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https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_de_Damasco_(1918) 1/39
10/4/2018 Conquista de Damasco (1918) – Wikipédia, a enciclopédia livre
numerosos prisioneiros em Jenin, enquanto as colunas Corpo Montado do O que restava do Grupo
sobrev iv entes retirav am atrás de uma forte retaguarda Deserto de Exércitos Yıldırım:
dos combates de Samakh. Corpo XX Quarto Exército
Índice
Contexto
Movimentações de Liman von Sanders
Movimentações do Grupo de Exércitos Yıldırım
Planos e preparações de Allenby
Perseguições
Captura de Dara
4.ª Divisão de Cavalaria
Irbid, 26 de setembro
Er Remta, 27 de setembro
Dara, 28 de setembro
Dilli, 29 de setembro
Zeraqiye, 30 de setembro
5.ª Divisão de Cavalaria e Divisão Montada Australiana
De Kefr Kenna/Cana para Tiberíades
Jisr Benat Yakub, 27 de setembro
Deir es Saras, 27/28 de setembro
Quneitra, 28–30 de setembro
Avanços em 29 e 30 de setembro
Kaukab, 30 de setembro
5.ª Divisão de Cavalaria
Kiswe, 30 de setembro
Conclusão dos avanços da cavalaria
Damasco
Defesa
Cerco
Damasco, 1 de outubro
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Rendição
Administração
Ocupação
Continuação da perseguição
Marcha por Damasco de Chauvel a 2 de outubro
Reunião em Damasco a 3 de outubro
Demissão do governo alemão
Continuação da ocupação
Campo de prisioneiros de Kaukab
Problemas de abastecimentos
Requisições
Situação médica
Gripe espanhola e malária
12.º Regimento de Cavalaria Ligeira
Impacto das doenças na eficácia da EEF
Estado dos cavalos
Rescaldo
Cronologia
Notas
Referências
Bibliografia
Contexto
Após tomarem todos os objetiv os durante as batalhas de Sarom e de Nablus, quebrando a linha da frente otomana,
as tropas do Império Britânico prosseguiram com ataques de flanco com div isões de infantaria, ao mesmo tempo
que div isões de cav alaria cav algaram muitos quilómetros para rodear as forças inimigas. Isso resultou na destruição
de dois exércitos otomanos a oeste do rio Jordão e na retirada total de um terço dos soldados otomanos, muitos dos
quais foram obrigados a marchar depois do exército xarifal ter cortado o caminho de ferro do Hejaz. Metade das
tropas otomanas foram capturadas pela Força de Chay tor. O Grupo de Exércitos Y ıldırım (o grupo de exércitos que
reunia o conjunto das forças otomanas e germânicas), também perdeu a maior parte dos seus transportes e armas,
uma situação que foi agrav ada com os av anços subsequentes da Força Expedicionária Egípcia. [3 ]
A 22 de setembro, em Lajjun, antes de Haifa e aquilo que os registos militares designam como "um novo local de
desembarque para abastecimentos" terem sido capturados, quando o 4.º Exército otomano ainda detinha Amã e a
retaguarda inimiga ainda estav a posicionada em Samakh, Allenby partilhou resumidamente "pela primeira vez" a
Chauv el os seus planos para um av anço para Damasco. [4 ] A 26 de setembro as forças britânicas detinham o controlo
de todo o território capturado até uma linha que se estendia desde Jisr ed Damieh, no rio Jordão, até Narel Falique,
na costa do Mediterrâneo, onde também estabeleceram linhas de abastecimento. [5 ] Nesse mesmo dia,
destacamentos do corpos XX e XXI e do Corpo Montado do Deserto tinham-se deslocado para norte para cumprirem
tarefas de guarnição na planície de Esdrelão, em Nazaré e em Samakh, tendo sido postos transportes à sua
disposição. [4 ]
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A 26 de setembro, o coronel Oberst v on Oppen, comandante do Corpo da Ásia (Asien-Korps; anteriormente parte do
8.º Exército), chegou a Dara com 7 00 homens, que incluíam a 205.ª Companhia de Pioneiros. [1 1 ] Liman v on
Sanders ordenou a v on Oppen que retirasse de comboio e o Asien-Korps deixou Dara às 05:30 do dia 27 , algumas
horas antes das tropas irregulares xarifais tomarem a cidade. O comboio de v on Oppen foi atrasado nov e horas por
uma interrupção na linha com 460 metros de comprimento, 48 km a norte de Dara, tendo chegado a Damasco na
manhã do dia 28. Foi então ordenado ao Asien-Korps que continuasse de comboio para Riaque, algumas dezenas de
quilómetros a noroeste de Damasco, onde dev eria reforçar a linha defensiv a. [1 4 ]
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A 7 .ª (Meerut) Div isão do Exército da Índia Britânica só saiu de Haifa no dia em que Damasco foi tomada, a 1 de
outubro. As tropas da v anguarda britânica chegaram a Beirute no dia 8 de outubro. [1 6 ][1 7 ]
A Div isão Montada Australiana, comandada pelo major-general Henry W. Hodgson, av ançou para Damasco, a
140 km de distância, seguida pela 5.ª Div isão de Cav alaria do major-general H. J. Macandrew. Seguiram ao longo da
margem ocidental do mar da Galileia e à v olta dele na sua extremidade norte, atrav essaram o rio Jordão a sul do lago
de Hula, daí para Quneitra, atrav essaram o planalto de Hauran e daí dirigiram-se para Damasco. [1 8 ][1 9 ]
A 4.ª Div isão de Cav alaria indiana do major-general George de S. Barrow cav algou para norte a partir de Bete-Seã
(Beisan), atrav essou o Jordão em Jisr el Mejamie, antes de av ançar para leste v ia Irbid para Dara, com o objetiv o de
capturar o que restav a do 4.º Exército otomano em retirada. Se fracassassem nesse objetiv o, dev eriam continuar a
perseguição para norte ao longo da antiga Estrada dos Peregrinos e da linha ferrov iária do Hejaz até Damasco, a
230 km de distância. [1 9 ][2 0 ][2 1 ][2 2 ]
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A 3.ª (Lahore) e 5.ª (Meerut) div isões de infantaria, do Corpo XXI, foram guarnecer Haifa,
Nazaré e Samakh. O 2.º Batalhão do Regimento de Leicestershire e a 28.ª Brigada da
7 .ª (Meerut) Div isão foram transportadas em camiões para Haifa com prov isões para seis
dias, para render a 5.ª Div isão de Cav alaria na manhã de 25 de setembro. A 21.ª Brigada
da 7 .ª (Meerut) Div isão marchou ao longo da costa, chegando a Haifa no dia 27 . A
3.ª (Lahore) Div isão marchou para norte em direção a Jenin e seguidamente para Nazaré,
onde deixaram um batalhão antes de continuarem para guarnecer Samakh no dia 28. [5 ]
Perseguições
O major-general
Captura de Dara Henry W. Hodgson,
comandante da
O príncipe Faiçal tinha sido sido conv idado para uma participação limitada das suas Divisão Montada
tropas em 21 de setembro, quando um av ião da RAF lhe lev ou as notícias da ofensiv a Australiana
v itoriosa de Allenby e da destruição dos 7 .º e 8.º exércitos
otomanos à sua base av ançada em Azrak. O mesmo av ião
também lev ou instruções para o tenente-coronel Alan
Dawnay , responsáv el pela ligação entre a EEF e os árabes.
