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APONTAMENTOS DE FÍSICA E
QUÍMICA
1. Movimentos na Terra e no Espaço
1.1. Coordenadas Geográficas
Para indicar a posição de um local à superfície da Terra,
costumamos usar as coordenadas geográficas latitude e
longitude.
Latitude: Ângulo medido para cima e para baixo do Equador, ao
longo de um meridiano. Varia de 0 a 90º, Norte ou Sul.
Longitude: Ângulo medido para a esquerda ou para a direita do
semimeridiano de Greenwich. Varia de 0 a 90º, Este ou Oeste.
Meridiano: Círculo máximo (passa pelos dois pólos, Polo Norte e
Pólo Sul), perpendicular ao Equador.
Paralelo: Linha circular, paralela ao Equador, cujos pontos dessa
mesma linha se encontram a igual latitude.
Para localizar um ponto à superfície da Terra torna-se imperativo
saber qual a sua latitude e a sua longitude. Contudo, haverá
situações em que estas duas coordenadas serão insuficientes para
a localização de dado ponto, e nesses casos é necessário saber a
altitude.
Altitude: Distância,medida na vertical, entre um dado local e o
nível médio das águas do mar.
1.1. Tempo e Relógios
O relógio é utilizado como medidor do tempo desde a
Antiguidade, em variados formatos. É uma das mais antigas
invenções humanas.
Tipos De Relógios. Evolução ao longo dos Tempos
É constituída por duas âmbulas transparentes, que comunicam
Ampulh entre si por um pequeno orifício que deixa passar uma
determinada quantidade de uma âmbula para a outra. O tempo
eta decorrido a passar de uma âmbula para a outra corresponde, em
princípio, sempre ao mesmo período de tempo.
Consiste em dois recipientes, colocados em níveis diferentes: um
na parte superior contendo o líquido, e outro, na parte inferior,
com uma escala de níveis interna, inicialmente vazio. Através de
Clepsidr uma abertura parcialmente controlada no recipiente superior, o
a líquido passa para o inferior, observando-se o tempo decorrido
pela escala.
Este tipo de instrumento evoluiu tecnicamente de forma a permitir
uma medição do tempo com maior exactidão.
Princípio da Clepsidra de Ctésibios:
Conforme desenvolvido por Ctésibios,
são utilizados três reservatórios (A, B,
C). O reservatório A contém uma maior
quantidade de água e seu objectivo é
alimentar água ao reservatório B, cujo
nível é mantido fixo por meio de um
alívio (dito '"ladrão"), ou dreno quase no
topo do mesmo. A água em B flui
continuamente por meio de um orifício
em sua base, indo para o recipiente C, o
qual é graduado para indicar o tempo
decorrido.
Esse vazão é constante, pois o nível do
recipiente B é constante.Mesmo com
essa significativa melhoria, tais relógios são ainda imprecisos, pois há factores
que influem na duração do fluxo de água:
A variação da pressão atmosférica
As impurezas da água
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A temperatura da água
A fabricação de uma Clepsidra exige muita precisão, em especial no que se
refere ao orifício para vazão de água.
Um relógio de sol mede a passagem do tempo pela observação
da posição do Sol. Os tipos mais comunssão formados por uma
superfície plana que serve como mostrador, onde estão
marcadas linhas que indicam as horas, e por um pino ou placa,
cuja sombra projectada sobre o mostrador funciona como um
Relóg ponteiro de horas em um relógio comum. A medida que a posição
io de do sol varia, a sombra desloca-se pela superfície do mostrador,
passando sucessivamente pelas linhas que indicam as horas.
Sol Também existem relógios de sol mais complexos, com
mostradores inclinados e/ou curvos. Os relógios de sol
normalmente mostram a hora solar aparente, mas, com
pequenas alterações, também podem indicar a hora padrão, que
é a hora no fuso horário em que o relógio está geograficamente
localizado.
Mecanismo para medida do tempo baseado na regularidade da
oscilação (isocronismo) de um pêndulo.
