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FRANCA
2014
DIEGO MULLER OLIVEIRA SANTUCCI
Orientadora:__________________________________________________
Nome: Profª. Clarissa Fullin Barco
Instituição: Universidade de Franca
Examinador(a):________________________________________________
Nome: Prof(a).
Instituição:
Examinador(a):________________________________________________
Nome: Prof(a).
Instituição:
Franca, ___/___/___
DEDICO este estudo a minha orientadora e à Pâmela, em seguida a
empresa que me concedeu as informações necessárias, aos professores
presentes ao longo da minha formação e aos meus amigos.
AGRADEÇO primeiramente a Deus; a minha orientadora, aos meus
pais que são pessoas importantes da minha formação, a Pâmela, fonte
de força e determinação, que me fizeram capaz de concluir mais esta
etapa.
É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória,
mesmo expondo-se à derrota, do que, formar fila com os pobres de
espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na
penumbra cinzenta que não conhece nem a vitória nem a derrota.
Theodore Roosevelt
RESUMO
This article discusses the results of computerization of planning and maintenance control
sector, presenting the importance for competitiveness of organizations. It also presents the
integrated systems management concepts, which are part of the context management software
used to organize the maintenance activities in order to support the planning area and
maintenance control efficiently. The problem context is limited to a sugar and alcohol
production company located in the region of Franca which was able to transform the manual
activities for the computerized system. The objective of the study is to conduct a comparative
analysis of the manual with the computerized system, pointing out the advantages and
disadvantages of using each of them. Throughout the study the theoretical concepts were
presented, the case study method used for research development and the analysis of the
environment studied, seeking to raise the necessary information to present the results at the
end of the research.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 12
1.1 TEMA E JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 13
1.2 O PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................... 13
1.3 OBJETIVO .................................................................................................................... 14
1.4 MÉTODO DE PESQUISA............................................................................................ 14
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................. 15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 16
2.1 HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO ................................................................................ 16
2.2 MANUTENÇÃO COMO FUNÇÃO ESTRATÉGICA ................................................ 18
2.3 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL .................................................................... 19
2.4 DIVISÃO DA MANUTENÇÃO................................................................................... 21
2.4.1 Manutenção Corretiva .................................................................................................. 22
2.4.2 Manutenção Preventiva ................................................................................................ 22
2.4.3 Manutenção Preditiva ................................................................................................... 23
2.4.4 Manutenção Detectiva .................................................................................................. 23
2.4.5 Engenharia de Manutenção........................................................................................... 24
2.5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE MANUTENÇÃO .......................................... 25
2.6 SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (SIG) ........................................................ 27
3 MÉTODO DE PESQUISA......................................................................................... 30
4 ESTUDO DE CASO ................................................................................................... 32
4.1 A EMPRESA ................................................................................................................. 32
4.2 O PROCESSO PRODUTIVO ....................................................................................... 33
4.2.1 Recepção da cana .......................................................................................................... 34
4.2.2 Extração do Caldo......................................................................................................... 34
4.2.3 Tratamento do Caldo .................................................................................................... 35
4.2.4 Caldeiras ....................................................................................................................... 35
4.2.5 Produção de Açúcar ...................................................................................................... 36
4.2.6 Produção de Etanol ....................................................................................................... 37
4.2.7 Circuito de Águas ......................................................................................................... 37
4.2.8 Geração de Energia ....................................................................................................... 38
4.3 O PCM ........................................................................................................................... 38
4.4 O SOFTWARE DE MANUTENÇÃO (COSWIN) ...................................................... 40
4.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................. 41
4.5.1 Levantamento e Cadastramento de Equipamentos ....................................................... 43
4.5.2 Ordem de Serviço ......................................................................................................... 45
4.5.3 Indicadores de Desempenho ......................................................................................... 50
4.5.4 Treinamento e Capacitação........................................................................................... 54
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 56
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 58
12
1 INTRODUÇÃO
1.3 OBJETIVO
O presente trabalho foi divido em quatro capítulos, sendo que o primeiro visa
apresentar o material teórico utilizado como base para desenvolvimento do estudo, o segundo
traz uma vasta revisão bibliográfica, o terceiro descreve o método escolhido para o trabalho e
o quarto e último traz o levantamento do estudo de caso e análise dos resultados.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
na maioria das vezes superdimensionados. Aliado a isso, pode-se perceber também, que não
se priorizava a produção em massa, exigindo uma manutenção apenas de reparação de falhas,
ou seja, corretiva.
