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Aula 17 - Parte II

Economia p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Cargo 4 - Economia

Professores: Heber Carvalho, Jetro Coutinho, Paulo Roberto Nunes Ferreira


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AULA 17 (parte II) - 4 Economia brasileira. 4.1
Aspectos gerais do comportamento recente da
economia brasileira e das políticas econômicas
adotadas pelos últimos governos. 4.2 Mudanças
estruturais da economia brasileira a partir da
aceleração dos processos de industrialização e
urbanização. 4.3 Os planos de desenvolvimento
mais importantes desde a segunda metade do
século XX. 4.4 Principais características e os
resultados dos planos de estabilização a partir da
década de 80 do século XX
SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA
Apresentação 01
Planos Collor I e II 02
Plano Real e Governo FHC 13
Ajuste de 1999 18
Governo Lula 32
Questões apresentadas na aula 39
Gabarito 47

Olá caros(as) amigos(as),

Na aula de hoje, segunda parte da aula 17, terminaremos os temas


de Economia Brasileira iniciados na aula passada. Nós continuaremos a
abordagem da Economia a partir do final do Governo Sarney e início do
Governo Collor.

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E aí, todos prontos? Então, aos estudos!

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1. PLANOS COLLOR I e II

Comecemos pelo Plano I.

Ao assumir o governo, a preocupação do governo Collor também


esteve voltada para o controle da inflação. As lições aprendidas após os
diversos planos implantados durante o governo Sarney levaram ao
surgimento de novos diagnósticos sobre a natureza da inflação brasileira
e sobre as causas de fracasso das tentativas de estabilização até então
implementadas.

Além do diagnóstico tradicional de descontrole das contas públicas,


surgiu uma nova tese para o fracasso dos planos da década de 1980: a
crescente liquidez dos haveres não monetários1. A possibilidade que os
agentes possuíam de alterar rapidamente seus portfólios (trocar, por
exemplo, títulos públicos por M1) levava a reações contra as políticas de
estabilização, o que acabava inviabilizando-as. Em outras palavras, a
facilidade com que os agentes podiam tornar líquidos os seus
investimentos (possibilidade de rápida monetização das aplicações
financeiras) levava a aumentos repentinos da demanda agregada2 por
ocasião da implantação dos planos da década de 1980. Estes aumentos
repentinos da demanda agregada causavam pressões inflacionárias.

Outra situação vivida era a constante fuga dos ativos financeiros3,


pelos seguintes motivos:

•! O regime inflacionário somado às mudanças constantes nas taxas


de juros criava uma espécie de ilusão monetária e dificultava o
cálculo das taxas reais de juros. Isto era um desestímulo a manter
o dinheiro em aplicações, onde nem se sabia qual seria o retorno.
Ao mesmo tempo, elevava a demanda de consumo;

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•! A expectativa e o risco de volta da inflação fazia com que as taxas !
de juros correntes fossem vistas com desconfiança, o que levava à
antecipação do consumo;

•! Com inflação alta, havia crescente tendência ao uso da correção


monetária4 como forma de proteção (hedge) da alta variância dos
preços relativos.

Para o governo não era nada interessante a fuga dos ativos


financeiros, pois esta aumentava a liquidez da economia, causando
pressões inflacionárias, e ainda por cima imobilizava a política monetária
do governo.

Para evitar a especulação e/ou a fuga dos ativos financeiros, o


governo deveria manter a taxa de juros alta e estável. A única alternativa
possível de política monetária adotada pelo BACEN eram as operações de
mercado aberto (compra e venda de títulos públicos). Devido ao clima de
incerteza (provocado pela alta inflação) sobre as taxas de juros, o BACEN
formava taxas diárias no overnight5, com base na expectativa de
inflação corrente, o que tornava a indexação sem limites, alimentando a
inflação inercial.

1.1. Plano Collor I

A partir desse quadro e com esse diagnóstico, inicia-se o governo


Collor6, com a adoção de um plano que visava romper com a indexação
da economia. Este plano, o Plano Brasil Novo, que ficou mais
conhecido como Plano Collor I, adotou as seguintes medidas:

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i.! Reforma monetária: drástico sequestro da liquidez da economia, pelo !
bloqueio de cerca de metade dos depósitos a vista, 80% das aplicações
de overnight e fundos de curto prazo e cerca de um terço dos depósitos
de poupança. Bloqueou-se em torno de 70% do M47 da economia. O
objetivo era evitar as pressões inflacionárias e retomar a
capacidade do BACEN de fazer política monetária;

ii.! Reforma administrativa e fiscal: possuía o objetivo de promover um


ajuste fiscal da ordem de 10% do PIB, eliminando um déficit projetado
de 8% do PIB e gerar um superávit de 2%. Esse ajuste seria garantido
através da ampliação da base tributária8, redução de gastos e
diminuição do custo de rolagem da dívida pública. Ainda no programa
de reforma administrativa, seria implantado o programa de
privatizações, a melhoria dos instrumentos de fiscalização e de
arrecadação, além de medidas visando à maior eficiência
administrativa, redução dos gastos com a máquina e controle sobre os
bancos estaduais;

iii.! Congelamento de preços e desindexação dos salários em relação


à inflação passada: o objetivo era tentar acabar com a indexação e,
por conseguinte, com a inflação inercial. Vale destacar que o
congelamento teve pouco impacto e durou pouquíssimo tempo, pois
não foi obedecido devido a sua pouca credibilidade junto à opinião
pública, resultado dos inúmeros fracassos na década de 1980;

iv.! Mudança do regime cambial para um sistema de taxas


flutuantes, definidas livremente no mercado;

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v.! Mudança na política comercial, dando início ao processo de liberalização !
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do comércio exterior (abertura comercial ), com redução dos
entraves à importação e maior atração do capital externo;

vi.! Programa de privatização: o PND (Plano Nacional de Desestatização)


foi considerado uma das prioridades do início dos anos 1990 e foi um
elemento central no processo de ajuste fiscal e patrimonial do setor
público.

Críticas às medidas do plano Collor I

O confisco da liquidez parece ter sido a grande âncora do plano. O


efeito imediato do congelamento do estoque de moeda foi uma grande
desestruturação do sistema produtivo10 e a respectiva queda na atividade
econômica. Como resultado, o PIB retraiu 8% no segundo trimestre
de 1990 (o plano Collor I iniciara em 15/03/90).

Quanto ao controle da liquidez, houve grande preocupação com


o estoque e não com o fluxo. Em outras palavras, grande parte do
estoque de moeda à época foi bloqueado/congelado, no entanto, os
mecanismos de criação de moeda não. Assim, por ocasião da implantação
imediata do plano, houve redução dos meios de pagamento, mas, menos
de dois meses depois, os meios de pagamento já haviam crescido11 mais
de 60% após a redução inicial.

O congelamento de preços e salários foi relaxado a partir de Maio, o


que, juntamente com a monetização, levou à aceleração inflacionária,
principalmente no segundo semestre.

Quanto ao ajuste fiscal, como destacado na medida ii, o objetivo


era reverter o déficit primário que estava em 8% do PIB para um

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superávit de 2% do PIB. Nessa parte, o plano obteve sucesso, com o !
governo obtendo um superávit primário de 1,2% do PIB. Este
resultado, porém, foi conseguido em virtude do aumento de impostos e
da redução dos gastos com a rolagem da dívida pública12 em virtude do
confisco e de atrasos de pagamento do governo. Já o objetivo de reduzir
os gastos públicos com a máquina administrativa não foi conseguido, em
virtude da falta de apoio no legislativo, como próprio resultado do
processo eleitoral em que Collor venceu as eleições sem uma base
partidária que o sustentasse.

A política externa, que seguia os ideários do neoliberalismo, através


da abertura comercial (com redução das tarifas, eliminação dos incentivos
à exportação) e da adoção do sistema de câmbio flutuante, também foi
decisiva para o fracasso do plano Collor I. No segundo semestre de 1990,
a guerra do Golfo provocou aumentos substanciais do preço do barril do
petróleo, o que, somado à abertura comercial realizada, provocou
grandes desequilíbrios na balança comercial. Nesse quadro, o
BACEN foi forçado a intervir no mercado cambial levando a uma
grande desvalorização do Cruzeiro13 nos últimos meses do ano de
1990, o que contribuiu para alimentar ainda mais o processo
inflacionário. Esse foi um dos principais fatores a determinar o fracasso
do Plano Collor I.

1.2. Plano Collor II

Os maus resultados obtidos com a persistência da aceleração


inflacionária no início de 1991, associado a uma dificuldade crescente de
financiamento do governo (colocação de títulos públicos), levou a uma
nova tentativa de estabilização: o Plano Collor II (em 01/02/91). Esse
plano era principalmente uma reforma financeira que visava eliminar o
overnight (ver nota de rodapé 5) e outras formas de indexação.

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O mercado de títulos públicos e de fundos de investimentos de curto !
prazo foi inteiramente substituído (inclusive os fundos que eram cobertos
por operações de overnight). Em seu lugar, foi criado o Fundo de
Aplicações Financeiras (FAF) que teria, entre outros, títulos públicos
estaduais e federais. O grande diferencial do FAF estava em como seria a
remuneração desses fundos. Antes, a remuneração ou a taxa de juros era
baseada na inflação corrente. Agora, com o FAF, a remuneração ou
taxa de juros seria baseada nas expectativas futuras da inflação
(tentava-se eliminar a memória inflacionária). Para tal, foi criada
a TR (Taxa Referencial) que introduzia um elemento forward
looking para a indexação no Brasil, ou seja, embutia expectativas
de inflação futura.

Simultaneamente, foi praticada uma maior austeridade fiscal, por


meio do bloqueio do orçamento de uma série de ministérios, dos recursos
para investimento e do controle dos gastos das estatais. Apesar da queda
da inflação entre os meses de fevereiro e maio, a falta de apoio político,
acompanhado de uma série de escândalos, levou à substituição da
ministra Zélia Cardoso de Melo em maio.

O novo ministro da Fazenda, Marcílio Marques Moreira, adotou uma


política econômica baseada na retração do crédito, altas taxas de juros,
aproximação do país com o sistema financeiro internacional, redução dos
gastos públicos (principalmente gastos com funcionários públicos) e dos
investimentos. O objetivo era o combate gradualista à inflação.

O impacto destas medidas foi a recessão em 1992 sem que se


conseguisse a redução da inflação. Nem mesmo o desempenho fiscal
melhorou, pois a arrecadação foi comprometida pela baixa arrecadação
(muitos processos visando à recuperação de impostos pagos em excesso
em 1990).

A situação interna não era favorável (época próxima ao


impeachment do presidente Collor), o que dificultava a implantação de
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qualquer política econômica que dependesse da credibilidade do governo.

Por outro lado, a situação externa estava confortável em 1992. As


altas de juros praticadas combinadas com a abertura financeira e um
cenário de desaquecimento internacional (desaquecimento=excesso de
liquidez14) promoveram uma grande entrada de capital externo no país e
elevação das reservas internacionais, o que conferiu ao período certo
conforto na situação externa.

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Conclusões sobre o período Collor: Mar 1990 ! Out 1992

Embora marcado pela profunda instabilidade econômica, o governo


Collor iniciou as discussões sobre as privatizações e a mudança na
estratégia de comércio exterior, com a liberalização das importações
(abertura comercial); além disso, destaca-se a volta do fluxo de recursos
externos ao país15, gerando aumento das reservas internacionais.

Durante o plano Collor, houve forte recessão provocada pelo forte


impacto inicial do confisco. Na prática, o plano Collor I conseguiu fazer
com que a inflação baixasse dos 80% ao mês para níveis próximos de
10% nos meses seguintes. Entretanto, com a rápida monetização surgida
poucos meses após o confisco, a inflação voltou a se acelerar ao longo do
ano (1990).

