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Faculdade PROJEÇÃO – Ciências Contábeis

RESCISÃO
1. Homologação

Art. 500. O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência
do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do
Trabalho ou da Justiça do Trabalho.

2. Férias

Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao
empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de
férias cujo direito tenha adquirido.

Parágrafo único. Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o


empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao
período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por
mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.

Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir
em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à
remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo
anterior.

3. Multa FGTS

- Quando o empregador demitir sem justa causa, deve, por ocasião da rescisão do contrato,
depositar 50% do total de todos os depósitos realizados na conta vinculada do trabalhador,
atualizados monetariamente e mais os juros, sendo 40% na conta vinculada deste, e 10% para
contribuições sociais de que trata a Lei Complementar nº 110, de 26/06/01

- Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a
depositar na conta vinculada do empregado, além dos 40% previstos na alínea "e" ou 20%
previstos da alínea "f", os valores relativos aos depósitos referentes ao mês de rescisão e ao
imediatamente anterior que ainda não houver sido recolhido.

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4. Indenização

Art. 477. É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do
respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o
direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha
percebido na mesma empresa.

§ lº. O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por
empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do
respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho.

Art. 478. A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1(um)
mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis)
meses.

Por exemplo: Se o funcionário trabalhou de um ano completo a um ano e cinco meses, incluindo
férias, recebe um mês do maior salário que recebeu no condomínio. Assim por diante: ele recebe
um salário por cada ano trabalhado, e a fração correspondente acima de seis meses.

§ lº. O primeiro ano de duração do contrato por prazo indeterminado é considerado como período
de experiência, e, antes que se complete, nenhuma indenização será devida.

5. Justa causa

Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

a) ato de improbidade;

b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando
constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao
serviço;

d) condenação criminal do empregado, passada sem julgado, caso não tenha havido suspensão da
execução da pena;

e) desídia no desempenho das respectivas funções;

f) embriaguez habitual ou em serviço;


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g) violação de segredo da empresa;

h) ato de indisciplina ou de insubordinação;

i) abandono de emprego;

j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas
físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e
superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

l) prática constante de jogos de azar.

6. A justa causa do empregado

Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização
quando:

a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes,
ou alheios ao contrato;

b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;

c) correr perigo manifesto de mal considerável;

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra
e boa fama;

f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa,


própria ou de outrem;

g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.

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7. O Aviso Prévio
7.1.Prazo e indenização

Art. 487. Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o
contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
II - 30 (trinta) dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12
(doze) meses de serviço na empresa.
§ lº. A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu
tempo de serviço.

§ 2º. A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar
os salários correspondentes ao prazo respectivo.

Notas:

- Acrescenta-se à indenização férias e 13o. proporcionais, e a média mensal das horas extras
por mês, nos últimos 12 meses.
- O FGTS incide normalmente sobre o salário dos 30 dias de aviso-prévio, ou sobre a
indenização.

7.2.Redução da jornada

Art. 488. O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a


rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem
prejuízo do salário integral.

Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias
previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral,
por 1 (um) dia, na hipótese do inc. I, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inc. II do art.
487 desta Consolidação.

Nota: É ilegal e inconveniente operar o aviso-prévio retroativo, ou seja, registrar a data da


rescisão do contrato de trabalho como de 30 dias antes. Em uma ação trabalhista, o Juiz pode
considerar que não houve a redução de duas horas diárias da jornada de trabalho, e
determinar o pagamento das horas-extras correspondentes.

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8. ATIVIDADES DA AULA:
8.1. DEMITIR UM FUNCIONÁRIO SEM AVISO PRÉVIO NO DIA 15/08/2010, SEM JUSTA
CAUSA. EMITA TODOS OS FORMULÁRIOS NECESSÁRIOS.
8.2. DEMITIR UM FUNCIONÁRIO SEM AVISO PRÉVIO NO DIA 20/08/2010, POR TER
AGREDIDO FISICAMENTE O PATRÃO. EMITA TODOS OS FORMULÁRIOS NECESSÁRIOS.
8.3. FECHAR A FOLHA DE AGOSTO DE 2010.
8.4. EMITIR AS GUIAS DE INSS E IRRF

Brasília – DF, 6 de Outubro de 2010

Professor
Alexandre Tostes Salin e Souza

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