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22/09/2018 Autonomia do aprendiz na educação a distância – Revista Partes

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Autonomia do aprendiz na educação a distância


23
DEZ
Michelle Salgado Ferreira Arcúrio

publicado em 23/12/2008

Resumo 

                            O objetivo deste artigo é realizar uma re exão a respeito da autonomia no processo de aprendizagem na
modalidade a distância. O tema será desenvolvido a partir de eixos norteadores que visam ampliar as percepções a
respeito do processo da autonomia intelectual, da necessidade e desa os da educação a distância no cenário mundial, a
função social da formação continuada e as novas exigências da aprendizagem.  

Palavras-chave: Autonomia, educação a distância, função social e aprendizagem.

Introdução 

A sociedade, de forma geral, sempre buscou estruturar normas, costumes e benefícios para oportunizar a propagação
de sua espécie, qualidade de vida, bem como a construção de mecanismos que pudessem atender suas necessidades.
Inicialmente, a sociedade agrícola buscava aprimorar seus instrumentos primários para o plantio, colheita e confecção
de manufaturas. Já na sociedade industrial, o foco era elevar a produção de objetos industrializados e a educação era
tecnicista. Atualmente, a sociedade do conhecimento exige atualização quase imediata e a válvula propulsora desta é o
saber. Neste momento, ajustar a vida social, pro ssional e educacional é primordial para a sobrevivência. Desse modo, a
aprendizagem à distância surge como uma possibilidade e cria-se um novo olhar para a educação, já que esta ajusta a
globalização do conhecimento e a personalização do estudo.

A Educação a Distancia, é um modelo educacional histórico que se utiliza dos mecanismos tecnológicos disponíveis e
pertinentes em cada época para alcançar uma determinada população. Atualmente, a mesma é vista como uma
modalidade de aprendizagem e está inserida, formalmente, no contexto educacional e apresenta expansão veloz no
cenário mundial. Tal fato pode ser compreendido ao analisar-se as novas demandas políticas e sociais, posto a
necessidade e exigência do aperfeiçoamento pro ssional no mercado de trabalho, bem como a continuidade dos
afazeres do cotidiano, algo que demanda tempo.

Na dimensão econômica, sabe-se que a redução de custos é primordial e o modelo de formação a distância favorece a
diminuição gastos nanceiros para os cofres públicos e particulares.

No âmbito tecnológico, ressalta-se que as inovações da tecnologia possibilitam novas situações de aprendizagem, como
a rmado por Preti, 2005. A esfera pedagógica observa a educação a distância como uma modalidade exível e que
corresponde com o paradigma da autoformação, algo alternativo e necessário no atual contexto.

A educação tem buscado acompanhar as transformações sociais ocorridas ao longo dos anos, sem denegrir sua função
social, que é, primordialmente, possibilitar o pleno desenvolvimento humano. Destarte, a modalidade a distância de
ensino sugere um mecanismo plausível e inegável, pois atende às novas demandas socialmente impostas.

Autonomia na Aprendizagem

 
S HA R E S

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Primeiramente, busca-se a de nição de autonomia que signi ca “capacidade de governar a si mesmo”, (HOUAISS, 2004,
p.78). Nota-se que se um indivíduo é autônomo, ele é capaz de administrar seus compromissos e, neste caso, sua
aprendizagem. Por isso, gera resistências, haja vista que a autoformação denota perda para quem “possui o saber”.
Assim, a autonomia é uma conquista e se consolida com a maturidade, o crescimento e na convivência.

Sabe-se que cada indivíduo tem formas preferenciais de aprendizagens que são consolidadas, paulatinamente, ao longo
de seu processo escolar. E, para que o aprendiz construa sua autonomia processualmente, o ensino à distância
oportuniza e viabiliza várias linguagens de aprendizagem para um determinado assunto. Tal fato demonstra que este
contempla vários componentes para o desenvolvimento do sujeito enquanto ser ativo no processo de aquisição do
conhecimento (hipertextos, debates, conferências, fóruns, vídeos, imagens e etc.), ou seja, facilita e enriquece o
desenvolvimento intelectual.