Questões de prova:

01. (CESPE/Unb - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC -


2009) - O estudo da economia brasileira é fundamental para o
entendimento dos problemas enfrentados pelo país. A respeito
desse assunto, julgue o item.

O confisco da liquidez que caracterizou o Plano Collor conduziu à


estagnação do crescimento dos meios de pagamentos e à queda
abrupta do PIB brasileiro no segundo trimestre de 1990.

COMENTÁRIOS:
O confisco da liquidez que caracterizou o Plano Collor conduziu à
estagnação do crescimento dos meios de pagamentos e à queda abrupta
do PIB brasileiro no segundo trimestre de 1990.

Conforme vimos nas críticas às medidas do plano Collor I, o confisco da


38736334693

liquidez se baseou no conceito de estoque, e esqueceu o conceito de


fluxo. Em outras palavras, o estoque de meios de pagamento foi
bloqueado, no entanto, o fluxo ou a criação de meios de pagamento não.
Assim, o impacto imediato do confisco foi a redução dos meios de
pagamento, entretanto, pouco tempo depois, estes já haviam crescido
mais de 60%. Então, incorreta a assertiva, pois não houve
estagnação do crescimento dos meios de pagamento, mas sim
estagnação do estoque de moeda. Quanto à parte da queda abrupta
do PIB no segundo trimestre de 1990, a assertiva está correta.

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16
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GABARITO: FALSO !

02. (CESPE/Unb - ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO –


SEGER – 2009) - A análise da economia interna ajuda a
compreender os fenômenos econômicos brasileiros. Baseando-se
nessa análise, julgue o item.

A forte recessão inicial associada ao sequestro da liquidez


concorreu para a virtual eliminação da inflação durante o período
de vigência do Plano Collor.

COMENTÁRIOS:
Durante o plano Collor, houve forte recessão provocada pelo forte
impacto inicial do confisco. Na prática, o plano Collor I conseguiu fazer
com que a inflação baixasse dos 80% ao mês para níveis próximos de
10% nos meses seguintes. Entretanto, com a rápida monetização surgida
poucos meses após o confisco, a inflação voltou a se acelerar ao longo do
ano (1990). Portanto, incorreta a assertiva pois não houve eliminação
da inflação.

GABARITO: FALSO

03. (ESAF – APO/MPOG – 2008) - Identifique qual das afirmações


abaixo não corresponde a uma descrição da situação fiscal ou do
contexto macroeconômico no período 1981/1994.
a) O período posterior a 1986 caracterizou-se pela observação de taxas
de inflação superiores a 1000% ao ano em quase todos os anos.
b) Foi uma fase caracterizada por uma estagnação contínua da economia
ao longo do período.
c) Devido à elevação da inflação, os mecanismos de indexação tributária
foram sucessivamente aperfeiçoados ao longo do período.
d) Em que pese a tese de que o déficit público causa o aumento dos
preços, a alta inflação do início dos anos 1990 parece ter colaborado para
diminuir o déficit operacional do setor público. 38736334693

e) As principais causas da deterioração das contas públicas nos anos de


1980 foram: o aumento do gasto com pessoal, notadamente na esfera
estadual e municipal, maiores despesas previdenciárias e o crescimento
do fluxo de pagamento de juros da dívida pública.

COMENTÁRIOS:
a) Correta. Veja o quadro abaixo com as taxas de inflação entre 1986 a
1994:

Ano Inflação anual


1986 65%
1987 415,8%
1988 1037,6%

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1989 1782,9% !
1990 1476,6%
1991 480,2%
1992 1157,9%
1993 2708,6%

Como se vê, a maioria dos anos apresentou inflação acima dos 1000%.
(Questão um pouco covarde, é verdade, mas é aí que entra a malícia do
concurseiro em saber analisar as outras alternativas e não depender
desta para acertar a questão)

b) Incorreta. O Brasil não apresentou estagnação contínua durante o


período. Apesar de ser chamado de período “décadas perdidas”, houve
exercícios em que houve crescimento econômico, como nos anos de 1986
e 1987 (7,5% e 3,5%, respectivamente), por exemplo. Assim, o erro
maior da assertiva está no uso da expressão “estagnação contínua”, em
especial, a palavra “contínua”.

c) Correta. As receitas do governo eram indexadas16 a fim de evitar


perdas inflacionárias decorrentes entre fato gerador dos impostos,
recolhimento, recebimento do recurso ou crédito orçamentário por parte
das unidades orçamentárias do governo.

d) Correta. A alta inflação contribuía para reduzir o déficit na medida em


que as receitas fiscais eram mais bem indexadas do que seus gastos
(efeito Tanzi às avessas17). Ao mesmo tempo, a alta inflação gerava o
imposto inflacionário18, o que também contribuía para reduzir o déficit.

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e) Correta. Conforme comentado na última aula, o governo Sarney se
caracterizou pelo descontrole das contas públicas (entre elas o aumento
de gasto com pessoal, também nas esferas estaduais e municipais, e
gastos previdenciários) além do crescimento do fluxo de pagamento de
juros da dívida pública (crise da dívida externa). A rigor, esta questão
necessitaria colocar os exatos anos em que houve os problemas acima
citados, mas como há uma alternativa mais incorreta (a letra c), fica
tranquilo para descobrirmos que esta assertiva está certa.

Veja que esta questão se apresentou fácil somente pelo fato de a


alternativa incorreta, que era pedida pela questão, estar “na cara”, devido
ao uso da expressão “estagnação contínua” utilizada na letra b. Não fosse
isto, seria uma questão de nível considerado difícil.

GABARITO: B

04. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2008) - A criação da Taxa Referencial


de Juros (TR), de acordo com a metodologia divulgada pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN), como instrumento de
remuneração das aplicações financeiras de curto prazo, foi
realizada no:
a) "Plano Collor II".
b) "Plano Collor I".
c) "Plano Bresser".
d) "Plano Verão".
e) "Plano Real".

COMENTÁRIOS:
A TR foi criada no plano Collor II, com o objetivo de eliminar a
memória inflacionária e reduzir a indexação da economia.

GABARITO: A
38736334693

05. (CESPE/Unb - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC –


2008) - A inflação recorrente que assolou, durante anos, a
economia brasileira motivou a adoção de diversos planos de
estabilização. Acerca desses planos, julgue o item.

O confisco da liquidez realizado no âmbito do Plano Collor,


acompanhado de um controle estrito dos meios de pagamento,
permitiu ao governo fazer uma política monetária ativa, vista
como fundamental para o controle da inflação.

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COMENTÁRIOS: !
O confisco da liquidez foi uma medida do Plano Collor e estava
inserido dentro de uma reforma monetária que tinha como objetivos
reduzir as pressões inflacionárias e ter o controle da política monetária
(que era usada para evitar a fuga dos ativos financeiros).

No entanto, alguns meses depois houve a rápida monetização da


economia, tendo em vista o confisco da liquidez ter se preocupado apenas
com o estoque de moeda e não com o fluxo. Desta forma, apesar de ser
objetivo da política do confisco da liquidez o uso da política monetária
ativa, este objetivo não foi alcançado pelo insucesso do confisco.
Desta forma, está incorreta a assertiva.

Veja que se a assertiva afirmasse que a possibilidade de usar a


política monetária ativa para controlar a inflação era objetivo do confisco
da liquidez, ela estaria correta. Entretanto, como ela afirmou que o
confisco permitiu o uso da política monetária ativa, está incorreta.

GABARITO: FALSO

06. (FCC - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCE/MG – 2007) - A


abertura comercial no Brasil recebeu destaque a partir do
momento em que se tornou uma meta explícita de governo.
Porém, o processo de redução tarifária no comércio exterior
iniciou-se anteriormente na gestão do presidente
a) José Sarney.
b) Fernando Collor de Mello.
c) Itamar Franco.
d) Fernando Henrique Cardoso, em seu primeiro mandato.
e) Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato.

COMENTÁRIOS:
O processo de abertura comercial como meta explícita de governo
surgiu no governo Collor, seguindo os ideários do Neoliberalismo
38736334693

provenientes do Consenso de Washington (nota de rodapé 9). No entanto,


o processo de redução tarifária começou na gestão anterior de José
Sarney. Veja que, sabendo que a abertura comercial como meta explícita
de governo aconteceu no governo Collor, a única resposta possível seria a
letra a (governo de José Sarney).

GABARITO: A

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2. ANTECEDENTES, IMPLANTAÇÃO DO PLANO REAL E 1º.


GOVERNO FHC

Após o impeachment de Collor, assumiu o vice Itamar Franco, cujo


governo e equipe econômica foram responsáveis pela preparação e
implantação do Plano Real. Ao longo de 1993 e 1994, o fluxo de capitais
para a Economia Brasileira cresceu significativamente (em virtude das
altas taxas de juros), levando a uma grande ampliação das reservas.
Assim, pode-se dizer que até julho/1994 a condução da política
econômica foi preparando as condições para a implantação de um novo
plano de combate à inflação inercial em quadro bastante diferente do
Plano Cruzado: situação fiscal melhor, maior nível de reservas, país
inserido no fluxo voluntário de recursos externos e maior grau de
abertura comercial.

A implantação de tal plano se daria em três fases, que seguem


descritas abaixo exatamente da forma como constam na Exposição de
Motivos 205, da Medida Provisória do Plano Real:

1ª. Fase: o estabelecimento do equilíbrio das contas do


Governo, com o objetivo de eliminar a principal causa da inflação
brasileira;

2ª. Fase: a criação de um padrão estável de valor que


denominamos Unidade de Valor -- URV;

3ª. Fase: a emissão desse padrão de valor como uma nova


moeda nacional de poder aquisitivo estável -- o Real.

A primeira etapa, de ajuste das contas do Governo, teve início em


14 de junho de 1993 com o Programa de Ação Imediata -- PAI, que
estabeleceu um conjunto de medidas voltadas para a redução e maior
38736334693

eficiência dos gastos da União no exercício de 1993; recuperação da


receita tributária federal; criação da IPMF (Imposto Provisório sobre
Movimentação Financeira); aprovação do FSE (Fundo Social de
Emergência) que ampliava os recursos livres à disposição do governo
federal, equacionamento da dívida de Estados e Municípios junto à União;
maior controle dos bancos estaduais; início do saneamento dos bancos
federais e aperfeiçoamento do programa de privatizações (objetivo
de incrementar as receitas, ao mesmo tempo em que o Estado
apresentava-se cada vez mais incapaz de realizar os investimentos
necessários à ampliação das empresas e melhoria dos serviços
prestados). Em suma, o objetivo do PAI o estabelecimento de
políticas restritivas (fiscais e monetárias). O principal aspecto do
plano era a adoção de um intenso ajuste fiscal (reduzir as despesas

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e aumentar as receitas), tendo em vista a equipe econômica liderada !
por FHC considerar o desequilíbrio das contas públicas como a
principal causa da inflação brasileira.

A segunda etapa começou no final de fevereiro de 1994.


Correspondia a um novo sistema de indexação, que visava simular os
efeitos de uma hiperinflação – indexação diária e substituição parcial
da moeda -, sem passar por seus efeitos. Para tal, o governo criou um
novo indexador, a Unidade Real de Valor (URV), cujo valor em
cruzeiros seria corrigido diariamente pela taxa de inflação19. Tal valor
passaria a funcionar como unidade de conta20 no sistema. O valor da URV
nessa fase manteria a paridade fixa de um para um com o dólar. Uma
série de preços e rendimentos foi convertida instantaneamente em URV –
preços oficiais, contratos, salários, impostos, tarifas públicas, etc – e os
demais preços foram sendo convertidos voluntariamente pelos agentes.
Assim, instituiu-se um sistema de duas moedas: a URV, como unidade de
conta, e o Cruzeiro como meio de troca.

