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Manual Do Uso Da Terra PDF
Manual Do Uso Da Terra PDF
Dilma Rousseff
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA - IBGE
Presidenta
Wasmália Bivar
Diretor-Executivo
Fernando J. Abrantes
Diretoria de Pesquisas
Marcia Maria Melo Quintslr
Diretoria de Geociências
Wadih João Scandar Neto
Diretoria de Informática
Paulo César Moraes Simões
UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Geociências
Rio de Janeiro
2013
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISBN 978-85-240-4307-9
© IBGE. 1ª edição 1999
2ª edição 2006
3ª edição 2013
Produção de multimídia
Alberto Guedes da Fontoura Neto
Helena Maria Mattos Pontes
LGonzaga
Márcia do Rosário Brauns
Marisa Sigolo
Mônica Pimentel Cinelli Ribeiro
Roberto Cavararo
Capa
Ubiratã O. dos Santos/Marcos Balster Fiore - Coordenação
de Marketing/Centro de Documentação e Disseminação
de Informações - CDDI
Sumário
Apresentação
Introdução
Lista de figuras
1 - Esquema teórico da construção de uma nomenclatura
da cobertura terrestre
2 - Complexo Industrial de Barcarena - PA
3 - Parque Nacional Marinho dos Abrolhos
4 - O Parque Nacional do Cabo Orange é um exemplo de
conservação em corpo d'água costeiro
Sumário_______________________________________________________________________________________
5 - Apa dos recifes de corais e apa costa dos corais sobre
imagem Google Earth
6 - Etapas de levantamento e classificação da cobertura e
do uso da terra
7 - Simbologias de mapeamento para atividades
mineradoras
8 - Simbologias de mapeamento para representar o uso
dos corpos d’água
9 - Etapas do mapeamento digital
10 - Corte da cena 23258-2006-04-02 do satélite Landsat
tm-5, região do lavrado – rr
11 - Corte da cena 221-081 Landsat tm5, em composição
colorida, bacia do rio Jacuí – rs
12 - Imagem 221-081 classificada. Bacia do rio Jacuí – rs
13 - Corte na imagem resourcesat p6lis331708820120815.
Região de Pontes de Lacerda
14 - Imagem 317-88 classificada. Região de Pontes de
Lacerda
15 - Etapas de classificação da cobertura e do uso da terra
16 - Classes da cobertura e do uso da terra
17 - Cores das classes de mapeamento em rgb
18 - O Modelo Entidade Relacionamento – mer para o Uso
da Terra
Lista de fotos
1 - Centro histórico da cidade de Piranhas – Al
2 - Cidade de Salvador – BA
3 - Vista parcial da cidade de Canguçu – rs
4 - Vista de Juiz de Fora – mg
5 - Porto Velho – ro
6 - Cidade de Capixaba – ac
7 - Cidade de Recife – pe
8 - Vista parcial do complexo industrial de Camaçari.
Município de Camaçari – ba
9 - Unigel Plásticos S.A. Polo petroquímico de
Camaçari – BA
10 - Comunidade Beiradão que se expandiu às margens do
rio Jari. Município Laranjal do Jari – ap
11 - Localidade ribeirinha ao rio Solimões. Município de
Careiro da Várzea – am
___________________________________________________________________ Manual técnico de uso da terra
Lista de quadros
Quadro 1 - Sistema básico de classificação da cobertura e
do uso da terra - SCUT
Quadro 2 - Ficha de campo para pontos de amostragem
(GPS) e fotos
___________________________________________________________________ Manual técnico de uso da terra
Unidades da Federação
RO - Rondônia
AC - Acre
AM - Amazonas
RR - Roraima
PA - Pará
AP - Amapá
TO - Tocantins
MA - Maranhão
PI - Piauí
CE - Ceará
RN - Rio Grande do Norte
PB - Paraíba
PE - Pernambuco
AL - Alagoas
SE - Sergipe
BA - Bahia
MG - Minas Gerais
ES - Espírito Santo
RJ - Rio de Janeiro
SP - São Paulo
PR -Paraná
SC - Santa Catarina
RS - Rio Grande do Sul
Convenções
- Dado numérico igual a zero não resultante
de arredondamento;
.. Não se aplica dado numérico;
... Dado numérico não disponível;
x Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da
informação;
0; 0,0; 0,00 Dado numérico igual a zero resultante
de arredondamento de um dado numérico originalmente
positivo; e
-0; -0,0; -0,00 Dado numérico igual a zero resultante
de arredondamento de um dado numérico originalmente
negativo.
Apresentação
O
IBGE apresenta à sociedade a terceira edição, atualizada
e modificada, do Manual Técnico de Uso da Terra. Esta
nova edição situa os estudos de uso da terra no contexto
evolutivo do pensamento geográfico, contempla uma reflexão
sobre os conceitos mais atuais que envolvem o tema, em
especial sobre aqueles que tratam dos problemas ambientais e
da questão da equidade, e apresenta o Sistema de Classificação
de Uso da Terra para mapeamentos em nível exploratório.
