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2005
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 2
Sumário
Capítulo 1 ............................................. 3
Capítulo 2 ............................................. 9
Capítulo 3 ............................................. 16
Capítulo 4 ............................................. 23
Capítulo 5 ............................................. 27
Capítulo 6 ............................................. 35
Capítulo 7 ............................................. 42
Capítulo 8 ............................................. 50
Capítulo 9 ............................................. 57
Capítulo 10 ........................................... 69
Bibliografia ........................................... 77
Anexos .................................................. 78
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 3
Capítulo 1
Introdução
Definição de Fluido
Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão
de cisalhamento, não importando o quão pequena seja essa força. Por exemplo: Uma substância é
colocada entre duas placas, sendo uma delas fixas. Aplicando-se uma força F na placa superior, que
exerce uma tensão de cisalhamento (valor limite da relação da força de cisalhamento – componente
tangencial da força que age sobre uma superfície - e a área quando essa tende a um ponto) F na
A
substância.
Sendo A a área da placa superior, quando a força F movimenta a placa com velocidade ¹
zero e constante, conclui-se que a substância entre as duas placas é um fluido.
Supondo que não ocorra escorregamento, o fluido em contato com a placa possui a mesma
velocidade que a placa. O fluido de área ab escoa para a nova posição ab’ com cada partícula
movendo-se paralelamente à placa com velocidade u variando linearmente de O a U.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 4
du
t =m (0.3)
dy
m é a chamada viscosidade do fluido e a equação (0.3) é a Lei de Newton da Viscosidade.
Nota: Outros materiais, não fluidos, podem satisfazer a definição de fluido. Uma substância
plástica funciona como um fluido, mas não abaixo de sua tensão de escoamento. Por exemplo: o
vácuo entre as placas provoca uma deformação com velocidade crescente; a areia entre as placas,
devido ao atrito de Coulomb, exige uma força finita para causar um movimento contínuo.
Lembretes
Unidades
m ft
· Força: N = kg 2
; lbf = slug 2 ;
s s
· Massa: kg ; slug ;
· Comprimento: m ; ft ; in ;
· Tempo: s .
Massa ¹ Peso
A massa não muda com a localidade, mas seu peso P sim, pois:
P = m× g (0.4)
g é a aceleração da gravidade.
Viscosidade
t é s ù
m= êë N m 2 úû (0.5)
du
dy
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 6
Viscosidade Cinemática
m é m2 ù
u= ê s ú (0.6)
r ë û
O Contínuo
Considera-se um contínuo, um ponto cuja velocidade seja igual a média das velocidades de
todas as moléculas existentes em torno do ponto.
m é kg ù
· Massa Específica [ r ] , é a massa por unidade de volume. r = .
V êë m3 úû
1 é m3 ù
· Volume Específico [Vs ] , é o inverso da massa específica. Vs = .
r êë kg úû
éNù
· Peso Específico [g ] , é o peso por unidade de volume. g = r g ê 3 ú .
ëm û
· Densidade [ d ] , é a relação entre o seu peso e o peso de um igual volume de água, ou entre a
massa específica do fluido com a massa específica da água, ou para no caso de gases o ar.
r r gás r rlíquido
d gás = gás = ou d líquido = líquido = .
rar 1, 205 kg / m 3
r água 998 kg / m3
· A pressão média é a força normal agindo sobre uma superfície plana, dividida pela área da
superfície. A pressão em um ponto é a relação entre a força normal e a área quando essa
tende a um valor limite sempre contendo o ponto. A pressão (P) possui unidade de
N / m 2 = Pa , lbf / ft 2 = psf , lbf / in 2 = psi .
Gás Perfeito
pVs = RT (0.7)
e tem calor específico constante.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 7
p = r RT (0.8)
Dp - ( 2 - 1) MN / m
2
K=- = = 200 MPa
DV ( 0,995 - 1,0 )
V 1, 0
Pressão de Vapor
Os líquidos evaporam por causa do escape de moléculas de sua superfície livre e essas
exercem uma pressão parcial no espaço, conhecida como pressão de vapor.
Tensão Superficial
Capilaridade
pela unidade de comprimento de película em equilíbrio) é calculada em função das forças que atuam
sobre um corpo.
2s
pp r 2 = 2p rs Þ p = (0.10)
r
Em casos de tubos:
s
p= (0.11)
r
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 9
Capítulo 2
Embora não caracterize um fenômeno de transporte, a estática dos fluidos é a base para os
manômetros de coluna de fluidos, um dos instrumentos mais importantes nos laboratórios e na
pesquisa envolvendo fluidos. Cabe lembrar que como não há movimento de uma camada de fluido
em relação a outra adjacente, não haverá desenvolvimento de Tensões de cisalhamento no fluido.
Assim, em todos os casos estudados em estática dos fluidos, têm-se apenas forças normais de
pressão.
Pressão em um Ponto
A pressão média é calculada dividindo-se a força normal que age contra uma superfície plana
pela área desta. A pressão em um ponto é o limite da relação entre a força normal e a área quando
essa tende a zero. Isso significa que num elemento d A , submerso num fluido em repouso e que
pode girar livremente em torno do centro, agirá uma força de intensidade constante em cada lado,
independentemente de sua orientação.
Sendo: Px , y , s a pressão média nas faces; g o peso específico do fluido; r a massa específica do
fluido e a x , y as acelerações.
Como não há movimento, t = 0 , só existem as forças normais e o peso, logo:
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 10
d xd y
åF x = 0 = pxd y - psd s sen q =
2
r ax = 0 (2.1)
d xd y d xd y
å Fy = 0 = pyd x - psd s sen q - g 2 = 2 r a y = 0 (2.2)
logo:
p xd y - psd y = 0
d xd y (2.4)
p y d x - p sd x - g
=0
2
d xd y pode ser desprezado, pois é muito pequeno sendo um infinitésimo de ordem superior.
Equação Fundamental
¶p
åF x =-
¶x
d xd yd z e (2.6)
¶p
å Fz = - ¶z d xd yd z (2.7)
em y:
¶p
åF y =-
¶y
d xd yd z - gd xd yd z (2.8)
Que é a equação utilizada para deduzir as equações de Euler e para estudar o equilíbrio
relativo.
Na forma de componentes a equação (2.12) fica:
¶p ¶p ¶p
= 0, = -g e =0 (2.14)
¶x ¶y ¶z
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 12
As derivadas parciais nas direções horizontais são uma forma da lei de Pascal que afirma ser
a mesma pressão em dois pontos no mesmo nível de uma massa contínua par um fluido em repouso.
Como p é função só de y:
dp = -g dy (2.15)
Continuando...
Para o caso da variação em um fluido compressível, que seria o caso de um gás perfeito em
repouso e com temperatura constante:
p p0
= (2.17)
r r0
pois, p = r RT .
