Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Gálatas 2.21).
Quando comparamos o Cristianismo Bíblico com as religiões do mundo, utilizando as Escrituras para nos
guiar, vemos que a lacuna entre eles é intransponível. Na verdade, somos forçados a concluir que realmente
há apenas duas religiões no mundo: o Cristianismo Bíblico de um lado, e todas as outras religiões, de outro.
(Refiro-me ao cristianismo bíblico como uma “religião” apenas para propósitos comparativos: uma religião
é um sistema de crenças elaboradas pelo homem, enquanto que o Cristianismo Bíblico é o que Deus revelou
à humanidade).
Essas duas “religiões” são diferenciadas principalmente por aquilo que ensinam a respeito da salvação –
como uma pessoa pode chegar ao Céu, ao Paraíso, ao Valhalla, ao Nirvana ou à morada de Deus, ou seja lá
o que as pessoas crêem sobre a vida após a morte. Cada uma pode ser classificada em uma destas categorias:
(1) o que o ser humano tem de realizar ou (2) o que Deus consumou (através de Jesus). Em palavras mais
simples: a religião do “Fazer” ou a do “Feito”. Estou me referindo ao fato de que: (1) ou há coisas que
devemos fazer (realizações humanas) ou (2) não há nada que possamos fazer porque tudo já foi feito
(consumação divina) para ganharmos a entrada no céu.
O budismo também se baseia primeiramente em obras. Buda cria que a chave para se alcançar o Nirvana,
que é alegadamente o estado de perfeição e de felicidade, é através de um entendimento das Quatro Nobres
Verdades, e através da prática do Nobre Caminho Óctuplo.
Em essência, as Quatro Nobres Verdades declaram que nós suportamos o sofrimento por causa de nossos
desejos ou de nossos anelos. Essas “Verdades” afirmam que o sofrimento cessará quando pararmos de tentar
satisfazer aqueles desejos. De acordo com o budismo, podemos atingir isso seguindo o Nobre Caminho
Óctuplo, o qual possui os elementos da “visão correta, intenção correta, fala correta, ação correta, sustento
correto, esforço correto, cuidado correto, e concentração correta”. Tudo isso é feito por meio dos esforços
humanos, isto é, “por se fazerem as coisas corretas” a fim de se atingir o Nirvana.
No islamismo, o paraíso é obtido quando Alá pesa as obras boas e os feitos maus em uma balança no Dia do
Julgamento. O Alcorão declara: “Pois as coisas que são boas removem as que são más” (Sura 11:114). É um
processo quantitativo. As boas obras devem ultrapassar ou obscurecer os feitos maus. Também se lê no
Alcorão: “A balança daquele dia será verdadeira: Aqueles cuja balança [de boas obras] tiver bastante peso
prosperarão: Aqueles cuja balança for leve terão suas almas na
perdição” (Sura 7:8,9).
No judaísmo, o céu é alcançado por aquele que guarda a Lei e seus cerimoniais. Obviamente, isso não é
consistente com o que o Tanakh [Antigo Testamento] ensina, mas essa tem sido a prática do judaísmo por
milênios. Como disse Jesus: “E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”
(Mateus 15.9).
Suas palavras também se aplicam a uma série de denominações e cultos “cristãos” que enfatizam as obras
como sendo necessárias para a salvação. Os Testemunhas de Jeová, os Mórmons, os Adventistas do Sétimo
Dia, os adeptos da Igreja de Cristo, os Católicos Romanos, os membros das igrejas Ortodoxas Oriental e
Russa, muitos Luteranos, e inúmeros outros. Todos incluem algo que precisa ser realizado ou que é
necessário para a salvação, seja o batismo, os sacramentos, ou a filiação a uma determinada organização e a
observância de seus requisitos.
Aqui está um exemplo extraído dos primeiros 30 anos de minha própria vida como católico romano. Eu
vivia por um sistema religioso de leis, muitas das quais os católicos são obrigados a guardar. O começo é o
batismo. Se uma pessoa não é batizada, a Igreja diz que ela não pode entrar no céu. A Igreja também diz
que, embora o batismo seja exigido, ele não é nenhuma garantia. Existem muitas outras regras que um
católico tem que observar.
Tenho um livro em meu escritório chamado Código da Lei Canônica. Ele
contém 1.752 leis, muitas das quais afetam o destino eterno de uma pessoa.
Os pecados reconhecidos pela Igreja Católica Romana são classificados
como mortais ou veniais. Um pecado mortal é aquele que amaldiçoa uma
pessoa, condenando-a ao inferno, se essa pessoa morrer sem tê-lo confessado
e sem ter sido absolvida dele por um sacerdote. Um pecado venial não
precisa ser confessado a um sacerdote, mas, confessado ou não, todo pecado Há obrigações que um católico
acrescenta tempo de punição à pessoa. O pecado venial deve ser expiado deve satisfazer com respeito
aqui na terra através do sofrimento e das boas obras ou então ser purgado nas tanto às crenças quanto às
chamas do purgatório após a morte da pessoa. obras.
Há obrigações que um católico deve satisfazer com respeito tanto às crenças quanto às obras. Por exemplo, a
pessoa precisa crer que Maria foi concebida sem pecado (um evento chamado de Imaculada Conceição). Se
um católico não crer nisso, ele comete um pecado mortal, que carrega a penalidade da perdição eterna. O dia
da Imaculada Conceição é dia santo de guarda, dia em que todos os católicos devem assistir à missa. A
pessoa que não fizer assim pode estar cometendo um pecado mortal.