O
conhecimento sobre o uso da terra ganha relevo
pela necessidade de garantir sua sustentabilidade
diante das questões ambientais, sociais e econômicas
a ele relacionadas e trazidas à tona no debate sobre o
desenvolvimento sustentável. Desde sua primeira edição o
Manual Técnico de Uso da Terra tem buscado acompanhar
a evolução desses estudos no contexto internacional,
assim como no próprio aprimoramento dos procedimentos
utilizados nos trabalhos desenvolvidos pela instituição ao
longo do tempo. Neste sentido na primeira versão ainda não
se dispunha de um sistema de classificação sistematizado
para todo o País. Na segunda edição foram introduzidos os
resultados das discussões voltadas para a sistematização
da classificação, enquanto esta terceira edição apresenta
um Sistema de Classificação de Uso da Terra automatizado,
passível de responder aos anseios da comunidade científica
por um documento de referência para mapeamentos em escala
exploratória, condizente com a missão do IBGE de retratar o
território em suas diferentes nuanças.
O marco teórico-metodológico
Esse movimento alcança seu ápice nos anos de 1970 quando se instala um
tempo de críticas e de propostas no âmbito dessa disciplina (MORAES, 2010),
1
Se habitante de planícies era agricultor, se junto ao mar seria pescador ou se vivia nos trópicos eram povos inferiores
aos das zonas temperadas, onde as constantes mudanças na pressão barométrica os tornavam mais inteligentes.
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Nos anos de 1970, surgem críticas derivadas das discussões sobre suas
contradições internas, em que novas tendências, ou linhas de pensamento,
passam a ser reconhecidas dentro da Nova Geografia: a Geografia Radical, a
Geografia Humanística e a Geografia Idealista. A Geografia Radical ou Crítica
surge como contraponto à busca de respostas às desigualdades sociais e
está centrada na observação analítica dos processos ocorridos na sociedade
com a finalidade de melhorar a compreensão das relações homem/meio. Os
problemas sociais, o aumento da concentração de renda e o crescimento
das cidades, com grande contribuição dos processos migratórios, foram
decisivos para a penetração do pensamento marxista na Geografia e sua
difusão entre um número significativo de pensadores como David Harvey,
Richard Peet, Yves Lacoste, Massimo Quaine, James Anderson, Neil Smith.
No Brasil, especialmente na academia, a corrente da Geografia Crítica foi
capitaneada por Milton Santos, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Ruy Moreira,
Antonio Christofoletti, entre outros no desenvolvimento de estudos analíticos
e fenomenológicos dos fatos e de casos (ALVES, 2012), com um olhar voltado
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
A evolução das formas de uso da terra no País passa a ter características melhor
definidas apenas a partir do Século XX, nas academias e com a instalação de
instituições como o IBGE. Assim, as linhas de pensamento da Geografia no
Brasil se sucederam principalmente a partir da institucionalização do IBGE em
1936. E os trabalhos sobre Uso daTerra, basicamente, foram desenvolvidos nesta
instituição e em outras poucas instituições de governo como INPE e Embrapa, e
nas universidades, mas sempre com estudos bastante localizados. Alves (2012)
apresenta como marco inicial da Geografia Agrária Brasileira o ano de 1939, com
forte influência da escola francesa de La Blache nos estudos publicados entre a
década de 1940 e 1970 do Século XX. Sob este prisma, os primeiros trabalhos
foram desenvolvidos por Pierre Monbeig, que analisou os gêneros de vida, as
atividades humanas e o habitat existente no interior do Sul do Brasil.
2
Esta caracterização só foi possível com o apoio de Roberto Schmidt de Almeida, geógrafo do Departamento de Geografia.
Diretoria de Geociências do IBGE, que compilou uma listagem bibliográfica sobre a produção da Geografia.
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Por isso Anderson e outros (1979, p. 31) fizeram questão de esclarecer que a
abordagem da classificação de uso da terra e revestimento do solo, no sistema
por eles descrito “é orientada com base na fonte”, ao contrário, por exemplo
da “orientação segundo pessoas” do “Manual Padronizado de Codificação de
Uso da Terra”, desenvolvido pelo U.S. Urban Renewal e pelo Bureau of Public
Roads (1965)”. Para Anderson e outros (1979) a “orientação segundo pessoas”
privilegia essencialmente os usos da terra urbana, de transporte, de recreação
e outros relacionados, de menor área total àquela época nos EUA. Para esses
autores, embora exista necessidade óbvia de um sistema de classificação de
uso da terra orientado no sentido urbano, há também a necessidade de um
sistema orientado com base na fonte, isto é, com abordagem orientada no
sentido dos recursos, de modo a enfatizar os remanescentes terrestres, que
nos Estados Unidos, àquela época, correspondiam a 95% da área do país.
O projeto atual
Neste manual a reflexão sobre o marco teórico-metodológico dos estudos
contemporâneos de uso e cobertura da terra contribui na construção da sua
abordagem paradigmática, tendo em vista a orientação do levantamento do
uso da terra. Tal construção traz à tona, na segunda parte deste manual, a
apresentação de conceitos e definições nos quais está baseada a terminologia
empregada na classificação de uso da terra.
Em 1995, Xavier da Silva reconhecia este quadro como existente, o que teria
levado os ambientalistas a uma participação intensa na geração e análise de
conhecimentos ambientais. Parecendo também identificar o mesmo aspecto
de fundo do marco teórico aqui destacado, que é a visão do conjunto do uso
da terra e do revestimento do solo e a preocupação ambiental, esse autor
diz que “Em termos de pesquisa ambiental, firmou-se a imagem do mundo
como um conjunto estruturado de padrões espaciais, a serem identificados,
analisados e classificados de modo a facilitar a intensificação do uso dos
recursos ambientais neles disponíveis. Uma pergunta fundamental ficou desde
então no ar: Em benefício de quem?” (SILVA, 1995, p. 17).