A terceira etapa, em 1º. Julho de 2004, aconteceu quando


praticamente todos os preços estavam expressos em URV e consistiu na
introdução da nova moeda, o Real, cujo valor era igual da URV (e
por conseguinte, igual ao valor do US$) do dia: Cr$ 2.750,00. Observe
que, diferente dos planos anteriores, não se recorreu a qualquer tipo de
congelamento.

Implantado o Plano Real, o governo sabia que era importante conter


o caráter tendencial ou inercial da inflação. Para isso, deveria evitar ao
máximo qualquer choque (aumento repentino de demanda ou de custos)
que ocasionasse aumento de preços. Por isso, o governo anunciou, junto
com o plano, metas de expansão monetária bastante restritivas, limitou
as operações de crédito e impôs depósito compulsório de 100% sobre as
captações adicionais do sistema financeiro, ou seja, política monetária
muito restritiva ou recessiva. Com o controle da expansão monetária,
38736334693

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ficaria bastante limitada a capacidade dos agentes de repassar custos !
para os preços. Esse controle ficou conhecido como “âncora monetária”.

Outro fator importante para romper com os processos de repasse


foi a valorização da taxa de câmbio, em um contexto no qual o grau de
abertura para o exterior tinha aumentado significativamente, e o país
possuía um alto volume de reservas21. Quando o plano foi lançado, as
reservas eram da ordem de US$ 40 bilhões. Com a manutenção da taxa
real de juros elevada e como permanecia o fluxo de liquidez internacional,
a entrada de capitais externos se manteve. Em vez de aumentar as
reservas, o BACEN deixou o câmbio flutuante, o que provocou uma
profunda valorização da taxa de câmbio22. Com a moeda nacional
valorizada, havia estímulo às importações, pois os preços relativos dos
bens importados estavam favoráveis. Em virtude do aumento das
importações, travavam-se os preços internos23, rompendo a possibilidade
de propagação dos choques. Esta foi a chamada “âncora cambial”.

2.1. Impactos e problemas do Plano Real

A consequência imediata do Plano Real foi a rápida queda da taxa


de inflação. No mês de agosto (mês seguinte à implantação), a inflação
foi de 3% a.m., contra o patamar de 40% a.m. que se verificou ao longo
do primeiro semestre de 1994. Em 1995, a inflação foi de 14,8%, em
1996, 9,3%, em 1997 e 1998, 7,5% e 1,7%, respectivamente.

Outra consequência imediata do plano foi um grande


crescimento da demanda e da atividade econômica. As classes de
baixa de renda obtiveram aumentos reais de renda em virtude da queda
da inflação. Ao mesmo tempo, houve grande uso do crédito, apesar da
política monetária restritiva e das altas taxas de juros. O consumidor
estava empolgado com a previsibilidade com que podia tomar
empréstimos e saber quanto ia pagar, isto é, podia tomar empréstimos a
prestações fixas. Ou seja, houve um comportamento suicida do 38736334693

consumidor, para o qual a certeza sobre o valor da prestação e a


disponibilidade de crédito eram mais importantes do que o próprio custo
do financiamento.

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Outro impacto do Plano Real foi o aparecimento de déficits na !
balança comercial, tanto pelo aumento significativo das importações,
como pelo fraco desempenho das exportações. Ao mesmo tempo, o
capital estrangeiro ingressante no país (que possibilitou a formação de
um alto nível de reservas internacionais) era altamente especulativo.
Destinava-se a investimentos de portfólio (ações, fundos de aplicação
financeira, etc). Assim, apesar do alto nível de reservas, o ambiente era
de risco, pois qualquer situação em que os investidores se sentissem
ameaçados, poderia haver grande fuga de capitais.

A crise mexicana (início de 1995) foi a primeira prova do Plano


Real. Os investidores internacionais se sentiram ameaçados (afinal, já
tinham tomado o calote no México, por que não poderiam tomar aqui
também?) e iniciou-se uma fuga de divisas, causando perdas de reservas
internacionais. Tornou-se claro, pois, que não se poderia deteriorar ainda
mais as contas externas. A dificuldade que se colocava era que a simples
correção da taxa de câmbio (que traria novamente o equilíbrio das contas
externas), apesar dos efeitos benéficos sobre as contas externas, poderia
trazer de volta a inflação, uma vez que a economia estava aquecida, a
memória inflacionária e o perigo da indexação ainda estavam muito
presentes.

A saída adotada foi uma pequena desvalorização da taxa de câmbio,


que passou a variar dentro de bandas cambiais (limites máximo e
mínimo) além do aumento das taxas de juros com o fito de controlar a
demanda interna e atrair o capital externo. Desta forma, se consolidava o
uso da política monetária (taxas de juros) para manter o país atrativo ao
capital externo. O governo obteve sucesso em abortar o ataque
especulativo (fuga de capitais) e manter a taxa de câmbio, quando da
crise mexicana em 1995 (efeito tequila). O BACEN perdeu em torno de
US$ 12 bilhões de reservas, mas a elevação da taxa de juros fez com que
rapidamente voltassem os recursos, com as reservas já superando os US$
50 bilhões no final do ano.
38736334693

Cabe destacar também a crise financeira ocorrida no segundo


trimestre de 1995. Como efeito da política econômica adotada e com a
reversão das expectativas dos agentes, verificou-se uma grande retração
na atividade econômica. Como grande parte da expansão anterior tinha-
se dado com base no crédito, e a retração se deu antes que os
investimentos anteriores tivessem maturado, verificou-se um grande
aumento na taxa de inadimplência da economia, o que acabou
provocando o princípio de uma crise financeira, com a quebra de dois
grandes bancos privados. Essa crise não se espalhou devido à atuação do
BACEN que rapidamente socorreu o sistema e iniciou um amplo processo
de reestruturação financeira, por meio do PROER (Programa de Estímulo
à Reestruturação e Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional),
visando aumentar a solidez do sistema. Paralelamente, iniciou-se um

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programa semelhante para a reestruturação dos bancos estaduais – o !
PROES (Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na
Atividade Bancária).

O Plano Real foi colocado à prova mais duas vezes: crise dos
tigres asiáticos (1997) e crise russa (meados de 1998). Nas duas
ocasiões, o governo teve que dobrar a taxa de juros para manter a
atratividade do país ao capital externo. Essa dinâmica da taxa de
juros, combinada com o volume de dívida pública, determinou elevados
gastos com juros e pressões crescentes do lado fiscal. Para piorar a
situação, houve grande aumento dos gastos previdenciários e
assistenciais no período, decorrente de um forte aumento no número de
beneficiários, mas, principalmente, pelo aumento dos valores reais dos
benefícios. Assim, vemos claramente que a situação fiscal era perigosa. A
deterioração fiscal fez com que a dívida pública, que era da ordem de
30% do PIB em 1994, atingisse 44%, em 1998.

A deterioração fiscal e das contas externas atingiu o ápice por


ocasião da crise russa (1998). Nesta, apesar da elevação das taxas de
juros, houve uma perda de reservas da ordem de US$ 30 bilhões. Foi
necessário um empréstimo junto ao FMI no valor de US$ 42 bilhões. A
contrapartida do empréstimo foi uma série de restrições impostas por
aquele órgão que limitavam nossa autonomia no que tange ao uso das
políticas fiscais e monetárias.

Naquele momento, muita gente já defendia a correção cambial


(desvalorização do Real) como forma de readquirir o controle sobre as
contas externas. Apesar da correção cambial já ser justificável em agosto
ou setembro (1998), em outubro ocorreriam as eleições presidenciais, e o
presidente ainda tinha a estabilização como grande conquista de seu
primeiro mandato; assim, esta não poderia ser colocada em risco. Dessa
forma, o primeiro mandato de FHC terminava em meio a um processo de
crise cambial, em função de profundos desequilíbrios gerados nesse
período com a deterioração das contas externas e da situação fiscal.
38736334693

Outro impacto importante, apenas para finalizar esse período, foi a


dinâmica do produto e do desemprego. A partir da crise mexicana, houve
uma ruptura no crescimento econômico que se verificara logo após a
implantação do Plano Real. A partir de então, observou-se um lento
crescimento (por volta de 2,6% a.a.) com tendência de queda no período.
O desemprego também iniciou uma trajetória de crescimento após a crise
mexicana. Após a crise asiática, a taxa de desemprego atingiu patamar
recorde de 8% em 1998. Temos, então, a retração do produto e o
aumento do desemprego como seqüelas do ajustamento do Plano
Real.

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2.2. O ajuste de 1999 !

Faltando poucos dias para as eleições presidenciais de 1998, o


governo começou a negociar um acordo com o FMI que lhe permitisse
enfrentar o quadro externo adverso, iniciado pela crise russa e agravado
pelo temor de uma desvalorização vista como iminente. Este temor pela
desvalorização cambial estimulava a troca de R$ por US$ antes que
ocorresse a mudança cambial e/ou a adoção de algum tipo de controle de
capitais.

O acordo firmado com o FMI garantia ao Brasil US$ 42 bilhões de


ajuda externa, condicionados a um severo pacote de ajuste fiscal. Assim,
foi imposto como condição para a concessão da ajuda, o ajuste fiscal
brasileiro, com o superávit primário passando de 0% do PIB em 1998
para 2,6% do PIB em 1999, e 2,8% e 3,0% do PIB em 2000 e 2001. É
importante registrar que o acordo não contemplava mudanças na política
cambial, que seria mantida inalterada (o governo ainda queria manter o
Real sobrevalorizado com vistas ao controle inflacionário).

O acordo, porém, enfrentou dois obstáculos que não puderam ser


superados. O primeiro deles foi o ceticismo com que o acordo foi recebido
pelo mercado, pouco disposto a considerar que o Brasil poderia escapar
de uma desvalorização cambial. Ao mesmo tempo, uma das mais
importantes medidas do programa fiscal do governo foi rejeitada pelo
Congresso: a cobrança da contribuição previdenciária dos servidores
públicos inativos. Em tais circunstâncias, o pessimismo externo aumentou
e a perda de divisas se acelerou.

Nesse cenário – e apesar da sua defesa do regime cambial nos anos


anteriores -, o governo ficou sem opção, e a desvalorização cambial foi
uma imposição das circunstancias. Em meados de janeiro de 1999, ela se
tornara inevitável. Assim, o governo abandonou o sistema de bandas
cambiais e adotou o câmbio flutuante, que passou de R$ 1,20 para R$
2,00 em menos de 45 dias, no que se anunciava como a reedição do
38736334693

surto inflacionário vivido pelo México quatro anos antes.

A fim de impedir o aparecimento ou a volta da inflação, foi


estabelecido em julho de 1999 o sistema de metas de inflação como
regra para a política monetária. De acordo com ele, a função básica do
BACEN e da política monetária é o cumprimento da meta de inflação
estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, e o instrumento utilizado
para tal é essencialmente a taxa de juros, que, por meio de seus
impactos sobre a demanda, influencia na inflação. Assim, quando a taxa
de inflação está acima da meta, a taxa de juros é elevada, quando está
abaixo, a taxa de juros é reduzida. A adoção do regime de metas de
inflação parece ter ajudado para manter a confiança dos indivíduos de
que o governo encontrava-se engajado com a estabilização, e para

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impedir que o choque cambial se transformasse em pressões !
inflacionárias (afinal, a desvalorização do Real havia provocado o fim da
“âncora cambial”).

Por fim, a desvalorização do Real não teve os efeitos inflacionários


que todos inicialmente temiam. Isto aconteceu por vários motivos:

•! A desvalorização ocorreu em um momento de desaquecimento da


economia,
•! Os quase cinco anos de estabilidade tinham mudado a mentalidade
indexatória dos agentes econômicos,
•! A baixa inflação inicial, em janeiro e fevereiro de 1999, diminuiu o
temor de uma grande propagação dos aumentos de preços,
•! Política monetária rígida,
•! Cumprimento “religioso” das metas fiscais acertadas com o FMI
aumentou a confiança de que a economia seria mantida sob
controle,
•! O aumento do salário mínimo em menos de 5% nominais conteve
uma série de outros aumentos salariais na economia,
•! O sucesso da adoção do sistema de metas de inflação.