A segunda geração é o momento em que se intensifica a busca por
maior disponibilidade de equipamentos e serviços, período compreendido no início da
Segunda Guerra Mundial até a década de 60. Já que os recursos se tornavam escassos e a
maior efetividade poderia trazer vitória, nesse momento também é possível verificar uma
elevação dos custos de manutenção que passou a ser feita em intervalos fixos, gerando assim
a necessidade de um sistema de planejamento e controle de manutenção, sendo parte
integrante hoje da manutenção moderna.
A terceira geração inicia-se a partir da década de 70, posto que houve
uma paralisação da produção, diminuindo capacidade e afetando a qualidade dos produtos.
Com as tendências mundiais de se utilizar sistemas “just-in-time”, a automação industrial para
controle dos sistemas produtivos aumentou, e com isso o número de equipamentos
controlados pelo departamento de manutenção passou a ser maior, influenciando diretamente
no aumento das falhas geradas, criando a necessidade de uma manutenção controlada, onde se
reforçou o conceito de manutenção preventiva.
Com o desenvolvimento tecnológico, segundo Nepomuceno (1985), as
máquinas se tornaram cada vez mais modernas, rápidas e inseguras, exigindo uma matéria-
prima padronizada e de maior qualidade e operadores capazes de responder rapidamente às
variabilidades dos equipamentos, fatores que tornam tais máquinas cada vez mais
dependentes de manutenção eficiente e adequada.
A manutenção acompanhou esse desenvolvimento e agora vem trazer um
enfoque novo, uma mudança de paradigma, pela qual o homem do futuro será o responsável
por evitar que os problemas aconteçam e vai intervir o mínimo possível na planta (PINTO;
XAVIER, 2007). Para que isso aconteça tornou-se importante a utilização de sistemas
computadorizados para auxiliar nas tarefas de gerenciamento dos dados, visto que a
quantidade de informações tende sempre a aumentar, dificultando o controle manual das
informações.
18
gerenciar a manutenção, algo que deve ser feito com cautela e muito estudo, buscando atender
todos os departamentos, seções e divisões da fábrica.
Todas essas informações levam a uma visão nova da manutenção que segundo
Pinto e Xavier (2007), é garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações
de maneira adequada, preservando a segurança, meio ambiente e custos. Assim, a função
manutenção se torna fonte de estratégia para sobrevivência de uma organização, levando em
consideração que ela pode ser responsável por alguns benefícios como: aumento de
produtividade, redução de falhas produtivas, tempo para desenvolvimento de novos produtos
e serviços, redução de custos e aumento do nível de serviço.
de análise da situação atual, dos riscos e de como o novo sistema vai interagir com a
produção, visando deixá-lo o mais próximo possível do planejamento inicial.
A manutenção produtiva total administrativa é um dos pilares que busca
eliminar perdas geradas pelo trabalho de escritório, aplicar as técnicas do MPT para os
processos administrativos, reduzindo o tempo gasto na transmissão de informações
importantes para a saúde da organização.
Por último o pilar de segurança, saúde e meio ambiente priorizando o
acidente zero, além de proporcionar um ambiente que garanta a preservação e bem estar dos
funcionários e do meio ambiente. Essa etapa pode ser realizada em conjunto com o setor de
segurança no trabalho e ajuda a encontrar riscos que podem ser minimizados.
Todos esses conceitos e processos de desenvolvimento são parte da filosofia de
manutenção produtiva total e são pontos cruciais para o bom desempenho do setor de
manutenção.
por todos do setor de manutenção, como também para os setores de apoio e setores
produtivos.
execução da atividade, sabendo com antecedência das falhas que o equipamento pode ter,
evitando as indesejadas paradas nos processos produtivos. Referindo-se a indústrias de
processos contínuos, a previsibilidade de falhas se torna ainda mais necessária, fazendo que o
setor busque desenvolver históricos detalhados e planos capazes de antever possíveis
problemas. Manutenção Preventiva “(...) Visa eliminar ou reduzir as probabilidades de falhas
por manutenção (limpeza, lubrificação, substituição e verificação) em intervalos de pré
planejados” (SLACK et al. 2002 apud NETTO, 2008, p. 23).
Outra maneira conhecida de identificar a manutenção preventiva é pelos
intervalos de tempos fixos para realização da manutenção, conhecida também como TIME
BASED MAINTENANCE – TBM ou Manutenção Baseada no Tempo, que são serviços
executados em intervalos previamente definidos, ou de acordo com critérios prescritos,
promovendo a redução da probabilidade de falhas (CARVALHO et al., 2009).
