírito?

Embora não tenha condições de responder por


você, posso apontar, baseado na minha experiência
de vida e aprendizado, alguns sinais, mais diretos
ou não, que indicam que uma relação não caminha
bem. Que tal marcar aqueles que estão ou esti-
veram presentes na sua vida amorosa?

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( ) As conversas se tornaram, com o passar do tem-


po, cada vez mais raras e superficiais.

( ) Brigas e desentendimentos acontecem com muita


frequência e podem ocorrer pelos motivos mais banais.

( ) A cada discussão saio me sentindo mais cansada


e desesperançada.

( ) A conexão durante o sexo parece ter sido perdida.

( ) Sinto o meu parceiro (a) cada vez mais frio e/ou


distante.

( ) Sinto que não há mais amizade.

( ) Atitudes negativas e desrespeitosas como xinga-


mentos, comparações e ofensas passaram a acon-
tecer ao longo do relacionamento.

Essa pequena lista está longe de contemplar todos


os sinais de desgaste, mas pode ser um bom ponto
de partida. Se você marcou uma única frase, isso já
é o suficiente para demonstrar que não está viven-
do ou não viveu uma relação muito harmônica, cer-
to? Independente das situações descritas fazerem
parte do seu presente ou passado, lembre-se que:

SÓ VOCÊ, MULHER, É CAPAZ DE LEVANTAR A POEIRA


E DAR A VOLTA POR CIMA!

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Traição é coisa séria!

E
xiste uma letra musical do gênero funk, lança-
da há muitos anos, que diz: “Traição é traição,
romance é romance” e por aí vai. Apesar de
entendermos que a traição pressupõe a presença
de uma relação (seja ela amorosa ou não) porque
quando se trai, se trai alguém ou algo, como uma
palavra ou promessa, é interessante notar essa
divisão entre traição e romance. Uma coisa é cer-
ta: quando há romance, espera-se que não haja
traição. Mas o quanto essa premissa está longe da
realidade não está no gibi, hein!

Não estou aqui para responder à questão “Por que


os homens traem?”, até porque, se tivesse essa mis-
são, minha proposta seria investigar “Por que os ho-
mens o ser humano trai?”, mas para desmistificar
muitas ideias antiquadas relacionadas ao assun-
to que ainda perseguem muitas mulheres, fazendo
com que elas carreguem uma culpa que JAMAIS
será delas!

Independente do contexto (quanto tempo durou,


quantas vezes, com quantas pessoas), trair signi-
fica quebrar um compromisso. Vamos entender
essa história melhor!

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Com exceção das relações não-monogâmicas e rela-


cionamentos abertos, que possuem uma dinâmica
diferente, estar em um relacionamento monogâmi-
co implica entrar em uma espécie de acordo: intera-
gir amorosa e sexualmente com um único parceiro
(a). A partir disso, a traição passa a ser, em primeiro
lugar, uma falta de compromisso com si mesmo,
isso porque relacionar-se é sempre uma escolha in-
dividual, então, ao trair, você está rompendo com
um compromisso que você escolheu por livre es-
pontânea vontade.

Seguindo essa linha de raciocínio, um ato de trai-


ção sempre dirá mais sobre o traidor do que a
pessoa a ser traída. Precisamos entender, queri-
das leitoras, que estamos em 2021! E não dá mais
para ficarmos presos aos dogmas dos séculos pas-
sados! Vamos esclarecer um ponto fundamental:

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Você nunca será


responsável por atos
alheios!

E isso significa que:

• Uma traição jamais poderá ser justificada


pelas suas atitudes;

• Ainda que o relacionamento não esteja no


seu melhor momento, isso não dá o direito a
uma pessoa de trair.

Não é preciso reforçar que vivemos em uma socie-


dade que está evoluindo em passos pequenos, onde
o machismo ainda está muito presente e justamen-
te por isso, as mulheres carregam um grande peso:
o de serem acusadas de não terem feito ou sido su-
ficientes para os seus parceiros.

Quem nunca ouviu as frases absurdas: “Ela não


conseguiu prender o marido”, “O homem procura
o que não tem em casa” e falas que reforçam o
quanto o homem é mais sexual e refém dos seus
desejos, quase como um animal e como se ele não

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tivesse condições de controlar seus impulsos. Ora,


é como se o sexo não fosse igualmente importan-
te para a mulher!

Portanto, lembre-se que ninguém tem a função,


principalmente a obrigação, de estar com outra
pessoa, por isso não é necessário “prender” aque-
le/aquela com quem você se relaciona. Até porque,
vamos combinar que a ideia de prisão é bem negati-
va, né? Imagina enxergar um relacionamento como
uma gaiola!

Uma traição traz consequências irreversíveis para


uma relação. Ainda que o casal continue junto de-
pois disso, será que é possível passar uma borracha
em algo tão doloroso? É aí que entra, às vezes, o
famoso “perdoar, mas não esquecer”, o que pode
gerar um turbilhão de problemas.

Se você conhece minimamente o seu parceiro (a),


por que arriscar colocar tudo a perder se você tem
plena consciência que o seu ato causará sofrimento?

Há quem traia, usando o injustificável argumen-


to de solidão e/ou uma inevitável atração física.
Por que é mais difícil conversar, ser honesto e
abrir o jogo do que trair?

Encerro este capítulo lembrando que é inaceitável


aceitar a clássica história da tentação. Aceite o se-
guinte fato: ninguém é tentado a nada. É sempre
bom reforçar que homens NÃO são irracionais e que

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envolver-se com alguém, até mesmo em uma relação


extraconjugal, requer responsabilidade afetiva.

Quantos casos existem por aí de caras que igno-


ram completamente esse tipo de responsabilidade,
iludindo tanto a parceira como a amante! Isso sem
contar aqueles, onde a mulher nem sequer sabe
que está ocupando o papel da “outra”.

Diante de tudo o que foi dito, priorize-se! Respeite


e valorize os seus sentimentos e pondere se vale
a pena estar com alguém que não cumpre nem
com aquilo que propôs para si mesmo.

Espero, de coração, que você já tenha a sua resposta!

Ao descobrir a traição do meu marido, a primeira coi-


sa que eu ouvi, não foi “desculpas”, foi uma sentença:
você é a culpada! Sim, não bastasse me sentir humilha-
da, eu ainda tinha que me sentir extremamente culpa-
da. Seguro dos seus argumentos, ele fez um relatório
oral que o levou a cometer o delito: “Você não me dava
atenção”, “Você mudou muito”, “Você vivia estressada”,
“Você não se cuida”, “Você só sabia cobrar”, “Você só
falava de problemas”, “Você não queria mais transar”,
“Você deixou a ralação morrer”. Não tive uma alterna-
tiva a não ser te trair, mesmo te amando.

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Diante do fuzilamento moral, respondi: Concordo ple-


namente com você! Me sinto até aliviada, porque foram
pelos mesmos motivos que eu te traio com o Marcos,
do meu trabalho.

Será que ele aceitaria? Jamais!

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Um oceano de distância:
o relacionamento
naufragado

S
abe quando estamos enfrentando uma tem-
pestade, mas sentimos uma espécie de es-
perança e conforto em saber que não preci-
samos passar por ela sozinhos, pois temos alguém
para dar a mão? Ou quando em momentos de tris-
teza e desânimo renovamos nossas forças na certe-
za de que juntos venceremos mais um desafio?

Infelizmente, nem sempre isso acontece. Às vezes, nos


momentos mais complicados de nossas vidas, nossa
ficha começa a cair, e aí, quando procuramos algum
apoio e acalento, nos deparamos com uma dura rea-
lidade: só podemos contar com nós mesmos.

Se compreendermos a filosofia como arte da refle-


xão e questionamento, talvez ela seja sim uma boa
parceria para reavaliarmos nossas escolhas. Basea-
do em tantas histórias vividas, formação pessoal e
contato com um mundo de narrativas, proponho
avaliarmos juntos o “relacionamento naufraga-
do”, apelidado por mim.

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Um náufrago nada mais é do que aquilo que sobra


de um acontecimento fatídico e está intrinsecamente
relacionado à infelicidade, decadência e ruína. Você
já esteve ou se vê em um lugar, onde falta respiro?
Não, você não está enganada: é isso mesmo que aca-
bou de ler. Estou falando sobre respiro, ou seja, so-
bre formas de manter uma dinâmica viva e vibran-
te. E com isso, estou longe de afirmar que a questão
passa por “dar um tempo”. É justamente o contrário:
trata-se de avaliar se o afastamento e a perda de co-
nexão se tornaram irreversíveis. Reformulando a mi-
nha pergunta: você ocupou ou ocupa um espaço
que se tornou pequeno demais para você?

Todo relacionamento precisa de oxigenação e se


renova na transparência e parceria a partir um ele-
mento que muitos desconhecem: leveza. Se você
tem uma relação, mas...

