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Furtado to
A República Ensina a Morar (Melhor), Carlos A. C. Lemos f huo vo pag .
A Historiografia Portuguesa, Hoje, José “Vengarinha
no “longo” século KVL,
Bases da Formação Territorial do Brasil: O território colonial brasileiro
061 a dd da
tolv
.
DO MESMO AUTOR; NA MESMA COLEÇÃO, NA EDITORA
HRICITEG PEDRO PUNTONI
Guerrasdo Tráfico no Atlântico Sul, 1998
Adlisera Sorte: a lisoruvidão Africana no Brasil Holandês eas
Puntoni, Pedro
Nur-
A Guerra dos Bárbaros: Povos Indígenas « a Colonização do Sertão
Hucitec:
deste do Brasil, 1650-1720 / Pedro puntoni. - São Paulo:
— (Iistudos Elis-
Editora da Universidade de São Paulo: Fapesp, 2002.
tóricos; dd)
Bibliografia
ISBN 85-271-0568-3 (Hucitec)
ISBN 85-314-0684-6 (E dusp)
“PVignorance du passé ne se borne pas à
1. Brasil — História — Período colonial 2. Brasil, Nordeste — Histó-
nuire à la compréhension du présent; elle
fia 3. Índios da América do Sul = Guerras — Brasil, Nordeste 4. Povos
1 "Vítulo. WE. Fítulo: Povos Indigenas ca compromet, dans le présent, I'action même.”
indígenas— Brasil, Nordeste
Colonização do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-172
0. [IE Série. Marcu Broctu. Apologie pour Histoire
ou Métier d'historien, 1949.
CDD-980,43
02-0803
“O meu intento neste trabalho foi servir
Índices para catálogo sistemático:
Cucrras: Poti 4 dale ainda cá aos índios, já que não posso mais
L.Brasil: Sertão Nordeste: Povos indígenas: Guerras: Periodo colonial:
a cera
980.413 fazer lá [...]”
História
2.Guerras: Povos indígenas: Sertão Nordeste: Brasil:
Período colonial: BERNARD DE NANTES. Katecismo Índico
980,413 da língua Kariri, 1707.
História
Direitos reservados à
Co-cdição com a
PREFÁCIO pág. 13
Agradecimentos 18
1. NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 21
À pecuária € os caminhos do sertão 22
Minas de salitre 29
Fazendas e currais 34
Resistência indígena «e extermínio 43
3. GUERRAS NO RECÔNCAVO 89
Jornadas do sertão, 1651-1656 91
A Guerra do Orobó, 1657-1659 97
A Guerra do Aporá, 1669-1673 107
As guerras no São Francisco, 1674-1679 116
4. A GUERRA DO AÇU 123
À campanha de Antônio de Albuquerque Câmara, Domingos
o Jorge Velho e Manuel Abreu Soares, 1687-1688 133
' A campanha de Matias Cardoso de Almeida, 1690-1695 145
A rendição dos janduís, 1692 157
Guerra ofensiva x guerra defensiva 163
O terço do mestre-de-campo Manucl Álvares de Morais Navarro 177
ÃO SUMÁRIO
,
pás. 181
5. O TERÇO DOS PAULISTAS 186
A “guerra do Brasil” 192
A Guerra dos Bárbaros c as jornadas do sertão 196
Paulistas e os “ares do sertão” 202
Cabos e soldados 210
Dinheiro « farinha
225 ]
ICONOGRAFIA ABR EVI ATU RAS
6. PAULISTAS x MAZOMBOS 241
243 ARQUIVOS
O massacre no Jaguaribe, 1699 ARU Arquivo Histórico Ultramarino. Lisboa
245
Uma guerra injusta A EB Arquivo Público do Estado da Bahia. Salvador
255
o A devassa de João de Matos Serra 266 Aluca Biblioteca do Palácio da Ajuda. Lisboa
Armas de fogo Biblioteca Nacional de Lisboa. Lisboa
271 B é
Da prisão do mestre-de-campo à dissolução do terço BNI Biblioteca Nacional de Paris. Paris
i
PREFÁCIO
! Luís da Câmara Cascudo. História do Rio Grande do Norte. Rão de Janciro, 1955, p. 96.
2 Neste livro, a capitania do Rio Grande é nomeada sem o adjeto “do Norte”, que
passou a ser corrente após 1737 para diterenciá-la da capitania do Rio Grande de São
Pedro, depois Rio Grande do Sul.
14
PREFÁCIO 15
Id PREFÁCIO
aliás, do que a relati- O segundo motivo ainda pertence ao âmbito da documentação, que
vasta quantidade de documentos — muito maior, não apenas dificulta a pesquisa, como de fato não registrou a série de
foi escrito sobre ela, € isso por vá-
va à “Tróia negra” —, muito pouco conflitos com à dimensão pertinente. O fato é que pouco interessava à
da historiografia por um
rios motivos. Primeiro, certo desencantamento mísera epopéia portuguesa nos trópicos a seqiiência quase ininterrupta
mas cujo trato com a docu-
período de nossa história tão importante, de assassínios c massacres que acabaram, por pouco, reduzindo os po-
entre as guerras holande-
mentação parecia muito árduo. Comprimida
o encanto do século das vos autóctones até a sua completa extinção. Dessa mancira, os depoi-
sas e a descoberta do ouro em Minas, com todo
pletora arquivística mentos, os relatos e os testemunhos ficaram por séculos guardados no
Luzes, a segunda metade do século XVII, “diante da “Faz ain- recôndito de uma documentação administrativa, referida às mercês e
Cabral de Mello,
do Brasil Holandês”, nas palavras de Evaldo
as fontes narrativas; à promoções de funcionários da Coroa, às políticas mesquinhas que mais
da hoje figura de parente pobre”. Pois “são raras diziam respeito à contabilidade das fazendas ou aos arreglos entre pe-
é de consul-
documentação, quase toda monotonamente administrativa, quenos poderosos, leais súditos, do que à história dos homens. Não há
exclui automaticamen-
ta difícil e penosa e, mercê deste caráter oficial, sequer uma crônica coeva dos acontecimentos. O historiador dessas
passado colonial”. De maneira que esta documen-
te grandes fatias do guerras se vê, então, diante de um papelório no qual deve garimpar,
ao gosto da historiografia
tação impossibilitou “as sínteses de período, tão aqui e acolá, pequenos indícios, com base nos quais poderá formar uma
do assunto, confes-
oitocentista”.* Capistrano de Abreu, que entendia
mais lhe seduzia era visão mais abrangente dos sucessos.
sava em 1887 a seu amigo Rio Branco que 0 que Por fim, como na época não havia interesse em sequer registrar quem
holandesa”. Na obra
“o século XVII, principalmente depois da guerra
diz respeito às guerras se aniquilava te, como veremos, esta é sem dúvida uma das mais cho-
de Varnhagen, nas suas palavras, “tirando o que
este século. cantes complicações encontradas pelo historiador, afinal, quem eram
espanholas e holandesas, quase nada há para representar
principal. Para o os bárbaros?), isso ecoava, sem dúvida, na historiografia oitocentista
Preencher essas lacunas é portanto o meu interesse
o problema não é difícil, mas para o resto, sem formadora dos cânones factuais de nossa História. À lengalenga
estado do Maranhão,
tarefa árdua”.* indianista de nossos românticos, primevos historiadores, não vingara para
crônicas e apenas com documentos oficiais, parece-me
páginas à Guerra dos além da pura afirmação do mito de um índio ancestral, espécie de cle-
Varnhagen, com efeito, não dedica mais que duas
com adágio mento referencial na reconstrução historicista da literatura romântica e
Bárbaros na sua História Geral do Brasil, nas quais conclui, então os de símbolo privilegiado da especificidade da pátria. Neste momento
“Nas capitanias do Ceará € Rio Grande davam
de fazendeiro: afora a Confederação dos Tamoios, que Gonçalves de Magalhães publi-
dado ao episó-
índios muito o que fazer”.* Com exceção do tratamento
do movimento cou no mesmo ano em que Varnhagen trouxe a Jume o primeiro volu-
dio dos Palmares, impulsionado com o fortalecimento me de sua História (1857), quase nada mais se escreveu sobre a resis-
moderna,
negro, € o espaço conquistado pelo escravo na historiografia
em analisar a dinã- tência indígena ao invasor europeu. Os índios ficaram, por muitos anos,
principalmente de cepa marxista, que se preocupou assunto apenas dos arqueólogos ou dos antropólogos. Foram estes, en-
nada, quase nada,
mica das classes no período formativo de nossa nação, fim, que trouxeram, pouco a pouco, a necessidade de se escrever a his-
ficou do período.
tória destes povos. Fenômeno que ganhou impulso, como já foi dito,
com a nova carta constitucional de 1988, que garantiu direitos aos habi-
São Paulo, 1996, p. 12. tantes ancestrais do (hoje) território nacional, como que reconhecendo
3 Evaldo Cabral de Mello. 4 fronda dos mazumbos.
). H. Rodrig ues (cd.). Correspondência de Capistrano de desse modo, séculos de lutas por sua sobrevivência.
4 Cara Rio Branco, 30/3/1887.
de Abreu, desta vez em carta à
Abreu. Rão de Janeiro, 1954, vol. 1, p. 113. Capistrano Brasil seria
Em nosso século, a história da Guerra dos Bárbaros já havia sido
“o ideal da história do
João Lúcio de Azevedo (14/9/1916), explicava que timidamente tratada por duas vertentes da historiografia. Uma pri-
o lugar ecupad o pelas guerras flamen gas e castelhanas passasse aos su-
uma em que meira, a historiografia regional, cearense, potiguar ou pernambucana
acredit ava, contud o, que tal coisa pudesse scr
cessos estranhos a tais sucessos”. Não
to: “talvez nossos netos consig am ver isto”. Citado na “introdução” de inscreveu os episódios na cronologia local ou, ao correr da pena, na
feita de imedia
os de históri a colonia l & Os caminhos antigos e O biografia dos pró-homens. Mais recentemente, historiadores como
José Honório Redrigues aos Capítul
povoamento do Brasil. Brasília, 1963, p. 12. Carlos Studart Filho, para o Ceará, « Olavo de Medeiros Filho, para o
do Brasil. São Paulo, 1975, tomo 3, Pp.
$ Francisco Adolfo de Varnhagen. História geral - Rio Grande do Norte, atualizaram em termos modernos esta perspec-
256.
prEpÁCIO 17
6 PREFÁCIO
se haviam metido sológico do sertão « em suas conexões com as políticas indigenistas em
tiva local. Em São Paulo, já que os “bandeirantes”
”»
à historiograf ia regional pro- prática. Neste sentido, procurei compreender os novos padrões que se
indelevelmente nas guerras do Nordeste,
Affons o de Taunay. Seu imprimiam no relacionamento do Império com as nações indígenas, to-
duziu talvez à melhor cronologia, na letra de
e da documentação madas, desde então, como estorvo à expansão c ocupação do território.
estudo, contudo, está quase que restrito à anális
ada integr almente, Em outras palavras, se as guerras seiscentistas estão na raiz dos meca-
da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, public
cos. Inseri do na nismos de aniquilamento destas humanidades originárias — constituin-
para o assunto, nas páginas da série Documentos Históri
da Guerra dos do o preâmbulo do genocídio que seria em grande medida completado
sua História Geral das Bandeiras Paulistas, o episódio a
páginas da Revist ao longo de século XIX —, o que vimos surgir no decorrer da Guerra
Bárbaros ganhou até uma edição em separata nas
ram esses passos € dos Bárbaros foi uma nova orientação política do Império português,
do Arquivo Municipal” Outros conterrâncos segui
vezes até um pouco levada à termo pelos seus agentes coloniais com o fim de produzir o
nos deixaram páginas sobre tais guerras, algumas
sertanejos. extermínio das nações indígenas do sertão norte. Diferentemente do
constrangedoras, nas crônicas das atividades desses
relaci onada a uma tentat iva de escrever século XVI, quando, em contato com os grupos tupis da costa e no con-
Uma segunda vertente está
indíge na e articul a-se, assim, com as pers- texto de afirmação do domínio, estas guerras objetivavam o extermínio
uma história da resistência
capítulo, na total e não a integração ou submissão. É certo que os Quinhentos assis-
pectivas renovadas da história dos índios. Trata-se de um
Hemming, sobre a con- tiram a guerras implacáveis contra os habitantes originais, como os cactés,
verdade, do estudo mais compreensivo de John
da Cruz que haviam comido o bispo Sardinha, ou os aimorés e mesmo os tamoios,
quista dos índios “brasileiros” (sic), é do livro de Maria Idalina
foi a primeira a ul- massacrados pelo governador do Rio de Janeiro, Antônio Salema, no
Pires, Guerra dos Bárbaros. Esta autora, com efcito, €
teca Nacional, ano de 1575. No entanto, jamais se baviam mobilizado tantas tropas
trapassar o universo restrito da documentação da Biblio
do Arquiv o Histór ico Ultramarino. tanto esforço para debelar de “mancira definitiva” a resistência dos au-
incorporando pesquisa nos papéis
do, este livro, que é referê ncia obri- tóctones à ocupação de um vasto território. Os tapuias cram tomados
Originalmente dissertação de mestra
Bárbar os, restri nge-se , porém, ao episó- por ampla e duradoura muralha que sc erguia no sertão, obstando a cx-
gatória à história da Guerra dos
“Guerra do Açu”, não focalizando a Guerra de pansão do Império e a propagação da “verdadeira” fé, como empecilho
dio agui denominado
por sua vez, está ao desenvolvimento da economia pastoril e à exploração dos minérios.
maneira integral, como ela mesma explica. Hemming,
“ín- O livro está dividido em seis capítulos. No primeiro, procuro apre-
preocupado em historiar a conquista c o desaparecimento desses |
para sua situa- sentar o quadro geral da expansão da pecuária, nos marcos do sistema
ú dios brasileiros”, mas com interesse muito mais voltado
a, ainda estava por fazer uma narrativa mi- colonial, para compreender os vetores da penetração nos sertões e à
ção presente. De toda mancir
pelo menos o quant o permit isse o maior dinâmica dos conflitos que se estabeleceu, notadamente na segunda
i nuciosa dos acontecimentos,
d metade do século XVII, na fronteira do nordeste da América portugue-
esforço de pesquisa. i
sa. A idéia é entender a natureza da resistência indígena que implicará
4
2 quadro mais
A perspectiva desse trabalho é inserir esses conflitos no
f socied ade na perifer ia do Antigo a guerra de extermínio promovida pelos luso-brasileiros. No segundo
compreensivo da formação de uma
sucess iva de batalh as e recontros, capítulo, discuto como as classificações conferidas aos povos indígenas
Sistema Colonial. A dinâmica da série
de Guerra dos Bárbar os, foi pro- estão na raiz da definição de uma política indigenista relativa aos ha-
que se articulam nesse todo chamado
imple menta da no contex to me- bitantes do sertão e embasam os sucessos da Guerra dos Bárbaros. Os
curada sobretudo na estratégia militar dois capítulos seguintes, “Guerras no Recôncavo” e “Guerra do Açu”,
recuperam a narrativa dos acontecimentos, batalhas c recontros no Re-
——————
, 1966; e Olavo de côncavo Baiano, entre 1651 e 1679, « no Rio Grande c Ceará, entre
* Carlos Studart Filho. Páginas de história e pré-história. Fortaleza “1687 € 1699, isto é, até a formação do terço do mestre-de-campo Ma-
1997.
Medeiros Filho. Aconteceu na capitania do Rio Grande. Natal,
. São Paulo, 1950, princi- nuel Álvares de Morais Navarro. No quinto capítulo, procuro compre-
7 Affonso de E. Taunay. História geral das bandeiras paulistas
palmente o vol. 6; e “A Guerra dos Bárbaros”. RAM, 22:1-331, 1936. nder a exata dimensão desse terço, no quadro mais amplo das forças
indígena e conflitos no Nor
* Maria Idalina da Cruz Pires. Gherra dos Bárbaros: resistência brazilian
Militares na Colônia, c apresento uma análise de sua formação, com-
Gold. The conquest of the
deste colonial. Recife, 1990; e John Hemming, Red ;posição, financiamento e dinâmica. O capítulo final trata da atividade
capítulo 16, “Carte”, p. 345-76.
indians, Cambridge, 1978,
prREFÁCIO 9
IS PREFÁCIO
Grande, entre 1699 e 1716. colegas c amigos. Agradeço a José Arthur Giannott e a Luiz Felipe de
do terço dos paulistas no sertão do Rio
acre de quatrocentos paíacus na Alencastro, pela confiança e incentivo, e aos colegas da área de história
Tomando por base a narrativa do mass
de 1699, e dos desdobramentos e antropologia, John Manuel Monteiro, Miriam Dolhnikoff Angela
fibeira do Jaguaribe, em 4 de agosto
feita pelos oratorianos de Pernam- Alonso e Paula Montero, assim como aos outros amigos da Rua Morga-
posteriores, com à denúncia de abusos
ro compreender os conflitos do de Mateus. Agradeço, em especial, ao grande companheiro, de idéi-
buco, missionários dos ditos tapuias, procu
à “nobreza” pernambucana. as e princípios, Omar Ribeiro Thomaz,
entre os paulistas € Os moradores associados
ito intra-elite colonial, quanto Agradeço aos funcionários das diversas instituições, arquivos c biblio-
Para além da análise da situação do confl
à luz da “fronda dos ma- tecas onde realizei a pesquisa, especialmente os do Arquivo Histórico
a disputas por terras, este episódio foi visto . “Trata-se, en- Ultramarino em Lisboa c os da Biblioteca Nacional de Paris. Parte impor-
do Cabral de Mello
zombos”, tal como estudada por Eval
a de extermínio movida contra os tante do trabalho foi feita na magnífica biblioteca de José Mindlin, a
tão, de perceber as relações da guerr
índios do sertão, tidos por bárbaros€ indomáveis, com as disputas polí- quem agradeço, assim como a Cristina Antunes. o
uguesa no final do século XVII. Em Paris, encontrei um ambiente de agradável discussão nos semi-
ticas que se gestavam nã América port
as identidades regionais em for- nários da Sorbonne IV e da cole des Hantes Etudes en Sciences Sociales
Disputas que estavam articuladas com
pernambucano, fosse no âmbito Agradeço a Kátia de Queirós Mattoso, professora, admirada historiado-
mação, fosse no tocante do nativismo
paulistas. ra e amiga. Outros mestres ajudaram este aprendiz, entre os quais, gos-
de identidades “grupais”, no caso dos
A proposta deste traba lho é, porta nto, desvendar esses mistérios, nar- taria de destacar Vera Lúcia Amaral Ferlini, Stuart Schwartz Sérge
No mais, como dizia o Rosa, “mes - Gruzinski, Laura de Mello e Sousa e Mary del Priore. :
rar essas lutas, entendera confusão. Agradeço também o apoio dos colegas da pós-graduação, companhcei-
ade”.
mo, da mesmice, sempre vem à novid
ros de geração, particularmente a Iris Kantor, Karen Lisboa, Márcia
Padilha Loctito, Maria Cristina Wissenbach, Maria Fernanda Bi alho
Agradecimentos o
Sílvia Barreto Lins e Paulo Garcez Marins.
, de minha tese de dou- No Nordeste, fiz amigos que partilham o interesse pelos tapuias
Este livro é versão, ligeiramente modificada
ao Prog rama de Pós-Gradua- indômitos: Fátima Martins Lopes, Maria Idalina da Cruz Pires Marcos
toramento apresentada em junho de 1998
ofia, Letra s e Ciências Hu- Galindo e Luiz Sávio dc Almeida. Olavo de Medeiros Filho, que co-
ção em História Social da Faculdade de Filos ca nheci em um encontro em Penedo, orientou-me nos arquivos do Justi-
. Na ocasião, contei com a críti
o
manas da Universidade de São Paulo
! Ambrósio Fernandes Brandão. Didlogos das grandezas do Brasil (1618). Recife, 1966,
Pp. 7; € frei Vicente do Salvador. História «do Brasil, 1500-1627 (1627). São Pyulo/Belo
Horizonte, 1982, p. 59. Frei Gaspar da Madre de Deus, lembrando os primeiros tem-
pos da colonização, notava que todos os gêncros produzidos junto ao mar podiam ser
conduzidos facilmente à Europa, ao passo que “os do sertão, pelo contrário, nunca
chegariam a portos onde os embarcassem, ou se chegassem, seriam as despesas tais
que aos lavradores não fariam conta largá-los pelo preço por que se vendessem os da
7
“ marinha”, Memórias para a história da capitania de S. Vicente, hoje chamada São Paulo
41797). São Paulo/BeloHorizonte, 1975, p. 92, 8 LIS.
o Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo, 1953, p. 182,
4
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 23
ÍNTIMO DOS SERTÕES
22 NO
o trans-
s, notadamente à moenda, € para
mover as máquinas dos trapiche não proibi-
bém de alimento, nos dias
porte das mercadorias; servia tam € fornecia,
viais c das cidades do litoral;
dos, para Os habitantes dos cana s de ta-
cra utilizado para embalar os rolo
acessoriamente, o couro, que .
prima para Portugal
baco ou exportado como matéria- a” A
o.
jo
faç SON '
sertão
S
A pecuária e os caminhos do
difi-
a
5d a
bem como, paradoxalmente, suas
O crescimento desta economia, ent o parã O sert ão. À
nsão do povoam
culdades, é que permitiram a expa ajud aria a pro mov er Ler
mancira acessória,
Jeapssieris
Corea,
dos port os de -
o preço das terras próximas ve
ainda mais quando se valorizou ca Olina ; .
À separação entre à cultura da cana vz a és
embarque e dos cursos fluviais. nial , no qual Cabo de Sto: :
ema geral da economia colo
«&s
o»
pecuária resultava, então, do sist ao al-
sua qualidade como localização Posto Calvo
“as terras aproveitáveis, tanto pela
Vas Mem, ,
não sobr ando cs- Na
,
avidamente ocupadas, da
cance do comércio exterior, são o Jr.* Por outr o $
palavras de Caio Prad É ,
paço para outras indústrias”, nas sz tesiors
isto é, na situ ação V
pastos sem fechos, $$
lado, a criação dos animais nestes S tape
form as mais aprimoradas de controle (tais “
particular de inexistência de às “ap
á, fazia-se extremamente perigosa
como cercas), e meio ao deus-dar
í s e
ade de uma cart a
outras. Daí à necessid
Í
plantações de cana, mandioca e
ê a vs Salvador *
fábricas de atanados
ustrializado que se preparava em
* Ocouro era um produto semi-ind quantidade de
cram indústrias maiores, seja pela
Van
ou curcumes de solas. Às primeiras Na meta de do sécul o XVI, nas
ro de escra vos.
tanques c palames, seja pelo núme Recif e, o número
entes no bairro da Boa Vista, em
cinco fábricas de atanados exist Domi ngos Ribei ro de Carvalho, o
instalação. O de .
médio de escravos cra de 28 por o) € 4Y escravos
eurtir “com casca” (casca de angic Lo,
maior deles, tinha 127 tanques para de solas de Pern ambu co, mais mo-
os curtumes
de serviço. Neste mesmo momento, 22 deles no mes-
vos de serviço. Existiam, então,
destas, tinham em média dez escra e na vila de Igaraçu. “Informa- Cirimé
o, nos Afogados
mo bairro de Boa Vista, nO Mercatud consumia
da capit ania de Pern ambu co”. ABN, 28:479-81, 1906. S6 o tabaco
ção geral expo rtaç ão de couro do sertão
de 27.000 solas: ca
em 17, ase harem Antonil, cerca s de sola. No total, porta nto, O co”
99 mil meio
do Nordeste para Portugal alcançava solas, o que resultava no mesmo
número
de 72 mil
méscio atlântico consumia cerca l, por suas drogas
abati das. Pe. Andr é joão Antonil. Cultura e opulência «a Brasi
de roses ndo volu me do livro de José
eminas. ete. Lisboa, [TUM p. 187-8. Veja ainda o segu
e do couro. Rio de Janei ro, 1965.
Alípio Goulart. O Brasil do boi , 1953, p. 182.
do Brasil contemporâneo. São Paulo
4 Caio Prado Júnior. Formação do Brasi l: 1500] 1820. São Paulo, 1978,
História econô mica
* Roberto Cochrane Simonsen.
p. 151.
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 25
24 NO ÍNTIMO DOS SE RTÕES
onde Aquese as do
do seusc quinhão.
inhã Na: mesma 5 ocasião,
iã se engenhou alt uma chou
c os currais de gado se situavam
Segundo Antonil, as fazendas e de rios ou lago as”. ana, coberta Nestde
nas e palha,
alha, , para
para 1 oo curraleiro,
c 1 i q que eraaoo índio índio Valério
Valéri da À
sempre manant
bavia “largueza de campo e água ão, ao TEM PO que Sur: - N Neste ficaram trêss novilhas s, uma vaca e um touro. O se
as c de relevo do sert
De fato, as condições climátic per mit iam a cria- gundo foi foi levar
levantado
anti no di: à 10 do mesmo s É c ano, na ponta
mêsés onca do
d
dada à aridez do solo,
impossibilitavam à agricultura, a” dos abo
bo SãSão “Tomé, , pelo capitão capitão Riscado,
Rj , que,
que, diasdias depois,
dis, i e à a Pouca
pouc
caat inga não fosse ideal, a “larguez
ção. Ainda que à forragem da a pas sag em fran- distância deste, armou um outro deixando em cada um del os inc
da vegetação Eacilitavam
S ã « a . º à , ea
cimento de água era fator essenci norte, cram 05 ração, azia-se de maneira contígua e contínua. “Todavia, a explica
o, ao suLcoP arnaíba, ao E Do
do gado. Os rios São Francisc is, na expansão deve
çãoão pe para a csesta extansão dev ser bus
ser buscada nas dificuldades da situação
por serem rios perenes; OS dema
principais cixos da ocupação, Por ou- ro mica. a Colônia, e não em uma dinâmica quase “natural”o de cres
igavam algumas das fazendas.*
a ' º »* nº » anã 1 . ,
maioria seus afluentes, ainda abr bem como 05 cim Ccaco . o período posterior à expulsão dos holandeses do Nordestea
a .
tas no Ceará e nas Lagoas,
ri, , à ex
tro lado, as salinas descober co fa- + foi extremamente dificil para a economiai açuearei
“lambedouros”) do São [ºrancis
p: 3ra-
barreiros salgados (chamados de de l o ATEZ, ores internos
no Nordeste” O estabelecimento sil. Segundo Stuart Sch : Ê cor ea penali-
a r t Schwartz, se é verdade que fat t
vorcciam a expansão da pecuária gado va- zaram
carma a atividade ade produtiva,
pr » tais
tais como
mo cpidemias,
i as,
i SECAS secas E e OULFAS
ás calacutla-
fundar vários currais para criar
uma fazenda, onde se podiam 0 que expl ica à rapi dez com mid des naturais, Os problemas mais fortes residiam em fatores exter
a sumária,
cum e cavalar, fazia-se de maneir ei-
. Como resumiu o autor do “Rot os: o crescimento da concorrência interimperial, com a ascensão da
que a fronteira pastoril se expandiu part de
e e qução ani haná e a partir de 1680, a conseqiiente inflação dos pre
uma casa coberta pela maior
ro do Maranhão”, “levantada
palha, feitos uns currais e introduz
idos os gados, estão povoadas três s escravos, dado o ãaumento da procura em África. Á Fri Ness i tido,
à $ implici- a : Coroa procuravacu ! a : alternativa
uma i para repor ras
: das nãono tratot colo
perdas :
uma fazenda”. Podemos ver
léguas de terra € estabelecida do por nial.
a Expedições S aoq interi erior, antes até É desencoraj:
s o Jad s, adas, passaram
passaram oco ;
agora a
currais cm um documento cita
dade do estabelecimento desses anista Miguel or apo e mesmo a ser agenciadas pelo governo-geral.! é
sete capitães”, do sert
Oliveira Vianna, o “Roteiro dos
a sua viagem aos campos dos Goi- Ç
o esforço ração dos engenhos
de restauraçã o destruídosid e da re-
Ayres Maldonado, em que descrevi cuperação
peração da economiaiz açucareira, si a empresa colonial portuguesa na
tacases, em 1664: portanto votou -se para Õ expansãoã territorial
América itori em direção ao interior e
,
o no dia 8 de dezembro de 1663 : foram ; cidente. O processo s de oc upaçãoã do sertão ã era dinamiza-i
“O primeiro curral foi levantad u
terras que para esse fim lhe cede o cio incremento do povoamento e pela diversificação das atividades
pelo capitão João de Castilho, em o do gado, sseguiam as: expediçõ edições
ado, por achá-las aquele mais
próprias | .
f ções em usca busca dede riri-
o capitão Miguel da Silva Risc aquezas » pedras e metaiso preciosos. . O governo-geral, notadamente a partir 4
mm
do São Francisco e do Ita
a mea
mpa nha ndo o cur so Capistrano
S / ando-se no biógrafo
dec Abreu, fiando-s ló
que aco à outra que, par- de G “rei
de o “sertão de dentro”, € ' grafo de doGomes Freire de
o que Capistrano chamou fora”, isto É, as regiões
Andrade, acreditav: no bom
Jaão RNA aeredicava sucesso do capitão-mor cabo do No a
ocupou os “sertões de
tindo de Pernambuco, tão baiano, ou do do po que havia sido incumbido pelo governador do
” . a 1 , :
Dn A me vt
mais próximas do litoral, até O atual território do Maranhão de ac tar o caminho do Brasil. Segundo o biógrafo, Velho do
2) e ve! 1 ' , ' O
com pre end ia toda a região que ocupa até escrito uma narrativa, ainda perdid a ou extraviada.”” º No
“int erio r”, mais o interior ctravi
inc luí da a mar gem ocidental do São E rancisco,
est ado, Itapicuru e rio
Piau í e o “ter ritó rio dos Pastos Bons”, região do alto
do ou pernambucano, erà io São Franci
“To can tin s. O sertão “exterior”, costa da Cidade até a barr:
São Francisco, cerca de 80 léguas,
e, rio acima
das Bal sas até cialmente acom-
rente de povoamento, ini 130 léguas, até à para q rio
. Pernambuco seC
A cor de O sertão de
mais pró xim o ao lito ral. ossibilita- De até à . ci
“ Agua o Grande
território semi-árido que imp estendia na marge m di São d Francisc
ra num a do ro cisco até à cidade“ de Olinda, cerca de BO
panhan do a linh a cos tei Ceará, passan- adentrando até 4 a barra ddoo riorio A Aguaçu, ecrea de 200 léguas.
, Veja também Cai
se estendia da Paraíba ao
aden
léguas,
- » 565] a mi m Caio
nti o mes mo da can a e : Prado Júnior. É. contemp orâneo. São Paulo, 195. ,
va o pla correntes baianas, à sea lo dl ormaçã o «do Brasil 12d, De .J. A. Gonsal ves
se encontrando com as
“de ros setecenti o
Gra nde , aca bou o limittrês
. até o extremablicou a roteiros setseentistas indicativos da penctração nabo ana na
do pel o Rio do rio Jagua-
que se int eri ori zav a, particularmente pela bacia , erritório da capitan
pitania
“ari nha, fr
i: , o Carinha ;
a, Srs roteiros de ação
medida do territóri o dernambr . :
Sobre o assunto deja ainda
no Tide 1806) Recife, 1966.
: a
,
vol.|, p. 17-28
bia du couro Rio de Janciro, 1965,
o
4! =
a onde
.
era João
al go,
na
de pólvora ne-
do para a fabricação amenta causado s mirage
pelas habi gens
(nitrato de potássio), que era. utiliza fifundamentav:
va uma
“ .
nejos eram,o por outro lado, explorados has que
cabrro
udo da Índia, o salitre
Índi: fi q pimento por pandil
plantavam amostras de minério com o » tim de obter as graças
«ntão S à
.
gra.” Importado então sobret reais io
quando as armas de togo re- - o de Belchior Dias, o cornel Bel
indústria importantíssima no século XVIL,
ines tim ável K para aas afirmaaçção das. metidas avi um bisnet
Assim agira
idas.. Assim Dias, one] Belchior
ógico E
presentavam um av anço tecnol a Fonseca Sarai :
É verd ade que, no co ntexto espe í cífico da segg unda : dar
na ons eca
x Sara: iva Dias Mor éia , o “Muribeca ”,
t o . Inc umb id
sido I
pelo gover-
potências coloniais. de uma na ar dtonto Furtado, meteu-se em 1675 na serra do “Caniny” [Cariri? |
hesitara diante da possibilidade
metade dos Seiscentos, a Coroa desta com amostras de mispíquel que ele havia devidament :
féricas do Império na produção Sã nde vo tou
auto-suficiência das regiões peri e P 1 ado, misturando minério de prata. Todavia, para desgraça do Mu.
e E
do salitre no sertão do Brasil.
apoio às iniciativas de pesquisa Pedro “oro ficaria por conta do salitre.?* “Ploração mineral
Bahia, desde o final do século XVI.
ferências às minas no sertão da :
re ai dedi r
anôni
i, semsemppre
ão
va serãotãoda daBab
i
Barbosa Leal, nas Denunciações
de Pernambuco (1593-95), diss
ia achara salitre junto ao rio
e que a
(por isso |. aise
*
vera
Oautord
cr “tre”. Reco que, , “no sert ] Bahia, » Sem
pre ouvi i dize que havia sali-
,
expedição de Belchior Dias Morc fazer “
efeito, quando Moréia, neto
do Ca- ar mendava, neste sentido, que o rei mandasse
mesmo) de mesmo nome.” Com - as, uma 4 -
ofici
Soares de Sousa, resolveu dar pros
na de pólvora e desta prover as* conquistStas, € como Ar e 7 fazer San Ty
ramuru e primo do cronista Gabriel -hossa colônia do Sacramento, Rio de Janeiro Espírito S oa ni Tomé, €
aos. .
o Barr os,
ompidas pela morte de Cristóvã
.
troca da notícia da localização A eo do vao a Pereira, da Casa da Torre, ' obtivera, , em 16545d, uma sesmaria na Dart;
, “a lenda célebre
Jar, do . que originou-se, segundo Basílio de Magoalhdaãesnossa evoluçãom colo- jsstiadasé
-
Ja
com Bentarso Surre l: é Manu Silv
cl dacarta que
ade que 11a
aria,ura-
sestmproc
u conflitoser:
irás mis a dar Fetoem IS Registro de uma Silva
a DH, 19:42; raia SS
das minas de prata que atravessou todo o rest . € cldorados, PATIGSA,
. por esses sonhos de riquezas
.
arta do governador-geral para o
nial”. De fato, estimuladas inador de Pernambuco, 3/6/1671 MS 7
on. /fis-
Janciro, 1939, p. 378dr20 também Pedro Calm
o de Magali Rio de p o .
Res,Expansão geogra, j
ESTE RSoo Bresil Colonial. S. Paulo, 1935, p. 48-56.
Stuart Schwarta. Segredos internos.
São Paulo, 1988, p. 52-3.
Pernambuco (1593- E érido que se fizesse em quanti rapá rca do
partes do Brasil, denunciações de
» à poderia mand ar vender a seus vassalos a
Primeira visitação do Santo Ofíci o às Miniténs a fina, « à mcia pataca 4ade,
* . grossa, no «ue teria um grande tendimento c
1595). São Paulo, 1929,
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 33
ÍNTIMO pos SERTÕES
No que teria de ser bancado dois anos ao menos pela Fa; i i
ulso no governo de
32
grande imp
Com efeito, à bus
ca das minas ganharia superação da depois ser arrendado.” + Dela Hatendá, poderia
75), no contexto de
Afonso Furtado de Men donça (1671- capi- numa carta do O empreendimento, porém, não avançaria antes da inicial
on om ia aç ue ar e ira .” Em agosto de 1671, iav a-o s à de Lencastro.
Lencastro, que, que, cm 1692, 169, enviou NelaR frotaa uns uns Dabarcis de am
ris de amostras
apado €
crise da ec heco, env
Cas tro Fra gos o ca Manuel da Silva Pac ame tis tas , conve idea o do acerto da empresa.“ Depois de várias diligên-
tão João de ícia de existirem
sertão, onde havia not vo-conduto c uma
serra de Picacará, no to, recebiam um sal
. Par a tan
prata e Outras ped ras s, como Francisco cado
tado toi pio.
fot pífio.* en
Seu sucessoressor ne no ro doo Basil Brasil, d.
LRRodrigo idoda da Cross
Cost:
de aux íli o par a que sertanistas famoso val ho, esclarecia ano mais cus “que há nesse Estado Inãol o ne
recomendação ues Car
Ant ôni o Per eir a, Domingos Rodrig da à manentes, poru ando mais que se lhes tira à primeira flor, todas as
Dias d'Ávila, pad re va ain
m tod as as inf orm açõ es necessárias. Consta e e o des d al oe Fraco rendimento” * Nesse sentido, consi-
ajudassem-nos co em tim bém as minas
do sal itr
ta de um a or de m pata que e) xaminass da nadar , desposis , d. Pedro H decidiu, em 9 de agosto de
car M
tr as ou apen as ira rea « e salicre + De toda maneira, à busca do
e mandassem amos ex pe di çõ es , fracassou c result
out ras s
Esta, como várias presumidos sesmeiro
em bri gas e ci úm es ent re 08 descobridores e Os
se ri am ne ce ssários grandes inve
stimentos mais agudas e ogdas no sertão do São Eransisoo, donde haver significado um
po fera Sã 1 is o, donde haver significa
jei to, cabedal
das terras. De todo
| dos vetor are dos vens das tensões entre os apuias e os alonoo
ser tão e não hav ia na Bahia pessoa com
a Dra de dios ves, à mão-de-obra utilizada para a extração € o
para retirar O salitre do es a. Ist o po rque, segundo um pa
recer do
tal em pr
para T ealizar sozinha ati vo às minas nos sertões
da Jaco- o doados sos > co os araques, tambaquéns, paiaiás c sacariús
ari no de 167 9, rel a O pa sanonto tesionários que os forneciam para o “serviço do
nério mistu-
Conselho Ultram
Salitre), não se podia conduzir o mi RA : cs serviços nem sempre cra pontualmente
rio a ser
bina (na ribeira do na natureza, mas deveri
com Letra OU pedra, como àp arecia de out ra Sorte | ad eua a osrntação dose do governo-geral, Em 1703, res-
rado
€ pu ri fi ca do co m co zimentos, que i o Rode da ração o capitão dos índios papiases, Paulo
trazido já “apartado neira, “for-
de ter ra em lug ar de sahrre”. Dessa ma
seria pagar carretos sítio das a Tha DE da Costa ordenava que o capitão-mor Antônio
am lav rar pr im ei ro as oficinas no mesmo €
çosamente se devi tinas
grande casa para às
as, as qua is de ve riam constar de uma ar ma zé m par a se do dios em atraso.” Às vezes pr ências DO Go
min
ia de sep ara r O salitre, outro to
hav amen do missionário frei Lázaro da Purificação, ao ; a Ve so se seus
moxarife ou feitor € aloj eram.
