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Resenha: Bioética e prática social

Após a leitura do texto, pude perceber que o autor aborda sobre as posturas
bioéticas de proteção e/ou intervenção como sendo verificadas nas propostas da
Pastoral da criança, com foco na mortalidade infantil em que se apresenta como
uma possibilidade de mudança dessa realidade. E a situação contrária, as
propostas da Pastoral da criança trabalhando na bioética de proteção e/ou
intervenção. Indicando assim as contribuições entre bioética e Pastoral da criança
na ação social.
Na primeira parte, o autor aborda sobre a bioética social e a necessidade de
proteção e intervenção. Inicialmente apresenta a semelhança entre a bioética e a
Pastoral, em que ambas visam o empenho para que a vida mais vulnerável não
apareça. Após isso aborda a bioética como sendo um conjunto de saberes,
incluindo os saberes das escolhas, posicionamentos e atitudes condizentes com
a dignidade da vida. Levanta um breve comentário sobre o surgimento da ética e
que o mesmo supõe a necessidade de proteção contra o mal. Ainda neste tópico,
o autor apresenta os dois sentidos de bioética de proteção: o primeiro visando
dar amaparo aos sujeitos e populações que não tem condições de realizar seus
projetos de vida razoáveis e justos; o segundo pretende se ocupar das condições
da sobrevivência da espécie humana. Em seguida, trás a bioética de intervenção,
diferenciado igualdade e equidade, conceitos importantes na concepção dessa
bioética, como igualdade sendo a consequência da equidade, entendida como
fruto da justiça social. A bioética de intervenção tem dois âmbitos: as situações
emergentes, que são os problemas que surgem da avaliação ética das novas
tecnologias; e as situações persistentes, que são os problemas produzidos pela
exclusão social, pela concentração de poder e riqueza. Ambas as abordagens
apresentadas para bioética estão interligadas, uma servindo de complemento
para a outra, sendo assim possível oferecer elementos importantes tanto para a
compreensão da realidade como para a sua transformação. Para finalizar, o
autor aborda sobre a Pastoral da criança, citando como surgiu a ideia, a sua
criação, sua implantação, os momentos que marcam o acompanhamento da
Pastoral, e os dois eixos importantes que marcam a intervenção dessa Pastoral:
as ações básicas, que visa a conservação da vida e a prevenção de doenças; e
as ações complementares, em que de desenvolve um esforço para combater as
causas da pobreza e da moralidade na infância. Tais intervenções estão
diretamente relacionadas com as propostas da bioética de proteção e
intervenção.
O autor durante a sua obra se posiciona criticamente em relação ao
principialismo, defendendo que é insuficiente e incapaz de realizar análise em
países em desenvolvimento. Concordo com o autor, que para que seja benéfico,
deve ser focado nas necessidades e dificuldades daquele país individualmente.

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