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ITESP

METODOLOGIA CIENTÍFICA

Andressa Maria da Silva

LITERATURA NO BRASIL: A DÉCADA DE 70 E A POESIA MARGINAL NOS


ANOS DE CHUMBO

Formosa-GO
2017
POESIA NO BRASIL: A DÉCADA DE 70 E A POESIA MARGINAL NOS ANOS DE
CHUMBO
SILVA, Andressa Maria da1

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo examinar de que modo ocorreu e quais foram as causas que deram
inicio à Poesia Marginal, por volta dos anos 70. A criação “marginal” criticou a experiência política durante a
repressão e, é através dessa literatura que tem-se acesso as memórias da pressão vivida durante a Ditadura
Militar no Brasil. No período de autoritarismo a produção literária da Geração Mimeógrafo ocorreu de forma
artesanal. Os poetas utilizavam a máquina de escrever e o mimeógrafo, pois estes tinham baixo custo e eram de
fácil articulação, em razão de serem em pequenas impressões. A poesia marginal era constituída por textos
sucintos, sendo que a escrita carregava traços de oralidade através da linguagem vulgar e recursos visuais como
quadrinhos. O conteúdo cotidiano era descrito através do sarcasmo, humor, gírias e uma pitada erótica. Foi por
meio desse movimento cultural que os intelectuais, artistas e poetas buscaram, por meio da literatura, uma
atuação social que, mesmo repreendida, se espalhou e ganhou força pelas ruas. Contudo, estes esforços não
foram suficientes para garantir, posteriormente, capítulos em livros didáticos, pois não foi considerado um
movimento literário pela crítica. Isso tem um motivo que está ligado diretamente a economia e censura, uma vez
que a disseminação de livros com teor revolucionário não seria lucrativa ou aceitável na época.
Palavras-chave: Geração Mimeógrafo; Ditadura no Brasil; Poesia Marginal; Literatura.

ABSTRACT: This paper aims at examining how it occurred and what were the causes that started the Marginal
Poetry, around the 70 's. The “marginal” creation criticized the political experience during the repression and it is
through this literature that one has access to the memories of the pressure lived during the Military Dictatorship
in Brazil. In the period of authoritarianism the literary production of the Mimeograph Generation took place in
an artisan way. The poets used the typewriter and the mimeograph, since they were inexpensive and easy to
articulate because they were small prints. Marginal poetry consisted of succinct texts, and writing carried traces
of orality through vulgar language and visual resources such as comics. The everyday content was described
through sarcasm, humor, slang, and an erotic pinch. It was through this cultural movement that the intellectuals,
artists and poets sought, through literature, a social performance that, even reprimanded, spread and gained
strength through the streets. However, these efforts were not sufficient to guarantee later chapters in textbooks,
since it was not considered a literary movement by the critics. This has a motive that is directly linked to
economics and censorship, since the dissemination of books with revolutionary content would not be profitable
or acceptable at the time.
Key-words: Generation Mimeograph; Dictatorship in Brazil; Marginal Poetry; Literature.