Faiçal foi informado que todas as rotas tinham sido fechadas
exceto, possiv elmente, a do leste do Jordão pelo v ale de
Jarmuque. Allenby sugeriu que as tropas xarifianas
fechassem essa rota e que «nenhum homem, nenhuma arma,
nenhuma carroça» dev eria escapar, mas deixou claro a
Faiçal que as suas tropas não dev eriam empreender
qualquer iniciativ a para norte, como av ançarem para
Damasco, sem que antes obtiv essem o seu
consentimento. [2 3 ] Allenby escrev eu ao príncipe árabe que
não hav ia objeções a que ele entrasse em Damasco logo que
ele considerasse que o podia fazer em segurança e informou-
o que ia env iar tropas para Damasco, que esperav a que
chegassem daí a quatro ou cinco dias. Contav a com a
cooperação das forças árabes, mas frisav a que estas não
dev iam abrandar a pressão na região de Dara, pois isso era
v ital para isolar as tropas turcas que estav am a retirar de
Ma'an, de Amã e de Es-Salt. [2 4 ]
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quilómetros mais a norte. Foram feitos 2 000 prisioneiros entre o meio-dia de 26 de setembro e o meio-dia de 27 de
setembro, quando os Anaza, uma confederação tribal árabe, atacou a retaguarda otomana que defendia Dara. Os
combates prosseguiram até meio da noite. [2 7 ]
Em Dara, o tenente-coronel T. E. Lawrence (Lawrence da Arábia) e o coronel Nuri Bei encontraram-se com Barrow
quando a 4.ª Div isão de Cav alaria entrou na cidade a 28 de setembro e acordaram cobrir o flanco direito da div isão
durante a perseguição em direção a norte para Damasco. [2 8 ]
Irbid, 26 de setembro
No fim da tarde de 26 de setembro, a 10.ª Brigada de Cav alaria foi atacada pela guarda do flanco do 4.º Exército
otomano, que defendia fortemente os campos em v olta de Irbid. Estas tropas otomanas tinham sido a guarnição de
Amã (à exceção da sua retaguarda, que tinha sido capturada durante a tomada daquela cidade) e como não tinham
estado em combates intensos[n t 2 ][3 4 ] «ainda estavam intactas como força de combate, apesar de estarem em
retirada rápida». [1 8 ]
O 2.º Regimento de Lanceiros tentou um ataque a cav alo sem reconhecimento e sem conhecer o tamanho da força
defensiv a. A carga fracassou e os lanceiros tiv eram sev eras baixas, antes da artilharia ter conseguido posicionar-
se. [1 8 ][3 4 ][3 5 ]
Er Remta, 27 de setembro
Em Er Remta, [n t 3 ] a 10.ª Brigada de Cav alaria capturou outra posição fortificada de retaguarda depois de combates
intensos. [3 4 ] O 146.º Regimento, uma das unidades que restav a do 4.º Exército otomano, comandado pelo tenente-
coronel alemão Freiherr v on Hammerstein-Gesmold, tinha chegado a Er Remta um dia antes do ataque. [3 6 ]
O regimento 1/1 st Dorset Y eomanry da 10.ª Brigada cav algou a partir de Irbid, de onde partiu às 07 :30 do dia 27 , na
v anguarda das tropas britânicas, lev ando um esquadrão de metralhadoras. Um av ião britânico lançou uma
mensagem 3 km depois do Wadi Shelale, informando que em Er Remta não hav ia tropas otomanas. Porém, quando
dois soldados se aproximaram da aldeia, foram disparados tiros contra eles, de cerca de 900 metros de distância, e
300 soldados otomanos ou alemães saíram da aldeia para atacarem, com 100 homens na v anguarda, apoiados por
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Dara, 28 de setembro
Depois de ter passado a noite em Er Remta, o comandante Barrow da 4.ª Div isão de Cav alaria ordenou à 10.ª Brigada
que fizesse patrulhas para av eriguar se Dara estav a defendida. A brigada começou a patrulhar a área a leste de
Er Remta às 04:30 do dia 28, antes de av ançar em direção a Dara às 07 :00. No início da manhã chegaram a Dara, que
encontraram ocupada pelas tropas xarifianas do príncipe Faiçal. Encontraram-se com Lawrence, que os informou
que as tropas irregulares árabes tinham tomado Dara na tarde anterior. A 4.ª Div isão de Cav alaria entrou na cidade
nesse mesmo dia. [1 8 ][2 8 ][3 4 ]
Perto de Dara, foi encontrado um av iador britânico do 144.º Esquadrão da RAF que tinha sido capturado pelos
otomanos no dia 17 de setembro juntamente com outro camarada seu. Tinham marchado com os seus captores em
retirada de Es-Salt e com um soldado de cav alaria ligeira ferido, que tinham carregado numa carroça desde Mafraq.
O av iador descrev eu o terror medonho que tinha sido a retirada de Es-Salt para Mafraq, sob bombardeamento
constante, que não lhes tinham sido dadas rações depois de saírem de Amã, onde os turcos, segundo ele,
abandonaram todos os armazéns e perderam toda a v ontade de combater. Tinham saído de Dara num comboio
turco, que chocou com carris lev antados numa parte da linha que tinha sido destruída, mas só ele tinha tido forças
para escapar. [4 0 ]
Dilli, 29 de setembro
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A div isão dirigiu-se para Xeique Misquim (Al-Shaykh Maskin), 21 km a nordeste de Muzeirib, às 14:00, onde se
juntou com a 10.ª Brigada, a qual deixou em Dara um esquadrão para cuidar dos feridos. A div isão, com falta de
mantimentos, dirigiu-se então para Dilli, onde biv acou na noite de 29 para 30 de setembro. [4 5 ] Foi env iado um
comboio com mantimentos, que saiu de Muzeirib com 13 v agões carregados com as últimas rações, que incluíam
nov e toneladas de cev ada e algumas ov elhas e cabras, que tinham sido capturadas em Irbid e Dara. [4 6 ]
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Zeraqiye, 30 de setembro
O exército do xarife de Meca tinha av istado duas colunas de soldados alemães e otomanos, uma com 5 000 homens
em retirada a norte de Dara e outra com 2 000 homens a norte de Muzeirib, na Estrada dos Peregrinos. Quando a
coluna mais pequena passou por Tafas foi atacada pela cav alaria de tropas regulares e irregulares de Auda Abu Tai.
No dia 29, o exército xarifal atacou a coluna maior e pediu apoio à 11.ª Brigada de Cav alaria. [4 8 ]
A 4.ª Div isão de Cav alaria saiu de Dilli a 30 de setembro em direção a Kiswe (al-Kiswah), situada a 48 km de
distância, 16 km a sul de Damasco. [4 6 ] A maior parte do que restav a do 4.º Exército otomano estav a muito mais
perto de Damasco, em duas colunas principais. A primeira dessas colunas, formada com o que restav a da div isão de
cav alaria otomana e alguma infantaria, estav a a aproximar-se de Kiswe; a outra coluna seguia alguns quilómetros
atrás e era perseguida de perto por tropas árabes. [4 9 ]
A maior parte da div isão biv acou em Zeraqiy e às 16:30, ao passo que a 11.ª Brigada foi para Khiara, 10 km mais a
norte, onde av istaram a retaguarda do 4.º Exército otomano. As tropas árabes pediram apoio à 11.ª Brigada para um
ataque a essa retaguarda. As tentativ as do 29.º Regimento de Lanceiros para "decapitar" a coluna otomana não
tiv eram êxito, enquanto que a bateria Hants, que tinha sido env iada à frente para terrenos onde era muito difícil
operar os seus canhões, continuou a disparar até ao anoitecer. Durante a noite, os ataques contínuos das tropas de
Auda Abu Tai praticamente destruíram a coluna maior. [4 8 ] Só um batalhão alemão chegaria a Damasco intacto a 30
de setembro. [5 0 ]
No princípio da noite de 30 de setembro, a 4.ª Div isão de Cav alaria estav a ainda a 55 km de Damasco. [4 9 ][5 1 ]
A Div isão Montada Australiana (à exceção da 3.ª e da 4.ª brigadas de cav alaria ligeira, que se encontrav am,
respetiv amente, em Tiberíades e em Samakh) saiu de Kefr Kenna à meia-noite do dia 25 em direção a Tiberíades.