A partir do começo de 1999, o país iniciou um processo de retomada do


crescimento que só viria a ser abortado pela combinação das crises de
2001. Neste ano (2001), houve:

i.! Crise de energia: o programa de privatização do governo havia sido


programado com uma intenção de privatização completa das usinas
hidrelétricas, o que acabou não ocorrendo. Prevendo que as
empresas seriam privatizadas, o governo não ampliou os
investimentos, esperando que o setor privado o fizesse. Porém, a
venda das empresas não ocorreu e, portanto, não houve grandes
inversões em novas obras no setor, nem em estatais, nem em
privadas. Enquanto isso, o consumo de energia elétrica aumentava.
Estes fatores, somado ao baixo índice pluviométrico de 2001, gerou
38736334693

uma crise na oferta de energia elétrica que desaqueceu a economia,


interrompendo sua tendência de crescimento.

ii.! Contágio argentino: a Argentina vivia no período sua maior crise em


100 anos. Os investidores estrangeiros, por sua vez, ao adotarem o
mesmo comportamento para todos os países emergentes,
provocaram uma fuga de capitais não só da Argentina, mas também
do Brasil.

iii.! Atentados terroristas de 11 de setembro: os atentados abalaram


fortemente os mercados mundiais, também provocando fuga de
capitais do nosso país.

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Nesse contexto, o desempenho médio da economia no segundo !
governo FHC foi comprometido por essas crises. O balanço do período de
1999 a 2002 é ambíguo. De um lado, o crescimento permaneceu baixo e
o país continuou amargando taxas de juros reais elevadas; de outro,
houve melhoria sistemática da balança comercial e do resultado em conta
corrente e o país fez um ajuste fiscal que no início do processo até os
mais otimistas julgavam que seria muito difícil de implementar: entre
1998 e 2002, a melhora do resultado primário foi de quase 4% do PIB.

Segue no quadro abaixo, um resumo das reformas do período FHC,


dentre as quais está o ajuste de 1999:

Medidas governo FHC:


Privatizações: realizadas com ênfase nas áreas de telecomunicações e
energia, tinham, entre outros, os seguintes objetivos: reduzir e reordenar
a posição do Estado na economia, transferir à iniciativa privada atividades
indevidas e insatisfatoriamente exploradas pelo setor público, contribuir
para redução da dívida pública.
Fim dos monopólios estatais nos setores de petróleo e
telecomunicações: permitiu que os setores de petróleo e
telecomunicações deixassem de ser prerrogativa exclusiva de atuação do
Estado, abrindo caminho para o estabelecimento de competição no setor
de petróleo e para a privatização da Telebrás.
Mudança no tratamento do capital estrangeiro: os setores de
mineração e energia puderam ser explorados por capital estrangeiro. O
conceito de empresa nacional mudou, permitindo que firmas com sede no
exterior passassem a dispor do mesmo tratamento que as empresas
constituídas por brasileiros. Ambas contribuíram para a elevação dos
investimentos estrangeiros a partir de 1995.
Saneamento do sistema financeiro: instituição do Programa de
Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro
Nacional (PROER); privatização da maioria dos bancos estaduais;
facilitação à entrada de bancos estrangeiros, procurando ampliar a
concorrência no setor; favorecimento ao processo de conglomeração, que
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deixou o mercado com menos instituições, porém relativamente mais


fortes; ampliação dos requisitos de capital para a constituição de bancos;
e melhora substancial do acompanhamento e monitoramento do nível de
risco do sistema por parte do BACEN.
Renegociação das dívidas estaduais: consistiu na federalização de
dívidas frente ao mercado, mediante comprometimento dos estados junto
à União, com as dívidas sendo pagas em 30 anos, na forma de prestações
mensais. A contrapartida exigida, na forma de colateralização das receitas
futuras de transferências constitucionais, evitou que os estados
conseguissem burlar a regra de pagamento, pois nesse caso a União
poderia se apropriar das receitas de transferências dos Fundos de
Participação e até do ICMS estadual.
Reforma parcial da previdência social: ampliou-se a necessidade de

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tempo de contribuição para quem já estava na ativa, além da !
desconstitucionalização da fórmula de cálculo das aposentadorias do INSS
e uso do fator previdenciário que desestimula aposentadorias precoces.
Aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): estabeleceu
tetos para as despesas com pessoal em cada um dos poderes nas três
esferas da Federação e, entre vários dispositivos de controle dos gastos
públicos, proibiu novas renegociações de dívidas entre entes da
Federação.
Ajuste fiscal, a partir de 1999: vigência de restrição orçamentária
efetiva, baseada em metas fiscais rígidas.
Criação de agências reguladoras dos serviços de utilidade pública:
com o intuito de defender os interesses do consumidor, assegurar o
cumprimento dos contratos, estimular níveis adequados de investimento e
zelar pela qualidade do serviço, nas áreas de telecomunicações (Anatel),
petróleo (ANP) e energia elétrica (Aneel).
Sistema de metas de inflação: compromisso formal com a estabilidade
de preços, por parte das autoridades, inédito na história do país.

Para finalizar o segundo mandato do governo FHC, nós tivemos a


redução do desemprego, ao contrário do primeiro mandato, onde houve
aumento do desemprego.

Questões de prova:

07. (ESAF – APO/MPOG – 2001) - O Plano Real ou Plano de


Estabilização Econômica foi implementado em três etapas. É
correto afirmar que:
a) A primeira etapa foi a da criação de um padrão estável de valor,
denominado de Unidade Real de Valor - URV; a segunda etapa foi
efetivada com a emissão desse padrão de valor como uma nova moeda
nacional de poder aquisitivo estável - o Real; por fim, a terceira etapa foi
a da condução das chamadas reformas estruturais no Congresso Nacional.
b) A primeira etapa foi a da consolidação da abertura comercial, tendo
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como objetivo enfraquecer o processo de indexação da economia; a


segunda etapa foi a da criação de um padrão estável de valor,
denominado de Unidade Real de Valor - URV; e, por fim, a terceira etapa
foi efetivada com a emissão desse padrão de valor como uma nova
moeda nacional de poder aquisitivo estável - o Real.
c) A primeira etapa foi a de acúmulo de reservas internacionais, tendo
como objetivo manter a taxa de câmbio valorizada; a segunda etapa foi a
da criação de um padrão estável de valor, denominado de Unidade Real
de Valor - URV; e, por fim, a terceira etapa foi efetivada com a emissão
desse padrão de valor como uma nova moeda nacional de poder
aquisitivo estável - o Real.

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d) A primeira etapa foi a do estabelecimento do equilíbrio das contas do !
Governo, tendo como objetivo eliminar, na concepção da equipe
econômica, a principal causa da inflação brasileira; a segunda etapa foi a
da criação de um padrão estável de valor, denominado de Unidade Real
de Valor - URV; e, por fim, a terceira etapa foi efetivada com a emissão
desse padrão de valor como uma nova moeda nacional de poder
aquisitivo estável - o Real.
e) A primeira etapa foi a da criação de um padrão estável de valor,
denominado de Unidade Real de Valor - URV; a segunda etapa foi
efetivada com a emissão desse padrão de valor como uma nova moeda
nacional de poder aquisitivo estável - o Real; por fim, a terceira etapa foi
efetivada a partir da elevação das taxas internas de juros, o que
possibilitou o forte acúmulo de reservas cambiais que contribuiu para a
valorização da taxa de câmbio.

COMENTÁRIOS:
A assertiva D apresenta exatamente as três etapas de implantação do
Plano Real, que estavam planejadas e formalizadas na exposição de
motivos sobre a MP do Plano Real.

GABARITO: D

08. (ESAF - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE EXTERNO TCU –


2000) - Em relação ao Plano Real é correto afirmar que
a) estava baseado na ideia de que havia excesso de liquidez e que era
preciso enxugar os ativos líquidos da economia.
b) depois da crise do México o governo brasileiro diminuiu as taxas de
juros como forma de estimular o consumo e o crescimento econômico.
c) o Fundo Social de Emergência contribuiu para a ampliação do déficit
público federal.
d) a valorização cambial ocorrida depois da implementação do plano
contribuiu para a estabilidade dos preços.
e) provocou um significativo aumento na formação bruta de capital fixo
da economia na segunda metade dos anos 90.
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COMENTÁRIOS:
a) Estava baseado na idéia de que o descontrole das contas públicas
era a principal causa da inflação. Incorreta.

b) Depois da crise, o governo aumentou os juros para atrair capital


externo. Incorreta.

c) O FSE foi uma medida que dava maior liberdade para os gastos do
governo. Incorreta.

d) Correta. Foi o que ficou caracterizado como “âncora cambial”.

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e) Incorreta. Houve retração do produto e dos investimentos, !
devido aos inúmeros expedientes de política econômica recessiva
adotados (taxas de juros elevadas, aumento da carga tributária, política
monetária restritiva, câmbio valorizado estimulando as importações em
detrimento da indústria nacional, etc).

GABARITO: D

09. (CESGRANRIO - ECONOMISTA PETROBRAS 2008) - O plano


Real de estabilização da economia brasileira, lançado em meados
de 1994, foi acompanhado de
a) valorização inicial do Real em relação ao dólar americano.
b) aumento imediato das reservas internacionais do país.
c) redução das importações brasileiras.
d) forte redução da taxa de juros doméstica.
e) crescimento real do PIB e do investimento acima de 8% a.a.

COMENTÁRIOS:
a) Correta. Foi a “âncora cambial”.

b) Incorreta. A entrada de capitais externos em virtude das elevadas


taxas de juros serviram para elevar a cotação do Real em relação ao US$.
Se os capitais externos fossem convertidos em reservas internacionais,
estaria sendo caracterizado um regime cambial fixo, o que não aconteceu
(inicialmente, o regime era flutuante).

c) Incorreta. Aumento de importações, em virtude da sobrevalorização


do Real.

d) Incorreta. Havia altas taxas de juros internas.

e) Incorreta. O crescimento do PIB em 1994 foi de 5,9% a.a.

GABARITO: A 38736334693

10. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2009) - A análise das causas da


queda da inflação no período 1995/1998 no Brasil está ligada à
combinação dos seguintes elementos, exceto:
a) a fase de transição representada pelos quatro meses de convivência da
população com a URV (Unidade Real de Valor).
b) o papel de âncora cambial como balizador de expectativa.
c) o excepcional nível de reservas cambiais.
d) as baixas taxas de juros praticadas durante toda a segunda metade da
década de 1990.
e) o maior grau de abertura da economia.

COMENTÁRIOS:

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A única incorreta é a letra D, já que foram praticados altas taxas de juros
durante toda a segunda metade da década de 1990, a fim de evitar os
desequilíbrios externos provocados pelas diversas fugas de capitais
surgidas no período (crise mexicana, tigres asiáticos e russa).

GABARITO: D

11. (ESAF - AFC/STN – 2008) - Nos dez anos que se seguiram à


posse do Presidente José Sarney, foram implementados vários
Planos de estabilização com o intuito de reduzir a inflação no
Brasil, sendo o último o Plano Real. Em relação a esses planos, é
correto afirmar que:
a) o conceito de inflação inercial esteve subjacente a grande parte de tais
planos de estabilização; sendo assim, entendia-se a inflação como sendo
explicada por uma série de choques de custos ocorridos no período.
b) o conceito de inflação inercial era a principal tese acerca da inflação do
período; esse tipo de inflação estava associado às constantes acelerações
que a inflação apresentava no período, sendo que os períodos em que a
inflação apresentava uma tendência de estabilidade, esta tendência
estava associada a um baixo hiato do produto.
c) apesar de a inflação inercial ser um conceito de inflação importante
para a maioria desses planos de estabilização, a estratégia de combate a
essa inflação foi diferente por exemplo se compararmos o Plano Cruzado
com o Plano Real, já que no primeiro optou-se pelo congelamento de
preços, não utilizado no último.
d) o Plano Collor difere dos demais planos do período tanto por não se
valer do congelamento de preços como por usar uma forte âncora
monetária.
e) Os Planos Cruzado, Bresser e Verão utilizaram o congelamento de
preços, salários e da taxa de câmbio, além de terem mantido uma política
de juros elevados, após o plano.