1
Graduanda em Letras – Português/Inglês, pela Universidade Estadual de Goiás-UEG. Endereço eletrônico:
andressamarie20@gmail.com.
1 INTRODUÇÃO literatura, pois as características marcantes
A década de 70, no Brasil, foi dos poetas e escritores que fizeram parte
marcada pelas rupturas políticas, sociais e dessa geração foram à busca pela mudança
econômicas. Foi um período histórico e o individualismo. O desejo de fuga dos
conturbado principalmente em meio às modelos impostos na época impulsionou a
artes. Nesse cenário de autoritarismo surge elaboração de livretos mimeografados, que
a “Poesia Marginal” que dá vida a um eram negociados em via pública, porque as
movimento cultural crítico. A luta contra a editoras e jornais não dariam espaço às
censura era desarmada e intelectual. criações com teor crítico, uma vez que não
Contudo, os esforços pelo direito à queriam que os livros fossem proibidos de
liberdade de expressão são encarados, até circular o que geraria forte prejuízo
os dias atuais, com olhar de indiferença. econômico. Percebe-se, então que a
Alguns críticos literários tentem a dividir rejeição da crítica em relação à poesia
esse momento histórico entre o bem e o autobiográfica na década de 70 está
mal, isto é percebido ao utilizarem termos diretamente ligada à economia. Se não
como “literatura marginal” ou “literatura gerava lucro, logo deveria ser descartada
do desbunde”. dos meios de circulação. A poesia marginal
Levanto aqui, através deste abalou as estruturas e, foi encarada como
quadro de silêncio e rejeição, uma análise ameaça as editoras que tinham grande
sobre a produção literária da década de 70 influência.
e, por que a crítica foi tão feroz quanto a Portanto, tem-se uma literatura
esse movimento. Sendo que os problemas testemunhal que permite a todos aqueles
sociais vividos durante os anos de chumbo que a levam em consideração, reviver e
marcaram a lírica dos poetas marginais, sentir o que, no passado, era corriqueiro
apontando assim os problemas sociais como a censura. Consequentemente, foi a
vividos durante o período ditatorial. É força da censura que instigou grande parte
possível perceber isso, por exemplo, dessa luta por direitos permitindo assim
através dos relatos autobiográficos dos da que, atualmente, existam documentos
geração mimeógrafo. Para alguns as significantes sobre os dias nos durante o
produções não eram encaradas como período de repressão.
2 A censura para formar massas leigas novos modos de expressão. A união entre
A repressão cultural após o golpe intelectuais, poetas e artistas em geral tinha
militar de 1964 visava às criações culturais como objetivo a manifestação artística e
que tinham teor político contrário. A cultural que ia contra o sistema opressor.
censura tornou-se mais forte a partir Quem produzia literatura e quem a
promulgação do Ato Institucional n° 5 (AI- consumia criaram uma ligação. Deste
5), em 1968. Qualquer manifestação modo, decifraram as ideias singulares que
cultural que possuísse o menor traço de eram relatadas e isto fortaleceu o laço da
rejeição política ou caráter ideológico seria resistência.
abolida, segundo FRANCO (1998). 2.1 A fuga através da marginalidade
De acordo com FRANCO (1998), De acordo com AMORA (s. d.), a
aqueles que usassem a escrita como forma década de 70 marcou o Brasil pela
de libertação das amarras sociais, como os ausência democrática, censura, repressão e
literatos e os músicos, encontraram perseguição daqueles que eram contra a
dificuldades de veicular suas produções. A ditadura militar. Com isso, o movimento
imprensa, por exemplo, sofria diariamente “marginal” se estabeleceu por meio da
com a repressão. Pode-se concluir que um literatura, surge, então, a “Geração
dos propósitos dos militares a ser atingido Mimeógrafo”. Este movimento carregava