• sente uma sensação claustrofóbica frequente;

• sente falta de algo que já viveu um dia e não


acredita que é capaz de recuperá-lo;

Isso significa que você manteve ou mantém um re-


lacionamento naufragado, mas fique calma! O pri-
meiro passo foi dado: reconhecer. E junto com o
reconhecimento vem uma vontade linda e forte de
alterar o rumo das coisas. É quase como se fosse
um: “Eu não quero mais isso para mim”.

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O oceano de distância, muitas vezes, é físico e está


presente nas tentativas de sobreviver ao distancia-
mento imposto pelo espaço. Mas esse oceano tam-
bém pode ser uma metáfora, sabe? Lembra quando
conversamos sobre ser meros estranhos mesmo di-
vidindo um teto? Seja qual for o seu caso, chegou o
momento de olhar mais para você, reconhecer o
mulherão que é e não demorar onde não houver
amor, cumplicidade e sorriso.

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Durou o que tinha


para durar

D
inâmicas e rotinas compartilhadas. Filhos,
pets ou plantas. Momentos e memórias. Tudo
isso faz parte da história de vida de muitas
pessoas que se relacionaram um dia. Não preciso
reforçar que o término é um processo extremamen-
te delicado e compreender sua natureza é essencial,
mesmo se não estivermos vivendo essa experiência
de separação matrimonial.

Ler, informar-se e trocar ideias sobre qualquer as-


sunto que envolve relacionamento é uma ferramen-
ta para nos tornarmos mais atentos e empáticos. É
também através desse processo que podemos nos
humanizar e acolher pessoas ao nosso redor que
podem estar passando por isso. Portanto, se o as-
sunto não lhe diz respeito diretamente, não pule
este capítulo! Com certeza, podemos sair dele com
outra perspectiva.

Antes de mais nada, vamos combinar uma coisa:


se tomar uma atitude que envolve apenas nós
mesmos já exige muita determinação e coragem,
que dirá agir tendo a certeza que a nossa decisão

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afetará terceiros, terceiros com quem um dia deci-


dimos nos unir voluntariamente.

Bem, prosseguindo nessa linha, só houve união


porque os dois se empenharam e desejaram estar
juntos e oficializar a relação, certo? A partir do mo-
mento que não há mais uma livre espontânea von-
tade de manter o casamento de ambas as partes, o
relacionamento se transforma em outra coisa: na
quebra de um laço invisível.

Se não estávamos ocupando uma posição central,


chegou a hora de tomarmos caminhos diferentes!
Talvez você seja aquela pessoa que insiste em man-
ter a relação (mesmo que lá no fundo saiba que não
tem mais volta) ou talvez seja aquela que não vê a
hora de resolver essa situação. Pode ser até que a
sua história seja completamente diferente e ainda
não tenha sido descrita aqui. Independente do seu
caso, estamos juntos nesta leitura!

Façamos o seguinte agora: que tal reler o primei-


ro parágrafo? Feito isso, lembre-se que um término
não anula o que foi vivido, mesmo porque nenhu-
ma relação é feita apenas de baixos, não é mesmo?

Um término não significa a perda daquilo que um


casal formou ou desejou junto, de alguma maneira,
como filhos ou animais, e muito menos a destruição
de uma história. Um relacionamento pode acabar,
mas a história fica. E imagina como seria bom se pas-
sássemos a olhar para ela como um aprendizado e

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como uma experiência que pode ter sido muito pra-


zerosa e gratificante no passado, mas que não nos
dá mais essa alegria atualmente porque durou o que
tinha que durar.

Já parou para pensar que este pode ser o momento


de respeitar o que foi construído a dois? E respei-
tar passa pelo entendimento de que a vida é reple-
ta de ciclos e que é preciso passar uma página para
alcançar a outra.

Minha intenção não é simplificar o processo de tér-


mino, nem discutir suas possíveis causas e apontar
culpados. Peço o seu foco aqui para deslocarmos
nosso campo de visão. Então,

Ao invés de se preocupar com todos os deta-


lhes e consequências de um término é capaz de
trazer, por que não pensar nas inúmeras expe-
riências novas que vai vivenciar, que podem ser
surpreendentemente positivas, nas pessoas di-
ferentes que cruzarão o seu caminho, e no que
você pode descobrir durante a jornada de apre-
ciar a sua própria companhia?

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Intuição: Nunca a
ignore!

A
pesar de muitos acreditarem que a intuição
é muito mais apurada ou desenvolvida nas
mulheres, penso que todos nós somos capa-
zes de sentir uma espécie de voz interior que pode
surgir em momentos inesperados. Quem nunca
teve a sensação que algo não daria certo e no final
das contas, a experiência, de fato, não foi positiva?

Nos capítulos anteriores, conversamos sobre as di-


versas atitudes e situações que indicam que um re-
lacionamento não caminha bem, na verdade, elas
são um sinal vermelho. E o que é a intuição, senão
um sinal vermelho inexplicável?

O problema é que nós, seres humanos, fazemos ques-


tão de negar aquilo que vai ao contrário do que pla-
nejamos, desejamos e investimos em nossas vidas.

A intuição funciona como uma lente e geralmen-


te temos dificuldade em racionalizá-la: a sensação
simplesmente vem à tona. Além de trancá-la em
uma gavetinha, vez ou outra, ignoramos pistas con-
cretas: comportamentos inaceitáveis dos nossos

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pares, distanciamento, frieza, falta de diálogo, entre


muitos pontos que não deveriam estar presentes
em um relacionamento.

Infelizmente, costumamos lamentar o vácuo que


damos nessa importante aliada apenas depois do
término. É aí que paramos para rebobinar o pas-
sado e levamos as mãos à cabeça, em desespero:
“Puxa, como fui tão boba (o)!”

No entanto, de nada adianta se sentir assim. Se no


passado fizemos escolhas erradas, isso não signifi-
ca que cometeremos os mesmos erros no presente.

Além da intuição, a vida nos presenteia com pes-


soas queridas ao nosso redor que tentam nos aler-
tar. Aposto que você já ouviu a famosa frase: “Pense
bem onde você está se metendo”. E como nos sen-
timos quando isso acontece? Na maioria das vezes,
indignados e revoltados.

Eu não estou afirmando que as pessoas de fora es-


tão sempre certas e devem influenciar nossas atitu-
des, mas quero chamar a atenção para um fato: não
precisamos levar tudo ao pé da letra e ser radical,
basta acolher visões diferentes e refletir minima-
mente sobre isso.

Sendo assim, cara leitora, minha sugestão é: Confie na


sua intuição! Se for difícil confiar totalmente na sua
intuição, comece com um passo pequeno: dê o míni-
mo de credibilidade para essa sensação silenciosa.

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

O basta bateu à porta

Ufa, quanto assunto apenas nesta primeira parte


do livro, hein! Se o tema principal desta obra é a
superação de um término, os capítulos anteriores
serviram como uma espécie de introdução ao con-
teúdo em si.

A escolha de abordar alguns momentos que ante-


cedem um término justifica-se por um simples fato:

É indispensável compreender a natureza de um


relacionamento e seu impacto em nosso bem-es-
tar para que possamos começar a encarar o fim
de uma relação com um olhar diferente. É aque-
le velho ditado: “Há males que vêm para o bem!”
Eu ainda ouso acrescentar: Há “males” que não são
bem males.

Decidir dar um basta em algo que não nos faz bem


já é difícil, imagina ter coragem e determinação para
tomar uma atitude concreta de fato! É válido dei-
xar claro que, às vezes, coragem não é o suficiente:
é preciso uma rede de apoio, o que pode envolver
também um suporte psicológico profissional.

O tempo é realmente muito subjetivo, e por isso,


não podemos comparar relações e casais, pois cada

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

relacionamento e indivíduo possui suas particulari-


dades. Se a pessoa X terminou um namoro de anos
e seguiu em frente logo depois, isso não significa
que outra passará por um divórcio após um ano de
casamento, da mesma forma.

A duração de um relacionamento também nem


sempre está diretamente ligada à complexidade e
a dificuldade de lidar com o fim. Quantas vezes não
nos envolvemos e nos apaixonamos na velocidade
da luz em uma relação que nem pode ser conside-
rada um namoro?

Seja lá qual for a sua história, priorize a sua saúde


mental, se fortaleça e busque a companhia daque-
les que lhe querem bem. Entenda que você tem tan-
to a oferecer e justamente por essa razão, manter
um relacionamento que não lhe faz feliz, não faz o
menor sentido.

Tenha em mente que as relações são ciclos, que po-


dem acabar ou ser renovados quando são saudá-
veis para ambos os envolvidos. Há um tempo li uma
frase dessas da Internet que resumiu o que eu já
vinha refletindo: “Tem queda que faz a gente voar”.

Quando o basta bater à porta, não insista em expul-


sá-lo. Afinal, depois de um dia chuvoso, o horizonte
pode nos presentear com um belo arco-íris.

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

PARTE DOIS
NO OLHO DO
FURACÃO

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

Terminei, e agora?