Como g = r g e se eliminarmos r das equações (2.12) e (2.15), logo:
- p0 dp
dy = (2.18)
g r0 p
se p = p0 quando r = r0 , integrando:
y - p0 p dp p æ pö
ò y0
dy =
g r0 ò p0 p
= y - y0 = - 0 ln ç ÷
g r0 è p0 ø
(2.19)
Isolando p:
æ ö
ç y- y ÷
ç- 0 ÷
ç p0 ÷
ç gr ÷
p = p0e è 0 ø
(2.20)
Que é a equação da variação da pressão com a cota num gás à temperatura constante.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 13
A pressão medida pode ser maior ou menor que a pressão atmosférica local, dando-se uma
denominação para cada caso.
Manométrica
Figura a Figura b
Por exemplo, para o tubo U, a pressão sobre o menisco (interface entre fluidos) em B é igual
à pressão no tanque mais a pressão que resulta no peso da coluna de fluido de altura hi.
Como no menisco B e C estão na mesma altitude e são ligados por um fluido comum, a
pressão é a mesma. Já em A, a pressão é a atmosférica. Pelo raciocínio e pela equação hidrostática, a
pressão em qualquer ponto no manômetro pode ser escrita:
p A = patm
pB = p A + g ' h = pC (2.21)
pD = patm + g ' h - g z
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Solução:
pA + 1.000 x 0,25 – 13.600 x 0,075 + 800 x 0,10 – 13.600 x 0,125 – 1.000 x 0,20 = pB
pA + 250 – 1.020 + 80 – 1700 – 200 = pB
pA – 2.590 = pB \ pA – pB = 2.590 kgf/m2
2 - O manômetro metálico da figura assinala uma pressão de – 508 mmHg. Sabendo-se que
as superfícies d´água, nos dois reservatórios, encontram-se à mesma cota, calcular o
desnível que apresenta o mercúrio no manômetro diferencial.
Resp.: h = 0,548 m
Resolução:
Capítulo 3
Nos itens anteriores foram feitas considerações sobre as variações da pressão no interior de
um fluido. A distribuição das forças resultantes da ação do fluido, numa superfície de área finita,
pode ser substituída por uma força resultante conveniente na medida em que estejamos interessados
apenas nas reações externas. Supõe-se que a superfície não possua espessura e, portanto, nem altura
e peso, logo, ela permanecerá em equilíbrio estático, pois as forças sobre lados opostos são iguais e
opostas.
Superfícies Planas
Observa-se a figura:
Deseja-se conhecer a força hidrostática resultante F sobre o plano inclinado. A força é igual
e oposta sobre o topo e a base. Assim, as situações hidrostáticas equivalentes são:
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 17
Estendendo o plano até a superfície livre onde a largura dy está a uma profundidade
uniforme. Logo a força infinitesimal exercida sobre o elemento é:
dF = pdA (3.1)
dF = g hdA = g ysenq dA (3.2)
Integrando:
F = g senq ò ydA = g senq yA = g hA (3.3)
A
F = pA (3.4)
O resultado da equação (3.4) sugere que se pode imaginar a pressão no centróide estendendo-
se sobre a área inteira. Imaginando-se uma placa horizontal, resulta em:
Se girarmos a placa, o prisma de pressões torna-se trapezoidal, porém a força resultante não
se altera desde que o centróide permaneça na mesma profundidade.
Ixx
ycp = y + (3.8)
Ay
Ixx é o momento de inércia em relação ao eixo x do plano do centróide. Como Ixx > 0 o cp está
Ixx
sempre abaixo do centróide de uma quantidade igual a . Para o centro de pressões na direção x,
Ay
iguala-se o momento em torno de y como o correspondente momento da distribuição de pressões:
Fxcp = ò xpdA = g senq ò xydA (3.9)
A A
Ixh
xcp = x + (3.12)
Ay
Ixh é o produto de inércia em torno dos eixos x e h do plano do centróide. Quando qualquer um
dos eixos do centróide for um eixo de simetria da superfície, Ixh = 0 e x = x . Como Ixh pode ser
positivo ou negativo, o cp pode estar situado em qualquer um dos lados da linha x = x .
F = g ò hdA = g V (3.13)
Sendo V o volume de fluido acima da superfície. Ou seja, a força vertical é simplesmente o peso do
fluido situado acima da superfície mais a força devida à pressão atmosférica na interface fluida.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 19
Superfícies Curvas
O elemento de área dA pode ser projetado em três planos ortogonais, tomando-se os produtos
r r r r
escalares de dA com os vetores unitários i , j e k . As áreas projetadas são iguais sobre qualquer
plano paralelo aos respectivos planos principais.
Considerando o volume do fluido limitado pelo plano yz, pela superfície submersa e pelos
r r
elementos formados pelas projeções de dA × i . Para haver equilíbrio, a força horizontal sobre o
r r
elemento negativo de x atuando na superfície. Como dAx = dA × i :
Assim, a força horizontal em qualquer direção pode ser determinada, ou seja: a força
horizontal em qualquer superfície curva é a soma vetorial da forças sobre duas áreas projetadas me
planos ortogonais.
A força vertical é análoga à força em elementos planos, ou seja: a força vertical sobre
qualquer superfície curva é igual ao peso do fluido, real ou imaginário, acima da superfície.
Para a força horizontal: calcula-se como se fosse superfície plana, aplicando a equação:
F = g .h. A
Sendo A a área do plano que passa pelos pontos ab (normal à folha).
E a força vertical: é numericamente igual ao peso do líquido no volume abc, ou W = g.Vabc
Exercícios:
1 - Numa barragem de concreto está instalada uma comporta circular de ferro fundido com 0,20 m
de raio, à profundidade indicada (figura). Determinar o empuxo que atua na comporta (utilizar
sistema MKS*).
Solução:
F = g. h .A
g = 1.000 kgf/m3
h = 4,20 m
A = pR2 = p x 0,20 2 = 0,1257 m2
F = 1.000 x 4,20 x 0,1257 \ F = 528 kgf
2 - Uma caixa d´água de 800 litros mede 1,00 x 1,00 x 0,80 m. Determinar o empuxo que atua em
uma de suas paredes laterais e o seu ponto de aplicação (utilizar sistema MKS – ou seja: kgf, m, s).
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 21
Solução:
F = g. h .A
g = 1.000 kgf/m3
h = 0,40 m
A = 0,80 x 1,00 = 0,80 m2
F = 1.000 x 0,40 x 0,80 \ F = 320 kgf
Centro de pressão:
I0
yP = y +
A× y
b × d 3 1,00 ´ 0,8 3
I0 = = = 0,043 m 4
12 12
0,043
y P = 0,4 + \ yP = 0,534 m
0,8 ´ 0,4
3 - Calcular os módulos e as linhas de ação das componentes do empuxo que age sobre a comporta
cilíndrica da figura, de 3,28 m de comprimento (utilizar sistema MKS).