com a censura estava além de apenas críticas e produções informais em oposição
silenciar a voz da sociedade. Um dos à ditadura. O desagrado político, social e
objetivos era desenvolver a ignorância econômico movimentou os protestos na
cultural e deformar a interação política e através da Poesia Marginal o que
intelectual dos cidadãos, pois isto contribuiu para que esta seja considerada,
favoreceria a formação de massas alheias atualmente, um dos movimentos culturais
ao destino do país. Contudo, a repressão mais expressivos.
não atingiu o seu objetivo efetivamente, AMORA (s.d.), indica que os
uma vez que eliminar as criações culturais discursos sinuosos que dominavam a
ou ter supervisionar isoladamente obras literatura iam em direção oposta ao que os
produzidas não foi possível. Aliás, a poetas marginais desenvolviam. O
censura, para muitos, era um estímulo formalismo foi posto de lado, dando assim
maior e que inspirou diversos autores. espaço a irreverente discussão de temas
Portanto, segundo Franco (1998), como: a censura, o abuso político, a
a contradição, que permeou a censura, indiferença com as minorias e isto permitiu
fortaleceu as bases para o aparecimento de discussões reais acercas desses assuntos.
De acordo com HUTCHEON (1991), carregava traços de oralidade através da
citada por AMORA (s.d.), o conceito de linguagem vulgar e recursos visuais como
“marginal” foge das definições quadrinhos. O conteúdo cotidiano era
estabelecidas, uma vez que, estar à descrito através do sarcasmo, humor, gírias
margem da sociedade, nesse caso, era usar e uma pitada erótica. O poema a seguir de
a arte para apontar problemas no meio Nicolas Behr, publicado em 1978, expõe a
social e cultural. memória do conservadorismo e conflitos
Utiliza-se a expressão diários mesclados à literatura:
“organismos revolucionários” para
salientar o modo de criação desta geração Receita
Ingredientes:
literária “[...] altamente heterogênea, os
2 conflitos de gerações
quais, em sua maioria, eram jovens 4 esperanças perdidas
3 litros de sangue fervido
universitários que se posicionavam à
5 sonhos eróticos
margem da editoração oficial.” (AMORA, 2 canções dos Beatles
s.d. p. 2). O desejo de fuga dos modelos
Modo de preparar
impostos na época impulsionou a
dissolva os sonhos eróticos
elaboração de livretos mimeografados, que
nos dois litros de sangue
eram negociados em via pública, porque as fervido
e deixe gelar seu coração
editoras e jornais não dariam espaço às
exibições com teor crítico, pois não leve a mistura ao fogo
adicionando dois conflitos de
queriam que os livros fossem proibidos de
gerações
circular o que geraria forte prejuízo às esperanças perdidas
econômico. A produção artesanal através
da máquina de escrever e do mimeógrafo
tinha baixo custo e fácil articulação, em
razão de serem em pequenas impressões,
indica AMORA (s.d.).
Os poetas que mais se
evidenciaram foram Chacal (1951-),
Cacaso (1944-1987), Paulo Lemisnki
(1944-1989), Torquato Neto (1944-1972) e
Nicolas Behr (1958-). Segundo VIEIRA
(2007), a poesia marginal era constituída
por textos sucintos, sendo que a escrita
corte tudo em pedacinhos esclarece que os inúmeros ingredientes
e repita com as canções dos
podem ser colocados em ordem diversa
beatles
o mesmo processo usado com nesta receita social e, que os mesmos têm
os sonhos
quantidades e modos de preparo distintos e
eróticos mas desta vez deixe
ferver um variados. Essa versatilidade permite que o
pouco mais e mexa até
poeta se enverede pela poesia política, ou
dissolver
pelos poemas românticos carregas de
parte do sangue pode ser
ilusões. O eu lírico pode usar sua voz para
substituído
por suco de groselha apontar os abalos sociais de acordo com a
mas os resultados não serão os
linha de pensamento em que mais se
mesmo
sirva o poema simples ou com identifique a escrever, nas palavras de
ilusões
Jutgla (2015).