“Dimas, terminei achando que fosse o certo a se


fazer e me sinto da pior maneira possível”. Não
é raro abrir meu direct e encontrar uma mensagem
exatamente assim ou uma msg similar que demons-
tre sentimentos e estados, como confusão, deses-
pero, tristeza e incerteza.

Se nos capítulos anteriores, refletimos sobre a im-


portância de relacionamentos saudáveis e os efei-
tos que uma relação desajustada pode causar em
nós, e mais especificamente, em nosso bem-estar
integral (lembrando que corpo e mente estão in-
terligados), chegou o momento de olharmos para
um lugar que, possivelmente, ocupamos agora: o
de recém-separados.

Ainda que essa posição não seja recente para você,


ou seja, que o seu namoro, casamento ou qualquer
outro tipo de relação, com ou sem rótulo, tenha
chegado ao fim há mais tempo, este livro continua
sendo voltado para você, pois o meu objetivo aqui
é deixar o senso comum um pouco de lado, apre-
sentar formas de lidar com o término que não se-
jam destrutivas e anuladoras, e acolher todas as
minhas leitoras!

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

Colocando a questão desse modo parece até que


eu tenho uma resposta pronta para as dúvidas que
não querem calar: “O que fazer depois de um tér-
mino?”, “Como seguir em frente?” e “Como supe-
rar?”, e sinto desapontá-la, mas não é possível res-
ponder questões tão complexas, objetivamente em
poucas linhas. A ideia é conversarmos sobre esses e
outros assuntos pouco a pouco.

Vamos lembrar que em situações difíceis, é normal


surgir sentimentos e sensações indesejadas (medo,
angústia, tristeza, etc), o ponto é não deixar que tais
sensações virem rotina e nos impeça de enxergar
tudo de belo que a vida tem a nos oferecer.

Reforço, também, que independente do responsá-


vel por tomar a iniciativa de terminar, você, seu par-
ceiro (a), ou ambos, isso não impede de vivenciar as
mesmas emoções. O senso comum, muitas vezes,
nos faz distorcer a realidade ao dar a entender que
aquele que toma as rédeas do término não sofre-
rá o impacto dessa ação, ideia que é desmascarada
por pesquisas e estudos na área de psicologia.

Com essas reflexões, vamos ao próximo capítulo!

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

Quando tudo parece


um caos

M
anter um relacionamento não é fácil: digo
isso com toda honestidade do mundo. Na-
morar não é um conto de fadas, casar não
é brincar de casinha e ter alguém, teoricamente ao
seu lado, não é garantia de felicidade. Quantas ver-
dades inconvenientes de uma só vez, hein?

Por outro lado, terminar não é moleza. Neste livro,


estou longe de minimizar esse processo e oferecer
uma fórmula matemática para passar por ele. Ter-
minar é lidar com o fato de que não é mais pos-
sível continuar (NÃO-DÁ-PÉ, portanto, tente assu-
mir para si mesma, repetindo comigo em voz alta
e gritando se for necessário), entender os nossos
limites e os do outro, aceitar que aquilo que nos
uniu em determinado momento não faz mais
tanto sentido ou não existe mais, é ressignificar
o papel que uma pessoa, que é ou já foi muito que-
rida para gente, passará a ocupar aqui dentro, e
acima de tudo, encarar mais uma verdade: pode-
mos amar alguém e nos decepcionar com esse
mesmo indivíduo na mesma intensidade.

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

Só não esqueça que mais difícil do que lidar com o


fim (lembre-se sempre: o fim de uma história a dois
está longe de ser o fim da sua história) é perma-
necer em um lugar que proporcione tudo o que
está distante do que buscamos.

Sim, eu provavelmente sei o que você está sentindo. Já


vivenciei términos dolorosos e precisei, sim, de um
tempo e muita paciência comigo mesmo para en-
tender o que eu precisava deixar para trás.

No início, tudo pode parecer dor e a dor é legítima.


Não precisamos ter vergonha por senti-la, mentindo
e fingindo para os outros e, pior, para nós mesmos,
que ela não existe. Expresse sua dor, entenda de
onde e por que ela vem, e lembre-se que você
não precisa passar por esse momento sozinha:
esteja cercada de pessoas queridas.

Sabe o que você pode fazer para começar a se cui-


dar? Parar de se cobrar: não é hora de pensar no
que você poderia ter feito (como deveria ter agido
diferente), nem em se rotular de um monte de ad-
jetivos negativos que vemos infelizmente por aí (e
que não fazem o menor sentido: você não é boba,
iludida e mal-amada), e pensar no quanto investiu
em uma relação que “não deu certo”.

Vamos relativizar essas noções de certo ou errado,


que a sociedade tanto faz questão de reproduzir e
enfiar goela abaixo. Afinal, ninguém inicia um rela-
cionando pensando: “Ih, isso aqui não tem futuro,

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já já estou solteira novamente”. Investimento emo-


cional, doação e afeto não são elementos que deve-
riam ser considerados raros, e sim a base de qual-
quer relacionamento.

Por último, lembre-se que que mudanças são na-


turais e que o amanhã não precisa ser uma mera
reprodução do hoje.

“E agora, como será a minha vida sem ele, amiga?”

Amiga, falando sinceramente, no início vai ser um mis-


to de ruim e bom.

Ruim, porque eu sei que você só vai se lembrar dos


momentos bons, das viagens a dois, das conquistas,
das vezes que ele segurou a sua barra, de como vocês
amadureceram juntos, de como vislumbraram o fami-
gerado “e viveram felizes para sempre”, de como ele
te fez bem, porque se não tivesse feito bem em algum
momento, jamais teriam se casado e projetado uma
vida a dois. Enfim, vai repassar na sua cabeça a versão
do filme de vocês dois só com as partes boas.

E vai ser bom, porque finalmente se livrou de algo que


estava te fazendo mal, bom, porque você sabe que ago-
ra você pode recomeçar, bom, porque finalmente vo-
cês entenderam que o “para sempre” de vocês era até
o ponto que chegaram. Muitos dos sentimentos que

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uniam vocês, não existiam mais, bom, porque cada um


queria seguir para um caminho, e era a hora de enten-
der isso.

É isso, vai ser ruim, mas vai ser bom... e depois de cica-
trizado, vai ser ótimo!

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Golpe à vista:
a recaída

E
vamos novamente de “quem nunca”: quem
nunca teve uma recaída nesta vida ou viu
um amigo próximo pagar a língua que atire
a primeira pedra!

A questão é se autoavaliar, sempre de forma honesta:

- Se meu antigo relacionamento acabou de forma


bem ruim, com muita mágoa envolvida, por que
manter contato depois de toda uma mobilização e
força para colocar um ponto final?

- Apesar de não estar mais com a pessoa X, ainda


nutro sentimentos por ela. O que um possível en-
contro físico e/ou contato online pode provocar?

- Se ainda tenho questões mal resolvidas que não


foram sanadas depois de muitas conversas e segun-
das chances, será que me reaproximar me fará bem?

- Ainda sinto atração e saudade mesmo entenden-


do que o término foi positivo para ambas as partes.
Por que permitir uma reaproximação estando cien-
te desses sentimentos?

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

- Estou com dificuldade de lidar com o término, por-


que não gostaria que ele tivesse acontecido. Se o
seu parceiro (a) tomou essa decisão, já parou para
pensar por que ele está te procurando?

Essas são apenas cinco das mil e uma situações que


podem acontecer. Seria impossível descrever to-
das, por isso escolhi algumas para dividir com vo-
cês. Não se sinta excluída caso esteja vivendo um
cenário completamente diferente e faça a mesma
autoavaliação, adaptando a sua realidade.

Queridas leitoras, sejam atentas aos seguintes com-


portamentos:

• Apesar do término, meu (minha) ex está sem-


pre me cercando nas redes sociais;

• Ele/ ela sabe de alguns pontos fracos e sinto que


está se reaproximando a fim de me reconquistar
embora tenha deixado claro que estou certa da
minha decisão;

• Quando tento questioná-lo (la) quanto ao con-


tato pós-fim, sempre ouço que uma ligação e uma
“saidinha” não arrancam pedaços.

Também poderia dedicar muitos capítulos falando


sobre atitudes não saudáveis que podem se es-
tender mesmo após uma decisão de terminar
um relacionamento. As situações descritas acima
são, no mínimo, desrespeitosas e demonstram uma
falta de responsabilidade afetiva, um bem precio-

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

so que devemos cultivar independente de estarmos


ou não com uma pessoa. Se você se sente confusa,
insegura, frustrada, e/ou decepcionada com o tér-
mino e já lidou com o momento-chave de colocar
todos os pontos nos “IS”, ouça o seu coração e não
ceda a uma conversa mole que não te convence.

Infelizmente, sabemos que muitas mulheres en-


frentam relacionamentos abusivos, onde situações
mais sérias podem ocorrer, como manipulação,
chantagem emocional, ameaça e, até mesmo, uma
perseguição de fato. Por isso, é muito importante
estarmos atentos aos comportamentos daqueles
que nos cercam para identificar possíveis sinais, di-
vidirmos o que estamos passando e buscarmos au-
xílio de profissionais, quando necessário.