Toda empresa visa o lucro, para tanto, utiliza equipamentos e mão de obra que
transformem materiais em produtos acabados. Dessa maneira, as organizações relacionam a
manutenção com rentabilidade, uma vez que essa última exerce influencia direta na
capacidade de produção e, consequentemente, no custo operacional dos equipamentos
(VIANA, 2002).
Segundo Viana (2002), o impacto do PCM para a saúde de uma empresa é
importantíssimo, ele se torna peça chave para os bons resultados da produção, suprindo suas
necessidades de melhorias e garantindo maior disponibilidade às áreas produtivas.
“Logo, a tendência de mercado é de que a Manutenção ocupe um nível de
gerência departamental, da mesma forma que a operação. O PCM é um órgão staff, ou seja, de
suporte à manutenção, sendo ligado diretamente à gerência de departamento” (VIANA, 2002,
p. 20).
Branco Filho (2008) salienta ainda que, apesar dos benefícios do controle
manual, este só deve ser utilizado se a empresa for muito pequena e possuir poucas máquinas,
visto que o controle informatizado permite levantamento de dados para uso na empresa como
um todo integrando diversas áreas em velocidades incríveis, justificando sua utilização.
3 MÉTODO DE PESQUISA
manutenção pode ser um fator estratégico, desde que haja gerenciamento em suas operações,
de maneira qualitativa ou quantitativa.
O presente estudo teve uma abordagem qualitativa, que definida por Kauark et
al. (2010), trata-se de uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, não sendo
necessária a utilização de métodos e técnicas estatísticas, sendo o ambiente natural a principal
fonte dos dados, é descritiva e a analise é indutiva, não podendo ser transformada em
números.
É considerada como abordagem qualitativa, por se tratar especificamente de
um estudo de caso que almeja comparar os dados dos dois sistemas de gerenciamento do
planejamento e controle de manutenção, sendo um informatizado e outro manual. As
informações foram coletadas através de um software de manutenção, exemplos das atividades
realizadas, dados advindos do feed back das ordens de manutenção e planilhas de controle
capazes de garantir diagnóstico das atividades do setor.
De acordo com as informações levantadas na presente pesquisa passaremos à
análise dos resultados comparativos entre o processo manual e o informatizado, visando
responder a questão de pesquisa. Essa análise será realizada partir de relatórios, imagens e
processos advindos do sistema de manutenção, além de outros dados, tais como:
treinamentos, planilhas de controle, gráficos de eficiência, disponibilidade e falhas produtivas.
32
4 ESTUDO DE CASO
4.1 A EMPRESA
capaz de minimizar os riscos das falhas. Além disso, são equipamentos que causam impacto
direto na produtividade, exigindo controle muito maior nas atividades de manutenção,
controle de sobressalentes e tarefas preventivas.
4.2.4 Caldeiras
minerais. Para combustão, ambas as caldeiras utilizam-se do bagaço que sai das moendas
localizadas no setor de extração, e que é transportado através de transportadores de borracha
até os alimentadores da caldeira, fluxo que pode ser percebido através do fluxograma
produtivo.
As caldeiras possuem ainda processos de limpeza dos gases, caracterizado por
ser um sistema de contra fluxo onde os gases são aspirados através de exaustores e são
lançados pelas chaminés isentos de água ou demais particulados, que seguem para o próximo
sistema, o de controle de fuligem. Esse se utiliza de um projeto que consiste em decantar o
particulado, obtendo apenas água que possa ser reaproveitada no processo.
Trata-se da área mais vulnerável da empresa, pois exige um monitoramento
contínuo e muito especifico, uma vez que qualquer operação incorreta poderá causar enorme
prejuízo à organização, bem como graves riscos a segurança dos colaboradores.
Esse setor pode ser divido em duas áreas, uma delas sendo a estação de
tratamento de águas (ETA) e o outro a desmineralização da água. A ETA pode ser
caracterizada por ter piscinas e torres de resfriamento que capacitam o bombeamento de água
novamente para o processo produtivo, como se pode perceber na Figura 4, a água é utilizada
em todos os setores. Na desmineralização o processo utilizado é o de osmose reversa, onde
um solvente é separado de um soluto de baixa massa molecular, através de uma membrana
permeável ao solvente, mas não ao soluto, retendo as partículas.
38
4.3 O PCM
setor se atente para essas mudanças e atualizações, não deixando um local com divergência
entre o equipamento instalado em campo e o identificado nos controles;
Análise dos indicadores de eficiência: o PCM deve estar sempre com os
indicadores de eficiência atualizados, eles são os itens mais importantes para identificar se a
manutenção caminha de acordo com a expectativa, são responsáveis por mostrar as
informações necessárias para avaliar as atividades do PCM, garantindo facilidade em
encontrar os gargalos das atividades, falhas de comunicação, falta de eficiência e outros
fatores que podem garantir sucesso ao setor.
