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Psicologia e Direitos Humanos – Síntese dos textos estudados

Identidade

O dicionário define identidade como "reconhecimento de que o indivíduo é o


próprio de que se trata”; conjunto de caracteres particulares que identificam como
nome, data de nascimento, sexo... A identidade pode ser dividida de três formas;
cultural que é o conjunto das características de um povo, oriundas da interação dos
membros da sociedade e da forma de interagir com o mundo, que representam os
hábitos de uma nação; a visual é a representação de um símbolo gráfico que leva
ao mercado a divulgação de uma marca, com o objetivo de criar uma identidade; e a
social que não está relacionada apenas com indivíduos, mas também com grupos.
A identidade social tem um componente de inclusão e de exclusão, porque
elementos de um mesmo grupo têm a mesma identidade social e ao mesmo tempo
são diferentes socialmente de pessoas de outros grupos.
Quando pensamos na diversidade cultural de países como o
Brasil, devemos levar em conta que a presença de múltiplas identidades em nosso
território é, sobretudo, um processo histórico. A sociedade muitas vezes segrega os
diferentes grupos de identidade social, e inferiorizam aqueles que fazem parte dos
grupos periféricos e de certa forma foram sempre marginalizados ao longo da
história brasileira.

Raça x Racismo

A questão de raça está relacionada a divisão de grupos no que tange a


caracteres físicos hereditários (cor da pele, formato da cabeça, tipo de cabelo, etc).
Todavia, etnologicamente a noção de raça é rejeitada por considerar a proximidade
cultural com maior relevância do que o fator racial. Em suma, é o conjunto de
indivíduos pertencentes a cada um desses grupos.

O racismo em si está submetido a um conjunto de teorias e crenças que


estabelecem uma hierarquia entre as raças e etnias. É a autoridade de um sistema
político ou doutrina, fundado sobre o direito de uma raça (considerada pura e
superior) dominar as demais.
A formação da identidade da criança negra

Um dos diversos fatores que influenciam negativamente a formação da identidade


da criança negra nos espaços escolares é a baixa autoestima, que surge diante da
padronização estética eurocêntrica que já se faz presente desde os primeiros livros
infantis. Os contos de fada, geralmente, contribuem para o surgimento de
estereótipos como a bruxa que será sempre má, a fada que será sempre bondosa,
os príncipes que serão loiros e com olhos azuis, as princesas serão sempre lindas,
honestas, piedosas e brancas. Em contraste com tais estereótipos, as crianças
negras acabam depreciando sua própria identidade em formação.

Cabe à escola mostrar um enfoque positivo ao lado negro de cada criança, positivar
o passado escravo, através das histórias de resistências ou de simples amostras de
ilustrações de personagens negros, que possam vir a fortalecer suas identidades,
atribuindo orgulho à sua própria história.

A contribuição da psicologia

Olhando para a história da psicologia no Brasil, percebemos que por muitos anos a
psicologia falhou em proporcionar uma formação que preparasse o profissional para
o exercício de uma psicologia que alcançasse as camadas mais oprimidas da
população. O conhecimento produzido pela psicologia tem freqüentemente sido
centrado no aspecto individual, com práticas voltadas quase que somente para o
diagnóstico e o tratamento de distúrbios da personalidade, tendo o “modelo clínico”
como destaque na formação e na prática psicológica de diversos cursos.

Entretanto, a psicologia contemporanea tem mudado esse cenário, com a produção


de uma grande quantidade de trabalhos e pesquisas que se propõem a
compreender, enumerar e discutir os problemas da psicologia e da formação dos
psicólogos com um enfoque mais voltado para as demandas sociais.

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