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CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS CONTRATOS

QUANTO AO NÚMERO DE PRESTAÇÕES

-Unilaterais: criam obrigações para somente uma das partes (doação pura,
mútuo, comodato, depósito, mandato, fiança, etc...)

-Bilaterais ou SINALAGMÁTICOS: geram obrigações para ambos os


contratantes, obrigações recíprocas (compra e venda, locação,
transporte)

-Comutativos: prestações certas e determinadas, não envolvem nenhum


risco e as partes, na celebração do contrato, podem antever as vantagens
e os sacrifícios. Equivalência das prestações desde a formação.

-Aleatórios por natureza: pelo menos um dos contraentes não pode


antever a vantagem que receberá, em troca da prestação fornecida
(seguro, jogo e aposta).

- Acidentalmente aleatórios:

1- Venda de coisas futuras (458, 459)

2-Venda de coisas existentes sujeitas a risco (460,461)

QUANTO AS VANTAGENS DAS PARTES

-Gratuitos: apenas uma das partes obtém benefício ou vantagem, e p/


outra parte há só obrigação ou sacrifício (doação pura, comodato.

-Onerosos: ambos os contraentes obtêm proveito e sacrifício, ou seja,


sacrifícios e benefícios recíprocos (compra e venda, locação, empreitada).

QUANTO A REGULAMENTAÇÃO

-Típicos: os que têm designação própria por lei

-Atípicos: os que não têm designação própria por lei.

QUANTO A LIBERDADE DE CONTRATAR

-Paritários : as partes discutem livremente suas cláusulas e condições, estão


em pé de igualdade.

-De adesão: um dos contraentes elabora o contrato e o outro, aceita ou


rejeita o contrato em bloco, afastada qualquer discussão. (de água,
energia, de seguro, de consórcio...)
PRINCÍPIOS GERAIS DOS CONTRATOS
-Função social do contrato: A função social do contrato tem a finalidade
de limitar a autonomia da vontade quando tal autonomia esteja em
confronto com o interesse social e este deva prevalecer, ainda que essa
limitação possa atingir a própria liberdade de contratar. Encontra previsão
expressa no artigo 421 do Código Civil.

-Princípio do consensualismo: De acordo com o princípio do


consensualismo, basta, para o aperfeiçoamento do contrato, o acordo de
vontades, contrapondo-se ao formalismo e ao simbolismo que vigoravam
em tempos primitivos. Decorre ele da moderna concepção de que o
contrato resulta do consenso, do acordo de vontades,
independentemente da entrega da coisa.

-Princípio da relatividade dos efeitos do contrato: Funda-se tal princípio na


ideia de que, em regra, os efeitos do contrato só se produzem em relação
às partes contratantes, vinculando-as ao seu conteúdo, não afetando,
com isso, terceiros nem seu patrimônio.

-Princípio da boa-fé: Preceitua o art. 422 do Código Civil: "Os contratantes


são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé". O princípio da boa-fé
exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as
tratativas, como também durante a formação e o cumprimento do
contrato.

-Autonomia privada: PACTA SUNT SERVANDA é o Princípio da Força


Obrigatória, segundo o qual o contrato obriga as partes nos limites da lei. É
uma regra que versa sobre a vinculação das partes ao contrato, como se
norma legal fosse, tangenciando a imutabilidade. A expressão significa “os
pactos devem ser cumpridos”.

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