Chegaram à colina de Tel Madh, acima de Tiberíades, na madrugada do dia 26 e depois de uma curta paragem para
beber água e comer, continuaram a marcha para El Mejdel, na margem do mar da Galileia, 6,5 km a norte de
Tiberíades, onde chegaram no início da tarde. [3 3 ]
Ali esperou pela 5.ª Div isão de Cav alaria e pela 4.ª Brigada de Cav alaria Ligeira. A maior parte dos homens passaram
o resto da tarde a descansar e a tomar banho no mar da Galileia, mas foram env iadas algumas patrulhas tão longe
quanto Jisr Benat Y akub (Ponte das filhas de Jacó). Biv acaram no local durante a noite. [3 3 ]
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A unidade de engenharia Bridging Train ("comboio de pontes") do Corpo Montado do Deserto chegou durante a noite
em camiões e em cinco horas os sapadores construíram uma ponte prov isória para unir o tramo da ponte que tinha
sido destruído. Ao nascer do dia 28 de setembro, a Div isão Montada Australiana av ançav a na estrada para Quneitra,
seguida pouco depois pelos seus v eículos com rodas e artilharia, usando a ponte reparada. [6 2 ][6 4 ]
O primeiro av ião alemão av istado pela 3.ª Brigada desde o início das operações a 19 de setembro passou por cima da
brigada às 06:00 do dia 28. [6 5 ] Uma hora depois, três av iões bombardearam o biv aque do 8º Regimento da brigada,
mas foram repelidos por quatro av iões britânicos. [6 6 ] No caminho para Deir es Saras, o 11.º Regimento da
4.ª Brigada de Cav alaria Ligeira foi bombardeado às 08:00 por dois av iões e metralhado do ar, o que prov ocou
algumas baixas. [6 7 ]
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O 12.º Regimento de Cav alaria Ligeira saiu de Jisr Benat Y akub às 00:30 em direção a Deir es Saras do dia 28
acompanhado de quatro metralhadoras. Cruzaram o Jordão às 02:15 com os franceses do Régiment Mixte de
Marche de Cav alerie, para capturarem três canhões de campanha e uma metralhadora. Às 09:00, em Deir es Saras, o
regimento francês, ao qual se tinha juntado a 4.ª Brigada de Cav alaria Ligeira, v oltou a juntar-se à 5.ª Brigada. À
mesma hora, o 4.º Regimento de Cav alaria Ligeira, que desde Lajjun tinha estado junto com a 5.ª Brigada de
Cav alaria Ligeira, v oltou a juntar-se à 4.ª Brigada de Cav alaria Ligeira. Subsequentemente, a 4.ª Brigada seguiu a
5.ª Brigada em direção a Abu Rumet, com batedores a v igiarem extensas áreas nos flancos, enquanto um esquadrão
do 12.º Regimento escoltav a a unidade de transportes (Divisional Transport) v inda de Jisr Benat Y akub. [6 8 ]
Não ocorreram mais combates até à chegada da Div isão Montada Australiana a Quneitra. A 5.ª Div isão de Cav alaria
chegou cinco horas depois, tendo cruzado o rio Jordão. Ambas as div isões biv acaram a leste e a oeste da
pov oação. [7 1 ][7 2 ] A 4.ª Brigada de Cav alaria Ligeira passou por Quneitra às 15:30, seguindo em direção a
el Mansura, onde chegou às 16:00 para biv acar durante a noite. [6 8 ] A 3.ª Brigada de Cav alaria Ligeira biv acou 5 km
mais perto de Damasco, junto a Jeba, na estrada principal. Tinham v iajado 56 km em 34 horas, com os cav alos
selados, exceto duas horas em Deir es Saras. [6 5 ][6 7 ]
Ocupação de Quneitra
Situada no cimo duma linha de separação de águas, Quneitra distav a 64 km de Damasco, era a sede do gov erno local
de uma caza (div isão administrativ a otomana) no norte do distrito de Jaulan e uma das cidades circassianas mais
importantes da região que ia de Hauran até Amã. A administração imperial otomana tinha dado terras à numerosa
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colónia muçulmana que v iv ia na cidade e nos seus arredores cujos membros tinham sido forçados a sair das
prov íncias de Kars, Batum e Ardaã quando estas foram anexadas pela Rússia em 187 7 . [5 9 ][7 2 ][7 3 ]
Durante a tarde de 29 de setembro, quatro caças Bristol F.2 fizeram um raide sobre o aeródromo de Damasco e à
noite tinha sido montada uma base aérea em Quneitra. [4 0 ][7 8 ]
No mesmo dia, foram distribuídos às unidades cereais requisitados em Tiberíades, que chegaram em v eículos. Nessa
altura, toda a carne fresca que tinha sido requisitada para os soldados tinha sido consumida. A fim de alimentar as
tropas, os cav alos e 400 prisioneiros, foram requisitados mantimentos na região ocupada. Diariamente houv e
abastecimento abundante de carne fresca para os homens e bom feno para os cav alos, mas foi encontrado pouco
cereal. [7 9 ] Depois de requisitar dez ov elhas aos habitantes da aldeia de el Mansura, às 09:30 o 11.º Regimento de
Cav alaria Ligeira rendeu o 4.º Regimento nas patrulhas nas estradas de Summaka, Shek e Banias.
A 30 de setembro, o 11.º Regimento de Cav alaria Ligeira patrulhav a constantemente as linhas de comunicação na
região de Quneitra. Não foi possív el render ninguém durante mais de 24 horas, à exceção de um soldado, pois todos
os homens estav am de serv iço ou doentes no hospital. [7 5 ]
Entre os dias 19 e 30 de setembro, a 4.ª Brigada de Cav alaria Ligeira tinha perdido 7 3 cav alos (61 do 11.º Regimento,
prov av elmente em Samakh), dois camelos e v ários cav alos de tiro e carroças. Em Quneitra capturaram 445
prisioneiros, entre os quais 24 oficiais. [8 0 ]
Avanços em 29 e 30 de setembro
A força que continuou o av anço a partir de Quneitra era formada pelos 4.º e 12.º regimentos da 4.ª Brigada de
Cav alaria Ligeira, pela 3.ª e 5.ª brigadas, que eram seguidas pela 5.ª Div isão de Cav alaria. [4 9 ][7 6 ] O 4.º e
12.º regimentos eram conhecidos conjuntamente como "Força de Bourchier", do nome do seu comandante, o
tenente-coronel Murray Bourchier.