Efésios 2.8-9 deixa claro: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e
isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se Muitos sistemas de crenças
glorie”. Isso é bem direto. Nossa salvação não tem nada a ver com nossas consistem em fazer ou não
realizações. fazer determinadas coisas para
alcançar o “céu”. Todos são
O versículo 8 nos diz que é pela graça que somos salvos. A graça é um favor baseados nas realizações
imerecido. Se qualquer mérito estiver envolvido, não pode ser graça. A graça humanas.
é um presente de Deus. Portanto, se for pela graça, não pode ser pelas obras.
Isso parece bastante óbvio. Alguém trabalha duramente por um mês e seu patrão chega até ele, com seu
cheque de pagamento na mão, e diz: “Muito bem, José, aqui está o seu presente!” Não! José trabalhou por
aquilo que está sendo pago. Não há nenhum presente envolvido.
No que se refere a um trabalhador, Romanos 4.4 nos diz que seu salário é o pagamento por aquilo que seu
empregador lhe deve, e que seu cheque de pagamento não tem nada a ver com a graça nem com um
presente. Um trabalhador que fez um bom trabalho pode se gabar ou sentir orgulho por aquilo que realizou.
Todavia, tudo isso é contrário à graça ou a um presente. A graça não dá lugar para nenhuma sensação de
mérito próprio, e um presente liquida qualquer sensação de algo que foi merecido ou que foi entregue em
pagamento por serviço prestado.
“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não
por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus
Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a
esperança da vida eterna” (Tito 3.4).
Podemos perceber que isso é consistente com Efésios 2.8-9. Não é por meio de nossas obras que somos
salvos – não é por meio de obras de justiça que fizemos – somos salvos por meio da misericórdia dEle.
Você pode muito bem imaginar que, como católico romano, condicionado por uma vida de regras e rituais
da Igreja, tive grande dificuldade para crer que a fé era a única base por meio da qual eu poderia entrar no
céu. Isso não fazia sentido para mim.
Bem, não apenas faz sentido, mas é a única maneira por meio da qual uma
pessoa pode ser salva. Isso é algo miraculosamente sensato!
Qual foi a penalidade estabelecida por Deus para a desobediência? Gênesis 2.17 diz: “Porque, no dia em
que dela comeres, certamente morrerás”. Adão e Eva amaram a si mesmos mais do que a Deus porque não
“guardaram a palavra dEle”. Eles Lhe desobedeceram e a conseqüência foi a morte. “Porque, no dia em que
comessem do fruto, certamente morreriam”. Nas Escrituras, a morte sempre envolve a separação, e, no
julgamento de Deus sobre eles, duas aplicações são encontradas: (1)
a morte física (a degeneração do corpo, levando finalmente à sua
separação da alma e do espírito), e (2) a separação eterna de Deus.
Nossa situação seria absolutamente sem esperanças; entretanto, Deus possui alguns outros atributos além de
ser perfeitamente justo. Ele também é perfeito em amor e em misericórdia! “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira” que enviou Seu Filho unigênito para pagar a penalidade em nosso lugar (João 3.16).
E isso é exatamente o que Jesus fez na Cruz. É incompreensível para nós que, durante aquelas três horas de
trevas – quando bradou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46) – Ele tomou
sobre Si os pecados do mundo e sofreu a ira de Seu Pai em nosso lugar. Na Cruz, Ele “[provou] a morte por
todo homem” (Hebreus 2.9), ou seja, Ele experimentou e pagou a penalidade infinita pelos pecados de todos
nós.
Quando aquele feito divino terminou, Jesus clamou, “Está consumado!” (João 19.30), significando que a
penalidade havia sido paga totalmente. Foi uma realização divina porque era algo que apenas Deus poderia
fazer! Deus tornou-Se homem e morreu fisicamente porque a morte física fazia parte da penalidade.
Todavia, como Deus-Homem, Ele pôde experimentar completamente a penalidade que cada pecador
experimentaria, a saber, ser espiritualmente separado de Deus para sempre.
A justiça de Deus exige pagamento. Ou pagamos a penalidade nós mesmos, ou nos voltamos para Jesus pela
fé e recebemos os benefícios de Sua expiação sacrificial. O que lemos em Romanos 6.23? “Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A
Bíblia não poderia ser mais clara em afirmar que a salvação é exclusivamente “o dom gratuito de Deus”, e
que apenas podemos apropriar-nos desse presente por meio da fé.
Qualquer tentativa de merecer a salvação por meio de nossas obras não é apenas fútil – é impossível! “Pois
qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2.10). E,
ainda pior, tentar merecer a salvação é uma negação da infinita penalidade imposta por Deus, uma rejeição
do “dom inefável” de Deus, e um repúdio ao que Cristo realizou por nós.
Isso é algo em que a maioria dos evangélicos costumava crer. Já não é mais o caso, uma vez que a apostasia
ganha espaço nos Últimos Dias. Recentemente, um levantamento de um instituto de pesquisas (feito com
mais de 40 mil americanos) verificou que 57% daqueles que diziam ser evangélicos não criam que Jesus é o
único caminho para o céu. Como Jesus é o único que proporciona a consumação divina, tudo o que resta é o
engano fútil das realizações humanas para se alcançar a salvação. (T. A. McMahon - TBC -
http://www.chamada.com.br)