, que pedia, em 1705, que seus
caldeiras onde se par a O al
pur o, cas as
recolher depois de além dos quartéis que
ne gr os de todo aquele serviço, assal-
par a os rass em a instância dos
ce ss ár io s par a al gu ns soldados que segu fei to pel o rio São - em
Consulta
que se d aplica se dutos i 9/12/1679, DI, 88:172-4. Há um papel, de 1694
ne
un vi zi nh os ”. O tr ansporte seria r0-'. Da a es o modo de preparar o salitre. Sobre como proced a )
tos dos índios cinc ce ss ár io out ro armazém “jun to à 1, onde :
um
Carta de João de Lene guinte, 1694, BNP, ms. portugueses, códice 30, fls. + SI
s era ne
Francisco abaixo, ma ia o rio inavegáve Relação das despes neastro ao rei, 13/7/1692. Ajuda, 51-V-42, 11.18v-9 Ds. ddr
(c ac ho ei ra de Pa ulo Afonso) que faz embarcações,
chedo” cav alo até as out ras
regado € passado à por terra ata de 20 prd. Rodrigo da C oa sabio, de LISO DH, 88771
deveria scr descar
Carta
caminho possível era
o pera de Pervambuco, 2242/1705. DH, J%:225-6.
a de Pe ne do . Ou tr o ;
que 0 te va ri am à vil l in ve st im en to
deveria haver outro armazém. "Ta able à cal dai portuguesa (1730). São Paulo, 1976 ivo 8. 19.25 ES
até Jacobina, onde
Ú flor & Hélio a are na América portuguesa, veja ainda: E nest pt
ão Paulo, 1996, pares SA fndlstria química e o desenvolvimento do Brasil, 1500 1889,
estranhos para €s
não viesse dos reinos ueses, códi asi e à sua egislação Rn º tomo 1, p. 133-8; João Pandiá Calógeras As mi
com isto impediria que 1680, BNP, ms. portug
Abreu À
do Brasil. São do de Janeiro, 1905. vol. Il: Sylvio btóes de
do Bras il, déc ada de
anô nim a
cio”. Inform ação
vernor and His Image
in Bare idléia mineral
PAilÁRio. de Janeiro, 1975, ia e Eai E róes de Abreu. Recursos minerais de
30, 11. 208. “In: Idem (co). 4 CGo
tro duc tio n” Men don ça b7:
o de Castra do Rio de
Stuart Schwartz. “in
the Fun era l fiut osy of Afonso Furtad fim da Divisão de Fomento da Pioctação Mina o TD Salicre na Baia”. in
Brasil, a.
Minneapolis, 1979,
D. 13-72.
E Manucl da Silv a Pa
checo que vãos d.
é EB,
' Rod rig o da
cod. 147, f
Cos ta
160
tã o-mor Antôni
par: o capitã o de Almeida Velho, 29/12/
na verdade, “em o São Francisco, ni vila, possuí a 260 légua s das marge ns direit as d
ada Diamantina, c cerca de O
Zazendas e currais léguas no lado do Ras da Ca da Chap herdeiros do mestre-de-cam-
CH Já os
o sertão encontrava-Se tot
almente devassado possuíam desde o mor “dos
àpo nascente do rio das Velha dos Chapéus, na Chap
ada Diamantina, até
No final do século XV LI, uma rala população. Ye "as, no coração das Gerais. Espalhava-se
arsamente ocupado por das vastíssimas
c explorado, ainda que esp da ocupação, no iní- iedades uma miría de de currais,3, várioss deldeles e de
ramos il melhor descrição artend rios ; un » propr
| cm Antonil que encont
2.
buco, então as duas
nagav:
ati o por um sítio, de ordinariamente uma lég a
tão da Bahia e de Pernam am a
cio do século XVII, do ser no sertão da Bahia as controlavam,
ras. Segundo o jesuíta, : od de foro por ano.* Essas famíli
importantes regiões criado das Velhas, das mbém grande 1700, 0 governa-
os cur rai s pos tos na borda do rio São Francisco, dor Fernando 4 1 arte lo sertão de Pern ambu co. Em
est ava m upe, Itapicuru, Real, mesquinharia (encastro, em carta ao ret, escandalizava-se com a
de, Par eme rim , Jacuípe, Pojuca, Enhamb dos
Ver o tomada de
daqueles sertões (além dos dois
Ras ,
Outros, “em os quais, por informaçã oDomingos
Vaza Barris, Sergipe e e mais de 500 currais,
€ mencnaiona
jádores dodio en
juris
Pa
o seus herde iros, Afonso Sertão) — mora- a
rer am est e sertão, estão atualment buc o, de outra légu:
conceder
nam do queriam
cor
vár ios que
Francisco 106”. O sertão de Per “nara2à sust .
a e Bahia, que
1 não ; conce
só na borda aquém do rio São
ã
s do rio de
épo ca, est ava pov oad o com gados nas margen da um, os miss de cinco pirocos, cinco léguas de terra, uma para
ma Calvo,
Ep teminhes o
na mes s lagoas do rio do Porto
ucl, das dua missões”. Maté-
Cabaços, do rio de São Mig naíba, das Pedras, ria que parecia isa da Con capuias das suas
o e que inspirou a:
aú, Jacaré, Canindé, Par onselho Ultramarin
“redação do alvará de 23 det
Car iri s, Pai
dos rios Par aíb a, avam as margens do etcrminavaano, que determi
c Pia gui . Igualmente povoadas est e novembro
rigacóriará tal de 4doação.*?
do mesmo 4
pit
dos Cam arõ es rio Guari- ecomono o obri
do rio Igu açu, do rio Corrente, do e sata .
rio Preto, do ro Guaraíra, gui grande, assim s religiosas eram também grandes
air
, do ro Carainhaém e do Pia 2 A n Brand propr ietárias de fazendas
guai, da Lagoa Grande sco, mas enviava-se direta
mente “de gado no sertão. S século XVII L
como a margem direita do
São Franci
inho direto, do de Pencenbu co na descrição de meados do
ia, por fica r “mais perto, vindo cam “ipa
“faze ndasdição
juris é currais de pad o as ordens recebiam proventos de várias
o gado para a Bah
buco”. Às boiadas achava
m pasto para des- sos do sertão de dentro. O
que indo por voltas a Pernam nestas serras, de onvento do Carmo da Reform Edo Re diver
maior frequência das chuvas
canso nas Jacobinas, pela gar ao mercado da sartri que rendiam por :
três a seis meses para che
modo que tomavam de do em maior número '00$000 réis. cas
o da Reforma na fr .
. Os cur rai s do ser tão de Pernambuco, sen esia de Guadalup
Hespie,ciotinha
de Cia aragib e do deCarm
gado com meia légua do
cid ade ainda seg undo à descrição uma fazen da
idional, totalizavam, Eres
do que os do sertão mer de duz entas até mil cabeças de
oni l, oit oce nto s. Hav ia currais
de Ant eriam chegar até 20.000
gado, e fazendas que possuíam vários currais pod
sertão seria de meio E" ta Anidré João Antoni
o Culto ' opulência do Hirasit. Lisboa, 1711, p. 186. Já foi
que o rebanho total do
SSD nt nei
arri sca
s. O jes uít a para Pernambu: ] idoo p aranhão a
q
Enni
sob seus cuidados ltura da cana, O trabal
ho que o ds
passador Eis : . :as devemos sempre
pre terter em
€ cont:
tem a esc rav ist a dominante na monocu men to por
do sis smo assalaria bor seu lado, assumia os gastos com os tangedo
se
era remunerado num sistema de parceria ou me - guias
Eu cando o do tac
o Cando
am um quarto das o a matalotagem da viagem, isto é, a came D mo.
undo Caio Prado Jr., recebi
tarefas. Os vaqueiros, seg tempo. Sistema que do que os os do tran: sporte,z que > não
nã cram poucos, cos, estavam
estavam embuti.
e i
determinado período de
crias do gado, após um celamento da pro- pagamento, Os lucros da economia pecuári lizam-so uno
liação do historiador, o par no
permitiria, segundo a ava ar ou adquirir uma Nas
tempoJacobinas,
os gudes nos inícios
vindas dos Setecentos
do dos tecentos, onde de im cam por calos
invernavam alguns
ueiro poderia logo arrend
priedade, dado que O vaq o, que estã não era 28500 ou SSODO réis é o ars nro interior, as reses cram vendidas a
por conta.** Creio, contud
us a é BRA , .
lec er- se
ses mar ia e est abe , a própria sobrevi-
ativa existisse em tcoria
Bava S$000 a 68000 sóis “ u preço na Bahia — digo, na cidade — alcan-
a norma. Posto que à altern os), assim como mos. era vend - E manso,
anso, útil parapara os os trapiches
i ou pat:
do vaq uei ro e de seu s ajudantes (por vezes escrav
vên cia que se somava O E e lido ali por 8$000 réis.” Nota-se, portanto, que via um
, dev eri am consumir toda a paga. Ão
to da boi ada al do escra- ah ão ercantil para muito ab
do trabalho, na situação ger
o tra pa além do custo do f rece, ganho h e a
a est a “li ber dad e”
fato de que pelo qual to- 5 a a esse intermediária de negociantes 8 este que to-
imp lic ava res pon sab ili dades extre madas, motivo
vismo, contad os nas costas do vaq
ueiro. É istemelhavaalho dos passadores,
à inog pass: ;, guias
gui c tangedores de gado em nada
zos cram des
dos os possíveis prejuí l à reprodução do. Manos, cantas voos quetípica que nos vem dos aesterns holly-
ra for ma de tra bal ho necessária c indispens áve os, reproduzida na historiografia.
Out H ivre
Isca de de algum ganho viviam cem situaçã
uação deDe
extrema A SS
carência e
1 — ca)”".; “Informação ger
gado dos relig io: sos de Pernambuco cm 1746 (cir
av «azendas de 1906.
buco”. ABA, 28:413-18,
ral da capitania de Pernam a. idiráhwarez
João Antoni il. Cultura Ênci do Brasil.7 Lisboa:
duç ão eco nôm ica”. In: M. B. Nizza da Silv 4 copulência
Arruda. “A pro
* José Jobson de Andrade 822. Lisboa, 1985, p. LIA .
di ré João res internos São Paulo, 1988, p. mo VAI. pe 169.
império luso-br asileiro, 1750-1 nhos antigos € Opovoa; Pinsdo rat go é opulência do Brasil. Lisboa, 1711, p. 190. Dos Didh
cedo To
rito
cha a pé pe-
ent e, gra nde parte deles seguia a mar to no o Corno aa tem , o de de riac s ao
mts SECOS, veredas mais adequada
Muito pro vav elm raridade € posse
alo era antes de tudo trânsito no meio da c: atini a d
gemia arena
jos sertões int eri ore s, poi s o cav
ueiros, como espinhosos, além de gara ntir a
nde s sen hor es e cedido apenas dos vaq os matos
proximidade com as eventuais font
exclusiva dos gra al, as crias do verdade, são rar ssi-
es de água. Na ação
ens áve l de tra balho.” De maneira ger mas as referênc ias às tro me . Em um episó-
instrumento ind isp preende da des- ment
pas montadas na docu
da partilha, como se de dio, Martin de Nantes
gado cavala r não par tic ipa vam
, presente em uma semp re viajava nosões,matocont s à pé e dizia te-
de Jác ome Pereira no sertão baiano mera
— o arr s “sol idõe s vastas que a que as tropas
crição dos cur rai s disso, 05 cavalos egimentadas para A sc assustadoras ” dos sert
de outubro 1665. Além
RE
arr ema taç ão dat ada esse importante do rio Salit re, em 1675 reuni
carta de de um curral. Segundo “tam, entre os p ortusm guerra na regi ão
da do pla nte l ns, todos a cavalo”.
a
eram parte red uzi eram 10% do plantel, vinteento
o a € sarg home
do Ju rumungão, Os cavalos “Em outra ocas es, cracent
guesndo
iã o, qua aind -mor d ei
document o, No cur ral , O valor estipu- Gard casiã
de da Sir ica , apenas 6%. Naquele ano Card oso, cons ta que Man uel Álva res de Mora is N o terç o de Mari as
trC-
e no curral do Fra quatro meses cra de : dis INdva rro part iu com
a cad a cab eça de gado vacum acima de valiam mais .zentos homens de armas e uma tropa de 27 cavalos, formada a sua cus-
jado par , com selas € freios,
08 cavalos mansos
18700 réis, sendo que
réis.”
do que o dobro: 4$000
189.
———— Brasil. Lisboa, 171, p-
l, Cultura e opulência do a acistocrá-
ss Pe, André João Antoni nci e entrega, 12 novilhos de 2?anos, 1 9 novilhas da mesma idade, 20 bezerros “ 22
cra “ani mal por exc elê
já hav ia mos trado como O cavalo ess ári o à dominação tras de 6 meses, que estão ainda por dizimar c pa Ig aro partido do ecurraiciro
I criador,
indo o movime nto nec
Gilberto Fre ire
co”, realçando c garant 124.0 cavalo! Pp: arideiras , duas P oldra: s d UC K) anos, 2 poldros de dois anos, mail Ss dy 34s
a p po | drasés “
tico c até autor ráti e. São Pau lo, 1 951, p.
senhor de engen ho
na rede patriarcal. Norilest ola. Cf. José Alípio
Goulart. -
: as, 27 bois d e
do ação para Ang ideir entr ih
e mercadoria de export
cra ainda important de Jan eir o, 1964. idade 43; e
O cavalo ne formação do Brasil. Rio assará,
€ € avatar na região de Mac atadors : 58, e novilhos da própria
uns currais de gado vacum que vão a ano a ad e db ' u
Jácome Pereira possuía Inhambupe, no sertão
bai ano . Par cei ro do contr
: de6 TOS da própria idade; c 18 De
uru . Jicome Pereira estã os; 3 pold ros le dois
entre o rio Real, Ecapic morto é inadimplente , e 14 caval os mans
rigues Meneses, estaY poldras de ano; c sa parideiras dos quais poldros se deve ainda o
dos dízimos Álvaro Rod ematação de seus bens Carea Geo de anos, Mateus
à falt a de pag amentos devidos. À arr ele pos sufá parte do: criador" Ge ematação por que o pe.pe. Mateus Mendonça
va envolvido com
ido. Segundo o docume
nto , er
13/10 /1665 . Di 217
decidida deste 1662,
e Pec cir a hav ia rec orr
çar tudo pela terr a não Sé mia do Jácome Pereira, E.,
“de que se podia desfazer e alh mP ) on succinte et sincerede la mission du p . prédi -
ras fáb ric as Lim ite s, aco e de mission du pere.
appélies Curia ui MTO
escravos c out do negócio, o Juiz dos -
a ns le Brezil parimy les indiens
1665, para pôr twrmo dois curral 'g; da:
ligue
sua”, Naquele ano de
,
de tudo que havia nos º . O
ame nto
nhado de um esc riv ão, fez 0 lev ant u todos 05 benifi ,
Mat eus de Men don ça acabou ares muto
re
região. Um certo pad
anéca | NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 4H
Dos SERTÕES
NO INTIMO ape ços marchavam os de São ã Paulo por
40 do qual se a pé e descalços marchav: .
fat o, sa be mo s que O terço de Navarro, Dad éguas, como
fist se passcassem
s Ss nasas ruasruas d de M Madri”?
1 po e vales 400 à
os derrotar”** De um cavalo, uma
nt am en to , não possuía sequer da a his fis tem n asseverado que o Indíge ibui
preservou O livro de
as se às normas : historiografia ass E
fro nte ira s de 1645, que estipulava
vez que O regimento
das ade de as- forma privilegiada com a mão-de-obr: ecuári Dea dono dife
o, cra mui to cla ro quanto à necessid á eevolução DORA
para O scu preenchime
nt rença daTED da: economia
Sora a açucareira dada costa,
aS nescat a tra a costa, baseada
b: panda Do
na cescravt-
aa
alos engajados.
sol dad os, cada um dos cav
sentar, tal co mo 08 percorrer Os campos
tin ha como principal função menos tranquila a das s populações
pu ações locailocais A à ucono
economia pastori DsDoisis Fatores
fifatores
O vaq uei ro, que vagem, precisava do mia pastoril.
dia pastoad
€ evi tar que se tornasse sel
para contro lar o gad o fica, no mundo ser- colabo E ra alimentar esta proposição. Primeiramente, : det
o pri vilegiada, quase honorí
cavalo, do nd e sua pos içã veram perrechos € E econceitos, severamente enraizados ados no imaginári
naginário kelocal,
cl, de de que queos os
s ind isp ensáveis se desenvol nú e "as eram dncapates de trabalho continuado « sedentário em fi no
tancjo. Como ace ssó rio a, capaz de lhe fran-
ava m cm verdadeira couraç são de sua “im A mentalidade primitiva”, “extremada rebeldi "ee:
vestimentas que res ult ção do couro”, na
de se mb oc ariam numa “civiliza 4 adaptabilidade ao trabalho agrícola & : jo, à conse
quear o sertão , € que nã segunda metade
< : e q . “ “e ] . .
e ine xis
da zona da mat a, ond caso das guerras no 1 se os vaqueiros al numas » LC: ” €a ] atear:
GL
áveis no inverno: No
. os Ho Ss ã o F raAncIsc o adé
1697, 48% da população total envolv são dos mesmos operador nes
no t
O gado para os mercados consumidores. Segundo a
concluiu, após uma revi
» 41 a : :
Bascado neste autor, Gorender governad WReral, joão de Len “astro, 08 proprictários de gados manti-
documentos utilizados por € name
nial? Contudo, para um adequado sa tas o número estritamente necessário de escravos
vidão predominara na pecuária colo
que cabe ao historiador ter cons- proibido que “os índios conduzissem esses gados, dos
entendimento da questão, acredito Pa
es
mentação para as generalizações para a Bahia ou seu Recôncavo ou [para] Pernambuco , nun 4 roOS pode..-
ciê ncia das limitações óbvias da docu
mesmo tempo, temos de considerar ; cam en de pas 6 tes aquele provimento tão essencial”. 0
de ambos os lados do debate. Ao
ssárias em face da escassez de docu- o se a ne dores realizado pelos índios era, do seu ponto
essas mesmas generalizaçõ es nece
€ a importância das conclusões, uma Quo se vestir € as siga s próprios porque com as pagas ganham “com
mentos e estudos sobre o assunto
parciais, são fundamentais para o se- eados pelo saio u poros . Os missionários forneciam os índios
vez que, ainda que temporárias ce
De toda m ancira, ao contrário de ento Dada o ue osse, considerado justo, recebendo o paga-
guime nto da pesquisa histórica.
descartar o papel estrutural do cra- “em um Papel sobre a ! drein do com grande prejuízo deles”. Lencastro
Gorender, à credito que não sc pode
pastoreio, donde a utilização de es- “Escala do peão o issões, sugeria que o pagamento deveria s
balhador livre 3 na organização do
“fábricas”, « nunca sua presença | adores dos índios « escritur: e
cravos apenas como ajut dantes, como um índio
que os “mais
XVIL, pelo menos para O Piauí, o rios Indios ladino”.
: Sugeria, também,
mM, o estabelo si imentoeo dot
abeclec
como vaqueiros. No final do século oa A o indios deveriam vencer: do rio São Francisco à Bahia
dos salá-
a dos vaqueiros e arrendatá-
absenteísmo ainda era a regra, c a presenç “RS000 réisjear CDE
po
funcionamento das fazendas.” Apesar » 6$000 réis, do Piauí, , 8$000 réis
éis ee do do Paramir
Paramiriim para cima,,
rios era fu ndamental para o bom
|
nas fazendas de gado do Piauí coloni
al”. Revista de 55 Elen
iaesistêoncia
.
e Luis Mott. “Os indios ca pecuária “Estrutura .
indígena e extermínio
1979. Veja també m do mesmo autor
Antropologia. São Paulo, 2222:74-5, caso de povo amen to cural Prado
no Piauí colonial: um
Si
demográfica das fazendas de gado e socied ade. Veres ina, 1985,
população, econo mia I m
cencrífugo”. In: Idem. Piaui colonial:
:confrontou o coloni; itavam
p. 71-92.
Jacob Gorender. O escravismo colonial.
São Paulo, 1985, p. 425-42. es que se ajonizador com os povos indígenas que hab
o termo “trab alho livre” deve ser perfeitamente contextuar o stinavam à criação do gado. Após a expulsão dos
e fé importante notar q we os muito longe do assa.
mento histórico. Estam
lizado para um correr o dimensiona O traba:
mun lo capitalista industrial. Contudo,
prevendo
ário do
lariado moderno ou do prolet va s quant o ao contro le de seu
possuia prerrogati / as: C A do
análi abs enteismo
lhador “livre” na situação colonial
na:N Ss fi laze
4 d
nadas de SE
guide ) no P i NEI
do situa ções d
avam do escravo, configuran
4 sauí colonta,
de f F: p 0, put ação,
destino de vida que em muito o afast
ção, economia e 5 so;ciedade. Teresina
s ' Il 9 8 ).
ira importância nesta dada ordem social;
stutus diferenciadas, o que se fazia de prime
ULTOS Loo pa
Dique o senhor do; m João
— 90% das fazendas de gado tinhafl ; de Lencastro responde aoss 16 pontos s sobre
Uy ie y
no ação do movimento de expansão da pe- memória oitocentista sobre o Piauí, entendia que “as freqiientes host-
holandeses (1654) e à acentuação araime-se cada vez mais frequentes, lidades dos selvagens contra os primeiros povoadores” cram compre-
cuária, conflitos antes limitados rar contlagração geral surgiria às ensíveis, dado que para com estes intrusos os índios “não podiam ter
de modo que em breve uma situação « t tenominada à época “Guerra senão má vontade, visto que os olhavam como usurpadores de suas ter-
vistas das autoridades tono os d sta UaS do sertão às fazendas, ras”. Eram, contudo, tidos pelo autor como “um embaraço todo dia,
dos Bárbaros”. Os ataques constantes Baiano resultariam em uma sénic um grande mal que demandava pronto remédio para garantia da pro-
plantações € povoados do amo a dinâmica futura da guerra no pricdade nascente c o que é mais, das vidas dos arrendatários e colonos
de expedições punitivas que Na nos de 1651 e 1679, as guerras contra que afluíam em grande número”.* Por outro lado, a facilidade de cap-
sertão. Nesse sentido, entre R ano . . avo Baiano serviram de campo de tura do gado, dada a sua forma mais ou menos lassa de pastorcio, e,
os tapuias que “assolavam O o deteeminariam a forma do extermí- portanto, O interesse que despertou nos povos autóctones, que viam
provas para novas a à vindOTOS. A partir de 1687, os le- nos animais soltos a possibilidade de satisfazer suas necessidades ali-
nio que seria praticado nos dicalidade em particular no sertão nor- mentares, faziam com que os povos indigenas fossem tidos pelos colo-
vantes dos tapuias ganharam ne rea, Pernambuco e capitanias anexas, nos corno grave transtorno à economia local.
te do então Estado do Brasil, e. o rá As chamadas “guerras do Açu”, Para os criadores de gado daqueles tempos, os povos autóctones cram
“+ du
principalmente Nº Rio Grande é madas como a Guerra dos Bárbaros apenas mais um empecilho. Com isto, devemos nos afastar das concep-
apesar de serem normalmente ton ê na verdade o caso específico dos ; ções integracionistas do processo colonizador que resultaram nas teo-
como um todo pela bibliografia, são AC | ou Piranhas —, no atual Rio rias de Darci Ribeiro, para quem os impulsos de expansão ativados pe-
conflitos desta região — do vale do rio ia se explica pela sua maior í las sociedades mais “evoluídas” tecnologicamente revertiam, quase que
ê
Grande do Norte. Não obstante, a o diversas guerras movidas aos Ê
E necessariamente, num “movimento de incorporação histórica” que po-
é
importância e significado. Posto o sertão pernambucano ou baiano, ria estes povos contatados “sob o domínio de um centro reitor fazendo-
índios bravos se estenderam por to stalizar de maneira mais dramática . Os transitar a outra etapa evolutiva, mas com perda de sua autonomia c
os episódios do Açu acabaram por em : uilamento mobilizando diver- - mediante a sua conversão em proletariado externo| | de outros €povos”.”
|
o resultado de décadas de tiranta e aniqui .
I JU u nha mem xeque o con- | Isto talvez seja válido para
|
os grupos túpicos do litoral que de uma for-
a idos.3 stCs
l 4,81
nf litose cont in u
ss
cem co . . cetão de fora, na terminologia de
sas nações
«sides de ira do sertão de fora, n : . . .
trole das regiões de fronte indo, segundo à interpretação cocva dos 1, Ou ainda, no caso da sociedade sertaneja paulista, para o trabalho
tanistrano de Abreu, ameaçando, + É il. Retorc: isso as fazendas de trigo."* No sertão setentrional, muito ao. contrário, as
pe 7 > dé o
Capist iais, à integridade do Estado do Brasil. Retorçando isso,
agentes colontais, ídi ca uma a g
gra r : nde con fede ra- uerras aos índios neste momento, por razões estruturais da forma da
dado como verídi
artee da hiss toriografia tem
part indírenas par: a
a invasão
ins a dos
dis evolução desta economia e do processo colonizador, longe de serem
indígenas para barrar
ão articutada por diversos povos do gado. Noção que * érras de conquista c submissão de novos trabalhadores aptos ao ma-
Sco lonizado
à res " e a expansão da economia
"utida mais adiante. . , . “se arm no :
este
es nto , o confronto peculiar
novo contexto .
ou“ir:geral que se mia E 4 - ?Memiória cronológica, histórica c corcográfica da província do Piauí (1855)". R1/1GB,
entre à fronteira da rei anen
sertão fazia-se, especificamente, 0:18-9, 1857,
embasara” “Ribeiro. Os brasileiros. 1. teoria do Brasil. Petrópolis, 1978, p. 43. Em outro
cia e os índios de grupos não-túpicos, isto é,econômi taptildd qude Créscim o
específi ca da atividade ca tó Euja primeira edição é de 1970, o antropólogo considerava, em breve passagem,
irredutíveis A forma pr inos, implico
iv:a de . bovinos, u pecífico da conquista do Nordeste: “Os índios dos sertões do Nordeste opu-
so “e a pecuária extensiv if á
o, à pec
a ocupaçã“nilidad es . s por duas ; razões.
de conflito o, ba:
tadc à extrem
razões. De um lad oda resistência possível à invasão do seu território [.. .). Os grupos que mais
dasÀ possibilidades de ítico de criação dos rebas Jiseram à invasão foram trucidados, sendo os sobreviventes apresados como es-
«specífico de criaçã -
e de espaço
avidez de espaço Te
resultante do modo especi Ancia. semi- ari
tal do sertão Os canaviais da costa ou para reforçar a população das missões religiosas”.
tes o de carência
carência, , tatal como o do s€
. onte "cológic pr iisação A integração das populações indígenas no Brasil Moderno. SãO
nhos no contexto ec indívenas, moradores5: seculares, f€ p. 65,
»
mplicav:a o levanta
imnticav amento dos indígenaDO s, mor:
O ria uas
a intrusão e a consequ ente destruiç ão de $ de ul Zendas paulistas, veja o livro de John Manuel Monteiro. Os vegros da terra.
não podi am
Po tolerar
| Pereira d' Alencastro, autor
ncia. Nesse sentido,
tes de subsiste
1 . NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 47
DOS SERTÕES
NO ÍNTIMO
46
de “lim- cas centenas s dede grupos
as centenas gruposos indí
indígenas s existentes
existentes nana épeca,
é apenas [ abi-
dencialmente guerras de extermínio, ama
nejo do gado, cram ten captura € jo neo na região, estabelecidos em 43 áreas E “em oo
expedições orientadas para à
ol
peza do território”. Se houve de maneira geral, O escopo
era as, * somente os: fulniôs s scs expressam em à lí língua pri ja do pas.
dos sertões,
escravização dos habitantes pos resisten-
ue
so que todos “os demais conhecem apenascomo oportuguês
os demais dO
Cm in nt do CREPas
a mut anç ã, seja para refrear à “insolência” de gru
sem pre ções. Neste caso
para abri r sim ple smente espaço para às cria
tes, seja uações extrema-
Os imp uls os de expansão resultaram em sit
part icular, cias para a
noc iva s € não -in teg rad ora s. Fato cheio de consequên
mente bem como (e
das polí tica s ind ige nis tas do império na América,
história itantes do
men te) para o des tin o destes povos, primitivos hab
principal etério da acultu-
o somou-se o contexto del
Brasil. À guerra de extermíni pos indígenas que,
s€ submeteram alguns gru
ração c miscigenação a que s. Os poucos que
alinhar-se aos colonizadore
feitas as contas, preferiram m util izados em
aldeamentos e missões era
conseguiam acomodar-se cm tivessemsua alm a “sal va”, na
os para que
serviços diversos € cuidad se passa-
própria vida e cultura. Dos que
maior parte das vezes de sua m nor mal mente
s, 08 guerreiros hábeis era
dt cs aaa
ore
vam ao lado dos colonizad Para se ter
para combater Os irredentos.
integrados às tropas enviadas ida s as socie-
lamento a que foram submet
idéia do resultado do aniqui
a sa
des te com o um
ulação indígena do Nor
dades autóctones, hoje, à pop
Clubs Una?
5,5 % da est ima tiva
36.000 indivíduos, ou seja
todo conta em cerca de .00 0 pes soa s, de
rimento: pelo menos 652
histórica à época do Descob tas soc ied ade s,
Quanto à diversidade des
acordo com John Hemming.”
est
Ra
——— c na Amazônia. Contrariando à visão
nos sertões meridionais
O mesmo ocorrendo “as expedições de
John Monteiro demestrou que
dominante na historiografia, am a ver com a expa nsão territorial.
Paulo, pouco tinh
apresamento oriundas de São à ocup ação do inte-
de contribuírem diretimente para
Muito pelo contrário: do invés bem com o us trop as de resgate da
s paulistas —
rior pelo colonizador, as incursõe s as regi ões — con -.
ntos» dos missionários em amba
região amazônica € dos «descime nati vos, Para fras cand o Capi strano |,
de inúmeros povos
correram antes para a devastação ente desp ovoa dora ”.
adores» foi, na realidade, tragicam
de Abreu, a ação destes «coloniz o, 1993 , p. 7-8.
negros da terra. São Paul E
John Manucl Monteiro. Os 1978, Appendix, p. 487-
Conq uest of the Brazilian ludians. Cambridge, Gislaine Fº
pram publicados em Mart a .M. Azevedo && Gislaine Fonsech. “Os índios
» Red Gold. The pré-colombianas, veja :
so1. Para o debate sobre 0
camanh o das populações indí gena s ém Édgrá "
ANA. Campinas, 2º:; SÃO, Foge TOS E O censo
n (org o. The Native Populatious of the Amer
icas in | 492. Madison, 1978.
um ma etnografia fulniôs,davcj
fico de 1991”,dos Boletim à Estevão P; So 20:
A rstevão I into.
1540, , 1998, o.
titmalogia brasileira (E ulniô — os
Willian Deneva al dos cálculos de Hemming hmos tapuias). São Paulo, |
eiro critica à perspectiva unidimension a histó: . eitura crítica desse texto e das referênciass aos
dos
no marco Zero de 1500, supõe
John Manuel Mont
ia “estagnada” EabTIS,las Encontra-se em Dirceu
i
que, partindo de uma demograf o faz. Veja “As popl i
Lindoso. “Na aldeia de Ta-
ti (cenografia dos índios
de sua extinção”; como de fato do Norde- ste). ABN, 11:21-45, 1991. Sobr es as identi-lhá
ria destes povos como “a crônica lo XVE tran stor maçã o € resistênci x ç i: Os de João Pacheco de Oliveira, “P, obres as identidades emergentes, veja
brasileiro no sécu
lações indígenas do litoral 5. O cens o de 1991, pt “Povos indígenas no Nordeste: fronteiras ét-
Brasi 1 — nas vésperas do mund
o moderno. Lisboa, 1992, p. 124- Giidentidades emergentes” fe ra, iulho/
s como variável, Para o Nordeste, 0 resultado
é
81993; e de Carlos Alb cmpo e Presença. Rio de Janciro, 270:31-4
primeira vez, incluiu os índio indivíduos, assim índi os « a soci.odiv.ersi dade ativ aº
indivíduos), ou seja. 40.175
a
(35. 570 Píinea no Brasil”. In: . PN C ,
a a
à con tag em do CED I (394), Paraíba g fa
da TIRA
. À temática
nde do Nort e és,
a & LD B. Grup ioni
(2.694), Rio Gra
buídos: Piauí (314), Ceará Bahi a (16.023). Estes da HW la. Brasília, 1995, p.
29-56.
oas (5.690), Sergipe (760),
Pernambuco ( 10.576), Alag
2
O PAÍS DOS TAPUIAS
476, p. 18.
E d que Luiz Felipe de Alencastro chamou de “dupla frente militar portuguesa”:
Desde logo, as autoridades coloniais procuram fixar alianças com certas tribos do
para barrar a ofensiva dos índios hostis, por um lado, « defender os portos dos
ários europeus, por outro lado”. O autor aponta ainda como fatores restritivos ao
Es
go de escravos índios a “sua vulnerabilidade ao choque micrebiano e virótico”
lativo “ilhamento” dos enclaves produtivos da colônia, o que impedia o desen-
im to do intercâmbio entre as capitanias e, pertanto, de um sistema regular de
160.06 escravos indígenas. Os luso-brasileiros em Angola: constituição do espaço econô-
faro no Aslântico Sul, 1550-1700. Campinas, 1994, p. 52-60.
DEE io Júnior. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo, 1943, p. 85.
; 49
O PAÍS DOS TAPUIAS 5]
o PAÍS DOS CAPULAS
50
ão e defesa." Certo os mercenários
TS pários coloniais
c iais na na conquista
€ i do Maranhão, então sob o con
1 com por o suporte mínimo d c ocupaç
fun dam ent a s capazes de realizar ole dos s f ses. Para ele, a conqui ã se deviai fazer
quista não c can.
se pro cur ou atrair colonos com € abedai
que sem pre O papel destinado ao des custos nem com um grande exército, mas, pel a “com en,
to da terr a c o seu próprio, mas
o enr iqu eci men previa como um
na ord ena ção do mun do colonial, também o genho e manha”, porque oss índioss não nã eram gente dedesse
oram mento i
somista
E
indígena, defesa, daí buscar der
ela força. Recomendava, com
ça , Po € pragmático: PO
cinismo: ao
“Quanto CO PU
menos
a ate nde r o seu caráter militar e de
povoador apto já tinha com-
sua “na tur al lib erd ade”. Padre Antônio Vieira ud nto em nós,s € nosS quee oo vão
vã conquistar, i E: i e
mantê-lo cm escreveu à d. Mão
fiarão no éque
pente
lhes que so nosee assim
im sea reduzirão
di Zirã facilissimamente por-
ção dist o, com o pod emos ver nã carta que dissermos, citiso Mamente por
pleta percep escravização
rec ome nda va rem édios para à situação de
João IV, em que também à fazer-sSe
tugie de nós”.
se nãoDOEaceitassem
o Sd é, SONHO
pois , uma vez res olv ida esta situação, “terá osos indios abandonassem
índiosaband ssem expe Par
aa expedição, isto
dos indígenas, am, como eles foram aliados 3 dosh ortutueses, estes
estes estariam em maus lençóis o pela de ErpoSe-
que a sirvam c que defend
ns er 3
função estratégica na con terr as e contribuir poderá remediar nem DOpovoar tão larga
ú coststa assim para o o remo
im para remédioride :
de dar o conhecimento das
eram os únicos capazes rra s € escura-
necessários às diversas gue nder sos
; ender aos es estrangeiros como de a cultivarem” . * Dessassa manci
mancira, c« a
para as tropas com os homens se man ife stavam
colonizadores e tribos que
e a em outro trabalho, o processo de substitui “ão “do
muças travadas entre OS nista Fer não Guer- i a pe atricano nas fábricas e plantações do Nordeste brasi eiro,
s de diversas nações. O cro
hostis, e entre colonizadore índios , alé m de ne- É
Éê o qua q te * do século
fo
deve ter suas razões |buscadas
q
scentos, reconhecia que os
ias XVI, nã
feito, no € omeço dos Sei
. . ú h a º 4 a i
. Francisco tri na de vi
xD:
ision ; portugaise au XVeme sitcle” (extrair de la4 R Revue «Histoire
Maça «
Elistor Peelestastique),
Henrique de Gan dia tom ist a da dou
matiza essa leitura
174-97. Jean- ran çois Courtine proble moderna, de Vitó
o
das gentes: à refundaçã
to natural c direito e do mundo. São
tória no artigo “Direi des cob ert a do hom en SOCoIE ho das. Política
Thomas. inc
Novaes (org). À Joseph Hôffncr. Coleniza
l O E têntta leioti doa ducigenisto
Ê dos portugueses no Brasil. São Paulo, 1982, p. 48
a Suáreg”. In: Adauto unt o, veja O estudo de ESP rdigão Malhoisoà tão nono apêndice N, p. 220-33. Vejaj também Agostinho
dustinho
-33 3. Sob re o ass de Jane iro, 1977 ão apêndice
1998, p. 293 Século de Ouro. Rio E “ge
É i Eto Paulo, 1944 vt po
onização espanhola no do é o de AnthoBi “ do noBrasil: ensaio h istórico-jurídico-sucial (1866
Ecungelho: ética da col o natural, o melhor € stu
a teor ia da esc rav idã
enes de la etnologia RE p. -249; Rodrigo Otávio. Os selvagens americanos
Elindio americano y los origJesús Contre ras. BA
246-43 € 317 -35 . Para
bém Joan Bestard &
8, p- 51-87; veja tam a um comentáf
parativa. Madri, 198 1987, p. 116-26. Par
primitivos. Barcel , ona
ras, PABHOS, satoajes y
PAÍS DOS TAPUTAS 55
O
ia d no .
s4 o pais DOS VAPUIAS
- as quais estava a urgênc o aliados, em número
c força, para
s entre OS índios, “vo dom íni de sei
de do séc ulo passado. Às missõe o a manutenç ão do
logo conquista-
mente) na me ta
nto, evoluíam para
um projet o de fix açã
era m é a os ho landeses, tão
mo me o Bra sil , per ceb manutenção do
que a dimensão política da
nu m primeiro cm sam
lantes”, pios pedagógicos
eias adaptadas aos princí controle das áreas produ olvia-se numa
dos catecúmenos cm ald am ser iso lados da sociedade tor as coloniais pela metrópole res
índios deveri necess ida de de pov oar s fiéi o que, de for-
s,
curso. Nestes povoados, 05 controlada. De 5 novas terras com súdito
voltar à integrá-la de formam scunidos num ma mais aguda — NA
to de conflitos gencraliz
ados —, impu-
colonial, para então poder era om en
mais diferentes nações tava um pap el precis o o
mancira geral, índios das
os. De
mas de ressocia- nas, que não o de escrav
submetidos a diversas for or ind
s grupos íge
modo que havia relativa “h-
único povoado para serem Neves, o aldeamento era
mostrou Baeta des tes gru po À é oar a par a a manutenção de uma
ão. Como berdade” eias reduzidas
lização e de aculturaç dos aldeamentos sub- a : sua organização em ald
“um grande projeto pe
dagógico total”. Além
também as cha- isto é ressocializadas o“ivu o os excluéa, peremproriamente, das rescrvas
das ordens religiosas, havia mesmo alguns de mão-de-obra scvi uação generalizada
metidos ao poder temporal eral) c ois da rev olt a o tado. na sit
(sujeitas do governo-g de caos social cri ada dep s do a dos luso-bras iros de 1645, prin-
ile
madas “aldeias d'el-rei” ara s OU à alguns colonos, como ir o incre
am en to s par tic ula res (sujeitos às câm em associação
1
cipalmente, fazia-se necessárosio o impedir O incremento das tropas inimi-
al dc her esses povoados, índi
era O caso em São
P aulo).