A autonomia na aprendizagem é algo peculiarmente democrático e requer disciplina, decisão, organização, persistência,
motivação, avaliação e responsabilidade. No que tange a educação a distância, ser um aprendiz autônomo é saber
utilizar-se dos recursos tecnológicos que esta modalidade disponibiliza, adequando-os às reais necessidades
individuais, o que signi ca dizer: exibilidade de horário para o estudo, atendimento personalizado, inovação das
metodologias de ensino, aperfeiçoamento e novas possibilidades de avaliação da aprendizagem, sem denegrir suas
normatizações legais, assim como a ampliação de relacionamentos interpessoais. Além disso, tal modalidade respeita o
período de concentração e interesse individual para o estudo, e é sabido que estes têm potencial relação com o
desenvolvimento intelectual, como descrito por Keough (1982).

Posicionar-se enquanto aprendiz pertencente à educação a distância também abarca a dimensão afetiva do indivíduo,
pois o sucesso de uma missão educacional está intrinsecamente relacionado com a percepção dos resultados advindos
do esforço e da autodeterminação, além de fortalecer sua autocon ança, pois aprender autonomamente desfocaliza a
visão passiva do educando. José Pedro Cerdeira (apud Preti, 2005, p.10), ao tratar desta temática infere: “Quando um
estudante recebe informações que o levam a pensar que o seu sucesso se justi ca pela conjugação das suas capacidades
com dispêndio de esforço este desenvolve a sua percepção de auto e cácia, melhora a qualidade de sua execução e, de
acordo ainda com a teoria cognitivo-social, eleva o seu estado de motivação”.

O aprendiz autônomo pode aprimorar suas potencialidades cognitivas por intermédio de um planejamento rotineiro e
e caz e, quando necessário, exível para o estudo. Ressalta-se tal ponto objetivando-se minimizar o con ito existente,
na educação a distância, entre personalização e descomprometimento em relação aos períodos destinados para o
aperfeiçoamento do intelecto.

Outro fator contribuidor é a prática da autoavaliação, pois viabiliza o conhecimento das condições objetivas e
subjetivas que permeiam o planejamento de estudo a distância e isto auxilia o aprendente na avaliação diagnóstica e
cautelosa das objetivações e das etapas que irão constituir o mesmo. Estas são atitudes catalizadoras que efetivam o
processo de aprendizagem e de aprimoramento das habilidades e competências.

Ademais, sabe-se que a aprendizagem está em processo contínuo de vir a ser e visa a constante ação-re exão-ação.
Com a educação a distância, este trinômio é possível – além de gerador de autonomia – já que o conhecimento e a
possibilidade de criação e recriação do mesmo não estão limitados a períodos de aulas. Se houver insights ou se
surgirem novas idéias, a tecnologia está estruturada para acompanhá-los, na grande maioria das vezes. Este é mais um
fator estimulador do desenvolvimento cognitivo, uma vez que o aprendiz sabe que seus questionamentos poderão ser
prontamente respondidos (não precisa esperar a próxima aula) e suas novas percepções poderão ser apresentadas e
debatidas. Neste foco, a educação torna-se, verdadeiramente, uma prática da liberdade e do compartilhar.

Contudo, tal autonomia não signi ca independência total, posto que a educação seja algo consolidado socialmente e,
como destacou Paulo Freire (1979) “… no giro epistemológico da educação a docência e a investigação vão juntas, onde
todos os participantes serão investigadores e onde há o processo de recriação e criação do conhecimento”.

No que diz respeito ao papel do educador na educação a distância, sem prejuízo da autonomia, sabe-se que este deve
mediar o processo de ensino-aprendizagem, oferecendo métodos e técnicas que visam facilitar a aquisição de um dado
conhecimento. A prática docente pode e deve utilizar-se de várias estratégias de aprendizagens com o intuito de
perpetuar a motivação para o ensino e alcançar a excelência cognitiva do aprendiz. Tal fato é explicitado por autores e
destaca-se para enfatizá-lo, o seguinte excerto: ”Ao professor cabe promover a comunicação na comunidade de
aprendizagem, incentivando o intercâmbio de experiências e a circulação do saber entre os agentes do processo”
(STRUCHINER, REZENDE, RICCIARD & CARVALHO, 1998, p. 3-10).
S HA R E S

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Ademais, os educandos que optam pelo ensino a distância podem fornecer auxílio mútuo diferenciado, pois dispõem de
instrumentos tecnológicos plausíveis.