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Durante a manhã do dia 29 foram av istadas por reconhecimento aéreo colunas de soldados alemães e otomanos em
retirada. Deslocav am-se em v ários grupos e tinham cerca de 150 v eículos de tração animal e 300 camelos, a pouco
mais de 30 km a sul de Damasco. Nos arredores de Damasco foram av istados mais cerca de 100 soldados de
infantaria e camelos de carga. [8 1 ] Ainda durante essa manhã, uma unidade de reconhecimento da 11.ª Bateria
Ligeira Motorizada (Light Armoured Motor Battery; LAMB) foi atacada por uma força que se estimou ter 300
homens, com metralhadoras e pelo menos duas peças de artilharia, que mantinham uma posição de retaguarda a
32 km de Quneitra, na estrada para Damasco, 6,5 km a sul de Sa'sa'. Esta força aparentemente estav a div idida em
duas, com a da esquerda formada por 50 alemães, 7 0 otomanos, seis metralhadoras e quatro canhões. [6 5 ][8 2 ]
Combates em Sa'sa
Enquanto o 9º e o 10.º regimentos continuav am a av ançar Detalhe do mapa 39 de Falls [1] dos combates em
lentamente, às 02:00 do dia 30, o 8.º regimento (menos um Sa'sa na noite de 29 de setembro
esquadrão) mov endo-se desmontado ao longo da estrada,
atacou de frente a posição inimiga. Esta foi finalmente tomada às 03:00 com a cooperação do 9º e do
10.º regimento, tendo sido capturadas cinco metralhadoras e alguns prisioneiros alemães. Alguns soldados inimigos
conseguiram retirar, mas foram perseguidos pelo 10.º regimento, que capturou dois canhões de campanha de
7 7 mm, duas metralhadoras e cerca de 20 prisioneiros. [4 9 ][6 5 ][8 2 ]
Dev ido à sua atuação durante o ataque em Sa'sa, dois membros do 4.º Regimento de Cav alaria Ligeira foram
condecorados. Esses homens lideraram duas patrulhas de flanco com três homens cada, que atacaram 122 alemães
com quatro metralhadoras que se preparav am para alv ejar o flanco da Div isão Montada. Os alemães foram
dispersados e acabaram por ser forçados a renderem-se. [8 3 ]
Kaukab, 30 de setembro
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O flanco direito desprotegido foi rapidamente flanqueado pelo av anço RMMC. Ao mesmo tempo que duas baterias
disparav am de uma colina, às 11:15, o 4.º e o 12.º Regimento carregaram com espadas desembainhadas encosta
acima, o primeiro á esquerda e o segundo à direita, prov ocando a fuga dos defensores otomanos. Foram feitos 7 2
prisioneiros, 12 metralhadoras e numerosos soldados inimigos retiraram para as florestas em direção a Daraia. A
cav alaria otomana cav algou de v olta para Damasco. [9 0 ][9 1 ]
O RMMC continuou o seu av anço cav algando 8 km para a estrada Banias–Damasco, para lá de Qatana, e para
sudoeste de El Mezze, onde foram intensamente alv ejados por metralhadoras. O regimento desmontou para atacar a
posição inimiga, seguida por um esquadrão do 14.º Regimento de Cav alaria Ligeira, tendo av ançado lentamente ao
mesmo tempo que combatia ao longo da crista paralela à estrada, até que baterias de artilharia a cav alo av ançaram
pela estrada principal acima às 13:00 e começaram a disparar sobre a posição otomana, o que os fez silenciar. [9 0 ]
Kiswe, 30 de setembro
A 29 de setembro, Mustafa Kemal Paxá (que anos depois adotaria o nome de Atatürk), comandante do 7 .º Exército
otomano, chegou a Kiswe (al-Kiswah), 16 km a sul de Damasco, com as suas tropas da frente. Liman v on Sanders
ordenou-lhe que continuasse para Riaque, a norte de Damasco. [9 2 ] Na manhã do dia 30, a coluna da frente do que
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restav a do 4.º Exército otomano, formada por uma div isão de cav alaria e alguma
infantaria, aproximou-se de Kiswe, sendo seguida pela 4.ª Div isão de Cav alaria ao
longo da Estrada dos Peregrinos, 48 km atrás. [4 9 ][9 3 ]
Foi ordenado à 5.ª Div isão de Cav alaria britânica, com o apoio da Bateria de
Artilharia a Cav alo de Essex (Essex Royal Horse Artillery, RHA), que atacasse a
coluna otomana de 2 000 homens que retirav a pela Estrada dos Peregrinos, 14 km
para leste. [5 5 ][9 3 ] Dois regimentos da 14.ª Brigada de Cav alaria indiana ignoraram
a forte guarnição de Kiswe, que ev itaram, para atacarem outra retaguarda, 5 km
mais próxima de Damasco. [9 4 ]
O 20.º Regimento de Cav alaria do Decão (20th Deccan Horse) e o 34.º Regimento
de Cav alaria de Poona (34th Poona Horse), ambos do Exército da Índia Britânica e
integrados na 14.ª Brigada de Cav alaria, foram obrigados a parar pela retaguardas Mustafa Kemal, comandante
inimigas quando se aproximav am da estrada, com as colinas do Jebel el Aswad à do 7.º Exército otomano
esquerda, a leste de Kaukab. A estrada estav a pejada de tropas e de v eículos e
também hav ia soldados otomanos em retirada mais a norte, aproximando-se de Damasco. [9 5 ]
Dois esquadrões do Deccan Horse atacaram e capturaram o ponto mais próximo nas colinas sobre o passo, enquanto
que à sua esquerda um esquadrão do Poona Horse carregou sobre a força germano-otomana apoiados pela Bateria
de Essex RHA, partindo-a em duas e espalhando a coluna. Foram capturados 190 inimigos, dos quais 40 oficiais. A
14.ª Brigada acabou por biv acar no cimo do Jebel el Aswad com 594 prisioneiros, tendo sofrido 5 mortos e 4
feridos. [9 6 ]
Nos 12 dias entre 19 de 30 de setembro, as três div isões do Corpo Montado do Deserto marcharam mais entre 320 e
400 km. Algumas unidades cav algaram mais de 650 km. Entraram em ação em numerosos combates e capturaram
mais de 60 000 prisioneiros, 140 peças de artilharia e 500 metralhadoras. [9 7 ]
Damasco
O Manual do Exército Britânico de 1914–1918 descrev ia Damasco como o maior aglomerado urbano da Síria e
também uma "cidade beduína" situada num oásis, cuja maior parte fica a leste da cidade. Os aldeões árabes e os
nómadas que acampav am nos seus arredores tornav am os arredores de Damasco menos seguros do que o deserto. O
mesmo manual considerav a que era mais prov áv el que essa gente se juntasse a um ataque à cidade do que ajudasse
na sua defesa. No principal subúrbio, Salahiy eh, bem como em v olta dele, na extremidade noroeste da cidade,
v iv iam muitos curdos, argelinos e muçulmanos cretenses. Um quinto dos habitantes da cidade eram cristãos de
todas as denominações, incluindo arménios, e hav ia também uma comunidade judaica muito antiga. O resto dos
habitantes eram quase todos muçulmanos árabes. Os damascenos eram descritos como indiv idualistas, orgulhosos,
conserv adores e desdenhav am as interferências ocidentais. O manual referia ainda que a independência árabe
centrada em Damasco era um "sonho pelo qual eles lutarão". [9 9 ]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_de_Damasco_(1918) 16/39
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Defesa
Liman v on Sanders ordenou às 24.ª, 26.ª e 53.ª div isões de infantaria, ao Corpo XX do 7 .º Exército e à 3.ª Div isão de
Cav alaria do 4.º Exército, sob o comando do coronel İsmet Bei (comandante do III Corpo do 7 .º Exército) que
defendessem Damasco. Ao Grupo de Tiberíades, comandado por Cemal Paxá (comandante do 4.º Exército) foi
também ordenado que defendesse a cidade, [9 2 ] ao passo que ao resto das forças otomanas foi ordenado que
retirassem para norte. [1 0 2 ]
Von Sanders percebeu que a defesa da cidade não era possív el e retirou o seu estado-maior (do Grupo de Exércitos
Y ıldırım) para Alepo, a norte. [1 0 3 ] Durante o dia 30 de setembro, as unidades em retirada passaram pelos postos de
controlo organizados pelo coronel v on Oppen, comandante do Corpo da Ásia em Riaque. A última formação a sair de
Damasco foi o 146.º Regimento, nesse mesmo dia. Ao saber que o desfiladeiro de Barada estav a fechado, v on
Hammerstein saiu da cidade pela estrada de Homs, seguindo o III Corpo, a 24.ª Div isão e a 3.ª Div isão de Cav alaria
em direção a Riaque. [9 2 ]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_de_Damasco_(1918) 17/39
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Cerco
O primeiro reconhecimento aéreo de Damasco foi lev ado a cabo pela av iação
australiana no dia 27 de setembro, quando v iram a estação do Hejaz apinhada com
centenas de v agões e locomotiv as. Na mesma altura, foram av istadas colunas e
v eículos em retirada nas estradas de Dara e a norte de Jisr Benat Y akub. Durante a
tarde do dia 28, o aeródromo de Damasco foi bombardeado e incendiado. No dia
seguintes a cidade estav a a ser ev acuada. [4 0 ] Durante todo o dia 30, passaram por
Damasco v árias colunas de soldados otomanos e alemães em retirada. [1 0 4 ]
Meia hora depois da unidade ter saído, o resto da 13.ª brigada da 5.ª Div isão de Cav alaria saiu de Kaukab em direção
a Kiswe, chegando a Deir Ghabiy e (que por engano julgaram ser Kiswe) antes das 04:30. Um esquadrão da Hodson's
Horse na v anguarda perseguiu e capturou cerca de 300 soldados otomanos antes de cav algar para Kiswe onde
capturou mais 300 prisioneiros. Depois da brigada ter chegado a Kiswe, v oltou a ser env iada de v olta para Kaukab.
