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SOLDADO PMMG
DANIEL BUCHMÜLLER
NOÇÕES DE DIREITO PENAL
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PROFESSOR: DANIEL BUCHMÜLLER
DIREITO PENAL
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
2 – Direito Penal
Autor: Cleber Masson
Editora: Gen Método
4 – Direito Penal
Autores: Marcelo André de Azevedo e Alexandre Salim
Editora: JUSPODIVM (Coleção Sinopses para Concurso)
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Conteúdo Programático
6 – Concurso de Pessoas
7 – Das Penas
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DIREITO PENAL
- Lei
- Constituição Federal
- Jurisprudência
- Princípios
- Atos normativos
- Doutrina
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Os princípios gerais são as regras que, embora não estejam escritas, servem como
mandamentos que informam e dão apoio ao direito, utilizados como base para a
criação e integração das normas jurídicas, respaldados pelo ideal de justiça.
1.2 – Subsidiariedade: O Direito Penal só deve atuar quando houver o fracasso dos
demais ramos do direito, ou seja, quando os demais meios estatais de controle social
se mostrarem impotentes para o controle da ordem pública.
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TIPICIDADE PENAL
- aos crimes de roubo, tendo em vista ser praticado com violência ou grave ameaça à
pessoa;
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3 – Ofensividade ou Lesividade:
Para que ocorra o delito é necessário que haja uma lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado. Temos uma exceção quanto aos crimes de perigo abstrato, que é
aceito pelo STF.
Crime de perigo: para a sua consumação, basta apenas o perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado. Ex.: crime de periclitação da vida e da saúde (art. 130, 131, 132,
133, etc.). Subdivide-se em:
4 – Princípio da Legalidade:
Art. 1º, CP: “Não há crime sem lei (reserva legal) anterior (anterioridade) que o
defina. Não há pena (reserva legal) sem prévia cominação legal (anterioridade).”
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- Prévia: Proíbe a aplicação da lei penal a fatos praticados anteriores à sua entrada
em vigor.
A lei penal só irá retroagir nos casos em que for mais benéfico ao acusado,
reduzindo sua pena, ou abolindo a sua conduta criminosa (ABOLITIO CRIMINIS).
De acordo com o artigo 5º, XLV da Constituição Federal, nenhuma pena passará da
pessoa do condenado, podendo apenas a obrigação de reparar o dano e a decretação
de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos seus sucessores e contra
eles executadas, até o limite do patrimônio transferido.
Este princípio dispõe que não há responsabilidade penal sem dolo ou culpa, ou seja,
o agente só pode ser responsabilizado se o fato foi querido, aceito ou previsível.
De acordo com o art. 5º, LVII, CF, este princípio pressupõe que qualquer cidadão só
poderá ser considerado culpado, e consequentemente cumprir uma sanção criminal,
após uma sentença condenatória com trânsito em julgado.
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ATENÇÃO: Este princípio não afasta a possibilidade de prisão cautelar, desde que
imprescindível e de acordo com os ditames legais.
Não pode haver no Brasil pena de caráter cruel, desumana ou degradante, sendo que
este princípio decorre do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, previsto no
art. 5º, XLVII, “e” da Constituição Federal.
Este princípio pressupõe que ninguém pode ser processado ou condenado duas vezes
pelo mesmo fato praticado.
Ainda, também não pode ser aplicado ao infrator duas circunstâncias sobre o mesmo
fato, por exemplo, quem é condenado pelo crime de homicídio qualificado por
motivo fútil (artigo 121, §2º, II do Código Penal), não pode ter sua pena agravada
pela agravante genérica do motivo fútil (artigo 61, II, “a” do CP).
O Direito Penal se destina apenas à tutela de bens jurídicos, não podendo ser
aplicado para resguardar questões morais, éticas, ideológicas, religiosas ou políticas,
não devendo se preocupar com as intenções, modo de viver ou pensamentos das
pessoas.
Temos elencadas no Direito Penal condutas que, a princípio, seriam tipificadas como
crimes, porém, diante de sua comum e reiterada aplicação pela sociedade, pode-se
considerar como socialmente aceitas, não afrontando o sentimento social de justiça.
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Previsto no artigo 5º, XLVI da Constituição da República, pressupõe que deve ser
dado a cada indivíduo a pena que lhe cabe, levando-se em consideração as
circunstâncias específicas do seu comportamento.