Não se esqueça: o prefixo EX existe e não é à toa!

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Insegurança, medo
ou ilusão?

V
ocê sabia que o trio acima pode surgir em
inúmeras situações ao longo da nossa vida
e ser mais frequente em momentos de vul-
nerabilidade humana, como o rompimento de um
vínculo amoroso?

É justamente nas fases difíceis, onde a nossa sensi-


bilidade está aflorada, que nos encontramos muitas
vezes perdidos, desorientados, receosos ou iludidos.

Difícil identificar esses estados quando somos nós


que estamos os vivenciando, não é mesmo? Como
exemplo, é só pensarmos naquele amigo que toda
turma costuma aconselhar e tentar abrir os olhos,
mas cuja ficha nunca cai. Por mais que nos esfor-
cemos para alertá-lo, não seremos capazes de ace-
lerar esse processo, uma ou hora, quando o tem-
po dele chegar, ele se dará conta das escolhas que
está fazendo.

Isso porque manter ou romper uma relação, termi-


nar definitivamente ou ficar preso a um namoro ioiô,
emendar um relacionamento no outro ou aprovei-

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

tar a vida de solteiro, perdoar e seguir em frente ou


guardar rancor são escolhas individuais.

É sempre bom lembrar que temos zero responsa-


bilidade em relação às atitudes de terceiros, o que
significa que não podemos controlar o que os ou-
tros fazem conosco, porém cabe a nós decidir o que
faremos a partir disso.

Vamos pensar juntos em comportamentos que es-


tão ligados ao trio descrito acima. Marque aqueles
com os quais você já se identificou em algum mo-
mento no passado ou se identifica no momento:

INSEGURANÇA
( ) Estou a todo tempo pensando se estou fazendo
ou dizendo a coisa certa e não é raro me culpar pelo
meu jeito de ser (penso frequentemente em con-
versas e brigas com o meu/ minha ex e acho que o
término se deve, em grande parte, à minha perso-
nalidade e atitudes).

( ) Mesmo quando os meus passos são planejados,


eu me sinto apreensiva. (depois do término, ques-
tiono minhas ações e sinto que perdi um pouco do
controle sobre a minha vida).

( ) Não consigo ver nada além do momento compli-


cado e dos meus problemas (tenho a sensação que
essa fase não vai passar).

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MEDO
( ) Percebo que tenho cultivado pensamentos pes-
simistas na maior parte do tempo (acredito que não
vou conseguir encontrar outro parceiro (a) facilmen-
te, me sinto sozinha e desesperançosa).

( ) Não pretendo me relacionar novamente porque


tenho medo de passar por situações e decepções
anteriores.

( ) Quando percebo que estou criando qualquer laço


afetivo, prefiro dar fim ao que estou vivendo.

( ) Apaixonar-me não faz parte dos meus planos:


nem agora e nem depois.

ILUSÃO
( ) Vivo presa ao meu passado, recapitulando mo-
mentos da vida a dois que não existe mais.

( ) Apesar dos indícios do término definitivo, ainda


acredito em uma reconciliação.

Assim como em outros exercícios propostos, a ideia


aqui é oferecer ferramentas para que você possa
refletir melhor sobre suas escolhas.

Como já dizia a famosa frase “Não são as respostas


que movem o mundo, são as perguntas”, portanto
interrogue-se: será que as minhas atitudes hoje são
ilusórias ou refletem medo ou insegurança?

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A Síndrome do Para
Sempre

F
aça uma atualização da frase: “até que a morte
nos separe” para “até que a morte dos SENTI-
MENTOS nos separe”.

É assustador constatar que embora estejamos na se-


gunda década do século XXI, ainda precisamos lidar
com ideias tão ultrapassadas que não fazem o menor
sentido. Mais triste ainda é saber que muitas mulhe-
res não são donas do próprio destino, pois não con-
seguem se desprender de tantas amarras impostas.

A Síndrome do Para Sempre nada mais é do que


uma metáfora que representa a crença de que um
relacionamento não deve ser rompido e que cabe
os envolvidos (lê-se mulheres) lutarem para manter
essa relação. A primeira conclusão que podemos ti-
rar dessa síndrome é que ela aprisiona. Se ela é
um fardo e uma prisão, ela jamais poderá ser bené-
fica e saudável para todos os envolvidos, mesmo se
houver filhos no meio.

Em segundo lugar, o medo do julgamento de pes-


soas próximas, às vezes, os próprios pais e paren-

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tes, faz com que muitas mulheres mantenham rela-


ções infelizes e fadadas ao fracasso.

A antiquada pressuposição que relacionamentos


mais sólidos não podem ser desfeitos vai em dire-
ção contrária ao que venho defendendo assumida-
mente nos meus livros: o amor-próprio e o estado
de felicidade. Diferente de interpretações equivo-
cadas, priorizar-se não é uma atitude egoísta e não
significa deixar pessoas de lado, mas entender que
se você não fizer por você, ninguém fará, e que é
preciso praticar auto empatia para doar empatia.

Manter um relacionamento longo só deve ser vis-


to como algo positivo se ele for sinônimo de união,
cumplicidade, respeito mútuo, e afeto. Caso contrá-
rio, a melhor coisa que você pode fazer por si mes-
ma é se dar uma nova chance, longe de uma re-
lação que não lhe traz mais felicidade.

Sendo assim, resta perguntar:

- Será que é possível enxergar um relacionamento


duradouro como um troféu quando ele traz frustra-
ção e outros sentimentos negativos?

- De que vale nutrir relações duradouras, porém in-


felizes?

- Até quando vou submeter o meu bem-estar e a


minha felicidade ao julgamento social?

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

A nossa relação parecia o grupo de WhatsApp da mi-


nha avó: a gente só se falava para dizer “bom dia”,
“boa tarde”, “boa noite”. Diante dessa circunstância,
sentei-me no sofá, e resolvi decretar ali o nosso fim,
que só precisava mesmo ser verbalizado. Quando
eu abro a boca, do outro lado da sala alguém acena
para mim, é o “para sempre”, balançando os braços
dizendo... “Não, não, não, você prometeu...”. Aí eu de-
sisto e sigo com a minha vidinha desanimada, porém
mantendo o combinado de ficarmos juntos até o úl-
timo suspiro e a qualquer custo. Quando eu pensava
em quebrar essa promessa, o “para sempre” surgia
até debaixo da cama, puxando o meu pé e dizendo:
“Não faz isso comigo!”. Mas teve um dia que eu fui
mais forte e disse: “Eu vou me separar sim!” ... e o
“para sempre” começou a gritar na sala. Decidida,
peguei ele pelos cabelos e disse chega! Eu te fiz essa
promessa sem saber o quanto de vida me custaria!
Eu não posso mais viver infeliz, pare de me impedir.
Ele gritou, deu seu show, mas aceitou e foi embora. E
aí eu e meu parceiro finalmente nos separamos! Nos
libertamos! E hoje em dia quem não sai lá de casa é o
“recomeço!”. Ele está sempre sorrindo para mim.

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It’s over!

E
stamos chegando ao fim desta segunda parte
do livro, mas fique tranquila, leitora, que ainda
teremos muitos e muitos capítulos pela frente.

Conseguimos refletir sobre o término propriamen-


te dito nas páginas anteriores, e espero que essas
reflexões tenham sido enriquecedoras, trazendo
conforto e a certeza de que você reorganizará a sua
vida, colocando-se em primeiro lugar.

Falar sobre relacionamentos e rompimentos tam-


bém é abordar a (in) felicidade, um tema riquíssi-
mo que rende grandes debates. Em uma sociedade
imediatista que busca o prazer o tempo todo, ser
feliz é praticamente uma arte.

Por isso, levanto a seguinte questão: Faz sentido


atrelar a nossa felicidade a fatores externos: pes-
soas, acontecimentos, condições? Se já compreen-
demos que não somos responsáveis pelas ações dos
outros e que diversas situações escapam do nosso
controle, o que importa é analisarmos a nossa vi-
são de mundo, ou seja, a nossa perspectiva.

A partir dessas considerações, que tal repetir para


si mesma: Meu relacionamento acabou, mas eu

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

estou aqui e agora e vou investir em mim? Isso


mesmo! Como um exercício final, copie essa fra-
se em um pequeno pedaço de papel e espalhe
pela casa, dando preferência para lugares visíveis.
Você também pode anotá-la na sua agenda, plan-
ner, quadro de mensagens, bloco do celular e onde
mais quiser!

Vamos nos inspirar a começar a olhar para frente, to-


mar as rédeas do nosso destino, investindo em nin-
guém menos do que nós mesmos! Ex é passado, e
viver novos dias daqui para frente é o que interessa!