2.2 Aversão a esclarecimentos: omitir


Segundo JUTGLA (2015) o poeta
parte da história e seguir em frente
expressa, neste poema, os problemas do
período ditatorial e como os jovens foram
Segundo Ginzburg, apud Santos
impactados. Porém, a narrativa se dá
(2010), relembrar a ditadura militar, em
através da calma, sem apelos
um país conservador e resistente a
demasiadamente melancólicos, mas sem
esclarecimentos passados, é enfrentar
deixar de lado a ironia. Logo no final o
diversas barreiras. Com isto pode-se
autor diz que: “parte do sangue pode ser
perceber que o trabalho de cineastas,
substituído/ por suco de groselha/ mas os
músicos, escritores e dançarinos, encaixa-
resultados não serão os mesmos/ sirva o
se em um anseio histórico. Ou seja, se
poema simples ou com ilusões.”, essa
academias, fundações e outros detentores
geração teve que lidar com a mudança de
de arquivos históricos os transformam em
“ingrediente” que nada mais é que uma
uma incógnita, dificultando o acesso, o
metáfora para falar do autoritarismo, visto
trabalho dos artistas torna-se um mediador
que a troca de um ingrediente acarretou
social em relação ao passado. Porém,
efeitos significativos no meio social e
Santos (2010), faz uma ressalva, pois
cultural.
rememorar acontecimentos passados
A poesia de resistência traça a
carrega o peso de lidar com as feridas e
história e pode ser mediadora para a esta
tentar superar o choque após aclarar o que
compreensão histórica. O poema “Receita”
estava omisso.
Os caminhos que os poetas Salgueiro, apud Santos (2010),
abordaram foram distintos indo do humor relata que a “Geração Beat” deu o pontapé
ao medo e, cada uma dessas produções são, inicial ao movimento de contracultura,
na atualidade, fonte de pesquisa, pois entre as décadas de 50 e 60, logo após
fornecem o corpus necessário para houve o movimento hippie e em seguida os
compreender que a geração mimeógrafo poetas do desbunde tomaram lugar no
lutava pela liberdade, mas suas armas não cenário cultural. Os escritores, em suma,
eram de fogo e sim máquinas de escrever rejeitados pela crítica literária,
que davam forma ao fluxo mental que chacoalharam os valores pré-estabelecidos
externalizavam. e trouxeram à tona as críticas sobre
“Se os adeptos da autoridade, poder e racionalidade. Eles
guerrilha urbana
acreditavam que o eram liberais com o corpo, não apenas de
autoritarismo do Estado
só poderia ser modo sexual, mas sim com o modo de
combatido com mais
violência, para os
expressão que as vestimentas possibilitam
filósofos iluministas a ou os gestos e uso de drogas.
instauração de um
tribunal da razão seria De acordo com Hollanda, apud
o processo a partir do
qual se venceria as Santos (2010), os jovens de espírito
trevas da ignorância e
da barbárie. Os poetas revolucionário “formam uma tradição
marginais, no sufoco da
ditadura, seguiram um
literária anticonvencional, cujos traços
terceiro caminho, o do recorrentes podemos delinear: [...]
desbunde. Desbunde
era o nome que os brevidade, força crítica do humor,
militantes de esquerda
davam para a atitude da poetização do relato cotidiano, anotação do
turma da contracultura,
o pessoal que usava momento político, libertação das
drogas, escutava rock,
lia os poetas beat, fazia repressões políticas e morais”. No entanto,
filmes em Super-8, não estes gritos de papel foram recebidos como
cortava os cabelos e
preferia fumar uma péssima literatura ou apenas não era
maconha a pegar em
armas ou se engajar em considerada como literatura pelas
partidos políticos.
Contra as atitudes universidades, imprensa e outros autores
beligerantes do
sistema, ações pacíficas
mais tradicionais.
e irreverentes.” A censura, o controle a respeito
(SANTOS, 2010, p. 88-
89). do que poderia ou não ser publicado estava
atrelado ao medo de que propagandas
revoltosas pudessem “contaminar” os
indivíduos contra as instituições
democráticas e cristãs. Dessa maneira, os permite que os textos conversem entre si.
delatores viam que “o meio artístico era o De acordo com Kisteva, apud Santos e
lugar em que comunistas e subversivos Frazão (2014, p. 6), “todo texto se constrói
estariam particularmente infiltrados, como um mo-saico de citações, todo texto
procurando fomentar a revolta na é absorção e transformação de outro texto”.
sociedade.” de acordo com Napolitano, É a partir da intertextualidade que a
apud SantoS (2010). paródia ganha efeito de linguagem. Isto
SANTOS (2010), indica que o ocorre pela transformação do significado
controle através da ilusão do “milagre de determinado conteúdo. A paródia na
econômico” contribuiu para o visão de Mikhail Bakhtin (1895-1975), a
desenvolvimento dos meios de paródia usa o peso da fala do outro,
comunicação e simplificou o acesso até as contudo ganha a forma contrária à ideia
massas e favoreceu o seu controle. A originalmente proposta. Os discursos não
população, especialmente os pertencentes se unem, uma vez que a linguagem criada a
da classe média, optaram por trocar a partir do texto parodiado tem papel
liberdade pela facilidade em adquirir bens contrário em relação ao texto antecedente.