A regularidade no movimento de um pêndulo foi estudada por
Galileu Galilei no século XVI, mas a invenção do relógio de
pêndulo é atribuída a Christian Huygens em 1656, na cidade de
Haia, Holanda. A fabricação começou em 1657 por obra de
artesãos holandeses e teve rápida difusão.
Relóg A partirdo século XX, este instrumento foi superado em precisão
io de Para relógio
pelo
um
a quartzo e pelo relógio atómico.
relógio de pêndulo ser um medidor de tempo preciso, a
Pênd amplitude do movimento deve ser mantida constante apesar de
ulo as perdas por atritoafectarem todo o sistema mecânico,
Variações na amplitude, tão pequenas quanto 4° ou 5°, fazem
um relógio adiantar cerca de 15 segundos por dia, o que não é
tolerável mesmo num relógio caseiro. Para manter constante a
amplitude é necessário compensar com um peso ou mola,
fornecendo energia automaticamente, compensando as perdas
devidas ao atrito.
X/m
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E D O A C F B
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
6
Quando fazemos x=x(t), o instante t é a variável
independente e a posição xa variável dependente. Por isso, numa
representação da função, t deve ser representado no eixo das
abcissas. Quando queremos representar graficamente a função
x=x(t), é útil fazermos primeiroumatabela com as variáveis.
Tempo Posição X
(s) (m) A linha que representa a função x(t) não
0 1 é a trajectória da partícula. A trajectória
da partícula. A trajectória da partícula é
1 1 a linha recta apresentada na figura.O
gráfico x(t) permite-nos contar a
2 4 “história” da partícula.
3 2 Parte da posição x=1m
Nos primeiros dois segundos, a
4 -1 partícula passou da posição
x=1m para x=4m (Ponto B); a
5 -3 distância percorrida é de
3m,deslocou-se positivamente,
6 3 distanciando-se da origem. A
função x(t) é crescente neste
intervalo de tempo
Entre os instantes t=2s e t=5s, a partícula passou
da posição x=4m para a posição x=-3m (Ponto E). Primeiro
aproximou-se da origem, O, passou por esta e depois
afastou-se, movendo-se sempre no sentido negativo. A
função x(t) é decrescente neste intervalo de tempo
Entre os instantes t=5s e t=6s, a partícula passa da
posição x=-3m para x=3m (Ponto F): 1º aproximou-se da
origem, O, ultrapassando-a e afastando-se desta, movendo-
se sempre positivamente. A função x(t) é crescente neste
intervalo de tempo.
No instante t=2s, a função tem um máximo: a partícula
inverte o sentido do movimento, passando a movimentar-
se do sentido positivo para o sentido negativo.
No instante t=8s, a função tem um mínimo: a partícula
inverte o sentido do movimento, passando a movimentar-
se do sentido negativo para o sentido positivo.
A partícula passa pela origem do referencial em todos os
zeros da função x(t)
1.1. Distância Percorrida e Deslocamento
Consideremos a figura abaixo, que mostra as posições ocupadas
pelo centro de massa de um carinho telecomandado, que parte da
origem, O, se dirige para A, segue para B e, finalmente chega a C.
-20 0 20 40 60
80 percorrida sobre a trajectória representa-se por Δs e
A distância
dá-nos o valor do comprimento da trajectória efectuada num
C intervalo de
determinado O tempo. A
Deslocamento é a grandeza que indica a variação da posição
de uma partícula, independentemente da trajectória efectuada, e
representa-se por Δr. O deslocamento é uma grandeza vectorial. O
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1.1. Aceleração
Aceleração é uma grandeza vectorial que mede a variação da
velocidade num determinado intervalo de tempo.
Em trajectórias rectilíneas, a aceleração tem SEMPRE a mesma
direcção da velocidade. Se a direcção e o sentido do movimento
forem os mesmos da velocidade, então o movimento é acelerado.
Se a direcção da aceleração for a mesma da velocidade mas os
sentidos forem opostos, então o movimento é retardado.