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Xavier da Silva (SILVA, 1995, p. 18) acredita que “ao mostrar de forma
sistemática as razões e os resultados da interferência do homem sobre o
ambiente, a Geografia é um veículo poderoso de conscientização dos jovens
quanto aos problemas de desequilíbrio ambiental, de ocupações desordenadas
de novos territórios, e desperdícios de recursos disponíveis e de poluição
ambiental”. Ele acrescenta que “é imprescindível que sejam definidos
parâmetros aceitáveis para cientistas e engenheiros em conjunto, sob pena
de continuarmos agindo de forma imediatista, por parte dos técnicos e de
maneira excessivamente acadêmica, por parte dos pesquisadores. Os erros
que temos cometido na ocupação econômica de grandes áreas amazônicas, na
construção de barragens, em programas de irrigação, testemunham o alcance
negativo desta atuação descompassada de técnicos e cientistas”.
Eles também fazem uma reflexão sobre o avanço tecnológico que permite
associar o conhecimento sobre as condições meteorológicas ao conhecimento
para o uso da terra. Lembram que antes dos radares, dos satélites, dos
computadores e dos SIGs, assim como antes das possibilidades do seu uso
interligado, as informações sobre a terra e sobre o tempo trilhavam caminhos
mais ou menos independentes e seus efeitos eram também circunscritos.
De um lado eram produzidos mapas e, de outro, instalavam-se estações
meteorológicas sem maior comunicação. Atualmente, como exemplificam
aqueles autores, inovações técnicas e organizacionais na agricultura concorrem
para criar um novo uso do tempo e um novo uso da terra (SANTOS; SILVEIRA,
2004, p. 118). Também lembramos aqui que em várias partes do mundo redes
de informação agrometeorológicas possibilitam a complementaridade entre as
informações sobre o uso da terra e as condições meteorológicas, funcionando
como aliadas na observação da mudança no clima, que foi motivada também
pela visão de conjunto do uso da terra e da preocupação ambiental.
4
Segundo o IPCC, é uma medida simples da importância de um mecanismo potencial de mudança do clima. O forçamen-
to radiativo é a perturbação do balanço de energia do sistema Terra-atmosfera (em watts por metro quadrado [W/m²])
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Ele lembra que entre as décadas de 1960 e 1970 nos grupos ambientalistas
majoritários, focalizados na preservação e na conservação do deserto através
de litígio, lobbying político, e a avaliação técnica, encontravam-se negros
engajados em mobilizações de ação coletiva por direitos civis básicos nas
áreas de emprego, habitação, educação e saúde. Assim, dois movimentos
frequentemente separados emergiram associados, precisando de quase duas
décadas para que ocorresse uma convergência significativa de interesses para
5
Como ficou conhecida a publicação “Nosso Futuro Comum” produzida pela Comissão das Nações Unidas sobre Desen-
volvimento e Ambiente.
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Levantamento da cobertura e
do uso da terra
Entende-se por levantamento o conjunto de operações necessárias à
elaboração de uma pesquisa temática que pode ser sintetizada por meio de
mapas. O levantamento da Cobertura e do Uso da Terra indica a distribuição
geográfica da tipologia de uso, identificada por meio de padrões homogêneos
da cobertura terrestre. Envolve pesquisas de escritório e de campo, voltadas
para a interpretação, análise e registro de observações da paisagem,
concernentes aos tipos de uso e cobertura da terra, visando sua classificação
e espacialização por meio de cartas.
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Princípios básicos
Espera-se que os levantamentos da Cobertura e do Uso da Terra forneçam
informações do território ao maior número possível de usuários, em escalas
regionais, estaduais e locais, de tal forma que possam ser comparadas entre
si e periodicamente atualizadas. Para atender a tais requisitos Heymann (1994,
p. 12, tradução nossa) recomenda a observância de quatro princípios básicos
na estruturação do sistema de classificação:
- a escala de mapeamento;
- a natureza da informação básica;
- a unidade de mapeamento e definição da menor área a ser mapeada;
- a nomenclatura.
Escala de mapeamento
Sob o ponto de vista matemático, escala é a proporção entre a representação
gráfica de um objeto e a medida correspondente de sua dimensão real.
Para Monteiro (2008), a escala de um mapa é a relação constante que existe
entre as distâncias lineares medidas sobre o mapa e as distâncias lineares
correspondentes medidas sobre o terreno. No entanto, mais que uma simples
relação matemática é um fator de seleção e aproximação do terreno, cheio
de significados técnico e científico. Castro (1995, p.117) também salienta
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
que a escala não deve ser vista apenas sob a perspectiva matemática; pois
a conceituação de escala acorrentada apenas à ótica geométrica é cada vez
mais insatisfatória.
Unidade de mapeamento
Por fim, deve-se ter em mente que, qualquer que seja a fonte básica de
informação, nenhuma cobertura da terra poderá ser mapeada em toda sua
diversidade e complexidade, e que a unidade de mapeamento deverá fornecer
ao usuário uma representação aceitável da realidade.
Nomenclatura
Planeta Terra
Terra Água
Não Áreas
Agrícolas Florestal Campestre
Agrícolas Descobertas
Adaptado de Heymann (1994, p. 17 da tradução).
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Estando o Uso da Terra, neste trabalho, voltado para os recursos da terra com
preocupação socioeconômica e ambiental, é preciso que sejam compreendidos
e definidos os termos Terra, Uso da Terra e Cobertura da Terra.