DJ. Par
d + a enc
depois as gas (portuguesas) com es com as políticas da Com
pa-
primeiro momento, € Havi:
+
jesu íta: s — nu m nhia das Índias Ocidentais.
com o governo geral, os cediam E dos
pre ames
sionação — proxe dos indígenas
engajadas na mis , ua uma trava a pr ação
outr as ord ens reli gios as
edições milita- que orientava a demanda de pernambucanos não
s. Missões volantes ou exp atribuíam à derrota daos resi stência, mia Edo tora, à (Os de Calabar, aos
desc imen tos de trib os indí gena
scerem” para perto dos povoa- bat ndo do que traição frei
res “convenciam” índios afastado
s a “de
aldeamentos. Este sistema, em pi
segundo | índios que apoiaram
crôn i à da aa sta cra a opin ião de Manucl Ca-
viveriam em lado, autor de uma sa (O Valeroso Lucideno
erdade 1 AO trio luso-holande
col or ais, onde tava -se, t
atendia a três objetivos: “Vra
col oni
dos
Luiz Felipe de Alencastro,
co Triunfo da Lib e
os índios potiguaras
os de índios dito s «mansos», destinados “a caus a e o tin . NE que dizia serem
meiro lugar, de criar aldeament índios «bravos». Em segundo lugar, 05 tapuias
instru mentoo dec os hol andscr s seem apo
esevar de-o
tant
a proteger OS moradores
dos rarem de toda aa cacapi sit ia de de Per nam buc de a con
áreas coloniais, impedindo a fuga
para à tempo”.” tania
aldeamentos circunscreviam as os das fazendas e dos engenhos. En- te .
floresta tropical dos escravos
nepr
entos de in- - Apesar de os holandesedes dos im estabelecido, tal como à coroa ibéri-
c 08 mor ado res estimulavam Os descim proximida- - ca, o preceito da libe rd:
in-
fim, as autoridades
contingentes de mão-de-ob
ra nas y a indios, tendo-lhes, antes mesmo da
dígenas a fim de manter *, vasão de Pernambuco asse este direito," i sto não significou que
, assegurado
. o
des das vilas « dos portos€”.aproximação relativamente pacífica com al-.
A política de alianças quando de
a à risca pelos holandeses, genas ccom os ; holandeses noi
a o uma
-Para
48. sea visisão Egeral da históri
copio ões s indígenas
história das relações |
será seguid
guns povos indígenas 0 c 1654. Os comercian
-
eiro, entre os anos 163
Th Congress So Brasi ( The Dutch Waes”) do livro de John Hemming, Ra Do
do Nordeste bra sil oni zaç ão, " ent re,
pos se da col gs de rias Indians. Cambridge, 1978, p. 282-3)) cu es do o
gradualmente as fegras
tes batavos aprenderam E há New Noche a po pre o e American Indian, with Pasticutas Reference
. u e de] a pt Y a j . 7 . , , , .
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viram na contingênciamercado de es-
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os índios. O
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inconciliáveis
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do terras e mais terras, com e Se procuram “e grupos que ocupavam intermitentemente a enorme exte
ólico; porque com Scu nom
e Se n-
cort e na leg isl açã o € polí tica Oseronista Gândavo, que assim denominou um : ib 1 le
os que habitavam perto do “rio Maranhão da banda do oriente” 1 c
1988, p. 18.
del hombre natural. Madri,
“ Anthony Pagden. La caída
ralhas dos serto 0€3.
Ibidem, pe 15.
Os » ovos sndigeu 3, as no sto Br nuaea
* colontza, f eita º R 10 de J anciro,
V RHHOB, ANVAS9-61.
“Índios livres c índios escr
av os. Os princípios da legislação!
ória da provência de Santa Cruz (1576). Belo Hori-
de
U Magalhães Ga ndavo. Histór
; inci ,
“Beatriz Perrone-Moisés. . In: Manucla Carneiro
da 6
indigenista do período colo
nial (séc ulos XVI a XVI
, po 7.
ão Paulo, 1980, p. 122.
os no Brasil. São Paulo, 1992
nha (org). História dus índi
O PAÍS DOS TAPUIAS 63
o paÍs DOS TAPULAS a comuni ata
do como um meio para
a
62 1 aos C a.
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lingii pndienas como “agentes da
potência colonizad , ora a “masma: como un uma rareligião autônoma” Salvo en-
ra
da. Ao lado da
ização por eles defini
mentava-se na estratégia de catequdialetos cupis, O agrupamento das di-
ane
Eagano,o. pode
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estas soluções parao caso brasileiro. Aqui
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a necessidade homogenci
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se de entender para transf
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lho.
substituí-las pelo Evange a catequese, ou à Con- am +
de janeiro de . 1698enuvam que sse imprimi
eleroi autora. abulários.” Em
primissen n vocabulários.*! E carta
Em carta
de ced o, determinaram que
ad a se usassem da língua
Os jesuítas, des catquizassem na :
FERE
izava aos padres carmelitas descalço
mais facilmente tealiz
aos o
quista das almas, seria da na Gosta do Bra- EN ingua
st: dos SÍ índios
1 para que “primeiro, entend
e.
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mática da Língua mais Usa
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meaer
o no Colégio da Bahia , ei] dor à SU,
sua, c que depois P s se doutrini em nai nossa,Ss par: ENO
:
já utilizada em manuscrit
sil, escrita por Anchieta e Segundo a licença de . Não tempo de a saberem não percam o fruto” ss o tm duo
sendo impressa cm 1595.
no ano de 1556, acabou hor instrução dos gear obstante,
Oosranto esta
nai estratégi: jesuí
rea dos jesuítas de valoração da “lingua
o “serviria muito para mel
Agostinho Ribeiro, o livr uelas partes € para sttores no seio da Igre)
greja mesmo, . O bisspo D. Pedro ;
da nossa cristandade daq
catecúmenos c aumento r nelas nossa Santa
vidade se plantar € dilata
com mais facilidade e sua aprenderam € siste-.
geral, que os missionários
Ee? O mpi, ou lingua Dessa forma, entendi-
ente uma lingua franca"
“= sos”.
ELuís Felipe Pac
Bacta Neves,
vos. O O combate
roca
damente, percebe que à med meno de amplas proporções. Presumia-se ainda que grande part . das
DA MirRItas Ea
cosmo-
endimento dos costumes € da
do tupi e aproximavam-se do ent ão da fé nações tapuias, retirada para o íntimo dos sertões na ocasião dad o ota
resse estava, repito, na propagaç
logia destes povos — cu jo inte o o faziam dos holandeses (1654), mantinha contatos com os estrangeiros : pode.
prezar as outras línguas, € al com
— , os jesuítas passaram à des to (ins- “tia, com eles, cavilar uma recuperação do Brasil. Esta cra sem dá vida,
s. Desconsideradas como obje
asc
— como
€ indefinido a que se imprimiu
tendidas num todo genérico que falam a beira do Açu cra à comunicação entre estes índios rebelados e o . j
de “tapui a”, isto é, “aqueles
o faziam os tupis — o nome povos ha- - 'trangeiros, notadamente os holandeses.” Um memorial que a cân ara
A imensa heterogeneidade dos
língua travada”: a barbaria.** de Natal endereçou ao rei em 2 de julho de 1689 explicava ea
navegabilidade do Açu permitia que grandes navios de “piratas do nor:
l Colonial”. In: S. B. de.
er em
Lacombe. “A Igreja no Brasi
e
orem encee es
cur rai s, e a pas sar pal avr a à tod seada de “Todos os Santos
repent
hente dos rios, darem de Entã
A c À r «AU
tempo, em ocasião de enc =
fo na ça E B a, a
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semelhanças (a serem E ão das diferenças (a serem apagadas) c das
Do que foi visto, nos prime iros
séculos da colonização o nome /a- Cunha, o projeto evannliad o) É «omo mostrou Manuela Carneiro da
em
rso de diversidade que se definia, fos- nova humanidade “na a or a Igreja romana pretendia inserir esta
puia designava apenas um unive
e com à próp ria id enti dade que os grupos tupis apresen- nealogia dos povos. Para onomk divina, o que implica inscri-la na go-
se por contrast úís ica), fosse
tavam (ao menos no nível da relat
iva homoge neidade lingúíst
ni- senão abrir-lhe um espa or o º o há solução senão a da continuidade
ráfica estanque entre duas huma do Bacta Neves. à ado e pa gen alogia dos povos”. De fato segun-
na prescrição de uma divisão geog com- mento de uia cido a América” não significava o “acha-
“sapuia”, portanto, não poderia ser
dades, a costa € o sertão. O termo
como noção historicamente construída. como um reencontro com re ta : mas era entendida (pelos europeus)
preendido como um etnônimo, mes sim a-
o a uma noção de barbárie dupl glões que haviam se afastado fis) espiriA
- l, todos cram filhos Ísicaa ee espir-
Seu significado básico está associad d:
“ edtualmente em ] dado .
momento; afina
«descoberta» Cc ,
am filhos de Deus: “A
é , e I 4 el ta d ad tS
1-10.
enas da Bahia. Salvados, 1916, p.
» AA. Borges dos Reis. Os indíg ácio” . In: Lima Piguei redo. Íudios
do
. São Paulo, 1941; e “Pref
“A raça da Lagoa Santa
Brasit. São Paulo, 1939. “CarlosPaulo]
Sa Rodrig 6 pg ã
O ; de e etnia:
Identida
, 1928, p. 2901; . fi construção da pessoa e resistência pessoal
st Alfred Métraux. La cjuilization mestéricllo des tribus tupi enarani. Pasis el de la
historiques des “TVupis-guarani”. Journ
e o estudo anterior “Les migrations tupi- guara nis no perío do pré-
4 maes de dios do Brasil: o século XVI” -A Revista E.
cvista Estudos Avançados. São Paulo
Paris, 19, 1927. As migrações
Soridté des Américanistes, Cara L évi Strauss mostrou recentem
Erupos, têm sido te que a “abertura para o outro” que
ação da costa brasilcira por estes
e vp tá,
colombiano e, portanto, a ocup nativ a bascada na po ias neira fera a cosmologia ca socinlogia dos povos ameríndio
mais concretas, tal como à alter
brio”. Vino do mun o por um modelo de dualismo em perpétuo d tos, é
s, era
recentemente discutidas em bases J. Procn za Broc hado (dy Ecologial brilhant analiso esequi-
s feita por J. , em artigo sem dúvida alguma e
interpretação de dados arqueol úgico Urbana, 1984). Dera do eae
ulture into Rastern South America,
Model of the Spread of Pottery and Agric nário amaz ônic o”, de onde 08
dios é Sano op e os tupinambás Para mostrar como “foram calvez os me
“um nicho origi
Este acredita numa origem comum, Paraguai c os proto
do, ia op io Deus, t e tiveram à «visão do paraísos
no desencontro an rica.
os ul, atrvés dos rios Madeira e
protoguaranis teriam rumado para a costa em direção so leste &
EECaso nO evite À . História de lince, São Paulo, 1993 & Eduardo Vi dios d
5 egui ndo então
tupinambás para à foz do Amigonas, Antropolação o murta: sobre à inconstância da alma selvarem” Revisto de
depois, ao sul. o, USP, .35:21-74, 1992, delvagem” evita dk
i, São Paulo, 1978.
e
Terra sem mel, o profetism mpi-guaran
O PAÍS DOS TAPUIAS 71
7 o PAÍS DOS TAPUIAS fs
” . és cravizados “porque esta nação dos tapuias é como um muro com que o
desenhado por uma só Mão
ocultas, de ut mesmo mapa já há muito demônio impede a entrada dos pregadores evangélicos no interior do
ã podemos perder de vista
i que a esta perspectiva | integra-
Porém, não cos intrare) sertão, em que os mais gentios da América, quietos, vivem aldeados
católica (compelie
cionista e universal do projeto da catequese ão de con em seus territórios, de suas sementes e lavouras, [com] própria disposi-
inui dade do corte i da situação
típico
sobrepunha-se a continut ção para a recepção do Evangelho e [para] serem instruídos na doutrina
metade do século
nos marcos do etnocentrismo europeu. Na segunda da fé”.º
fronteira sertaneja
XVII, no quadro das insurreições indígenas na
mais além. O bárbaro era o
Brasil o bárbaro seria, em suma, colocado
e a! m A missionação entre os tapuias
capuia. Nesse sentido, a polaridade prepondero -.
e . gentilidade”. p
Sutil,po
rma sutili do corte “cristandade
“cristan
se pu O período posterior à insurreição dos luso-brasileiros e à definitiva
a gentili dade
que, 3 nos marcos .do ecumenismo católico, º o
dia expulsão dos holandeses foi um momento de reestruturação da econo-
propagação ca E de modo
nha de maneira privilegiada no espaço da À mia devastada, de reordenação, portanto, da própria açucarocracia € da
i era, na verdade, contras ad
ve sua brandura ontológica
desde Ê sos com O sociedade colonial. Analogamente, as políticas de aliança com os gru-
imaginada no universo da barbárie. É que: s esmo pos indígenas e a própria situação destes também passaram por mo-
i , a EXP ansão da fé caminhara de
tos dos descobrimentos cel mentos de reordenação, que resultaram num incentivo à missionação
i como um outro compon
co ente — com om certeza,
Império1 . Assim, no sertão interior, cujo crescimento acompanhava de perto a expansão
do não apenas como
determinação -, estava a idéia de império, entendi tá x ex da pecuária. As guerras dos bárbaros, ou seja, os episódios relativos ao
a construção da preponderância poreuguesa, no caso,
o : Recôncavo Baiano ou à Guerra do Açu, fazem parte deste contexto.
ã
ansão providen i
i cial, no sentidido forte do termo, do espa
reatualizava as noções, clássica s Dois fatores foram fundamentais para sustentar as mudanças em curso.
face da barbárie ímpia. Concepção que de em a Em primeiro lugar, os novos termos para a conservação militar do domí-
a ao processo
de /imes do período romano, mas as adequav
dos povos ali ha i- nio — uma vez que, se hávia uma relativa garantia diante dos inimigos
zação” da periferia do Império e, particularmente, em externos, recentemente expulsos, a dinâmica mais evoluída da socieda-
tantes.” Como resumia, em 1691, o autor anônimo de um pape
m ser conquistados € es-
defesa da “guerra justa”, estes povos deveria
européias trazidas pelos colonizadores era resultantes do refacionamento com popu-
ee
em
os deCristo na terra dospopagaios Rio lações existentes em suas próprias fronteiras, acentuando assim os característicos me-
es Luís Felipe Baeta Neves. O combate dos soldad
ando a origem da etnologia compa - dievais destas noções. Bárbaros, paganos, salvajes y primitivos. Barcelona, 1987. Nesse
de Janeiro, 1978, p. 32. Anthony Pagden, estud mesmo sentido, veja o artigo clássico de W. R. Jones. “The Image of the Barbarian in
O encontro com a diversidade american
iva mostrou como, no início da colonização, Medieval Europe”. Comparative Studies in Society and History, 13:376-407, 1971.
listas tiveram um certo problema em
i ressionou os europeus. Os primeiros nacusa 9 “Praticamente esta nação dos tapuias, em todos os tempos e idades, como consta da
c a fauna do Novo Mundo, cujas qualidades es pare
identificar e classificar a flora
i yr do,
radas. Contu O quandoo se tratavo a “classificar- tradição do mesmo pentio, foi sempre o inimigo comum e adversário de todas as
i
ciam pos vezes completamente inespe , º : outras nações da América, qual lobo'entre as ovelhas, « com a mesma sede insaciável
coisas cram ainda mais comp
iversidade humana, as própri a espéc ie, de estragar e beber-lhe o sangue. E como inimigo comum, c horrível monstro da
, ao consid erar a sua
percas não er como classificar plantas. Porque SnCOntr: natureza humana, como o descreve o pe. Vasconcellos no Livro 2, 88 (Aic verbis), um
ão só tem de decidi idir o que está vendo, como também encon
€ mais urgent e e mais difícil se o tapuia, corpo nu, couros e cabelos tostados de injúrias do tempo, habitador das bre-
Duas Ca ele em seu próprio mundo. Esta tarefa século XVI, da uniformi- - nhas, companheiro das feras, tragador de gente humana, armador de ciladas, um sel-
am 05 europ eus do
observador está convencido, como estav raça se ajustas
j se, den- vagem, enfim, cruel, desumano, e comedor de seus próprios filhos, sem Deus, sem
, Uma crença que requeria que cada
pautas «natura is» de condut a”. Antho ny Lei, sem Rei, sem pátria, sem república, e sem razão. Isto posto quem dirá não está
die umas SAS ampla, às mesmas
. - La caída del hombre natural , Madri, 1988, P- 33. . privado dos privilégios da lei, e que não está incurso em todas as posturas que conde-
uesa, +ejo air de Meto e Pa 9 infor nam um homem injusto a perpécruo cativeiro?”. Sobre os tapuias que os paulistas
tá Pi a aa inação” da América portug o , O , Pp. a . aprisionaram na guerra e mandaram vender aos moradores do Porto do Mar, e sobre as
e coloniz ação,
ixação, séc
séculos ., , São
no atlântic7 o: demonologia 7
razões que há para se fazer a guerra aos ditos tapuias (1691), Ajuda, 54 XIII 16, fl. 162.
com a teoria
ito do “bárbaro” e suas articulações
veja o excelente trabalho de Anthony Veja o capítulo VIII (“A querela dos engenhos”) do livro de Evaldo Cabral de Mello.
saltando “da leitura tomista de Aristóteles, Olinda restaurada, p. 249-94 c o capítulo 4 (“A metamorfose da açucaroeracia”) do
tural, Madri, i 1988, p. 35-87. Joan Bestard & Jes ús 4
Pagden.
caldaamde! bom
mostrar , em seu eclético estudo, como as atitudes € instituições Rubro veio, Rio de Janeiro, 1986, p. 151-93.
Contreras Laprocur
eo O PAÍS DOS TAPUIAS 73
72 o PAÍS DOS TAPUIAS
isto é, consideradas improdutivas, e também com o patrocínio de uma série de
perigo dos “inimigos internos”,
de colonial tornava ainda maior o o do já cita do expedições exploratórias, em busca de metais e pedras preciosas.” -
os índios rebeldes ou os escravos fugidos. O autor anônim
dores de Pernambuco se acham Em segundo lugar, a maior diversidade das ordens religiosas envol-
papel de 1691 prevenia “que os mora vidas como os novos grupos indígenas contatados implicava a necessi-
grandes inimigos pela parte do sul
ladeados, e quase cercados de dois
do norte com os tapuias”.ºº Já em dade de se criarem mecanismos de controle e de internalização do pro-
com os negros dos Palmares € pela
oamento do sertão por meio de cesso decisório na burocracia imperial. Nesse sentido, a constituição de
1675, apoiando a missionação € O pov
de Sá apontava para as utilidades uma Junta das Missões de Pernambuco em março de 1681, seguindo o
aldeias de tapuias, Salvador Correia
negros e mulatos fugidos que se exemplo da que fora criada para o Estado do Maranhão em 1655, deve
de poder enfrentar “os mocambos dos
assim como aos assaltos que os pró- ser compreendida como uma resposta do poder imperial às novas con-
metem nessas terras despovoadas”,
Em um longo voto feito em sepa- junturas, ou melhor, a complexificação da atividade missionária. Su-
prios tapuias fazem aos moradores.
Ultramarino, o antigo governador bordinada à de Lisboa, a Junta era uma espécie de tribunal es ecial
rado para uma decisão do Conselho consultivo dedicado a essa matéria, como eram os da Fazenda e Ultra-
ralização do modelo dos “padres
do Rio de Janeiro defendia a gene
s do sertão. Envolvidos com a mar, formada pelo governador, que a convocava, o bispo (ou, na falta, o
capuchos” para a evangelização dos povo
adinhos defendiam e fundação vigário-geral), o ouvidor-geral, o provedor da Fazenda e os prefeitos das
missionação no São Francisco, Os barb
io que não quiser voluntário vir ordens religiosas da capitania que possuíssem aldeamentos e missões
de missões nos sertões entre “o gent entre os índios. O seu objetivo, segundo a carta régia que a criara, era
de muita utilidade “se estender a
para o mar”. Argumentavam que seria
aa
as notícias dos muitos haveres dotar o governo local de um mecanismo descentralizado do poder im-
nossa comunicação e vassalagem para
donde estes índios se conservam perial capaz de interceder na resolução de. conflitos e propor in foco
que se entende há pela terra adentro, medidas e políticas para as atividades missionárias e para o processo de
to desta estratégia eram as “Ífn-
e ss
com o seu natural”. O exemplo do acer em toda a costa do ecupação do sertão.”* Na Bahia, onde a lei de 1611 havia criado o em-
rário, se [via]
pa
adentro que quase não há algumas”. % Hoornaert falava de um “ciclo missionário” no São Francisco, inici imei
lver o perigo eminente destes ini-
de povoar” poderia não apenas reso metade do século XVII e terminado por volta de 1700. Como 6 leitor ado roer
português até as colônias de
migos internos, como expandir o domínio
tseos ai iaioS
. dl Pepe pensando
emo emà uma
IL outraGas
coisa. Eduardo
tdo Hoornaert. História
istório da IgrejaZ no Bra- .
ra] no meio para O comércio, como
Castela, “ficando só a raia [frontei
todo aquele território unido com unta das Missões do Maranhão foi instituída por provisão de i
experimentamos nestes reinos, por ser
o ÃO a Emilie
A ocidenta Nessa ocasião, além de garantir o governo dos religiosos nas aldeias c missões do
guerra também não serve de nada”.
o para a expansão da pecuária sertão, decretava el-rei que houvesse uma Junta das Missões que deveria determinar
missionária andava junto com O incentiv a justiça do cativeiro dos índios com base nos seguintes critérios: guerra justa, impe-
arias ou a redistribuição das
pelos sertões, com a doação de novas sesm dimento da expansão da fé, quando resgatados da “corda”, quando vendidos por
por
outros índios. Tal como foram substanciados pela lei de 1.º de abnil de 1680 válid
para o Estado do Maranhão. Affonso de E. Taunay. História geral das bandeiras paulistas.
|
ionaram na guerra € mandaram vender aos São Paulo, 1950, vol. 4, p. 228-35. Há um artigo recente de Paul Wojtalewicz com a
(re ee et
9 Sobre os tapuias que os paulistas aptis para se fazer à guerr a aos diros tando a atividade das juntas das missões do Maranhão e a de Araucânia, no império
que há
moradores do Porto do Mar, e sobre as razões espanhol. Cf. “The Junta de Missões/Junta de Misiones: A Comparative Study of
162.
tapuias (1691), Ajuda, 54 XIII 16, fl. Peripheries and Imperial Administration in Eightcenth-century Iberian Empi : ”
nação e o povoamento do sertão, Con- |
» Voto de Salvador Correia de Sá sobre a missio E Colonial Lain American Revo 8:225-40, 1999. RS +
AHU, Bahia, caixa 2, 105.
sulta do Conselho Ultramarino, c. 1675, rta ao governador de Pernambuco sobre se erigir a Ju i
lho Ultram arino, 2/12/1 679, AHU, cod. 252, fls. 56v-8; ou DH 88,
1 Consulta do Conse q “Informação geral da capitania de Pernambuco”. EMO] 506, E ZO-8O, Sobre a
168-71.
vo O PAÍS DOS TAPUIAS 75
74 O PAÍS DOS TAPUIAS
decisão positiva do Conselho UI- Uma avaliação da bibliografia e da documentação permitiu organizar
brião deste organismo, apesar de uma
d as Missões seria formada apenas em uma tabela dos aldeamentos (veja o Anexo 3) e missões no sertão nor-
tramarino em 1686, uma Junta deste (excluindo, portanto, as aldeias da costa), particularmente nas ca-
1702. pitanias da Bahia, Pernambuco e anexas, para o período (aproximado)
de janeiro de 1698, a Junta das
De acordo com a carta régia de 17
Missões de Pernambuco tinha ain
da a obrigação de declarar € conferir do final do século XVI à segunda década do XVIII. Grosso modo, os 61
aldeias dos
iam assistir nas aldeamentos listados distribufam-se geograficamente da seguinte ma-
a nomeação dos missionários ou párocos que
normal como faziam de cos- neira: 26 no sertão de fora (Pernambuco, 12; Rio Grande, 9: Ceará, 3; e
índios. Isso porque, para além da nomeação
havia de conferir quais eram Paraíba, 2) e 35 no sertão de dentro (Bahia). Com raras exceções À ua-
tume os bispos, autorizados pelo padroado,
es específicas que pode- tro ordens religiosas dominavam completamente a missionação no ser.
os “mistérios das missões”, isto é, as faculdad
1701, estabelece-se a obri- tão: os capuchinhos franceses, os franciscanos observantes, os jesuítas e
riam possuir os missionários.'* Em janeiro de
dos na Junta, que se reu- os religiosos da Congregação do Oratório de Pernambuco. Os capuchi-
gatoriedade de assentar todos os negócios trata nhos eram os únicos, tirante um ou outro oratoriano, que tinham prer-
todos e declarando cada um O
nia todos os meses do ano, “assinando
Ko cin Ero
e rubrica-
de que haverá um livro numerado rogativas de missionários apostólicos, isto é, faculdades especiais pelo
seu voto como lhe parecer,
do por vós”. Na ocasião, O rei exigia que fosse feita a devida averigua- fato de que estavam diretamente subordinados à Santa Sé, ou melhor,
ção na compra e venda dos índios que não fossem negociados em praça à Congregação da Propagação da Fé (criada em 1622). Embora atuando
de
pública, isto é, os vendidos nos sertões, “onde não há justiças mais que na região sujeita ao padroado régio, poderiam agir livres dos laços das
sua presença, “mostrando o título dioceses e em todo o território da Colônia.” Preponderavam nas mis-
eita Fa er
se no Rio de Janeiro, e a partir do ano de 1670 expandiram suas mis- Rio Grande.
sões pelo interior do Nordeste, especialmente entre os índios da nação
cariri.” Em razão do rompimento das relações diplomáticas entre as Confederação dos cariris?
Ta nt
não s em A pras a
º
ma ste nte
tida
u uma nor pos exi E rancisco de Lima, Bispo de Pernambuco, 1697”. In: a
icui portuguesa € dos gru
. .
ds
a
guernas
+ E
i | na gra fia
notadas, sem dúv ida alg uma é |
É Palmares. São Paulo, 1938, p. 370-89. As
. Ape sar de alg uma s pequenas imprecisões à inv est iga ção etn o-h istóri: ;
fonéticos deve guiar, ao meu ver,
4
O PAÍS DOS TAPUIAS 83
82 o PAÍS DOS TAPUIAS
capelas etc. Ambas as etnias, cariris das do período colonial. ! Na verdade, já nas vésperas da independên-
paiacus, jenipapoaçus, icós, caborés,
de maiores e melhores informações cia, O sapuia foi registrado por Martius a partir das observações fei
e tarairiús, são das que dispomos ião. em 1818, quando se encontrou em Pedra Branca com cerca de sei cen
costumes, cultura material € relig
em relação ao seu modo de vida, hola ndes es, que pre- tos cariris “semicivilizados”. O vocabulário “cayriri-latim” que M. areius
os pelos
Os cariris foram inicialmente cortejad São Fran cisc o.” A publicou a partir do material que ali recolhera, no entender de Adam.
a fronteira do rio
tendiam defender com sua ajuda a da Desc riçã o Ge- deve ser tomado como um dialeto separado, dada a distância com rel
é provavelmente
primeira referência aos índios cariris
ita pelo holandês Elias Herckman em ção aos dialetos quipea e dzubucuá. Consta que os cariris de Pedra Bran-
ral da Capitania da Paraíba, escr do
Os cariris uma nação do interior ca, ainda no início do século XIX, haviam conservado mais ou meno
1634. Segundo esse relato, eram es gene ri- intacto seu dialeto particular. Todavia, quando Ehrenreich aí est o
do conjunto de populaçõ
Nordeste brasileiro, fazendo parte e habitando “rransver- em 1891, pôde constatar que estes cariris haviam “desaparecido” e
isto é, não-tupis,
camente nominadas “tapuias”, vimos, Às missões capuchinhas são as de maior interesse do ponto de vist
o”.'º Posteriormente, como
salmente (dwers van) a Pernambuc cariris se dife ia-
renc etno-histórico, em razão da diligência com que os freis retrataram s
católicos. Os
foram missionados pelos religiosos
sapuia, dzubucuá e quipea —, dos costumes, a cultura, a língua e o modo de vida dos índios sob seu a
vam por quatro dialetos — camaru, Ltn-
dos. Uma Arte da Gramática da paro (ou controle). Como sabemos, já haviam estado no Brasil missio-
quais apenas três estão documenta cis-
padre Mamiani, de 1699, e os cate nários da ordem dos capuchinhos no início do século XVII, tendo nos
gua Brasflica na Nação Cariri, do o com legado importantes relações, documentos valiosos para o estudo dos
de 1698 e 1709, constituem, junt
mos em dzubucuá e em quipea, pareci- povos tupinambás.'* Da mesma forma, estes freis capuchinhos con-
os do tupi antigo, os únic os registros de línguas indígenas desa
tribufram para o estudo dos cariris. Suas missões na segunda metade
dos Seiscentos entre estes índios produziram importante documenta-
ican Indians,
“The Tarairiu”. Handbook of South Amer
ss Lowie, Robert H. “The Cariri” c possí vel ente ndim ento da diversidade ção, entre as quais nos são de extremo valor as relações do frei capu-
Para um
Washington, /:557-9 e 543-56, 1946. emo-h istór ico de Curt
Brasil colônia, veja o Mapa
dos povos indígenas no sertão do ra da Costa . Anais pern ambu cano s. Reci-
A. Perei
Nimuendajs. Rio de Janeiro, 1981; E do Ceará . Forta leza, 191º Bernardo de Nantes. Kasecismo índico da tíngua Kariri. Lisboa, 1707; e Luiz Vicenzo
rt Filho. Os aborígenes
fe, 1953, vol. 5, p. 160-72; Carlos Studa uiçã o para O estud o das afini dades do Mamiani. Casecismo da cutrina christãa na lingua brasil jrtri. Li
“Contrib
1966; Thomas Pompeu Sobrinho, este, al-
guas tapuias desconhecidas do Nord Mamiani escreveu também uma Arte degramatica a tao dica da von Birini
Kariri”. RIHGOC, 53:221-35, 1939, “Lín ia, Forta leza, ano 2, v. 1, 1958, “Os Lisboa: Officina de Miguel Deslandes, 1699. Sobre as línguas indígenas desar ei
Antropolog
guns vocábulos inéditos”. Boletim de 48:7- 28, 1934, € “As das, vejao estudo de Aryon Dall'lgna Rodrigues. Línguas ôrasileiras — para lat
ia de Elias Herkman”. RIHGC,
tapuias do Nordeste c à monograf Este vão Pinto . Os indíg enas do 17-39. Para o cota
LXIV:314-99, 1950; São Paulo, 1986, p.
origens dos índios caritis”. RIHGC, no sertã o da Bahia . desdasdee
jum mento iefudigenas.
(nguas, attriaux
ia Meira
pour servi:
o o Fétablissement
1 d'une grammaire/ comparéefi des
Vestígios de cultura indígena
Nordeste. São Paulo, 1935; Carlos F. Ort. as sobre O siste ma de paren tesco
gues. “Not
Salvador, 1945; Aryon Dall'lgna Rodri iros Filho. Índios do Açu e eio o após terem sido expulsos da região da atual cidade do Rio de i
1948; Olavo de Mede
dos índios Kiriri”. RMB, 2:193-205, os rema- ro os franceses tentaram novamente estabelecer-se no território aiii Ee
Robe rt E. Mead er. Índios do Nordeste, levantamento sobre
Seridó. Brasília, 1984; Cest mir Louk otka . “Les langues a 1615, esforçaram-se por construir c manter a posse de uma colônia no entã
Brasí lia, 1978;
nescentes tribais do Nordeste brasileiro. Internacional de Americanistas, camada Maranhão, ou, atualmente, na ilha de São Luís. Com apoio da re, de
Anaisst ” Congresso
do XXXI
non-tupi du Brésildu Nord.-e rted in
, 1955; W. D. Hohe ntha l. “Litt le Known Groups of Indians Repo rança, Maria de Médicis, e envolvimento dos capuchinhos, tentaramerguer nor j
São Paulo Jour nal de ia Socie té des eo país uma “França Equinocial”, a exemplo daquela “Antártica” dos tem os de
Northeastem Brazil”.
1696 on the rio São Francisco, in s indíg enas do médi o e baixo São illegaignon. Entre os quatro primeiros religiosos capuchinhos que vieram « a
e “As tribo
Américanistes, Paris, 41, 1:31-41, 1952 F ranci sco. Rio de Janei ro, primeira expedição de Daniel de la Touche, senhor de La Ravardiêre, e Fran: ais de
on. O homem do São
Francisco”. RMB 12, 1960; Donald Piers “Dist ribui ção geogr áfica das eribo s na Rasilly, senhor de Aumelles, para a colonização do Maranhão, estavam Claude
Freitas.
1972, tomo 1, p. 226-34.; Affonso A. de 491-
especial 2. Rio de Janeiro, 1915, p. o d'Abbeville c Yves d'Evreux. Ambos escreveram a crônica desta missão. Estes textos
época do descobrimento”. R/HGB, Tomo Piauí colon ial”. In: Idem . Piauf colon ial: têm À mais interesse para Ara Oo conhecimento das coisas coi do Brasili e dos cos
s do
S10; Luís Mott. “Etno-história dos índio dnios no que pa x história da “França quina propriamente. Crodo PAbbo
ina, 1985, Pp. 10924.
população, economia e sociedade. Teres e. ission des péres capucins en F'Ile de Mara, 7 sines,
Tempo dos flamengos, p. 202.
99 J. A. Gonsalve s de Mello Neto.
Paraíba, por Elias Herckman" (1634). RIAGR
31 :239, Paris, 1614 Par,
Marmos e Yves 1615,
d'Evreux. x. SuiSuite de E histoire
istoi des choses tes plus
Dlus mémorables
roêmorablis adoenues
advenues àês
11 “Descrição geral da capitania da
1886.
ú
O PAÍS DOS TAPUIAS 85
o pAÍs DOS TAPUIAS Outro alemãoo que viveu anos entre os índidios e mesmo ch
84 sociocultural destes
e Na nt es para O estudo da vida parmy
grupo de janduís, que assojavam o sertão do Rio Grando, amcando fa
chinho Ma rt in d
te er Sin cer e de la Mission dans le Brezil dos ee fo ais, fot Jac Rabbi. Ele deixou uma crônica sobre os fn-
povos. Sua Relation Suc
cin de duas relações)
(composta, na verdade,
CR Aleert Eckhout
Aa ditaO . pias holandês dei além
Eckhout deixou,
s
les Indiens Appélies Cariri tura da sociedade cariri-dzubucuá, bem como q
descreve os hábitos 6a cul ta reação des-
pela violen ra
que seria responsável de um homem e uma
de nguns desenhos, dois óleos he
do contexto histórico nj un to ou simu lt an eamente com outros.! dO o a outra tela descrevendo uma dança de guerra destes
íge nas , em co de ta Mission des
tes povos ind ss im o é a inédita Relation ES, é começar po E para todas as reproduções posteriores dos
nt o im po rt an tí is du Costé
Outro docume ués sur le Grand Fleuve de S. Franço ndo José negar Por, rans Post e Zacarias Wagener.!'” Os janduís
du B rez il Sit missionário
Indiens Kariris ne Equ inotiale, escrita pelo segundo José annio onsalves de Mello, eram aliados tão ferozes que
rês de la Lig
du Sud a 7 Deg
capuchinho Bernard
Os tarairiús, re pr es
de Nantes.
en ta do s pr in ci palmente pelos janduí
s, que por
ntação cuparam erlos afastados das zonias ocupadas, qualquer movi
Ca a oi manEÉ c zonas ocupadas, qualquer movi-
am Ser to ma do s, em grande parte da docume cri- pod ron jogo detectada e impedida. Em 1639, por exemplo, o rei
sinédoque costum m sua melhor des
lit era tur a, por tod os os diversos grupos, deve infernais” 'º Assim io o atal com cerca de 2.000 tapuias, “arrancand
e da qu em eram “aliados , novas e velhas, que encontravam”. O governo do Brasilholan-
and ese s, de da guer-
ção aos relatos hol ha vi am sid o contatados por ocasião dês logo despachou os filhos de Janduí, que se achavam no Recife, para
tar air iús re-fe-
como os cariris, OS s do nor te de Pernambuco € estão convencer seu pai de voltar aos sertões."º
cap ita nia
ra de ocupação das , na Des cri ção de E lias Herckman.'* A
man-
ra vez
renciados, pela primei Roulox Baro, um a lem
ão a serviço da Com- .