Após ter deixado para traz 7 00 prisioneiros sob escolta, assumindo que o resto da 13.ª Brigada de Cav alaria o
reforçaria, o esquadrão da Hodson's Horse av ançou a galope com metralhadoras e rifles Hotchkiss contra uma
coluna de 1 500 otomanos que se mov ia a pouco mais de um quilómetro de distância. A unidade de artilharia da
4.ª div isão, que seguia a coluna otomana na Estrada dos Peregrinos, foi em auxílio do esquadrão, que entretanto
tinha ficado em apuros, possibilitando que se conseguisse desenredar-se, com a perda de uma peça Hotchkiss e
v ários cav alos. [1 0 6 ]
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Na frente europeia, o dia 30 de setembro foi marcado pela aceitação pela Bulgária dos termos do armistício proposto
pelos Aliados, na sequência da derrota do exército búlgaro em Salonica. A retirada da guerra dos búlgaros
significav a também que a capital otomana Constantinopla passav a a estar muito fracamente defendida. [1 0 3 ]
Damasco, 1 de outubro
Depois do desfiladeiro de Barada ter sido bloqueado, as colunas otomano-germanas continuaram a sair de Damasco
para norte pela estrada para Alepo. [1 0 7 ] Durante a noite de 30 para 1, uma grande coluna de tropas otomanas
formada pelo 146º Regimento, a última unidade otomana a sair de Damasco no dia 30, marchou ao longo da estrada
de Homs para Riaque, a noroeste de Damasco. Seguiam o III Corpo, a 24ª Div isão e a 3.ª Div isão de Cav alaria para se
concentrarem com as tropas que seguiram no último comboio otomano que saiu de Damasco, cerca das 21:00 de 30
de setembro. [9 2 ][1 0 8 ][1 0 9 ] Entre as forças otomano-germanas, só a de v on Oppen, que foi para Riaque de comboio
antes do desfiladeiro de Barada ter sido fechado, e o 146º Regimento que marchav a para Homs, se mantinham como
"formações disciplinadas". [1 1 ]
Rendição
A independência da Síria foi proclamada e a bandeira do Hejaz foi içada no palácio do gov ernador pelo emir Said Abd
el Kader, que formou um conselho prov isório para gov ernar a cidade até que o príncipe Faiçal assumisse
efetiv amente o poder. [4 4 ] O quartel-general tinha dado instruções no sentido de que fossem as tropas do príncipe
Faiçal as primeiras a entrar na cidade não obstante ter sido a Força Expedicionária Egípcia que ganhou a batalhas e
que chegou primeiro a Damasco. [1 1 0 ]
A 3.ª Brigada de Cav alaria Ligeira tinha biv acado fora da cidade na noite anterior, tendo estabelecido linhas de
piquete para garantir que nenhumas tropas entrav am na cidade exceto as tropas xarifianas regulares. Cumprindo
ordens para cortar a estrada de Homs, a brigada entrou em Damasco às 05:00 do dia 1 de outubro de 1918. [9 3 ][1 1 1 ]
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Damasco estav a num estado de rev olta; tanto a administração civ il como a militar tinham desaparecido e Olden
av isou que dev ia ser posto termos aos tiroteios. [1 0 3 ][1 1 3 ] Pediu igualmente um guia para mostrar aos homens da
cav alaria ligeira australiana o caminho pela cidade até à estrada de Homs. [1 1 3 ][1 1 5 ]
Administração
A independência foi declarada quando ainda estav am em Damasco cerca de 15 000 soldados otomanos e alemães,
entre eles Cemal Paxá, o comandante do 4.º Exército. [1 1 8 ] Allenby escrev eu ao rei Hussein, o pai do príncipe Faiçal,
informando-o de que «as nossas forças combinadas» tinha entrado em Damasco e tinham feito mais de 7 000
prisioneiros. [1 1 9 ]
A Damasco chegaram também oficiais franceses e italianos, representando os interesses dos seus países, além de
Y ale, um representante independente norte-americano junto da Força Expedicionária Egípcia, que se sentia
obstruído. [1 2 5 ]
No seu relatório telegrafado para o Departamento de Guerra britânico em 1 de outubro, Allenby escrev eu: «Na noite
passada, a Divisão Montada Australiana entrou nos arrabaldes de Damasco por noroeste. O Corpo Montado do
Deserto e o Exército Árabe ocuparam a cidade às 06:00 de hoje. Foram já contados mais de 7 000. A
administração civil continua nas mãos das autoridades existentes e todas as tropas, com a exceção de alguns
guardas, foram retiradas da cidade.» Depois resumiu os planos para a sua para Damasco à sua esposa:
«Provavelmente eu próprio partirei para Damasco amanhã; ficando amanhã à noite em Tiberíades e chegando a
Damasco no 3.º dia. Não tenciono ficar lá; e provavelmente estarei de volta no 4.º dia. [1 2 6 ]
Ocupação
Às 06:40 do dia 1 de outubro, Henry W. Hodgson,
comandando a Div isão Montada Australiana mandou
Duas semanas depois do general Allenby ter lançado
a Força de Bourchier patrulhar os arredores
o seu bombardeamento de artilharia às linhas
ocidentais de Damasco a sul do desfiladeiro de
inimigas, a grande força turca e alemã na Palestina
Barada. Os quartéis otomanos onde estav am 10 481
ocidental e oriental tinha sido destruída e os nossos
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soldados e 265 oficiais renderam-se ao 4.º Regimento prisioneiros ascendiam a 7 5 000. Dos 4.º, 7 .º e 8.º
de Cav alaria Ligeira. Estes prisioneiros foram postos exércitos turcos a sul de Damasco só escaparam
a marchar para um campo de concentração fora da alguns poucos milhares, perseguidos e com os pés
cidade, enquanto 600 homens que não conseguiam feridos. Praticamente todas as peças de artilharia, a
andar e 1 800 que estav am em três hospitais foram maior parte das metralhadoras, quase todas as
tratados. Foram colocados guardas nos principais armas ligeiras e transportes, todos os aeródromos,
edifícios públicos e consulados que depois seriam os seus equipamentos mecânicos e quase todos os
rendidos por tropas xarifianas. [1 2 8 ] av iões, um intricado e espalhado sistema telefónico
e telegráfico, grandes quantidades de munições e
A 26 de setembro, Allenby estimou que 40 000
todo o tipo de suprimentos — todos tinham sido
soldados otomanos estiv essem a retirar para
despojados, em catorze dias rápidos e dramáticos, a
Damasco. A perseguição do Corpo Montado do
um inimigo que durante quatro anos tinha resistido
Deserto tinha capturado metade deles. [1 1 ] O Corpo
aos nossos esforços para esmagá-lo. Foi uma
Montado do Deserto capturou um total de cerca de
derrota militar tão repentina e tão absoluta que
47 000 prisioneiros desde o começo das operações
talv ez não tenha paralelo na história da guerra. E
no dia 19 de setembro. Entre 26 de setembro e 1 de
ainda é mais notáv el porque foi conseguida com um
outubro, o corpo capturou 662 oficiais e 19 205
custo tão insignificante.