Para que os dados oriundos de sensores remotos possam ser utilizados com
eficiência, ao se conceber um sistema de classificação, é preciso observar
alguns critérios, conforme os preconizados por Anderson e outros (1979, p. 23):
• Precisão mínima de 85% para interpretar e identificar as categorias da
cobertura e do uso da terra, tendo os dados de sensores remotos como
primeira fonte de dados;
• Repetição da precisão da interpretação para todas as categorias ;
• Repetição de resultados de um sensor para outro e entre intérpretes ;
• Possibilidade de aplicação a extensas áreas;
• Utilização de dados de sensores remotos capturados em diferentes épocas
do ano;
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
O nível I (classes), que contém cinco (5) itens, indica as principais categorias
da cobertura terrestre no planeta, que podem ser discriminadas a partir da
interpretação direta dos dados dos sensores remotos. Atendem aos usuários
interessados em informações nacionais ou inter-regionais.
O nível III (unidades) explicita o uso da terra propriamente dito. Neste patamar
é imprescindível a utilização de dados exógenos aos sensores remotos, como
aqueles obtidos a partir de observações em campo, de inventários, entrevistas
e documentação em geral.
Quadro 1
Sistema básico de classificação da cobertura e do uso da terra - SCUT 6
(continua)
Nível I Nível II Nível III
Digito II Digito III
Classe Subclasse Unidades*
1.1.1 Vilas
1.1.2 Cidades
Áreas
1 - Areas 1,1 1.1.3 Complexos industriais
Urbanizadas
Antrópicas 1.1.4 Áreas urbano-industrial
Não Agrícolas 1.1.5 Outras áreas urbanizadas
Áreas de 1.2.1 Minerais metálicos
1.2
Mineração 1.2.2 Minerais não metálicos
2.1.1 Graníferas e cerealíferas
2.1.2 Bulbos, raízes e tubérculos
2.1.3 Hortícolas e floríferas
2.1.4 Espécies temporárias produtoras de fibras
2.1.5 Oleaginosas temporárias
Culturas
2.1 2.1.6 Frutíferas temporárias
Temporarias
2.1.7 Cana-de-açúcar
2.1.8 Fumo
2.1.9 Cultivos temporários diversificados
Outros cultivos temporários (abóbora, trevo
2.1.10
forrageiro, etc.)
2 - Áreas 2.2.1 Frutíferas permanentes
Antrópicas 2.2.2 Frutos secos permanentes
Agrícolas
Culturas 2.2.3 Espécies permanentes produtoras de fibras
2.2
Permanentes 2.2.4 Oleaginosas permanentes
2.2.5 Cultivos permanentes diversificados
2.2.6 Outros cultivos permanentes
2.3.1 Pecuária de animais de grande porte
2.3 Pastagens 2.3.2 Pecuária de animais de médio porte
2.3.3 Pecuária de animais de pequeno porte
2.4.1 Reflorestamento
2.4 Silvicultura
2.4.2 Cultivo agroflorestal
Uso
2.5 não 2.5.1 Uso não identificado
Identificado
Unidades de conservação de proteção integral em área
3.1.1
florestal
Quadro 1
Sistema básico de classificação da cobertura e do uso da terra - SCUT 6
(conclusão)
Nível I Nível II Nível III
Digito II Digito III
Classe Subclasse Unidades*
Unidades de conservação de proteção integral em corpo
4.1.1
d'água continental
6
O sistema foi estruturado para comportar combinações de até três (3) diferentes tipos de uso, o que gerou a possibilidade
teórica de 643 539 unidades de mapeamento.
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Mesmo o trabalho tendo como referência uma escala média, e a classificação ser
estabelecida a partir de níveis de agregação de coberturas e uso, são levantadas
informações mais detalhadas que as mapeadas na escala 1:250 000. Para não se perder
estas informações considerou-se conveniente criar um quarto nível de informação
que detalha os tipos de cultivo, de extrativismo, da pecuária ou da mineração, entre
outros, considerando no máximo três (3) itens para cada componente da associação
de classes. Este quarto nível de informação aqui denominado “complementos”
está disponível apenas em banco de dados e nos arquivos digitais para a escala
1: 250 000, disponíveis em formato shape na página de download do IBGE.
7
Atualmente este recurso está disponível apenas na Intranet da Diretoria de Geociências do IBGE para consulta por
qualquer servidor, no endereço: <http://w3.homologacao.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/usodaterra/
app_indice/index.shtm>. Em breve estará disponibilizado na Internet.
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Definições da nomenclatura
Na escolha e definição da nomenclatura proposta considerou-se a terminologia corrente
em diversas pesquisas, nacionais e internacionais, visando sua compatibilização com
os produtos disponíveis. Foi dada atenção especial aos termos utilizados em várias
pesquisas do IBGE afins com o tema, por constituírem importantes fontes de dados
auxiliares aos Levantamentos da Cobertura e do Uso daTerra.
8
A discriminação e hierarquia da situação urbana foi obtida com a Coordenação de EstruturasTerritoriais da Diretoria de Geo-
ciências do IBGE. Para tal utilizou-se o arquivo digital em formato shape, utilizado para apoiar a definição de uma classificação,
como a das áreas urbanas, disponível no endereço: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/malhas_digitais/censo_2010/setores_censitarios/>.