Solução:
EH = g. h .A
g = 1.000 kgf/m3
1,96
h= = 0,98 m
2
A = 1,96 x 3,28 = 6,43 m2
EH = 1.000 x 0,98 x 6,43 \ EH = 6.300 kgf
EV = g.V
V =
1
4
( 1
) ( )
pR 2 L = p ´ 1,96 2 ´ 3,28 = 9,896 m 3
4
EV = 1.000 x 9,896 \ EV = 9.896 kgf
åM 0 =0
4 - A superfície mostrada, com dobradiça ao longo de A, tem 5 m de largura (w=5 m). Determinar a
força resultante F da água sobre a superfície inclinada, o ponto de sua aplicação e o esforço na
dobradiça (utilizar SI).
Solução:
F = g. h .A
g = 9.800 N/m3
1 1
h = 2,00 + ´ 4,00 ´ sen 300 = 2,00 + ´ 4,00 ´ 0,5 = 3,00 m
2 2
A = 4,00 x 5,00 = 20,00 m2
F = 9.800 x 3,00 x 20,00 \ F = 588.000 ou 588 kN
åM O =0 O
F x 1,78 = FA x 4,00
588 x 1,78 = FA x 4,00 Þ FA = 262 kN
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 23
Capítulo 4
Empuxo
A força de empuxo sobre um corpo ( FB ) que está submerso ou flutuando num fluido
estático é a força vertical total que resulta da distribuição de pressões exercidas pelo fluido sobre o
corpo.
A força resultante sobre a superfície inferior BCD é o peso do fluido acima dessa,
englobando por ABCDEA. Analogamente, a força resultante sobre a superfície superior é o peso do
fluido englobado por ABC’DEA. Uma vez que o empuxo é a força vertical total, então:
g ò xdV = g Vx (4.4)
V
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 24
1
Vò
x= xdV (4.5)
Assim, alinha de ação da força de empuxo passa pelo centróide do volume do fluido
deslocado.
Estabilidade
Um corpo que flutua num líquido pode não aceitar a posição em que esteja flutuando. Nesse
caso, ele irá virar na primeira oportunidade, sendo considerado estaticamente instável.
Em engenharia deve-se prever a instabilidade e a única maneira de dizer com certeza que
uma posição é estável consiste em “perturbar” o corpo com uma quantidade matematicamente
pequena e ver se ele desenvolve um momento restaurador. Normalmente, se um corpo for pesado
demais para flutuar, submergirá, afundando até pousar no fundo. Embora o peso específico cresça
pouco com a profundidade, as maiores pressões tendem a causar uma compressão no corpo, de
forma que o empuxo diminui.
Qualquer objeto flutuante cujo c.g. estiver abaixo do centro de carena (centro de gravidade
do volume deslocado) flutua em equilíbrio estável.
Exemplo: Uma barcaça tem uma seção transversal retangular uniforme de 20 m de largura, 60 m de
comprimento e peso bruto de 450 kN. Oc.g. está a 1 m acima da linha d’água. Determine a altura
metacêntrica e o conjugado restaurador quando Dy = 1m .
O c.g. na posição inclinada é localizada pelo cálculo dos momentos em relação a AB e BC.
1 20
5 × 20 ×10 + 2 × 20 × ×
x= 2 3 = 9, 46 m
6 × 20
5 1 2
5 × 20 × + 2 × 20 × × 5 ×
y= 2 2 3 = 3, 03m
6 × 20
Dy B ' P
=
b MP
2
b
Dy = 1 ; = 10 ; B ' P = 10 - 9, 46 = 0,54 m
2
0,54 ×10
MP = = 5, 4 m
1
O c.g. está a 7 m do fundo, logo:
1
Peso × MG × senq = 450.000 ×1, 43 × = 64.000 Nm
101
Capítulo 5
Escoamento de Fluidos
Características e Definições
du
t =m (5.1)
dy
du
t =h (5.2)
dy
du
t = ( m +h ) (5.3)
dy
¶p ¶T
= 0, = 0, etc...
¶t ¶t
® Em escoamentos turbulentos considera-se a média em um determinado tempo.
Equações Básicas
Volume de Controle
Refere-se a uma situação do espaço e é útil na análise de situações nas quais haja escoamento
através desta região. A fronteira do volume de controle é chamada de superfície de controle. Sua
forma e tamanho são arbitrários. Seu conceito é utilizado na dedução das equações da continuidade,
da quantidade de movimento, da energia e outras.
Independente da natureza, todos os escoamentos estão sujeitos às seguintes relações:
1 – Lei de Newton do movimento.
2 – Equação da continuidade ( lei da conservação da massa).
3 – Primeira e Segunda lei da termodinâmica.
4 – Condições de contorno.
Conservação da Massa
dM
=0 (5.4)
dt sistema
Sendo:
M sistema = ò dm = ò r dV (5.5)
M sistema Vsistema
ou
¶
¶t òVcontrole
0= r dV + ò r v × dA (5.6)
Superfíciecontrole
O calor QH fornecido ao sistema, menos o trabalho W realizado pelo sistema depende dos
estados inicial e final, cuja diferença é uma propriedade do sistema, que é a energia E.
QH - W = E2 - E1 (5.9)
ou
d Q - d W = dE (5.10)
dE ¶ r
=
dt ¶t ò
Vcontrole
r e dV + ò
Superfíciecontrole
r e v × dA (5.11)
O trabalho pode ser dividido em trabalho aplicado pelas forças de pressão nas partes móveis
da fronteira Wpr e o trabalho Wt das tensões de cisalhamento.
logo:
d QH d Wt ¶ æp ö r
- = ò r e dV + ò ç + e ÷ r v × dA (5.13)
dt dt ¶t Vcontrole Superfíciecontrole r
è ø
Lembrando...
E potencial = mgz (5.15)
2
mv
Ecinética = (5.16)
2
Equação da Continuidade
¶
Como o escoamento é permanente = 0 , logo:
¶t
òSuperfíciecontrole
r v × dA = 0 (5.17)
Que significa fluxo total de massa no Volume de Controle deve ser nulo.
Logo na seção 1:
r r
r1v1 × dA1 = - r1v1dA1 (5.18)
Na seção 2:
r r
r2 v2 × dA2 = r2 v2 dA2 (5.19)
Assim:
r1v1dA1 = r 2 v2 dA2 que é a equação da continuidade para duas seções de um tubo corrente num
escoamento permanente.
Sendo v1 e v2 a representação das velocidades médias nas seções transversais e m& a vazão
em massa.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 32
1
Aò
Se v = v dA , chamando de Q a vazão Q = A.v , a equação da continuidade pode ser
escrita como:
m& = r1Q1 = r2Q2 (5.21)
Exemplo:
v1 = 3 m / s
f1 = 2 m
f1 = 3 m / s
Q2 = ?
v2 = ?