ês 1647, visi-
do de Nassau, O holand gem ao “pa ís dos tapuias”, em
uma via gem marítima e doterrestre Brasil, (16882), Belo Horizonte/São
ao Brasil, 1 Paulo, 1981, i
panhia, empreendeu i Janduí””
dedo 5
bos submissas à! o “re ea. ome, veja a minuciosa nota (255) de José Honório Rodrigues, nã
tando as tri
sp
18 Gaspar Barléus. . História7 dos fes;beitos
à recentes
á praticados durante nte oito
oi; am / |
ta ce ui o groerao do diriam João Maurício conde de Nassau 1647).( Boo Fiag
r———— 6.
la mission. Quimper, 170 ias” do Pp. 0.9, Sobre este sertanejo, veja o capítulo “Um inté: ete dos
ation succinte et sincere de mpany and the
14 Martin de Nantes. Rel ch Wes t Ind ian Co . Tio,los”, Bo ivro de Alfredo de Carvalho. Aventurase aventureiros ) Rio dm
no Brasil.7 Ri de
“Infernal Allies, the Dut Prince in Europe and Brasil. The
1s E, van den Boogaart. Idem (cd). À Humanist
“farairiu, 1631-1654 ". In: noo Real Gabinete de Estampastampas d de Dresden sc encontra o códice d
Hague, 1979, P. 519
-38. 34). RIAGP 31:239,
Par aíb a, por Elias Herckman” (16 desenhosde Plantas, animais c índios do Brasil feitos por Zacarias Wiganei not mpo
14 “Descrição geral da cap ita nia da to, do piloto de uma na-
o Fra ns Leo nar d Sch alkwijk, um Outro panfle e, vande Staponjers
dos holandeses. Ar exo aos desenhos, que grosso modo reproduzem os óleos de Eckhout,
1886. Segund k. “Be n korte beschnijving ressantes descrições do “omem tapuia” (desenho 95) da amolhe; r
Wercken” (Uma breve
Ger bra nts z. Hul
vio holandês, Gessit p, Houwelijck ende wonder ta puya” P (desenho 96). Zacarias t Wagener. Zoobiblion livro de animais do Brasil (1634- -
hae r Lev en, Doo e feitos milagrosos),
in Brasiel, Van batismo, matrimônio - de1641). São !Paulo, 1964; : vej
veja tam a traduçãoção de de Al Alfdered
bém ho. *
Carvalo ibli
dos tap uia s no Brasil, da sua vida, ção de Her ckman. O panfleto Za a image m do indi à Bai
des cri ção
ent e a fonte da descri ú ias Wagner RIAR XF-181-95, 1903. Sobre
5, é pro vav elm k. “Tapuias
publicada em 163 Frans Leonard Schalkwij head & M. Boese , man. . Um retrato do Brasi
rasi
tra duz ido e pub lic ado pelo mesmo historiador. LVI TE3 0S- 20, 1993. * Holand êss dodo sécuo a deanima P.J. P. Whitenta
foi . RIAR olandê s ist
de as
Johan Maurit s de Nassau
no tempo dos flamengos ao Rio Grande do “Rio de Janeiro, 1989; 0: animai s, pla e gente pelos art
rt. “The Slow Progress of Coloni
'
no Rio Grande do Norte o, que via jou den Boogaa
Tapuias” é de Roulou x Bar
Para ele, no en- . Civility Indi » 1989; 0 texto de E. van Brazil, 1637-1644”. In: Lo : lonial
17 A expressão “País dos trib os de índios jand uís (tarairiús). indio pi é dans in me Pictorial record of Dutch
se com ” o che-
er- ecífica região ond “reina Hori:
ra def
Norte para entend e codeR. Joppien. “The
1990, Pp. 389-403;
s” quer significar a esp uropa oderna. Sevilla,
o “Pa ís dos Tap uia (164 7). Bel o (ed.). A
tanto, país dos tap uia s Azi: ÀJohan Mauriries and Hisi Artists”.” In: E. van den Boopgart
ÉE Vision ofO Brazil: Ega
o. Relação da viagem ao uma tradução 4
fe Janduí. Rouloux Bar orig i nal men te em p. 297-376. 4 Sobre é eb re-
Este relato foi publicado dia Humanist Prince in Europe and Brazil. The Hague, 1979,
zonte/São Paulo, 1979. de Piste de Madagas
tân ea Rel ati ons veritables et curieuses 4 ia-gentação dos índios
: pelos colonizador es, vejaj o recente estudo de R inelli
de Pierre Moreau na € ole Nhanduí, queria dizer emo da colonia: a representação do índio de Caminha a Vieira. São Pa a Todo
Brés il. Pasi s, 165 1, p. 195-246. Janduí, ou ês entendia o Janduí
k ade
car es du
). O Con se lho do Brasil Holand à es de Mello Neto. Tampo dos flamengos. Recife 1947, p 208. o, 1996.
= ema contatos €
pequena (de nhandu estabeleceu diversos
uma esp éci e de rei soberano, com o qu al uho f. Mem orá vel via" |
como s. Joan Nie
muito auxiliado aos batavo
alianças militares, tendo
O PAÍs DOS TAPuIAs 87
PAÍS DOS TAPUIAS
86 o
uintes em holandeses, os tarairiús se viram como que desamparado
no decorrer dos cem anos seg pulsão daqueles em 1654. É verdade que o termo de ca o ia
Assim como para OS cariris, iriús, ou as missio-
em gue rra s com as diversas nações tara corporava uma cláusula de anistia para os índios que tives ora fo d )
est ive ram deixaram
extermínio, 05 portugueses
que
até a seu qua se comple to mais do lado holandês; contudo, a fama de irredentos e a relativa q nO
nando, elas feitas de maneira muito
ima s descri çõe s.! !! Tod as mia que conseguiram manter, muito em razão da capacidade « dm que
raríss ização” de
tiva, no contexto de “demon incorporaram a tecnologia militar do invasor (armas de fogo du mesmo
argumentativa do que exposi rra just a. No “Me-
vando reabilitar a gue arairiús nos protagoni i
estratégias), transformariam os tarairiú incipai
um tapuia genérico € objeti Ped ro Car rilho de
e Lembranças” de 1703, das guerras dos bárbaros. prosagontáto s PRAGPES
morial de Certas Notícias ariú s, paiacus,
ente Os tapuias “janduís,
Andrade descreve genericam ita nia s de Per-
nas partes do Brasil, cap
caretiús e icós e outros anexos Ta mb ém o fez o
eiras do Açu € Jaguaribe”.
nambuco, Rio Grande, Rib uma “ge nte
, para quem se tratava de
autor anônimo do papel de 1691 ga de gue rra s €
ora de carne humana, ami
bárbara, de corso € tragad ici ona is dos
o haviam sido aliados incond
traições”."? Com efeito, com
é
ntes dos
hoje ressurgirem os descende
OE
11 “Quase comp leto extermínio”, porque vemos cípi o de Pesq ueir a, esta-
no muni
seis mil xucurus que vivem hoje
tarairiús. Os quase como legítimos
ros de Recife, foram reconhecidos
do de Pernambuco, a 220 quilômet Itamar Franco em março de 1992. Estes índios
te
herdeiros das terras pelo presiden ru”, que teria orga-
stra l João Fern andes Canindé, “Rei dos Xucu
têm com o seu ance
dore s port ugue ses no Nordeste no
contra os coloniza
nizado a resistência indígena iro de 1996 . Com efeito,
aberta ao mundo, 236:22, jane
século XVII. A Igreja no Brasil am sido alde ados , pelo s oratorianos,
tarairiús que havi
os xucurus (ou jucurus), eram prin cipa l desses índios.
obá, que levava o nome do
principalmente na aldeia de Arar obá de fato pass ou a cham ar-se João
ar, este Arar
Primeiro dos xucurus à se batiz buc o que the havia dado
gem ao restaurador de Pernam
Fernandes Vieira, em homena o sc verá no Capí tulo 4, cra o princi-
por sua vez, com
algumas ferramentas. Canindé, temp o dos hola ndeses
haviam sido governados no
pal dos chamados janduís, que ra cont ra OS port ugue ses por longos
mente feito guer
pelo “rei Janduí” e havia real render € firmar um tratado
de paz,
indé acabaria por se
anos. Em 1692, porém, Can aíras, futura vila de Arez.
em um aldeamento jesuíta, Guar
indo morrer com os seus canindés. Contudo, não acredito
Estes janduís eram por isso chamados por vezes de iá-lo como grande
o de todo enganados em reverenc
que os modernos xucurus estã s e os paicus do Cca-
riam fazê-lo os jenipapo-canindé
líder. Da mesma maneira, deve desc ende ntes dos tarairiús. Até
que se reivindicam
rá, outros grupos emergentes, ntha l. “Notes on
xucurus ainda é a de W. D. Hohe
onde sei, a melhor etnografia dos Braz il”. RMB, 8:93 -164, 1954.
a de Ararobá, Pernambuco,
the Shucurú Indians of Serr Pach eco de Oli-
no Nordeste, veja o artigo de João
Sobre as identidades emergentes Temp o e Pres ença . São Paulo,
tidades emergentes”.
veira. “Fronteiras étnicas € iden
270314, 1993. Carrilho de Andrade, Olinda,
c.
e lembranças, Pedro
un
Memorial de certas notícias paulistas aprisionaram na
nam buc o, caixa 16; Sobre os tapuias que os es que há
1703, AHU, Per do Porto do Mar, e sobre as razõ
moradores
guerra e mandaram vender aos 162. Uma síntese
ra 05 ditos tapuias (1691). Ajuda, S4 XIII 16, fl.
para se fazer a guer Filh o. “Os tarairiús, ex-
feitapor Olavo de Medeiros
etno-histórica dos tarairiús foi
do Nordeste ”. RIH GB, 359:57-72, 1988.
tintos rapuias
3
GUERRAS NO RECÔNCAVO
nor o
qo remar memmum
Desp E que foi criado em 1548, para coordenar os esforços de
colonização portuguesa na América, o governo-geral aliou sua força po-
lítica ao seu poder militar estratégico." O regimento passado a Tomé
de Sousa, em 17 de dezembro de 1548, previa a construção de uma
cidade para a sede deste novo pólo político-administrativo. A Bahia de
Todos os Santos, donataria do falecido Francisco Pereira Coutinho, fora
comprada de seus herdeiros para este fim. Neste primeiro momento, a
criação de um governo do Brasil não pretendia, como normalmente se
imagina, a reunião dos esforços dispersos em razão da criação do siste-
ma de capitanias hereditárias (as donatarias), tendo em vista a sua reu-
nião sob uma mesma orientação. Ambos os sistemas coexistiram até o
século XVIII, quando a última capitania foi revertida para o patrimônio
régio e a administração dos espaços imperiais passaria por uma série de
alterações. Seu papel fundamental foi o de instituir c coordenar um
“pequeno comércio político-administrativo” com as vilas recentemen-
te criadas. Na verdade, o governo-geral, vinha “sujeitar vilas e seus ter-
mos a uma única orientação”.
Segundo Edmundo Zenha, “E com estas vilas que se estabelece o pequeno comércio
Ted
antas
nização, ata can do resolveu
ão gov ern ado r da Bahia, Mem de Sá, mentos para a cidades panos e colonização e a produção seguindo:
de manti-
de 1558 e 155 9. O ent
de 300 portugueses tropas. À junta, que sc reunia
resolução da lei de es a as
em memso
ção punitiva, composta
enviar uma grande expedi entos jesuíticos do
ados, retirados dos aldeam declarar guerra aos tapuias consio
e cerca de 4.000 índios ali foram derrotados c, No nt
tupinambás do Paraguaçu justa.pouco
derando-aforam
reunião rá vo, de acordo com Taunay, os resultados da
litoral. Em setembro, os Nossa Senhora da Vitó-
vila, sob invocação de nuou cabendo o ônus de Os e por muitos anos aos moradores con i-
no local, foi criada uma importante entre-
“Cachoeira”. Esta vila será tes, as guerras Bolandes viver na fronteira. De fato, nos anos se in
roda a iniciativa do governo-peral
ria, também chamada de po que servirá, a ocuparem
avo Baiano ao mesmo tem Segundo Alexandre de
posto com ercial do Recônc tões. À navega-
ncipal “porta” daqueles ser 1671 € historiou esses so usa “Freire — que foi governador entre 1667.
até o século XX, como pri uma importante
povoado situado nos pés de naquele momento nada
guerras —de Pernambuco e mais
ca po-o-
ção, que era possível até O via jante poderia, dia ser feito, “nela iv rado diosas mentos
nias do Norte, cujos m são
aos caminhos LerTestreS. O
queda-d'água, dava lugar OU O próprio Para- s moradores tomaram as armas contra os hola.
do Jacuípe, mais ao norte,
então, acompanhar o curso den tro .
as veredas pelo sertão de
o ses . I ela mesma razão , não as cu
moveu contra Be ! to
guaçu, para depois seguir
cor o bárb H WO O conde
preferencial-
do lagamar eram ocupadas
Se as terras mais próximas de açú car , O interior
cana c pelos engenhos
mente pelas plantações de de gad o. Desde as a 7 Jornadas do sertão, 1651-1656
Rec ônc avo ser vir á sob retudo à criação
imediato do vos” do sertão (isto é,
ulo XVII, os “índios bra
primeiras décadas do séc do problemas - Em maio de 1 : i
da fronteira pastofil, causan de suas al-
tapuias) resistiam ao avanço ano, ata do vilas, en-
can deias, provendo ao dos tapuias que desciam
aos moradores das fregue
sias do Recôncavo Bai “miam” os moradores o : as ao longo do rio de Mauraú (Contas) o ri-
“índios bravos” inva- Nesse momento, à
es. No ano de 1612, os a qrcRuestas do sul do Recôncavo e de Ilhéus
genhos, fazendas e criaçõ de Paraguaçu.
de Capanema, nã freguesia
diram o engenho c 0 distrito do gad o” nos cam- : e ntido de ani o conde d e :Ca astelo ho vim
selo Melhor, buco providên à ; o
permitia que
s “moradores e guardadores governador-geral, tomasse
Em 1621, mataram algun lég uas da cidade,
su | do Paraguaçu, a dezoito
rar uma expedição punitiva. O sargento-mor Diogo
de Olive; R
pos de Aporá, na margem ficare “por mui-”.
m q Oliveira Serpa foi nomeado cabo de uma a “jJornada do sertão” que
o que fez aqueles sertões
“não deixando coisa viva”, cutar à sua “fero-
não tendo já aí cm que exe
: á C eri a Ii í
mamae
DS mm
aeee brasi
e
ação do patronato político o. Pro p o: Sta de v Alexa
Faoro. Os danos do poder: form
Exa nA dr : d * 50OUS
o Cire
ire t ton nada À « +noasse
ussento no
2 . : . € de Sousa Fr te Jss diaà 4/83,« 669, ! HH, 3
Veja tumbém Raymundo
Eis
-. 05-16; ou in: Inácio Accioli de Cerqueira
8), potHH-S.
lc Silva. Memórias tório À
teiro. Porto Alegre, 1976 (195
uliticos da
São Paul o, 1975, tomo rovíncia da Batia. Salvador, 1940, vol. 2, p, 30-3, Veja cambém A Affonso
do Brasil.
Varmhagen. Ilistória geral ff deJ E. E
o UR.
Cf Erancisco Adolio de
s
p. 2099-313; e Jorge Couto. A cons truç ão do Bras il: ameríndios, portugueses
8.
€ africanos, & “História geral das bandeiras paulistas, Sã
o códia Ligo go ir s paulistas, São Paulo, 1950, vol.
Livro Segundo do Governo do Brasil do us AS y ADO SImEnto
, p. 262-
1998
is de Quinhentos. Lisboa, . sta. 23:128.
início do povoamento efina
GUERRAS NO RECÔNCAVO 93
NO R ECÔNCAVO
92 GUERRAS
rras no Norte contra
de chu vas . Mas, uma vez que as gue
a est açã o boa regulares do Estado —
am sobremaneira as forças
hol and ese s oc up av medidas foi toma-
Salvador — uma série de
os
ter ços de
vale diz er, os doi s Serpa recebeu or-
aum ent ar O con tingente desta jornada.
da vis and o seria de “muito
deira um certo Luís da Silva, que
dem de incorporar à ban os índios do Tapocurúmi
ry” (ltapecuru-
ent o com
préstimo par a este int
to-mor procurasse por
mirim). O governador sugeria ainda que O sargen eria lhe “dar gen-
do pela sua Torre este pod
Garcia d'Ávila, pois passan Da me sm a maneira, per-
ção de uma carta.
te” mediante à apresenta ert ore s da praça da Bahia
bando todos os des
doaram-se por meio de um de guerra. De
+ Jucubina
Pe rn am bu engrossar à gente
co , par a
e do exército de tir em direção à
pla no tra çad o, à jornada deveria par
acordo com o dos aimorés,
Ser pa fal ari a com os principais das aldeias l
Camamu, onde eria recru-
gue rra con tra os tap uias. Em Boipeba, dev Serra do
que estavam em que já havia estado em
sco Fernandes Preto,
Grobe
tar um sertanista, Franci ”.* Não temos mai
€ era “um grande língua -
são Paulo muitas vezes
ta entrada.
notícias dos sucessos des governador-geral resolv
cu nomear Gaspar
+
Em setembro de 1651,0 mor de toda a gente que
ora mando | Aporá
com o “ca pit ão- .
Rodrigues Ado rno como cabo e
Pereira, deveria ir junto
EA
irm ão, Ago sti nho (Contas)
ao sertão”. Seu -lo em qual-
”
1. DH, 3:
1 Oliveira Serpa, 22/8/165
conde de Cast el Melhor para Diogo de o Fili pe de Moura de
Carta do hor de engenh
s
dm
ea peemm
e des cia co m me no s Paraguaçu € Jagua- aripe eM a siipe
tio, qu DIEES das aldeias de Jagu
ção feita pelos mora dores de DO
resultado de um a P eti
ntio que por tantas
vezes que tivessems Eron
sertão”, todo . dios par a jornada que mando fazer brevemente no
qu e pe di am se fizesse entrada ao ge a lav our a”, ado nessas aldeias fossem capazes de marchar."
ripe, “e m dind o Em novembro de
ta nd o gente considerável e impe câmara da Bahia,
os havia ass alt ado ma
uma junta n a diato do sargento-mor a ao governador-geral ordenou o retornociasime-
de outubro de 1654, ma is cidadãos. Esta oa dos oferderos nar nm ae or É “ertamente por conta das notí
da
rcuniu-se, no dia 16 -geral, dos edis e de
ça do go ve rn ad or por “ser con“y- fazia-se necessária série de
por fim fazer à jornada
com a pres en edidas preventivas, em os ane ese uma
u em qu e S€ dev ia
junta concor do sua real Fazenda inimigos ecentemente n no e um ataque que sc podia esperar dos
De us e de Sua Majestade e
ser viç o de 0s custos da adezeospre-
veniente ao de uma finta para cobrir [ssa atradsari
VO surreição incontroláve SVO lução das ava formas de enfi rentamento des-
RECONCA 05 mesmos liação d enf
GUERRAS
NO
da segundo tes inimigosorra n tão, por uma
96
a ex pe di ção, organiza s do Recôncavo. em que inc eram se trata dos erros
estratégicos
anos, ou tr puias rebelado que sol-
final de dois stada para fazer face aos ta tão-mor Tomé Dias Lassos, da ord ena nça e opa e, dad o
ter ços de 5: pasicamente de
dados dos -
moldes, foi ap
re mãos do capi das guerras de e infantaria alvador, pela percep
o estava nas
ma nd o nos tempos av ção da necessidadeesta uma mudança na suade nata ureza. Como vimos no
Dest a ve z O co a No Re cô nc tico d0 de seu
pi tã o da ordenanç o de sua jorna da era idên capítulo antcrior, acompanhada guinada da política
que fo ra ca ment ntaria, numa tapuias, k viria cono bárbaros. Na o
eses. O regi a nhias de infa relativa aos o destino
meo
nd co mp Na He 08 von
08 ho la ir qu at ro determi- das civilizações da Américo anda
com
, e co m ele deveriam ou tu br o de 1656, el-rei LÓ int eri or vez mais portu-
or à infantaria
rm qe near
antecess 18 de de + Cada
os ti nh o Pereira.” Em de tu do que tocasse
Lassos guesa, escapava ' tas mão s.
Ag
ao capitão-mor nti-
delas egas se
dr o G o m es S€ encarr se rt ão , da nd o
Pe s ma
nou que
nt e qu e fo ss e na iornada do ários para à condução do at de A Guerra do Orobó, 1657-1659
c mais ge € cavalgaduras
necess .” Apes
mara da cidade “com qua-
rm ee
todos os castos m conseguidos junto à câ fazer as pa ze s ses Mestre-de-campo-ge
Francisco ampo gn nomeado para a guer
fora seguiu apenas
mentos, QUE , e br evemen te desceram ds forças dos vosta c1 lencses havia tido pa el lecisivo n doando
ep ar at iv os m qu
cantos pr
cujos princip s dos moradores.” do oo Sá foi dito Se uradores, sendo, portanto, PA
mares
tro aldeias”, da s povoaçõe dr e de Sousa Frei
re, à to
1654, meoDorava O O «amo de capitulação do holand na ni
pe rt o Al ex an m desce-
para mais al ia ç ão do govern
ador
ar am , porque ne são febeldes dam edusula de anistia para os indi o ido em
Segund o à av co is a fa lt € muitas
õ s “u
“coe ma e outra s Os anos, uma apuias de que é reged ortugal”, isto é, ficado d fado Botando. Ou
das estas EXP repetir todo estas três
ixaram de seu fracasso, pe das de que É IEEE or João Duim” (Janduí) h: a sido pordundos
ram los índi
os], s”2 Apesar de capi- as do
É
Se us as sa lt os & tatrocínio Serpa (1651), as tentativ — *
vezes, 08 Oliveira Lassos (1656)
à de Diogo de Tomé Dias
governo-geral
3 em 9 de setembro. Contud udo,DOS os conflitos entre PDD esses perdeíndios
sses ios €ficado
ese os mora-
ratificado
jornadas — expedição de es fo rç o do a - dores do o RioR i Gr: ande ntinuaram,
conti de maneira que : B Barreto, , feit o go-
um
tão Adorno di da s co mo parte de € co nt ro le das nações rn ad or de P uc
.
pu ls ão do s ho l
mpre en de repressã o colonial É ve erna mb eo após a ex
devem ser co s mecanismos ir a da economia o, não É: ma ndado castigar. O n as s”,Card“doso o foifoi inststOsruruíídhavi a
al iz aç ão do co m a fr on te to -m or Anostôni obelDiado o a
de form me nt “re rs
o ano a para atacar ui onando So mdcgolando cri
mo
ci
e ai antaris. p :
trav gro, naquel : j " marchar comde a oit inf a todos2
tapuias, Que en desenvolvimento. O malo ada do sertão” não tenham “ " que for1]
em ara a cim:
cim a, apr isi as”?
as”
seu nt e envi parti- à o par icr es e
c atalhavam ge Brasi
e
it ãe s da ve re mo s, do
s “c ap co mo ' Em 1657, B foi n on teve
significava qu
e es te
e no sertão
. ÃO contrá
ri o,
os nos anos
que º E ; Barreto
o problema nado governador-geral dos tapuias aí pt Ô
e logo
iv id ad
das guerras
do s bá rb ar de entrentar dd ataques s ao que
a ocorrer, not adamente,
pcavO,
al, novas pers
em de Do
continuado co lo ni ama nas freguesias
1
vista da admi
nistra çã o
em
contintavam
fazer face 3.3 , guaripe e Cachoei
,
' : Paraguaçu, J Ja- »
po nt o de lono s pu de ss chogira. « C Com cfei
cfcito, poucos dias depois s dada sua chegada aà à
ra que Os co uco, uma inesk
Do
ur gi am pa uc o à po , fora m ataca n as.”
pectivas, co
ntu do ,
st ên ci a que se tomava
, po Bahia
sua ão, Eort moradedore
trintaivas
osas t entat seus : aquelas freguesi
s
to de re si Segu ndo o A as
um movimen diferentes cessros de fazer
o qu e lev ol; € so o sertã o com bastante gol anti infantaria e ín-
-2 e 193. Re
gime nt dis domésticos a ole,
H1 91 regimento é ips para castigar
/1656. DH,3 245-50. Seu ontecerados
as Lassos, 8/ 10 DI I, 5: costumam
ao Recôncavo, nunca até hoje pude eram es
“sucessão QUE scer
qm é Di 9/10/1 65 6.
» patente de
árbaros ter
o- mo r nd jo rn ada do sertão, rências à Luís da Silva. À va que em
o capitã m às refe sertã o" ordena
do Ga sp ar Adorno, mas se na jo rn ad a que val ao si m qu e codos juntos
ao é Dias Lassos cia alguma,
€
om ên a
Mello, “Brito Ere DAa sua história é Pern: ambuco + In: Francisco
o- mo r “T pr ec ed de N
o capitã o houvesse BJk .A. Gons alves e
pitão-mor nã 5:250-1. de eBridos eyre. Nova PRP
falecesse O ca /1 0/1656. pit, a tea gue rra bra síf ica escrita par: .. (16 75). Re-
do conde de istóri
, 18
tomassem às de ci sõ es
ga êo Bar + S.p.; carta para o me
e Atouguia para o mestre-de-ca mpo-ge
“yma rapari 3/1655 B; DI, 3:265.
» pI, 5:252. consigo uma tas, 1 Barreto,Fran20/o Ha
ça desta pa z,
a Como fian l”. Repres entação dos mora
tr ou xe
dore: s das fr ep gu es
as se nto no dia rrá de cisccisco Barreto ao rei, 1658. DH, , 4:3E:3536-7. Poema
em :
de um principa dr e de So us a Freire tomada toco
ex an
2 Proposta de Al
3:205-16.
GUERRAS NO RECÔNCAVO 99
NO RECONCAVO
GUERRAS se assumida pelo ovo da i cidade,
: já
98 ia à ligeireza, e nos sego2* Prometia Po o da cidade, já que a seinf:trat i
ava também do seu sosa
nel es a sua m aior resistênc uso pari
efeito; porque foi se mp re
ignorância da camp
anha, c O pouco k do: adores G
Pedro
envi ar antaria dos sertões, -
im pe di me nt o à pe rm it ia jul gar que havia encar regado s
sarg ento -mor do
nossos o maior guerras do sertão lhe
ido a
prá tic a nas mestre-d e camp neradol?
o-geega
encarr I edro junt: Gomes, promov
daquela guerra » . 5 Sua nt io ”: -de- amente com o capitão Gaspar Rodig
M
do de guerra do ge Adorno. Ambos d general junt
sso deste “novo mo
BCs
estrada de carros, :ao longo da qual
os motivos do suce . S veriam abrir uma
pk: a s,
não logrou por não estariam as casas-fortes com o de mant€ imentos. Esti mava -sc a
e fez en trada ao sertão se necessidade de cerca de oU30 ouP para conduzir pelo me ' , aVA-SO
“Todas as ve ze s qu saber a campa- carros,s, para
to s, chegar cansada, não . a.
nça € descan-
nt im en -300 1 Lo
achar à infantari a ma
se fazer para sua segura rações aos
mes devcria infantes c 200 índios da expedição. Desse modo, ini
ica ção em qu e na hostilidade rança d ncia
nha, não ter fortif pe le ja m ter permanência n mar cha s 80 infantes para garantir.”a segu sá cos que
a me lh or am as nossas foss em erguer nhos A
sar do caminho par est e def eito apenas chegav artir da €casas-fortes « abrir os cami
as estrada deveria
que ia a fazer e qu
e [c om ]
ou por falta de mantim
entos Ou p ir a Cachoeira e seguir até a “borda da m ata 1 da] serra do Õ”
mig o, qu an do ados e fal- primei
ini onde seria erguida a do pata :
ado
eropas à vista do ira da, ou realmente por cans eira casa -for te. O regimento Css assa
dist ânc ia da ret aos bárbaros .
” 26
expediçãdoo éé clãui a prim
. .
segund a a
reçcoso com
.
o que a estrada fosse feita
mimare
nd o no vo ân im
voltavam logo da tro em rec ome nda r as
tas de governo se caminhos dos em “partes donde ase
nos para Os boiss: masios”,nemistonoé, caso v ã achemari águaas, e pas-
côncavo €ra u ã
es dO sertão do Re : : uc ache ma tão estéril
e
ex pe di çõ . Í é q
ada, aAlé vai abrindo atéé uà mata
en to das de Barreto Ra .
Como o abast ccim
e mata
guerra, à estratégia
deix
inuar à estremitir”
tenha,
fr aco dos esf orç os de
construídas do Orob issoquede ocont
ó , na na Tor forma nho
tido como o ponto abr ir um ca mi nho, onde seriam pata fucuras expedições Tan
terre permitir die . m de defi o
nir cami
foi enviar à infantar
ia par a . Mais do de deix: deveriam cuidar
a “m ur al ha » de aldeias amigas € o , ] mes
beleci da um ura para que assinalada a
e € en:de
ncia, : que sse deixar
casas-fortes € esta of er ec er as si m uma infra-estrut pond o i “bal izas em distâ
| :
que isso, porém, te
ncio na va fundassem umas à
as estr
outr ada,
as: idad e do pau cota a mais
rimentados se apro de as
comestível é tras : adve rtin do que a qual
rt an is ta s ex pe Já mama
tropas “contratadas
” de se ndo € cati-
m to da re si st ência indígena, mata se acha r, para que
dos
tenha duração”.”.
iz
no território € dest
ru ís se ra do Orobó juc
Segundo uma representaçã o
ção dos mesmos moradore
s, as
bos de ta pu ia s habitantes da ser E egui do trazer para o sul continu:
consegui que
alde,iaso que
vando os rebeldes.
As tri e moradores Lass haviaa cons
os havi as ldes
ssores das fazendas so: rebe
da s co mo OS ag re a, do +. os avanços para o sertão o A aos
fica Campos da Cachoc
ir ar
foram então identi
açu, dos chamados
poderia prejudic ' * A solução proposta por
rt es do rio Pa ra gu do s qu e fi ca vam na o Barreto foi o rdenar, por um regi egimento de 21 de de;ezembro de 1657 , que
das pa
an de c In ha mb up e, além
rio Jacuípe, Campo
Gr Jaguaripe?
o é, às fr eg ue si as de Maragojipe €
parte sul do Paragu
açu, ist setembro de
as tr op as até estes tapuias, em
Objetivando chegar
co m gens mais DU Franci
de casas fefortes que se hão de fazer no sertão, 10/9/
asas-fortes nas para
%. Carta
65 38 Barreto acerca
SE cisco das casas
cerca das
e fo ss em fei tas “c
1657, Barreto mand
ou qu ante (para)
[do Pa ra gu aç u) , com infantaria bast gu ara deavia
a cheradoBarre
Francisco no eo
t
pira Pad a câmara
COMIr:
da Bahia,' 15/9/1657. DIF, 86:143; |Ped
convenientes do se
rtão ar às contrárias € sc
al de ia s am ig as , reduzir ou desbarat de sp es as fos-
O silem 1635. Participou ativamente das guerras Ôntra os
conservar as in ha que parte das Velho) é da sendo E e atom do terço do mestre-de-campo João de A: (o terço
”. Para tan to, co nv
rar aquela campanha 1657, capo cenas aee enança da capitania da Bahia, sendo provido, c eve Cio do
do darbentom S oi nessa condiçãem rd
p gencral, Foi se
45 , 1º o mestre-de-ca mpo-gene
21/9/1657. DH, 3:395. ra do conde de Atouguia ao rei, 3/2/1675. DI, , SO e em
Mais tarde,
4302. Mas
1
Vic ent e, Man ucl de Sousa da Silva, . Ê
. DH, 86:139-42
Te ço N
o-mor de São
) ' d b d 16 71 , 1D, “ “d í O G omesm Ss 5€ o
será f cia to d
mestre-de-campno d do o vVO. I Louis
8 Carta ao capitã da Bahia, 13/9/1657
f Crçe
. ezembro de
: da cidade de
Barreto para a câmara de flores amarelas € fruto: eiro da Cost st
: Moncador. SalvaZo
Na Babi
a.a: Colni amentos para história militar
» Car ta de Franci sco
) é O nom e de uma pequen a árv ore
nte, "Salv dor, 1958, p. ToL onial, apont
2 Orobó (Gola acu min ata vav ente abunda
elm
sem ent es contêm cafeína. Pro Ape sar de existir à Cc Franc; To Barreto, 13/9/1657. DH, 96:139-42
em forma de estrela,
cuj as
re os rios Par aguaçu é Jacuípe. <spge
Regi ento qu
signav aa região de
serras situad as ent Rui Barbosa, o mais o sargento-mor Sato
que levouOST. Pe o Gomes pi
Gomes para abriri a estrada desde a Ca-
perto do município de Orobó” compreen:.i
.
eia até
mento
do Oro bó, sit uad a
atualmente U ma
surra rra do
XVII, a chamada “se
mos que, no séc uto Santa Brígida (no mun
icípio sgistro das razões que dão os moradores que ficam dad
3:346-47; ee * “Registro
ACS, 3:346-47,
correto é entendee que inc lut am as ser ras de
out ras que fazer € Tu
desse de fato à região
de ser ras
ncisco (serra Preta)
, ent re “parte donde o gentio c ostuma fazer entrada s”, provavelmente na mesma data, 10/5/
isã o (Ipuá) e de São Fra . a 1657, ACS, 3:347-5 0, 4
), do Cam Fra nci sco
de ftaberaba
lest e ant eri or à depressão do cio São
compõem O planalto
GUERRAS NO RECÔNCAVO 10]
100 GUERRAS NO R ECGCÔNCAVO
as reses necessárias : , ,
os até Jacobina, no alto
o ajudante Luís Aly ares foss
e com os 25 soldad Fernandes € “asado, ado tes. Na Cachoeira ficaria o capitão Bento
amigos, que eram
as as aldeias de paiaiases te c agenciar vaqueiros 3: A o de remeter
mais farinha para a casa-for-
lapecuru, para passar tod hor se conservar e Como se vê, cra anos Laio cond uizir o gado que conseguisse comprar.
bó, onde poderiam mel
quinze, para à serra do Oro pod em descer ao semoquea manutenção o 1 lastreando a jornada com suprimentos,
parte aos bárbaros, que
“fazerem fronteira naquela deveriam ir os pri ncipais dos
Álvares empreitada ficaria «tão : oa estaria completamente comprometida ca
Recôncavo”. Junto com Luís eira (outro
escravo do padre Antônio Per mento ordenava que o an Futuosa como haviam sido as outras”. O regi-
paiaiases € O crioulo Antônio, € prá o naquele
tic cas é munições que ho pitão Aires inventariasse as farinhas, ferramen-
grande proprietário de terras € gado), como língua
ardando-os no
muita infantaria”, estaria agu curral, abatesse o nece Ivesse na casa-forte e, recolhido o gado e
sertão. Pedro Gomes, “com se percebe, 0 e ss É ssário para os soldados levare . . m um
uias seus inimigos”.* Como
Orobó para “destruir Os tap porta daqueles pletando-lhes a ração com “três quartas de E aba No dm A:
cie
an do qu e itar ens bons” “para acordarem sobr : i a
ns id er de São
em guerra civil a vila
Co
go do Recôncavo”.
rse
Ca ma rg os in ce nd ia va guira jornada da Bahia”, hs :
tendo hingos Barb
decidido por or D Domingos Barbosa Calheisa Calheiros
ções dos Pires € dos em recíproca
re s an dam tão ocupadas e quine aesim che Aguiar, “cada um com gente que pudesse irar e
eme
dess es mo ra do rtê-las contra
Paulo (“as armas o ser ia in teressante “conve dantes im rancos como índios”.** Calheiros era um d ; mais im
ofe nsa de uns € outr
os ”) , nã Paulo nomeas-
pe di a qu e à câmara de São s5 chefes
chef dos Camarg os, e levav i I Sordeiso i do
csses inimigos” 2”
Para tanto, no sertão te-
c até vinte pessoas, “das que les, o capitão Fernando de Car margo, a conhecido pela aleun
nhecido pela alcunhaade de “Tigre” a*
Tiger
se um cabo, dois capitães
1655,
lista. No final de
o pac ifi car a est a “guerra civil” pau par a res olv er à crtã
sertão
Do st: aliado
bastante A podeer pessoas
de infantaria
i invol i e índios indi enhuma se logrou o i inte
nenhum:
Barreto, afinal, fora
qu em dessas famílias
»
6, est ive ram na Bah ia dois procuradores cle içõ es da câm ara . Gon- castigar D olulta de pessoas inteligentes”. D//, 3:401-2. Em 13 de outubro de TESE
inícios de 165 sucedidas e sobre as ições. savisão passada Cto Po outro alvará ã que pediai se cumprisse
np :cinviolavel o nu
os das várias mortes
au pas: é
:
sco Bar ret o prometia “usar ant o rig or com que pr ocedo “exp edição. ACS
tante”, Fra nci em bem do que
todos os que proced
net Bi . B asílio de e Ma, Pa á e di o B PUSA, Olul! nu. Rio , i í y 35, +» E D. PD. 1 1434: + 4 A A.
a, que al palhães. E
Expansão Ui
geográfica di% If Cola
s03U 3
gajamen to na entrad
DiTia
se
nnt
para a defesa dos moradores parcialmente no Rec ônc avo. O conde quatro, mataram e feriram alguma gente. . E 3 ultimamen
a -
as vis an a ao
recrutamento foram dad
Em julho de 1671, ordens de de Tabaçu e outras duas. Avistaram então um batedor dos topins, que
a
, nas terr as oa ,
aldeias de Itapororocas
mento da tropa: os índios das logo fugiu alertando seu povo.” De fato, em 7 de outubro, o visconde
IN
r com pel o me
ses, deveriam contribui
Peixoto Viegas, todos paiaia * de Barbacena dizia ter notícias de que os paulistas já haviam topado
com aldeias dos bárbaros c que estes haviam fugido, provavelmente
mao, certo nai
licenciado como capelão da para Cairu, onde os índios estavam acometendo.”
iventurou, foi nomeado um geral, 222/8/1
or ge: 2 669. DH, ; 2
23:3 17-9 ; : Inác io
P isão
es.. Prov
sndes isãsão do gove rnad
verna dor.
ador- Apesar de terem recebido farinha em novembro, os paulistas, famin-
| odrii gucs Mend e polít icas da prov ínci a da Babia . Sal
rias históricas
ecioli de Cerqueira e Silva. Memó o te nu ec tos e exaustos, tiveram de retornar, trazendo apenas sete cativos, o que
vol. 2, p- 126-7 . .
vador , 1940,
e ao pedir para o capi ão-m or de in S recru “ causou muita consternação ao visconde.”! Uma vez que a Fazenda real
“Como escreveu Sousa Freir siasiadas Asas pn I "
c ífica
espec ) a estes
contr A “são dema
to topin1 s: o “uia
smastadas
não mais tinha condições de financiar a expedição, resolveu-se convo-
amen to .
para uma irma
jorn o
ada espe f
com 0
c Camamu padecem:
:
0. DI, 6:148 -9. “do João Lopes Serra, a expedição, com 314 soldados c índios, partia então sob o
havia naufragado, pois
€ Arsão acreditavam que cle . seguinte comando: Parente como chefe supremo; Brás Rodrigues Arão, capitio-mor;
tu
Segundo “Vaunay, o governador de E. Tauna y. Hi stória geral das bandei-
nso
=
ambos haviam saído juntos de Santos. Affo * Antônio Soares Ferreira, sargento-mor; Gaspar Luba, capelão-mor; e Gaspar Velho,
vol. 5, p. 17-8.
ras paulistas. São Paulo, 1950, Baião Parente, 7/8!