14 – Princípio da Culpabilidade:
Este princípio pressupõe que o Estado só pode impor uma sanção penal a um
indivíduo quando ele for IMPUTÁVEL (plenamente capaz), com POTENCIAL
CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE (com capacidade de compreender a ilicitude de
seus atos) e quando dele for EXIGÍVEL CONDUTA DIVERSA (quando for
possível esperar outra atitude que não seja criminosa).
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A lei penal é a regra escrita que dispõe sobre determinadas condutas qualificando-as
como criminosas, sendo esta composta pelo seu preceito primário, que é a
definição da conduta criminosa, dirigida a todas as pessoas, e o seu preceito
secundário, que é a sanção penal descrita àquela conduta, caso venha a ser praticada
por algum indivíduo.
A lei penal também poderá ser completa, quando dispensar qualquer complemento
normativo (dado por outra norma) ou valorativo (dado pelo juiz), e poderá ser
incompleta, onde haverá a necessidade de um complemento normativo por parte de
outra norma (norma penal em branco) ou pelo juiz (tipo aberto).
b) Não-incriminadoras – NÃO criam crimes e não cominam penas. Estas podem ser:
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TIPO ABERTO: Essa é uma espécie de lei penal incompleta que depende de um
complemento valorativo, ou seja, um juízo de valor que é feito pelo juiz na análise
do caso concreto.
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- Analogia: Na analogia, não existe uma lei a ser aplicada ao caso concreto, motivo
pelo qual se socorre daquilo que o legislador previu para outro similar. Só admite-se
analogia in bonam partem no Direito Penal.
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Este conflito ocorre quando uma conduta tiver sido praticada durante a vigência de
uma determinada lei e esta for posteriormente modificada por outra.
Quando da criação de uma nova lei penal, podem ocorrer as seguintes situações:
- Abolitio Criminis: é a lei nova que revoga um tipo penal, fazendo com que a
conduta não seja mais considerada crime.
- Novatio Legis in Pejus: é a lei nova que, mantendo a incriminação do fato, agrava
a situação do acusado. Essa lei não irá retroagir.
- Novatio Legis Incriminadora: é a lei nova que cria um novo tipo penal.
Obs: A continuidade delitiva, por uma ficção jurídica, é tratada como crime único.
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A LEI EXCEPCIONAL é aquela que tem a sua vigência estipulada durante uma
situação transitória emergencial, não sendo fixado um tempo certo de vigência,
sendo que esta irá perdurar enquanto estiver ocorrendo a situação emergencial. (Ex:
Calamidade pública, guerra, inundação). Já a LEI TEMPORÁRIA é aquela que
possui a sua vigência previamente determinada pela lei (Ex: Lei X com vigência do
dia 12/01/2016 até 12/07/2015).
1) Princípio da Especialidade:
No caso de um conflito entre um tipo penal genérico e outro tipo penal específico,
prevalece o tipo específico, sendo que este possui todos os elementos do tipo
genérico, porém, com maiores detalhes e especialidades que se adequa melhor ao
caso concreto.
Ex: O crime de infanticídio (art. 123, CP) é mais específico do que o crime de
homicídio (art. 121, CP) embora ambos tenham o mesmo elemento “MATAR
ALGUÉM”.
2) Princípio da Subsidiariedade:
O crime da lei subsidiária está inserido na lei primária (+ grave) como elemento
constitutivo, qualificadora, causa aumento, agravante genérica, meio de execução.
São estágios ou graus diversos de ofensa a um mesmo bem jurídico (Ex: Roubo =
Furto + Ameaça ou Lesão).
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A lei subsidiária é menos grave e será sempre excluída pela lei primária, que é mais
grave. A lei subsidiária, segundo o doutrinador Nelson Hungria, é conhecido como
“SOLDADO DE RESERVA”.
3) Princípio da Consunção:
Neste princípio ocorre a absorção de um delito por outro, ou seja, fatos mais amplos
e graves absorvem fatos menos amplos e graves.
- Crime meio x Crime fim: O crime meio é aquele praticado para se atingir outra
finalidade. Observe-se que, diferente do crime progressivo, neste caso o crime meio
não é um caminho necessário para se chegar ao crime fim.
Ex: Crime de falso (crime meio) e crime de estelionato (crime fim), conforme
Súmula 17 do STJ que expõe: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais
potencialidade lesiva, é por este absorvido”.
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Obs: Há casos em que a lei penal brasileira será aplicada em crimes praticados no
exterior (extraterritorialidade), e também há casos em que a lei penal estrangeira
será aplicada em crime praticados no Brasil (intraterritorialidade).