Q = v1 A1 = 3p = 9, 42 m3 / s
Q 9, 42
v2 = = = 1,33 m / s
A2 p 1,52
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 33
Agora,
Se considerar o fluxo através das duas faces normais a x, na saída o fluxo é dado por:
æ ¶ ( ru ) d x ö
ç ru + ÷ d yd z (5.23)
è ¶x 2 ø
Na equação r udydz é o fluxo de massa através da face que passa pelo centro. Já a segunda
parcela é a taxa de variação do fluxo de massa.
No caso da saída do fluxo, tem-se:
æ ¶ ( ru ) d x ö
ç ru - ÷ d yd z (5.24)
è ¶x 2 ø
¶ ( ru )
d xd yd z (5.25)
¶x
Nas outras posições, faz-se o mesmo, obtendo-se assim o saldo de fluxo de massa:
æ ¶ ( ru ) ¶ ( rv ) ¶ ( r w) ö
ç + + ÷ d xd yd z (5.26)
è ¶x ¶y ¶z ø
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 34
¶r
que igualando-se as expressões com - dxdydz , dividindo pelo volume elementar dxdydz e
¶x
passando-se ao limite quando dxdydz ® 0 , a equação em um ponto resulta em:
¶ ( ru ) ¶ ( r v ) ¶ ( r w) ¶r
+ + =- (5.27)
¶x ¶y ¶z ¶t
Que deve valer para todos os pontos do escoamento, seja permanente ou variado,
compressível ou incompressível.
¶u ¶v ¶w
+ + =0 (5.28)
¶x ¶y ¶z
As equações (5.27) e (5.28) podem ser escritas na forma compacta pelo operador Ñ:
r ¶ r ¶ r ¶
Ñ=i + j +k (5.29)
¶x ¶y ¶z
r r r r
e pelo vetor da velocidade v = i u + j v + k w , logo:
r ær ¶ r ¶ r ¶ ö r r r
Ñ×(r v ) = çi
è ¶x ¶y ¶z ø
(
+ j + k ÷ × i ru + j r v + k r w ) (5.30)
r ¶r u ¶r v ¶r w
Ñ×(r v ) = + + (5.31)
¶x ¶y ¶z
r r r r
pois i ×i = 1 , i × j = 0 e assim por diante...
r ¶r
Portanto: Ñ × (r v ) = -
¶t
E para um escoamento incompressível:
r
Ñ×(r v ) = 0 (5.32)
r
Ñ×v é o fluxo em volume por unidade de volume.
¶
Em um caso 2D, xy, w = 0 e não há variação em z, logo = 0 , assim:
¶z
¶u ¶v
+ = 0 para um fluido incompressível.
¶x ¶y
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 35
Capítulo 6
Equação de Euler
Utilizando o volume de controle para um elemento cilíndrico de fluido com eixo coincidente
com uma linha de corrente.
A velocidade é tangente à linha de corrente s. Adotando viscosidade nula, as forças que agem
no volume de controle são as normais e o peso. Logo, aplicando-se a equação da quantidade de
movimento que lembrando:
r d ( mvr ) ¶ r r
å F = dt = ¶t òVcontrole r vdV + òSuperfíciecontrole rvv × dA (6.1)
ou
r ¶ ( rv) r r
åF = ¶t
d sd A + å
Superfíciecontrole
r vv × dA (6.2)
æ ¶p ö
å F = pd A - çè pd A + ¶s d sd A ÷ø - r gd sd A cosq (6.4)
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 36
¶p ¶z
å F = - ¶s d sd A - r g ¶s d sd A (6.5)
¶z
pois, cos q = .
¶s
O fluxo total da quantidade de movimento segundo s deve considerar a vazão m& t pela
superfície lateral, assim como a vazão pelas faces extremas:
dm
Para determinar m& t aplica-se = 0 , que é a equação da continuidade.
dt
ou seja:
¶r ¶ ( rv )
d sd A + m& t + d sd A = 0 (6.6)
¶s ¶s
r r æ ¶v ¶r ö
å
Superfíciecontrole
r v v × dA = ç r v - v ÷ d sd A
è ¶s ¶t ø
(6.7)
æ ¶p ¶z ¶v ¶v ö
ç + r g + r v + r ÷ d sd A = 0 (6.8)
è ¶s ¶s ¶s ¶t ø
1 æ ¶p ¶z ¶v ¶v ö
ç + r g + rv + r ÷ = 0 (6.9)
r è ¶s ¶s ¶s ¶t ø
1 ¶p ¶z ¶v ¶v
+ g +v + =0 (6.10)
r ¶s ¶s ¶s ¶t
¶
Se o escoamento além de sem atrito e estar em uma linha corrente, for permanente = 0,
¶t
1 ¶p ¶z ¶v
+ g +v =0 (6.11)
r ¶s ¶s ¶s
Como s é a única variável independente, as derivadas parciais podem ser substituídas por
derivadas totais:
dp
+ gdz + vdv = 0 (6.12)
r
Equação de Bernoulli
p v2
+z+ = constante (6.14)
rg 2g
Ou multiplicando por r :
rv2
p + zg + = constante (6.15)
2
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 38
Exemplo:
Em um canal escoa água conforme a figura. Admite-se que o escoamento não tenha atrito,
determine a diferença de altura entre os fundos dos canais. Suponha que as pressões são
hidrostáticas e as velocidades uniformes.
v12 p1 v2 2 p2
+ + z1 = + + z2
2g g 2g g
32 0 102 0
+ + ( z + 2) = + +1
2.9,81 g 2.9,81 g
z = 3, 64 m
Em condições especiais, cada uma das quatro hipótese da equação de Bernoulli podem ser
abandonadas:
Exercícios:
a) O jato sai cilíndrico, com a pressão atmosférica. Assim, aplicando a equação de Bernoulli na
superfície livre:
2 2
v1 p v p
+ 1 + z1 = 2 + 2 + z 2
2g g 2g g
02 0 v2 0
+ +4= + +0
2.9,81 g 2.9,81 g
v2 = 2.9,81.4 = 8,85 m / s
2 2
3 v - v1
= 2 , ou:
8825,4 19,62
3,4.10 -4 =
Q2 1
p 19,62
2
(36 2 - 16 2 )
Q = 6,32.10 -5
2
Q = 7,9.10 -3 m 3 / s
2 2
v1 p v p
+ 1 + z1 = 2 + 2 + z 2
2g g 2g g
(
g 2
p1 = p 2 + v 2 - v1
2
2
)
Como Q = A2 .v2 = A1.v1
1,5 m 3 /min = 0,025 m 3 /s
Q 0,025
v1 = = = 3,2 m / s
A1 p .0,05 2
Q 0,025
v2 = = = 35,4 m / s
A2 p .0,0152
Como p 2 = p atm = 0
10000
p1 = 0 +
2
( -3, 22 + 35, 42 )
p1 = 6.214.600 Pa
Para determinar a força deve-se levar em conta que existe movimento, logo obrigatoriamente
a quantidade de movimento deve ser considerada.