: Francisco Mendes, Feliciano Cardoso, Manucl Gonçalves Freitas, João Vicgas Xortes,
o gove rnad or da conquista E stévão Ribeiro João Amaro Maciel Parente, Vasco da Mota, Manuel de Hinojosa, como capitães de
Ordem que levo u artia no
! Partia no comando
.
e 1. DII, 24:26 .
5-7.
:268-7
.207-8: Registiro da patente, 27/7/167 s,
s, Antô io
nio
Antôn dede Vidal e Antô-o
+4€
- cempanhias. João Lopes Serra, “Vida o paneguírico funcbre. .. 1676”, p. 47-8.
,€ om dois
à liar
gentegente e auxi ajud
ajud ante
ante João Lopes Serra. “Vida o pancguírico funebre. . . 1676", p. 57-8.
listas
dos pauistas a
toda aa da
e e de de to gent € duas comp:
, Antônio Soares Ferreira, “Carta do governador-geral ao capitão-mor de São Vicente, 7/10/1671. DH, 6:191-3.
nio Fernandes de Sousa, um surgento-mor neua
uatd a, e Vasco da
Velh o Cabra l, na vanp
ão, Gaspar
Co
Francisco Ramos, que fora destacado para as conduzir, deveria tentar prender alguns
nhias,S cada qual com seu capit 248:263-75.
co
amem
do Recôncavo, com mais por terr teria tam-
a,
PO de paulistas, que veio
um outro (misterioso) grU
(ou cochos).
bém aprisionado os xocós
om Carta
Carta dodo visconde
vise s se de darpacena
B; ao capicio-mor,
i 10/7/1673. DIL, 6:247-9
1.074 cativos foram
ra, desta vez, exatos 6 e en : 7 3,6 Conselho Ultramarino arino« capitães
considerou
consi da as
as dificuldades
dificu do io
Segundo João Lopes Ser de setembro de 1673. Ciro e pos nar Os os papéis dos serviços dos cabos conquista
onde entraram em finais reunir mandar papéis dos servi Ds
conduzidos até a cidade, ndo navios que 08 €N- párbiro per ese s ferem sido solicitados por ordem direta do governador, serem de
mpamentos, espera
Foram acomodados em aca edição, Brás de São tao e O ng Por isso, resolveu, ad referendum que era justo
ocasião desta terceira exp
viassem a São Paulo.” Na Es nas ercês: do governador da a conquista,
dei « is istêvão RiRibeiro
Estevão Baiã
dos bárbaros que
o “os fumos das aldeias a mesmo assim mandar seus papéis), o hábito da Ordem de Cristo
Arzão disse ter descobert
(que S
vavelmente à
listas que cá vieram”, pro com a pr a N comenda de 200$000 réis. “Como quer fundar uma vila” « te se
destruíram os primeiros pau os, O governa-
altura, depois desses sucess dede A as é que ay fizesse, 1608000 quando se empossasse capitão-mor da
aldcia do Camisão. Nessa vários engenhos
às atividades. Dado que
diavi oe pitão mor 5 ás Rodrigues Arzão, o hábito de Cristo & 705000 de ten a
dor-geral desejava pôr fim que as tro-
ca, estava preocupado com
USO do tona a e o sargento-mor Antônio Soares Ferreira, o hábito de Cristo
começariam a mocr nessa épo s com a neces- ) a, sendo efetiva a metade. Desde que papéis, sdum
Gonçalves deos Freitas, sos
avo para não oncrá-lo mai
que apresentassem
MotaDesdee Manuel
(ncisco Mendescn Boim, Vasco da .
as deixassem logo O Recônc * cam na Franci
capitães
dução de açú car
entos € não esto rvar a pro Nica da ny Ê uma tença de 20$000 « um alvará de lembrança para um ofi j de
sidade de prover mantim a ç Vidaazenda.a opened
Aos capitães João oão Amaro
Amaro Pare
Parente, Feliciano
ici Cardoso e Antônio
ntônio
Do A ho me sa de um hábito qualquer, 208000 de tença e o alvará de lem
p. 72; Sebastião da ue a CrE: S
paneguírico funebre. . . 1676”,
. ão Manucl Lemos de Siqueira .
Lope s Serra , “Vid a o
dições. João , livro 6, 83, p. 181. do
do de Parente, umum
Baião Pareric:
de Baião hábico de« Santiago do filho mais velho com 608000 deo cunha-
S: a DO tença
ica Portugue se (1730). São Paulo, 1976
Rocha Pita, História da Amér do Dessoa co a dr c para a viúva 40$000 efetivos e mais um alvará de lembran a
8:82 e 173. DII, 8352.
Portatia, 23/2/1672. PII, /1673, 18/3/1673. HU Dad asa do em E a se cast. Consulta do Conselho Ultramarino 6/ 10/1673
para o pe. Jacobo Coclco, 28/2
m
2 Canado governador-geral fo, é o mesmo que enviou
; ade gori PSI E 2v; di também AHU, Códice 245, fl. 10v. Em carta ao gover-
ques Cocle), tido por cartógra
« 357. Esse padre francês (Jac cami n ho do Mar anh ão, em 1698, efez que recrah Ato so tao o de Mendonça, o rei ordenava que se fizessem as mercês
sobre um novo
cartas ao € *onsclho Ultramarino enhando também um; | ess q e capitães que serviram na “guerr: io bá
s as capital ias do Brasil, des
um estudo c desc riçã o de toda
8. DH, 15:3 0-1; curta régia a D.; ua cega, 20/10/1673, AHU, cod. 245, fl. dv. rm “erra do gemtio bárbaro”.
clho Ultramarino 23/1/169
carta. Consulta do € “ons igo da Costa ao fei, 29n1 * es Cartauno vis
do visconde
idéia rbacena
de paro
ana Barb c 167] ao capitão-m
p itão-moof, 10/7/1673. DI, 6:247-9. De fato, esta
Rodrigo da Costa, 26H [170
4. DI, 34:256; carta de D. Rodr Companhia de Jesus m
Serafim Leite. Hist ória da a. + O governador havia pedido ao capitã Ã
1704. DH, 34:257. Veja também
-Pereir:
ercira da
parecia Silva que descobrisse
convi dO sse e e i informasse sobre o sítio daA lagoa
a dos Patos
o que
uhlhe
Brasil, 8:100-2. /1673. DII, 8:360-1 e 363. o pu veem poça ater povoações “para a conservação dos seus habitadores
para Erancisco Barbosa, 28/3
n
Carta do governador-geral
para Ribeiro Parente, 14/7
/1673. DII, 8:373-4. João Lopes: F e fronteira ao mesmo grentio”
“
s Carta do governador-geral
exped ição, comandada por
Manucl Hinojosa, teria capt
ura: Portaria, 22/9/1673. DHI, 8:176-7 nene”, 29 MM671. DEL deh
Serra diz que uma quarta Quitose. João Lope s Ser Sãoortaria,
Paio 3/10/1 176: Outra
POL ISTA, DI, But: 0 i ordenava que os índios que vieram de
portaria,
berto um rio navegável, O
do quatrocentos cochos € desco ", p. 70-7 9. mão para começ: ame É
. . 1676 segunda ordem. 22/9/
“Vida o paneguírico funcbre. 3. DI, S:382-5. 1673. DH, 8:170. Em novembro de e 16 1674, eçaruma portaria pediaaté para que se providea-
0 povoamento,
a Parente e a Acção, 28/7/167
88 Cartas do governador-geral
GUERRAS NO RECÔNCAVO LIZ
116 GUERRAS NO R ECONCAVO
sido con- da Silva,
Peixot. o havi nas .
da aldeia dos xocós, que havia Salitre ilva, nas margens do amiza
rio São Francisco na altura da b: arra dol
des e se rebelado. He
escolhido para à povoaç ão foi o foi pro- Ds fas » haviam rompido antiga
s
o capitão Manuel de Hinojosa despovoa . emendo pe-
quistada. Em outubro de 1673, emb ro, à A azendas, os donos dos currais
mandaram
e branca” da vila e, € m nov ar aqueles sertões
movido a “capitão de toda a gent a serv ido Francis
e do Dias d'Ávila,
c coco Dias sc j de:
da infantaria, Hinojosa havi "Ávila, senhor da casa da Torre ofereceu -SC s do go e -
apitão-mor.” Outrora ajudante
,
atas cs € BR.
promovido a apitão dos pati
se ni cede
amá o rgera , visto de Barbacena, para, com “cem homens s bra brancos co
em Pernambuco e Angola € fora adm ini s- e os índios basta tes aas sua custa, fazer guerra ou obrar o « ei
ntes
principais desses ditos índios da bastan
os
lho adnes
tapuias, no papel de cabo dos ocira, para que fossem go- um pa as e para se seguraram aquelas povoações”. Esta entra q
eu
na Cach
tração de Gaspar Rodrigues Adorno
guer ra aos bár bar os? Em maio de 1675, Hinojosa Em julh er mais privado, c desta vez os paulistasº não foram im dos.S.
chnama
vernados durante a
+
r mais conve- governador escreveu ao senhor da casa da Torre agradec 4 :
Cr Presos
mudar a povoação para um luga do sua inici
0,0 f "rn
:
ueles distritos do c ,
nhos, nas ters as dos currais de João Barenh ai
o, potentado Dia
que habitavam, com outros Seus vizi fÍ era
PAI
Baltasaros dos
coronesl contra
do guerra
experiente e nas Reis
bárbaros.” Embora 4 Pranci
4 4SCO s'
e =.
e ' .
“ IVESSC 4
hs de
i
Ra va sc o, esc rev er agradecendo à paz rn o pro vis óri o ntíinuo € movem-s-se com tanta rapide; = A
anta rapidez, que não é pos-a
ira go ve
do Vie
fato, em dezembro, o or
. . c
m os ín di os ." De ve mb ro , Esível fazer p pontaria
mudam arara com o fuzil;Asolham sempre para a«q ama a vontad
firmar co te, no dia 26 de no
ena depois de sua mor
a
de posição. Defenderam-se durante Té ua
a
viços, a coronel
a
ou BH,
cod. 252, fis. 19v-20;
po EM . e
GUERRAS NO R ECÔNCAVO
[20
marchar adiant e. “Três lhe pagavam o soldo,
De Edo so que havia
avi um ano e meio não lhe fardavam c :
r tos, mas já apo drecidos, resolveram encontra- seus sol os (não sendo mais que catorze brancos € descaso dias
e cab ras mo a e saqueada, onde
a fazenda quein nad
léguas dali, havi a um Martin de Nantes rel
ata:
os cadávere s do dono g de um negro. DO UT ida”, estan capazes da missão que sc fazi:
ram
o flo, 08 portu- a asia mo os jesuítas disseram que poderiam evitar ata
Mrav! essou-se
di de descanso, : Eu ani de E)
“Depois de cin co as
ios e cavalos a A pão cer tido desdobramentos. !”
Cd noa s que encontraran ve os índ
gueses em peq uen as foi encontrado or doa notícia de que ta trina, : substituía o falecido governa-
as pe ga da s do inimigo, que dos aa tícia de ue todos os anaios da região da serra da Jacobina, no
nado. Acompa nh am os ava quase sem
ou bre jo, no interior da terra. Est
nesse pequen o lag o, que lhes pou- us Foco uni os aii ns mandando que o capitão-mor Agostinh
e. Ren der an 1-se, sob condição de
armas e morto de fom entregar às ar- AR unir os ae a orcs. Em carta de 20 de fevereiro sedia
os por tug ues es, obrigando-os a va comeca a ae ão 1 aulo que ajudassem na entrada que
passem à vid a. Mas à sangue frio, todos se
€ doi s dia s depois m ataram,
mas, Os ama rra ram entos, e fizeram es- organizar eras a to anaios no sertão do São Francisco eunindo o
nte branca e índios." Numa carta na mes
a, em nú me ro de quase € uinh do dirigida aos ou e
os homens de arm , não assisti a essa
mul her es. Por minha felicid ade
cravos seus fil hos c cruel, depois de se END A os cap Á des Jerônimo Bueno (o “Pé de Pau”) Francisco
não a ter ia sup ort ado, por injusta € cito de no e ten de mador Bueno), Fernando de Camargo (come
carnificina; vida.
MM
a pal avr a de que lhes seria poupada à ão Antônio Im E : ESASTEC de 1658), José de Camargo Baltasar
haver dad a
ava, à setenta Nunes e Siqueira, ros du a 0 aa Bucno c ao padre Mateus
es, em um local cham ado Canabr
Passados alguns mes altura do atual mu-
cap á (si tuada cm uma ilha na
léguas da ald eia de Ura ados dos portu- proibia due. É passar ao rio de São E cancisco” para conquistar os in ni
Per nam buc o), 05 caciris, apesar de ali
nicípio de Ca br ob ó, ssados em escravos. do Na feito notável dano as nossas armas € aos ridres Alo
por alguns moradores 1intere
gueses, for am ata cad os ilosamente conven- pu indios ei a À os mesmos que haviam desbaratado as tro as
o, hav iam -nos provocado € ard -
Segundo o cap uch inh m armados, os morado a tas. São ve s é egolado e desbaratado já tão várias bandei
ern ado r € lhe s dec larar guerra. Mais be m “em nú me ro e Dê e raginava que estes sertanistas enjcitariam a
cido o gov frio, mata ra
os índios e, a sangue
res acabaram por render sua s mul her es € filhos, em número ocasião. Mas qa to, É o que ocorreu, Nº No entremeio, o capitão A os.
ns de gue rra, € tomaram Bahia, onde ore P r alguns índios. Uma vez que os paulistas ha
de 180 ho me
tor nar am cat ivo s”. Levaram estes para à cho feia
de cerca de 500, que da aldeia do | ssão, à junta trina encarregou, em fins de outubro
Ent re eles estavam doze índios
pretendiam “distribu í-l os” . entre os
Aud ier ne, out ro ca pu chinho que missionava
padre Anastácio de São Francisco. ortaria i ho de 1676 que se pagassem os atr:
de a 1º de jul
a a 20 léguas da foz do óciva
A
[1]
negena
o quedo ord
bem o. a Ó port ara de (os para o
ma ald cia sit uad de previsão c 25
200
índios aramarus, nu ena, um salvo- sírios de farinha,
obt ido , do fal eci do visconde de Barbac mochilas de alquei
re; alé ee 25
ea s. DID ESA,
Como já havia ele ê-los, con- a, mun ições c
tes tratou de defend o 30 espingardas, pólvor
P ,9, 4e Lemes noticia do empenh en)
ho as,de 1675 entregar : DI, 8:254.
índios, Martin de Nan
o
conduto para estes Relação da Bahia. !”
5.dasSóe em julent
ferram
eneas Portaria, 1/7/1677. DHH, 8:276-7 cgar a matalotagem, tar-
por ordem da o ds eta
seguindo sua jibertação ea ça r o sistema pro dutivo
do Recôncavo € esuítas pediam icõ
i armas s e € muniçõçõeess par
a
paraa arm mal:
arm;ar os, ind ios. Por ariia,
dorttar 16/
a de am
xar captura, comércio € ari ou DI,
+ oito pintadas
A guerra dei 8:26 Ao
5.. Ao vin de Seixas
cialq Jos José de Seixas, da Companhia de Jesus,
S€ pel o int er Csse consolidado na :265
ção, para àpro
mis são
s fazem s Raroas e munt-
passara a mov er- 6, os mora- acá s e tup inh uãe que
bra indígena. Desde meados de 167 sema do Guai:jararu. Por Ie mar a aos mar
taria, 8/8/1676. DI[, , 8:2 57 s que fazem as hostilidades na
utilização da mão-de-o , Ca choeira e Campos
alegavam temer 81257.
Jag uar ipe
e, cabeceiras da ser-
"Mo Ca afã Fi 1h Dosres
dores de Mar ago jip ra ao capitã O-mor AE, OS!stinh € , I ereira, d, (1/16 77 DE, 9. os 34-5de
beiro Baião Parente. [da rainha de Inglaterra) Cc pas Ide Ê lolanda] , toda a 1 pólvor ac o bala
Dali aqui Cc pudesse m F dra
q
1 —
veja
a morte do governador,
Carta , 20; 211 677 . DH , t1 . 75- 6; “ s A Affonso
v de E.º, a
Taunay. SÍONA
Hi Sforva
fi JH 4.
£ gor(af eles bu é th ate CIITES
1% Thidem, p. 118-9. 1672. DII, S:416-7. Para
-3;€ dem , 23/10/
w7 fbidem, p. 121 e. .. 1676”, PD. 95 ss.
o Lopes Serra. “Vi
da o paneguírico funcbr
Joã
NO RECÔNCAVO
GUERRAS
122 às providências
ue s de Ca rvalho que tomasse
de 1677, Domingos
Ro dr ig Carvalho consta-
bar os. "* Não obstante, logo
contra o levante des
tes bár sponsáveis pela
so. Ass im, “a pe nas” castigou 08 re
tou que o alarme cra
fal a de 500 (ou
ti nh o Per eir a, o que resultou na captur
morte do capitão Ag
os tido, em uma
mu lh er es € crianças. Nesse sen
home ns , para que
660) índios, entre
167 8 ped ia em ba rc a ções na Cachocira
o de 4
carta de 23 de janeir a cidade € só aí repa
rtidos."
A GUERRA DO AÇU
fo ss em en vi ad os cm mar-
os cativos Barreto, assumiu
ve rn ad or -g er al , Roque da Costa en to à decisão
O novo go seguim
tr az en do or de ns de Lisboa para dar Ma ra go jipe,
ço de 1678, bar o da fronteira, na fre
guesia
de fazer guerra do gen tio bár ado das pet ições
de tod o ext int o. Essa política cra result por Martin de
até que fosse as denunciadas
repetiam as artimanh realmente ocorria,
dos moradores, que
SO TE
mo u co nh ecimento do que
Nantes. Depois que to de janeiro de 1679, No FINAL do sé
a definitiva do Rio Gr ceulo XVI, a Coroa empenhou-se c nad conqui
av a Lis boa, em carma de 23 aos franceses que andavam CONQUIS-
in fo rm ensiva, quando aque-
Ai
a
m cat iva r
les moradores 05 qu er ia as e das liberdades ici o
em bd e e E Heliciano
de 1597 ec, Homem
ura l c nec ess ária defesa das vid Coelho,
Mascarenhas
final dode ano
íba, no Manucl
partiu d de Oli inda
te caso em sua nat , roubando depois
1 as
ano seguinte, de
am algumas mortes
“
.
te ri
, Cri justamente
as
qu e co me Las
$8:168-71.
A GUERRA DO AÇU 125
no AGU
124 A GUERRA icados avi- da vizinha Paraíb; -16
l, em 1659, foram publ os dois filhos do prin-
na cidade do Nata terras na capita - abliasCanindé,
cipal do o Cid
do vei, quando janduís”,prendera
a os» quando eos remetera com mais dois
nado da câmat a mo ra do res à retomar suas 4-
sos conclamando os an ti go s o Vaz Gondim (165
Antôni
sob pe na de per dê- las. O capitão-mor, s moradores €
três ini seus vassalos
mens de Mendo fez um ndido o desejo
festouLisboa,
AT niao de ver
um dos janduís, espéc
algunsum certo
nia, a vi nda de 150 novo o de-
ve l pel ter rit óri de» ajudar au redução dos se o ão rei para poder retornar ao Rio Gran-
à recolonização do
on sá
1663), seria resp a efe tiv ar es
nt a cia par E er na nd
companhias de infa cabeçados por um certo Domingos sci s de
en as por Conselho Ultramarino estava de acordo, consi tando qu Caranha o
vastado. Em 1676, pe di am se sm arias de cinco légu
en te s enviado um padre para levar o «perdão que cu s ea eso os
stes índios
Araújo, sete requer pitania
do Açu, ao norte da ca e de sua tiverem cometi do c m s e |: eses
andeza dos campos
rib eir a pa em se lançar com os holand
largura na ta da pel a gr ses no tempo [em] que
re pu autor do pavam aquelas capitanias”.*
A região do Açu cra dia ser cri ado. Segundo o
s muito gado po Pereira, trata- Francisco Barreto, ememuum a carta ao novo capitão-mor da Paraí
frescura, Nos quai Gr eg ór io Varela de Berredo Matias de Albuque
(16 90) , distância de ai
“Breve compêndio” , “por estar de cias de que haviam fugi o taranhão es(1661-1
663), alertava a “man.
de mu it o dit íci l ac es so
de arcais € de a pos que ele ali
va-se de um lugar ad en tr o, em partes com morros dar pôr” e que “a maior marte
lo ser tão intensa co- por trás da Paraíb: q .
trezentas léguas pe ag re st e” . Su a colonização mais ernambuco”* N uu s estlaval
dia mu i por tapuias, dade dos tapuias de nem ao de 1661, em razão da escacento hostili
em outras de penc 16 70 e iní cio de 1680. Povoado
década de foi desco- ão escre-
meçara no final da bá rb ar as € ag re stes”, este sertão veu para a regente d. Lui se aatias de Albuq uerque Maranh
es toda s currais e vi-
“com diversas naçõ
bárb:
ns va qu ei ro s que aí fabricaram ros janduís residentes no q jusmão, avisand o que “os índios
rebel d a
por al gu que tinham da capitani a estavam
perto inicialmente iv os ha bi ta nt es , “pelo interesse é declarados inimigos” A rito e sertão
08 prim it e eles ne-
viam em paz com ch ad os € foices, que é o qu am em que sctanto
“causado possam que osr brancos
receiodefende dos po
rramenta s de ma seu cotidiano tratam de fazer suas casas ácortes
em lhes darem fe ár vo re s e ti ra rem O mel de pau, pentinos assaltos”. Log
cessitam para cort
arem àS sertão seria que,
du ra ri a mu ito pouco € este da gravidade d
[aos nduísi
regentee ordenou
1662, a a fazer-lh
Janeiro, de“conviri
o, ess a paz ao longo a situação
cidades cometidas com que se exting:
em virtude
sustento”.* Contud as ba ta lh as ec at ro Sueria
rent perten-
palco das mais sang . Os capuias nativos, Na grande maioria em no us]
de uma vez” antes que acredit
das guerras dos pá
rbaros usos dos mo- mito
quantidade de cavalos em que se exercitam
presençit € aos ab valor, a “por terem
a que o
ir am à com doutrin
re ag levantes de
holandeses”." Assim Marias lio
janduí s,
centes à nação dos da dé ca da de 1670. Alguns fazer a guerr os com
radores desde os
primei ro s an os
am 0 movimento
que tomaria Albuqu erque deveria pouca despesa e com
indí ge na s pr ec ed er
te geral dos de seu sobrinho Diog C a guerra, go Coelho de Albuquerque, conseguindo aa obe.
isolados de grupos de no mi na do , à época, de “levan
€ ser ia
maiores dimensões .
uerra do Açu” exatamente 0 E
tapuias” ou de a “G te m O his toriador em fixar disso, , todavia,
todavia, éé uma a carta
j
cart : do freií M; anucl da Ressurreição,
entã
ade qu e ão in-
Apesar da dificuld parte da documentaç
. de «
1688,governador, -
do
dc con fli tos , a ma io r se à
capicio Manucl
s datada de 6 . de czembro
dezembro d dentão , em que diz:
início desse conjunto s de 1687 assistia- ue de Abreu
esta Soares,
guerra 4 sc comer e viv: .
“cinco Man anoss há que t ã o à
áspera,
dos primeiros mese eçou,
. c um que que éé tão
à partir o -
nt nso de E.> Taun:
siste em notar que duziriam, em movime vosmecê vê”. . Afons
Bárbaros” p RAM, » 2281, 1936;
.;
ss as re vo lt as c levantes que con + Os mot ivo s da: - carta do dearcebispo para anal do ; Rb Abreu quere Soures,
es,
dos
6 6/12/1688. . DH, 10:343-6. 10:
dEmdi
retomada de co nt la gr aç ão generalizada. ?. Affonso so de E. Taunay. y , /istóri
E.” A
Históri a geral das bandeiras paulistas.
.
São Paulo oa L6
, vol. 6, p.
estado de pitão-mof ,
ascensional, à um us os de Jo ão Fe rnandes Vicira, ca “349.50.
.
dos ab A consult:
revolta remontavam "stcs e
sulta traz o desti um nessa cidad
o an quatro índios: . “é falecido
ssa CIdAde
na ilha “Ferccira o fu p dr àa Para está
,
oa nado do navio que vinha, se
,
tornou aca Paraíba,e
ta colonização da: o quarto é o que faz ss vo . Consul: UI i
nn ios , rolunos e missionários requerimento”. + Consulta
faz esse Martins do Conselhoselho Ultramarino, 28 /
es. Missões rel igi osa s: jud 11/1659, . A Apud: Fátima Lopes.
s Lopes. refigi
Afissões religiosas: fre cio
4 fátima Martins Lop e do Norte. Recife. 1999, p. 102-5. . ão da capitania
- na colonização or do Rio Grandedfessões
do Norte ros nos colonos e missiondrios
ant buco o sf. governa: 1999, p. 118.
capita nia do Rio Gr governo de Pernam ã o-mor
capititã + Recife,
da Paraíba, 20/7/1661. APEB, + Cód. 147,
cód
ên di o do que vai obrando neste D, 51: 264-65, 1979. Carta de Franc is
cisco Barret
arret
para 0o cap
o o para
s «Breve comp es da Câm ara Coutinho etc”. RIA
da guerra do
: A I4IvZ. .
dor Antônio Luis
G onç alv fixar em 16830 início
ava “fo ra de dúvida” que se devia Bár bar os” . O úni co indício
+ Para Taunay cst
, por sin édo que , como à “Guerra dos
ava
qual tom
Açu,
DO AGU À GUERRA DO
ACU 127
126 A GUERRA
lhes des- t
bárbaros contra OS janduís que sas nações s tapuias
tapuias, mas
ns dava por certo que
. avi
ae havia aiainda um;
havia :
diência das outras n ações dos ira da” . Mas, de ações “que fazi:
nações
ue
erão esc apar nem ter ret assistiam, as
moradores que láà assistia ma-
sem pelas espaldas, não pod ou qua se nada ts o dano
ando-lhes s e comem:ndo-lhes gado, aos
f
vras de Taunay, “nada so m:
gado, frechando ee matando alguns nevros:
fato, nesse momento, pelas pala e Di que no ano pass:
- 0O DO passado houvera considerável perda em € Runs nenros;
se fez”. currais”. 1º perda todos aqueles
fora.
espalhavam por todo o sertão de
Os conflitos com os tapuias sc ito ao rei Em di
1687, , : as hostilidades
de Macedo de Faria havia escr ,
sentendimento entre o; capas fi o desencadeadas per um pequeno de-
Do Ceará, o capitão-mor Bento io bárb a-
iam os moradores com O gent do fil H r C O! as c os moradores que res .
dando conta da opressão que sofr am pro-
o “payoquis” (paiacus) causav :
de € Pereiraa, Oo Então te na more
ro.3 No Piauí, os tapuias da naçã uias de ho de umPascoal
Ri io Grande, principal. Para Berredo
Goncalves capitão-mor do
“onsta que, em 1671, cstes “tap e de pouco
blemas à expansão da pecuária.
respeito” ço es de Carvalho, que era um “velho (
a perigo
ias avassaladas, quase punham que o conf 4 + terna demorado à atalhar a contenda, d o
corso” tentavam destruir as alde
“insultos” pelas estradas, “ma
tando os cor-
ar Pa, oO
Eximindo-se -se d da culpa,
+ * “depoisi rapidamente.”
capi
a fortaleza e faziam muitos
no tem
o”. Já po do cap itã o-mor João o eoniio
que o-mor degencrou
: que,
dizia da expulsã o são dos hol: leses” Capi-
reios que iam para Pernambuc
. . s da Cc) andeses estes dele
quem to , a DP '
o dos ros com
esse s tapu ias aprisionaram “os filhos da naçã sertões do o ram sempre
“confederados” haviam-se SOTO o AD“aos
"Lavares (1666-1670), em mes tiç os com os viveram sempre co m natural ódio “a
aos
,
.
jagoribaras, nossos amigos e
compadres, que viv dE >
de 1687, os tapuias Ódio dos
8 haviam-se esmas «No
portugueses”
o dito cap itã o-m or saiu exato dia 15 de fevereiro de
índios avassalados”. Quando sou
be do sucedido,
a, €, tando quarentaa é € saio Ran ; Ma-
em sua per seguição, “para lhes tirar a pres nina
seis homens vaquei
sv iros que assisti: no sertão ã d;
com alguns soldados ram guer ra com tro mbe- «
quela capitania,O com dl;
ados distantes que
60 léguas daquela pra à
assistiam da-
lhe apresenta drandes gados,
chegando a eles, os ditos tapuias tos c apr isi ona ram al-
se mataram mui nas = EN ades nas fazendas dos , moradores, “o e o o perigo
mesm nao
tas e tambores donde pelejando
2a
rio da araíba ee do Ceará”.
. Vendo smo a
d;
nte de capitão
Braço de Prata, passou uma pate
, I g ,
? Matias Beck esteve no Brasil durante dezenove anos, em 1649 foi ao Ceará, à pedido
do alto governo do Brasil, para procurar « encontrar uma mina de prata. Durante
cinco anos viveu entre populações selvagens, “brasilianos e caputas” e relata, nesta
carta, a situação em que sc viu uma vez entregue o Brasil a0s portugueses. Como os
índios queriam atacá-los, acabaram por ceder o presídio aos portugueses c partiram
para a Martinica. “De coda mancira, cu acredito que os ditos brasilianos não tardarão
ancxas,, século XVIL
as anexas
capitanintas de se colocar de novo de nosso lado, tão logo seja enviada uma força a qual cles
Mapa 3. Pernambuco c « as capita
possam confiar” (p, 197). “Carta de Beck que trata do Ceará, Barbados, 8/10/1654”.
RIHGC, 82:195-6, 1964.
“Relação da missão da serra de Ibiapaba”. In: Vozes saudosas da elogiiência, do espírito
do zelo e eminente sabedoria do padre Antônio Vieira da Companhia ee Jesus, Voz histórica.
Lisboa, 1688, p. 19.
Provisão do capitão-mor da Ceará de Jorge Correia de Silva, 1676. AHU, Ceará, caixa
1,30.
Carta de Cristóvão Soares Reimão ao rei, 13/2/1708. Al IU, Ceará, caixa 1, 70; Miguel
de Carvalho, “Descrição do sertão do Piauí remetida ao IImo. « Rymo, frei Francisco
de Lima, Bispo de Pernambuco, 1697". In: Ernesto Ennes. Às guerras dos Palmares.
São Paulo, 1938, p. 370-89.
132 A GUERRA DO AGU A GUERRA DO Açu 133
do seus avós se retiraram antiga- daà Rosa,
Ná Rosi em seu
seu 7%AgTratado Unico
Ini da Constituição
cendiam visitar. Contavam “que quan principais com
: )
sonstititição Pestilencial
tal de P, ;
deles outros dois
mente da Bahia vicram em companhia
(Lisboa, 1694), acreditava que a mais provável caus Tu eruambnco
o se separaram
numerosas Famílias,os quais passando o rio São Francisc algumas 5 barricas
Da de carne putrificada a que que restavam
tarada dada torna-vi:
epidemia eram
serras do Araripe, onde há mais um São Lomé.
um anaviov indo de - Sio E
lomé. Consta torda-viagem : de
que um tanociro a do Recife,
deles c sc embrenharam nas dilatadas
rão passar de quatro mil almas”.* riu uma delas, morreu imediatamente, c |
de cem anos vivem escondidos, e pode i a
certo que à re: ção dos tapuias cos dalda família,a, “estendendo-s an Po nT do RMS
»ara além desse ódios tradicionais, é pessoas ndendo-se o mal com tamanha rapidez que em
e do avanço da economia pasto- pos « tas Pereceram mais de duas mil pessoas”. Chamada de api
deveu-se muito mais à pressão sufocant
de-obra, fatores que implicavam h Am ao de uma autópsia realizada por um entendido em cir
cil, que demandava mais terras € mão-
eira. As milhares de cabeças de
arrocho sobre as populações da front e o únio rebon, que identificara em um cadáver algumas lombri.
do crescimento da pecuária. À E s ou , las e sugerira que fossem a causa dos males na verd ide
gado citadas acima indicam à dimensão
províncias do Norte também pu- ceara via-se do primeiro surto de febre amarela, originada da Ásia é mr .
situação pestífera da Bahia c demais
de-obra nativa e certamente ente transportada das Antilhas, onde eclodira em 1648-49 o ”
nha em xeque o abastecimento de mão-
razias e expedições de conquista
pressionava os moradores à promover
ncel, matemático c astrólogo, havia A campanha de Antônio de Albuquerque Câmara
nos sertões. O jesuíta Valentim Esta
observado de Pernambuco um estranho eclipse da Lua em dezembro Domingos Jorge Velho e Manuel Abreu Soares 1687-1688
males assolariam o Brasil.” Com
de 1685, prognosticando que grandes
a “um fervor de sangue e se se Em pouco tempo, os tapuias fizeram-se senhores de tod
eleito, em 1686, uma doença, que trazi ã
ompia e matava em breves dias”, assaltando os colonos na ribeira do Ceará-Mirim, a cinco ] seu a y à api.
Jhe não acudia imediatamente se corr
s de 25 mil pessoas”, segun- tal. Diversas casas-fortes foram construídas, nas quais os mora k , es se
assolou a capital do Brasil, atingindo “mai
mortos chegaria a novecentos." cefugiaram: amandatuba, Cunhaú, Goianinha, Mipibu “Guarairas,
do o marquês das Minas. O número de
mais de três mil pessoas somen- Po eng GuingR ç aldeia de São Miguel, assistindo em cada delas à me.
Em Pernambuco, a peste teria matado
imputada, segundo o autor de seis homens.“ Dada a situação de extremo perigo €
tw no primeiro semestre de 1687. Era |
a cidade à terra firme feito por se viam os moradores de Natal, um dos oficiais da câmara do Rio Gran.
carta anônima, ao pontilhão que ligava
1683. O médico João Ferreira de. À ar vel uarte de Avevedo, foi à Bahia para representar a necessi-
ordem da câmara de Olinda, no ano de
» e » “4 » à à i . : .
! 0:347-51.
res-de -campo, 30/1/1688. DIF,
Carta d Cc Mi:farias
ias dado Cunha para Manucl
Carta do arcebispo para 05 mest
de Abreu Soures, 14/3/1688 DH, 10:27| )- |
** ão-m or da Para íba, 14/3 /168 8. DH, 10:269. Carta é GCc Mar al as da C unia para Antônio de AH Lc]
a pari O capit
uu erque : Câmara,
Ci á 1d, /3/16
,
. DII, 10:263-86;
88 . DIj
“Carta de Matias da Cunh
,
no dia 14 de març o de 1688
so providências foram tomadas
“fodas estas
nd
Memorial de Pedro Carrilho Frei Antônio de no XVI Carta de Matias da Cunha para o capitão-mor do Rio Grande, 4/9/1688. DI, 10:298.
cl de Abreu Soares, 9/2/1688.
ss Certidão assinada por Manu isboi
a, 1764, i v
livror o anteprimeiro, ca
an o , Rego Barros deveria providenciar a farinha e enviá-la ao capitão-mor. DH, /0:300.
f i
ico. Lisbo
Jaboatão. Orde serafico novo brasil
s Beressenge r « de Andrade datad
nger a
ada de d e 55 de )
junto Em compensação, os provedores da Fazenda da Paraíba, Rio Grande c Itamaracá
s fi “ranciisco
carta de Franc a deveriam entregar os dízimos e as propinas do governador ao dito Rego Barros. Carta
informava que 05 iss
em 4 de setem bro,
dn Dida apenas Alo uqu enn a JO: de Matias da Cunha para os provedores, 5/0/1688. DI, /0:301.
ment o de
a or ao do das Piran has c sc unido ao regi A rche ea ido, , pa
mas severamente o: - Fernão Cabral, senhor de Zurara, era alçaide-mor de Belmonte c descendente de
caso e por que vosmecê fa merece» NANDA só
“ o pt
co.
CE ste aU um
Sê
Carta
Pedro Alvares Cabral. Assumiu em julho de 1688, mas não durou muito à frente do
sti gado €: por isso
casti 15sO lho estranho muito.+95 e governo de Pernambuco. No dia 9 de setembro, logo após a marte do filho, Fernão
DH, 10:29 5.
io Grande, 28/8/1688. São Paulo, 1950, vol. 6, P- Cabral faleceu. Quatro dias depois, o bispo d. Matias de Figuciredo c Melo assumiu
iras pauli stas.
54 a o de E.
Alfaonso o , O istória geral das bande 0 governo, “sem adjuntos”, conforme uma patente da Bahia, Houve uma disputa so-
327.