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PARTE TRÊS
O PROCESSO DE
(RE)CONSTRUÇÃO

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Vai ficar tudo bem!

S
e você fizer uma pesquisa rápida no Google em
busca de frases motivacionais, não faltarão si-
tes, blogs e citações para lá de interessantes!
Quando sento para escrever, quando me dedico a
refletir sobre a complexa teia de relações humanas
ou estou em meio a uma roda de amigos, o assunto
tempo acaba surgindo em uma folha, pensamento
ou entre uma conversa e outra.

Você, alguma vez, parou para pensar como somos


afetados, ou seja, atravessados pelo tempo? Para
se dar conta desse fato, basta lembrarmos de situa-
ções que com certeza já passamos. A mais simples é
observar como mudamos e amadurecemos ao lon-
go dos anos, ao ponto de poder afirmar que não
somos a mesma pessoa se compararmos diferentes
fases das nossas vidas.

Quando recuperamos memórias dolorosas, como a


perda de pessoas especiais (aniversários daqueles
que não estão mais aqui ou data de falecimento),
sentimos um aperto no perto e um misto de sauda-
de, nostalgia e tristeza, mas precisamos concordar
que a dor não é exatamente a mesma. É claro que
eu acredito que jamais deixaremos de lembrar com

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carinho ou sentir falta de quem foi muito querido


para gente. A questão é perceber que, de alguma
forma, não lidamos com essa perda do mesmo jei-
to. No momento que perdemos alguém, sentimos
uma dor paralisante e temos a sensação que será
impossível continuar a viver sem aquela pessoa,
mas após dias, semanas, meses, e até anos, apren-
demos, cada qual da sua forma, a seguir.

“Mas Dimas, por que você está falando isso?” Pes-


quisas na área de Psicologia indicam que manifes-
tações semelhantes ao luto, geralmente associado
ao falecimento, podem ocorrer com outras perdas,
sendo estas subjetivas ou não. Assim, a perda de
uma pessoa, de um relacionamento, vínculo,
emprego, papel social, entre muitas outras si-
tuações, desencadeiam um processo de luto.

Sabemos que quanto maior é o vínculo, o sentimen-


to e o investimento emocional, mais complicado
será para lidar com esse rompimento. Para não res-
tar dúvidas, não estou dizendo que as pessoas de-
vem se privar de viver relações amorosas ou que a
entrega em um relacionamento é ruim, muito pelo
contrário. Estamos aqui é para ser sinceros com o
que sentimos e viver essa experiência enquanto ela
nos fizer bem.

A partir desse entendimento, percebemos o quan-


to devemos respeitar o que estamos vivendo, o
que não significa se afundar em comportamen-
tos destrutivos e abandonar o autocuidado, mas

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compreender que o que sentimos hoje não du-


rará para sempre.

Portanto, lembre-se que o tempo é senhor de


tudo. Não se cobre, não compare a sua situação
com a de outras pessoas, compartilhe o que está
sentindo, caso se sinta confortável, e faça pequenas
coisas por você hoje.

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Término: o que isso


quer dizer?

V
ocê já vivenciou uma situação em que o ato
de verbalizar uma decisão, por exemplo, teve
sua importância? Para ficar mais claro, pen-
semos em exemplos. Quando estamos enfrentando
uma ou frequentes crises no relacionamento, é nor-
mal surgirem conversas com o intuito de discutir o
que está acontecendo e decidir o rumo que será to-
mado dali em diante. Cenas dramáticas são muito
comuns em filmes, onde alguém faz a clássica per-
gunta: “Você está mesmo terminando comigo?”.

Nossos amigos, familiares e pessoas que de alguma


forma conhecem minimamente nossa vida amorosa
também costumam perguntar como está a nossa re-
lação, se está tudo bem, se estamos dando mais uma
chance, e às vezes, por que estamos insistindo em
manter algo que visivelmente está nos trazendo dor.

Essa espécie de curiosidade e votos (sim, sabemos


que estamos cercados de pessoas queridas que tor-
cem ou não pela nossa relação) ocorre porque ter-
minar nada mais é do que romper algo que foi
construído em parceria, algo que em algum mo-

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mento nasceu do desejo de duas pessoas esta-


rem juntas, e por isso tem a sua importância.

Enquanto que iniciar um relacionamento depende


da vontade e empenho do casal, basta um parceiro
não desejar mais estar junto para que a relação se
desmorone até chegar ao seu fim.

Tenho algumas perguntas para você:

• Ainda que a iniciativa e a decisão de terminar não


tenham partido de você, consegue entender que
é preciso respeitar os motivos do seu parceiro (a)?

• Você já parou para pensar que terminar é sinô-


nimo de colocar um limite? No caso, lidar com o
fato que chegou ao fim?

Depois de pensar um pouquinho sobre elas, anote


suas respostas em algum lugar que você possa con-
sultar com frequência. Com o passar dos dias, re-
leia, revise e reelabore suas respostas, se perceber
que aquilo que foi escrito não faz mais sentido.

É muito bom acompanhar nossos sentimentos e


percepções e notar que estamos em uma mudança
constante. Você ficará surpresa com o que desco-
brirá nesse processo!

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Os sentidos do
rompimento

E
ntre os significados e sinônimos do substanti-
vo término encontramos “momento ou local
em que algo acaba”, fim e limite. Mas termi-
nar também significa concluir, encerrar um ciclo
sabendo que outros nascerão.

Chamo atenção aqui para uma palavra em especial:


limite. Se alguém te perguntasse se você respeita e
entende os seus limites, você responderia com um
sim ou com um não? Compreender os nossos limi-
tes, sejam eles emocionais ou físicos, é indispensá-
vel para levar um estilo de vida saudável e nos sen-
tirmos bem com nós mesmos para que, se for da
nossa vontade, possamos construir relações com
outras pessoas.

Romper é permitir que algo vá embora, abrir um


círculo. Sendo assim, será que faz sentido conti-
nuar investindo nossa energia em uma pessoa que
deixou de ocupar um lugar em nossa vida?

Apesar de não responder essa pergunta, comparti-


lharei com você uma atitude que me ajudou muito

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

em momentos turbulentos: ao invés de olhar para


fora e ter pressa para encontrar outras pessoas, per-
cebi que o melhor presente que poderia me dar não
era apagar definitivamente alguém que, um dia, foi
especial da minha trajetória, mas por quê Dimas?

Porque é humanamente impossível passar uma


borracha em tudo que foi vivido. Podemos até dei-
xar esquecer, com o tempo, de pequenos detalhes,
enquanto algumas lembranças permanecem. Lutar
contra isso é desperdiçar energia e energia é sopro
de vida.

Se é impossível rasgar páginas inteiras da nossa his-


tória, que tal escolher carregar o que foi aprendiza-
do, o que foi leve e o que veio para somar? Apesar
de não ser tão simples como apertar um botão para
selecionar o que carregaremos conosco, podemos
nos esforçar para que sentimentos como remorso,
raiva, ódio não encontrem espaço para florescer
dentro da gente.

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Quando qualquer
distância é medida
de segurança

N
a vida, podemos encarar o que ouvimos e
o que acontece ao nosso redor de duas for-
mas: literal ou figurada. Essa diferença lem-
bra os tempos da escola e mais especificamente, as
aulas de português.

Ao ler o título literalmente, por exemplo, podemos


pensar de fato no afastamento físico como medida
protetiva, importante conquista da Lei Maria da Pe-
nha. Infelizmente, precisamos encarar o fato de que
vivemos em um país que possui uma das maiores ta-
xas de feminicídio do mundo e por isso, em casos de
violência, o agressor pode ser afastado da vítima, sen-
do obrigado a respeitar o limite mínimo de distância.

Apesar de conversarmos mais adiante sobre o tópi-


co, antecipo uma mensagem muito importante: se
você enfrentou/enfrenta um relacionamento mar-
cado por qualquer tipo de violência ou conhece al-
guém que esteja passando por uma situação injusti-
ficável como essa, não se cale! Procure uma rede de

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apoio, profissionais da saúde mental, informações


confiáveis e denuncie.

Por outro lado, se a sua relação acabou e o parágrafo


acima não retrata o que você viveu (é sempre bom
lembrar que violência NÃO deveria existir e, portan-
to, você não deve sentir gratidão porque o seu par-
ceiro não foi violento já que isso é o mínimo), o títu-
lo pode ser interpretado figurativamente.

Sabe aquele ex que depois de tantas DR (s) e do fim


definitivo insiste em tentar te convencer que vocês
podem sair como “amigos” ou que a amizade pode
ser colorida? Ou será que você tem um ex que pediu
para terminar, mas continua te cercando, mesmo
ciente dos seus sentimentos? Ainda há aqueles in-
vasivos que não respeitam sua decisão e continuam
por perto, bem mais perto do que você gostaria.

Pode ser que eu não tenha descrito a sua relação


atual com o ex, mas de qualquer modo, vale pensar:
Eu ainda me relaciono com o meu ex de alguma
forma? Se sim, por quê?