matérias como uma TV nova ou carro do Santos e Frazão (2014),
ano. Assim, contemplaram seus bens e esclarecem que foi graças a esses recursos
taparam os olhos para a realidade social em de linguagem a poesia marginal conseguiu
que estavam inseridos. As chances de atingir o objetivo que era a criticar os
ascensão social formaram indivíduos moldes políticos da época e, deste modo
alienados e até avessos às mudanças. E, formaram a sua identidade. Para
quem se calou, contribuiu para os anos de compreender melhor as questões aqui
autoritarismo. levantadas será analisado o poema
“Canção do exílio” de Gonçalves Dias
2.3 INTERTEXTUALIDADE: A (1823-1864), que aparece no poema “Jogos
MARCA DA POESIA MARGINAL Florais I” de Cacaso:
Segundo Santos e Frazão (2014), Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
os poetas do desbunde faziam uso recursos
Enquanto isso o sabiá
como: metáfora, intertextualidade e vive comendo o meu fubá.
paródia. A metáfora agrega o tom de ironia
Ficou moderno o Brasil
e duplo sentido necessários para enfatizar a ficou moderno o milagre:
a água já não vira vinho,
crítica. Já a intertextualidade, que é a
vira direto vinagre.
elaboração de um texto com base em outro,
Santos e Frazão (2014), sabiá, enriquece
explorando e
esclarecem que neste poema o que enganando os
brasileiros.” (SANTOS
predomina é a paródia, pois logo nos e FRAZÃO, 2014, p.7-
8).
primeiros versos há troca de vocábulos
como “sabiá” por “tico-tico” fazendo Ocorrem, na segunda estrofe, duas
menção a uma música cantada por intertextualidades, sendo a primeira delas
Carmem Miranda (1909-1955). Nos relacionada ao “milagre brasileiro” ou
próximos versos, ainda da primeira estrofe, “milagre econômico” em que as massas se
brincam que é o sabiá quem come o fubá. corromperam e aceitaram o poder militar.
Tem-se aí o povo brasileiro representado Por fim, a palavra “milagre” nos últimos
pelo pássaro tico-tico que: versos faz traz uma referência bíblica na
qual é relatada a transformação de água em
“em um momento em
vinho, porém nesse caso a mudança vai da
que músicas como
‘Apesar de você’ de água para o vinagre dando um sentido ruim
Chico Buarque viraram
hino de protesto e àquilo que outrora foi visto como graça,
crítica à repressão
política. conforme Santos e Frazão (2014).
Coincidentemente, ou
não, o tico-tico canta,
enquanto a ditadura, o
3 CONCLUSÃO questionamentos sobre a repressão e
censura sofridos anteriormente.
Como foi relatado nessa breve Fica claro que a poesia marginal
revisão crítica sobre a poesia marginal foi martirizada pela crítica literária
brasileira, a memória e o discernimento das justamente pelo autoritarismo, pois ela
gerações pós-ditadura militar foi impressa cumpriu seu papel como literatura com
nos textos mimeografados. Mesmo estes teor histórico social. Deste modo, findo
livretos estando à margem do chamado essa investigação considerando a formação
mercado de editoração oficial, social brasileira tocada pela poesia e sua
evidenciaram-se em meio à Literatura linguagem a frente do seu tempo e pérvio
Brasileira do século XX e marcaram o que esta luta não terminou, há ainda muito
nome de grandes poetas. E, assim passam que ser conquistado quando se trata de
por cima da crítica avessa a poesia de poesia marginal, mas estes serão estudos
testemunho. destinados a muitas outras gerações.
Ficou claro que a abordagem
estética utilizada pelos poetas marginais ia
em direção oposta ao que era exaltado no
meio literário da época. Procurei examinar
um dos poemas, que circulou durante o
período de forte impacto político, no
intuito de averiguar e sentir como a
construção dos versos tinha forte impacto
político-social. Contemplar sobre os
problemas socioculturais do passado nos
traz uma reflexão sobre o atual momento
em que estamos inseridos. Surgem
REFERÊNCIAS
AMORA, André Luiz Alves Caldas. A marginalidade na arte: reflexões sobre a poesia de
panfletos. Disponível em:
<http://www.filologia.org.br/cluerjsg/ANAIS/ii/completos/mesas/10/andreluizacamora.pdf>
Acesso em: 15 mar. 2017.

JÚNIOR, Luiz Guilherme dos Santos. UMA REVISÃO CRÍTICA DA


POESIA MARGINAL BRASILEIRA. Disponível em: <
http://www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL12-Art13.pdf> Acesso em: 15 mar. 2017.

JUTGLA, Cristiano Augusto da Silva. Poesia de resistência e a luta por Direitos Humanos.
Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/98618/107118> Acesso
em: 18 mar. 2017.

FRANCO, Renato. Censura e modernização cultural à época da ditadura. Disponível em:


<http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/2061/1688>
Acesso em: 19 mar. 2017.

SANTOS, Vitor Cei. POESIA MARGINAL: LÍRICA E SOCIEDADE EM TEMPOS DE


AUTORITARISMO. Disponível em:
<http://w3.ufsm.br/grpesqla/revista/num16/RevLitAut_art06.pdf> Acesso em: 22 mar. 2017.

SANTOS, Raquel da Silva; FRAZÃO, Idemburgo. LITERATURA E HISTÓRIA: POESIA


MARGINAL EM DESTAQUE. Disponível em:
<http://www.filologia.org.br/vi_sinefil/resumos/literatura_e_historia_a_RAQUEL.pdf>
Acesso em: 23 mar. 2017.

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