Obs: Zona econômica exclusiva, 200 milhas náuticas, não faz parte do território
brasileiro.
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LUGAR DO CRIME:
Para esse adota-se a Teoria da Ubiquidade (Art. 6º, CP), considerando a prática do
crime tanto o local da ação ou omissão, quando o local onde se produziu o resultado,
ou seja, onde ele se consumou.
Obs: Essa teoria é importante para os crimes à distância entre jurisdições diferentes,
pois evita o conflito negativo de jurisdição. Todavia, pode gerar o bis in idem.
EXTRATERRITORIALIDADE:
Extraterritorialidade Incondicionada:
I - os crimes:
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§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que
absolvido ou condenado no estrangeiro.
Obs: Crime de latrocínio não é crime contra a vida, portanto não se enquadra no
artigo 7, I, “a” do CP.
Extraterritorialidade Condicionada:
II - os crimes:
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das
seguintes condições:
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
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Formas de interpretação:
- Autêntica ou legislativa: feita pela própria lei. Ex.: art. 327 do CP, conceito de
funcionário público;
2) Quanto ao modo:
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- Declarativa: quando há a exata correspondência entre o que está na lei e àquilo que
o legislador quis dizer. TEXTO = NORMA.
Art. 1º - Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou
de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena
de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, penas
de prisão simples ou de multa, ou ambas. Alternativa ou cumulativamente.
Obs: Até 1997, o porte ilegal de arma de fogo era uma mera contravenção, porém,
esta infração passou a ser considerada crime/delito com a lei 9.437/97,
posteriormente revogada pela lei 10.826/03.
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SUJEITOS DO CRIME:
Obs: Cadáver não poderá ser sujeito passivo de crime. No delito de vilipêndio a
cadáver (art. 212 do CP), o sujeito passivo é a coletividade; e no crime de calúnia
contra os mortos (art. 138, § 2º, do CP), sua família.
Obs: Animais não podem ser sujeitos passivos de crime, pois o direito não lhes
reconhece a titularidade de bens jurídicos. Podem, por óbvio, ser objeto material,
como no furto de animal doméstico e em alguns crimes ambientais.
Em regra não, uma vez que todo crime pressupõe a lesão a um bem alheio, contudo,
a única exceção encontra-se no art. 137 do CP (rixa), em que, muito embora cada
contendor seja autor das lesões que produz e vítima daquelas que sofre, há um só
crime (logo, o rixoso é sujeito ativo e passivo da rixa da qual participa).
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ITER CRIMINIS:
- Crime de mera conduta ou mera atividade: Pune-se a mera conduta, sem que o
tipo preveja qualquer resultado advindo desta conduta. Dá-se a consumação com a
mera conduta proibida, não havendo sequer a previsão de resultados naturalísticos a
título de exaurimento. Ex: Invasão de domicílio; desobediência, tráfico de drogas,
uso de drogas, porte de armas e omissão de socorro.
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TEORIA DO CRIME
1) FATO TÍPICO
3) CULPABILIDADE
1) FATO TÍPICO
a) conduta;
b) resultado;
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c) nexo causal;
d) tipicidade.
A) CONDUTA:
Para a Teoria Finalista, que de acordo com a doutrina majoritária foi adotada pelo
Código Penal, conduta é todo comportamento humano (ação ou omissão),
voluntário, psiquicamente (consciente) dirigido a um fim (ilícito).
CONSCIÊNCIA VONTADE
Dolo direto Prevê o resultado Quer o resultado
Dolo eventual Prevê o resultado Não quer o resultado, mas
assume o risco
Culpa consciente Prevê o resultado Não quer, não assume o
risco e pensa poder evitar
o resultado
Culpa inconsciente Não prevê o resultado Não quer e não aceita o
(mas era previsível) resultado
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B) RESULTADO:
- Resultado normativo (ou jurídico) onde da conduta resulta lesão ou perigo de lesão
ao bem jurídico tutelado.
- Crime material: o tipo penal descreve conduta + resultado naturalístico, sendo este
último indispensável para a sua consumação. Ex.: homicídio – o evento morte é
indispensável; furto – a transferência do patrimônio;
- Crime de mera conduta: o tipo penal descreve uma mera conduta, sem resultado
naturalístico. É com a conduta descrita que ocorre a consumação. Ex.: omissão de
socorro (art. 135, CP); violação de domicílio (art. 150, CP).