COMENTÁRIOS: 38736334693

a) Houve o erro na conceituação de inflação inercial, que deriva da


indexação e não de choques de custos (inflação de custos). Incorreta.

b) Nos períodos em que a inflação apresentava uma tendência à


estabilidade, ela se devia ao alto hiato do produto (desaquecimento da
economia).

c) Correta. O Plano Cruzado utilizou o congelamento de preços, ao passo


que o Plano Real utilizou a URV como indexador.

d) O Plano Collor utilizou congelamento de preços, que foi infrutífero, mas


é fato que ele se utilizou deste artifício.

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e) O Plano Bresser não utilizou congelamento da taxa de câmbio. !

GABARITO: C

12. (ESAF - AFC/STN – 2008) - A privatização e a abertura


econômica marcam importantes mudanças implementadas na
economia brasileira, especialmente nos anos 90. Caracteriza essas
reformas apenas a afirmativa:
a) os impactos da abertura comercial e da privatização foram pequenos,
pois a privatização não propiciou a diminuição da dívida pública brasileira
e a abertura comercial se restringiu a negociações de liberalização
comercial com os países do Mercosul.
b) entre as razões que justificaram as privatizações, está a diminuição da
capacidade estatal em fazer os investimentos necessários à ampliação das
empresas estatais e dos serviços por elas fornecidos.
c) a abertura econômica foi caracterizada por ser uma abertura parcial, já
que se restringiu aos aspectos comerciais, não afetando, por exemplo, as
transações relativas ao Balanço de capitais.
d) após a abertura comercial, foram gerados déficits comerciais que só
foram revertidos depois do Plano Real.
e) a privatização brasileira foi uma das maiores privatizações do período,
tendo alcançado todas as empresas produtivas dos setores Siderúrgico,
de Petróleo e Gás, Petroquímico e Financeiro do governo federal.

COMENTÁRIOS:
a) Os impactos da abertura comercial e das privatizações foram grandes.
A abertura comercial foi importante para o uso da “âncora cambial” como
forma de reter os preços internos. Já o dinheiro das privatizações foi
utilizado para conter a deterioração da situação fiscal ocorrida no primeiro
mandato do governo FHC. Incorreta a assertiva.

b) Correta.

c) A abertura econômica abrangeu tanto o setor comercial quanto o fluxo


38736334693

de capitais estrangeiros (balanço de capitais). Incorreta.

d) o Plano Real foi caracterizado por elevados déficits comerciais


provocados pela “âncora cambial”. Incorreta.

e) a privatização não alcançou todos os setores elencados na assertiva. O


foco das privatizações ocorreu sobre os setores de energia e
telecomunicações. Incorreta.

GABARITO: B

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13. (ESAF – APO/MPOG – 2005) - Considerando o comportamento !
do saldo em transações correntes durante a década de 90, é
correto afirmar que
a) na média, o saldo permaneceu nulo durante o período em que o país
adotou o regime de bandas cambiais.
b) tal saldo passou a ser superavitário após a implantação do Plano Real,
graças à forte entrada líquida de capitais de curto prazo.
c) tal saldo foi deficitário após a implantação do Plano Real; entretanto, a
partir de 1999, o saldo passa a ser superavitário, apresentando uma
resposta imediata à mudança do regime cambial naquele ano.
d) tal saldo continuou a ser superavitário após a implantação do Plano
Real graças ao desempenho da balança de serviços que passou a ser
favorecida pela política cambial baseada na denominada “ancoragem”.
e) tal saldo passou a ser deficitário após a implantação do Plano Real,
podendo ser considerado como um dos fatores que contribuíram para a
mudança cambial no final da década.

COMENTÁRIOS:
Como vimos nos comentários dos impactos e problemas do Plano Real, a
sobrevalorização do Real provocou aumento das importações, ao mesmo
tempo em que as exportações não tiveram bom rendimento. Resultado:
déficit na balança comercial.

Da mesma forma, foram praticadas altas taxas de juros a fim de atrair o


capital externo. O aumento da dívida externa e dos juros a serem
enviados ao exterior, por sua vez, sobrecarregaram a balança de serviços
e rendas. Resultado: déficit na balança de serviços e rendas.

Resultado total: déficit na balança comercial + déficit na balança de


serviços e rendas = déficit no balanço de transações correntes.

Como forma de reagir a estes déficits em transações correntes, em 1999


é realizada a desvalorização do Real, como uma das medidas de ajuste
para conter a deterioração da situação das contas externas. Desta forma,
38736334693

correta a assertiva E.

A letra C está incorreta pelo fato de a mudança cambial não ter


provocado superávits imediatos, sendo que a balança comercial só voltou
a ser superavitária em 2001, apesar de ter havido melhora já em 1999
(no entanto, tal melhora não significou situação superavitária).

GABARITO: E

14. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2008) - Com relação ao


comportamento da balança comercial a partir de 1990 até o
presente momento, é correto afirmar que:

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a) após a implantação do Plano Real, o Brasil passa da condição de !
deficitário para superavitário comercial. Isto pode ser explicado pelos
efeitos da estabilidade de preços sobre a balança comercial.
b) na maior parte da segunda metade da década de 90 o Brasil
apresentou déficits na balança comercial. Essa situação se reverte no
início do século atual, em parte pelo comportamento da taxa de câmbio,
pelo menos até o ano de 2002, e em parte pelo comportamento dos
preços de vários itens da pauta de exportação brasileira.
c) no ano de 1999, o Brasil apresentou o maior superávit na balança
comercial dos últimos 20 anos. A explicação pode ser encontrada pela
forte desvalorização sofrida pelo Real naquele ano.
d) o século atual tem sido caracterizado como um período de déficits na
balança comercial. Tais déficits podem ser explicados pela valorização que
o Real passa a apresentar a partir de 2002.
e) apesar da valorização do Real após o ano de 1994, o Brasil apresentou
superávits na balança comercial durante toda a década de 1990.

COMENTÁRIOS:
a) após a implantação do Plano Real, o Brasil passa da condição de
deficitário para superavitário comercial. Incorreta, pois o Plano Real
trouxe sérios déficits à balança comercial.

b) na maior parte da segunda metade da década de 90 o Brasil


apresentou déficits na balança comercial. Essa situação se reverte no
início do século atual, em parte pelo comportamento da taxa de câmbio,
pelo menos até o ano de 2002, e em parte pelo comportamento dos
preços de vários itens da pauta de exportação brasileira. Correta. Com a
desvalorização cambial de 1999, os itens da pauta exportadora brasileira
tiveram seus preços relativos reajustados de forma a beneficiar as contas
externas brasileiras.

c) no ano de 1999, o Brasil apresentou o maior superávit na balança


comercial dos últimos 20 anos. A explicação pode ser encontrada pela
forte desvalorização sofrida pelo Real naquele ano. Incorreta. Em 1999,
38736334693

o Brasil apresentou déficit na balança comercial, ainda fruto da


sobrevalorização do Real, sendo que, somente em 2001, o Brasil voltou a
apresentar superávits na balança comercial.

d) o século atual tem sido caracterizado como um período de déficits na


balança comercial. Tais déficits podem ser explicados pela valorização que
o Real passa a apresentar a partir de 2002. Incorreta. O século atual
(anos 20xx) tem apresentado sucessivos superávits na balança comercial.

e) apesar da valorização do Real após o ano de 1994, o Brasil apresentou


superávits na balança comercial durante toda a década de 1990.
Incorreta. O Plano Real e a sobrevalorização da moeda causaram déficits
comerciais em toda a segunda metade da década de 1990 (durante a

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primeira metade, houve superávits comerciais provenientes da política de !
desvalorização cambial dos governos Collor e Itamar).

GABARITO: B

15. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2009) - O ajuste fiscal necessário


para dar suporte às políticas macroeconômicas, durante a
segunda metade dos anos 90, foi resultado dos seguintes fatores,
nos quais não se inclui(em):
a) o incentivo ao uso dos precatórios pelos estados e municípios.
b) um corte nos investimentos públicos, com consequências negativas
importantes para a qualidade da infraestrutura e dos serviços públicos.
c) condições mais rígidas aplicadas à expansão da dívida pública estadual,
após as negociações realizadas em 1997/1998.
d) a implementação do programa de privatização, que liberou o governo
dos subsídios e empresas estatais ineficientes.
e) um importante aumento das receitas no nível federal por meio das
contribuições sociais não compartilhadas por estados e municípios, as
quais foram responsáveis pelo aumento da carga tributária.

COMENTÁRIOS:
Dentre todas as medidas elencadas, a única que não se relaciona com o
ajuste fiscal realizado pelo governo FHC é a apresentada na alternativa A.

Na alternativa B ! redução dos gastos públicos


Na alternativa C ! negociação em relação às dívidas estaduais
Na alternativa D ! Privatizações
Na alternativa E ! Reforma da previdência que provocou aumento das
receitas provenientes das contribuições previdenciárias, sendo que estas
receitas não precisavam ser divididas com Estados e Municípios.

GABARITO: A

16. (ESAF – APO/MPOG – 2010) – A partir de 1986, a economia


38736334693

brasileira passou por diversos planos de estabilização. Sabendo-se


que o Plano Real foi anunciado em junho de 1994, como plano de
estabilização da economia, indique a opção falsa com relação ao
referido Plano.
a) O Plano Real partiu do diagnóstico de que a inflação brasileira possuía
um forte caráter inercial.
b) O ajuste fiscal visava equacionar o desequilíbrio orçamentário para os
anos subsequentes e impedir que daí decorressem pressões inflacionárias.
c) Foram criadas fontes temporárias de contenção fiscal, como a receita
do Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras (IPMF), depois
transformado em contribuição (CPMF).

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d) Em 1994, o governo criou um novo indexador, a Unidade Real de Valor !
(URV), cujo valor em cruzados seria corrigido diariamente pela taxa de
inflação.
e) O governo anunciou, junto com o plano, metas de expansão monetária
bastante restritivas: restringiu operações de crédito e impôs depósito
compulsório de 100% sobre as captações adicionais do sistema
financeiro.

Comentários:
A única incorreta é a letra D.

Em 1994, o governo criou um novo indexador, a Unidade Real de Valor


(URV), cujo valor em cruzeiros reais seria corrigido diariamente pela
taxa de inflação.

Gabarito: D

17. (ESAF – Analista Técnico de Políticas Sociais – MPOG – 2012) -


Na tentativa de combater a inflação brasileira, o Plano Real, em
uma de suas fases, introduziu a URV (Unidade Real de Valor). Esse
procedimento teve como principal objetivo:
a) indexar plenamente a economia e promover um ajuste dos preços
relativos.
b) resgatar as três funções básicas da moeda: unidade de conta; reserva
de valor; e meio de troca.
c) promover a inércia inflacionária.
d) promover o equilíbrio das contas externas.
e) controlar a liquidez da economia.

Comentários:
A URV correspondia a um novo sistema de indexação. O governo criou
um novo indexador, a Unidade Real de Valor (URV), cujo valor em
cruzeiros seria corrigido diariamente pela taxa de inflação. Tal valor
passaria a funcionar como unidade de conta24 no sistema. Ou seja, a URV
38736334693

desempenhava apenas 01 das 03 funções da moeda.