DO Açu 14]
A GUERRA
GUERRA DO AÇU
140 A
do Rio Gran- tos adore do Gunhaú haviam sido atacados,” os “arraiais esta-
campanha
as d c Sua Majestade na vam sita os e os bárbaros tão insolentes, que cescassamente lhes o
so que tiv era m as arm César de Andrade. Em
que for a co nf ir mad a por Agostinho mensagem dem csca par os o que por novas veredas trazem os seus avisos ao
de”, notíci a depois de lida essa
1 dareem tm
eir as d o São Francisco com nais de Penedo esboio desta- CSdariaalem que,. mesmo 4 que fossem
y alcançados e“g maio .
dei as c rib ), reunidos na vila do
viz inh anç as (ro delas e demais nações pas sav a agora, à sta vitória serão entre vinte e trinta tapuioss mortos see outrosos
das ara, que
de Albuqu esque Câm . Dessa forma, scri
para o ref orç o da tro pa
a a gente que tive r à sua tantosevit
para ar dos”
feri as cessa forma, seria sempre necessário andar atrás deles
à Ser “govem ador de tod
exempl o do pau lis ta, do de mes tre -de -ca mpo, esse, “e o pior será ser i nos que haveriam de fazer os que sobrevi-
proeminências e sol
não só essa nação, senão mui-
, co m as me sm as à am bo s para
ordem”
as ord ens de Mat ias da Cunha, que escrev
eu
pe nd en te s, tas que hoje estã o quict as se | certo, que ntar , induzidas facilmente dos
Segundo ições inde ULTOS, € teremos novas a SE O de leva
est rat égi a, ele s deveriam ter jurisd ém dis -
reforçar sua nho César. Al impossível a quictação a De 1ões que castigar; c eterna aquela guerra €
ad as po ré m ao capitão-mor Agosti disso
ambas su bo rd in
espingardas.” trari a gran de des! , mora dore s daquela capitania”. Além
so, remeteu-lhes cem rn ambucana, como vimos,
não se mostra- a guer
entr ra
adas que Afonso Edo a
ar azenda Real, Ulhoa calculav que as
da gen te pe
As expedi çõ es paulistas parc- custado algo em torno de o arandara fazer no sertão da Bahia haviam
co nt en çã o dos bárbaros, c apenas 05
vam eficiente s na ratégia traçada A . 00 cruzados (“o que sei porque servia
tip o de sol uçã o no curto prazo. À est naquele tempo o meu pai
ciam oferecer al gu m vez que Babia”). Sua proposta Pes ntônio Lopes Ulhoa de provedor-mor da
na Bah ia pod eri a não surtir muito efeito, ma
pelo governad or distantes no ser-
a efi cie nte tropas que agiam tão er: a - O decaniti fere . O midis Suave para à « uictação”
coordenar de ma ne ir algumas pro- dos
o rca doos tisto
índi qdo Grande, aque estava para ser
o qua se imp ens ável. Nesse contexto,
tão era de fat o alg oa. Este fi- ra cíci
no exer ios, fun-
esteos decapusuas fa
as sur gia m, como a de José Lopes Ulh des “public: sang uino guerasse
' lenta, entr ra cont
na Bahia de 1663 a 1665,
postas mais art icu lad Condo ns ra
estade fora soldado
dalgo da casa de Sua Maj or- mor da Fazenda Real (como
seu pai,
a que suposta- .
ant ari a € proved mente o terçoopdo Cama tão di que tontoss aind tiver;
nentapuias
capitão de inf ço de 1688, servia como sol
dado na Junta ande . Esses
Antônio Lopes Ulh oa) . Em mar nde, para o
o-mor do Rio Gra e nde capitã Enquanto fizesse as diligências para essa suposta Buer
ir.
ava 0 posto de capitã para o levan- everia buscar,
do Comércio € pleitc que apontava soluções ,
à Lis boa um pap ele m
que enviara se usa dos meios
ele, “nas rebeliões ou - s
ios .” Segund o Nesta se . co
cão+. co mm tos o aioso segredsegre o, :alguns . vaqueiro
qud moradores naquele ser
té
índ
tamento dos
etação ou das armas para O castigo”. io s me m a
da indústria para à qui ndo porém mais no da indústria scrá
pela : s es ses ta pu co
=
e be bem c:
e a qu »
em cham de
“tr aba lha gas,
rire rá cc aos e n t e
aos ue entender são de maior confiança e Fidelida
deveria usar de amb os, bém pelo outro os mp
co obad
desta nação e porque tam
natureza de vida € trato que chamam o pouco c com ro.
so O cas tig o”. Par a elc, estes tap s (“a
uia
aldeias messas « ve é m or bo que hão de custar muit ções, c os mandará
mais dificulto
mui to dif ere nte s dos outros “porque não têm a que vã para semelhantes cora
o bu eaarr estores burtailpuios e lhes digam, vendendo lhe por fin
jandoins”) cra m sustentando- SD
em que viv am e sempre andam volantes, so tudo o que o capitão -mor int i ent: contra: cleés e que s e
nem parte cert a outras de al- a
da terr a c caça que matam c a des tru í
rão destruídos e que só terão por remédio de Vl e di
ão o
es dos frut os ação às Mnvida ficaficar
dú
se algumas vez
lhes dão os vaq uei ros OU eles roubam”. Com rel s paz e dar toda seguranç a el a a” . tr pe di r
gum gado que ta anos antes, tratava-se
de reconhecer
Bah ia qua ren
entradas feitas na
muito mais difíceis, pois na ocasião eram “di-
que estas guerras seriam im, querer casti- netonão inha
Ulhoa tiinha “dúvi
dd“dúvida de que este gentioio i intimidado
intimi nessa form
tinham aldeias certas”. Ass
ferentes as nações porque armas parecia-lhe “quase
impossível € a a « qual Teaniidom ser seus amigos e confidentes, há de vir
força das
gar estes homens pela logo que tivessem Dec , capitão-mor concederá crá repreendendo- e
e”. Qu ase impossível porque do-os muito asperamente pelass suassuaslínguas”.
língu: ” Para
muito inconvenient dadosos a ? Da parana
garantia dada papaz,
ode-
edi çõe s fugiriam €, por mais cui quai co O, nco ou seis filhos dos maiorais como
notí cia das exp ançar pela ligeireza com refé
perseg uid ores, “não os poderão alc ser. q a erá em sua companhia na fortaleza”
fos sem seu s armas que levam sem lhes fis
Crer 8
Es | p rática de tomar reféns cféns dos povos que que concordassem em subme
8. DIL, 10:336-8.
r de Pp ernambuco, 4/12/168
ur ————
Cunha pario governado
1 Carta de Matias da caix a |. Consulta do
, AHU, Rio Gra nde , Conselho Ultramarino, 30/1088. AHU , Rio Grand c,e, cuixa
caixa À 1.
ata l per mit ia um processo amplificado de a única altern ativa ana . del.
e
rocrática” do poder est
ava. “Tal estratégia de da tropaé de Don mingo impuns ha-se+ Velho,
como
Va jáe destin . ada aos Palmar 4 possiv
e particular se aperfeiço Além Jorge
ão, cuja rac ion ali dad gu nd o Lo pe s .
necess ário um refer e no início de 1688, M: Es, fa-
naç
dos ali ado s por mei o dos reféns, se zia-se
já havia escrit o : Tço. é om efeito,
manter a obediência parente em semelhante Cunha
duas da
Ulh oa, hav ia sid o pos ta em prática por um seu
s.” Por que não rep eti -la ? De- se achava “oprim id 'o tos edis São Paulo, alertando que o Ri « e
strara resultado pelos bárbar os. Contava ainda, deque acordo de qrand
alteração na Bahia € demo junta era por decl 9º garivo ão da
ne m se mp re tal solução foi a mais eficaz
.
de 161 a s os bárbaros prisioneiros
que provis ão
vemos notar, contudo, sperar ainda mais os
o ris co de, com tamanha tirania, exa or pelo sertão, não só pe lo : nteres a tá e conve ncessem . os paulisstas tas àa virem
virem
Hav ia se mp re
i O ca pi tã o- mo r do Rio Grande, o governad se
do
servi
serviç o do re mas p e l o s esc
índios. Em uma carta par a e se 1a ct,
iculdades dessa prátic O governo dari aria as icõe
“donde avIisa avisar rempelos escrav os.
Len cas tro, considerava as dif paz co m é só a de muniç ões necess árias e
ger al, Joã o de
o dif íci l é con fir mar -se rem, que , ,
“bem creio quã Real pode fazer clo eder
ê á CSDES!
indicava outras soluções: te”.* Como vimos as ph que a Fazenda
9
gates
que os [me ios ] mais seguros são os res m ai inGorD coro.
os bárbaros sem ref éns , e de Matias da Cunha já previa ordens o-
ess ita par a 08 mov er” .” - ração do paulista Matias 4 Carao às forças portuguesas
de que vosmecê nec
que
a sua proposta jamais sertão “nando
se deslocasse do '
tits
em sua eleição € de que do . do São Franci ancisco para o te:eatro da gue
Apesar de haver falhado Ul ho a rev ela im po rt an te s di me n- Após 2 a om
de M: )
de 1688 + VICI- no
da Cunha, em 24 de outubro
morte
esse papel de
a
seria implementada, rra . Pr im ei ra me nt e, a percepção ma da dicha, o overno fo E ssum!
text o dessa gue o por uma iro deJunta Sá P rovisória composta
sões envolvidas no con eragir a
-
Pp ovo s, por sua específica maneira de int do chanceler ler dad: Relação, Manuc l Carne
dequea resistência des ses du- | e “frei Manucl da Ressurreição. e Sá, e do arcebisp o, dom
itares fragmentadas, pro Este últi
com a ecologia local e por sua s téc nic as mil
fli tos imp ossível de ser “fato, escreveu a todos envolvi 9 vidos ) nos conflitos pedindo que poder er d de
imo, que restou com o
ca de insegu ran ça € con dose inteita nada * SC guar-
sÃa uma situação endêmi rat égi a de aproximação € intimi
dação.
é > as ordens s d do falecido i no toc |à ;
lad a a não ser por um a est do dil e- D é À ocante
con tro minho dos ter mos bárbaros .”
” De fato,
posta ficava a meio ca de : 30o de novembr a que, o d assi e 1 é 88, doaos ofi- dos
Nesse sentido, sua pro a nat ure za des sa gue r ra: de um lado, à ciais da câm Du
ar: e m ã
São Paulo, carta,
o arcebisp explicav
ate sob re
ma que dominou O deb de outro, Sua integração
assim que mor-
y- teu Matias da C un ha, o secretário
es
pos içã o do ext erm íni o completo dos índios c, esta estratégia
ári do Estad ê o, Bernardo Vieiraà R Ravasco,
pro E m seg und o luga r, que
col oni al.
subordinada à ordem € se pu sessem ao seu |
ida que se reconhecessem
indígenas € à população .
traria res ult ado s à med Cc, am n
“ a mara
Carca, 10/3/1688,
Si DIF,ara14:134 a “EE por não faltar a diligência alguma, escrevi à cã
US
1 panhia para Os catequizar
envio de dois religiosos da Com
sertão, e não tenho ve a ; aquela capitania venha outro socorro
mw Além diss o, rec om end ava o
amarino, 223/3/1688. AH
U, Rio, de naulistas nela
Ulhoa visto pelo Conselho Ultr qucna confiança de que venha fazer este pr
Rei meudoSenhor...”Po, SO/688.
»: Cora io PEV
Papel de José Lop es DIF, 10:336-8 ds Rrande serviço a bl.
Grande, caixa 1, 26. Rio Grande, 2/9/ 1694. DI,
38:325-8. o arcebispo, 29/10/1688. D/f, 10:332-5.
eral ao capitão-n hor do
7 Cara do governador-g
GUERRA DO AGU À GUERRA DO
|d6 A AÇO 147
ser in-
hoje se vêem os nossos arrai ais, por permanecendo “obstinados”, mas outros, que desce
da maior o aperto em que . ram ao rio Potengi,
poder os bárbaros que o das i nossas armas” bem perto da cidade, pediram pazes e o capitão-mor lhes conce
comparavelmente m aior o in- deu sob
os de que as tropas não se à trevia m a certas condições. Os moradores, entretanto,
Das fronteiras, chegav am avis vir cer- reagiam com pavor a essi
s suas aldeias, c que eles chegaram “a iniciativa do capitão-mor. “Temiam que os tapuias tives
vestir contra os índios na Domingos Jorge Velho e Antônio
sem pedido a paz
e esta am Dom para dela se aproveitar, tomando conhecimento da
car os nossos quartéis”, ond s dias com os bárba- cidade e seu entor-
TEC
!
currais em que estavam próp dava”? De Di Orden saa apen o antes do início das guerras. Pediam « ue
| pelas minhas patentes lhes
| recimento, nem a honra que 1677, os pos- sono au na às Paulistas, os henriques e os camaro
nto do governador-geral de se lestruir e arruinar todo o gentio ficando 's
lil) fato, de acordo com O regime os com mais de o ões a
Po. eram permitidos dos soldad
tos de infantaria pagos só eção.!? a ara c colonizarem”, Esso porque esta “casta de
istas haviam sido uma exc
HI dez anos de serviço. Os paul de agos- A Put PER 0 po de guerra em curso, “por scr mais ligeira e
doso chegou à Bahia no mês
Parte do reforço de Matias Car arro, sar gento- ec dos caras st erera dos montes e capaz de seguir o Hentio
h ucl Álvares de Morais Nav
to de 1689. O paulista Man « bra nco s, 08
j mar com 23 soldados, índios
mor, veio de São Paulo por tar-se à Car do- Uma vez que os paulista stass crus Mon
a ao São Francisco para jun co PENAS
"ostuma dos àÀ penetrar
porco sertões
Rea, ; e ,a
quais o arcebispo logo enviar arm azé ns só se sustentarem se ais e
as, mas desprovido, pois nos entos que o « k
so. Navarro partiu com cart cra de difí cil - nos seus arcoss € nas mais esping
nas suas so de, mantim
concurardas” a melhor maneira d c a dar segui-
ai
de espingarda tão grande que
havia esmerilhões, um tipo
maneio. as cin- “as tropas regulares c d:
ia com ordens para recuperar que se encontravam no sertã
Em razão disso, o sargento-mor stente André “aproveitan do a ss das deordenanças
Matias Cardoso, encarregá-lo de tod rtão e,
ições que estavam com 0 desi
presença á-lo de toda a ini-
qienta espingardas e as mun
A e
cupitão- F e: q “ e:
es o põe como
ç e “ “
buco, caixa LL. Pedro Taqu
serviços, 23/HV7S. AHU, Pernam como tenente-penes
6 se ta ol 4 SU é
as Card oso Çç . e
rabuçu, cm que ia Mati
e e “
N
de-infantaria da Leva de Saba
*d qe d TAC d e!
p. 42. a -f .
Paulo (1772). São Paulo,
I é p 4. sr
e
rmação sobre as JuInAas de São
Cc
ral, no ano de 168 1. Info 9/2/ 1689 . DH, 10:3 53-4 . “a ordem do governador-geral, isto é, a destruição dos tapuias,
ov a .
tapuias, “ “guer-
- apo: a
1 gular, imp
irre i lici ava
:
a a Parente, ficou como capitão-mor das companhias de tropas, isto é, su-
entes uns u dos ] outros) Os) que que se mo!
do-se trêsG cabos si indepen«nd o naqu eles € e bordinado a Matias Cardoso, mas com proeminência sobre elas." “Tan-
que não Sc cinha conseguid
etamente errada. Isso por pi tas companhias visavam, antes de mais nada, garantir a maior mobilida-
anos 1 extinção dos bárbaros |
, “que era o último prog
resso
mo Di a
€
ensiva ( o ra
pri
deveri de das armas “nos vários acidentes que na campanha se oferecem com
anos a é
fim do sossego daqueles povo
s”. À guerra, Até
: , as tropas
entã o
asas “não
def
“não devemdevem Si esperar i o gentio irregular”. Para que se procedesse com toda a clareza na recei-
' mma
mar- se. .s ;
Seg und o o documento o ta e despesa da dita guerra aos bárbaros, o arcebispo nomeou também
tran sfor armas senã
iva men te nos arra iais , em que se acham as mesmas em um almoxarife com o seu escrivão, assim como um armeiro, um tal de
defens e cles icar
rem € destruírem as aldeias,
. 2s ca
oo e1e e
.
Domingos João, oficial que deveria erguer uma tenda para consertar as
N
o
. - .
- Com
» -
,
“2
nça
ça : se haviam
avi mostra- ra: armas."'! Além disso, reforços de cerca de 450 até 500 índios da região,
infant i papaga nema a dadi ord oa
aria
ia ena
»nan
de guer ra nem a
à i
infa ntar ta anos ano atras,: além dos que podia levar das capitanias do Norte, foram-lhe concedi-
o o exemplo daa Bahi Bahiaa de de q quarenta
do efic zes,
azes , aind
aind :a seg und daumsCar dos com a intenção de “abreviar a guerra em que sc podem gastar dois
istaasc,s €, DO nocaso, as
o melhor a faze Fazerr cra Cr entres«pá-À la :a cargo édos 5 paul paulist:
: ta nar anos em um só”. sr?
livre à disposiçãdao guerra
sujeito, a cujo arbítrio ficasse 1690 , 0 arcebispo e Os paulistas deveriam guarnecer o posto do Açu, que havia sido aban-
doso de Almeida. De fato, em março de donado por Manuel Abreu Soares, porque a região cra muito importan-
ara
amar a ac €c Mam Abreneu ] Soares,
cl dede Abr
Manucl
cef X orm a
rmar Ant ôni
ôni o de Alb uq uerque Câm DS do te e “passagem para o Ceará”. Apesar de, em junho de 1690, “não se-
refo
do que ret ira sse m de seus presídios toda rem tão contínuos os assaltos do gentio pela oposição que se lhes fazia
man dan exe ção dos
Dias,, à exexce
ue Dias dos indiosos o
índi
pret a
ret: do terç e
+rco riqique
de » HenHenr
mili cian
ilici a e - r a e m com os índios domésticos « moradores”, convinha manter lá alguns
e de outr os índi os das aldeias, que deveriam fica paulistas."* Embora a Fazenda Real estivesse “exausta”, como alertou
arã o deve
lho dev
-
Cam
. s orge e
os
«nas o regimento de Doming sh
. +» ,
a a .
18 O outro documento 2 ep RRci Nosso Senhor no tstado Canindé fora posto em liberdade por Domingos Jorge Velho em tro-
dade
;
“a conservação d
a pos a disseminação do evangelho ao ca da promessa de mostrar-lhe as minas de prata «e de esmeraldas, su-
, para
ae Dar
rnambu co Taz adia por
de Pe
NA -rtão € território de Portugal”. Depois ca postamente situadas cm uma serra baixa junto do rio Jacu, a 30 léguas
=
ns € sua afinidade com 05 holandeses, p inda de Natal, assim como uma outra de esmeraldas no no dos Camarões,
no interior do serté a
baridade desses num yerpétuo”, ao menos “por vinte anos » ou ua pouco distante — minas que os flamengos haviam descoberto “dois anos
esti; 2Urasares tenores
simular a escravidão: em uma carta ao Fei dido formal de paz. No dia 5 de abril de 1692, trazidos por um certo
os catequizem +
mismos e procurava pd - que não se tratava, Ni verdade, de “cativar capitão João Pais Florião (um português casado com a filha de Nhangujé,
maioral da aldeia jacaju, ec cunhado recíproco do rei dos janduís),"* ha-
1694, o hipocandifacos pretendem fazer crer à Vossa
e
os tapuias : ' “ viam chegado à Bahia dois chefes tapuias: José de Abreu Vidal, tio de
de
Majestade)”, mas
O
Canindé, «e Miguel
[A Pereira Guajiru Pequeno, maioral de “três aldeias
*. também sujeitas ao mesmo Canindé”. Acompanhados de mais quinze
€ egarem ater
e meioio ch
ci aç ão € F aci ona l trato, para por €ss 3 Carta de Domingos Jorge Velho ao rei, 15/7/1694. In: Ernesto Ennes. Às guerras dos
dade à asso Palmares (subsídios para a sua história). São Paulo, 1938, p. 20-L
% Sobre os tapuias que os paulistas aprisionaram na guerra c mandaram vender aos
1 moradores do Porto do Mar, c sobre as razões que há para se fazer a guerra aos ditos
DI, 10:388-93. io G Para
e Par aíbíbaa (c. 1690 2),)
128 Carta, 9/3/1690. e
bel ou nas s cap ita nia s do Scará, Rio Grande tapuias (1691), Ajuda, 54 XIHE 16, fl. 162.
que se re 'º João Paes Florião era neto de outro de mesmo nome, que fora acusado de inconfidên-
2» Sobre o gentio .
2 mandndaram vender aos
e€ * ma cia pelo desembargador Luís Salema de Carvalho, na Bahia. Cf. nota (iv) de Rodolfo
aul Psta
ist aprisisionaram na fguerra
ass apr rra dos dit os.
ça PAR i: para se fazer a gue Garcia na História geral do Brasil de Francisco Adolfo de Varnhagen (São Paulo, 1975),
re as razões que há
mor ado
gra res
or açao do Mar, e sob * tomo 3, p. 278.
Ê 16, fl. 162
da, 54 XI
capuas (1690), Aju
GUERRA DO ACU A GUERRA DO AÇU 159
158 A
a quem
outros índios e índias, for am
à presença do governador- geral, 1662aceito
foi ao E pelo
co govern:
oVemador pois, is como haviai dito a rainha regente em
língua portuguesa não bem fala d a”, ex- mo fimo às u Ê rozes daquelas capitanias, donde convinha
falou José de Abreu Vidal, “em do rei Cani ndé,
as para pedir, em nome DS cn uaaaos ce rantir assim para o apoio dos cerca
plicando que vinham de 380 légu c deba tes, ofe- de 5 000
dir pelo mar as prosas do caça tileramarina ou mesmo brasílica “a inva-
cinco dias de reflexão
uma “paz perpétua”. Depois de
vocalmente cm sui língua, que
receram, então, as proposições de paz te. Os termos destas propo- sertão”.
iara Caso contrário, apodleriam
Do Contrário,
a em português por um intérpre Ds e o aDitadores
esgostados unir-se pelo
às mais nações
foi explicad xo 4),
pazes de 10 de abril (veja o Ane
sições, redigidos no assento de eci am o
indé e os três maiorais reconh dos ohn
fansHemming, c
nando com ento
certo cx)
exagero, i
acreditava
eram os seguintes: (1) que 0 Can ditas
que “a procza militar
todo o Brasil e das terras que às ido na RES mo su: destreza política”, haviam lhes dado “algo
rei de Portugal como “senhor de e seus
metiam obediência: (2) que o rei e um estado de pas co as o reconhecimento como um reino
22 aldeias ocupavam” e lhe pro autônomo
dar-lhe c fazer-lhe guardar por seus
sucessores “sejam obrigados a guar €
liberdade natural cm que nasecram Oconsideravam
Tea do Fo rei dos. De
€'an inddé ocomeortugl é verdade que os portugueses
janduís”,
governadores € »apitães-gerais à isto se refere muito mais
d evem ser mantidos, como 05 mais DS do qu a ua Co e hotandeses se relacionavam
em que pelo direito das gentes com estes jo
índios “desejam ser batizados e se- deus imita Co cpendeira Compreensão da autonomia
vassalos portugueses”; (3) que 05 gente
política de
sendo para esse fim tratados como Sais corno cuiges da o os rolandeses tomavam os diversos
guira le i cristã dos portugueses; que se os port ugue ses adui Feras
grupos
vontade”: (4) sau cônomas, governadas por reis. Nesse sentido
livre, c não oprimidos contra sua Rio Gran - jancui reDreser carta um e corpo político independente, e
ambuco, ltamaracá, Paraíba ou Canindé seria
fossem atacados na Bahia, Pern co mil home ns de aincipais ou chefe
a pôr em sua defesa “cin cação portuguesa, vcz ou outra, se refere aos
de eles sc comprometiam in-
metiam a lutar contra às nações do em nenhuma condisa penas dos Bru pos tarairiús como “reis”, contu-
armas”: (5) assim como s€ compro nas serra s das terra s que nu
igas; (6) se condição + s considera como de fato autoridades políti-
dígenas que se declarassem inim ,
possuíam apareces sem “alg uma mina ou minas de ouro, prata, ferro cas autône a nicução neste aratado de paz” deve ser entendido
mais
espécie, ou notíc ia de as haver ”, Ca protocolar vação de
preciosas, ou de outra qualquer outra
o De tência, do que como um contrato, A fór-
os currais co Logo após a assina esconder a verdadeira natureza do
rnador; (7) não incomodariam
dariam logo conta disso ao gove documen-
que os antigos sesmeiros repovoas- ao capitais Cosnaura ceue PO
de gados no Rio Grande, permitindo ar nos rios ue Pavia Teada
o precavido governador pediu
de poderem “livremente” pesc € Oliveira que examinasse as reais ca
sem o sertão, em troca, além cada
para o sustento € conservação de Mo de LEE a este pedido de paz.'* Apesar da desconfianç; em
e praias, ficariam “reservadas, s,
o populosas e as terras muito larga ae confinado Borermador diz ter aceito as “capitulações
aldeia dos janduís, por serem muit nelas entr em as ditas Go do polido o te mos : o tratado 18 Como avaliava a Coroa,
de obediên-
a, ainda que
dez léguas de terra de cada band 0s o mo-
até O pres ente ”;"! (8) que os moradores não Mação ar A ad ty é pesar da natural inconstância € ódio « uc .
sesmarias concedidas aram na recdi ficaç ão portuguesa, desde que seguiu as partes da Mamenga”
lho; (9) que ajud
tomariam como cativos para O traba pa”, a pa-
de; (10) “« sobretudo que nenhum capitão ou
da fortaleza do Rio Gran guerra, €.
rturbar, inquictar, nem fazer
cabos dos paulistas os possa pe dos jand uís” . O que “BE As sento das pazes
es com oss janduís,
toda a na ção j 10/4/1692. AHU,
deles seja livre c isenta geralmente
| Este
7 assento está transcri
ISOS ao no Anexo 4. Veja ainda dad U, Pernambuco, caixa
a consulta do Conselho Ultram ão
o i BO2DDm cer do rei de 18 de fevereiro). AHU, +» Pernambuco,
Pe ml Ga eo
caixa 11; ou
se concederem, levarão a cláus ula € condição para não
mm “o. cas que daqui por diante terem dúvid as se
vada a cada aldeia; para que sem
88 aohn Hemming. . Red! Gold.
; ntef. The
à te Conquest
Ca of the Brazilian
fia Indians. Cam bridge,
prejudicarem a dita terra reser 1978, | »
mant imentos para > P.
asct enham em que plantar seus
conscrvem pacificamente as aldci tal práti ca de “dem arca r as terras : Carta, 17/4/1692. DI, 10:426-7
o sustento de suas famílias”. Passados oito anos, |
ação” de uma lé- ns Care arta dede Câmara
rias, foi transformada na “do Câmã “eutinho
Couti ho: ao rei,
ci , 18/7/1692.
92, É DIF, S4A2; e carta de Câmara Couti
indígenas”, sempre inclusas cm sesma a mediç ão da légua de corsa
Veja o alvará sobre
gua cm quadra para as aldçamentos. da Bahia , Salva dor, E - quese aprisionar do Rio Grande, 3/10/1692. D//, 38:293, Um dos os pao
do Arquivo Público da Estado
paca as aldeias, 23/11 /1700, nos Anais era fa um um tal de oa guerra do Rio Grande e que estava preso ná cadeia d caças
regador,
al NT6] A que . cra
ge muito estimado dos bárbaros
à i d o |
s e :E “cinha mando
273-5, 1943.
e if
à grande
:U A GUERRA DO aço [61
160 A GUERRA DO À “ as ou, até, “porque esta guerra contínua Mata Coutinho, Matias Cardoso € seus capitã
das armas
r usas O As dúvidas que se levantaram sobre es reivindicavaim do go-
recia ser o med o verno-geral na Bahia o pagamento dos s oldos
bár b so atrasados, que não cram
enfada até os mes mos quitados por conta de uma proibição d
pelo Conse- 4 Coroa que contestava os ter-
am aconsisideradas inconvenientes
a palavra dos bárbaros for er que se confirmasse à dica pat ela
mos das patentes passadas pelo arcebispo frei Manue
l da Ressurreição.
do pe
ho Ultramarino, que era Como havia ordem de que “fora os filhos da folha listo é, os
regular-
ava ao lado
A paz andava da desmobilização,
«se viam é esta
tratadas as tropas vu ias Cardoso.
de Matias a Em mente assentados] se não fizesse despesa nenhu
dava ma mais”, os pagamen-
tos extraordinários se achavam suspensos. Dada a
Pimentel, capitão-me” do Rio tram e core impaciência dos seus
julho de OZ, Sebastião
O emener: ; soldados paulistas. lim razão é soldados, Cardoso ameaçava ir-se para Pernambuco
, onde buscaria “pes-
conta do estado desesperado da inês de Montebelo, Marias Cardoso soalmente a resolução a esta praça”. O marquês
de Montebelo tentou
pôr panos quentes, dizendo já haver enviado
tos dn cartas pela frota passada,
armas suficientes para continuar Cecolher. Nada pedindo uma solução para o problema, Preocupava
providen- -se, no entanto, com
viu-se sem emador do Brasil pedindo licença para x na o moral dos soldados; rogava a Matias Cardoso
creveu do & ri “solveu animá-lo, aleg; SE que os animasse “nos
que ha desmaios da sua desesperação”.'"“º Em julho de
obstante, Câmara oo sm como o retorno do o 1692, escreveu nova-
ciando armas € a ão Amaro Maciel Parente € * mente ao rei perguntando como faria para honrar
as promessas feitas
por frei Manucl da Ressurreição ao “bom paulis
viam fugido coma ta”, dado que a fazen-
a de julho
parando
1693, pelo Ceará.'t que
considerava tm de- da não tinha mais recursos. Era muito certo que antec
envolcos nas Guerras de Natal, edentes, como
a “Revolta da Cachaça” (1660-61) ou a do “Terço Velho de Salvad
presentação a rd > guerra a situação era muito grave, de mo (1688), indicavam a solução negociada. Apena or
o mais
pois de oito anos a x completamente esbulhados por não poderem cais s em janeiro de 1693 0
Conselho Ultramarino iria tratar desses atraso
moradores se huras ne m das criações. O problema estava cr dívena aca- s dos pagamentos. Deci-
diu-se que, sc a guerra fosse defensiva e seu rompi
cuidar das culturas ne otesê-los e fazer face mento não permitis-
pas destacadas à resistência indig Ássim
do “ elo incratável e asperezas se a consulta ao rei, pela urgência das providências
da rogo. as é cabíveis, far-se-ia
bavam se os mantimentos, os soldados retiravam-se Pe e
tão logo pastavas = outros de licença fazendo nesta Leapitant Hº Carta a Matias Cardoso, 29/1/1692. DIL 10419-
i ente de 271 e 421.3,
trias, ums fugidos é a é lavoura dos pobres moradores, [e] a B forma Hi Carta de Câmara Coutinho para o rei, 18/7/16
02, DEL, 3AS-d,
“2 As dificuldades com os soldos podiam pôr
em risco a disciplina militar e tornavam a
São Paulo de quem €s " 9 13% a . 9 concentração de soldados na cidade sempre uma
ma | socorridos”. situação delicada. No Rio de Janei-
dando desculpa de o serem o esforço de fo, em 1660, a chamada Revolta da Cachaça, insurre
g
O atras o no pagamento dos soldos quase » inviabilizou
inviabilizo ição contra a fiscalidade c o go-
era do inj
inj ust o. No fin al verno de Salvador Correia de Sá, contou com
intensa participação dos soldados em
o cativeiro era consid i razão do atraso do pagamento dos soldos. Lucian
guerra, ainda mais quando proc urad or, o ajudante Manuel da o R. de Almeida Figueiredo. Revol.
si o de se u tas, fiscalidade e identidade colonial na América portugu
eiro de 1692, por mci
de jan Gerais, 1640-1761. São Paulo, 1997, p+32. No mês
esa: Rio de Janeiro, Babia
e Minas
de outubro de 1688, uma alteração,
ou motim, ocorreu na cidade da Bahia. Cerca
de trezentos soldados “se encontram na
uess de de Mon cebeloo aa per- casa da pólvora, dizendo que lhe pagassem o
o emantê-lo na cadei i
«rário a, o marq arquê que lhe deviam que logo tornariam para
séquito”. Como custava as suas bandeiras”. O cabeça da alteração era
. o stav
“
on
4
resp
2
-lo para
dorcáá-lo n g
Ango la, ao que 0 rei um certo João da Silveira de Magalhães,
ao rci se não seria metit
dá mel que este que havia sido mouro e estava na Bahia servin
]
sse para Ango la onde sc lhe daria pra pro ça de soldado “com do como soldado, Não sabemos como a
crise evoluiu, mas a situação só foi contornada
Se lhe nvia n o rasil,
Dra se pode dar ocast ão do de fato dois anos depois quando o
o que iqu
Suster te rque em qualquer outra past ala conq uist a”, Carta ao Fel novo governador, Antônio Luís Gonçalves da
Câmara Coutinho, chegou. Ele man-
€ inquictar a
O COMO de passar aos scus naturais Pern ambu co, caixa - dou prender o cabeça e o enviou para Angola com alguns
elho Ultramarino mi 1692 . 4U, dos principais da alteração,
IOTTGO2, consulta do Cons Quanto aos soldados, já tinham escapado para o sertão,
AHU, cód. 692 DU IDAS. de Coutinho. Carta ao Rei, 16/6/1691. DIH, 33:335-7;
tão logo souberam da chegada
E carta régia 18/12/1692.
e .
Ú
o ,
qu a.
a
s da Ba hi a há ca pi ta ni esttaabe re
150$000 réi O risco de que 08
pau- nci scoco, m, onasdequaes
is be le leceu rendosas
e
um filho, foi gravemente escreveu Studart edi St n ordens para investigar as riquezas minerais Pr
matarem nos sertões. Como
selar
de lhe
permanência a dos bárbaros é paranti ntrar uma definitiva ão
mais à conselhava
sua que ameaçava eternizar-
às agruras de uma campanha até que, iniao 0 irbaros E praneie assim as bases para a PN ão das
Filho, “fugindo
desamparando seus melhores auxiliares, já sem o os do Rio Gra ermambuco- lim uma carta de julho de 1694 o
foram prosseguir na juta,
se, um a um O enfraquecido para
demasiado para às suas fazen- O que sugeria que A e, dizia que cra necessário o fim das guer ão
julgando-se O mestre-de-campo
balas, retirou-se cm 1690,
pólvora, nem paulistas, iniciada
à campanha dos gencalogista mais feno
to serviço delhe [ao
qu rei] fará
Fará mac é em contrair
no € perpetus
tudo: "Porque 2
das”? Para este
historiador, bascia-se no
25 abril de 1694. Sua afirmação data cm uma carta
pa-
vitórias” 1 Como
vimos acima, i gual Tecomenda 0 de todos com grandes
durou até CStl
que por sua vez constatou Antônio Alves
Pedro Taques,
que lutou junto com Matias Cardoso, Stu: esse governador refleti
discutida, pois em Ao que
(És antes. parece,
tente de um capitão precisão dessa data pode ser
a de esforço ç mM o incontades pelo gu uma solução que repasso
Figucira."* Todavia, os esforços de paz mio ca os, pelo antigo capitão-mor do Rio Grande
11, ou DH,
Pernambuco, caixa Da Anestinho Giés posro De fato, quando morreu Sebastiã
1
ho UI tra mar ino , 8/1/1693. AHU, 693 , AH U, cod . 245, fis.
vs Consulta do Co
ns el
mos , foi expedida dia 21/2/1 de lançar
cimente!, Agostinh. ésar e Andrade, de maneira extraordinári foi
ia, ne ste s ter
João de Lencas uro ,
89:23)-2. À carta rég ten tat iva do governador geral, 169 6 o paga Mntivos nota cado capitão-mor pelo governador-geral, e ros
tan te à ain da em
228-228v. Não obs ou me sm o nos gados do sertão, DI, 34:95- que sc imaginava que, sendo conhecido dos janduís,s, com com
moradores , ao rei, 13/7/1693 .
uma finta sobre Os João de Lencastro
sid o fei to. Car ta de
11/1696. DI, IS A. quem firmara ara asas pazes,
paz quando so ubesse
mento não havia ias Cardoso, 12/ 38:297.
de Lencastro à Mat nde, 12/6/1693. DH, buscar para as renovarem”.!º m de sua posse, “o tornarão a
8; e carta de joão ao cap itã o-m or do Rio Gra
pel o Conse-
Cou tin ho sid era do
4 Carta de Câmara Gra nde , cai xa |, 32. O que foi con Gra nde,
as Carta, 3/1 1/1692
. AHU, Rio 1/1693. AHU, Rio
ta do Con sel ho Ultramarino, 23 9 Carta a de deJoã
João de Lencastro
: para Matias Cardoso, 4/7/1693. DIF, 38:303-5
sul
ho Ultramarino, con
caixa 1, 35. AHU, Rio Grande,
caixa 1,35. 1asa P,DH, 84:te 123-7.