militares com outros postos. [1 2 4 ] Em Damasco e nos
arredores foram presos cerca de 20 000 militares — Descrição da escala da vitória pelo historiador
otomanos doentes, exaustos e desorganizados. [1 0 3 ] oficial australiano [1 2 7 ]
Antes do meio-dia de 1 de outubro foram capturados
na cidade 12 000 prisioneiros, bem como dezenas de
peças de artilharia de campanha e numerosas metralhadoras. [1 0 7 ] A 4.ª Brigada de Cav alaria Ligeira capturou
11 569 prisioneiros na cidade. [1 2 9 ] A 5.ª Div isão de Cav alaria tomou a seu cargo 12 000 prisioneiros
otomanos. [1 3 0 ] Todos os prisioneiros foram a pé para um campo de concentração instalado fora da cidade. [1 3 1 ]
Continuação da perseguição
Depois de ter aceite a rendição de Damasco, a 3.ª Brigada de Cav alaria
Ligeira rumou para norte pela estrada de Homs no dia 1 de outubro.
Env olv eram-se em escaramuças praticamente contínuas ao longo do
dia, em confrontos brev es mas intensos, perseguindo os otomanos.
Nesse dia capturaram 7 50 prisioneiros e v árias
metralhadoras. [1 3 2 ][1 3 3 ]
Entretanto, a 13.ª Brigada de Cav alaria (da 5.ª Div isão de Cav alaria)
av ançou para leste da cidade para a outra estrada de Homs, onde
entraram em contacto com a 14.ª Brigada de Cav alaria, que tinha
passado por Damasco às 10:30 também atrav és da porta Bab Tuma,
Cavalaria australiana em Khan Ayash
para estabelecer pontos de controlo. [1 0 9 ][1 2 1 ]
No dia seguinte, às 06:15 de 2 de outubro, foi reportado que uma longa coluna estav a a tentar escapar para norte.
9.º Regimento de Cav alaria Ligeira saiu a galope às 06:45 e rapidamente alcançou o principal corpo da coluna. Foi
ordenado a dois esquadrões que av ançassem para Khan Ay ash (a norte da cidade de Adra), para a frente da entrada
de um passo de montanha. Logo que cortaram a estrada à frente, um terceiro esquadrão atacou o flanco da coluna
inimiga, que se rendeu antes do combate começar. [1 3 4 ] Foram capturados mais de 2 000 prisioneiros, incluindo um
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comandante de div isão e o estandarte do 146º Regimento, o único estandarte otomano capturado por australianos
na Primeira Guerra Mundial. Esse regimento tinha sido recentemente classificado como uma das duas "formações
disciplinadas" inimigas. [1 1 ][1 3 2 ][1 3 3 ]
Allenby tinha dado instruções a Chauv el para trabalhar com Lawrence até que ele chegasse, mas Lawrence estav a
preocupado com a pretensão de Faiçal gov ernar a Síria e opunha-se a uma demonstração de força. [1 3 6 ] Contudo,
Chauv el ordenou uma "demonstração de força para intimidar os elementos turbulentos na cidade", que ele próprio
liderou[1 3 7 ] e na qual participaram não só as forças britânicas (incluindo as unidades australianas, neozelandesas e
indianas), mas também os Caçadores de África (Chasseurs d'Afrique) e Spahis franceses. [1 2 4 ] A marcha começou às
12:30 e acabou às 15:00. As unidades estav am de v olta ao biv aque de El Mezzo às 16:00. [1 3 8 ]
Num telegrama env iado ao Departamento de Guerra a 30 de setembro, Allenby declarav a que não tinha intenções de
passar a jurisdição da "Administração do Território Inimigo Ocupado", liderada pelo general Mone, para a área de
influência francesa e que nomearia pessoalmente oficiais franceses em locais da área "azul" francesa onde fosse
necessária administração. Esses oficiais ficariam sob as suas ordens como comandante-em-chefe da Força
Expedicionária Aliada. Essas ordens seriam transmitidas atrav és do seu principal "oficial político" (Chief Political
Officer). Allenby informou que não estenderia a "Administração do Território Inimigo Ocupado" para locais a leste
do Jordão na "área B", como Es-SaltEs-Salt e Amã, mas até que uma administração árabe fosse formada iria nomear
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Obedecendo às instruções de Allenby , assim que v oltou a Damasco Chauv el ordenou a ao capitão Ly ons, do seu
estado-maior, que fosse ao encontro de Faiçal no seu carro, lev ando uma nota onde explicav a o que se passav a e lhe
pedia que fosse para a cidade no carro. O emir árabe chegou ao Hotel Victoria cerca das 14:30, onde se encontrou
com Allenby , o general Bols, Chauv el, Godwin, Lawrence, o xarife Nasir, Nuri Bei e outros dois oficiais britânicos,
possiv elmente Stirling e Cornwallis. [1 4 1 ]
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Allenby disse a Faiçal para «moderar os seus objetivos e esperar decisões de Londres». [1 4 2 ] Explicou-lhe que a
França iria ser a potência "protetora" ou "mandatada" da Síria e que, na qualidade de representante do seu pai, o rei
Hussein bin Ali, Faiçal controlaria a Síria sob orientação e apoio financeiro dos franceses, mas não o Líbano e a
Palestina, [1 4 1 ] cuja administração ficaria a cargo dos franceses. [1 4 3 ] A administração árabe só controlaria o
interior da Síria, não se estendendo ao Líbano, que se considerav a ir desde a fronteira norte da Palestina
(aproximadamente Tiro até ao golfo de Alexandreta. Iria ser nomeado imediatamente um oficial de ligação francês
para Faiçal, que para já trabalharia com Lawrence, que dev eria assisti-lo. [1 4 1 ]
Faiçal objetou com muita v eemência que o conselheiro que Allenby lhe tinha env iado (Lawrence) lhe tinha
assegurado que os árabes iriam administrar toda a Síria à exceção da Palestina, incluindo o acesso ao Mediterrâneo
atrav és do Líbano, se as suas forças chegassem ao norte da Síria até ao fim da guerra. [1 4 4 ] Reclamou igualmente que
não sabia nada da pretensão de França sobre o Líbano, [1 4 5 ] pois estav a a contar com a asssistência britânica, que
um país sem um porto não lhe serv ia e que se recusav a a ter um oficial de ligação francês ou a reconhecer qualquer
orientação dos franceses. [1 4 1 ]
Após a saída dos árabes Lawrence disse a Allenby que não trabalharia com um oficial de ligação francês e que tinha
direito a tirar licença, a qual ele tencionav a gozar indo para Inglaterra. Allenby concordou em tom ríspido e
Lawrence saiu da sala. Chauv el relata que a seguir o comandante britânico mostrou compaixão por Lawrence e
disse-lhe que ia escrev er a Cliv e Wigram, secretário particular do rei, para que arranjasse uma audiência com o rei.