Gabarito: A

18. (ESAF – Analista de Infraestrutura – DNIT – 2013) - O


Programa de Ação Imediata, do Governo Itamar Franco,
apresentado como um conjunto de intenções pelo então Ministro
da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, propunha:

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42
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a) uma política heterodoxa, em que o governo deveria ampliar sua !
participação no mercado de bens.
b) uma política de redução da taxa de juros e ampliação da oferta
monetária.
c) aumentar a taxa de juros e reduzir os gastos públicos.
d) um programa de estatização da economia como forma de produzir
bens a preços mais competitivos.
e) abandonar a política de estabilização e focar na promoção do
crescimento econômico.

Comentários:
O objetivo do PAI era o estabelecimento de políticas fiscais e monetárias
restritivas. Ou seja, o Plano propunha um forte ajuste fiscal (redução de
gastos públicos), além de um aumento da taxa de juros (política
monetária restritiva).

Gabarito: C

19. (CESPE/Unb - ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO –


SEGER 2009) - A análise da economia interna ajuda a
compreender os fenômenos econômicos brasileiros. Baseando-se
nessa análise, julgue o item.

Mediante o controle rígido da taxa de câmbio, o ajuste de 1999,


além de introduzir o sistema de metas de inflação, preservou
também a âncora cambial como pilar no combate às pressões
inflacionárias no pós-real.

COMENTÁRIOS:
O ajuste de 1999 se originou da desvalorização cambial a fim de evitar a
deterioração das contas externas. A desvalorização do câmbio acabava
com a “âncora cambial”, o que poderia provocar a volta da inflação. Daí,
foi adotado o sistema de metas de inflação como medida para evitar o
retorno da inflação. 38736334693

GABARITO: FALSO

20. (FUNRIO - ECONOMISTA SUFRAMA – 2008) - Em janeiro de


1999, no início do segundo mandato de FHC, foram feitos ajustes
na economia com a adoção das seguintes medidas:
a) mudança para o sistema de câmbio flutuante, elevação da taxa de
juros, adoção do regime de metas de inflação e forte aperto fiscal para
garantir um superávit primário.
b) mudança para o sistema de bandas cambiais, diminuição da taxa de
juros, adoção do regime de metas de inflação e aumento dos gastos
governamentais para promover o crescimento.

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c) mudança para o sistema de câmbio fixo, elevação da taxa de juros, !
políticas de estimulo às importações e aumento dos gastos
governamentais para promover o crescimento.
d) mudança para o sistema de câmbio flutuante, diminuição da taxa de
juros, adoção do regime de metas de inflação e políticas de estimulo às
importações.
e) mudança para o sistema de bandas cambiais, elevação da taxa de
juros, políticas de estimulo às importações e forte aperto fiscal para
garantir um superávit primário.

COMENTÁRIOS:
a) Correta.

b) Incorreta. Houve mudança do regime de bandas cambiais para o


regime flutuante, além de haver redução dos gastos governamentais.

c) Incorreta. Houve mudança para o regime flutuante de câmbio, sem


estímulo para as importações. Na verdade, houve desestímulo às
importações, até mesmo através da política tarifária, o que representou,
naquele momento, retrocesso na política de abertura comercial
implementada no começo dos anos 1990.

d) Incorreta. Houve elevação das taxas de juros e desestímulo às


importações.

e) Incorreta. Pelos motivos já citados acima.

GABARITO: A

(CESPE/Unb - CONTROLADOR DE RECURSOS MUNICIPAIS/ES) – A


análise da economia mundial é fundamental para o entendimento
da situação econômica brasileira atual. Acerca desse assunto,
julgue os itens a seguir.
38736334693

21. No âmbito das reformas da década passada, a renegociação


dos passivos estaduais - que consistiu na federalização da dívida
dos estados frente ao mercado, cuja contrapartida foi a
colateralização das receitas futuras de transferências
constitucionais - restringiu a capacidade de endividamento desses
entes federativos, o que contribuiu para o necessário ajuste do
setor público.

COMENTÁRIOS:

Correta. Foi uma das medidas no segundo mandato do governo FHC


(dentro do ajuste de 1999).

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GABARITO: VERDADEIRO !

22. No período 1995-1998, embora a estabilização associada ao


Plano Real tenha potencializado os benefícios da competição, os
desequilíbrios - fiscal e externo - restringiram o crescimento do
investimento e da produção.

COMENTÁRIOS:

No primeiro governo FHC, a estabilização associada ao Plano Real marcou


uma revolução comportamental no setor privado, pois com a possibilidade
de comparar preços (algo impossível quando a inflação é de 2 ou 3% por
dia útil), a soberania do consumidor passou a obrigar a uma disputa entre
as firmas, que potencializou os benefícios da competição introduzida pela
concorrência dos importados. Porém, a existência de dois grandes
desequilíbrios – externo e fiscal – gerava a impressão de que uma crise
estava à espera do país, funcionando como um entrave às decisões de
investimento.

GABARITO: VERDADEIRO

23. Em virtude do elevado grau de endividamento externo do


setor privado, a desvalorização cambial de 1999 implicou a
redução substancial do patrimônio desse setor.

COMENTÁRIOS:

Havia um elevado grau de endividamento externo do setor público, e não


do setor privado. Assim, por ocasião da desvalorização cambial de 1999,
houve perda de patrimônio do setor público.

GABARITO: FALSO

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3. GOVERNO LULA

Ao assumir o governo em 2003, Lula, surpreendentemente, e até


contrariando as expectativas, adotou a política da continuidade. Ele deu
prosseguimento à política econômica baseada no tripé: flutuação
cambial/metas de inflação/austeridade fiscal, rumando, assim, para longe
das posições esquerdistas tradicionalmente defendidas pelo PT até então.
Seguem abaixo algumas destas medidas:

"! Nomeação para o cargo de presidente do BACEN um banqueiro (o


ex-presidente mundial do Bank Boston, Henrique Meirelles);
"! Anúncio de metas de inflação para 2003 e 2004, reforçando a
política antiinflacionária e o compromisso com a estabilidade;

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"! Elevou a taxa de juros básica (SELIC), mostrando que isso não era !
mais um “tabu” para o PT;
"! Definiu um aperto da meta de superávit primário, que passou de
3,75% para 4,25% do PIB em 2003;
"! Ordenou corte do gasto público, para viabilizar o objetivo fiscal,
deixando de lado antigas promessas de incremento do gasto;
"! Colocou na Lei de Diretrizes Orçamentárias o objetivo de manter a
mesma meta fiscal, de 4,25% do PIB de superávit primário, para o
período 2004-2006;
"! Renovação do acordo com o FMI até o final de 2004, mantendo o
esquema de comprovação regular do cumprimento das metas fiscais
e todo o arcabouço normal dos acordos com a instituição;
"! Envio ao congresso da proposta de reforma tributária;
"! Encaminhamento, em paralelo com a reforma tributária, da
proposta da reforma da Previdência Social.

Com relação ao desenrolar da economia, os avanços foram notórios


no período Lula. As condições favoráveis do mercado internacional, com
excepcional liquidez, mantiveram o crescente desenvolvimento com
sucessivos recordes na balança comercial25 e de transações correntes e
também uma forte entrada de investimentos estrangeiros, o que
provocou superávits no balanço de pagamentos e acúmulo de reservas
internacionais no período, que foram importantes durante a crise de
2008.

O PIB cresceu a taxas expressivas, embora em menor ritmo que


outros países emergentes, as taxas de juros começaram a cair
progressivamente e o crédito ao consumidor se expandiu. A composição
da dívida pública também começou a mudar com a colocação de títulos
prefixados de longo prazo a juros menores, o que não comprometia
excessivamente os recursos futuros do Estado. Em 2007, houve o
pagamento da dívida externa, o que gerou um bom impacto psicológico,
devido a anos de dependência externa e instabilidade fiscal e financeira
decorrentes da dívida externa. O aumento dos superávits primários
38736334693

alterou a relação dívida/PIB, que havia aumentado bastante na gestão


FHC, e que, a partir da gestão Lula, começou a declinar.

Crise financeira de 2008

Em 2008, o mundo foi pego de surpresa com a crise financeira


surgida a partir dos EUA. O estopim da crise foi a quebra do Banco Leman
Brothers, em Setembro. Em seguida, vários outros bancos e grandes

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firmas apresentaram dificuldades financeiras e/ou decretaram concordata, !
ou foram salvas pelo dinheiro público.

Tal crise ficou conhecida como crise do Subprime e, na verdade,


teve origem em 2006 e foi revelada ao público em 2007, portanto, um
prenúncio do que ocorreria em 2008. Os subprime incluíam desde
empréstimos hipotecários até cartões de crédito e aluguel de carros.
Movidas pela alta expectativa de lucros e metas ousadas, as instituições
financeiras concederam empréstimos a clientes sem comprovação de
renda e com histórico ruim de crédito. Essas dívidas nunca eram pagas,
apenas roladas. A valorização contínua dos imóveis permitia aos
mutuários obter novos empréstimos, sempre maiores, para liquidar os
anteriores, em atraso – e o que é melhor: dando o mesmo imóvel como
garantia. As taxas de juros eram pós-fixadas. Quando os juros
dispararam nos EUA e houve desvalorização imobiliária, surgiu a
inadimplência em massa.

A inadimplência dos tomadores de empréstimos acabou por tornar


os bancos também inadimplentes, provocando uma interrupção da cadeia
de pagamentos da economia. Tal fato repercutiu fortemente sobre as
bolsas de valores de todo o mundo.

Para “diluir” o risco dessas operações de concessões de


empréstimos, os bancos americanos transformaram tais créditos em
títulos na forma de derivativos26 negociáveis no mercado financeiro
internacional, cujo valor era até 05 vezes maior que o valor original das
dívidas.

Assim, criaram-se títulos negociáveis cujo lastro era esses créditos


“podres”. A transação no mercado financeiro internacional desses créditos
podres possibilitou o alastramento da crise pelo mundo.

Como lição da crise de 2008, ficou evidente a necessidade de maior


regulação e fiscalização do sistema financeiro. No entanto, até o
38736334693

momento, as nações ainda não chegaram a um consenso sobre quais os


mecanismos ideais para realizar tal regulação. Em janeiro de 2010, foi
realizado em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial, porém, sem
que houvesse reais definições de reforma do sistema financeiro. Ficou
claro apenas que o marco regulatório precisa ser desenvolvido e
aprimorado.

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O governo Lula e a crise de 2008 !

Por ocasião do estouro da crise de 2008, o Brasil estava


economicamente preparado, de forma que foi um dos países que menos
sentiu a crise: entrou mais tarde e saiu mais cedo, além de melhorar seu
prestígio internacional.

Às vésperas da crise, houve um grande aporte de capital ao Brasil,


provocado, em parte, pela concessão do investment grade (grau de
investimento), em que as agências de risco consideram determinado país
como sendo seguro para investimentos externos. A concessão do
investment grade é altamente benéfica, pois traz a possibilidade de
maiores investimentos externos junto ao país que o recebe.

Assim, o investment grade, o bom nível de reservas internacionais,


o bom marco regulatório do sistema financeiro nacional, o saneamento
dos bancos nacionais realizado na gestão FHC (PROER) e a política
monetária responsável colocoram o Brasil em boa posição para enfrentar
a crise internacional de 2008.

Inicialmente, houve, como em todas as partes do mundo, fuga de


capitais, pois os investidores tendem a ficar receosos. Tal fuga de capitais
provocou de imediato a desvalorização do Real frente ao dólar, com a
taxa de câmbio saindo da casa dos R$ 1,6x para a casa dos R$ 2,3x por
dólar. No entanto, tal desvalorização durou pouco e rapidamente o capital
externo voltou ao país, de forma que a taxa de câmbio voltou novamente
para o patamar inferior a R$ 2,00 por dólar.