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Foto 10 - Comunidade Beiradão que se expandiu às margens do rio Jari. Município Laranjal
do Jari - AP
No sentido amplo, a terra agrícola pode ser definida como terra utilizada para
a produção de alimentos, fibras e commodities do agronegócio. Inclui todas as
terras cultivadas, caracterizadas pelo delineamento de áreas cultivadas ou em
descanso, podendo também compreender áreas alagadas. Podem se constituir
em zonas agrícolas heterogêneas ou representar extensas áreas de “plantations”.
Encontram-se inseridas nesta categoria as lavouras temporárias, lavouras
permanentes, pastagens plantadas, silvicultura e áreas comprovadamente
agrícolas cujo uso não foi identificado no período do mapeamento.
9
Incluem-se nesta classe os cultivos olerícolas, ramo da horticultura que trata da produção racional e econômica das
plantas olerícolas, também denominadas de hortaliças
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Foto 54 - Cultivos permanentes diversificados com frutas regionais como graviola, cupuaçu,
cacau. Município de Senador Guiomard - AC
Por já terem seus usos definidos sob condições especiais pelo Poder
Público competente, os limites oficiais das áreas especiais (unidades de
conservação e terras indígenas) são considerados na sua íntegra pelo
Sistema de Classificação de Uso da Terra.
10
Este título inclui cinco (5) formações ordenadas segundo a topometria: Aluvial, Terras Baixas, Submontana, Montana
e Alto Montana).
__________________________________________________________________ Manual técnico de uso da terra
Foto 76 - Parque Nacional da Serra dos Órgãos em ambiente da Floresta Ombrófila Densa.
Município de Teresópolis. RJ
11
Ver a página da Fundação Nacional do Índio - Funai, na Internet, no endereço: <http://www.funai.gov.br/index.html>.
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
- Terras indígenas em área florestal (3.1.3): são áreas destinadas pela União ao
usufruto exclusivo das comunidades indígenas que as habitam. Em algumas
regiões, os recursos naturais das terras indígenas encontram-se bastante
conservados, existindo em seu interior zonas de grande importância biológica.
Foto 84 - Floresta Aluvial de onde são extraídos vários produtos, como frutos de palmáceas,
madeira, plantas medicinais, etc.
Município de Santo Antônio da Pedreira - AP
- Campinarana Arborizada;
- Formações pioneiras de influência marinha (Restingas, exemplos de arbus-
tiva das dunas e herbácea das praias);
- Formações de influência fluviomarinha (Manguezal não arbóreo e Campo
Salino);
- Formações de influência fluvial e/ou lacustre arbustiva e herbácea (Comu-
nidades Aluviais);
- Refúgio Ecológico refere-se a toda e qualquer vegetação diferenciada nos
aspectos florístico e fisionômico ecológico da flora dominante na região
fitoecológica ... Este, muitas vezes, constitui uma “vegetação relíquia”, com
espécies endêmicas, que persiste em situações especialíssimas (MANUAL...,
2012); e
- Veredas referem-se a tipologias que podem estar associadas à legen-
da do Sistema Fitogeográfico em escalas de semidetalhe e de detalhe
(MANUAL..., 2012).
As áreas campestres quando destinadas ao pastoreio do gado, são consideradas
pastagens naturais, ainda que tenham recebido algum manejo. Estas áreas
também podem estar associadas a algum tipo de extrativismo vegetal,
unidades de conservação e terras indígenas. Os usos das áreas campestres
estão definidos pelas seguintes nomenclaturas:
- Unidades de conservação de proteção integral em área campestre (3.2.1):
unidades de conservação de proteção integral em área campestre são
aquelas onde a exploração ou o aproveitamento dos recursos naturais
estão vedados, admitindo-se apenas o aproveitamento indireto dos seus
benefícios, com exceção dos casos previstos por lei. Essas unidades estão
divididas legalmente nas seguintes modalidades: Parque Nacional, Reserva
Biológica, Estação Ecológica, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silves-
tre, podendo ser federais, estaduais, municipais ou particulares.
- Terras indígenas em área campestre (3.2.3): são áreas destinadas pela União
ao usufruto exclusivo das comunidades indígenas que as habitam. Em algu-
mas regiões, os recursos naturais das terras indígenas encontram-se bastante
conservados, existindo em seu interior zonas de grande importância biológica.
Foto 96 - Pasto natural em área de Savana Estépica com presença de colonião e jurema
preta. Município de Simão Dias - SE
Foto 97 - Pasto natural em área de Estepe da Campanha Gaúcha, com divisão de pastos por
cerca de pedras. Município de Quaraí - RS
Águas (4)
Foto 101 - Aspecto parcial da construção da Hidrelétrica Santo Antônio no rio Madeira.
Município de Porto Velho - RO
Foto 109 - O turismo e o lazer de contato direto como a prática de natação são frequentes no
Canyon do rio São Francisco. Município de Olho d'Água do Casado - AL
Foto 110 - As praias de Alter do Chão são conhecidas nacionalmente pelo turismo e lazer.
Município de Santarém - PA
Foto 111 - A pesca do Surubim tem destaque na produção regional da Amazônia. Município
de Manaus - AM
- Terras indígenas em corpo d´água costeiro (4.2.3): são áreas destinadas pela
União ao usufruto exclusivo das comunidades indígenas que a habitam. Em al-
gumas regiões, os recursos naturais das terras indígenas encontram-se bastante
conservados, existindo em seu interior zonas de grande importância biológica.