å F = m& Dv
- F + p1 A1 = m& (v2 - v1 )
F = p1 A1 - m& (v2 - v1 )
como m& = g .Q
F = 6214600 (p .0, 052 ) - 10000.0, 025 ( 35, 4 - 3, 2 ) = 40.759, 4 N
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Capítulo 7
Reversibilidade: é quando um processo pode ser realizado de tal forma que seja possível sura
inversão, isto é, seu retorno ao estado original.
Irreversibilidade: ocorre quando num processo, a diferença entre trabalho realizado pela
mudança de estado de uma substância ao longo de um caminho reversível, e o trabalho real
realizado ao longo do mesmo caminho.
Perdas: significa irreversibilidade ou trabalho perdido ou a transformação de energia
disponível em energia térmica.
é aplicada para um escoamento permanente, através de um volume de controle, como por exemplo:
v2
Sendo u a energia interna por unidade de massa, e e = g × z + +u.
2
A integral “desaparece” e têm-se:
d QH æ p1 v2 ö d Ws æ p2 v2 ö
+ ç + gz1 + 1 + u1 ÷ r1v1 A1 = + ç + gz2 + 2 + u2 ÷ r 2 v2 A2 (7.1)
d t è r1 2 ø d t è r2 2 ø
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p1 v12 p2 v2 2
+ + z1 = + + z2 + ht (7.6)
g 2g g 2g
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A perda de carga total ht divide-se em duas formas: distribuída (ao longo de uma tubulação)
e localizada (em um ponto específico).
Ocorre devido à ação das tensões de cisalhamento ao longo da tubulação e é função de várias
grandezas:
Ø velocidade média ( v ) do fluido;
Ø massa específica ( r ) do fluido;
Ø comprimento ( L ) da tubulação (ou do trecho considerado);
Ø viscosidade dinâmica ( m ) do fluido;
Ø diâmetro ( D ) da tubulação ou canal ( D = A / Perímetro ) ;
Ø rugosidade ( e ) do material do tubo ou canal.
L v2
hD = f (7.7)
D 2g
æe ö æeö
Sendo f o fator de atrito da tubulação f = f ç ; Re ÷ e ç ÷ a rugosidade relativa da tubulação.
èD ø èDø
Fator de Atrito
Equações empíricas:
Para se obter o valor de f (eixo vertical esquerdo), toma-se o valor de e/D (eixo vertical
direito) e determina-se a curva de e/D empírica (se esta curva já existir no gráfico, utiliza-se a
existente). Após isto, toma-se o valor de Re (eixo horizontal) e sobe-se verticalmente até a curva de
e/D. Ao encontrar-se a curva de e/D, dirige-se até o eixo vertical esquerdo de f. Se o escoamento for
laminar, não há a necessidade do valor de e/D, pois a reta do escoamento laminar encontra-se no
lado esquerdo do gráfico, antes do valor de Re igual a 2300;
ff 0.10
0.08
0.05
0.04
0.06 0.03
0.05 0.02
0.015
Fator de fricção
0.04 0.01
0.008
0.006
0.03 0.004
e/D
laminar
0.002
0.02 0.001
0.0008
0.0004
0.0002
0.0001
0.00005
0.01 liso
0,3164
f = (7.9)
Re 0,25
-2
é æ e/D 2,51 ö ù
f = ê -2.log ç + 0,5 ÷ ú
(7.10)
ë è 3, 7 Re . f o ø û
-2
é æ e / D 5, 74 ö ù
f0 = 2, 25 êlog ç + 0,9 ÷ ú (7.11)
ë è 3,7 Re ø û
Em 1990, Swamee apresentou uma nova equação explícita, válida para toda gama de número
de Rynolds e que reproduz as curvas apresentadas no diagrama de Moody. A equação de Swamee é
apresentada como:
0,125
ì é æ e 6 -16 ü
5,74 ö æ 2500 ö ù ï
8
ï é 64 ù
f = í ê ú + 9,5 êln ç + 0,9 ÷ - ç ÷ ú ý (7.12)
ïî ë Re û êë è 3, 7 D Re ø è Re ø úû ï
þ
Note: Para os usuários da calculadora HP48G e posteriores a função de DARCY fornece f a partir
do valor de e/D e do número de Reynolds. A função DARCY na HP48G pode ser usada da seguinte
maneira:
1 – Digite o valor de e (cuidado com as unidades);
2 – Digite o valor de D (mesma unidade de e);
3 – Divida um pelo outro, obtendo assim o valor de e/D;
4 – Digite o valor do número de Reynolds;
5 – Digite Å 3 UTILS DARCY
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Número de Reynolds
vD r vD
Re = ou Re = (7.13)
m u
é N .s ù é m2 ù
Sendo m a viscosidade ê 2 ú e u a viscosidade cinemática ê ú .
ëm û ë s û
Se o número de Reynolds é relativamente pequeno, o escoamento é laminar, se é grande é
turbulento. Isso é enunciado mais precisamente definindo o número de Reynolds crítico, Recrít , tal
que o escoamento é laminar se Re < Recrít .
O valor da perda de carga total será então a soma da perda localizada e a distribuída:
ht = hL + hD (7.15)
Comprimento Equivalente
Pode-se substituir a perda de carga localizada por uma perda distribuída de comprimento Leq
que, como o próprio nome diz, é equivalente à perda localizada no ponto. O valor de Leq é
denominado comprimento equivalente da conexão (ou dispositivo) e é determinado igualando-se a
perda de carga distribuída com a localizada no tubo ao qual está conectado, ou seja:
L v2 v2
f . eq . = K. (7.16)
D 2g 2g
logo:
K .D
Leq = (7.17)
f
Note: Deve-se tomar cuidado com o valor de v nas conexões, pois existem 2 valores possíveis: antes
da conexão (montante) e após a conexão (jusante). Para todos os efeitos, adota-se como valor de v à
jusante da conexão.
Exemplo:
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Solução: Para determinar a cota NA2, é necessário calcular inicialmente a perda de carga
h.
- Cálculo da velocidade:
Q 4 × 0, 2
v= = = 1,59 m/s
A p ( 0, 4 )2
- Cálculo do nº de Reynolds:
vD 1,59 × 0, 4
Re = = = 629.703
u 1, 01´10-6
L v2 750 1,59 2
hD = f = 0, 011 = 2,65 m
D 2g 0, 4 2 × 9,81
Logo:
NA2 = 50,00 – 2,65 = 47,34 m
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Capítulo 8
Análise Dimensional
G = M a LbT cq d (8.1)
Se a relação da grandeza física tem uma dimensão que é uma relação das dimensões
primárias e essa relação é unitária, chama-se a essa grandeza de adimensional.
