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Materiais Compósitos

MATERIAIS COMPÓSITOS

Prof. Jean da Silva Rodrigues


jean.rodrigues@ifpa.edu.br
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

- CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE COMPÓSITOS

- COMPÓSITOS DE MATRIZ METÁLICA

- COMPÓSITOS DE MATRIZ CERÂMICA

- COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA

- COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS COMPÓSITOS

- PROCESSAMENTO DE COMPÓSITOS

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1.0 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1 - Introdução

Inúmeras conquistas tecnológicas recentes,


principalmente as relacionadas com aplicações
relevantes em áreas, tais como aeronáutica,
aeroespacial, automobilística, construção civil, entre
outras, somente se tornaram viáveis após o advento dos
compósitos estruturais.

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1.2 - Definição

Um material composto é formado pela união de dois


materiais de naturezas diferentes, resultando em um
material de performance superior àquela de seus
componentes tomados separadamente.

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1.3 – Constituição dos Compósitos

Os compósitos tem como característica básica


combinar, a nível macroscópico, pelo menos duas fases
distintas, denominadas de matriz e reforço.

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1.3.1 – Funções da Matriz

1) Distribuir e transferir tensões mecânicas para a


fase dispersa;

2) Proteger a superfície da fase dispersa contra os


efeitos do ambiente externo;

3) Dar coesão (agregar) à fase dispersa.

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1.3.2 – Funções da Fase Dispersa

FASE DISPERSA

REFORÇO ENCHIMENTO

Melhorar o desempenho Modificar as propriedades


mecânico da matriz da matriz
VANTAGENS VANTAGENS
- Resistência à tração ; Rigidez ; - Rigidez ; Módulo de Flexão e
Tenacidade ; Estabilidade térmica tração ; Estabilidade térmica e
e dimensional. dimensional ; Aumentar a
condutividade elétrica e térmica .
DESVANTAGENS
- Aumenta o custo e densidade da DESVANTAGENS
matriz; - Aumenta a densidade da matriz;
- Pode causar distorção na peça; - Reduz fluxo do material fundido
- Reduz fluxo do material fundido (dificulta o processamento);
(dificulta o processamento). - Diminui tenacidade.

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1.4 – Classificação dos Compósitos

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1.4 – Classificação dos Compósitos

FIBRAS :
 Unidirecionais
 Bidimensionais
 Tridimensionais

Alguns arranjos típicos


de matriz com reforços

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1.4.2 – Compósitos Reforçados por Fibras (Fibrosos)

São os mais importantes do ponto de vista tecnológico.

 Objetivos
 alta rigidez e/ou resistência em relação ao seu peso
 Resistência específica = limite de resistência à tração / massa
 Módulo específico = módulo de elasticidade / massa

Existe um valor crítico (Lc) para o comprimento da fibra o qual


permite uma melhora efetiva da propriedade mecânica do material =
diâmetro da fibra e da ligação entre a fibra e a matriz.

 se L >> Lc: efetividade no reforçamento;


 se L < Lc: pequeno reforço.

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1.4.2 – Compósitos Reforçados por Fibras (Fibrosos)

As fibras tipicamente usadas em compósitos em matrizes


poliméricas são:
• fibras de vidro,
• carbono,
• boro,
• e mais recentemente fibras de Kevlar e fibras naturais.

FUNÇÃO: as fibras são usadas como agente sustentador de


tensões e visam conferir elevadas propriedades mecânicas aos
compósitos.

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1.4.2 – Compósitos Reforçados por Fibras (Fibrosos)

Compósitos com fibras podem ser divididos em:

Compósitos com fibras contínuas:


• as tensões aplicadas são preferencialmente suportadas pelas fibras;
• a matriz atua como agente de união e transferidor de tensões.

Compósitos com fibras descontínuas:


• não oferecem níveis de reforço similares aos das fibras contínuas;
• apresentam versatilidade de processamento (injeção e extrusão).