Apesar do sucesso de enfrentamento da crise no Brasil, não


podemos dizer que passamos incólumes à mesma, nem esta foi a
“marolinha” que o presidente afirmou que seria. Houve forte redução das
exportações e da demanda agregada. Para impedir o surgimento do
desemprego, o governo adotou política monetária antirecessiva ou
expansiva (redução da taxa de juros, dos depósitos compulsórios, e da
38736334693

taxa de redesconto). A política fiscal seguiu o mesmo caminho anticíclico


da política monetária: redução do IPI para automóveis e
eletrodomésticos, desoneração tributária do mercado imobiliário e
investimentos nas obras do PAC, com o objetivo de estimular a demanda
agregada.

Foi a primeira crise, entre as que o Brasil enfrentou, em que foi


possível a adoção de políticas semelhantes às aplicadas por países
desenvolvidos. Isto só foi viável, repetindo mais uma vez, porque o país
apresentava desta vez condições muito melhores do que em crises
anteriores: não havia dependência das contas externas, a inflação estava
sob controle, o sistema financeiro estava em boa situação e havia
estabilidade política. Isso permitiu ao Brasil, pela primeira vez, gerar

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políticas anticíclicas de estímulos fiscais e de redução de juros, em vez de !
subir as taxas, como fazia antes. Desta vez, o capital externo veio não
somente por que as taxas de juros eram elevadas, mas também porque
as condições macroeconômicas do país eram sólidas.

Apenas finalizando sobre o período recente, no segundo semestre


de 2009, como decorrência da volta do capital externo e da consequente
valorização cambial, o governo Lula promoveu a taxação da entrada de
capital estrangeiro no país, por meio do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), com alíquota de 2%. O objetivo era conter a
valorização da moeda e evitar que esta prejudique o setor produtivo
nacional.

PS: em relação ao governo Dilma, não há muito que falarmos. É


improvável cair alguma questão de prova sobre isso, pois ainda não deu
tempo de a doutrina se posicionar (os livros de Economia Brasileira ainda
estão começando a, timidamente, abordar o Governo Lula apenas). Do
mesmo modo, no governo Dilma, há uma estrita continuidade (do ponto
de vista econômico) do governo Lula, o que, obviamente, dificulta ainda
abordagem de questões de economia brasileira deste período tão recente
(2011 – 2012).

......

24. ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS SEP/SP – FCC 2009 -


A tabela a seguir mostra a evolução do saldo da balança comercial
brasileira.

38736334693

A esse respeito, é correto afirmar:


a) A retração do superávit comercial em 2008 pode ser explicada pela
forte ampliação das importações brasileiras, já que com a crise financeira
internacional diversos países reduziram os preços dos bens por eles
produzidos para evitar o acúmulo de estoques.
b) O déficit comercial observado no período do primeiro mandato do
presidente Fernando Henrique Cardoso é consequência da elevada

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importação de máquinas e equipamentos destinados à modernização do !
parque industrial siderúrgico.
c) O déficit comercial de 1999 é prova inequívoca de que não há relação
entre o saldo comercial e o comportamento da taxa de câmbio, já que
naquele ano houve uma maxidesvalorização cambial.
d) Como a política monetária do governo Luiz Inácio Lula da Silva tem se
pautado por taxas de juros elevadas, é lícito afirmar que o saldo
comercial responde positivamente à taxa de juros.
e) Os expressivos superávits comerciais observados entre 2003 e 2007
são explicados, em grande medida, pela fase de forte crescimento
econômico mundial, com a expansão da demanda por bens como soja e
aço.

COMENTÁRIOS:
a) A retração do superávit comercial foi gerada pela crise financeira
mundial, que provocou a forte redução das exportações brasileiras.
Incorreta.

b) O déficit comercial observado no primeiro mandato FHC foi provocado


pela sobrevalorização do Real, que favorecia as importações em
detrimento das exportações. A pauta importadora foi em sua maioria
composta por bens de consumo, entre eles, o maior destaque foi a
importação de automóveis. Incorreta.

c) Totalmente incorreta. O saldo comercial tem estreita relação com a


taxa de câmbio. No entanto, após uma valorização ou desvalorização
cambial o efeito não é imediato, demora um tempo.

d) o governo Lula tem procurado reduzir lenta e progressivamente as


taxas de juros, que ainda assim são bastante elevadas comparadas com
as taxas praticadas no resto do mundo. No entanto, o saldo comercial
(saldo da balança comercial) não responde positivamente a taxa de juros.
Quem responde positivamente a taxa de juros é o saldo de capitais (saldo
do balanço de capitais). Incorreta. 38736334693

e) Correta. A boa fase vivida pela economia mundial associada ao


aumento dos preços das commodities explicam os recordes alcançados
pela balança comercial brasileira no período.

GABARITO: E

ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO – SEGER - CESPE


2009 - A análise da economia interna ajuda a compreender os
fenômenos econômicos brasileiros. Baseando-se nessa análise,
julgue o item.

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25. Na gestão Palloci-Meirelles, ocorreu um aumento substancial !
do déficit do setor público, em seu conceito primário, o que
elevou, significativamente, a dívida líquida do setor público.

COMENTÁRIOS:

Durante a gestão Palloci-Meirelles (primeiro mandato de Lula), houve


aumento dos superávits primários, o que provocou redução da dívida
líquida27.

GABARITO: FALSO

Bem pessoal, por hoje é só!

Abraços e bons estudos!

Heber Carvalho e Jetro Coutinho

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

01. (CESPE/Unb - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC -


2009) - O estudo da economia brasileira é fundamental para o
entendimento dos problemas enfrentados pelo país. A respeito
desse assunto, julgue o item.

O confisco da liquidez que caracterizou o Plano Collor conduziu à


estagnação do crescimento dos meios de pagamentos e à queda
abrupta do PIB brasileiro no segundo trimestre de 1990.

02. (CESPE/Unb - ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO –


SEGER – 2009) - A análise da economia interna ajuda a
compreender os fenômenos econômicos brasileiros. Baseando-se
nessa análise, julgue o item.

A forte recessão inicial associada ao sequestro da liquidez


concorreu para a virtual eliminação da inflação durante o período
de vigência do Plano Collor.

03. (ESAF – APO/MPOG – 2008) - Identifique qual das afirmações


abaixo não corresponde a uma descrição da situação fiscal ou do
contexto macroeconômico no período 1981/1994.
a) O período posterior a 1986 caracterizou-se pela observação de taxas
de inflação superiores a 1000% ao ano em quase todos os anos.
b) Foi uma fase caracterizada por uma estagnação contínua da economia
ao longo do período.
c) Devido à elevação da inflação, os mecanismos de indexação tributária
foram sucessivamente aperfeiçoados ao longo do período.
d) Em que pese a tese de que o déficit público causa o aumento dos
preços, a alta inflação do início dos anos 1990 parece ter colaborado para
diminuir o déficit operacional do setor público.
e) As principais causas da deterioração das contas públicas nos anos de
38736334693

1980 foram: o aumento do gasto com pessoal, notadamente na esfera


estadual e municipal, maiores despesas previdenciárias e o crescimento
do fluxo de pagamento de juros da dívida pública.

04. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2008) - A criação da Taxa Referencial


de Juros (TR), de acordo com a metodologia divulgada pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN), como instrumento de
remuneração das aplicações financeiras de curto prazo, foi
realizada no:
a) "Plano Collor II".
b) "Plano Collor I".
c) "Plano Bresser".
d) "Plano Verão".

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e) "Plano Real". !

05. (CESPE/Unb - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC –


2008) - A inflação recorrente que assolou, durante anos, a
economia brasileira motivou a adoção de diversos planos de
estabilização. Acerca desses planos, julgue o item.

O confisco da liquidez realizado no âmbito do Plano Collor,


acompanhado de um controle estrito dos meios de pagamento,
permitiu ao governo fazer uma política monetária ativa, vista
como fundamental para o controle da inflação.

06. (FCC - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCE/MG – 2007) - A


abertura comercial no Brasil recebeu destaque a partir do
momento em que se tornou uma meta explícita de governo.
Porém, o processo de redução tarifária no comércio exterior
iniciou-se anteriormente na gestão do presidente
a) José Sarney.
b) Fernando Collor de Mello.
c) Itamar Franco.
d) Fernando Henrique Cardoso, em seu primeiro mandato.
e) Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato.
!
07. (ESAF – APO/MPOG – 2001) - O Plano Real ou Plano de
Estabilização Econômica foi implementado em três etapas. É
correto afirmar que:
a) A primeira etapa foi a da criação de um padrão estável de valor,
denominado de Unidade Real de Valor - URV; a segunda etapa foi
efetivada com a emissão desse padrão de valor como uma nova moeda
nacional de poder aquisitivo estável - o Real; por fim, a terceira etapa foi
a da condução das chamadas reformas estruturais no Congresso Nacional.
b) A primeira etapa foi a da consolidação da abertura comercial, tendo
como objetivo enfraquecer o processo de indexação da economia; a
segunda etapa foi a da criação de um padrão estável de valor,
38736334693

denominado de Unidade Real de Valor - URV; e, por fim, a terceira etapa


foi efetivada com a emissão desse padrão de valor como uma nova
moeda nacional de poder aquisitivo estável - o Real.
c) A primeira etapa foi a de acúmulo de reservas internacionais, tendo
como objetivo manter a taxa de câmbio valorizada; a segunda etapa foi a
da criação de um padrão estável de valor, denominado de Unidade Real
de Valor - URV; e, por fim, a terceira etapa foi efetivada com a emissão
desse padrão de valor como uma nova moeda nacional de poder
aquisitivo estável - o Real.
d) A primeira etapa foi a do estabelecimento do equilíbrio das contas do
Governo, tendo como objetivo eliminar, na concepção da equipe
econômica, a principal causa da inflação brasileira; a segunda etapa foi a

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da criação de um padrão estável de valor, denominado de Unidade Real !
de Valor - URV; e, por fim, a terceira etapa foi efetivada com a emissão
desse padrão de valor como uma nova moeda nacional de poder
aquisitivo estável - o Real.
e) A primeira etapa foi a da criação de um padrão estável de valor,
denominado de Unidade Real de Valor - URV; a segunda etapa foi
efetivada com a emissão desse padrão de valor como uma nova moeda
nacional de poder aquisitivo estável - o Real; por fim, a terceira etapa foi
efetivada a partir da elevação das taxas internas de juros, o que
possibilitou o forte acúmulo de reservas cambiais que contribuiu para a
valorização da taxa de câmbio.

08. (ESAF - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE EXTERNO TCU –


2000) - Em relação ao Plano Real é correto afirmar que
a) estava baseado na ideia de que havia excesso de liquidez e que era
preciso enxugar os ativos líquidos da economia.
b) depois da crise do México o governo brasileiro diminuiu as taxas de
juros como forma de estimular o consumo e o crescimento econômico.
c) o Fundo Social de Emergência contribuiu para a ampliação do déficit
público federal.
d) a valorização cambial ocorrida depois da implementação do plano
contribuiu para a estabilidade dos preços.
e) provocou um significativo aumento na formação bruta de capital fixo
da economia na segunda metade dos anos 90.

09. (CESGRANRIO - ECONOMISTA PETROBRAS 2008) - O plano


Real de estabilização da economia brasileira, lançado em meados
de 1994, foi acompanhado de
a) valorização inicial do Real em relação ao dólar americano.
b) aumento imediato das reservas internacionais do país.
c) redução das importações brasileiras.
d) forte redução da taxa de juros doméstica.
e) crescimento real do PIB e do investimento acima de 8% a.a.
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10. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2009) - A análise das causas da


queda da inflação no período 1995/1998 no Brasil está ligada à
combinação dos seguintes elementos, exceto:
a) a fase de transição representada pelos quatro meses de convivência da
população com a URV (Unidade Real de Valor).
b) o papel de âncora cambial como balizador de expectativa.
c) o excepcional nível de reservas cambiais.
d) as baixas taxas de juros praticadas durante toda a segunda metade da
década de 1990.
e) o maior grau de abertura da economia.