Dessa forma, a autonomia do aprendiz é respaldada e respeitada na modalidade à distância, uma vez que reconhece as
transformações ocorridas na sociedade e lhes fornece subsídios de atualização e práticas educacionais condizentes à
esta nova realidade mundial.

Os Desa os da Educação a Distância

Como já visto, a educação a distância adquiriu maior importância, seriedade e respeito a partir das novas demandas
sociais. Apesar disso, é alvo de críticas construtivas no que condiz à abordagem qualitativa do ensino, o alcance do
efetivo compromisso no ato da aprendizagem dos educandos e a superação do estigma que a caracteriza como
“facilitadora de diplomação”. Tal problemática vem sendo discutida por seus idealizadores e precursores que buscam
resolucioná-la.

A questão que trata da qualidade do ensino é de caráter subjetivo, haja vista que o ensino regular e presencial não a
garante. A quali cação é obtida no instante em que se reúnem propósitos reais e igualitários, sendo estes: docentes
quali cados e comprometidos; discentes motivados e conscientes de suas atribuições educacionais; instituição de
ensino empenhada a concretizar as reais objetivações da educação, dentre outros.

No que diz respeito ao comprometimento dos discentes na educação a distância, isto pode ser minimizado com a
elevação da exigência e do acompanhamento do tutor ou do educador responsável. Como já tratado anteriormente,
esta modalidade disponibiliza recursos que facilitam a solução desta questão. Conquanto, deve-se priorizar,
fundamentalmente, a conscientização destes alunos antes de adentrarem em cursos à distância, pois há de se
considerar que ter per l para ser estudante de tal modelo não é para todos. Por m, ressalta-se que o sentimento de
comprometimento com o processo de aprendizagem não é algo permanente e, por isso, sofre mutações. Então,
aprimorá-lo, alcançá-lo e elevá-lo, não é apenas um desa o exclusivo da educação a distância, mas da educação.

O objeto supracitado que trata do estigma da “fácil diplomação” é um quesito compreensível. Se por um lado há quem
a rme ser a educação a distância um meio banalizador de diplomas, por outro lado há os interessados em usufruí-la,
posto a di culdade em cursar cursos regulares. Acredita-se que tal banalidade não é fruto desta educação, mas da
facilidade em oferecer cursos educativos, independente de sua modalidade de ensino. Para isso, basta apenas comparar
o quantitativo de instituições educacionais particulares existentes entre as duas últimas décadas.

Portanto, aquele que deseja um diploma, com ou sem qualidade de educação, pode optar entre um demasiado número
de institutos. Assim, a facilidade da diplomação faz parte da globalização da informação e da postura permissiva
solidi cada no âmbito educacional brasileiro, onde a educação a distância sofre também as conseqüências. Ampliar o
número de unidades educativas com qualidade de ensino é plausível, mas permitir a precariedade do mesmo é
descomprometer-se com a formação educacional da sociedade, consequentemente, com o desenvolvimento do país.

Outro desa o da educação à distância a ser superado é a transformação das incontáveis informações em conhecimento
consolidado, consistente, pois é notório que a cada instante surge uma inovação e com ela novos saberes. Por assim ser,
um discente autônomo e consciente de seus reais interesses, deve canalizar e re etir sobre tais informações para,
posteriormente, organizá-las enquanto conhecimento.

O quesito que trata a evasão escolar também é pertinente enquanto aspecto desa ador do ensino â distância. No Brasil,
o índice deste é elevado por inúmeros motivos sociais, econômicos, culturais e individuais. Mas, o aumento de discentes
efetivos na educação é notório pelo modelo educacional citado, tendo por fundamento que este contempla alternativas
possíveis e adequadas para a continuidade do estudo, utilizando-se de instrumentos e cazes como telecursos, internet,
cursos por correspondência, dentre outros.               É indubitável que, por consequência, a educação a distância alcança
àqueles que não tiveram acesso ou por motivos de força maior, não puderam dar continuidade aos estudos na idade
própria. Neste contexto, minimiza-se o índice de analfabetismo e consolida-se uma sociedade conhecedora de sua
própria realidade, parafraseando Paulo Freire (1979) ao tratar das “situações – limite” de aprendizagem.