C) NEXO DE CAUSALIDADE:
Para limitar esta situação, não basta a causalidade física, é preciso também analisar
a causalidade psíquica, ou seja, o agente deve agir ao menos com dolo ou culpa.
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D) TIPICIDADE:
Crime: Crime:
2) ILICITUDE (ANTINORMATIVIDADE):
a) Estado de necessidade;
b) Legítima defesa;
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Obs1: Se há dois bens em perigo de lesão, o Estado permite (não determina, nem
incentiva) que seja sacrificado um deles, pois, diante do caso concreto, a tutela penal
não pode salvaguardar a ambos.
Obs2: O perigo não tem destinatário certo (ao contrário da legítima defesa, em que
há destinatário certo), podendo advir de conduta humana, comportamento de animal
ou fato da natureza (legítima defesa só pode advir de conduta humana).
Obs3: Se o perigo é imaginário, temos o estado de necessidade putativo (art. 20, §1º
- descriminante putativa) que não exclui a ilicitude, mas isenta de pena ou pune a
título culposo.
Obs4: Não pode alegar Estado de Necessidade aquele que DOLOSAMENTE causou
o perigo, mas o provocador CULPOSO pode (corrente que prevalece).
Obs6: Não pode alegar o Estado de Necessidade quem tem o dever legal de
enfrentar o perigo, enquanto o perigo puder ser enfrentado. (Art. 24, §1º, CP)
Obs7: Quando o bem jurídico protegido vale menos que o bem jurídico sacrificado,
não é Estado de Necessidade, mas pode gerar diminuição de pena (Art. 24, §2º, CP).
1. Agressão injusta: Agressão caracterizada por uma conduta humana que ataca
ou coloca em perigo bem jurídico de alguém, podendo ser comissiva ou omissiva.
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Obs: a agressão injusta deve ser conhecida pelo agredido, não importando a
consciência do agressor, e pode se dar contra fato atípico, por exemplo, furto de uso.
3. Uso moderado dos meios necessários: Por meio necessário entende-se o menos
lesivo dentre os meios capazes de repelir injusta agressão à disposição do agredido
no momento do ataque.
Obs: é possível legítima defesa sucessiva, que ocorre diante da repulsa contra o
excesso abusivo do agente (temos duas legítimas defesas, uma depois da outra).
Obs: É necessário que o agente público tenha conhecimento de que está praticando o
fato em face de um dever imposto pela lei (em sentido amplo).
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b) proporcionalidade;
e) Consentimento do ofendido:
- Ofendido deve ser capaz, e o seu consentimento deve ser livre e consciente;
- Consentimento deve ser expresso, e deve se antes ou durante a execução (não pode
ser posterior);
3) CULPABILIDADE:
Conceito: vai depender da teoria adotada. Pode ou não ser substrato do crime.
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Elementos da culpabilidade:
- Imputabilidade;
a) Imputabilidade:
- Sistemas de imputabilidade:
Obs: O Código Penal adota como regra o sistema biopsicológico, porém, quanto aos
menores de 18 anos, adota-se o critério biológico.
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Além dos dois primeiros elementos, exige-se que nas circunstâncias o autor tivesse
possibilidade de realizar outra conduta, de acordo com o ordenamento jurídico.
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4) PUNIBILIDADE:
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Limites à punibilidade:
- O art. 312, §3º, CP, - no peculato culposo, se o agente repara o dano antes da
sentença irrecorrível extingue a punibilidade.
a) Crime consumado:
Obs: Crime permanente: sua consumação se protrai no tempo, perdurando até que
cesse o comportamento do agente. Ex.: extorsão mediante sequestro, tráfico de
drogas.
Crime Material: o tipo penal descreve conduta + resultado naturalístico (que, para a
consumação, é indispensável). Ex.: art. 121, art. 155, CP.
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Crime de mera conduta: o tipo penal descreve conduta sem resultado naturalístico.
Com a conduta se dá a consumação.
b) Crime tentado:
- Início da execução;
Formas de tentativa:
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Tentativa não cruenta (ou tentativa branca) – o golpe desferido não atinge o
corpo da vítima (não há lesão efetiva).
Tentativa cruenta (ou tentativa vermelha) – o golpe atinge o corpo da vítima (há
efetiva lesão).
- Culposo
CCHOUP
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Desistência Voluntária:
Conceito: o sujeito ativo abandona a execução do crime quando ainda lhe sobra, do
ponto de vista objetivo, uma margem de ação.