Existem casais que terminam e mantêm uma bela


amizade. Há também pessoas que rompem e não
se falam nunca mais ou conseguem manter uma re-
lação positiva depois de um longo período de afas-
tamento.

Eu não posso falar como você pode agir, pois cada


escolha precisa ser individual, mas tenho um conse-

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lho: Não tome quaisquer atitudes por impulso! Não


faça algo por insistência! Questione a real intenção
por detrás do comportamento do seu ex-ficante,
namorado ou esposo, e reflita sobre suas atitudes
diante de uma tentativa de reaproximação.

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Diga não às opiniões


alheias!

Xeretar, opinar, intrometer-se e meter o bedelho


onde não é chamado: o que não falta é vocabulário
para descrever o ato de expressar sua opinião so-
bre a vida de terceiros e acontecimentos que não
lhe dizem respeito.

Quem pensa que ser próximo de alguém, seja por


amizade ou laço familiar, é um passaporte para acom-
panhar a vida amorosa alheia está muito enganado.

E você, já fez aquele exame de consciência? Você


tem o hábito de acompanhar os relacionamentos
dos outros como se fosse novela e ainda com direi-
to a comentário?

A verdade é que, independente de nos abrirmos ou


não e dividirmos detalhes mais íntimos com aqueles
que nos rodeiam, as pessoas não costumam ouvir ca-
ladas. O ser humano tem muita dificuldade em escu-
tar e acaba esquecendo que comunicação é troca.

Ouvir o que o outro tem a dizer, ainda que não


faça parte do nosso relacionamento, às vezes é

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

importante e pode nos possibilitar lidar com uma


outra perspectiva. Há momentos em que pedimos,
de fato, a opinião de pessoas próximas e isso pode
ser positivo.

O problema é quando passamos a lidar com a falta


de limite: nossa vida não é pública (ainda que fosse,
isso não daria o direito) e as pessoas precisam enten-
der de uma vez por todas que ainda que desejem nos-
so bem, precisam respeitar nosso tempo e espaço.

Evitar pitacos é uma tarefa praticamente impossível


já que vivemos em sociedade e não somos capazes
de controlar as falas dos outros, mas existe uma
coisa que pode ser feita: impor limites, ser sincero
e dizer quando uma opinião não é bem-vinda (é
claro, com educação).

As pessoas podem até estar recheadas de boas in-


tenções, porém, há situações nas quais não estamos
abertos e disponíveis para lidar com visões diferen-
tes das nossas ou ouvir aquilo que já sabemos, mas
que ainda estamos processando.

Então, mais uma vez, priorize-se! Não se sinta mal


se for necessário sinalizar que você não está acei-
tando currículos para conselheiros ou comentaris-
tas amorosos!

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Quando eu terminei o meu casamento de 10 anos, nin-


guém quis saber se eu estava feliz com a minha deci-
são. As pessoas só sabiam me julgar e me culpar por
não ter “segurado o marido”. A reação dessas pessoas
é até compreensível, porque quando uma mulher tem
coragem de romper esse ideal de que no casamento
vale ser infeliz para manter a relação, muita gente se
incomoda por não ter a mesma coragem. E o caminho
mais rápido é descredibilizar a coragem dela tecendo
comentários do tipo “sozinha nessa idade, como você
irá fazer?”. São raros aqueles que entendem que qual-
quer busca pela felicidade deve e precisa ser validada.
Uma mulher se sentindo livre e bem consigo mesma
merecia ser aplaudia sempre, mas não é assim que
funciona. Mas dane-se, critiquem à vontade, porque o
que importa é como eu me sinto agora, e é muito bem!

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

Não é tempestade em
copo d’água!

Q
uem aqui já ouviu ou utilizou um ditado po-
pular para demonstrar que alguém estava
exagerando em alguma situação? Se não es-
tamos no lugar do outro, por que temos o hábito de
julgar ou nos sentirmos no direito de dizer se deter-
minada atitude ou reação passou ou não do ponto?

Como o mundo seria diferente e um lugar mais


empático se fizéssemos sempre o exercício de nos
perguntar: e se fosse comigo, como eu me senti-
ria? Além de nos projetarmos no lugar das outras
pessoas, precisamos lembrar que somos diferen-
tes, então recebemos e interpretamos mensagens
e eventos de formas distintas.

Talvez você esteja passando por um momento com-


plicado, depois de um término, e ainda tenha que
escutar: “Olha o exagero!” e “Não é para tanto!”.

Não dê voz nem valor a opiniões que minimizam o


que você sente. Toda dor é legítima: caso ninguém
tenha lhe dito isso, anote essa frase em um papel.

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Vamos ao nosso momento reflexão:

• Quem é esse outro para apontar o dedo para


gente e dizer como deveríamos nos sentir ou agir?

• Eu, alguma vez, já me posicionei diante de ati-


tudes semelhantes? (talvez não seja o melhor mo-
mento para nos indispor, mas preste atenção em
quem está oferecendo um ombro amigo e quem
está bancando o juiz e sabe-tudo!)

Lembra quando falamos daquela palavra mágica: limi-


te? Você ficará impressionada com as mudanças que
surgirão quando você começar a estabelecer o seu.

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As cicatrizes invisíveis:
um papo sério

D
iscussões frequentes, xingamentos, ofensas,
tentativas de desmoralização, chantagem,
ameaças. Esses são apenas alguns exemplos
de atitudes extremamente agressivas e injustificáveis
que marcam não só a vida a dois de algumas mu-
lheres, mas a vida como um todo. Isso porque ainda
que a violência seja vivida dentro da esfera “amoro-
sa” (faço questão de usar aspas porque amor jamais
será acompanhado de violência), as consequências
desses atos são capazes de marcar a vida como todo,
podendo afetar outras relações como as profissionais
e pessoais (familiares, de amizade, entre outras).

Será que conseguimos olhar para uma pessoa alea-


toriamente e identificar se ela está vivenciando uma
experiência terrível como essa? Provavelmente não,
a não ser que os sinais sejam muito evidentes. E
como diferenciar um semblante triste, preocupado,
nervoso, que pode ser fruto de qualquer situação
difícil ou até mesmo um adoecimento, de um fruto
de violência? A verdade é que as vítimas não andam
por aí carregando uma plaquinha, o que as tornam
quase invisíveis.

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

E invisíveis também são as cicatrizes que algumas


mulheres carregam. É indiscutível que qualquer tipo
de agressão, seja ela física ou verbal, impacta nega-
tivamente os envolvidos.

Embora existam inúmeros movimentos de resistên-


cia e de luta feminina e feminista em nossa histó-
ria, sabemos que, antigamente, as mulheres tinham
menos direitos e era mais complicado se livrar de
relacionamentos abusivos. Para deixar tudo bem
claro, não estou afirmando que hoje é fácil romper e
denunciar um agressor, mas felizmente há leis pro-
tetivas, profissionais especializados e competentes
que podem oferecer suporte e uma maior conscien-
tização por parte da população, ainda que nossa
realidade esteja longe de ser ideal.

Portanto, se você conhece alguma mulher que esteja


enfrentando qualquer situação descrita neste capítulo
ou se você viveu ou ainda está vivendo os efeitos de um
relacionamento destrutivo, LEMBRE-SE SEMPRE QUE:

• Você não mereceu (ninguém merece sofrer vio-


lência) e, portanto, NUNCA foi a sua culpa o que
você passou;

• Não há justificativa para uma agressão;

• Todas as pessoas são dignas de receber amor;

• Você NÃO está sozinha e não precisa passar por


isso sem um suporte (procure pessoas queridas, de-
sabafe e considere buscar um profissional da saúde).

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Identificando relacio-
namentos tóxicos

N
o capítulo anterior, conversamos sobre uma
série de comportamentos que podem estar
presentes em um relacionamento tóxico, mas
eles não resumem tudo o que pode ser vivenciado
em uma relação doentia como essa, que nem deve-
ria ser chamada assim, já que qualquer relação, prin-
cipalmente íntima, envolve respeito, empatia e afeto.

Uma palavra que pode representar muito bem um


relacionamento tóxico é desrespeito. Nesta altura,
nem precisamos enfatizar que respeito é a base de
tudo, certo? E a falta dele abre caminho para uma
série de comportamentos injustificáveis. Estou cons-
cientemente sendo insistente em bater nesta te-
cla: não razão neste mundo que explique qualquer
agressão: isso não é ciúmes, muito menos proteção.

Tabus, machismo e preconceito contribuem para


que as mulheres encontrem dificuldades em iden-
tificar e romper ciclos destrutivos em suas vidas.
Ideias errôneas que devem ser combatidas com
informação, por exemplo, de que um casamento
deve durar a vida inteira ou que as mulheres pro-

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vocam o pior lado do homem também tornam di-


fícil identificar comportamentos que configuram
uma relação abusiva.