Unidade SI: m/s2
am=ΔvΔt
1. Da Terra à Lua
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1.1. Forças
As Forças resultam sempre de interacções entre dois corpos.
Essas interacções podem ser de dois tipos:
○ De Contacto: Se o agente que exerce a força tem de
entrar em contacto com o objecto onde a força actua, a
força é de contacto.
○ À Distância: São forças que actuam quer os corpos
estejam em contacto quer exista uma certa distância
entre eles.
1.1. Forças fundamentais da natureza.
Issac Newton concluiu que a força responsável pela queda de
uma maça é a mesma força que mantém a Lua no seu movimento
em torno da Terra e a mesma que actua entre os astros que
observamos no céu.
Tal como Newton, os físicos procuraram sempre distinguir as
forças da Natureza e atribuir-lhe unidades.
A estrutura do Universo, tal como existe hoje, deve-se a
quatro interacções (forças) fundamentais da Natureza.
Força Gravítica
Força Electromagnética
Força Nuclear Forte
Força Nuclear Fraca
1.1.1.Força Gravítica
A força gravítica que a Terra exerce sobre os corpos que se
encontram junto dela é bastante evidente para nós.A queda de
uma maçã de uma macieira deve-se à interacção entre a maçã e o
planeta Terra.
Esta interacção é do mesmo tipo da que ocorre entre a Terra e
a Lua, ou entre a Terra e o Sol. A força resultante destas
interacções dá-se o nome de força gravítica.
As observações e reflexões de Galileu, no século XVII,
levaram-no a afirmar que, no vazio, todos os corpos, grandes ou
pequenos, caem com a mesma aceleração.Foi apenas com Newton
que se passou a entender melhor a força gravítica, de forma
matemática, e se passou a explicar, também matematicamente, o
movimento dos corpos.
A força gravítica é sempre atractiva.
A sua intensidade relativa é pequena mas o seu
alcance é infinito.
Está na origem da formação das galáxias, estrelas e
planetas. Responsável pelo movimento dos astros,
pelas marés e pela retenção da atmosfera. É a ela que
se deve a estabilidade do Universo e, em particular, do
Sistema Solar.
1.1.1.Força Electromagnética
Pode ser atractiva ou repulsiva.
Tem um alcance infinito.
Está na origem dos fenómenos eléctricos e magnéticos.
É a responsável pela coesão dos corpos e está na base da
ligação química
É responsável pelos fenómenos químicos e bioquímicos.
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F'g
3ª Lei de Newton
Se um corpo A exerce uma forca sobre um Corpo B, o Corpo B
exerce também uma força sobre o Corpo A, de igual direcção e
intensidade, mas com sentidos opostos.
FA/B=-FB/A
Características que constituem um par acção/reacção:
Tem o mesmo módulo e direcção;
Têm sentidos opostos;
Actuam em corpos diferentes e, por isso, os seus corpos nunca
se anulam;
Resultam da mesma interacção
Lei da Gravitação Universal (Lei da Gravidade de Newton)
Dois corpos atraem-se exercendo, um sobre o outro, uma força que é
directamente proporcional às suas massas e inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre os seus centros de
massa
F=Gm1m2r2,G=6.67×10-11N∙Kg-2∙m-2
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2ª Lei de Newton
A resultante das forças que actuam sobre um corpo de massa
constante é directamente proporcional à aceleração adquirida
por ele, sendo a constante de proporcionalidade igual à massa
do corpo.
Fr=massa×aceleração ⟺Fr=m⋅a
N.B: 1 Newton é a força que provoca num corpo de 1 kg de
massa uma aceleração de 1m/s2.
1ª Lei de Newton
A 1ª Lei de Newton é um caso particular da 2ª Lei de Newton, e
enuncia-se do seguinte modo:
Se a resultante das forças que actuam num corpo for nula, o
corpo permanecerá em repouso se estiver inicialmente em
repouso, ou terá movimento rectilíneo uniforme se estiverem
movimento.