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1.4.2 – Compósitos Reforçados por Fibras (Fibrosos)
A orientação e concentração da fibra tem uma influência significativa sobre as
propriedades dos compositos reforçados com fibras

direção
longitudinal

direção
transversal

 alinhamento paralelo ao eixo longitudinal das fibras


 propriedades anisotrópicas
 resistência e reforço máximo na direção do alinhamento (longitudinal) e inexistente na
direção perpendicular (transversal);

 alinhamento aleatório
 utilizado quando a direção das tensões são multidirecionais

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1.4.3 – Compósitos Estruturais

LAMINADOS

SANDUÍCHE

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1.5 – Aplicações de Compósitos

Surgiu inicialmente na indústria aeronáutica devido à


necessidade de diminuição de peso, preservando a robustez dos
componentes estruturais.
Atualmente, muitas peças em materiais compostos podem
ser encontradas nos aviões em substituição aos materiais
metálicos:
• fuselagem,
• spoilers,
• portas externas;
• portas internas, etc.,

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1.5 – Aplicações de Compósitos

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1.5 – Aplicações de Compósitos

Os helicópteros possuem também vários componentes em


material composto: pás da hélice principal, hélice traseira, árvore
de transmissão, fuselagem, etc.

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1.5 – Aplicações de Compósitos

Indústria Automobilística: utilização mais recente.


Teto, capô, cárter de óleo, colunas de direção, árvores de
transmissão, molas laminadas, painéis, etc.,

Vantagens:
além da leveza; maior facilidade para produção de peças de formato
complexo.

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1.5 – Aplicações de Compósitos

Esportes: raquetes de tênis, tacos de golf, pranchas de surf, barcos


de competição, skis, etc

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1.5 – Aplicações de Compósitos

Indústria aeroespacial

Painéis solares de satélites Propulsores

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1.5 – Aplicações de Compósitos

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2.0 – MATRIZES PARA COMPÓSITOS

2.1 – Matrizes Poliméricas

POLÍMERO
PROPRIEDADES
Epóxi Fenólica Poliéster Polipropileno Poliamida

Massa Específica (g/cm³) 1,2 1,3 1,2 0,9 1,1

Módulo de Elasticidade (GPa) 4,5 3,0 4,0 1,2 4,0

Módulo de Cisalhamento (GPa) 1,6 1,1 1,4 - -

Coeficiente de Poisson 0,4 0,4 0,4 - -

Tensão de Rupt. à Tração (MPa) 130 60 80 30 70

Along. na Ruptura (%) 2a6 2,5 2,5 20 a 400 200

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2.1.2 – Matrizes Termoplásticas

Matrizes termoplásticas representam uma


importante alternativa como matriz, devido à
maior tenacidade à fratura, maior resistência ao
impacto e maior tolerância a danos em relação
aos termorrígidos.

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2.2 – Matrizes Cerâmicas

Os materiais cerâmicos são inerentemente


resistentes à oxidação, ataques químicos e à
deteriorização a temperaturas elevadas.

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2.2 – Matrizes Cerâmicas

A tenacidade à fratura das cerâmicas tem


sido melhorada significativamente pelo
desenvolvimento de uma nova geração de
compósitos com matriz cerâmica.

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2.2.2 – Matrizes Cimentícias

As matrizes cimentícias se constituem na mais


importante matriz para a fabricação de compósitos de
matriz cerâmica utilizadas atualmente.

Parte desta importância se deve ao enorme


sucesso alcançado pelo concreto e o concreto armado
na indústria da construção civil.

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2.2.2 – Matrizes Cimentícias

Diversas fibras lignocelulólicas tem


sido estudadas como reforço em
compósitos de matrizes cimentícias.
Dentre as mais usadas está a fibra de
sisal. As figuras mostram corpos de
prova reforçados por fibras de sisal
ensaiados em flexão.

