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Por quê uma freqüência alta é ruim na transmissão sobre par de fios? Porque quanto
maior a freqüência, maior a atenuação (característica do meio físico), assim, a distância
alcançada pela transmissão é menor.
Os principais códigos banda base utilizados em sistemas de comunicação de dados
digitais são os seguintes: AMI, HDBn, 4B/3T, bifase (manchester), MLT-3 e 5B/6B. A seguir
esses códigos serão examinados com mais detalhes.
O problema deste código é que um excessivo número de “0”s ou “1”s faz com que o
receptor perca o sincronismo com o transmissor, necessitando uma linha adicional de
sincronismo externo.
NRZ é utilizado na interface RS-232, que é a linha de comunicação serial dos
computadores com modens, por exemplo. É também utilizado no giga ethernet baseado em fibra
ótica. O código NRZ necessita metade da freqüência do codificação Manchester.
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O código bifase associa a cada bit “zero” uma transição negativa do sinal no meio do bit,
e para o bit "um" é codificado uma transição positiva no meio do bit. Já o código bifase
diferencial associa a cada bit "zero" uma transição no início do bit enquanto os “ums” não tem
transição no início do bit.
A figura a seguir1 ilustra seu funcionamento e o motivo de necessitar uma freqüência tão
elevada.
1 0 1 1 0 0
+2,5V
Fio trançado 1
0V
Fio trançado 2
-2,5V
100ns
1
http://en.wikipedia.org/wiki/Manchester_code
Códigos de transmissão em banda base
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1 0 1 1 0 0
Presença de luz
Ausência de luz
100ns
O código AMI foi utilizado nas antigas linhas T1 (1,544 Mbps) e canais de 64Kbps
americanos.
1.4 HDBn
É um código semelhante ao AMI, mas que evita as seqüências de mais de “n” zeros
sucessivos, através da substituição do zero “n+1” por uma marca de violação (V). A violação
consiste em um pulso com a mesma polaridade do pulso anterior.
Assim, nesse código, ao serem detectados quatro zeros consecutivos, serão codificados
blocos do tipo 000V ou B00V, em que B é um pulso bipolar normal e V corresponde a um pulso
de violação (mesma polaridade do anterior). A codificação de um ou outro bloco é feita de tal
forma que o número de pulsos B entre duas violações V seja sempre impar. Esse código é
recomendado pelo ITU-T sendo também o código padronizado pelo sistema Telebrás para os
2
http://en.wikipedia.org/wiki/Alternate_Mark_Inversion
Códigos de transmissão em banda base
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modems banda base utilizados pela Embratel nos sistemas multiplex de primeira e segunda
ordem (E1 e E2).
O HDB3 é utilizado nas redes G.703 E1, onde se utiliza somente dois pares de fios para
enviar e receber o sinal. Um par de fios para transmitir e um para receber.
As seguintes regras devem ser obedecidas em uma seqüência de 4 zeros:
• O 2o e 3o zeros são sempre representados pela ausência de pulsos
• O 4o zero é sempre uma violação
• O 1o zero será substituído por B se o pulso que o precede tem a mesma
polaridade da última violação
• O 1o zero será substituído por B se o pulso que o precede é uma violação
Código HDB3
Exemplo 1
01 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1
B V
V B V
Exemplo 2
01 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0
0 0 0 V 0 0 0 V
B 0 0 V B 0 0 V
1.5 4B/3T
No código 4B/3T, os dígitos binários são agrupados em grupos de 4 bits, e cada grupo de
4 bits é convertido em 3 bits. O resultado é uma redução na taxa de sinalização em ¾ .
A escolha da seqüência é feita de acordo com o valor médio atual da componente
contínua do sinal. A seqüência 000 não é utilizada por não ser boa para a transmissão de relógio.
Códigos de transmissão em banda base
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Código 4B/3T
01 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1
- + + 0 + + - + - + - 0 0 - + 0 - + - + 0 - - 0 + + +
-2 -1 +2 +1 +1 +1 +1 +1 -2 +2
Existem seis estados possíveis em relação à disparidade DC (-3, -2, -1, +1, +2, +3). Como
o estado nulo não existe, é feita a passagem direta de –1 para +1 e vice-versa no acréscimo
de +1 ou –1.
O código 4B/3T é utilizado em FDDI.
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A tabela a seguir3 mostra alguns símbolos que podem ser enviados no canal. Os símbolos
de controle são representados por letras, como J e K, utilizados juntos para marcar o início do
preâmbulo no quadro. Outros dois códigos, T e R, são utilizados para marcar o final do quadro.
Name 4b 5b Description
0 0000 11110 hex data 0
1 0001 01001 hex data 1
2 0010 10100 hex data 2
3 0011 10101 hex data 3
4 0100 01010 hex data 4
5 0101 01011 hex data 5
6 0110 01110 hex data 6
7 0111 01111 hex data 7
8 1000 10010 hex data 8
9 1001 10011 hex data 9
A 1010 10110 hex data A
B 1011 10111 hex data B
C 1100 11010 hex data C
D 1101 11011 hex data D
E 1110 11100 hex data E
F 1111 11101 hex data F
I -NONE- 11111 Idle
J -NONE- 11000 SSD #1
K -NONE- 10001 SSD #2
T -NONE- 01101 ESD #1
R -NONE- 00111 SSD #2
H -NONE- 00100 Halt
SSD= Start of Stream Delimiter (100BASE-TX Ethernet)
ESD= End of Stream Delimiter (100BASE-TX Ethernet)
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transição de sinal (4 bits convertido para 5 bits) o sinal pode assumir um entre 3 níveis. Durante
cada ciclo de relógio, uma mudança de um nível marca bit “1”, enquanto que um sinal constante
marca bit “0”. Como o nível de sinal não muda durante os bits “0”, reduz a freqüência necessária
no fio, entretanto, torna necessário o uso de um scrambler, a fim de espalhar os padrões de
emissão eletromagnética nos dados. Os três níveis são conseguidos através de tensões
diferenciais que variam de 0 a +1 no fio positivo e de 0 a –1 no fio negativo.
A figura a seguir mostra a transmissão do sinal hexadecimal “0E”, que é primeiramente
dividido em pedaços de 4 bits, depois passa pela tabela do 4B/5B e então é transmitido através
do par trançado na sinalização MLT-3.
http://www.optimized.com/COMPENDI/.
O problema deste código é que um excessivo número de “0”s faz com que o receptor
perca o sincronismo com o transmissor, necessitando uma linha adicional de sincronismo
externo. A solução é utilizar este código juntamente com um algoritmo que não permita uma
seqüência grande de zeros, como o 4B/5B, por exemplo.
NRZI é utilizado no Fast-Ethernet com fibra ótica, e também nos CDs (Compact Discs) e
interface USB.
Códigos de transmissão em banda base
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4B3T
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1.12 BIBLIOGRAFIA
/MOE 95a/ Moecke, Marcos. Curso de Telefonia Digital - Multiplexação por Divisão de
Tempo e Transmissão Digital. Escola Técnica Federal de Santa Catarina São
José. 1995. 25p.
/ROC 99/ ROCHOL, Juergen. Redes de Computadores – 2a parte. Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Instituto de Informática. 1999.
/TAN 97/ TANENBAUM, Andrew C. Redes de Computadores - 3a edição. Ed. Campus,
Rio de Janeiro, 1997.