Pimentel, 4/8/1693. , 1966, p. 102-03. edro Taques.8. Nobiliarqui:
Nobiiliarquia paulistana
] histórica
istórii e genentógica.
bater, + São Paulo,
aulo, 1980, + vol.vol. 2,2 p. 201
de Se ba st iã o ria . For tal eza
me Carta s de história e pré-hi
stó ro
ina tos, 5/3/1729. Ped ) ; L encastro pi
pari a o cap Kão-mor ) do Rio Gra nde, 24/7/1694 . DI, 3 4:32 2 .
t Fil ho. Pág de San
Carta de João de + esti
1 Carlos Studar e pas sad a à Figueira com d ata 0, vol . 2, P. EYA
ta pat ent auto, 198
18 “Prata-se da car e genealógica. São Pp
pelistanea histórica
Taques. Nobiliarquia
| ooo A GUERRA bo AÇU 165
; RA
GUER DO AÇU
AS
tendo lido várias inf
orma- alguma confusão nessas datas (pois o acordo do rei está assinado em 12
ro s do Co ns el ho Ultramanno, , pe ns avam de dezembro), as cartas nesse sentido, ordenando que se seguissem as
oOss memb Castro
de Len cas tro e de Caetano de Meloiti uçã ão” par
o” Dar:a O disposições de Lencastro, já haviam partido para o governador de
ções de Joã o va sol
e adotar uma “definiti
a
que realmente era important a tic
te scarprá
ce pessoa
€ int
queas “se
en- a
dêehgfim Pernambuco, o capitão-mor do Rio Grande e a Câmara do Rio Grande
con voc ara m àopi niã o no dia 3 de dezembro.”
caso. Para tanto,
tes na matéria pura O decisão cra que as despesas deveriam Nesse contexto de arrefecimento da rebelião dos tapuias, ganhava
de É solução força a idéia de que cra necessário um esforço de repovoamento e de
enda do Estado do Brasil, don
esta guerra - fi des nela Faz sse de cn astro estabelecimento de uma ocupação mais perene nas regiões de frontei-
lus iva do governo-geral.* O intere i
nias do Norte estava, conquco, mu
ra iv. exc ra. E a idéia vinha de longe. Em carta de outubro de 1692, Câmara
ser a na ra nilicares nas capita r-g era l e às € Isj 5 Coutinho punha-se de acordo com o plano de Matias Cardoso de se
pel as questoes n . " . veleidades como governado
ginar que povoar o Açu e propunha que houvesse aldeias ou estâncias de índios
a oo gov ernador de Per nambuco. Podemos ima
oisdlig
içãado
o com con tro lar a evo luç ão dos aco nte cimentos pará Fr em forma de arraiais, principalmente “para a oposição aos bárbaros c
de jur
dos tapuias silvas que sc rebelaram”. Para este cfeito, ordenou ao mar-
ultante dodo concont trole da pas giade Matias oso. o
Carddos
ias Car
rantir à e ocminência ress
a quês de Montebclo, governador de Pernambuco, que mandasse vir do
SEIO via escrito ao seu colega de Ceará o capitão Francisco Pinheiro, com a obrigação de trazer seus pa-
tado do vácuo deixado Leoa, a s con ven iente para O Rio Grand e, rentes c outros índios para aquela fronteira. Além disso, todos os índios
No dia 31 de jun ho ue par eci mai
maneira um tanto que houvesse com o mestre-de-campo Domingos Jorge Velho deveriam
a o ses s pon did o, em 2 de julho, de «uumaà cópia de uma carta do rei ser restituídos para as capitanias de Pernambuco ce Paraíba.” Confir-
D
tendo : y
no de6 deMelo e Castro pe a : “entre gava os particula- mando essa determinação, em março de 1694, uma carta régia ordena-
iva, Cacta março passad o, na qual
ca I: “do do diaGrande”. Lencastro estranhou a contuse lhe fusão de jurisd ições.
odatada O Milo c va que no Áçu, Jaguaribe e Piranhas fossem postas seis aldeias de ín-
res do Rio culo de capitão-geral que levava Caetano de Mc dios, duas em cada um destes sertões, com cem casais cada e com vinte
s"! do com a mesma subor dinação do soldados pagos e seu cabo.!* Para formar as scis novas aldeias, deve-
Lembrava que o título de caprtefican eover nador es daque la capitania”.
honorem,
Castro era apenas - “adsempre riam concorrer as câmaras e capitices-mores de Pernambuco, pois a
: “[ m os ter havido um “descuido” do ofi :
tiveradera a d o r e RA
Fazenda Real não podia gastar mais nada de seu rendimento. À impor-
governo-geral que sempre L
po e daria de avisar do fato ao Con- tância dessas aldeias era destacada em um arrazoado de Lencastro ao
Ironicamente, imaginava quemas nã Da :ria sua autoriida-
da
:: > :
» escrevera tal carta, .
a o Ultramarino. Pois, se fosse válida tal ordem,Já estar tava no Sul com 0
ente “liqu idada ” no Norte, como foi analisada
de Ocompra e Pais eito, a matéria foi 1% AHU, cód. 256, fl. 186v-187, Por outros motivos, mas de modo revelador dos ânimos,
em novembro de 1696, Lencastro repreendera duramente Cactano de Melo de Cas-
gover, no e Antônio Pais 5 deESde
ndesulta ad de
ade mb?
zeCA
ON ro dOde FO1694,caosena-
tro dizendo que 0 Rio Grande devia obediência diretamente à Bahia, e estava fora da
ari1node naSacon
pelo Conselho Ultram m sua jurisdição, conforme queria orci na carta régia. À resposta agastada do goverma-
aos seus me ar -.
do que pareceu melhor de Meloo ea stro]DO não foi por se priv
[Caão dor de Pernambuco explicava que então ele não tinha nada que ver com o Rio Gran-
à Cac tan o
ordem que sc passou jur isd iç o $ r se adiantar O remé- . de e que, portanto, nada faria em seu proveito. Lencastro teve de censurá-lo dura-
da sua acudir |
ao governador da Bahia
mente chamado-o, em longa carta, ao cumprimento de sua subordinação à Bahia.
, que co ma de mais perto poderia
Gra nde -se, Cartas de 26/11/1695 « 18/2/1696. DI, 38:377 e 387-91.
dio à guerra do Rio
c met os q o acordo do rei, reafirmou 7 Carta de João de Lencastro para o capitão-mor do Rio Grande, 3/10/1692. DJ1, 38:292,
com aqu ela s dis pos içõ es tro era sup e- o
que Lencas
€ O mais n ecessário,
Em novembro de 1692, o conselho tomou conhecimento do “miserável estado cm
mei o de car tas De fato , com ...
aos negócios militares.!*
então, por que se encontram as praças e capitanias do Brasil” assim com das extorsões € ruínas
tocante
= rior de Melo e Castro no decorrentes dos assaltos repetidos dos bárbaros. Sebastião Pimentel havia represen-
. tado que se achava sem munições c a artilharia da fortaleza sem poder de fogo é
| |, i
Ultramarino,
cé . 25 2, 11s.178-178v.;
15/11/1694. AHU, «cód
ou DH, desmontada, ao que sc determinava que deveria se lhe enviar socorro por meio dos
- governadores das capitanias. Consulta do Conselho Ultramarino, 23/11/1693. AHU,
ta do Con sel ho
184 Consul
do Conselho U Itrama
nino, 7/ 12/1694. cód. 252, fls. 170v-1; ou DF, 89:242-4.
ei
$9:263-5.
á bem ” do rei é de 17/12 1694, consulta à“ AHU, cód. 245, fls. 247-247v.; ou DI, 38:303-5.
155 O “est -8.
9-179v.; ou DI, 89:260
AHU, cód. 252, f1s.17
À GUERRA DO AÇU 167
166 A GUERRA DO ACU
De um lado, havia uma “razão militar”: :todaé 1 i imundice
ice de cobras e e maismais bichos
de cobras bi peçonhentos € raízes de paus
governador de Pernambuco. ainda a que que com poder e de : conquistar
armas « se queira PE
raraé coisa Oimpos
importante para a defesa das frontci- cair de armas
uma linha de aldeias amigas seria Itamaracá e Pernambuco. De N : por esta causa e andarem dessa sorte sempre de levante além
Paraíba,
ras do norte das capitanias da certo
grandes lavouras dependia, em de erem muitos, em quantidade de diversas nações e os conquista
» Ce * . 1 Ii . :
povos desta capitania e das duas ia de ando-se . causa a a dita canitani como é fronteira asN [deJmais“o
dir capitania,
ia; e de seu serviço à permanênc ar por esta
posto que se paga para à infantar ares
em Pernambuco; e que dos açúc ncorp ar-sc-á o dito gentio
y ão poderá
e não poderá moer engenho ne la
todos os engenhos € canaviais mercan- Paraíba nem dos sertões de Pernambuco.” é hum da
a carga das frotas € o comércio
que neles sc lavram dependem “cordão
ervar esta praça”.º Além desse
til, sem o que não se pode cons ria reco nstr uir a eco- A única : . a mr: o enc d: ” .
povoamento pode
defensivo”, imaginou-se que o o de 1694 , o rei deter-
a. Em fevereir
nomia local e garantir a seguranç
dba o oradores ecra impedir o E to indo Ó Ca ao la tropa de
criado
Amér ica” , porque cla é enorme, tem “sal
de tem nas partes da de gado s e tão ferri lís-
de abundância
de ara fc : d as Di 1
por natureza” e “produz tão gran
uma com seu cabo o “IS f ,
“.. é de corso sem ter casas scu sustento, o rande, entre o rio Perogi e o Corotão.'*? Em uma carta para o con
que são c como tais é o
mem no campo como animais
] / . . .
Pp ctiçã o dos a moradores a da capitania
Pp do Rio Grande, vista
o no Conselho
á Ultram al trim o
es é esta
“4 p e
. ' as .
de achar,
:
que
u
ntas os
: nt úmero de mil e oitoce ditos s bárb bárbaros, “por
[do] que casais com família que fazem ser menos
or ser me malá que eles p creama liberdade I e do d que
das aldeias], e que de São os ext or a que os paulistas passem os rendidos ao fio da espada
almas [isto é, na proposta da formação como
100 índios e 20
Paulo sc mande vir por mar um capitão-mor com dios mam o orar q tando se não podem aprisionar deles para
e e aa ..
o seu ser
'
oo M
brancos com dois capitães”.!” eniência, e por este modo :se lh cs pode atalhar c violên- iolê
épo cia”. ciar O que sse devi: a fazer com brevidade i ade, porque se entendi: endia oeno
pagar os soldos “dito ditos rebelado s, perseguidi os s pelass armas s portuguesas, voderiam
Para o sucesso deste empreendimento era necessário poderiam sese re
algodã o, assim como “resgates fugiar na serra serra dede
dos paulistas, além de fardas e pano de dou no es : “Goapaba” (Ibiapalb:
, a aba), no no MMaranhão. ãão. OO reirei concor.
“ I , «
d
ao.
Quan-
re,
m”.
concor-
eiros que tomare mesmo didia, dizendo que se deviai mandar viri os ditos
para índios de armas, sejam cativos os prision i i
paulistas
as que conqui stasse m, € sem que que se divirtam [atra palhe] os que estão
to às terras, que fossem dadas a eles apenas ã nos Palmares”,'ºim Uma
as preten dem”. O cati- Dnrégia, assinada
“carta
não para outros que “só com à sua informação as i em 10 d e março de 1695, » ord Ordenava queos que o governa- :
era uma condiç ão para a
veiro dos índios deveria ser autorizado, pois essa al lex ntassc !um terço de paulistas istas, ; com ssoldos$ pagos ee postos
euaros de infantaria, para a guerra aos bárbaros do Rio Grande”
de. C reido àsàs opiniões de seu secretário
mudo âri e cientei d essas novas deci-i
post bellum, veja 0 capítulo 5, des de Lisboa, era provavelmente com certo prazer que Lencastro
vá Sobre a “nobreza da terra”, principa Imente no período es
açucaro cracia” , de Evaldo Cabral de Mello. Rubro veio. Rio de : coeviaa ao
“A metamo rfose da ao governado
governa r Melo de C astro no diai 20 maio aio i de de 16 1695, para lhee
Janeiro, 1986, p. 151-93. que recebera ordens de que o intento do rei era “dar-se fim aesta
de 5/8/1694. DH, 84:123-7. Taunay
17 Carta de Bernardo Vieira Ravasco ao conde de Alvor
u a a
Vicira de
da “nobreza da terra”, Bernardo
neto de Antônio
dona da usoVicira
SA d c Melo.O. Em Ê 1675,
Em 1675, fi fora nomeado capitão de infantaria di
aliado, quando um integrante do Rio Grande, a lide- a
com 0 posto de capitão-mor cavós ado copente ponteira “lo rio Capibaribe (carta patente 12/1/1675) E
Melo, assumiu, junto dos
. O futuro campeão da “Guerra de sangue”, lutou nos Palmares (certidão 29)
rança dos interesses da elite local
cup c limpos
(O 1a , era rapicio-mor
em 1686,
11/1686). . EEm
ã dy companhispanhia de cavalos da freguesia
fe em 1711 , era entã o nn
da Varge
& rcinóis no Reci
Mascates”, que oporia mazombos
(carta P ent te [EN 666) Em 168% tenente-coronel da infantaria do codecs nça de
o final que lutou contra os gucrgues levantados,
endo comandado a expe diçã jo ambuco (carta pu ente, 9/8/1689) quando
herói da Guerra dos Palmares, hav
han do como prêmio este seu novo posto.” da Correndo do õ pa o pero aa Ararobá, ende tinham terras e gado os padres
aniquilara o quilombo, gan a,
de Andrade, que com já foi dito acim
BIG Oratório. . Em + era
sra juiz
jul; ordinário
inári da vila de Igaraçu (certicidã
Vinha substituir Agostinho César ida extraord inár ia de João de dis via 1601, capitio-mor da vila de Tparaçu (carta SO Ea o do
por med
fora indicado como capitão-mor ss sos onoRd ate aos
combate os negros negros dos Palmares, foi premiado rei com o o posto
> com bosto dede
a SDO det P7/1695-15/8/1701 d. Papéis de Bernardo Vicirad
E »4 IU, Rio Grande, caixa 1, 66. Veja também o ums : M elo
s o
o Bahia.
sencial para a condução dos g; ados do Ceará para Pernambuc ou due a suspensão cheguci ao lugar que se elegeu mais conveniente
idos cm 1695, te- par po dormar o presídio a que dei princípio no dia de Nossa Senhora
Concordando em fazer as pazes, Os moradores, reun
r
miam ainda a instabilidade dos tapuias, tendo decidido que o melho dos Ex a cs, cuja invocação lhe ficou. Mas, cresceram tão copiosa
que pude sse re- me eo rios, que me suspenderam poder continuar a obra € estive
era fazer na ribeira do Açu um presídio, “com gente
frear qualquer impulso dos bárbaros”, o qual se comprometiam à sus- em sítio passante de 40 dias em os quais nos sustentamos de frutas
er fo) 2) ç : ' j .
tão-mor enfileirava argume no, um papel de sua lecer se havia algum umento parecido. Dessa maneira, é difícil estabe-
o do Conselho Ultramari
visando reverter à opiniã ade c ponderava,
s ficasse a cópia exata ! vo e imento protocolar na sua redação que justi-
itania relatava suas ativid
lavra sobre a situação da cap a necessárias para um eincerto, Bem mais os termos nesses diplomas. De toda mancira, isso
providências que julgav
detalhadamente, várias a imensidade tão emagero. Não é impossível : será supor, não uma fraude aberta, mas um
25 3.535 E
ponto 18.
[78 A GUERRA DO AÇU À GUERRA DO AGU 179
. 697,
“ a “e “e . -
era te
Domin gos Jorge Velho, que estava então no Palmares, ' ecimento dos preparativos e, de volta ao Rio, zarpou com parte de
que decidissem fazer as pazes.
fugido, c Cardoso mandou
pediu ajuda porque os soldados não paulistas haviam
march aram 130 léguas até acharem o Velho com
Navarro com duas companhias que atacaram O arraial, ao a de ceraplo para que os mais paulistas sc animem”. AHU, cod. 86, fls. 246-8
alguns negros que
apenas cinco soldados. Aí, Navarro enfrentou
se vi ta Br: a 2 i
os. Ide almente, nde houvesse uma só companhia, o comando seria exercid o
eclesiásticos e dos fidalg tdo pelo ca-
sessenta anos, com exceção dos sti tuí das em ter- nais pelo capitão-mor. Im verdade, à medid:
como as Of denanças criam con pittoe ndo itária
tanto as tropas regulares as das ord ena nças pn prered s vam
passa le
ao contro da Coroa + isto
ISTO é, €, com avam-
ams
tropas regulares, as milíci errirár:
ços — mas, à diferença das da da Esp anh a, apitani as reais
aqui, S se fic c o territó rio sob a admini straçã o direta da Mo.
de uma organizaç ão deriva
não recebiam soldo. Tratava-se pag a € pro -
um regimento de infant aria confundia-se o o mistrativo superior nos limites de sua jurisdição
onde o tercio era originalmente rei. Ora, Esse capitiom ente com o de capitão-mor e era provido pelo
fissional.* , reparti- exercia também as funções relativas ao c
ser formado por 2.500 soldados das ardenancas, é dom
Em teoria, o terço deveria hom ens , todos companhia e contro lando sobremaneira a nomeação dos» caCu sicãos des de de
compostas, cada uma, de 250
dos em dez companhias, s com pan hias, partir os q.RN
sr » .
de 1570 era claro: cabia ao capitão-mor ares
(ou mestre-de-campo). tista
subordinados ao capitão-mor divi dir- se cm dez tes da idade, vila ou consel hos o emde esquad ras
om paia 25
tão, por sua vez, deviam homens é
para cada esquadra escolher
um capitã
sob o comando de um capi ao seu serv iço anhia que
capitão de companhia tinha
esquadras de 25 homens. O ivão, dez cabo s de es- Seraé >
seu aDo
cal . los
Lo dos estavam
e 4 , I JOT ASUA VCZ,S
A, , SU 1 bordinac los do BOV é “rnad-
um meirinho, um escr
um alferes, um sargento, dor-
&
eral aq JC CNC Ss DI oc a a! e multe: eS o
capitão-general.
I antos 5
In: Ibidem, vol. |, p. 145-51.
mc: andros , podem parecer confusos ao leitor C , de fato
a , P or
2 Alvará das armas, 1569. E, p. 157-78. vezes confundi: Ópti
diam os próprios â
contemporâneos, gerando discussões so
enanças, 1570. In: Ibidem, vol.
bre prerrogativas e jurisdiçõ
ral das ord
: Regimento-ge n Mil itary Organization”, In:
on Portuguese and Brazilia mui
+ Stua rt Sch war ta. “A Not e
e in Baroque Bra: sit, the Fune
ral Eutogy of Afonso Hurtado de jurosisdiçõ es por vezes intermináveis e com
The Governor and His Imag polis, 1979, p. 173-7. À intro
- conse quêN nciaas. Já vim no capítulo anterior como abusos S e int erve venn-
do Rio de Men don ça by Juan lopes Sierra. Minnea Córd ova que, isput: entre as autoridades,
ausavam disputas
. | Sõesia causav: i cuja distância, por si só
Cast ro Gonçalo de
deve-se à iniciativa do capitão
dução dos fereios na Espanha da guer ra suíç a — cuja infancaria cra formada por ear s A sérias barafundas. Das mais conhecidas foi a e ds O
os da arte
desenvolvendo os princípi oferecia uma resistência ador de Pernambuco ao da Bahia, na metade do séc
ens, eriçadas em piques, e século XVIL .
falunges de 6.000 a 8.000 hom lia da das armas de fogo,
associando à utilização amp
importante à cavalaria — e os
C ul ,
as esquadrão ou terço . pi Ta q. crnan
cipa l era a coro neli
ão cuja unidade prin
“concebeu uma organizaç em 12 comp anhias ou batalhões
ada por um coronel e dividida
de 6.000 homens, comand tão ou à dferes aben deir ado; à cada 100 Pp: ara O TEssa niZa á
tZzar O Cc esfor Ç o mil t ar
a c contrã
t “ Os. al rc: . A
Invasores cu está
e
ESTÃO f FICOU
cou Cc con -
adas por um capi fusa depoi : .
Barreto, que era entã
de 500 homens cada, comand Francisco
.
quando
lhão, c a cada 10 homens um pois
epois dadi Restauração,
*staracã
, então o
s competia um arho de bata
homens destas companhia pan hias cons tava m de 209 piqueiros,
o ou coronelia, O com
cabo de esquadra. Vo cadaterç amente de” Ce eme mr
cram excl usiv
zeiros cada; € as duas rest antes
200 rodeleiros e TOO arcabu ênci ia ele hist ória mili tar e naval , A pud: G Ç açãa o
caldos M
Salgado o
] tcc are. ). º X:fo
FEESCAISÀ E IHetEf ] tuh
7 osDS: di a «sed min tpaty afeto no Bress sf H coton,
i d
Portugal Alilitar: comp
A
piqueiros”. Carlos Selvagem.
Portugal. Lisboa, 1991, p. 332-4.
O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 185
184
governador de Pernambuco. Já de 22 de outubro de 1658, a Relação concordou em
mestre-de-campo -sencral, foi nnomeado punir o governador
de Pernambuco." Segundo Rocha Pira, Barreto resolveu
pOr rnado r-geral, conde de Atouguia, preocupa-
em outubro de 1655, O o gove depor Negrei-
dos cargos militar da o ros, ordenando que o mestre-de-campo
va-se com o problema do provimento, chasse da Bahia com o seu terço e assumisse o posto. O
Nicolau Aranha Pacheco
mar-
desembargador
o aper a esnambuco c; hortanto, naturalmente subordi- Cristóvão de Burgos de Contreiras deveria ir junto para prendê-lo.
No
e
ral, cle mesmo. Todavia, Francisco Barreto insis” entanto, este, “amainando na tempestade por escusar 0 perigo
do do capidão-gene e arrependeu-se de suas ordens." Em Lisboa, o rei não
”, recuou
s e postos que vagavam em si gostou desses
a em prover os cargo A
por onça € PN excessos de Barretos e, em uma carta 5 de abril do ano seguin
conhecimento do governo na Bahia, E a escroven
te, censu-
«OrrC ; tempos das guerras com os holand cses. É rou o envio dos ministros a Pernambuco. Em agosto, O gover
nador se
ções ju i
Poa ao ten vedindo que desse uma solução às indefini defendia c estranhava a repreensão, pois afinal estava
apenas defen-
na Bahia.” A solução veio dendo suas prerrogativas; preferia que o rei tirasse logo
dicionais, e r ; simuísse o prestígio do governo “o posto que
ecupo, porque não me atrevo a servi-lo entre desobediências
jois em 1657 Fran cisc o Barre to tornou-se governa- aplaudi-
e outra ancira
re-de-campo-general. Quase das e supostas culpas castigadas”.!
do o Brasil, mantendo o posto de mest
guia, o novo em era Confundindo o seu governo de uma só capitania
ão anos depois da reclamação do conde de Atou Ds tos
com o de todo 0
sora oo Estado do Brasil, Negreiros apenas exercia um tipo de arrogância
dor, Francisco Barreto, ainda que não quente nos governadores de Pernambuco do pós-guerra.
fre-
pagto no
Anti; aq o
cm ed
» seu antigo opositor, reunia cm sia
o esmo tempo re
À Monarquia
não hesitava, mas se aproveitava de tais situações
para intermediar os
conflitos e oferecer um ponto de fuga ao jogo político em curso
num
Da ernimbUiCO, TE s s sm dar conta ao governo-ge- território tão distante. Em 1661, o rei passou uma patente ao
novo go-
ano a da ilha do Itamaracá c de secretário do vernador de Pernambuco, Francisco Brito Freire, que esclarecia
que
, o de governador da todos os oficiais de guerra, justiça c fazenda das capita
ui ci o alén d : lar nomcando-lhe com soldo lheu to- buco e anexas lhe deveriam obedecer. Como o rei não
nias de Pernam-
ando Francisco Barreto tomou posse, reco havia especifica-
ostea do Res fo 4
as, “pretendendo do quais cram as capitanias anexas, criara-se uma nova
das a do isões de Negrcios € sc fecusou a cumpri-t celeuma, pois
i : aração «e inde pend ênci a deste gover- em junho de 1661 o governador de Pernambuco deu
ordens para as
incrod or
a e der ava 6 Dados de Pernambuco fazer cumprir suas três companhias da Paraíba, o que causou consternação
da população,
isões, não paga ndo ou aceià tand o as s do do Rr
Negr eiro s.” Barret
Barr etoo pass ouu
passo que se recusava à subordinação ao governo de Perna
od a sndo O mbuco. De fato,
era sú ito d desde os tempos da guerra dos holandeses, a gente da
SEER
lidencia
As estâ cri cont das pelo
oitocentos homens cada. Com
Velho; ambos, compostos por dos outros ter- por Matias de Albuquerque, logo no início daA
E ça criados Too!
54), foram também cria gos de td
das guerras holandesas (1630-16 e dos índios de resistência.
enc: 4
Estes
e ve
“capitães” estavam no comando de um punhado de
negros de Henrique Dias
ços “especiais” como O dos ais capi tani as do - homens que eram destacados para controlar uma determinada região
ão de Pernambuco e dem deles índios “frecheiros”
Filipe Camarão.” A ocupaç nqui sta, não só
Com uns tnnta Ot «quarenta homens (vários
consequente guerra de reco
Norte pelos holandeses € à nas vilas e ci- -isto É, hábeis com as flechas), estas guerrilhas deviam tamb
é mato .
gente de soldados europeus
introduziram enorme contin o da equação -mentarO inimigo € desbaratar-lhe os postos € comunica des
Por tro
como resultaram no rearranj
dades do Estado do Brasil, ranj deu-se nota- -
o lado, não se tratava apenas de fazer rem impemdi deo
a guerra, masa, ambé sust ar
as enta
c linhas auxiliares. Este rear ao zela pela várze
entre milícias regulares lução do modus *quem à fazia. As guerr ilhas ,
da produção dos alimentos
dl o a entra-
« ja superioridade obtida na evo “ da dos holandeses, cuidavam
damente pela afirmação tex to da primeira O açúcar, o
es, processo gestado no con segundo o m s e
faciendi das jinhas auxiliar ombustível da guerra. Os portugueses,
fase da guerra holandesa. , envia- . íveis nos matos, onde cram imibutivei
o Eos
das trop as regulares européias o, tornnãavam-se invis
Com o fracasso da expedição resi stên cia local à - ardos
E hol andeses não se poderiam sustentar, pois, “fechado o mato .
, tudo te -
a de Oquendo, em 1631, a
das na armada espanhol lent a”, que bus- a de, vir addi inda,
a o que cra Hr para eles caro, incerto
i € insustentá-
à um a estratégia de “guerra
invasão batava limitou-se procur ava deix ar 205 . , a º “guerra ne lenta”, uma vez , impossibili
ossibilitado o apoio
apoio es-e:
imp asse inicial, quer dizer,
. “
cava a manutenção do da zon a pro dut ora perado pelo mar, não poderia manter o domínio do interior por muito
praças-fortes, mantendo o
holandeses o controle das da arma da, quando isso fosse Eitêmpo diante do enorme contingente do inimigo. Segundo Cabral de
intervenç ão
de açúcar, à espera de uma traçada por Ma
ganhou espaço à estratégia
exeqiiível. Nesse contexto, Albuquer
capitão-donatário, Duarte de
tias de Albuquerque, irmão do de “puerraf: Com escreveu Dune de Albuquerque: “sua utilidade [das emboscadas] cada dia se
resistência. Chama da à época
o €s “Fo õ e! + . ali
que Coclho, € comandante da resu ltav a da im z ória pelo grande temor que o inimigo foi delas conhecendo. Nã a
il”, essa estratégia militar
brasílica” ou “guerra do Bras
To às horas da vila que ecupava. Com a presença destes capitães de
cida de ou n
resistência aos holandeses na
possibilid ade de oferecer nda Ibo com esteste seu,cio, comeriar
dando-lhes 0 ar com
com osos moradores,
moradores, c 6 obstand
is ano Ss de apoderaram-se da campanha « Duarte de Albuquerque Coclho. Mendo
devo
obstando-lhes
2 So Rocio: te 194 po 57 rasil, por discurso de mueve atas , empeçando desde el MDONKN,
XXX
4:405-5.
1» Carta ao rei, 9/0/1661. DIF, pe 97.
is e meirinhos. Ppaldo Cabral de Álelo. Olinda restaurada. Rio de Janeiro, 1975, p. 24, c 231.
4 Graça Salgado (coord). Visca n Military Opanization”, P: 17
1 Stuart Schwarta. “A Note on Portuguese and Brazilia tamentos para históri fimoria! dedo ca tosa. «. Apud: Serafim Leite. “Os jesuítas — contra a invasã
da Costa. Na Bahia € “aloninl, apon
7; confira ainda Luís Monteiro 1958 .
. 2 B, 183:198, 1944, Me
. Salvador,
militar de cidade de Sateador
188 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 189
Mello, este esquema estratégico luso-brasileiro havia sido desmontado ao que este lhe dizia: “vosmecê me deixc com os índios por me fazer
holan-
com a queda do forte dos Afogados em 1633, pois agora as tropas mercê, que cu sei como me haver com eles, que sei que me vêm busca
de
desas tinham acesso à Várzea, o que tornara “insustentável a linha de paz”. A guerra brasílica de Albuquerque não respeitava as re ras da
nte
estâncias em torno do Recife, a qual já pode ser flanqueada facilme arte milicar, exagerando na crueldade e não dando quartel aos | ist .
pelo Sul”. 19 neiros € feridos. Seu “mortal inimigo”, o gencral La Ravardiêre, em
A guerra brasílica diferia das técnicas científicas de guerra tio em uma carta de novembro de 1614, acusava o capitão-mor de nada p a '
voga na Europa moderna. O uso dos índios, e de sua arte militar, cra car daquilo “que toca à nossa arte”: “porque tu quebras todas as leis
essencial. De maneira geral, as companhias organizadas com base em praticadas em todas as guerras assim cristãs, como turquescas “ou ja
milícias voltadas a expedições específicas (ao sertão, por exemplo) de- em crucidades, ou seja na liberdade das seguridades”> Segundo C bral
veriam contar com o reforço dos índios domésticos ou mansos, pron- de Mello, esta seria a primeira indicação da consciência de um: dg a
tamente requisitados a seus senhores ou missionários.” A presença do ra brasílica”, que se definia como a percepção de uma arte ou estilo mi-
indígena era constante e acabava, pela sua adequação do meio c às litar peculiar do Brasil « melhor adaptado às condições ecológic: se
Na sociais.” De fato, na Europa do século XVII a guerra fazia-se com raro
técnicas necessárias, conferindo o caráter das atividades militares.
verdade, os índios aldeados, num arremedo do serviço das ordenanças, des movimentos de tropas, meditados e disciplinados, batalhas cam.
organizavam-se também em “companhias” chefiadas pelo capitão-de- pais, exércitos mercenários c muitas regras. À arte da guerra cra então
aldeia ou capitão-da-nação. Criado pela lei de 161 |, este posto deveria essencialmente aarte de se fazer sítios, ou de rompê-los. Mas nem se
ser provido pelo governador-geral entre pessoas de “boa geração e abas- pre fora assim. Segundo Geoffrey Parker, a “pequena guerra” (der bl ixo
tados de bens, e que nenhum modo sejam de nação” (isto é, cristãos- Kriege) ou a “guerrilha” havia sido uma etapa importante na condução
novos)! No entanto, o posto de capitão-de-aldeia seria frequentemente da guerra na Europa do século XVI. Ao lado dos confrontos es etac Ma.
concedido aos “principais” (ou chefes) das tribos ahadas. Às patentes res « das grandes batalhas, toda a história militar européia está cheia de
destes capities-de-aldeia fixavam o dever que tinham de, “com toda a pequenas guerras que causaram grandes estragos ao inimigo Não
gente da dita sua nação (tribo), ir para a parte que se lhe tem determi- obstante, este tipo de guerra desaparcceria com a demolição da red de
nado”, e de manter com os portugueses “ficl amizade c comunicação”? fortalezas que a sustentava, no final do século XVI « início do XVII u
Caio Prado lembrava que, particularmente no contexto do Diretório Apesade
r Portugal não estar atualizado às novidades da arte da uen
pombalino (1757) essas “ordenanças indígenas” foram importantes au- européia — muito em razão de ter sido poupado, pelo menos até a que rá
xiliares da administração colonial na tarefa de governar essas popula- de Restauração (1640-1668) com a Espanha, de conflitos em escala no
ções “mal assimiladas”.* continente —, vários dos comandantes « oficiais, bem como soldad s
Já no início do século XVII, o capitão-mor Jerônimo de Albuquerque das tropas regulares que combateram nesta “Guerra do Brasil”. er: m
“Maranhão”, no cimo de seus sessenta anos de vida, muitos em bata- gente mobilizada dos campos da Europa, onde haviam lutado c n con-
lhas e em tratos com os índios, explicava a seu camarada Diogo do Cam- dições totalme
n nte diferentes. DD. Luis de Rojas s y Borj:Ja, veterannoo das
das
pos Moreno, em alusão à sua experiência européia, que esta guerra que guerras de Flandres, quando veio ao Brasil, teria exclamado, indignad
faziam aqui no Brasil não era “guerra de Flandres”, isto é, à moda euro- com o tipo de luta que travavam na terra, que “não era macaco à
péia. Na Jornada do Maranhão (1614), Moreno se assustara com
à con- andar pelo mato”.” Desse modo, podemos compreender a novidade
fiança que Albuquerque havia depositado na aliança com os naturais,
John K. Thormmton. “Phe Aro ta). Rio de Janeiro, 1949, p. 166. vs seleção de Novais Ibinei
tz
uma forma característica da organização militar que estruturou à socie- obstante, seria errado não perceber que a bandeira sertanista na sua
ae
Sliks
dade paulista. Designando como coisas distintas as entradas e as ban-
ra re
citas é e
: :
duto. . . v g
patrioteiros, Ricardo Román Blanco tinha as bandeiras na conta
recta [eee ta
da “mas genial y
dos índios, se interessavam nas descobertas de metais preciosos.” Em graraordinaria organiza-ión bélico-militar, que la Historia de la Humanidad
conoce”
a redundante
redundante tesc
teses de de douto:
São Paulo, as bandeiras teriam moldado um modo de vida: o “bandei- doutorado, y entre€ outras coisas,
i procura mostrar
s as relações
relaçõ
catre us expedições dos sertanistas paulistas e a legião romana ou
tismo” ou o “bandeirantismo”. Alfredo Ellis Júnior foi, sem dúvida, o as falangus mac
o
+ e! epa e! ad eba!
&
. 1 , o :
ES
. . e . . , ,
balan , ,
“Carta ao marquês de Niza, 20/1/1648. In: Cartas [seleção de Novais Teixeira). Rio de
Ê . dem Paço “
So crítico da iscorioprafia Paulista, veja o excelente capítulo primeiro da
â -
tese de
Janeiro, 1949, p. 63. pn a mento de Hana Bla j. A trama dus tensões: o processo de mercantilização de Sião
1 Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras. Rio de Janciro, 1957, p. Id6. perto colonial, 1684-1721. São Paulo, 1995, p. 25-68
“ Sérgio Buarque de Holanda. Monções. São Paulo, 1990, p. 16. egimento
imento das ordenanças 8 de 1570.
570. In:In: M, CG.> de Mendonça te ta i
2 Aliatar Loreto. Capítulos de história militar do Brasil. Rio de Janeiro, 1946, p. 131-40. administrativa do Brasil... vol. 1, p. 162. Sa (ed) Rute lo formação
198 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS [99
feição paulista, resultou de uma evolução específica da instituição assaltos nossas povoações, casas, igrejas, lançando fogo aos ingover-
miliciana portuguesa, que, generalizada na sociedade do Planalto, con- nos, matando gente e roubando os bens móveis que podem carregar,
formou “um gênero de vida típico, próprio, específico da gente de São e conduzindo os gados, e criações e quando acudimos o dano está foi.
Paulo”. to. É eles [andam] escondidos entre os matos onde os nossos soldados
Segundo um papel anônimo, de 1690, a experiência havia demons- não podem seguir com a mesma segurança, instância € diuturnidade
trado, até então, que nem a infantaria, “nem ainda as ordenanças” ha- por [estarem] carregados de ferro e mochilas, em que carregam o seu
viam sido “capazes para debelar estes inimigos nas incultas brenhas e sustento que não pode ser mais que para quatro ou scis dias c [ao
inacessíveis rochedos e montes do sertão”; “só a gente de São Paulo é passo que] os bárbaros [têm seu sustento] nas mesmas frutas agres-
capaz de debelar este gentio, por ser o comum exercício penetrarem os tes das arvores, como pássaros, nas raízes que conhecem e nas mes-
sertões”. A razão disso era a forma como os tapuias faziam guerra nos mas imundicos de cactos, cobras, c caças de quaisquer animais «
matos, o que exigia uma tática e uma tecnologia especiais. Gregório
Varela de Berredo Percira, o autor de um “breve compêndio” sobre o
governo pernambucano de Câmara Coutinho (1689-1690), tinha para si . Ora, segundo ainda este autor, teria sido exatamente por isso que a
“que se este inimigo [os bárbaros) fizera forma de batalha, depressa Divina Providência” criou na província de São Paulo “os homens com
[seria] desbaratado”. Mas, como explicava, tal não era o caso, porque se um ânimo intrépido, que se inclinou a dominar este miscrável gentio”
tratava de nações “fora de todo o uso militar”, isto é, da forma européia Semelhantes aos inimigos silvícolas, pois viviam “sempre em seu se-
moderna de guerra, “porque as suas avançadas são de súbito, dando guimento”, acabaram por “ter por regalo a comida de caças, mel silves-
urros que fazem tremer a terra para meterem terror e espanto € logo se tre, frutas, e raízes de ervas, e de algumas árvores salutíferas « gostosas
espalham e [se] metem detrás das árvores, fazendo momos como bu- de que toda a América abunda”. É nos “ares do sertão” que suas vidas
gios, que sucede às vezes meterem-lhe duas e três armas e rara vez se se fazem “gostosas”, sendo que “muitos deles nascem, e envelhecem”
acerta o tiro pelo jeito que fazem com o corpo”. nos matos: “Estes são os que pois servem para a conquista e casti o
Outro papel anônimo, de 1691, também argiiia que as “grandes ex- destes bárbaros, com quem se sustenta, e vivem quase das mesmas e
pedições de infantaria paga, e da ordenança, com grandes despesas da sas, € 4 quem o gentio só teme e respeita”.“ Era exatamente o que
Fazenda Real e contribuições dos moradores” vinham resultando sem explicava, dez anos antes, o autor de um outro papel que sugeria o uso
efeito “não por falta de disposição dos cabos, nem de valor nos solda- dos paulistas para a defesa da colônia do Sacramento: “Porque são ho-
dos, mas porque, repare-se nesta circunstância, pela eleição do meio só”. mens capazes para penctrar todos os sertões por onde andam continua-
Isso porque, segundo o autor desse papel, seria “necessário para a con- mente, sem mais sustento que coisas do mato, bichos, cobras, lagartos,
quista destes gentios” adaptar-se ao seu “modo de peleja”, que era “fora frutas bravas e raízes de vários paus, e não lhes é molesto andarem pe-
do da arte militar”, pois los sertões anos (a fio] pelo hábito que têm feito àquela vida”,
Ao modo de guerra dos tapuias — “de ciladas e assaltos [que] é como
um raio que passa”, na expressão de Pedro Carrilho de Andrade —
flechas, entre matos, e arvoredos fechados, os nossos soldados em- deveria corresponder uma tática peculiar. A forma específica dus “re-
baraçados com espadas, carregados com mosquetes, € espingardas € gras paulistas” para o ataque aos índios, chamada de “albarrada”, era
mochilas com scu sustento, ainda que assistem o inimigo não o po-
dem seguir, nem prosseguir a guerra: eles a cometem de noite por s » , po .. .
Sobre os tapuias que os . paulistas
. ..
aprisionaram na guerra c mandaram vender aos
moradores do Porto do Mar, e sobre as razões que há para se fazer a guerra aos ditos
» Jaime Cortesão. Introdução à história das bandeiras. Lisboa, 1975, p. 50-69; € Raposo u tapuias (1691), Ajuda, 54 XI 16, 11. 162.
Tavares e a formação territorial do Brasil. Rio de Janeiro, s.d., p. 51-81. Ibidem.
* Sobre o gentio que se rebelou nas capitanias do Ceará, Ria Grande e Paraíba, c. 1690, anônima do Brasil,a.década de 1680. BNP códice 30, fl. 209. Para um retrato
su informaçãomande:
Ajuda, 54 XIL 4 52. esses “bandeirantes” em ação, veja também John Hemming. Red Gokl. The Conquest
of
8 “Breve compêndio do que vai obrando neste governo de Pernambuco o Sr. governa 5 the Brazilian Indians. Cambridge, 1978, p. 238-53.
dor Antônio Luis Gonçalves da Câmara Coutinho cte.”, RIHGB, 51:267, 1979. Memarial de Pedro Carrilho de Andrade, 1703. AHU, Pernambuco, caixa 16.