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2.2.2 – Matrizes Cimentícias

ENSAIO DE FLEXÃO DOS CORPOS DE


PROVA COM E SEM FIBRA DE SISAL

Diagrama carga x Deslocamento do corpo de


prova com fibra.

Diagrama carga x Deslocamento do Fonte: PASSOS; LOBO; VENTURA; FUJIYAMA (2006).


corpo de prova sem fibra.

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2.2.2 – Matrizes Cimentícias

ENSAIOS DE FLEXÃO SEM PRÉ-ENTALHE X COM PRÉ-ENTALHE


N

313,82

R= 3,00mm
235,36

156,91

78,45

8,16 16,31 mm
24,47 32,63 40,79

Diagrama carga x deslocamento do corpo de Diagrama de carga x deslocamento típico de matriz


prova com fibra. cimentícia reforçada com fibra sisal curta com entalhe.

Materiais Compósitos Fonte: PASSOS; LOBO; VENTURA; FUJIYAMA (2006).


2.3 – Matrizes Metálicas

Os compósitos de matriz metálica podem


ser obtidos com reforço de fibras contínuas e
pela utilização de reforços particulados.

Estes últimos apresentam significativas


vantagens, pelo fato de que o custo de
manufatura desse tipo de compósitos é reduzido
e podem ser utilizados os processos
metalúrgicos convencionais como fundição e
metalurgia do pó.

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS

Fonte: CASARIL, A. Análise micromecânica dos compósitos com fibras curtas e partículas.
Monografia. UFSC, 2004.

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS
3.1 – Fibras de Vidro

Propriedades dos tipos de fibra de vidro utilizadas


como reforço em compósitos.
Tipo de Fibra Cerâmica Vidro E Vidro S Vidro AR
Massa específica (g/cm³) 2,54 2,55 2,70
Módulo de Elasticidade (GPa) 70 86 75
Resistência à tração (GPa) 2,40 2,80 1,70
Módulo específico (Mm) 27 34 34
Preço (U$/kg) 1,65 – 2,20 13,0 – 17,5 -

Fonte: Levy Neto, F. Pardini, L. C. Compósitos Estruturais – Ciência e tecnologia. Editora Edgard
Blucher, 1 ed. (2006), 313 p.

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS

3.1 – Fibras de Vidro

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS

3.2 – Fibras de Aramida (Kevlar)

É o nome genérico das fibras de poliamida


aromática. Elas surgiram no comércio em 1972,
apresentadas pela Du Pont®, com o nome
comercial de KEVLAR®. Hoje existem dois tipos
comercializados desse produto:
-O Kevlar 29®;
- O Kevlar 49® .

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS

3.2 – Fibras de Aramida (Kevlar)

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS

3.3 – Fibras de Carbono

Compósitos poliméricos reforçados com


fibras de carbono, por exemplo, de resina epóxi,
são caracterizados pelo fato de apresentarem
uma combinação de baixo peso, resistência
mecânica muito elevada e elevada rigidez
(módulo de elasticidade).

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS

3.3 – Fibras de Carbono

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3.0 – REFORÇOS PARA COMPÓSITOS

3.4 – Fibras de Boro

A fibra de Boro foi desenvolvida nos


Estados Unidos usando técnicas de deposição
química de vapores pelas quais o Boro é
depositado sobre um filamento de Tungsténio
muito fino, o processo é contudo muito
dispendioso.

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3.6 – Reforços de Fibras Naturais

O uso de fibras naturais em compósitos


envolve atualmente aspectos ambientais, sociais e
econômicos.
De forma sucinta, podemos enumerar as
principais vantagens naturais, que são as seguintes:

-Baixa massa específica;


-Maciez e abrasividade reduzida;
-Recicláveis, não-tóxicas e biodegradáveis;
-Baixo custo;
-Estimulam empregos na zona rural;
-Baixo consumo de energia na produção.