S HA R E S

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O desa o que trata dos relacionamentos interpessoais na educação a distância é pertinente, porém demonstra formas
de combate através de momentos presenciais individuais e coletivos, estruturação de comunidades educativas
próximas às residências ou do trabalho, tutoria, bem como a utilização da tecnologia comunicacional que derruba
barreiras geográ cas.

Ao tratar da importância mútua entre a autonomia e a coletividade, Neves destaca: “a autonomia não é um valor
absoluto, fechado em si mesmo, mas um valor que se de ne numa relação de interação social” (Neves, In: Veiga, 1996,
p.97).

Finalmente, observa-se que muitos são os desa os com os quais se depara a educação a distância, mas para cada um
deles há uma re exão e uma proposta. Assim, cabe aos seus idealizadores a perpetuação desta conscientização, pois
“toda aprendizagem é uma interaprendizagem”. (Simon Rodriguez).

A Função Social da Educação a Distância

A sociedade brasileira é historicamente marcada por lutas que visavam favorecê-la no âmbito educacional, seja por
intermédio de lutas de classes, movimentos sociais civis ou perpetuação de ideais. Consequentemente, tal bravura
desencadeia, paulatinamente, resultados e a educação a distância abarca proveitos desta no momento em que busca
promover: ascensão social por intermédio da formação continuada; empreender batalha contra as imposições sociais
colocadas àqueles à margem da sociedade, além de estabelecer e estruturar novos conceitos e mecanismos de
aprendizagem, pois também está disposta a utilizar-se das inovações tecnológicas.

Sendo assim, o ensino a distância respeita os interesses e as necessidades da população brasileira e descompromete-se
com os desejos da classe dominante do país que se enriquece com a pobreza e a desvalorização de outrem.

A educação a distância também possui outros signi cados e dimensões na esfera social, haja vista seu papel crucial na
elevação do índice de novas matrículas em instituições de ensino e na propagação do saber em diferentes e outrora,
inalcançáveis, localidades como tratado anteriormente.

Os pressupostos que fundamentam a educação atual estão concernentes à expansão do conceito de aprendizagem,
tendo em vista que a mesma deve ser processual, contínua e estar perpetuamente no estado losó co de “devir”. Para
isto, as instituições educacionais deverão proporcionar aos discentes, oportunidades de gerar conhecimentos e não
apenas consumi-los, tal como discorrido por Valente (1999).

A formação continuada é contemplada de forma signi cativa na modalidade a distância e esta proporciona a
sistematização de informações, eleva a motivação e a predisposição para a aprendizagem, além de aperfeiçoar e
favorecer a apreensão de habilidades pro ssionais e educativas.

Indubitavelmente, a educação a distância concretiza sua função social, pois a disparidade econômica minimiza-se,
devolve-se a dignidade e a cidadania a muitos brasileiros, eleva-se o igualitarismo e a compreensão política e cultural,
além de alavancar o desenvolvimento do país.

Considerações Finais

A autonomia da aprendizagem na educação a distância é um tema complexo e requer debates esclarecedores a respeito
de seus desa os e conquistas. Compreender seus reais signi cados e as razões de sua expansão é fundamental para
construir a efetiva conscientização das novas demandas, formas de ensino e aprendizagens atuais.

No decorrer desta discussão tentou-se proporcionar um momento re exivo, além de buscar o desencadear de novas
problematizações para que tal temática permaneça aprimorada e no processo de ação-re exão-ação.

A questão norteadora da necessidade da autonomia na apreensão de saberes na sociedade atual é primordial para o
entendimento da questão central que trata este relato, posto a valorização do conhecimento, a importância do
aperfeiçoamento pro ssional e o novo enfoque atribuído à aprendizagem e às estratégias de ensino.