Os adimensionais ligados às variáveis físicas, gerados a partir de um conjunto de variáveis
pertinentes a um determinado fenômeno físico são obtidos pelo teorema de Buckingham, também
conhecido como teorema dos Pis (P’s) de Buckingham.
“Seja G1, G2, G3, ..., Gn um conjunto de n grandezas e constantes dimensionais e k o número
total de unidades dimensionais em termos das quais se exprimem as n grandezas Gi. Se um
fenômeno puder ser descrito por uma função F ( G1 , G2 , G3 ,L , Gn ) = 0 então esse fenômeno também
pode ser descrito por mio de uma função f ( P1 , P 2 , P 3 ,L , P n - r ) = 0 , de n-r coeficientes
adimensionais Pi, independentes da forma:
P = AG ai bi ci
i 1 G2 G3 L Gn
zi
(8.2)
5- Obtenção das equações dimensionais. Isto é feito substituindo cada variável por sua
dimensão e sabendo que o grupo adimensional deve ter dimensão unitária.
1° Passo – Variáveis:
Peso – P
Diâmetro da esfera – d
Diâmetro do tubo – D
Viscosidade – m
Massa específica do fluido – r
Aceleração da gravidade – g
Velocidade da esfera – v
Logo: F ( v, P, d , D, m , r , g ) = 0
Dim. Prim. v P d D m r g
M 0 1 0 0 1 1 0
L 1 1 1 1 -1 -3 1
T -1 -2 0 0 -1 0 -
2
q 0 0 0 0 0 0 0
P1 = A1v a1 d b1 r c1 P -1
P 2 = A2 v a2 d b2 r c2 D -1
P3 = A3v a3 d b3 r c3 m -1
P 4 = A4 v a4 d b4 r c4 g -1
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P = ( LT ) ( L ) ( ML ) ( L ) = M L T
-1 a2 -3 c2
b2 -1 0 0 0
2
P = ( LT ) ( L ) ( ML ) ( ML T ) = M L T
-1 a3 -3 c3 -1 -1
b3 -1 0 0 0
3
P = ( LT ) ( L ) ( ML ) ( LT ) = M L T
-1 a4 -3 c4 -2 -1
b4 0 0 0
4
Resolvendo:
P1 = M c1 -1La1 + b1 -3c1 -1T - a1 + 2 = M 0 L0T 0
ìc1 - 1 = 0
ï
í a1 + b1 - 3c1 - 1 = 0
ï -a + 2 = 0
î 1
Logo:
a1 = 2
b1 = 2
c1 = 1
Ou seja:
v2 d 2 r
P1 = A1
P
Lembrando que A1 pode ser qualquer número real, adotaremos que A1 = 1/ 2 e invertendo o
adimensional encontra-se o chamado coeficiente de arrasto que será visto no capítulo 9.
2P
P1 = 2 2
vd r
Resolvendo de forma semelhante:
d
P2 = para A2 = 1
D
r vd
P3 = para A3 = 1 que é o número de Reynolds
m
v2
P4 = para A4 = 1 que é o chamado número de Froule
gD
Semelhança
Exemplos do uso da teoria de semelhança podem ser citados em teste em túnel de vento ou
calha d’água, onde as linhas de corrente e as forças induzidas em corpos submersos são avaliadas
com precisão utilizando modelos.
Exemplo: O ensaio de uma asa de avião, com corda L = 2,5 m, para avaliar a força de
sustentação F em função da velocidade v deve ser feito em um túnel de água. Sabendo que o modelo
da asa deve ser feito em escala 1:10, determine a velocidade d’água para o vôo de cruzeiro do avião
(v = 340 km/h).
(Fazendo a análise adimensional).
1° Passo – Variáveis:
Força de sustentação – F
Comprimento da corda – L
Viscosidade do fluido – m
Massa específica do fluido – r
Velocidade do fluido – v
Logo: F ( v, F , L, m , r ) = 0
Dim. Prim. v F L m r
M 0 1 0 1 1
L 1 1 1 -1 -3
T -1 -2 0 -1 0
= ( ML ) ( LT ) ( L ) ( ML T ) = M
-3 a2 -1 b2 c2 -1 -1
P2 0 0
LT0
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 54
Resolvendo:
P1 = M a1 -1 L-3 a1 + b1 + c1 +1T - b1 - 2 = M 0 L0T 0
ì a1 + 1 = 0
ï
í -3a1 + b1 + c1 + 1 = 0
ï -b - 2 = 0
î 1
Logo:
a1 = -1
b1 = -2
c1 = -2
Ou seja:
F
P1 = A1
v Lr 2 2
Lembrando que A1 pode ser qualquer número real, adotaremos que A1 = 1/ 2 , mais uma vez
encontra-se o chamado coeficiente de arrasto que será visto no capítulo 9.
2F
P1 = 2 2
v Lr
Resolvendo de forma semelhante:
mágua mar
=
vágua Lmodelo r água var Lprotótipo rar
var Lprotótipo rar mágua
1,17 ×1, 01 ×10 -3 ×10 × 340
vágua = = (lembre de que a escala é de 1:10, logo o
Lmodelo rágua mar 1000 ×1,82 ×10 -5 ×1
comprimento do modelo é 10 vezes menor que o do protótipo, eis o porque do 10 e do 1).
Logo:
vágua = 220 km/h
E para a força:
2 Fmodelo 2F
= 2 2 protótipo
v água L modelo rágua var L protótipo rar
2 2
v
Fr = (8.4)
gL
p
Eu = (8.5)
r v2
v
Ma = (8.6)
c0
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hL
Nu = (8.7)
K
Número de Prandtl (usado em transmissão de calor por convecção e relaciona a difusão
pela quantidade de movimento e a difusão por calor):
n
Pr = (8.8)
a
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Capítulo 9
du
t = ( m +h ) (9.1)
dy
h é a viscosidade turbilhonar.
Essa equação inclui os efeitos viscosos diretos. Assim, Prandtl desenvolveu a mais útil teoria
em turbulência, chamada de teoria do comprimento de mistura. Como a tensão de cisalhamento
devido à turbulência (t t ) é:
t t = r u ¢v¢ (9.2)
2
æ du ö
t = rl ç ÷
2
(9.3)
è dy ø
du
h = rl 2 (9.4)
dy
h depende da massa específica, do gradiente de velocidade e do comprimento da mistura (l). Na
turbulência existe um violento intercâmbio de partículas exceto próximo a um contorno sólido, onde
o intercâmbio é reduzido a zero, logo l ® 0 .
du
dy
l =k 2 (9.5)
d u
dy 2
k é a constante de Von Kármán que é independente da configuração do contorno ou do valor do
número de Reynolds.