- Áreas Militares em corpo d’água costeiro (4.2.4): referem-se às áreas de
jurisdição dos Comandos das Regiões Militares e de Áreas Militares, tanto
do Exército como da Marinha e/ou da Aeronáutica, brasileiros (BRASIL,1999).
- Outras áreas protegidas em corpo d’água continental (4.2.5): referem-se às
áreas protegidas que não se enquadram nas categorias do Sistema Nacional
de Unidades de Conservação - SNUC.
- Captação para abastecimento em corpo d’água costeiro (4.2.6): destaca-se
que nesta classificação o corpo d'água costeiro pode se localizar tanto em
planície costeira como se referir estritamente às águas de mistura (salobras)
e salinas da costa. Vale destacar que quando sua exploração se referir à
obtenção de águas de mistura (salobra) e salina será necessário tratamento
de dessalinização seguido dos tratamentos convencionais para estar apta à
utilização. A captação para abastecimento em corpo d’água costeiro pode
ser caracterizada em três diferentes tipos:
- captação de água para abastecimento doméstico quando, após tratamen-
to convencional ou avançado, atende ao consumo dos usos residencial,
comercial, institucional e público;
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Foto 114 - Estação de captação de água da Caesa em água costeira. Município de Macapá - AP
Foto 115 - Transporte de carga e de passageiro por balsas na laguna dos Patos. Município de
São José do Norte - RS
dados não permitiram definir uma classe de uso para determinado polígono
em corpo d'água costeiro.
- Uso diversificado em corpo d’água costeiro (4.2.15): nesta categoria in-
cluem-se os casos em que a informação de campo ou de outras fontes de
dados não permitiu definir uma classe de uso para determinado polígono
em corpo d'água costeiro.
Foto 122 - Uso diversificado em corpo d'água costeiro. Atividades de lazer, esportes náuticos,
pesca, etc. Município de Búzios - RJ
COBERTURA
E USO DA TERRA
Informações Informações
gráficas textuais
Área Padrão
Produção tecnológico
Tipologia
Agricultura
Classificações
Análises
Interpretações
e interpretações
Análises
Mapas
Cartogramas Síntese
Gráficos
Resultados
cartográficos
e analíticos
No que refere aos dados estatísticos, eles deverão ser selecionados e analisados
como indicadores auxiliares que servirão de suporte para a classificação dos
tipos de uso contidos nos padrões homogêneos discriminados na imagem.
Dadas as especificidades, a identificação, localização e caracterização dos
espaços urbanos, industriais, rurais e/ou naturais requerem procedimentos
diferenciados e específicos, discriminados a seguir.
Atividades mineradoras
Atividades agrícolas
Transporte de Carga
Lavra
Transporte de Passageiro
Piscicultura
Receptor de Efluentes
Definição Preliminar
de Classes Temáticas
Segmentação
Classificação automática
ou supervisionada
Informações e Dados de
Edição Matricial
Apoio ao Mapeamento
Transformação em Vetor
e Exportação do mapa
Na Figura 10, mesmo a olho nu, sem uma análise aprofundada das
características radiométricas da imagem, é possível observar a diferenciação
de alguns padrões de imagem que referenciam diferentes coberturas. Vale
destacar que a comparação de dados orbitais de diferentes épocas durante
os procedimentos analíticos representa ganho qualitativo no produto final.
12
Alguns autores descrevem características espectrais de alvos que são de grande utilidade para o mapeamento da Co-
bertura e do Uso da Terra. A Embrapa (www.embrapa.br) apresenta em sua página virtual documento com informações
a partir de alvos sob o Landsat, como os padrões texturais lisos ou rugosos da vegetação, padrões de cores das áreas
com reflorestamento, comenta sobre as semelhanças entre padrões das áreas com cultivos de café e de laranja quando
já apresentam porte arbustivo, ou ainda as tonalidades bastante escuras das áreas alagadas, em função da presença de
grande quantidade de água. Todas estas são informações que podem ser bastante úteis para a interpretação de imagens,
frisando sempre a necessidade de conhecimento mínimo das características espectrais relativas ao tipo de sensor que
se está manipulando.
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Fonte http.www.dgi.inpe.br
Fonte http.www.dgi.inpe.br-Suportemapascenas
Fonte: www.inpe.br
13
Exemplos são : ENVI, Spring, Erdas, PCI, etc.
14
Cada alvo terrestre tem sua própria assinatura espectral; cada alvo absorve ou reflete de modo diferente cada uma das
faixas do espectro da luz incidente.
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Segundo Novo (1989), resolução espectral é "uma medida da largura das faixas espectrais e da sensibilidade do sistema
15
Fonte: Classificação preliminar da Folha SF.23VD-I. Ago. 2002. IBGE/CREN – Gerência de Uso da Terra.
Trabalhos de campo
Os trabalhos de campo visam identificar ou ratificar uma classificação prévia
dos tipos de cobertura e de uso da terra contidos nos padrões de imagem
identificados em gabinete, correlacionar esses padrões de imagem com a
verdade terrestre e coletar dados e informações por intermédio da aplicação
de entrevistas e / ou questionários.
A Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais - CREN mantém suas informações armazenadas em banco
16
Material de apoio
A seleção do material de apoio deve ser feita pela equipe e solicitada ao setor
responsável. Dentre os equipamentos sugere-se:
• Binóculo;
• Caderneta de campo;
• Imagem reproduzida na escala do trabalho, contendo a interpretação pre-
liminar, a grade de coordenadas a cada 10’ e a rede hidrográfica e viária;
• Cartas topográficas;
• Notebook carregado com os dados digitais disponíveis e úteis ao ma-
peamento como: imagem, classificação preliminar, mapas temáticos de
vegetação, solos, geomorfologia, geologia, cartas topográficas, mapas de
rede rodoviária, limites e toponímia municipais, estatísticas de produção
agropecuária, etc.;
• Escalímetro ou régua;
• Cartas temáticas (vegetação, geomorfologia, solos, etc.);
• Máquina fotográfica;
• GPS;
• Informações sobre a área;
• Lista de hotéis para hospedagem; e
• Telefone celular via satélite.
c) sobre lavouras
- observar as áreas ocupadas com lavouras temporárias e permanentes,
mencionando os tipos de culturas existentes; o sistema de cultivo utilizado
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
f) sobre reflorestamentos
- observar os reflorestamentos encontrados, indicando, quando possível, as
espécies plantadas. Sempre que necessário e possível, recorrer a pessoas
do local ou da região para confirmar e/ou complementar as observações.
i) sobre extrativismo
- observar as possíveis espécies extrativas, mencionando o local ou região
onde ocorrem.
n) sobre poluição
- localização de aterros sanitários, cemitérios, áreas de extração mineral,
criatórios de animais domésticos, indústrias, matadouros ou abatedou-
ros, etc.
o) sobre erosão
- identificar o tipo de erosão predominante, se superficial, sulcos ou ravinas.
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
b) Condições ambientais:
- desmatamentos nas margens dos rios e encostas;
- uso agrícola nas margens dos rios, especificando o tipo;
- retilinização de rios (aprofundamento do canal, desbarrancamento das
margens do canal, assoreamento de rios, represas e mananciais);
- ocorrência, localização e tipo de erosão (superficial, sulcos e ravinas);
- presença e frequência de terracetes (trilhas do gado);
- vigor das plantas das lavouras e pastagens, como indicativo de fertilidade do solo;
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Caderneta de campo
Cada técnico poderá ter a sua caderneta de campo para suas anotações. Dessa
forma o levantamento será mais rico ao se somar olhares e sensibilidades
diferentes. Pode-se diversificar a forma de anotar as observações e revezar as
atividades no campo. Dependendo das características da equipe, pode-se optar
por se ter apenas uma caderneta para reunir todas as informações. Neste caso,
cada técnico terá tarefas específicas durante o trajeto, que podem ser revezadas.
Neste caso, a caderneta passa a ser de uso dos técnicos participantes. Isto facilita
a transcrição das informações a partir de apenas um documento. Nela deverão
ser registradas todas as observações pertinentes ao tema e de destaque na
paisagem, ressaltando-se que quanto maior o número de informações obtidas
maiores serão as chances da interpretação técnica se aproximar da realidade.
Relatório de campo
Fases da interpretação
Algumas vezes os trabalhos de campo não são suficientes para cobrir todas
as áreas ou dúvidas predefinidas antes do campo. Nestes casos, a legenda
dispõe de mecanismos para classificar estas áreas como Uso não Identificado.
Legenda de mapeamento
17
Uso consuntivo da água é aquele em que há consumo efetivo da água e seu retorno ao manancial é pequeno ou inexis-
tente; Uso não consuntivo é aquele em que o consumo de água é muito pequeno e ocorre o retorno de água ao manancial.
As Águas Continentais são classificadas em dois ambientes: Ambientes Lênticos: aqueles que não possuem correnteza,
18
não possuem fluxo contínuo, como exemplo: lagos, lagoas, brejo ou pântano; Ambientes Lóticos: que possuem fluxo
contínuo, correnteza, como exemplo: rios e nascentes.
19
II Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro define zona costeira como sendo o espaço geográfico de interação do ar,
do mar e da terra, incluindo seus recursos ambientais e abrangendo a faixa marítima (faixa que dista 12 milhas marítimas
das linhas de base estabelecidas de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, compreendendo
a totalidade do mar territorial), e a faixa terrestre (faixa do continente formada pelos Municípios que sofrem influência
direta dos fenômenos ocorrentes na zona costeira).
����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
Disponível na Intranet da Diretoria de Geociências do IBGE para consulta por qualquer servidor, no endereço: <http://
20
w3.homologacao.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/usodaterra/app_indi/index.shtm>
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
Para as edições de mapas para publicação em escalas menores que 1: 250 000
é necessária uma adequação do conteúdo armazenado no banco de dados, de
forma a se obter uma classificação específica para o caso. Para tal, sugere-se
uma legenda numérica sequencial.
No que se refere à simbologia, este tema já foi tratado nos itens sobre
Atividades mineradoras e Principais usos da água. Essa simbologia pode
ser copiada para o banco de dados de forma a ser inserida no mapeamento,
quando necessário.