Por isso, proponho mais um exercício. Leia alguns


sinais que indicam que uma relação é tóxica e mar-
que aqueles que você já identificou no seu antigo
relacionamento:

( ) Dependência física, financeira e/ou emocional


e manutenção desse ciclo, o que faz com que mu-
lheres acreditem que não conseguirão viver sem os
seus parceiros.

( ) Extrema falta de confiança e privacidade, marca-


da por uma vigia constante.

( ) Culpabilização: a mulher está errada e faz com


que os homens tenham atitudes negativas, quase
como se ela os obrigassem a agir dessa forma.

( ) Ameaças de término: o parceiro joga com seus


sentimentos e faz você se sentir insegura quanto à
estabilidade e manutenção do relacionamento.

( ) Crises de ciúmes fazem parte da rotina.

( ) Excesso de críticas negativas com o intuito de


inferiorização.

( ) Frequente sensação de medo, inquietude e preo-


cupação.

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( ) Sentimento de cansaço, aborrecimento, muitas


vezes acompanhado por uma sensação de desespe-
ro, como se não soubesse o que fazer.

( ) Passar a não se reconhecer mais na presença do


parceiro.

Basta uma única frase marcada para acender um si-


nal vermelho! Não é uma tarefa fácil lidar com o fato
de que você pode estar vivendo um relacionamento
nada saudável ao lado de alguém que escolheu vo-
luntariamente para ser seu companheiro. No entan-
to, o primeiro passo é aceitar que a sua relação está
prejudicando sua saúde física e mental. Depois, é
extremamente importante buscar a companhia de
pessoas de confiança e com as quais você se sente
à vontade. Por último, mas não menos importante,
busque um profissional, como um psicólogo, indis-
pensável para ajudá-la a superar aos poucos uma
experiência como essa.

Caso você esteja na dúvida e se sinta perdida na sua


relação, busque da mesma forma um terapeuta. Ele
será um suporte fundamental para incentivá-la a
ressignificar o que foi vivido e se fortalecer.

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Alô, saúde mental!

C
omecemos este capítulo com algumas per-
guntas interessantes, que têm seu papel e
nos ajudam a refletir sobre nossas emoções
e comportamentos.

• Como anda sua saúde mental?

• Se você tivesse que descrevê-la com apenas


UMA palavra, qual escolheria?

• A partir da resposta anterior, você seria ca-


paz de identificar o (s) motivo (s)?

Meu objetivo é incentivá-la a analisar sua saúde men-


tal, atitude que eu tenho adotado com frequência. É
importante estarmos atentos aos sinais do nosso cor-
po e mente e compreender que profissionais da saú-
de mental existem por uma razão: para nos apontar
ferramentas que serão utilizadas por nós, e mais
ninguém, em prol do nosso bem-estar.

Como um estudioso e profissional focado em rela-


cionamentos humanos, acredito que a terapia, por
exemplo, e a autoanálise devem estar presentes no
dia a dia, não só em momentos de tempestade, como
em crises e términos. Se estivermos fortalecidos

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

emocionalmente, com certeza, conseguiremos enca-


rar situações desafiadoras de forma mais saudável.

Invista em si mesma, busque apoio (e não se envergo-


nhe disso), faça atividades que lhe deem prazer e lem-
bre-se que nenhuma situação durará para sempre.

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É possível dar adeus?

O
título deste capítulo é propositalmente uma
provocação: talvez devêssemos substituí-lo
por: Como reunir as ferramentas neces-
sárias para dar adeus? Guarde esta pergunta, pois
a retomaremos adiante, e vamos em frente!

Você já parou para pensar que romper um relacio-


namento não significa apenas se afastar de alguém
com quem você partilhava intimidade, mas tam-
bém aceitar o fato de que surgirão várias mudan-
ças em sua vida?

Mudanças incomodam, principalmente no começo,


sabe por quê? Porque elas nos tiram da zona de con-
forto e nos forçam a nos reinventarmos. Adaptar-se
a uma nova situação, seja ela qual for, demanda tem-
po: olha esse senhor aparecendo novamente!

Um término provoca uma mudança de hábitos e


um reinvestimento: se antes passávamos uma cer-
ta quantidade de tempo fazendo algo a dois, agora
é necessário reorganizar nossas atividades, priori-
dades e como gastamos nosso tempo. Se costumá-
vamos sair e fazer diversos programas acompanha-
dos, chega o momento de apreciar a nossa própria

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companhia e escolher quais pessoas queridas


queremos ao nosso lado.

E vamos combinar que isso tudo é um processo e


não dá para achar que, de uma hora para outra, va-
mos reelaborar nossos sentimentos e rotina. Di-
mas, quanto “- RE” hein! De fato, lidaremos como
muitos “-RES” pela frente que nada mais são do que
repetir alguma coisa ou recomeçar.

Se no início do relacionamento, precisamos lidar


com a chegada de um alguém em nossa vida e o
que isso significava, agora nosso dever é encarar a
saída dessa pessoa. Caso você enxergue uma ba-
gunça, tanto em relação às suas emoções, como
neste hiato que parece ter surgido, não se desespe-
re: lembre-se que você já deu o primeiro passo que
é internalizar que a relação acabou.

Portanto, para não restar dúvidas, além de ser pos-


sível dar adeus, esta atitude é necessária. Dar adeus
e desapegar de situações, rotinas, sentimentos faz
parte do movimento chamado vida.

E quais ferramentas são essas? As primeiras são pa-


ciência e clareza. Paciência para entender que não
podemos calcular quanto tempo esse processo vai
durar e clareza para lidar com aspectos mais obje-
tivos como um divórcio e uma possível mudança de
ambiente (isso se tratando de alguns casamentos) e
aqueles mais subjetivos, como nossas emoções.

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Depois surgem a compreensão e responsabilidade.


Compreensão com nós mesmos, o que implica res-
peito, e responsabilidade afetiva com nós mesmos
(lembrem das ciladas), com aquele indivíduo que é
nosso ex e com as pessoas ao nosso redor, tanto as
que já estavam aqui antes como as que chegarão.

Dar adeus e lidar com as consequências, que não


precisam ser vistas como negativas, desse ato é en-
tender que romper não é prolongar, mas encerrar
um ciclo.

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PARTE QUATRO

ESCREVENDO O MEU
PRÓPRIO DESTINO

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

Não se engane:
quando a fila anda
é cilada

E
nquanto existem pessoas que terminam e
conseguem seguir em frente com uma maior
facilidade e rapidez, outras se sentem inse-
guras e desconfiadas para se abrirem novamente.
Há também quem mergulhe de cabeça em relações
para esquecer o/a ex, enquanto outras tentam blin-
dar seus corações a todo custo, repetindo insisten-
temente para si mesmas que não voltarão a se apai-
xonar. Ah, não poderia deixar de mencionar quem
vive apegado ao passado, alimentando falsas espe-
ranças de que a relação ainda não acabou.

Quem é você no parágrafo acima? Será que você ora


adota uma atitude, ora outra? Suas atitudes muda-
ram com o decorrer do tempo? Caso nenhuma des-
crição consiga te descrever, tente se autoanalisar:

• Como eu enxergo o meu comportamento atual?

• Ele é destrutivo ou saudável, por quê?

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

• Estou sendo guiada pelas minhas emoções, ra-


zão ou ambas?

• Estou agindo de acordo com o que eu busco


para minha vida?

Meu objetivo está longe de enaltecer uma atitude e


condenar outra, até porque as escolhas são muito
individuais. Desejo apenas incentivá-la a pensar so-
bre suas próprias ações.

Muitas vezes, depois de uma decepção, podemos


reproduzir atitudes que, antes, não eram vistas por
nós como legais. Será que é justo descontar deter-
minado sentimento (não estou afirmando que você
ainda gosta do/da sua ex) em alguém que não tem
nada a ver com isso?

Somos humanos, erramos, e podemos, em determi-


nado momento, não saber como administrar raiva,
ressentimento e frustração e acabar confundindo
quem pode ter nos machucado com quem está en-
trando em nossa vida ou se aproximando agora.

Não existe uma resposta certa para o intervalo que


deve ser dado entre o término de um relacionamen-
to e o início de outro. A questão principal é respeitar
o seu tempo e não agir por pressão devido a opi-
niões alheias (a famosa pilha): você se sente pronta
para se envolver novamente, seja lá qual for o tipo
de envolvimento?

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Depois é preciso lembrar de algo que já foi muito


abordado neste livro: responsabilidade afetiva.
É preciso ter clareza do que você quer para sua
vida neste momento: um relacionamento sem ró-
tulo, uma relação baseada apenas em sexo, talvez
um namoro (se tiver que acontecer), entre muitas
outras opções.

A partir do momento que descobrimos e entende-


mos o que buscamos, devemos deixar claro para
pessoa com quem estamos saindo ou nos relacio-
nando. Isso evitará possíveis decepções e dores
de cabeça.