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3.6 – Reforços de Fibras Naturais
Fonte Fibra Diâmetr M. Res. Tração Módulo de Along.
o Específic (média) Elasticidad (%)
médio a (g/cm³) (MPa) e (GPa)
(µm)
SOYKEABKAEW;
SUPAPHOL; RUJIRAVANIT, Juta 69,60 0,268 425,40 - 1,9
(2004)
SOYKEABKAEW;
SUPAPHOL; RUJIRAVANIT, Linho 210,30 0,294 663,00 - 5,0
(2004)
OKUBO; FUJII; YAMAMOTO,
Bambu 106 - 441,00 35,90 1,3
(2004)
SHIBATA; CAO; FUKUMOTO,
Kenaf 140 0,749 223,00 14,49 -
(2005)
SHIBATA; CAO; FUKUMOTO, Bagaço
394 0,344 89,00 4,52 -
(2005) de Cana
TORRES; CUBILLAS, (2005) Sisal 223,53 - 234,30 - -
IDICULA et al., (2006) Banana 120 1,35 550 20 5-6
IDICULA et al., (2006) Abacaxi 50 1,526 413 - 3-4
WAMBUA; IVENS;
Algodão - 1,51 400 12 3-10
VERPOEST, (2003)
IDICULA et al., (2006) Vidro 15 2,54 2500 64 3

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4.0 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO COMPÓSITOS

Os métodos de processamento podem ser:

-Manuais;

-Automatizados.

A moldagem pode ser efetuada em:


- Macho
-Molde aberto
- Fêmea

-Molde fechado Macho e fêmea

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4.0 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO COMPÓSITOS

Pode-se classificar o processamento de


compósitos basicamente de duas maneiras:

- polimérica

-Pelo tipo de matriz - cerâmica


- metálica

- Processamento via fase líquida

-Pelo tipo de processo - Processamento via fase gasosa


- Proc. via fase de partícula sólida

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4.1 – Processamento de Compósitos com Matriz
Polimérica

Os processos de fabricação correspondem,


em média, a 50 – 60% do custo total de um
compósito, e por esse motivo é um assunto que
demanda significativa atenção da comunidade
industrial e científica.

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4.1.1 – Tecnologia de Pré-impregnados

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4.1.2 – Moldagem Manual (hand lay-up)
O processo de moldagem manual dá origem a
compósitos com fração volumétrica de reforço menor
que 40% e vazios de cerca de 15%.

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4.1.2 – Moldagem Manual (hand lay-up)

Uma alternativa ao uso de desmoldantes são


os moldes de superfície antiaderente, como o
silicone.

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4.1.3 – Moldagem por Projeção Simultânea (spray up)

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4.1.4 – Moldagem à Vácuo (vacuum bag)
Pode-se obter compósitos com frações
volumétricas de fibra até 50% e frações
volumétricas de vazios inferiores a 5%.

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4.1.5 – Moldagem por compressão

O processo de moldagem
por compressão
envolvendo termoplásticos,
permite ciclos rápidos de
processamento (1 a 5 min.)
e consequentemente leva a
altos volumes de produção.

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4.1.6 – Moldagem por Centrifugação
Dentro do molde em rotação é injetado as fibras
cortadas juntamente com a resina.

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4.1.7 – Moldagem por Bobinamento Helicoidal

As fibras são depositadas em um mandril rotativo


com um ângulo de deposição em relação ao eixo de
rotação.

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4.1.8 – Moldagem por Bobinamento Circunferencial
As fibras são depositadas em um mandril
rotativo, com um ângulo de deposição de 90o em
relação ao eixo de rotação.

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4.1.9 – Moldagem por Bobinamento Polar
Resiste preferencialmente a esforços
longitudinais.

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4.1.10 – Moldagem por Pultrusão

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4.1.11 – Moldagem por Transferência de Resina (RTM)

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4.1.12 – Moldagem por Infusão

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4.1.12 – Moldagem por Infusão

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS

As propriedades elásticas dos materiais são características


mecânicas essenciais para a análise de tensões e o
projeto de componentes estruturais.