11. (ESAF - AFC/STN – 2008) - Nos dez anos que se seguiram à


posse do Presidente José Sarney, foram implementados vários

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Planos de estabilização com o intuito de reduzir a inflação no !
Brasil, sendo o último o Plano Real. Em relação a esses planos, é
correto afirmar que:
a) o conceito de inflação inercial esteve subjacente a grande parte de tais
planos de estabilização; sendo assim, entendia-se a inflação como sendo
explicada por uma série de choques de custos ocorridos no período.
b) o conceito de inflação inercial era a principal tese acerca da inflação do
período; esse tipo de inflação estava associado às constantes acelerações
que a inflação apresentava no período, sendo que os períodos em que a
inflação apresentava uma tendência de estabilidade, esta tendência
estava associada a um baixo hiato do produto.
c) apesar de a inflação inercial ser um conceito de inflação importante
para a maioria desses planos de estabilização, a estratégia de combate a
essa inflação foi diferente por exemplo se compararmos o Plano Cruzado
com o Plano Real, já que no primeiro optou-se pelo congelamento de
preços, não utilizado no último.
d) o Plano Collor difere dos demais planos do período tanto por não se
valer do congelamento de preços como por usar uma forte âncora
monetária.
e) Os Planos Cruzado, Bresser e Verão utilizaram o congelamento de
preços, salários e da taxa de câmbio, além de terem mantido uma política
de juros elevados, após o plano.

12. (ESAF - AFC/STN – 2008) - A privatização e a abertura


econômica marcam importantes mudanças implementadas na
economia brasileira, especialmente nos anos 90. Caracteriza essas
reformas apenas a afirmativa:
a) os impactos da abertura comercial e da privatização foram pequenos,
pois a privatização não propiciou a diminuição da dívida pública brasileira
e a abertura comercial se restringiu a negociações de liberalização
comercial com os países do Mercosul.
b) entre as razões que justificaram as privatizações, está a diminuição da
capacidade estatal em fazer os investimentos necessários à ampliação das
empresas estatais e dos serviços por elas fornecidos.
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c) a abertura econômica foi caracterizada por ser uma abertura parcial, já


que se restringiu aos aspectos comerciais, não afetando, por exemplo, as
transações relativas ao Balanço de capitais.
d) após a abertura comercial, foram gerados déficits comerciais que só
foram revertidos depois do Plano Real.
e) a privatização brasileira foi uma das maiores privatizações do período,
tendo alcançado todas as empresas produtivas dos setores Siderúrgico,
de Petróleo e Gás, Petroquímico e Financeiro do governo federal.

13. (ESAF – APO/MPOG – 2005) - Considerando o comportamento


do saldo em transações correntes durante a década de 90, é
correto afirmar que

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a) na média, o saldo permaneceu nulo durante o período em que o país !
adotou o regime de bandas cambiais.
b) tal saldo passou a ser superavitário após a implantação do Plano Real,
graças à forte entrada líquida de capitais de curto prazo.
c) tal saldo foi deficitário após a implantação do Plano Real; entretanto, a
partir de 1999, o saldo passa a ser superavitário, apresentando uma
resposta imediata à mudança do regime cambial naquele ano.
d) tal saldo continuou a ser superavitário após a implantação do Plano
Real graças ao desempenho da balança de serviços que passou a ser
favorecida pela política cambial baseada na denominada “ancoragem”.
e) tal saldo passou a ser deficitário após a implantação do Plano Real,
podendo ser considerado como um dos fatores que contribuíram para a
mudança cambial no final da década.

14. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2008) - Com relação ao


comportamento da balança comercial a partir de 1990 até o
presente momento, é correto afirmar que:
a) após a implantação do Plano Real, o Brasil passa da condição de
deficitário para superavitário comercial. Isto pode ser explicado pelos
efeitos da estabilidade de preços sobre a balança comercial.
b) na maior parte da segunda metade da década de 90 o Brasil
apresentou déficits na balança comercial. Essa situação se reverte no
início do século atual, em parte pelo comportamento da taxa de câmbio,
pelo menos até o ano de 2002, e em parte pelo comportamento dos
preços de vários itens da pauta de exportação brasileira.
c) no ano de 1999, o Brasil apresentou o maior superávit na balança
comercial dos últimos 20 anos. A explicação pode ser encontrada pela
forte desvalorização sofrida pelo Real naquele ano.
d) o século atual tem sido caracterizado como um período de déficits na
balança comercial. Tais déficits podem ser explicados pela valorização que
o Real passa a apresentar a partir de 2002.
e) apesar da valorização do Real após o ano de 1994, o Brasil apresentou
superávits na balança comercial durante toda a década de 1990.
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15. (ESAF – EPPGG/MPOG – 2009) - O ajuste fiscal necessário


para dar suporte às políticas macroeconômicas, durante a
segunda metade dos anos 90, foi resultado dos seguintes fatores,
nos quais não se inclui(em):
a) o incentivo ao uso dos precatórios pelos estados e municípios.
b) um corte nos investimentos públicos, com consequências negativas
importantes para a qualidade da infraestrutura e dos serviços públicos.
c) condições mais rígidas aplicadas à expansão da dívida pública estadual,
após as negociações realizadas em 1997/1998.
d) a implementação do programa de privatização, que liberou o governo
dos subsídios e empresas estatais ineficientes.

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e) um importante aumento das receitas no nível federal por meio das !
contribuições sociais não compartilhadas por estados e municípios, as
quais foram responsáveis pelo aumento da carga tributária.

16. (ESAF – APO/MPOG – 2010) – A partir de 1986, a economia


brasileira passou por diversos planos de estabilização. Sabendo-se
que o Plano Real foi anunciado em junho de 1994, como plano de
estabilização da economia, indique a opção falsa com relação ao
referido Plano.
a) O Plano Real partiu do diagnóstico de que a inflação brasileira possuía
um forte caráter inercial.
b) O ajuste fiscal visava equacionar o desequilíbrio orçamentário para os
anos subsequentes e impedir que daí decorressem pressões inflacionárias.
c) Foram criadas fontes temporárias de contenção fis- cal, como a receita
do Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras (IPMF), depois
transfor- mado em contribuição (CPMF).
d) Em 1994, o governo criou um novo indexador, a Unidade Real de Valor
(URV), cujo valor em cruzados seria corrigido diariamente pela taxa de
inflação.
e) O governo anunciou, junto com o plano, metas de expansão monetária
bastante restritivas: restringiu operações de crédito e impôs depósito
compulsório de 100% sobre as captações adicionais do sistema
financeiro.

17. (ESAF – Analista Técnico de Políticas Sociais – MPOG – 2012) -


Na tentativa de combater a inflação brasileira, o Plano Real, em
uma de suas fases, introduziu a URV (Unidade Real de Valor). Esse
procedimento teve como principal objetivo:
a) indexar plenamente a economia e promover um ajuste dos preços
relativos.
b) resgatar as três funções básicas da moeda: unidade de conta; reserva
de valor; e meio de troca.
c) promover a inércia inflacionária.
d) promover o equilíbrio das contas externas. 38736334693

e) controlar a liquidez da economia.

18. (ESAF – Analista de Infraestrutura – DNIT – 2013) - O


Programa de Ação Imediata, do Governo Itamar Franco,
apresentado como um conjunto de intenções pelo então Ministro
da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, propunha:
a) uma política heterodoxa, em que o governo deveria ampliar sua
participação no mercado de bens.
b) uma política de redução da taxa de juros e ampliação da oferta
monetária.
c) aumentar a taxa de juros e reduzir os gastos públicos.
d) um programa de estatização da economia como forma de produzir
bens a preços mais competitivos.

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e) abandonar a política de estabilização e focar na promoção do !
crescimento econômico.

19. (CESPE/Unb - ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO –


SEGER 2009) - A análise da economia interna ajuda a
compreender os fenômenos econômicos brasileiros. Baseando-se
nessa análise, julgue o item.

Mediante o controle rígido da taxa de câmbio, o ajuste de 1999,


além de introduzir o sistema de metas de inflação, preservou
também a âncora cambial como pilar no combate às pressões
inflacionárias no pós-real.

20. (FUNRIO - ECONOMISTA SUFRAMA – 2008) - Em janeiro de


1999, no início do segundo mandato de FHC, foram feitos ajustes
na economia com a adoção das seguintes medidas:
a) mudança para o sistema de câmbio flutuante, elevação da taxa de
juros, adoção do regime de metas de inflação e forte aperto fiscal para
garantir um superávit primário.
b) mudança para o sistema de bandas cambiais, diminuição da taxa de
juros, adoção do regime de metas de inflação e aumento dos gastos
governamentais para promover o crescimento.
c) mudança para o sistema de câmbio fixo, elevação da taxa de juros,
políticas de estimulo às importações e aumento dos gastos
governamentais para promover o crescimento.
d) mudança para o sistema de câmbio flutuante, diminuição da taxa de
juros, adoção do regime de metas de inflação e políticas de estimulo às
importações.
e) mudança para o sistema de bandas cambiais, elevação da taxa de
juros, políticas de estimulo às importações e forte aperto fiscal para
garantir um superávit primário.

(CESPE/Unb - CONTROLADOR DE RECURSOS MUNICIPAIS/ES) – A


análise da economia mundial é fundamental para o entendimento
38736334693

da situação econômica brasileira atual. Acerca desse assunto,


julgue os itens a seguir.

21. No âmbito das reformas da década passada, a renegociação


dos passivos estaduais - que consistiu na federalização da dívida
dos estados frente ao mercado, cuja contrapartida foi a
colateralização das receitas futuras de transferências
constitucionais - restringiu a capacidade de endividamento desses
entes federativos, o que contribuiu para o necessário ajuste do
setor público.

22. No período 1995-1998, embora a estabilização associada ao


Plano Real tenha potencializado os benefícios da competição, os

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desequilíbrios - fiscal e externo - restringiram o crescimento do !
investimento e da produção.

23. Em virtude do elevado grau de endividamento externo do


setor privado, a desvalorização cambial de 1999 implicou a
redução substancial do patrimônio desse setor.

24. ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS SEP/SP – FCC 2009 -


A tabela a seguir mostra a evolução do saldo da balança comercial
brasileira.

A esse respeito, é correto afirmar:


a) A retração do superávit comercial em 2008 pode ser explicada pela
forte ampliação das importações brasileiras, já que com a crise financeira
internacional diversos países reduziram os preços dos bens por eles
produzidos para evitar o acúmulo de estoques.
b) O déficit comercial observado no período do primeiro mandato do
presidente Fernando Henrique Cardoso é consequência da elevada
importação de máquinas e equipamentos destinados à modernização do
parque industrial siderúrgico.
c) O déficit comercial de 1999 é prova inequívoca de que não há relação
entre o saldo comercial e o comportamento da taxa de câmbio, já que
naquele ano houve uma maxidesvalorização cambial. 38736334693

d) Como a política monetária do governo Luiz Inácio Lula da Silva tem se


pautado por taxas de juros elevadas, é lícito afirmar que o saldo
comercial responde positivamente à taxa de juros.
e) Os expressivos superávits comerciais observados entre 2003 e 2007
são explicados, em grande medida, pela fase de forte crescimento
econômico mundial, com a expansão da demanda por bens como soja e
aço.

ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO – SEGER - CESPE


2009 - A análise da economia interna ajuda a compreender os
fenômenos econômicos brasileiros. Baseando-se nessa análise,
julgue o item.

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25. Na gestão Palloci-Meirelles, ocorreu um aumento substancial !
do déficit do setor público, em seu conceito primário, o que
elevou, significativamente, a dívida líquida do setor público.

GABARITO
01 F 02 F 03 B 04 A 05 F 06 A 07 D
08 D 09 A 10 D 11 C 12 B 13 E 14 B
15 A 16 D 17 A 18 C 19 F 20 A 21 V
22 V 23 F 24 E 25 F

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