Agora, para escoamento sobre uma superfície plana e lisa, t = cte = t 0 , logo a equação (9.1)
torna-se:
t0 m u u
= =v (9.6)
r r y y
t0
Chamando de u* uma velocidade de atrito e que é dada por , logo o gradiente de
r
velocidade é:
u 1
= ln ( y ) + cte (9.7)
u* k
Para tubos, Prandtl desenvolveu uma equação potencial de distribuição para escoamento
turbulento:
n
u æ yö
=ç ÷ (9.8)
umáx è r0 ø
1
Sendo: n = para Re < 100.000 ; e para Re > 100.000 n diminui; r0 é a distância do raio da parede
7
interna do tubo.
Como exemplo a figura 9.1 mostra a variação típica da velocidade do vento com a altura para
uma cidade.
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Camada Limite
Em 1904 Prandtl desenvolveu o conceito de camada limite. Esse conceito fornece uma
ligação importante entre escoamento de um fluido perfeito e um fluido real. “Para fluidos de
viscosidade relativamente pequena, o efeito do atrito interno é apreciável somente numa região
estreita que contorna as fronteiras do fluido”.
Agora, como um fluido tem velocidade nula em relação às fronteiras, existe um acentuado
gradiente de velocidade da fronteira para o fluido que causam forças de cisalhamento e que reduzem
o escoamento relativo. A camada de fluido que teve sua velocidade afetada pela tensão junto à
fronteira é chamada de camada limite.
Que será aplicada para o caso de escoamento permanente. Assim, a única força atuante é
originária do arrasto, ou cisalhamento da placa, uma vez que a pressão é constante na periferia do
volume de controle. Para uma largura de placa unitária:
h h
- Arrasto = r ò u 2 dy - r
{U 2h + U r ò (U - u ) dy (9.10)
14024 3 Fluxo da quantidade
144 0
2443
Fluxo da quantidade de movimento na direção Vazão total que
de movimento na direção x que entra por AB. atravessa AB e CD.
x que sai de CD.
h é a altura.
h
1
424 3 = r ò0 u (U - u ) dy
Arrasto (9.11)
A( x )
Que também pode ser expresso como uma integral da tensão de cisalhamento ao longo da
placa.
x
A ( x ) = ò t 0 dx (9.12)
0
¶ h
u (U - u ) dy
¶x ò0
t0 = r (9.13)
Ux
Sendo Rex = um numero de Reynolds na distância x da borda de ataque da placa.
u
mrU 3
t 0 = 0,322 (9.15)
x
Como:
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l
Arrasto = ò t 0 dx = 0, 644 mrU 3l (9.16)
0
u æ yö y
= F ç ÷ = F (h ) com h = (9.17)
U èd ø d
u 3 h3
= F = h- , 0£ y £d e F =1 , d £ y (9.18)
U 2 2
e
¶d 1 æ 3 h3 öæ 3 h3 ö 2 ¶d
t 0 = rU 2
¶x ò0 è 2 2 ø è 2 2 ÷ø dh = 0,139 rU ¶x
ç 1 - h + ÷ ç h - (9.20)
no contorno:
¶u U ¶F U ¶ æ3 h3 ö 3 U
t0 = m =m =m ç h - ÷ = m (9.21)
¶y y =0
d ¶h h = 0 d ¶h è 2 2 ø h =0 2 d
logo:
m
d dd = 10,78 dx (9.23)
rU
Integrando...
d2 u
= 10, 78 x + constante (9.24)
2 U
Se d = 0, para x = 0, a constante de integração será também zero, assim, resolvendo para d/x.
d u 4,65
= 4, 65 = (9.25)
x Ux Rex
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3 U
Para t 0 , basta substituir d em t 0 = m que resulta:
2 d
Note que quando o Rel para a placa atinge de 500.000 a 1.000.000, a camada limite torna-se
turbulenta.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 63
A equação da quantidade de movimento pode ser usada para determinar a camada limite
turbulenta e a tensão de cisalhamento sobre uma placa lisa, tudo isso de forma análoga ao tratamento
dado na seção anterior. Assim têm-se que:
1
æ u ö5
t 0 = 0, 029 rU ç ÷ 2
(9.30)
è Ux ø
l 0, 036 rU 2l
Arrasto = ò t 0 dx = 1
(9.31)
0
Rel 5
As equações anteriores são válidas apenas para o intervalo na qual a equação da resistência
de Blasius é aplicável, ou seja:
5 × 10 5 < Rel < 10 7
-1
C A = 0,074 Rel 5 (9.33)
0, 455
CA = com 10 6 < Rel < 10 9 (9.34)
éëlog ( Rel ) ùû
2,58
rU 2
Arrasto = C A A (9.35)
2
rU 2
Sustentação = CS A (9.36)
2
Aqui serão fornecidos alguns valores típicos para coeficientes de arrasto para corpos sob um
escoamento bi-dimensional. As figuras a seguir foram obtidas de White, 1999; Munson et al, 1998;
Potter e Wiggert, 2004; Fox, 2001.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 65
Figura 9.5: Influência do arrasto de atrito e de forma no arrasto total para um corpo delgado
(carenado) em função da razão de aspecto (t/c).
CD=1.2
Figura 9.7: Coeficientes de arrasto para corpos de formas geométricas diferentes em escoamentos
com ReL > 10000.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 67
Figura 9.8: Coeficientes de arrasto para escoamentos em torno de alguns corpos bidimensionais a
elevado número de Reynolds, Re ≥ 10 4.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 68
Exemplo: Um painel de sinalização quadrado, medindo 1,0 x 1,0 m é fixo no topo de um mastro de
6,0 m de altura com diâmetro de 12 cm. Calcule o valor das forças agindo sobre o mastro e o painel,
para uma velocidade do vento de 100 km/h.
Solução: A força máxima (F1) agindo sobre o painel ocorre quando o vento for normal ao mesmo,
ou seja:
rU 2
FA = C A A
2
r ar = 1,225 kg / m 3 A = 1,0 x1,0 = 1 m 2 C A = 1,1
27,8 2
F1 = 1,1.1,225. .1 = 520,7 N
2
Capítulo 10
Escoamentos compressíveis são aqueles nas quais a massa específica de um gás apresenta
alterações significativas entre os pontos de uma linha de corrente. Nem todos os escoamentos de
gases são compressíveis, e nem todos os escoamentos compressíveis são escoamentos de gás. Em
æ ö
ç v ÷
baixas velocidades, inferiores a um número de Mach ç M = ÷ de aproximadamente 0,3, os
çç 123 ÷÷
kRT
è c ø
escoamentos de gás podem ser tratados com escoamentos incompressíveis. Isso se justifica, pois as
variações de massa específica causadas pelo escoamento são desprezíveis (menores que 3%). Entre
os vários tipos de escoamento compressíveis estão a do ar em torno de aeronaves, através de
motores a jato e o escoamento de um gás em compressores e turbinas.
v2 2 - v12
qH - ws = + h2 - h1 (10.3)
2
p
Em que h = u ¢ + é a entalpia por unidade de massa; u¢ é a energia interna por unidade de massa.
