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INTRODUÇÃO 01
xix
2.2.3 Perfil geral dos docentes consultados 101
2.2.4 Apresentação das perguntas do questionário 104
REFERÊNCIAS 211
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 217
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS 223
ANEXOS 227
xxi
INTRODUÇÃO
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1. O CONTEXTO DA PERCEPÇÃO MUSICAL
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1.1 ABRANGÊNCIA E RELEVÂNCIA
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Também em cursos técnicos ou cursos livres mais sistematizados.
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amplas, pois, encontra conexão com quase todas as outras subáreas, seja de
forma objetiva ou subjetiva.
Desse modo, Percepção Musical, neste texto, pode compreender três
significações básicas: 1. a disciplina (em questão) dos cursos superiores de
Música; 2. o estudo de noções musicais que englobam vivência, conteúdo musical
e sentido auditivo, nos diversos níveis de aprendizado; 3. subárea da música, suas
temáticas e desenvolvimento (sem obviamente desconsiderar sua estreita ligação
com a Teoria da Música).
Como tratamos de pontos que permeiam e, muitas vezes, fazem parte
do ensino e pesquisa em música, inevitavelmente a terminologia Educação
Musical torna-se presente. Aqui a consideramos em seu maior âmbito, como
acolhedora de muitos outros aspectos, ou seja, sob o qual se encaixam itens
como a educação musical superior, a educação musical infantil, a educação
musical informal, a educação musical especial, etc. Assim, o termo está vinculado
à expressão ‘ensino de música’ e não empregado de modo especial à infância.
Contudo, fazemos especificações de público ou demais diferenciações quando por
algum momento tecermos comentários que fujam da esfera acadêmica ou
universitária, bem como em situações em que acharmos necessário, com vistas à
ajudar na transparência das idéias. Esse nosso transitar por distintas camadas do
aprendizado musical acontece devido à relevância do tema, determinado
claramente a partir de seu destaque e participação nos conteúdos de programas
que vão desde a iniciação até o ensino profissionalizante.
Neste capítulo temos a intenção de apresentar o meio no qual a
disciplina Percepção Musical está inserida, ou seja, nos cursos superiores, e isto
significa expor as principais características dentro dessa estrutura, o perfil das
turmas em sala de aula, além das correntes que dividem a opinião e o modo de
atuar dos professores. É o que acompanhamos a seguir.
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1.1.1 Percepção Musical na graduação
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Consulta feita no arquivo “Relação dos programas e/ou cursos de graduação e seqüenciais oferecidos pelas
instituições de Educação Superior – Brasil, Cursos de Música”, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, do Ministério da Educação, nos disponibilizado em
02/03/2007, via e-mail.
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denominada de Percepção Musical, pois é através desta disciplina que o aluno
aprende a perceber o significado dos códigos da linguagem dos sons”.
Dessa forma, embora haja um consenso razoável acerca do nome
Percepção Musical3, é interessante notar que em algumas instituições ainda
encontramos, por exemplo, o título ‘Treinamento Auditivo’, como também ‘Teoria e
Percepção Musical’, ‘Leitura e Escrita Musical – LEM’, ‘Teoria Musical e Solfejo’,
‘Ritmo e Som’, ‘Linguagem Musical’, segundo Bhering (2003). Vemos esse fato
como resquício da forma inicial de destinação da disciplina e como uma
constatação da sua gradual afirmação.
Outro aspecto importante de se observar na Percepção Musical é a sua
estruturação interna, ou seja, sua organização geralmente em três frentes –
melódica, rítmica e harmônica, nas quais conteúdos específicos de cada elemento
da música são minuciosamente desenvolvidos e praticados. Porém, isso não é
uma regra, pois algumas instituições destinam uma carga horária centrada
especialmente na Rítmica, tendo-a no currículo além da disciplina Percepção
Musical ou Treinamento Auditivo. Observamos que, nesses casos, quando se fala
no estudo da percepção musical, subentende-se desenvolvimento melódico-
harmônico e, portanto, torna-se necessário o auxílio de outra matéria que
contemple o ritmo, são os casos, por exemplo, da Universidade Estadual de
Campinas – UNICAMP e da Faculdade de Artes do Paraná – FAP.
Já sobre o perfil na grade curricular, trata-se de uma disciplina
obrigatória em grande parte dos cursos superiores brasileiros (o que também
vemos ocorrer nos cursos técnicos), portanto, coletiva, com uma intensa demanda
de turmas. Essa característica faz absorver estudantes de diferentes modalidades,
com níveis bastante heterogêneos de conhecimento. Ingressantes de canto,
percussão, regência, composição, e demais instrumentos, que exigem habilidades
e conhecimentos específicos, compõem, assim, o grupo e saberes de uma turma.
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No capítulo 3 apresentamos mais detalhes sobre as nomenclaturas existentes para a disciplina.
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