Além disso, ia escrev er também ao Foreign Office (Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico) a explicar o
ponto de v ista dos árabes. [1 4 1 ]
Allenby saiu de Damasco para ir para Tiberíades pouco depois e Lawrence deixou Damasco rumo a Inglaterra na
manhã seguinte. [1 4 1 ]
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Continuação da ocupação
O 12.º Regimento de Cav alaria Ligeira biv acou a pouco menos de um quilómetro a leste de Kefrsuse a partir de 1 de
outubro, enquanto o Esquadrão "A" permanecia 13 km a sul de Damasco. O Esquadrão "C" ficou com a missão de ser a
guarda da cidade, reportando a Lawrence, e o Esquadrão "B" ficou com a guarda do comboio da div isão. A 4 de
outubro o regimento rendeu a 5.ª Div isão de Cav alaria na guarda da cidade e mov eu o seu biv aque para sudoeste de
El Mezzo. [1 3 8 ]
O comandante da Força Expedicionária Egípcia (EEF) referia ainda que Damasco estav a tranquila e os preços da
alimentação na cidade tinha descido 20% em relação aos que eram praticados durante a ocupação otomana. Faiçal
tinha-o informado que não iria fazer qualquer proclamação sem o consultar, mas estav a preocupado em relação às
intenções dos franceses. Em Amã hav ia alguma miséria e doenças, mas as autoridades médicas estav am a lidar com a
situação. O comandante britânico classificav a a situação na área de Amã-Es Salt como "satisfatória". [1 4 6 ]
Todd mandou transferir os homens mais fracos para casas na aldeia, forneceu cobertores, env iou médicos sírios
para tratar os enfermos, organizou os prisioneiros em companhias comandadas pelos seus próprios oficiais e foram
criadas estruturas sanitárias. Quatro oficiais médicos prisioneiros começaram a trabalhar no campo, mas nenhum
falav a inglês. No primeiro dia foram enterrados 69 mortos, no dia seguinte 17 0. No dia 8 foram recebidos cinco
fogões móv eis otomanos e foi preparada sopa para os doentes. No ribeiro foram instaladas quatro bombas de água
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encontrav a um trecho da estrada entre Jisr Benat Y akub e Quneitra. [1 5 3 ] Esse trecho, com cerca de 1,5 km,
demorav a em média um dia ou dia e meio a percorrer. Hav ia apenas uma estrada estreita e sinuosa e a trav essia do
Jordão era feita por uma ponte estreita que só permitia a passagem de um camião de cada v ez e que se partiu v árias
v ezes. Os camiões demorav am três dias para percorrer os 140 km entre Samakh e Damasco. A maior parte das tropas
estav am acampadas ao longo desta estrada, nos arredores de Damasco, e como esta era a única estrada pela qual elas
e os camiões v indos do terminal ferrov iário de Samakh podiam chegar a Damasco, era frequentemente
bloqueada. [1 5 0 ]
No dia 4 de outubro, o comboio de rações av ariou-se, deixando o 12.º Regimento de Cav alaria Ligeira com duas
refeições em falta. [1 3 8 ] A partir de 19 de outubro os abastecimentos de mantimentos, rações de chá, leite e açúcar
para as duas div isões de cav alaria passaram a ser desembarcados em Beirute e carregados em camiões para Damasco
e Balbeque. [1 5 4 ][1 5 5 ]
No seu relatório de 22 de outubro para Wilson, Allenby informav a estar a trabalhar nas pontes ferrov iárias caídas do
v ale do Jarmuque. Até que estiv essem reparadas, os transportes eram feitos por camelos e camiões. Propunha
também que o transporte por estrada se concentrasse na estrada costeira para norte a partir de Haifa, seguidamente
na estrada entre Trípoli e Homs e depois na estrada de Beirute para Balbeque. Esperav a conseguir manter essas
estradas transitáv eis durante as chuv as. Com essas estradas e com o caminho de ferro entre Haifa, Damasco e
Riaque, Allenby contav a ter os problemas logísticos resolv idos. Contudo, a norte de Riaque o caminho de ferro era
de bitola padrão, pelo que não podia ser usada dev ido ao facto do material circulante que circulav a até Riaque ser de
bitola métrica. [1 5 6 ]
Requisições
Os quase 20 000 homens e os cav alos do Corpo
Montado do Deserto dependeram em grande medida
Depois de treze dias a carne enlatada e biscoito, era
de abastecimentos locais a partir de 25 de setembro
bom ter carne e pão fresco nov amente; o borrego
de 1918 até à tomada de posse da área pelos franceses
era o melhor e o pão, apesar de escuro, áspero e
em 1919. [1 5 8 ] Entre 25 de setembro e 14 de outubro,
pesado, ainda assim ficav a muito à frente do
o Corpo Montado estev e dependente daquilo que
biscoito. Já era tarde para os famosos damascos de
conseguiu requisitar à população local para alimentar
Damasco, mas hav ia uv as para toda a gente, peras,
os cav alos. Por sorte, não houv e falta de água exceto
maçãs e romãs, e também passas de uv a e outros
em uma ou duas ocasiões. [1 5 9 ]
frutos secos e especialidades de doces orientais. O
O abastecimento de comida para as tropas e para os melhor de tudo era que de todos os acampamentos
20 000 prisioneiros dependia das requisições locais, se v ia e ouv ia muita água a correr.
Situação médica
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Dev ido aos tumultos e à situação política incerta, no primeiro dia da ocupação nenhuma unidade médica entrou em
Damasco, que então tinha cerca de 250 000 habitantes. As primeiras unidades médicas começaram a chegar à
cidade no dia seguinte. [1 6 2 ]
Muitos dos 3 000 prisioneiros otomanos doentes e feridos encontrav am-se em seis grupos de hospitais. Num deles,
em Babtuma, estav am internados 600 pacientes; noutro grupo estav am 400; no hospital de Merkas encontrav am-se
650 feridos grav es; no quartel de Beramhe hav ia 900 pacientes; num edifício perto da estação de Kadem hav ia 1 137
pacientes. O comandante Chauv el ordenou que esses doentes e feridos fossem a primeira prioridade dos serv iços
médicos. [1 6 2 ]
Os camiões disponív eis eram insuficientes para a ev acuação dos doentes, feridos e prisioneiros. Os mais de 10 000
prisioneiros na área de Damasco representav am um grande peso no abastecimento de mantimentos. Finalmente
decidiu-se que os camiões de munições fossem usados na v olta para transportar doentes e feridos, o mesmo
acontecendo com os camiões de abastecimento para os prisioneiros. [1 6 4 ]
Durante a perseguição pela Div isão Montada Australiana e 4.ª e 5.ª div isões de cav alaria, os doentes e feridos em
número crescente foram mantidos em postos de recolha. Ali aguardav am pela ev acuação, que era feita pelos
camiões de abastecimento que regressav am da frente. [1 6 5 ] Num mosteiro acima da margem do mar da Galileia e de
Tiberíades, os monges trataram de pacientes australianos que «pensavam estar em casa» — ao longo de muitas
centenas de metros, a margem estav a plantada de eucaliptos e comiam peixe fresco, bananas e laranjas recém
colhidas num pomar próximo. [1 6 6 ]
Foi ordenado à 4.ª e à 5.ª div isões de cav alaria na área de Riaque-Moallaka que parassem com as ev acuações para
Damasco até que se estabelecesse uma rota até Beirute. [1 6 7 ] Um Combined Clearing Hospital[n t 8 ] foi
desembarcado em Beirute a seguir à ocupação daquela cidade a 11 de outubro, que gradualmente passou a ser a
principal rota de ev acuação de Damasco v ia Moallaka, uma distância de 114 km. [1 6 8 ]
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Aos casos de malária maligna contraídos no v ale do Jordão a sul de Jisr ed Damieh antes da ofensiv a, juntaram-se
cada v ez mais casos contraídos no mesmo v ale, mas a norte de Jisr ed Damieh e em redor de Beisan. [1 7 3 ] Na semana
