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Coordenador da Coleção
COLEÇÃO SINOPSES
PARA CONCURSOS
DIREITO
DIREITO
PROCESSUAL
PROCESSUAL
PENAL
PENAL PARTE ESPECIAL
4ª edição
2014
GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO
Guia de leitura
da Coleção
Qual o entendimento do STF sobre o assunto?
O STF, no julgamento da ADIN nº 1.570-2, decidiu pela inconstituciona-
lidade do art. 3º da Lei nº 9.034/95 (no que se refere aos dados “fis-
cais” e “eleitorais”), que previa a figura do juiz inquisidor, juiz que
poderia adotar direta e pessoalmente as diligências previstas no art.
2º, inciso III, do mesmo diploma legal (“o acesso a dados, documen-
tos e informações fiscais, bancárias, financeiras e eleitorais”).
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LEONARDO BARRETO MOREIRA ALVES
Como esse assunto foi cobrado em concurso?
No concurso de Analista do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito
Santo, promovido pelo Cespe/Unb, em 2011, questionou-se sobre os cri-
térios de definição dos procedimentos ordinário e sumário: “O procedi-
mento comum será ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção
máxima cominada seja igual ou superior a quatro anos de pena priva-
tiva de liberdade; ou sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção
máxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liber-
dade.”. A assertiva foi considerada correta.
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SUJEITOS NO PROCESSO PENAL
Capítulo I
Sujeitos
no processo penal
Sumário • 1. Noções gerais – 2. Juiz: 2.1. Breves
noções; 2.2. O papel do juiz moderno; 2.3. O prin-
cípio da identidade física do juiz (art. 399, § 2º,
CPP); 2.4. Regularidade do processo e princípio do
impulso oficial (art. 251 CPP); 2.5. Causas de impedi-
mento da atuação do juiz (arts. 252 e 253 CPP); 2.6.
Causas de suspeição da atuação do juiz (art. 254
CPP); 2.7. Cessação e manutenção do impedimento
ou suspeição (art. 255 CPP); 2.8. Criação proposi-
tal de animosidade por má-fé (art. 256 CPP); 2.9. A
incompatibilidade do juiz (art. 112 CPP); 2.10. Juiz
sem rosto (Lei nº 12.694/12) – 3. Ministério público:
3.1. O Ministério Público como parte imparcial ou
formal na relação processual (art. 257 CPP); 3.2.
Impedimento e suspeição do membro do Ministé-
rio Público (art. 258 CPP); 3.3. Princípio do promotor
natural e imparcial ou promotor legal – 4. Acusado:
4.1. O acusado como parte na relação processual
(art. 259 CPP); 4.2. Condução coercitiva do réu (art.
260 CPP); 4.3 Indisponibilidade do direito de defesa
(art. 261 CPP) – 5. Curador (art. 262 CPP) – 6. Defen-
sor: 6.1. A nomeação do defensor (arts. 263 e 264
CPP); 6.2. Afastamento e ausência da causa (art. 265
CPP); 6.3. Constituição do defensor e impedimento
(arts. 266 e 267 CPP) – 7. Assistente de acusação
– 8. Funcionários da justiça: 8.1. Denominação; 8.2.
Suspeição (art. 274 CPP) – 9. Peritos e intérpretes:
9.1. Perito (arts. 275 a 280 CPP); 9.2. Intérprete (art.
281 CPP).
1. NOÇÕES GERAIS
Dentre tantas e inúmeras teorias que procuram justificar a natu-
reza jurídica do processo, a doutrina majoritária, na atualidade, vem
adotando aquela preconizada pelo jurista alemão Oskar Von Bülow,
em 1868, em sua obra clássica “A teoria das exceções processuais e
os pressupostos processuais”, segundo a qual o processo pode ser
definido como uma relação jurídica, relação esta caracterizada como
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2. JUIZ
2.1. Breves noções
O juiz é o representante do Estado que possui o poder da
jurisdição de aplicar o direito ao caso concreto. Na relação jurí-
dica processual (angular), o juiz se encontra acima das partes, no
sentido de que, por ser o responsável pelo julgamento das lides
penais, deve atuar sempre com imparcialidade, não dando prefe-
rência, a priori, nem à acusação, nem à defesa (equidistância entre
as partes).
Nesse cenário, a Constituição Federal, no seu artigo 95, caput,
estipula determinadas garantias aos magistrados como forma de
lhes permitir o cumprimento deste dever de imparcialidade. As
garantias são as seguintes: I – vitaliciedade, que, no, primeiro grau,
só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda
do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal a que o juiz
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SUJEITOS NO PROCESSO PENAL
Qual o entendimento do STF sobre o assunto?
O STF, no julgamento da ADIN nº 1.570-2, decidiu pela inconstitucionali-
dade do art. 3º da Lei nº 9.034/95 (no que se referia aos dados “fiscais”
e “eleitorais”), que previa a figura do juiz inquisidor, juiz que poderia
adotar direta e pessoalmente as diligências previstas no art. 2º, inciso
III, do mesmo diploma legal (“o acesso a dados, documentos e informa-
ções fiscais, bancárias, financeiras e eleitorais”). Posteriormente, a Lei
nº 12.850/13 não só revogou expressa e integralmente a Lei nº 9.034/95
como também não trouxe em seu corpo qualquer dispositivo semelhante
a esse respeito.
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Como esse assunto foi cobrado em concurso?
No concurso de Analista Judiciário do STM, promovido pelo Cespe/
Unb, em 2011, questionou-se justamente sobre a previsão do princí-
pio da identidade física do juiz no Processo Penal, nesses termos: “O
processo penal brasileiro não adota o princípio da identidade física do
juiz em face da complexidade dos atos processuais e da longa duração
dos procedimentos, o que inviabiliza a vinculação do juiz que presi-
diu a instrução à prolação da sentença.”. A assertiva foi considerada
incorreta.
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