Elaboração do relatório
Embora não haja um modelo fechado para estruturar o relatório, sugere-se,
como orientação para a descrição dos usos, a utilização da mesma sequência
hierárquica da classificação. Todas as variáveis apresentadas nesse manual
devem ser consideradas como referência para a caracterização, interpretação e
análise dos processos de ocupação e utilização do espaço. É por intermédio do
relatório que serão feitas todas as considerações importantes que não puderam
ser mapeadas em função da escala de representação, por tal razão, além destes,
outros parâmetros de outras fontes também poderão ser tomados para se
avaliar os processos e os impactos que as formas de ocupação e uso imprimem
no espaço. As análises e correlações entre as tipologias de uso da terra e as
características dos ambientes naturais onde ocorrem (biomas/ecossistemas)
resultam novas paisagens ou espaços produtivos que revelam tanto seu
passado como as transformações ocorridas, permitindo determinar os novos
arranjos e as novas redes de relações que se estabelecem. O Uso daTerra ao ser
colocado nessa interface, configura-se como um estudo de importância ímpar
para subsidiar ações, pois ele representa a própria paisagem. Santos (1988)
afirma que é necessário primeiro reconhecer os elementos que se agrupam
nesses novos espaços para se poder compreender as transformações ocorridas
e que essa compreensão parte da análise das variáveis que o compõem. O
autor acrescenta que as novas relações se ampliaram, estabelecendo-se a
partir de circuitos espaciais da produção.
• Introdução;
• Classes de Mapeamento;
• Águas;
• Outras Áreas;
• Conclusões;
O banco de dados
O Sistema de Informações Geográficas utilizando como principal alicerce
o banco de dados, organiza as informações gráficas – constituídas pelos
polígonos e seus respectivos centroides e simbologias específicas,
georreferenciados à escala do levantamento, pela legenda e por amostragens
georreferenciadas por GPS, entre outras. As informações reunidas no banco
de dados, estruturado conforme o Modelo Entidade Relacionamento - MER
(Figura 18) e georreferenciadas, tornam possível o estabelecimento de relações
entre os atributos e as consultas que forem necessárias.
Ver a página do Centro de Ciências Agroveterinários, da Universidade do Estado de Santa Catarina, no endereço: <http://
21
www.cav.udesc.br>.
Figura 18 - O Modelo Entidade Relacionamento - MER para o Uso da Terra
Nível I (1, N)
Cobertura
(1, 1)
Nível II
Cobertura
e Uso
(1,1) (1,N) (1,N) Complementos
Dados Imagem SCUT
da Legenda (1, 1)
Estatísticos (1, N)
(1,N)
(1,N)
(1,N)
(1,1)
Ponto de
Documentação Operação
(1,N) (1,1) Amostragem
Institucional de Campo
(0,1 )
Manual técnico de uso da terra ________________________________________________________________
(1, 1)
Foto
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SOKOLONSKI, H. H.; DOMINGUES, E. Uma síntese dos estudos do uso da terra no IBGE.
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����������������������������������������������������������������Manual técnico de uso da terra
USO da terra no Estado do Amapá. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. 137 p. Acima do título:
Projeto levantamento e classificação do uso da terra. Relatório técnico. Disponível
em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/usodaterra/>. Acesso
em: dez. 2013.
Diretoria de Geociências
Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais
Celso José Monteiro Filho
Planejamento, coordenação e organização geral da publicação
Ângela Maria Resende Couto Gama
Eloisa Domingues
Equipe técnica de Uso da Terra
Angela Maria Faria de Alcântara Aquino
Ângela Maria Resende Couto Gama
Eloisa Domingues
Fernando Peres Dias
Fernando Yutaka Yamaguchi
Helge Henriette Sokolonski
Joana D’Arc Carmo Arouck Ferreira
José Henrique Vilas Boas (in memoriam)
Lilian de Aguiar Contente
Leonardo Barbosa Gomes
Maria Denise Ribeiro Bacelar
Marilda Bueloni Penna Poubel
Mario Luis Pereira da Silva
Mauricio Zacharias Moreira
Perpétua Maria Carvalho Brandão
Regina Francisca Pereira
Ronaldo do Nascimento Gonçalves
Sonia de Oliveira Gomes
Tânia Regina Santos Ribeiro
Colaboração
Roberto Schmidt de Almeida
Estagiários colaboradores
Elton Hollanda dos Santos
Rafael Cardão Augusto
___________________________________________________________________ Manual técnico de uso da terra
Agradecimentos
Ailton Antonio Baptista de Oliveira
Ana Maria Bustamante Goulart
Projeto Editorial
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
Coordenação de Produção
Marise Maria Ferreira
Gerência de Editoração
Estruturação textual
Katia Vaz Cavalcanti
Leonardo Martins
Diagramação tabular e de gráficos
Maria do Carmo da Costa Cunha
Sebastião Monsores
Copidesque e revisão
Anna Maria dos Santos
Cristina R. C. de Carvalho
Kátia Domingos Vieira
Diagramação textual
Simone Mello
Programação visual da publicação
Luiz Carlos Chagas Teixeira
Tratamento de arquivos e fotos
Simone Mello
Produção de multimídia
Alberto Guedes da Fontoura Neto
Helena Maria Mattos Pontes
LGonzaga
Márcia do Rosário Brauns
Marisa Sigolo
Mônica Pimentel Cinelli Ribeiro
Roberto Cavararo
Gerência de Documentação
Pesquisa e normalização bibliográfica
Ana Raquel Gomes da Silva
Carla de Castro Palmieri (Estagiária)
Elizabeth de Carvalho Faria
Lioara Mandoju
Maria Beatriz Machado Santos Soares (Estagiária)
Maria Socorro da Silva Araújo
Solange de Oliveira Santos
Elaboração de quartas capas
Ana Raquel Gomes da Silva
Gerência de Gráfica
Impressão e acabamento
Maria Alice da Silva Neves Nabuco
Gráfica Digital
Impressão
Ednalva Maia do Monte