Em particular, compósitos poliméricos apresentam


comportamento linear e elástico praticamente até atingirem
a tensão de falha.

(Levy Neto e Pardini, 2006)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
Em compósitos fibrosos, as propriedades são dependentes da direção
de solicitação.
100% de Resistência

Diminui p/ aprox.: 62.5%

Diminui p/ aprox.: 37.5%

Diminui p/ aprox.: 25%


Diminui p/ aprox.:15%
Diminui p/ aprox.:12.5%
Diminui p/ aprox.:10%

Fonte: Madsen (2004)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS

5.1 – Compósitos com Reforço Fibroso Solicitados na Direção


Longitudinal das Fibras
Hipóteses Simplificadoras:

- Considerando a matriz:
- homogênea;
- de comportamento linear e elástico;
- Isotrópica;

- Considerando as fibras:
- homogêneas, linear-elásticas e isotrópicas;
- perfeitamente alinhadas;
- igualmente espaçadas entre si;

- Considerando o compósito:
- uma lâmina (fina camada);
- com nível de porosidade desprezível;
- na condição de isodeformação.

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS

5.1 – Compósitos com Reforço Fibroso Solicitados na Direção


Longitudinal das Fibras

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS

5.1 – Compósitos com Reforço Fibroso Solicitados na Direção


Longitudinal das Fibras

Equação conhecida como REGRA DAS MISTURAS ou ROM (Rule of Mixtures)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS

5.2 – Compósitos com Reforço Fibroso Solicitados na Direção


Transversal às Fibras

REGRA DAS MISTURAS INVERSA ou IROM (Inverse Rule of Mixtures)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS

5.3 – Análise Comparativa

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS

5.4 – Compósitos com Reforço Particulado

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.4 – Compósitos com Reforço Particulado

(MITAL et al., 1996)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência de Compósitos com Fibras Contínuas
Unidirecionais
a) Compósito Solicitado na direção do alinhamento da fibra

Materiais Compósitos
5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência de Compósitos com Fibras Contínuas
Unidirecionais
a) Compósito Solicitado na direção do alinhamento da fibra

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais
a) Compósito Solicitado na direção do alinhamento da fibra

(Harris, 1999)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais
a) Compósito Solicitado na direção do alinhamento da fibra
325
300 Fibra de Curauá
Matriz de Poliéster
275 Vf=0,38
250
225 Calcule a
200 resistência
Tensão (MPa)

175 aproximada
150 do compósito.
125
100
75
50
25
0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
Deformação (mm/mm)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais
a) Compósito Solicitado na direção do alinhamento da fibra
325
300 Fibra Curauá
Compósito Poliéster+Curauá Alinhado
275 Matriz de Poliéster
250
225
200
Tensão (MPa)

175
150
125
100
Vf= 0,38
75
50
25
0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
Deformação (mm/mm)
Materiais Compósitos
5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais
a) Compósito Solicitado na direção do alinhamento da fibra

Calcule a rigidez longitudinal e transversal (E1 e E2) de uma lâmina


epoxi-fibra de vidro-E para uma fração volumétrica de fibra de Vf=0,7,
usando as propriedades de fibra da Tabela 1 e as da matriz como
mostrado abaixo.

Epoxi 6.0 90

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais

b) Compósito Solicitado na direção transversal do alinhamento da fibra

Materiais Compósitos
5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais

b) Compósito Solicitado na direção transversal do alinhamento da fibra

Materiais Compósitos (Hull, 1996)


5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais
b) Compósito Solicitado na direção transversal do alinhamento da fibra

- Máxima fração de fibra (empacotamento) em arranjo retangular

Materiais Compósitos
5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.6 – Resistência de Compósitos Dependentes da Orientação

b) Compósito Solicitado na direção transversal do alinhamento da fibra


- Máxima fração de fibra (empacotamento) em arranjo triangular

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.5 – Resistência Compósitos Fibras Contínuas Unidirecionais
b) Compósito Solicitado na direção transversal do alinhamento da fibra
L s
s

d
(Kies, 1964)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.6 – Resistência de Compósitos Dependentes da Orientação