Arrependimento Eficaz:
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
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CONCURSO DE PESSOAS:
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II) concurso necessário (plurissubjetivo) – só pode ser praticado por número plural
de agentes. O concurso passa a ser elementar do tipo. Subdivide-se em:
1) Liame subjetivo (pessoas unidas para o mesmo fim): Os agentes, para caracterizar
o liame subjetivo, devem atuar com vontade homogênea, convergindo para o mesmo
resultado.
AUTORIA:
Autor é quem (1) realiza o verbo núcleo do tipo (Código Penal) ou aquele que,
embora não realize o verbo, (2) tem o domínio final do fato (STF e DOUTRINA).
COAUTORIA:
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PARTÍCIPE:
Espécies de partícipe:
AUTORIA MEDIATA:
Considera-se autor mediato aquele que, sem realizar diretamente a conduta prevista
no tipo, comete o fato punível por meio de outra pessoa, usada como seu
instrumento.
1ª) Erro determinado por terceiro (art. 20, §2º, CP) – quem determina o erro é autor
mediato. Quem errou é seu instrumento. Neste caso, seria autoria mediata valendo-
se de agente culpável.
2ª) Coação moral irresistível (art. 22, 1ª parte, CP) – o coator é autor mediato. O
coato (ou coagido) é seu instrumento.
3ª) Obediência hierárquica (art. 22, 2º parte, CP) – o superior é o autor mediato. O
subordinado é seu instrumento.
4ª) Instrumento impunível (art. 62, III, CP) – ex: agente que se vale de um incapaz
para praticar um delito.
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Fala-se em autoria colateral quando dois agentes, embora convergindo suas condutas
para a prática de determinado fato criminoso, não atuam unidos pelo liame
subjetivo.
Nada mais é do que espécie de autoria colateral (sem liame subjetivo), porém, não se
consegue determinar qual dos comportamentos causou o resultado. Ex.: os dois
atiram, um deles mata e o outro erra o tiro, mas não se sabe afirmar quem matou.
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A pena é uma consequência da prática de uma infração penal, sendo ela uma espécie
de sanção penal, que tem como característica a privação de determinados direitos e
bens jurídicos. A sua imposição depende de um devido processo legal, onde se apura
a autoria e materialidade de um delito praticado.
FINALIDADES DA PENA:
a) RETRIBUTIVA: Para esta, a pena seria uma forma de retribuição pela prática de
um delito. Portanto, não há fim socialmente útil para a pena, funcionando apenas
como um castigo para o criminoso.
b.1) Prevenção geral: Esta visa intimidar a sociedade antes da prática do crime,
sendo que, ao ver a possibilidade de aplicação da pena, o agente não cometeria o
crime. Essa prevenção geral é observada no momento da criação do tipo penal.
O artigo 5º, XLVI da Constituição Federal traz que a lei regulará a individualização
da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
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b) perda de bens;
c) multa;
As penas são:
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
E por fim, o artigo 5º, XLVII da Constituição Federal diz que não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
Art. 33, CP - A pena de RECLUSÃO deve ser cumprida em regime fechado, semi-
aberto ou aberto. A de DETENÇÃO, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo
necessidade de transferência a regime fechado.
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O art. 33, §2º do Código Penal diz que as penas privativas de liberdade deverão ser
executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, e elenca que a
fixação do regime inicial de cumprimento de pena se dará da seguinte forma:
b) pena superior a 4 (quatro) anos e que não exceda a 8 (oito): o condenado, se não
for reincidente, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
REGIME FECHADO:
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REGIME SEMI-ABERTO:
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie
o cumprimento da pena em regime semi-aberto.
REGIME ABERTO:
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DETRAÇÃO:
O Código Penal previu que o juiz deverá aplicar as penas adotando o CRITÉRIO
TRIFÁSICO previsto no artigo 68, do Código Penal.
Assim, serão três fases a serem observadas na aplicação da pena, quais sejam:
Obs: O rol das agravantes é um rol taxativo e o rol das atenuantes é um rol
exemplificativo. 10 2
REINCIDÊNCIA:
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SOLDADO PMMG
PROFESSOR: DANIEL BUCHMÜLLER
I – prestação pecuniária;
– aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena
aplicada, se o crime for culposo;
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PENA DE MULTA:
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a
5 (cinco) vezes esse salário.
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
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V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e
terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou
grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à
constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a
delinqüir
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