O setor também conta com outras áreas de auxílio, que fornecem as
informações de manutenção preventiva e preditivas realizadas ao longo do período produtivo.
Essas áreas de manutenção também informam suas necessidades ao PCM, uma boa atitude
que garante que o setor domine uma gama maior de dados, que capacita a identificação de
problemas com antecedência, visando aumentar a disponibilidade dos equipamentos.
Desta maneira, o ambiente de PCM é quem reúne as informações operacionais
dos sistemas produtivos, colocando a necessidade de sistemas para auxiliar na execução e
controle desses dados. Uma quantidade dessas de informação dificulta o controle manual e
nem sempre o controle a partir de planilhas como as de Excel, são o bastante para gerenciar os
dados, uma vez que eles transitam em grande velocidade e quantidade. Pensando que o PCM
é a peça chave para realização das atividades de manutenção, podemos dizer também que, a
eficiência global das linhas produtivas está diretamente ligada com a maneira que o setor
gerencia essas atividades, tornando-as benéficas ou não para a disponibilidade de
equipamentos, confiabilidade dos sistemas produtivos e lucratividade, justificando-se assim a
utilização de um software dedicado capaz de suprir as necessidade e alcançar os objetivos.
Outro fato relevante a ressaltar é que nesse período muitas manutenções não
eram realizadas por falta de organização dos mantenedores e gestores que muitas vezes
perdiam as ordens de serviço.
Na figura 9, a seguir, é possível visualizar uma ordem de serviço manual,
criada em Excel, que visava suprir as necessidades de comunicação da manutenção.
47
Quando a ordem de serviço passou a ser parte do software, foi possível reunir
as informações necessárias em uma única tela do computador, facilitando a localização dos
equipamentos com um clique, padronizando a linguagem das informações contidas nas ordens
de serviço, aumentando a velocidade de confecção das mesmas, facilitando a localização do
equipamento em falha e reduzindo a inatividade da manutenção. Além disso, o programa
proporciona um ambiente capaz de identificar os serviços abertos e concluídos, facilitando
alocar as forças de trabalho nos pontos críticos. A Figura 10 abaixo apresenta uma ordem de
manutenção do sistema Coswin, evidenciando que os dados sobre o equipamento agora estão
em um banco de dados, que facilita a identificação da real necessidade de intervenção.
250
200
150
100
50
0
2010 2011 2012 2013
assim sendo, optou-se em definir que a avaliação do desempenho do setor seria realizada
mediante esses indicadores, com finalidade de medir e indicar se o caminho percorrido é o
correto e, ainda, avaliar se há necessidade de melhorias, que agreguem valores/custos de
alguma forma para a organização.
Com a informatização do setor de planejamento e controle de manutenção,
passou a ser capaz de identificar a eficiência de cada setor de manutenção a partir de
informações processadas no software. A figura 13 mostra um gráfico retirado do Coswin que
identifica a quantidade de ordens de serviço por tipo que foram executadas por cada área de
manutenção.
seja, cada linha de produção possui uma capacidade mensal e sempre que a mesma não está
sendo utilizada por qualquer que seja o motivo, considera-se uma parada produtiva.
A Figura 14 apresenta um gráfico que pode ser justificado diante da
necessidade de demonstrar a as horas paradas por manutenção, ou seja, quanto tempo
disponível para produção foi perdido realizando-se manutenção, sendo elas preventivas,
preditivas, corretivas ou qualquer outra necessária, que promoveu paralisação da produção.
É possível perceber a partir das informações deste outro indicador que no geral
aproximadamente 50% da disponibilidade total das linhas produtivas, são comprometidas
pelo setor de manutenção. Isso não é um cenário considerado bom, uma vez que o setor deve
ser o responsável por garantir a maior confiabilidade e disponibilidade das linhas de
produção, visando o aumento da lucratividade. Analisando esse gráfico a alta administração
pode tomar as decisões coerentes para tentar aumentar a efetividade da manutenção e diminuir
a quantidade de intervenções feitas, reduzindo os retrabalhos.
Criando-se um paralelo a este indicador de disponibilidade da linha produtiva,
pode-se dizer que ele garante o estudo de outro indicador o de produtividade. A produtividade
está diretamente ligada ao processo produtivo, e podemos dizer que se o mesmo está
funcionando de acordo com o esperado a produtividade é considerada a ideal. Um indicador
de produtividade pode ser o responsável por demonstrar os lucros advindos do processo
produtivo, evidenciando também o custo do tempo parado.