que terminou a 5 de outubro, foram registados em hospitais como doentes mais de 1 246 soldados do Corpo
Montado do Deserto; na semana seguinte foram reportados mais 3 109 casos. Muitos dos que tinham contraído e
sofrido de malária prev iamente no v ale do Jordão encontrav am-se agora num clima diferente, cansados e
extenuados por duas semanas de operações quase constantes, e tiv eram recaídas ou contraíram gripe
espanhola. [1 7 4 ][1 7 5 ]
Na “História Oficial dos Serviços Médicos do Exército Australiano”, publicada em 1938, Rupert Downes relata que
durante a primeira semana em Damasco se registou um surto muito intenso de doenças febris grav es. Na altura
desconhecia-se a natureza exata dessas doenças e em casos continuaram a ser tema de debate. Em Damasco hav ia
então uma epidemia de gripe pneumónica e os médicos suspeitaram, em muitos casos com fundamento, de
disenteria, tifo, cólera, doenças transmitidas pelos mosquitos Phlebotomus e outras febres. A observ ação clínica
minuciosa não era fácil nas condições existentes e muitas pirexias foram diagnosticadas como gripe, disenteria ou
até cólera. Suspeitou-se ainda de um surto de febre cefalorraquidiana. A chegada de uma Estação de Diagnóstico de
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Malária a 12 de outubro ajudou a clarificar a situação. Todos os supostos casos de cólera e de febre cerebral, bem
como uma grande parte dos de disenteria, eram afinal malária. Em grande parte dos doentes inicialmente
diagnosticados como sofrendo de gripe cujo sangue foi analisado, foi encontrado o parasita da malária e o
diagnóstico foi mudado essa doença. Para o oficial médico australiano, era ev idente que, em simultâneo com um
surto de gripe pneumónica se assistiu a um grande aumento dos casos de malária maligna, tanto no Corpo Montado
do Deserto como na Força de Chay tor. A administração de três injeções de 12 grãos (7 7 7 mg) de bicloridrato de
quinina rev elav a-se suficiente para fazer desaparecer, pelo menos temporariamente, os parasitas do sangue durante
o período febril. [1 7 6 ]
A 14 de outubro a situação estav a rapidamente a melhorar e dois dias depois a ev acuação decorria de forma descrita
como "satisfatória". Após uma v isita a Damasco do seu v ice-comandante a 11 de outubro, o comandante dos serv iços
médicos da Força Expedicionária Egípcia, estacionado em Ramla, env iou para Damasco 100 soldados que estav am a
caminho de França. Estes chegaram à cidade no dia 18 e no dia seguinte chegaram 18 carros do Comboio Motorizado
de Ambulâncias e a 25.ª Casualty Clearing Station rendeu os serv iços médicos Div isão Montada Australiana no
tratamento dos doentes.O Corpo Montado do Deserto entregou a administração dos doentes em Damasco para as
linhas do quartel-general de comunicação no início de nov embro, depois dos combates com os otomanos terem
terminado. [1 6 7 ]
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Três semanas depois de Damasco ter sido ocupado, no dia 22 de outubro, Allenby reportav a ao Departamento de
Guerra que as doenças estav am a causar problemas. Os mosquitos tinham sido controlados e o v ale do Jordão tinha-
se tornado "quase uma estância de saúde de v erão". A malária maligna "em território turco" estav a a derrubar muita
gente, mas tinha um bom comandante médico, que estav a a fazer tudo o que estav a ao seu alcance, mas todas as
camas estav am ocupadas. Tinha intenções de env iar milhares de pacientes para Malta, mas aparentemente os
doentes e feridos de Salonica tinham ocupado a maior parte das camas que lá existiam. Dizia igualmente que a saúde
dos prisioneiros otomanos estav a a melhorar e que a sua taxa de mortos estav a a diminuir. Ainda estav am milhares
de prisioneiros em Damasco, à espera de poderem ser transportados para o Egito, mas os transportes eram
insuficientes. [1 7 8 ]
Do total de 330 000 membros da Primeira Força Imperial Australiana que saíram da Austrália durante os quatro
anos de guerra, 58 961 morreram, 166 811 foram feridos e 87 865 adoeceram. [1 7 9 ][1 8 0 ] Nunca houv e tantos casos
de malária nas forças armadas australianas como os que se registaram a seguir ao av anço para Damasco. [1 8 1 ]
O número de infetados com malária, principalmente do tipo maligno, duplicou entre 1 de setembro e 1 de outubro,
de 2,85% para 5,51%, tendo afetado praticamente de forma igual tanto nos soldados indianos como nos soldados
europeus. Apesar da taxa de mortalidade não ter sido elev ada, houv e quatro v ezes mais mortes em Damasco do que
houv e entre 19 de setembro e 1 de outubro, antes da tomada da cidade. Das 47 9 mortes registadas em hospitais, só
menos de 20 foram de ferimentos. [1 8 3 ]
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Durante a Batalha de Megido e a conquista de Damasco, entre 15 de setembro e 5 de outubro, 1 021 cav alos
morreram em combate ou por outros causas. De um total de 25 618 animais env olv idos nas campanhas, 3 245
receberam tratamento em hospitais v eterinários ou secções v eterinárias móv eis. Sofriam principalmente de
escoriações, debilidade, febre e cólicas ou diarreia. Depois de terem sido curados, 904 v oltaram ao serv iço. [1 4 7 ]
Rescaldo
A conquista de Damasco foi uma v itória de tal forma decisiv a
que tornou improv áv el a ocorrência de outras grandes
batalhas no teatro de operações do Médio Oriente, apesar da
guerra continuar. A única coisa que separav a a Força
Expedicionária Egípcia dos montes Amano e das montanhas
do Tauro, já em plena Anatólia, passou a ser apenas a
distância. [1 8 4 ]
Alepo foi tomada pelo exército xarifiano do príncipe Faiçal com o apoio de carros blindados e da 15.ª (Serv iço
Imperial) Brigada de Cav alaria a 25 de outubro. [1 9 0 ][1 9 1 ] No dia seguinte, a 15.ª Brigada atacou retaguardas
fortificadas em Haritan, 13 km a noroeste de Alepo. A 27 de outubro, foi dada ordem à Div isão Montada Australiana
para av ançar para norte, para apoiar a 5.ª Div isão de Cav alaria. [1 9 2 ][1 9 3 ]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_de_Damasco_(1918) 32/39
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Cronologia
Cronologia da conquista de Damasco
Notas
Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wik ipédia em inglês, cujo título é «Capture of Damascus (1918)»,
especificamente desta versão (http://en.wik ipedia.org/w/index.php?title=Capture_of_Damascus_(1918)&oldid=68850355
3).
1. Estes avanços são frequentemente apresentados como uma "corrida por Damasco".[29][30]
2. não tinha estado "heavily engaged", segundo as palavras do marechal Wavell.[34]
3. Atualmente as grafias latinas mais comuns do que era então a aldeia de Er Remta são Ar Ramtha, Al-Ramtha e Ar-
Ramsa.
4. No original: "in column of squadrons in extended order".
5. Tiberíades e Samakh foram tomadas pelos britânicos no dia 25 de setembro.
6. O historiador militar Cyril Falls apresenta a pessoa que rendeu Damasco como "Mohammed Said", mas mais tarde fala
em dois irmãos, "Mohammed Said" e "Abd el Kadir".[116]
7. Trecho baseado num discurso proferido num jantar por Chauvel em 1923.[135]
8. "Combined Clearing Hospital" significa algo como "hospital combinado de `trocas´".
9. DADMS é a sigla de Deputy Assistant Director of Medical Services.
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4. Falls 1930, pp. 560–561
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10. Falls 1930, pp. 545–546
11. Falls 1930, p. 594
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