Tratando-se da dimensão que se refere particularmente à autonomia, percebeu-se que a autoaprendizagem é um


mecanismo individual que requer posicionamento, comprometimento e responsabilidade para, então, desfrutar das
possibilidades ofertadas pela tecnologia educacional. Entretanto, a mesma é constituída também coletivamente, pois
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depende de uma instituição educacional empenhada a cumprir de forma e ciente seu papel, fornecendo-lhe aparatos
necessários. Os relacionamentos interpessoais e as trocas de conhecimentos também motivam e aceleram
aprendizagens e, por isso, são indispensáveis.

Nesta instância, o educador é visto como mediador e facilitador do processo de aprendizagem, já que não limita o
educando quando nas elaborações e sistematizações de seus conhecimentos, pois a tecnologia é utilizada de forma
sustentável para a educação.

No que condiz à utilização dos recursos tecnológicos abraçados pela educação a distância, é notório que estes ampliam
as possibilidades de compreensão e reelaboração de um dado conhecimento, já que são estruturados e apresentados de
diversas maneiras e diferentes linguagens aos discentes. Ademais, oportunizar exibilidade e adequação aos períodos
de estudo, conforme a necessidade do interessado, é algo primordial para um indivíduo pertencente à sociedade do
conhecimento.

Os aspectos concernentes aos desa os da educação a distância devem ser observados sob a ótica da esperança e da
tentativa. Inovações quase sempre desencadeiam amedrontamento. Porém, neste caso, é sabido que trata-se de algo
que possui historicidade e que acompanha os interesses e as inovações de sua época. Neste momento histórico,
coexistem inúmeros mecanismos de alta tecnologia e, se bem utilizados, contribuirão de forma exemplar para a
qualidade da educação.

Desa os surgem para serem superados dignamente e não para servirem como “desculpa” ou ”culpa” de um possível erro
na tentativa de suplantar os acertos.

A funcionalidade social da modalidade educacional a distância é inquestionável na medida em que fornece, para a
população, subsídios de desenvolvimento econômico e político por intermédio da propagação da educação e cultura. E,
conforme Aranha (1996, p. 16) “de nir qual a educação que queremos é de nir conjuntamente qual tipo de homem
queremos formar e por extensão, que tipo de sociedade gostaríamos de ter”.

Infere-se, portanto, que a educação a distância no Brasil privilegia todos aqueles interessados em conquistar e construir
sua autonomia na aprendizagem, além de não discriminar camadas sociais menos favorecidas. Assim, sob a égide da
sociedade do conhecimento, a autoaprendizagem deve ser praticada rotineiramente e nos diversos âmbitos da vida.

Referências Bibliográ cas

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
 

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Sales. Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2004, p.78.
 

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NEVES, Carmem M. de Castro. Autonomia da escola púbilca: um enfoque operacional. IN: VEIGA, Ilma Passos A.
(org.) Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. 2.ed. Campinas: Papirus, 1996.
 

PRETI, Oreste. Autonomia do Aprendiz na Educação a Distãncia: signi cados e dimensões. Cuiabá: UFMT/NEAD,
2005.
 

RAMAL, Andréa Cecília. Entre mitos e desa os. 2006.


 

STRUCHINER,M.; Rezende, F.; Ricciardi, R.M.V.; Carvalho, M.A.P. de. Elementos Fundamentais de Ambientes
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VALENTE, J.A. A escola que gera Conhecimento. Em I. FAZENDA, F. Almeida, VALENTE J.A., MORAES M.C.,
MASETTO M.T. & ALONSO M., Interdisciplinaridade e Novas Tecnologias: formando professores. Campo Grande,
MS: Editora da UFMS,1999.
 

WOOD, David. Como as crianças pensam e aprendem. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
 

Site: http:// www.abed.org.br.


 

Michelle Salgado Ferreira Arcúrio é mestranda em Ciência da Educação, University of Cambridge e Instituto Saber. E-
mail: michelle.arcurio@anac.gov.br

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22/09/2018 Autonomia do aprendiz na educação a distância – Revista Partes

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