r
Supondo um gás ideal com calor específico constante, a equação da energia assume a forma:
v 2 - v12
qH - ws = 2 + c p (T2 - T1 ) (10.4)
2
Ou
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 71
v2 2 - v12 k æ p2 p1 ö
qH - ws = + ç - ÷ (10.5)
2 k - 1 è r 2 r1 ø
1
Tds = du ¢ + pd (10.6)
r
Que é uma relação entre propriedades termodinâmicas válida para todas as substância puras.
p
Se h2 - h1 = c p (T2 - T1 ) , a variação da energia interna h = u ¢ + e p = rRT de um gás
r
perfeito é:
u2¢ - u1¢ = cv (T2 - T1 ) (10.7)
cp
Que reescrevendo em termos de p = rRT , k = e c p = R + cv , têm-se:
cv
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 72
é T æ r ök -1 ù
s2 - s1 = cv ln ê 2 ç 1 ÷ ú (10.10)
êë T1 è r 2 ø úû
Ou
é p æ r ök ù
s2 - s1 = cv ln ê 2 ç 1 ÷ ú (10.11)
êë p1 è r2 ø úû
E
éæ T ök æ p ö1- k ù
s2 - s1 = cv ln êç 2 ÷ ç 2 ÷ ú (10.12)
êëè T1 ø è p1 ø úû
dqH
Se o processo for reversível, ds = ou Tds = dq H ; e além disso adiabático, dqH = 0 .
dT
Logo, para um processo adiabático reversível, ds = 0 , ou seja, s = constante ; assim, o processo
adiabático reversível é isentrópico, s2 = s1 , portanto:
p1 p2
= (10.13)
r1k r 2k
k -1
k -1
T2 æ p2 ö k ær ö
=ç ÷ =ç 2 ÷ (10.14)
T1 è p1 ø è r1 ø
é k -1
ù
æ T2 ö æ p ö k
h2 - h1 = c p (T2 - T1 ) = c pT1 ç - 1 ÷ = c pT1 ç ÷ - 1ú
ê 2
(10.15)
è T1 ø êè p1 ø ú
êë úû
Já um processo politrópico é definido por:
p
= constante (10.16)
rn
E é uma aproximação de certos processos reais para os quais a relação entre p e r é representada por
uma reta em uma escala bi-logarítmica.
Exemplos:
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 73
2- Calcular a variação da entropia de 4,0 slugs de vapor d’água sabendo que as condições iniciais
são: p1 = 6 psi (absoluto), T1 = 110 °F e as condições finais: p2 = 40 psi (absoluto), T2 = 38 °C.
cp H2O = 0,445 kcal/kgK, cv H2O = 0,335 kcal/kgK e k = 1,33.
6 psi = 41368,54 Pa
40 psi = 275.790,29 Pa
110 °F = 316,48 K
38 °F = 276,48 K
4 slug = 58,38 kg
logo:
éæ 276, 48 ö1,33 æ 275.790, 29 ö1-1,33 ù
s2 - s1 = 0,335ln êç ÷ ç ÷ ú 58,38
{
êëè 316, 48 ø è 41.368,54 ø úû multiplica pela
massa pois s é
por unidade de
massa
s2 - s1 = -15,76 kcal
k -1
T2 æ p2 ö k
=ç ÷
T1 è p1 ø
k -1 1,4 -1
æp ö k
æ 0,3 ö 1,4
T2 = T1 ç 2 ÷ = ( 273,15 + 5 ) ç ÷ = 245, 6 K
è p1 ø è 0,14 ø
T2 = 72,6 °C
Pelo princípio da conservação da energia, o trabalho realizado sobre o gás deve ser igual ao
aumento da energia interna do mesmo, já que não há troca de calor no processo isentrópico, assim:
kcal trabalho
u2¢ - u1¢ = cv (T2 - T1 ) =
kg kg
trabalho = 2 kg × 0,177 ( 345, 6 - 278 ) = 23,94 kcal
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 74
Velocidade do Som
pA - ( p + Dp ) A = r Ac ( c + Dv - c ) (10.19)
Dp
c= (10.21)
Dr
Dp dp
! (10.22)
Dr d r
p
= constante (10.23)
rk
Que diferenciando:
dp p
=k (10.24)
dr r
Logo:
kp
c= (10.25)
r
c = kRT (10.26)
Em altas freqüências as ondas sonoras geram atrito e o processo deixa de ser isentrópico. A
melhor aproximação passa a ser um processo isotérmico. No caso de um gás ideal, uma
aproximação isotérmica resultaria em:
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 76
c = RT (10.27)
v
M= (10.28)
c
Se M < 1 ® Subsônico
Se M > 1 ® Supersônico
Caso uma fonte de ondas sonoras seja posicionada em um local fixo, as ondas se deslocarão
radialmente, se afastando da fonte à velocidade do som, c.
Observa-se que as onda sonoras sempre se propagam à frente da fonte, de modoo que se um
veículo que se desloca a uma velocidade menor que a do som, o som sempres “anunciará” sua
aproximação. Entretanto, se um objeto se desloca a uma velocidade superior à do som.
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 77
A região fora do cone é uma zona de silêncio, de modo que um objeto que se aproxime a
uma velocidade supersônica não poderá ser ouvido até que passe acima do observador e o cone de
Mach mostrado na figura 10.6 intercepte-o.
c 1
a = arcsen = arcsen (10.29)
v M
Mecânica dos Fluidos - Prof. Rafael A. C. Laranja 78
Bibliografia:
FOX, R.W., McDONALD, A.T., Introdução à Mecânica dos Fluidos, LTC, Rio de Janeiro,
2001.
PITTS, D.R., SISSOM, L.E., Fenômenos de Transporte: Transmissão de calor, mecânica dos
fluidos e transferência de massa, McGraw-Hill, São Paulo, 1981.
POTTER, M.C., WIGGERT, D.C., Mecânica dos Fluidos, Thomson, São Paulo, 2004.
ROMA, W.N.L., Fenômenos de Transporte para Engenharia, Rima, São Carlos, 2003.
SISSOM, L.E., PITTS, D.R., Fenômenos de Transporte, LTC, Rio de Janeiro, 2001.
STREETER, V.L., WYLIE, E.B., Mecânica dos Fluidos, Makron Books, São Paulo, 1982.
Alfabeto Grego
A a Alfa N n Nu
B b Beta X x Csi
G g Gama O o Ômicron
D d Delta P p ou v Pi
E e Épsilon R r Ro
Z z Zeta S s ou V Sigma
H h Eta T t Tau
Q q ou J Teta ¡ u Upsilon
I i Iota F f ou j Fi
K k Capa C c Chi
L l Lambda Y y Psi
M m Mu W w Ômega
Unidades do SI Fundamentais
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura kelvin K
Quantidade de substância mol mol
Intensidade luminosa candela cd