Materiais Compósitos
5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.6 – Resistência de Compósitos Dependentes da Orientação

- Considerando inicialmente um ângulo pequeno entre as fibras e a


direção longitudinal do compósito:

(Stowell e Liu, 1961)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.6 – Resistência de Compósitos Dependentes da Orientação

- Considerando um ângulo grande entre as fibras e a direção


longitudinal do compósito:

(Stowell e Liu, 1961)

Materiais Compósitos
5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.7 – A Regra das Misturas Modificada

(AL-QURESHI e STAEL, 1997)

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.7 – A Regra das Misturas Modificada
Tabela 5: Eficiência do reforço das fibras no compósito para alguns
ângulos de orientação de fibra em relação à direção do carregamento
(CASARIL et al., 2007).
Eficiência do Reforço
Orientação da Fibra Direção da Aplicação da Carga
(β)
Paralela às fibras 1
Todas as fibras paralelas
Perpendicular às fibras 0
Metade das fibras paralelas e
Bidirecionais (Tecidos) 1/2
metade perpendiculares
Fibras distribuídas uniforme e Qualquer direção no plano das
3/8
aleatoriamente num plano específico fibras
Fibras distribuídas uniforme e
Qualquer direção 1/5
aleatoriamente num espaço tridimensional

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.8 – A Regra das Misturas Modificada de Madsen

(MADSEN et al., 2009)

0 - fator de eficiência da orientação da fibra;


l - fator de eficiência do comprimento da fibra;
Vv – fração volumétrica de vazios.

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5.0 – ANÁLISE MICROMECÂNICA DE COMPÓSITOS
5.9 – A Regra das Misturas para Reforços na Forma de Fios

(SHAH et al., 2013)

 - ângulo de torção superficial do fio;


l - fator de eficiência do comprimento e interface da fibra/matriz;
d - fator de eficiência da distribuição e orientação do reforço;
Vv – fração volumétrica de vazios.

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6.0 – REFERÊNCIAS
LEVY NETO, F.; PARDINI, L. C. Compósitos estruturais: ciência e
tecnologia. São Paulo: Edgar Blucher, 2006.

MADSEN, B. Properties of plant fibre yarn polymer composites – An


experimental study. 218 p. Tese (Danish Ph. D.) – Technical University
of Denmark, Denmark, 2004.

MADSEN, B.; THYGESEN, A.; LILHOLT, H. Plant fibre composites –


porosity and stiffness. Composites Science and Technology, n. 69, p.
1057-1069, 2009.

MITAL, S. K.; MURTHY, P. L. N.; GOLDBERG, R. K. Micromechanics


for particulate reinforced composites. NASA Technical Memorandum
107276, 1996.

HARRIS, B. Engineering Composites Materials. The Institute of


Materials, 1999.
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6.0 – REFERÊNCIAS

SHAH, D. U.; SCHUBEL, P. J.; CLIFFORD, M. J. Modelling the effect


of yarn twist on the tensile strength of unidirectional plant fibre
yarn composites. Journal of Composite Materials, n. 47, p. 425-436,
2013.

AL-QURESHI, H. A.; STAEL, G. C. Modified rule of mixture for


natural fiber composites. In: 16th Canadian Congress of Applied
Mechanics - CANCAM-97, 1997, Laval. Anais… Laval, 1997.

CALLISTER JÚNIOR, W. D. Ciência e engenharia de materiais - uma


introdução. Utah: LTC, 2002. 602 p.

CASARIL, A.; GOMES, E. R.; SOARES, M. R.; FREDEL, M. C.; AL-


QURESHI, H. A. Análise micromecânica dos compósitos com
fibras curtas e partículas. Revista Matéria, v. 12, n. 2, p. 408-419,
2007.

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