Para ser honesto com os outros, precisamos usar da


honestidade com nós mesmos, em primeiro lugar.
Não se engane! Nem sempre colocar a fila para an-
dar é algo positivo: essa atitude só será um grande
feito se você tiver reorganizado seus sentimentos e
emoções e souber aonde está se metendo.

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Priorizar-se não é
egoísmo!

H
á quem diga que priorizar a si mesmo é um
ato egoísta. Que tal conversar um pouquinho
sobre essa ideia infundada?

Antes de pensarmos juntos sobre o que significa se


priorizar, vamos estabelecer o que NÃO é se colocar
em primeiro lugar, ao contrário do que más línguas
reproduzem por aí:

• Priorizar-se não é esquecer dos outros e olhar


só para a gente;

• Priorizar-se não é alimentar nosso ego e deixar


de praticar a empatia;

• Priorizar-se não é falta de amor ou consideração


com as pessoas que fazem parte das nossas vidas.

Tendo isso em mente, você se considera alguém


que se prioriza? Priorizar-se é um verbo tão bonito,
concorda? E ele diz respeito a cuidar do nosso bem-
-estar integral, identificar e trabalhar nossas ques-
tões internas para que então possamos construir
relações saudáveis.

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Dar atenção a si mesmo tem tudo a ver com o amor


próprio. Se você ainda não leu a minha segunda
obra, Sem se amar, não dá!, corre lá e adicione esse
livro à sua próxima leitura. Tenho certeza que, mais
uma vez, discutiremos temas muito interessantes e
teremos momentos muito agradáveis!

Sabemos que nos colocar como prioridade faz toda


a diferença, imagina como isso é importante quan-
do estamos fragilizados? Se você terminou o seu re-
lacionamento e ainda se sente confusa, triste e/ou
percebe que está metendo os pés pelas mãos, redi-
recione a sua atenção para si mesma!

Você verá como sua energia se renovará aos poucos


e como seu corpo e mente ficarão mais tranquilos.
E aí, bora incentivar outras pessoas a começarem a
se cuidar melhor a partir de hoje?

Passei a vida toda me colocando em segundo plano


para poder ajudar os outros: marido, família, amigos,
colegas de trabalho. Quando eu comecei a me priori-
zar acima de tudo, logo fui chamada de egoísta e sem
empatia. Não se trata disso! Jamais vou me refutar a
ajudar quem precisa de mim, mas assumir as respon-
sabilidades dos outros como eu fazia, jamais! Onde há
uma mulher “resolvendo tudo”, há alguém levando a
vida numa boa, enquanto ela carrega mundo nas cos-

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tas sob a premissa de que mulheres são assim mesmo:


“tem instinto maternal” para resolver tudo. Não, ami-
gão, isso daí chama-se carga mental e, a partir de ago-
ra, só carrego aquilo que posso e quero carregar. As
minhas ações partem da seguinte pergunta: “eu que-
ro?”, “eu vou ficar feliz?”, “eu estou satisfeita com a mi-
nha escolha?”. Se as respostas não forem satisfatórias,
não faço mesmo! Chamam de egoísmo, eu chamo de
despertar do amor-próprio.

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(ESQUECER É IMPOSSSÍVEL) É PRECISO SUPERAR!

Uma nova chance para


o amor?

U
ma boa maneira de começarmos nossa con-
versa sobre recomeços é nos perguntarmos:
Eu posso afirmar que deixei meu último rela-
cionamento no passado, de uma vez por todas?

Nós já chegamos à conclusão que superar um térmi-


no não é apagar tudo o que foi vivido, mas aceitar
que a relação faz parte do passado e que essa ex-
periência não necessariamente se repetirá da mesma
forma. Isso significa que o que há de bom em estar
com alguém como o compartilhamento de intimida-
de e de assuntos pessoais, a amizade e o carinho po-
dem e devem estar presentes em relações futuras.

Por outro lado, o que não foi saudável pode se


transformar em aprendizado. Não me considero
uma pessoa exageradamente positiva. Há situações
ruins pelas quais que não deveríamos jamais pas-
sar, ainda que elas nos levem a conhecer mais so-
bre nós mesmos, mas acredito que você pode sair
de uma relação mais consciente sobre os seus li-
mites e tendo estabelecido o que deve/consegue
ou não lidar.

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Repetir os mesmos erros é aprender nada com o


passado e não estar aberto às mudanças de den-
tro para fora. Eu não tenho condições de decidir se
você deve, exatamente neste instante, dar uma nova
chance para o amor, porém posso convidá-la a reler
com atenção o capítulo “Não se engane” e lembrar
que para amar, é preciso se amar, e que construir
uma história requer entrega, investimento emocio-
nal e desprendimento em relação ao passado.

Não adianta acelerar o processo e querer as coi-


sas para hoje nem se convencer que está tudo bem
quando não está. Dar uma chance para o amor de-
veria ser uma escolha consciente, responsável e na-
tural. E aí, vamos pensar um pouquinho a respeito?

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Amor próprio:
cadê você?

S
erá que o seu coração e sua mente estão im-
plorando por amor próprio? Já parou para
pensar que, por mais que soe clichê, o amor
próprio é a chave para sermos senhores das nossas
vidas e seguirmos em frente mesmo depois de de-
cepções e desencontros?

Por falar em desencontro, não são raras as situações


em que nos encontramos desesperados e fazendo
escolhas precipitadas e desastrosas após complica-
dos términos de relacionamentos. É nessa fase que
lidamos com mudanças que podem ser mais brus-
cas e com a sensação de que estamos sozinhos e
não sabemos como recomeçar. Se você já praticava
o amor próprio, assunto que, felizmente, está tão
em voga hoje, sem dúvidas, você se sentirá mais em
paz, mesmo em períodos mais turbulentos.

Amor próprio não é sobre moda, mas acolhimento.


É sobre acolher nossas percepções, estar dispostos
a revê-las e adotar novas perspectivas, regar senti-
mentos e sensações inspiradoras como esperança,
paciência, empatia e compreensão. Pare e pense

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na infinidade de sentimentos bonitos que podemos


cultivar. Por que escolher ser o seu próprio algoz?

Amar a si mesmo incondicionalmente não é viver


um conto de fadas. Altos e baixos sempre fizeram
parte da história, o que importa de verdade é o que
fazemos com e depois deles.

Será que existe uma definição universal para o amor?


Será que as pessoas amam com a mesma intensi-
dade e demonstram do mesmo modo? Talvez amar
comece e termine na gente, sendo uma consequên-
cia inevitável daquilo que plantamos internamente.

Amor próprio é dizer não para tudo que for me-


nos do que merecemos, é manter a nossa essên-
cia com e sem a companhia de terceiros, cuidar
das expectativas que projetamos, e por último,
reconhecer que nossos defeitos não anulam e
não são maiores do que as nossas qualidades.

O que você faz para se amar? Lembre-se que NUN-


CA É TARDE para adotar uma das atitudes mais pra-
zerosas do mundo!

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Novos capítulos estão


por vir

S
e você não estiver disposta a conhecer no-
vos/novas “crushes” através desse meio, lem-
bre-se que a internet também pode ser usa-
da com outras finalidades, como aprender alguma
habilidade nova e estreitar laços com amigos que
estavam distantes. Como é bom voltar a falar com
pessoas especiais e matar a saudade!

Construir novos capítulos tem a ver com tudo o que


conversamos anteriormente e mais um pouco. Para
mim, a peça chave é cultivar o autocuidado, porque
ele é dois em um: cuidar é (se) amar e vice-versa.
E você, o que acha disso?

Depois de uma longa troca especial, proponho um


último exercício: escrever o que você deseja da-
qui para frente. Você é a escritora agora! Decida
se as suas metas serão para curto, médio ou longo
prazo. Se quiser, organize suas ideias levando em
conta todos esses períodos.

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Aqui não há regras! Pense em objetivos mais con-


cretos, nos seus sonhos, e nas suas prioridades e
não se esqueça que você (e só você) é capaz de es-
crever a sua história! Que ela seja feliz e repleta
de amor!

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Até breve!

N
ossa, como foi gratificante dividir este livro com
vocês! Gosto, e, portanto, me desafio a enca-
rar a escrita como um lugar de troca e muito
aprendizado e isso tem me levado a lugares não ima-
ginados: alcançar um público muito grande nas redes,
ter meu trabalho reconhecido também no meio literá-
rio e ver meus livros circulando entre tantos leitores.

Agradeço mais uma vez a todos que confiam, apoiam


e admiram o meu trabalho, que é sempre fruto de
muita pesquisa, profissionalismo e afinco, e a você
que me acompanhou ao longo de tantas páginas.
Deixo registrada aqui a minha enorme gratidão!

Espero que as minhas palavras tenham tocado você


e contribuído de alguma forma para sua experiên-
cia pessoal. Faço dois convites muito especiais: a me
acompanhar no @dimas_arv, caso ainda não me siga,
e a compartilhar suas impressões sobre este livro no
meu perfil. Será um prazer receber seu feedback!

Obrigado e até breve!

Um forte abraço,

Dimas.

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