A figura 15 abaixo mostra um gráfico com informações retiradas do software
de manutenção que mostra um comparativo de produtividade nesse mesmo período onde a
manutenção comprometeu cerca de 50% da capacidade produtiva.
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350000
300000
250000
Capacidade Total
200000
Produção Efetiva
150000 Produção perdida
100000
50000
0
Linha 1 Linha 2 Geral
Além das constantes mudanças e da real dificuldade que muitos enfrentam com
operacionalização das novas tecnologias para a utilização de equipamentos contemporâneos,
ainda é possível sentir, concomitantemente, o grande impacto sofrido pelas mudanças da
cultura empresarial. Tais fatores tornam-se naturalmente, num primeiro momento, um
possível dificultador, para dar início em qualquer nova forma de desenvolvimento de
atividades, principalmente quando tiram as pessoas da sua zona de conforto e exigem novo
conhecimento, uma nova visão e principalmente novas práticas de trabalho.
É nesse momento que a empresa deve voltar-se ao treinamento e investimento
no desenvolvimento profissional de seus colaboradores. O treinamento é importante para
desenvolver as habilidades do indivíduo, possibilitando que o mesmo tire nas novas
tecnologias o melhor que elas possam oferecer em prol do seu próprio desenvolvimento, bem
como do crescimento da empresa, em busca da excelência.
Nesse sentido, foi desenvolvido um treinamento referente a cada área
específica, visando apenas apresentar as informações que cada setor deve gerenciar, não
alimentando informações desnecessárias.
Durante os treinamentos foi possível evidenciar as dificuldades dos
colaboradores em entender a missão e visão da organização, bem como a necessidade de
informações que permeia o ambiente produtivo, mostrando que seria necessário lidar de forma
diferente com cada colaborador, para viabilizar a estratégia.
Foi possível observar que tais problemas não são apenas encontrados na
informatização de um setor, mas sim em qualquer processo que exige mudança cultural dos
envolvidos. Alocar todo o treinamento no software melhorou a capacidade da manutenção de
55
desenvolver treinamento, facilitando a coleta dos dados e mostrando através de figuras que
melhorou o entendimento dos colaboradores das informações passadas no treinamento.
56
5 CONCLUSÃO
O propósito deste estudo de caso foi apresentar uma analise comparativa dos
mecanismos de gestão da manutenção, descrevendo algumas etapas executadas ao longo do
processo de informatização do setor de PCM em uma empresa de processo contínuo, visando
justificar o benefício que ele pode trazer para as atividades de gestão. As expectativas sob o
ponto de vista dos interessados, também foram atendidas, uma vez que a informatização
mostrou que é capaz de unir e integrar setores diferentes da organização e que possuem a
mesma finalidade, sendo ela melhorar a competitividade da empresa.
Foi desenvolvido também um sistema informatizado de manutenção que
permite o planejamento e controle das atividades que garante um histórico detalhado de
serviços executados, aumentando a confiabilidade do exercício da atribuição de cada ativo.
Essa realidade além de gerar maior confiabilidade ajuda na prevenção de possíveis falhas. O
resultado do projeto também trouxe maior conhecimento do sistema Coswin, que agora será a
principal ferramenta de trabalho do PCM, exercendo atividades mais conscientes, embasadas
em dados coerentes e concisos, facilitando a ação dos empregados e gestores da empresa. Tal
ação propiciou ainda maior engajamento por parte dos colaboradores junto aos processos de
manutenção, garantindo conhecimento das ferramentas disponíveis e facilitando a troca de
informações entre os setores.
Tais ações justifican-se através das expectativas sob o ponto de vista dos
diretores, que são de reduzir os custos produtivos, aumentar a disponibilidade da planta,
aumentar o tempo de utilização dos equipamentos e instalações e confiabilidade, que garante
aos clientes mais segurança na aquisição do produto. Vale lembrar também que os resultados
positivos dessa informatização só foram realmente possíveis devido ao comprometimento da
gerencia nas atividades necessárias para o bom funcionamento do software, investindo seu
tempo e recursos nas atividades certas. Com base nas etapas analisadas e na interpretação da
proposta, foi possível chegar a conclusões positivas da informatização do PCM.
O presente estudo permitiu concluir que as principais vantagens de
informatização são: (i) maior controle das informações necessárias para excelência na
manutenção; (ii) maior confiabilidade dos processos produtivos e dados de manutenção,
promovendo analises mais concretas, viabilizando processos de decisão; (iii) controle dos
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REFERÊNCIAS
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.