200 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 201
amba s de 1698, quando o terço Bando do governador-geral para a capitania do Rio Grande, 1698, IHGRN, caixa 65
do capitão Manuel da Mata Coutinho ”,
livro 3, fl. 88v; « edital que o mestre-de-campo mandou lavrar, 18/2/1699. IHGRN,
dez companhias, como era de
foi formado c se reuniu na Bahia, possuía caixa 65, livro 3, fl. 90v,
No entanto, é claro que não Carta de João de Lencastro para o capitio-mor do Ceará, 21/1/1699, DH, 39:21.
regra, incluindo a do mestre-de-campo.
contrário. O contingente total de Pernambuco, 10/12/1698. DH, 38:455-
havia 2.500 homens inscritos, muito pelo Carta de João de Lencastro para o governador
6 e Carta de João de Lencastro para o Morais Navarro, 21/1/1699. DH, 39:6-11.
As guerras Carta patente 7/1/1700. AHU, Rio Grande, caixa 3, 43. José de Morais Navarro era
rei, 15/7/1694. Apud: Ermesto Ennes.
“Carta de Domingos Jorge Velho ao 1938, p. 205. O grifo É meu. de ordinária estatura, alvarinho, cara comprida, olhos e cabelos negros de idade de
sua históri a). São Paulo,
dos Palmares (subsídios para a 24 anos; sentou praça de capitão de infantaria de uma companhia do terço pago da
servem na capitania de Pernambuco, por
Relação dos oficiais de milícia pagos que 17. campanha do Açu” em 13/8/1698, com 7$640 réis de soldo por mês. No dia 11/7/1700
Pernambuco, caixa
Sebastião de Castro c Caldas, 20/6/1710. AHU, cada por Olavo de Medeiros Filho. passou a sargento-mor do terço, com 13$000 réis de soldo por mês. Certidão de fé de
e [IGRN, caixa 89 e caixa 65. À segunda foi publi ofícios, 4/10/1705, AHU, Rio Grande, caixa 1, 61.
1997, p. 122-9.
Aconteceu na capitania do Rio Grande. Natal,
O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS
204 205
dez companhias, seja na lista elaborada
pelo escrivão Fran- de soldados (92%), podemos obter um quadro étnic
ferências às e etário, além de
ado o terço , seja na lista dos as- informações sobre sua origem € fisiologia cEmeo
cisco Pinto, na mostra que diz ter pass
da Mata Cout inho , que che- etnia cra descrita em referênci
sentados na companhia do capitão Manuel
mest re-d e-ca mpo Manucl paiacu, pardo etc). Desaem referência
por xerlos 4 um prupo (negro da guiné, cariri
garam mais £ arde. Além da companhia do tinho, à um aspecto Esiológico da cor (alvo, triguci-
adas pelos seguin-
Álvares de Morais Navarro, as outras nove cra chefi agrupar
tes capitães: Bento Nunes de Siqueira, José Porra
te de Morais Castro, na Tabela 1 as descrições em termos mai (mos mais adequado
como “brancos”
, Antônio Raposo “índios”, “negros” e “mesticos”. d o us gencricos,
José de Morais Navarro, Manucl da Mata Coutinho so, An-
mos à descrição ori mal Io » dO Mesmo tempo em que mantive-
isco Lemos Mato
Barreto, Salvador de Amorim e Oliveira, Franc este item insom E . erca de trinta registros (12,3% do total) têm
on.”
tônio Gago de Oliveira e Manuel de Siqueira Rond gem são feitas s ou não declarado, de modo que as porcenta-
Uma das novidades insti tuída s pelo regi ment o das fronteiras era a ns as sobre o total incluso. O dado que mais sobressai é q
ntamentos de cada ter-
obrigatoriedade de sc manter um livro dos asse do contingente é formada por índios o. ne con.
os dos soldos c do dssertivas(54%)
indigena absoluea
ço, para que fosse possível o controle dos pagament
maioria que fazíamos acima, demonstrando que mesmo os os
capítulo terceiro do am formalizados nas tropas regulares, sendo provi
serviço dos oficiais e soldados. De acordo com o
Ipe
nos
rava “o dia em que come- postos de soldados. Havia queixas de que sua presença 4 Dna
regimento, nestes livros de protocolo se decla nas . t d.
cada uma em sua
caram a servir € as praças de primeira plana se porão
Vi a . o
declarando-se em cada as- se desconfiava de fund E dsumEncos devidos ão terço, de mancita que
lauda, e as de soldados da mesma maneira, cra or y mediant e a inscrição de “índios broncos” ,
al, e o nome do pai, c os sinais do cuja identificação
efeito, as desc a por vezes difícil dos encarregados
da fiscalizaçã
sento a terra donde cada um é natur Com
a ção.
que assentou praça”? , as descrições dos indígenas são sc
rosto, € estatura do corpo, c os anos de idade em na maior parte dasUU vezes
tam, « Dom Dodi Henas São sempre sumárias e se limi-
pauli stas do mest re-de-campo Ma-
O “livro do escrivão do terço dos vestre tES ao prenome. Assim, Gaspar, Miguel, Sil-
, isto é, O livro de asse ntamento deste
nucl Álvares de Morais Navarro” a or exemplo,
paulistas. e€ tinham
terra dos paulistas, eram “índios da terra”, isto é, d
a que desf olha do c dispe rso, nos arquivos sido assentados em 1698. Apresentar outro
terço, encontra-se hoje, aind
co do Rio Gran de do Nort e.” Além . G o M z | S I e “ p I ) P
do Instituto Histórico e Geográfi
p , s» . lro no lu sl d ]
.
mostra cinc ; ie nã R eo o
por vezes, ilegíveis. Não da Paraíto é anos depois, não era coisa difícil de se fazer. Os 27 earitis
disso, várias das laudas estão prejudicadas e,
vez que eu mpria à
obstante, é depositário de valiosas informações, uma a, que foram assentados no dia 22 de outubro de 1699 c rece.
e, pelo conjunto obti-
risca o estabelecido no regimento das fronteiras
, b , $866 ré s cada odcei am render no con nto g an-
nador IHGRN
es
oficiais da câmara de Natal ao governador de Pernaml
. A
gover
o e Dé
ao
n OS
% s da câmara
Carta dos oficiai de Natal ernambuco, 2/12/1712.
, caixa 75, livro 5, 1). 101-102v.
IHGRN, caixa 75, livro 5, fl. 101-2v.
;
E
O TERÇO DOS PAULISTAS 209
H 208 O TERÇO DOS PAULISTAS
o nia, privando-se do benefício que recebem dos mesnos índios" Os oficiais grande, cor pálida, cabelo grisalho, estatura mediana € refoi. o
t | o da câmara de Natal haviam se queixado da falta de índios para o seu de cor-
po”. Já Brás Rodrigues Gato, natural do Es rito Sa “ refeitoanos,
dos “espigado de corpo, nariz acachapado ventas mande, car 32 cra
| tl serviço em razão de se achar a maior parte deles alistada no terço com muitos dentes menos assim debaixo como de cima” comprida, e
E paulistas, “o que se deveria remediar tirando-os do dito terço e meten-
Ei. do nele muitos vadios e índios do Ceará grande donde há quantidade e A idade média dos inscritos no terço era de 29 anos . disuibuici
il menos ocupação”5! Em 1706, consta que tamanhas eram as tiranias pra- era surpreendentemente homogênca.* O soldado mais jo o SDuçÃO
! E) ticadas pelos paulistas, que Francisco de Castro Morais, governador de tônio Leitão Arrozo, que assentou como cabo de esc vadia con cea Am-
! Pernambuco, disse que “lhe parecia scr mais fácil unirem-se lobos com . doze anos. É o ancião, Antônio Carvalho Maciel filho d Dio apenas
io ovelhas que os índios aos paulistas”. Em razão do que ordenava que lho, com 54 anos, “cabelo espesso e com [mechas] iobranc:
verruga ao pé do
RO Carva-
a cas, rosto com-
É | pio fosse suspenso o envio de índios do Ceará para o Açu, pois lhe parecia prido, olhos pequenos e uma
O que o melhor cra que os paulistas os recrutassem entre Os bravos € não “ Ambos cram de Pernambuco g assentados em 1699 “Ch Parto direita”,
ú | J entre os aldeados, a não ser em casos precisos.” + Outra informação de grande interesse refere-se aos motivos das bai
No terço de Navarro, apenas 9% dos soldados cram “pretos”, do gen- |. xas. Como se pode observar na Tabela 2, entre as razões das da - e bai-
f h E 129 assentamentos de que temos notícia, a esmagadora m: baixas nos
dao tio da Guiné, do reino de Angola ou de Pernambuco. Só um é descrito “- [2
q | claramente como forro: Lino Barbosa, soldado preto que era “crioulo *|-- deserção, isto é, o soldado sumiu ou fugiu (63 5%) Por outro ido,
ul forro de Pernambuco, do terço de Henrique Dias” c tinha crinta anos pouquíssimos deram baixa por morte (11%) ou por doen a (4.1 do.
' quanto tomou assentamento em 1700, o que não o impediu de fugir motivos mais prosaicos, como o caso do soldado Francisco M o) davia
n oito anos depois. À maioria dos tambores, espécic de ajudante que ia Sousa, que, em 21 de janeiro de 1715, depois de servir p pude ce
junto com o alferes c acompanhava a bandeira da companhia, cambém - anos, conseguiu sua baixa porque “deu outro por si” João Malhoics
cra de negros. Apesar da proibição cabal do Regimento das Fronteiras. á havia feito o mesmo em 1705, pondo “um homem
no seu lugar”
As fugas podiam ser combinadas: os negros Marcos
de se alistar um criado como soldado, os tumbores crim exceção, pois :: Ruiz Dionísi Pp
eira c Francisco Álvares, todos assentados no dia 28
não recebiam soldos. de junho d e LUA,
oram dados por fugidos na mostra de 27 de outubr
O capítulo 17 do Regimento das Ordenanças de 1570 estabelecia o do ano se in
C, dO passo que Antônio Velho, Cosmo
que o capitão da companhia “fará servir um criado seu [como tambor], da Silva, F rancisco Gon a Ives
Manucl da Costa estavam fugidos na mostra de
que para isso mandará ensinar, pelo honrado cargo que se lhe dá” — o 27 de setembro de
que podemos generalizar para as tropas regulares." Os mestiços eram 706.
muito poucos, ainda mais se considerarmos que as denominações “pa Tabela 2. Motivo das baixas no terço do mestre-de-ca
do”, “moreno” e “trigueiro” não necessariamente se referiam a mesti: mpo Morais Navarro
fo ços stricto sensu. O garoto de quinze anos José da Costa Pinheiro (filho oito número %
s do sargento do número, Antônio Pinheiro) cra “espigado do corpo, car . 82 635
Lo comprida, da cor morena, cabelo estirado, olhos pretos”. Francisco Mer 20 155
pi des de Sousa, natural de Igaraçu, 27 anos, tinha “olhos grandes, ca 5 10,8
5 39,
KiEi 3,9"
p 3
Wo se Carta da infanta de Portugal ao governador de Pernambuco, 18/7/1704. AHU, 129 24
! .. 100,0
257, 11. 138v-9, ânie: Livro do escrivão do ter so dos paulistas do
mestre-de-campo Manuel Álvares de Mo-
"Carta da infanta ao capitão-mor do Rio Grande, 13/8/1704. AHU, cód. 257, fl. 15dv;A is Navarro, HIGRN, caixa 34.
carta da câmara de Natal é de 5 de fevereiro.
“Carta do governador de Pernambuco 49 capitão-mor do Ceará, 19/8/1706. AHU,€
257, 11. 177v-8. Repete à mesma ordem, na mesma data, ao capitão-mor do Ge
;
i AHU, cód. 257, fl. 178. 1208 227 membros I i ntor; ade -
** da formê
Regimento das ordenanças de 1570. In: M. C. de Mendonça (ed). Raízes gd ;;
tenta e nove.
do terço dos paulistas,
pau
mistas,
+ há
há
i
f
O mMmuções sobre
ent
a idade de apenas
Brasil, à função era desem- nucl Álvares de Morais Navarro, podemos apresentar um quadro des-
ou degredo. Como não havia vedores no
de acordo com o regi- tes valores e calcular o seu custo total em salários. Na verdade, o soldo
penhada pelos provedores. De fato, desde 1638,
Mascarenhas, conde da Lorre, na Colônia as era pago sem muita regularidade, donde as várias reclamações « pedi-
ESTE
o
51:292, 1979. a Carta régia a João de Lencastro, 3/11/1698. AHUI, cód. 246, fl. 76v.
Pereira. “Breve compêndio. . .”. RIA
de assento: “vinte para os dois
Mandava, ainda, que fossem feitos vinte dois livros
a Carta régia 28/5/1709. AHU, cód. 257, fl. 235v.
»
a plana fisto é os oficiais] e outro para os artilheiros, par Carta de Bernardo Vieira de Melo ao rei, 6/6/1700. AHU, Rio Grande, caíxa 1, 49,
terços e um parta primeir
assento neles”. Gregório Varela de Papel de Bernardo Vieira de Melo, c. abril de 1697. AHU, Rio Grande, caixa 1, 42
por eles se continuarem as mostras, fuzendo novo
e
res, e por livrá-los das hostilidades que os tapuias lhe causam se faz tal “Tabela 3. Valor dasas contribuições
CO
segundo as companhias de ordenanças
: previstas s nana fifinta de 1654 para a j jornadado sertã
to sertão,
despesa”."? De fato, em 1654, para realizar a jornada contra os índios =
Companhias de ordenança. ..
que assolavam o Recôncavo Baiano, uma junta reunida na câmara de
valor (réis)
do capitão Manuel Garzo, no Paraguaçu 1308000
Salvador estimou que seria necessário providenciar a compra de bens do capitão Sebastião Brandão, no Paraguaçu 1708000
para serem dados aos índios que pretendiam recrutar € para O sustento do capitão Belchior de Araújo da Saubara, no Paraguaçu 248000
da infantaria. Para os primeiros, “300 machados, 200 foices, 500 facas, do capitão Antônio de Magalhães, no Sergipe do Conde 160$000
do capitão Felipe Barbosa, no Sergipe do Conde [505000
10 maços de velório, 10 caixas de pentes, 500 tesouras, 4.000 anzóis,
de Pernanmerin $000
1.000 varas de pano de linho, 20 vestidos para os principais e 100 ma- de Nossa Senhora do Socorro SOS000
chados”; para a infantaria, “20 facões, 500 mochilas, 500 alqueires de
Dagres
de Pace 605000
de Matoim 805000
farinha que se não pagarão mais de doze vinténs, 40 quintais de peixe, de Cutigipe 608000
pão, 2008000 réis para uma ajuda de custo para à infantaria, e outros de Paripe 60$000
2008000 para o cabo e seus capitães”."* Os custos destas partidas foram de Piraia 405000
de Taparica 305000
calculados e seu encargo seria lançado por finta a todos os moradores de Santo Amaro de Jaguaripe 30$000
de Salvador e do Recôncavo."! No dia 24, constatando que o rol dos de Jaguaripe (
gêncros necessários para a jornada orçava em cerca de 1:600$000 réis, a de Vitória e Eugia e
de Santo Amaro da Pitanga 605000
câmara repartiu os encargos pelas freguesias, c Os capitães das ordenan- do capitão Francisco de Melo, na cidade “de porta a porta” 704000
ças deveriam se responsabilizar pela cobrança dos valores de seus su- do capitão [ilipe Cardoso, na cidade “de porta a porta” 60$000
bordinados (veja Tabela 3). A maior parcela recaiu sobre as freguesias do capitão Nicolau Botelho, na cidade “de porta a porta” 005000
do capitão Antônio de Souza da Praia, na cidade “de porta a porta” 605000
de Paraguaçu, Jaguaripe e Sergipe do Conde, que haviam feito uma do capitão Antônio Pereira, “que é a dos bairros de porta a fora” 208000
petição para a guerra. Total 1:590$000
Quatro anos passados, a finta ainda esperava para scr lançada, pois a Fonte: ACS, 3:273-4,
expedição não havia emplacado. Em 13 de fevereiro de 1658, uma jun-
ta na câmara de Salvador resolveu que os moradores concordavam em
ser lançados, desde que com justiça. Além de que, de agora em diante, mação registrada no livro de atas da câmara de Salvador, o comissário
não assumiriam mais gastos sem serem consultados nem accitariam ser da Inquisição, o jesuíta Simão de Soto Maior, ameaçava com excomu-
a cles obrigados, pois tinham medo de que tal pagamento se tornasse nhão sc o governador-geral insistisse em cobrar o imposto dos familia-
“uma finta perpétua”.'* Algumas pessoas estavam excluídas natural- res, o que parecia um abuso aos olhos dos oficiais da câmara."” Alguns
mente do pagamento de tais taxas, como os pobres € os oficiais “que anos depois, em 1656, foi passada uma lei, reafirmada pela carta régia
trabalhem por seu braço”.'% De maneira geral, os familiares do Santo de 9 de dezembro de 1662, em que o rei estabelecia que “daí em dian-
Ofício conseguiam escapar da tributação destinada do sustento da in- te não se isentasse privilegiado'algum morador do Brasil por razão de
fantaria c às demais despesas de guerra. Como podemos ver na recla- hábito, qualidade ou ofício a pagar os donativos « contribuições para O
sustento da infantaria dos presídios”,!* Por vezes, a resistência ao pa-
gamento dessas contribuições irritava as autoridades. Em 1673, 0 go-
vv: 18/1/1663. DI, 5:188. vernador-geral Afonso Furtado sc exasperava com os criadores do Aporá:
wi T4/0/1654. ACS, 3:271-3.
Quando o gentio lhe tirava as vidas, roubava a fazenda e lhe comia os
MACS, 3:271-3.
vos ACS, 3:368-9. Ainda no dia 23 de novembro de 1661, os oficiais da câmara de Salvador gados, « davam por perdidos os seus cabedais, sofriam todos estes ma-
mandaram vir perante si os cidadãos para que fosse aprovada uma resolução de se les, e agora que se vêm livres de todos, uns se queixam de quatro vacas
|
fazer guerra ao gentio bárbaro que sc rebelara « causava estragos € fazia hostilidades
nas freguesias de Jaguaribe, Cachocira, Boipeba c Cairu, guerra “para que se extin-
guisse todos”. E “para se fazer a dita guerra queriam c eram contentes que sc tanças- o Carta, 9/5/1651. (88, 1:35-6,
em Ani 2. “|
se finta por todos os moradores dela. ..”. AGS, 4:91-3. Carta régia, 9/12/1662. In: Inácio Accioli de Cerqueira c Silva, Memórias históricas e
1» AOS, 3:271-3. políticas da província da Bahia. Salvador, 1940, vol. 2. p. 125.6.
216 o TERÇO DOS PAULISTAS
O TERÇO DOS PAULISTAS 217
que ferem ou matam, € outros negam até O mantimento para aqueles
Tabe o]: a f A
+. Valor dos | ] s
soldos no ter ]
, ] OS ata çO do mestre
qu Ccampo Morais s N itvarro & estimati-
que os foram livrar” !” Alguns anos depois, essa mesma destruição foi TT
Posto ” réis POA
Ci
causada pelos próprios soldados, que consumiam os recursos locais — Mestre-de-campo O
/ mês
oasogo
antidado
tado
>>
total
este, um dos motivos alegados pelo governador-geral para reformar as Sargen to-mor 13$000 Í 2+4$000
tropas de Antônio de Albuquerque Câmara c Manucl de Abreu Soares Capitão de companhia 75640 : I 138000
em 1690, Alferes 25666 o 765400
É certo que um grande atrativo para as tropas dos p aulistas era a pro-
ue ante 18866 3 268600
arpento 15866 : 7$404
messa de que lhes seriam cedidas as terras conquistad as aos índios. Se- Cabo de esquadra 18866 19 35H54
guindo o padrão do convite feito a Domingos Jorge Velho, o regimento Soldado O 8866 a (208526
— em e SHSSZE
do terço de Manucl Álvares Morais Navarro garantia aos paulistas à posse “Toul
ae mm AM Cosmo
DD
de todas as terras que conquistassem."? Como veremos, esse tipo de escrivãdo
Livro doHIGHN
Fonte:Navarro,
is er
do terço eus pa as do mestre-de-campo AHU, ManuelRio Álvares
Gran dee M Mo-
disposição resultava em conflitos com os moradores € proprietários, em 25/5/] ti di Certidão de fé de ofícios, 4/10/1705,
L 61: Certidão,
+61; €. io, 25/8/1696, AHU, Rio Grande, caixa 1, 60 o + Rio Grande, caixa
razão das incertezas quanto aos limites e dos abusos dos mestres-de-
campo, que nunca hesitaram em misturar currais c fazendas com terras
“devolutas”. Não obstante, o valor dos soldos não era desprezível. No in Como oO qaitor
lei pode » avalia
avali inhei ro gasto pelo terço cra alto, con-
o dinhei
caso do terço dos paulistas, o mestre-de-campo recebia 24$000 réis por dão do Rio Bando os e 2 o contrato dos dízimos de toda a produ-
mês.!! Além disso, Navarro acumulava, por ser fidalgo com hábito de So in iç nd à rematado em 3408000 réis, e chegara
a 900$000
Cristo, 150$000 de tença por ano, e mais outro soldo como capitão de ea das guerras. Uma
“relação do dinheiro que se t des
companhia, que equivalia a 7$640 réis por mês. Em um ano, recebia da penti o em E terço dos paulistas”,
assinada pelo provedor mor Ano.
Fazenda Real 5298680 réis. Os outros soldos seguian 1 os valores da Ta- noi pes So descrevia todos os BASTOS realizados
desde a formação
bela 4. Alguns deles poderiam variar, como o soldo do sargentos, que do tc sem 5 do auto até 1702. A Tabela 5 resume as informações
chegava a 28283 réis, ou O dos soldados índios, que normalmente eram » a cer e ! . + .
opa regulares, acolhidas A João Roiz Buarcos, mestre da sumaca Nossa Se-
[E Dies
tropas
«
regule ..
straçã -
mandioci da administração pa
ar
ra O se!
seu sus
«e
;
SUStento; CU, E
e
A
;
vinda
al,
e
fari- ahora do Bom Sucesso, pelo frete de 32 soldados de
SUDO
E esupuli ro. Depois de lançada a primeira jornada q , a o fase mais , Mantimento Gastos de matalotagem c outros aprestos no Rio de 1698 785$385
|
SEU descaminho. Das
uma as º sua ape a o
. . a da guerra
crítica Os holandeses, ua
. contra ara : «di 79 arrobas e 28 libras de carne fresca para a mata- 1698 19$184
e as tropas, impedin o o sc sca . . lotagem
mandioca pari às Ero . à maiorior pxparte desesteaali- Para Pantaleão de Sousa Porto, pelos medicamentos
ano de Uia amu, Cairu e Boipeba . provinha 668580
] as de é RN ca
agora procurado por atravessadores que especula
. va o
, S que se lhe deviam
4 alqueires de sal para salgar a carne
“ome to
reço Ó q conchavo que fizera
- «em: or, constrangendo a venda de .. 5$600
o governad Quatro tachos de cobre 105450
|À 2.400 sírios de farinha no ano del 649, com
issionado por Diogo de Oli- Fo Subtotal
ros, , que, em
PAtermo “ck 1:363$039
. .
veira Serpa manecira aos morad orcs
desagradou sobreman - Soldo Socorro ao terço 12/1699 19750184
a de ú
c registrado no livro das atas da câmar : Socorro aos oficiais « soldados
da1 tado de fevereiro de 1652
6:000$000
t Soldos do mestre-de-campo 120$000
É Socorro 23/09/1701 4:000$000
Costia
igo dada Cost 1703.
ÃO
rare
Is/u8/17OZ 12:000$000
pelos dízim os da copie e HGRN ,
terço dazo
Di aulistas deveria sec pago justamente da Bahia .
Subtotal AMB 25:290$184
dos da real
qu ç o que faltasse seria coberto pela fazen
Re Pp
Grande, sendo T ER
= Tetal geral 28:735$843 À
: Fonte: Relação do dinheiro que se tem despen
10:145-6 0 153. veja o estudo de >
Carlos
Sehmi
Borges“e Schmidt.
“0 “O I não da: dido com o terço dos paulistas de que É mes-
Ulhoa, Bahia, 19/8/
7 Sobre a farinha d a mandioca, tre-de-campo Manuel Álvares de Morais Navarro, por Antônio Lopes
sobra RAM, CLNV:A27-348. “IO2, TEB, cód. 4 A 25.
DOS PAULISTAS O“PERÇO DOS PAUL]
220 O TERÇO STAS 221
que,
que seiseja Ni necessessári
dimento, “que vinha ser qua- ário o mandá mandá-
-las
las vosmecê buscar violentame
Salvador, expunham a tirania de tal proce e re ciro de 1652, respondendo ao apelo
se um tácito estanque
”» 18
pa da câmaras, o
”, disfarçava o crescente ue 0 conchavo deveria ser mantido
Esta venda obrigada, “im tácito estanque eu es e aneira que à farinha deveria
“sem sei novar coisa
€ do esforço de guerra.
g 4 “
ser entregue
+ v >». º i
m reclama.
' o , ,
Bo final : do ano
!
ahi do
DO: > » “e e »
, . ” n “
sm o foi reafi
,
mesm
já que cra sua à culpa pelo rmado em abril do ano
pelo recolhimento da tarinha do “conchavo”,
ano seguininto,te, cai
estipul. pata”
pena de perdimento” e um castigo de prisão
as que fizera às lanchas que por lá
des “aminho em razão das vistas gross
.'* + SStpulando uma
a na ação de modo a não come- ) ransporte da farinh : : a para os ; arraiaias is e c asq
passavam. Recomendava certa prud ênci
sertão
sertão onsinnque era
longí
produção, já que a Fazenda »r: motivivo o deé preocupaçããoo eex i esfor
ter muita violência que desestimulasse à o oo
exigia estacosionad s
tea
isavam as cropas."? Não 1 de mantimentos implicava a necessidad
não dava conta de pagar tudo do que prec re-de-campo e! dmanéncia no sertão. Em 1675, preoc
e de bra
de 12 de dezembro, do tenente de mest
obstante, em carta upado m que con.
ava-lhe que fizesse enten-. .siderava » princi princip pal
: problema dasascentradas”, , o governador
Gaspar de Sousa Uchoa, o conde recomend “Furtado, , ma nd lou Pedro geral
geral,
-geral , Af Afonso
on ;
remes ssa da farinha, “antes * z Gomesss fabricar
fabri
der ao povo das vilas que antecipassem a p arecesse mais s convenient niente
uma casa-forte
si no ] ugar que
e para armazém dos mantimentos,
* guas da Cachocira, com um cabo e Buarnição a 34
,
lé
.. é 5, q -
suficiente. Comerciantes
na economia c olonial, veja o capítulo com : neressados deveriam ser contratados para coloca
us ACS, 3:132. Sobre a produção de alimentos - r em carros e em com-
Teixei ra da Silva. Marfologia da escusses: erises bolo
este título da tese de Francisco Carlos de Janeiro , 1680- to número de alqueires de farinha todos os
de subsistência e política econômica no Brasil
Colônia (Salva dor e Rin
ca orte”; meses s na n resma
forte”; dai
daí da a mandaria aria * “busc ar o« governador da conquist;
buscar
4790). Niterói, 1990, p. 122-77. i
de Cairu, 27/6/1651, DEL, 3:116. colta que era necessária por amor [por
uy Carta do governador-geral para os edis da vila temoi ] aos
a | bárba-
o
s deveriam ser enviad as a Camam u, de onde seriam em parte teme tos”.
.
de toda
”
Nos porto
Do Farda inaCacho cira
enoei ra hayhavia ou tro armazém com um “almoxar
EU Ecitas, as farinha ife
os índios aliados sob o comando do capitão | sq
tidas para a Cachoeira onde sc ajuntavam x; as freguesias do Recôncavo concorriam
que se, jam enviadas cento e cinquenta ama se
mor Gaspar Rodrigues Adorno. À carta ordena índios. À pressa da
sírios da dita fasinha, o que nos permiteimaginar o número dos tmo Era
índios cram “gente que não atura sem : 12/12/1651. DH, 3:143-44
ordem justificava-se pela certeza de que estes financiamentos E "Carta do governador-ger:
Gomes , 7/8/16 51. DE. 3:122, Outra fonte de geral para as trêstrês vi
comer”. Carta ao Pedro de “Peroasu
câmara nas freguesias * inês vilas, [9/2/1652. DIH, 3:149.50,
da jornada foi a finta lançada em 1650 pela 1651, pelo govema
ie na 5/12/1652.
Cartas, 25/4/16 DH, 3:189.90
:204-8, As
das três a (8600, » 2048, As farinhas deveriam continuar, então. a se fari
120$000 réis, e, em .
(Paraguaçu), 400$000 réis, e a de Jaguaripe,
sendo responsáveis os capitães Filipe “Carneiro Provido 0 sírios deveriam ser recolhidos) c o capitão A ênio do
dor nas fecguesias de Sergipe, 2005000 réis, Go
Barbosa, Antônio de Magalhães c Baltas ar de Araújo , c de Pernanmerim, 505000 réis... iutio de Jaguaripe, “par para que fosse aberto um caminho por terra de Ma de & De do
- 0
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Mestiços lutam ao lado dos |
tupiniquins, usando armas * 12
4º
de fogo ou mesmo arcos: o ' . A “AMEo a,
A a RATEENS A
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ns E
DE TE
A A -
P]
das tro-
Nas “guerras holandesas”, os índios estavam sempre presentes compondo à maioria O c—
a pas e exércitos. “Cena de Combate Entre Holandeses e Portugueses”, ólco de Gillis Pectcrs Demonstração da Barra de Santos seg
ra Eq
Arre rnantrr r
[EcacCren
aCREATESr 2
) (1640Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo, São Paulo, ao alto, a vila de São Paulo. undo João “Teixeira Albernaz, o moço (e. 1650). Vemos,
leci
EE
ICONOGRAFIA ICONOGRAFIA 229
228
+
Pedidas
As
.f.
nb raeerer
í Gáita de
A fortaleza de Vera Cruz de Hapema, diante da
vila de Santos, onde Manuel Álvares de Morais
Navarro havia servido por cinco anos como alfe-
Ed:
res, passando a capitão de infantaria da ordenan-
”
ça antes de ser nomeado, em 8 de abril de 1688, derecto de uma aldeia jesuítica quando de sua elevação a vila no final do século XVII “Vila
.
O
E Les º sasgento-mor do terço de Matias Cardoso de de Abrantes da comarca do Norte”, Bahia (c. 1794)/AHU, Lisboa/Nestor Goulart Reis. fma-
GET Lisboa. gras de Vilas e Cidades no Brasil Colonial. São Paulo, 20X), p. 63.
Almeida. Desenho no AHU,
2 30 IGCONOGRAF
INOGRAFIA .
ICONOGRAFIA 231
dg
sB = ea a 2.
a ie 4
Lob od fodido
DO 17 Ui
+ maleta
ho pé d o a RR =.
“de ns X-voto, podemos ler: “Um dos especiais f;
“ea, a gu de seusus padrociros Damii tem reabido essa freguesta
: S. Cosme
: c éS * Damião,Dos deferdermna da Posto a que
foi o due
CS AR
ee
+
nó de TendoSI males
. Igaraçu de e aind:a que passaram
assa :
a Goiana
crnambuco, e durimm muitos 4nOS, começando
que infestaram à todo ] Darei
c a outras freguesi da esta de
Viagem z “se Endaran go ata por que sabem
e [que] 2 eu 3 pessoas “tasos adênt,
ari só6 é à 4 ino, nelas
mpa “Pernambuco” do Livro de
act:
ha de mandioca. Detalhe da esta vam bet Rijck e Brasil ica + = ano nda 1729 o des 5 a dura o pe tudo é notório. É para à mano do adm no
van Geclkerchen, no Rojs-becck
ao Reino do Brasil, de N624. Nicolas Reis. Imagr as de Vilas e Cidad es no Brasil 5 de| São G !
Damiãoc esmola. Ie Ia
Manuel de Ferrei
(1729)/Muscis : lho”. Exmose pertencente
pós este à igrejigrejá
Haia/Nestor Goulart
(1624)Koninklijkc Bibliotheck, . me e Damii ira de Carvalho”, E pre à +
Colonial. São Paulo, Z000, p. 75.
+ e 2! a
.
ICONOG RAFIA 235
234 AICONOGRAFIA
4
Esta tela é uma das poucas remanescentes dus que foram pintadas por Post no Brasil, Vemos
os índios tarairiús desembarcando na proximidade dod forte. “O Antigo
o Forte dos “Três Reis
seus armamentos, Com . Magos no Rio Grande”, Frans Post (1638)/M
O pintor holandês Eckhout representou um guerreiro tacairiú com (org,).
dardos c um propulsor, . c com outra, um acape decorado com Ne 9 Louvre,
Aostra do Redesco brimento: : o olhar distante. SãSão p, Paulo: Ass 5 Paris. : Nelson Aguilar
: !
uma mão, cle segura.. quatro
- . -
ais, 2000, p. 82 » Paulo: 500 Anos Artes Visu-
Associação Brasil
- enfeite plumário. O cobre-nuca que desce - y , p. 82.
incrustações de anéis (feitos de concha) c um
dizer “ema
pelas costas do índio é de penas de ema. Nhanduí ou janduí (que em tupi queria
Barléus nos
pequena") era o nome que se dava ao “tei” do tapuias, e a todos de seu grupo.
relata que esse enfeite cra empregado nas cerimônias realizadas por ocasião das semeaduras.
dos Bárbaros na
Na verdade, além dos janduís, os tarairiús — que protagonizaram as guerras
— compreend iam também os canindés e paíscus. -
sua segunda fase (Guerra do Açu, 1687-1704)
Ólco de Albert Eckhout, 1641.
(org). Mos-
“Licapes tarairiús/Muscu Nacional da Dinamarca (Copenhague)/Nelson Aguilar holand
tra do Redescobrimento: artes indígenas. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, ii Em outra versão desta paisagem, , Post dispõe
: sã o com
os5 tarairiúsS conversand : andeses.
.
- Estampa bascada em desenho de Erans Post, na História...de Gaspar Barléus (1647).
2000, p. 162.
vu sum, equasap
CH9D sogro sodseo ap
| 280,1 d + . $€, Wo Suprasta sedurass] SMEJUSIU
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L£L VIAVIDONODI] VIAVADONODL 9EZ
ICONOGRAF IA 239
238 ICONOGRAFIA
dios seguram tacapes decorados com enfei nes de plumas e também dardos com propulsores.
cer tamente um dos esboços que serviram ao ólco
O desenho desta mulher tarairiú sentada foi
imagem alegórica, contudo, a índia tapuia é representa-
de Albert Eckhout (à direita). Nesta
da como canibal. Para alguns cronistas, es tarairitis
, diferentemente dos povos tupis, praticavam
curopeu, essa cr à imagem da barbárie:
apenas o endocanit batismo. De todo modo, para o olhar
gentio bravo € comedor de came humana” /Staatliche Muscen zu Berlin/Ana Ma-
“o tapuia
Paulo: Objetiva, 1999, p. 99.
ria de Mores Belluzzo. O Brasil dos Viegjantes. S.
im
.
ver que os
1O$S tarairi ús. Podemos
Óleo de Albert Eckhout, 1654.
Dança dos ind
: : Ã Sã
(do Norte), seguida de sua Aagagm
“Tropa de soldados e índios sai em marcha no Rio Grande
s as mulhere s e crianças que à acompa nham com mantimentos. Estampa de
como eram chamada do Rio Gran-
(detalhe) do mapa 4 (capitania
Frans Post, meados do século XV Vinheta
as páginas 24 € 25 na Histéria... de Gaspar Badéus (1647).
de) entre
240 IGONOGRAFIA
KRATECISMO
CATECISMO
INDIC DADOUTRINA
DA LINGVAKARIRIS,
ACRESCENTADO DE VARIAS
Pravicas dimirinães,& moracs adapta-
CHRISTÃAA
das avjgenio, & capacidade dos Na Lingua Brafilica
Indios do Brafil,
viro PADRE DA NAÇÃO KIRIRI
tr. BERNARDO DE NANTES,
Capashinho, Prigadoro Miffimmario
Apofiolsco;
COMPOSTO 6
Pelo P. LUIS VINCENCIO
OVEERECIDO
Aco MUY Mo, E MUY FOLERCIO REU
MAMEANI, PAULISTAS x MAZOMBOS
Da Companhia de JESUS, Mifliona-
DOM JOAO V.
SN. QUE DEOS GUARDE,
tio da Provincia do Brafil
a vida”.!º Navarro, cm uma carta ao rei de maio de 1700, contava uma conversa ele lhe “significou os intentos danados do
mestre-de-campo
história diferente (e um canto esdrúxula): João da Costa, homem que mas por termos tão escusos” que não pode percebê-los,
cuidava mais do “seu particular e da conveniência de alguns parentes”,
fora até o Açu porque ambicionava conseguir alguns cativos para um “E como ele se não podia explicar para que lhe não
levantassem
sobrinho seu. Diante da negativa do mestre-de-campo, tendo cm vista algum testemunho que o desacreditasse ou o obrigassem
a fazer al-
que a presa era da infantaria c não sua, ele “se enfureceu” e deu, jun- guma ação da qual depois lhe redundassem algum dano,
deu em
tamente com seus aliados, “sinistras c falsas informações” ao bispo de outra traça [ardil) para ver se podia atalhar as injustas mortes
€ cati-
Pernambuco." veiros que se intentavam, e me pediu fosse falar com o mestre
-de-
Com efeito, em razão desse seu fracasso, o missionário do Oratório campo e lhe pedisse se concordasse com o capitão-mor do
Ceará para
de Pernambuco resolveu apelar ao seus superiores « ao bispo, pedindo que este ajudasse ao mestre-de-campo no que pudesse c
se desse
providências no âmbito da Junta das Missões. À versão do missionário nos tapuias que o merccessem e se conservassem os mais que esti-
acusava Morais Navarro de vilania, impicdade c, acima de tudo, bruta- vessem de paz. O que tudo entendi se dirigia a que o capitão-mor
lidade descompensada, capaz de pôr em risco a missão cvangelizadora impedisse as mortes dos meus tapuias. Obedeci, fiz a diligência,
mas
das ordens religiosas no sertão, bem como a segurança dos moradores, mal sortiu o efeito em nada, porque o mestre-de-campo me respon
-
que cra, afinal, sua principal tarefa. João da Costa missionava já há al- deu que de nenhum modo se podia contar com o capitão-mor por ter
guns anos na aldeia da Madre de Deus. Como dizíamos acima, quando esse dito queixas contra cle”.!
voltava de uma aldeia nova de paiacus, no dia 30 de julho de 1699,
encontrou o mestre-de-campo do terço dos paulistas c sua gente “com - Conformado e ignorante das verdadeiras intenções do paulista, João
ânimo, ao que mc disseram, de matar os tapuias de minha aldeia e cati- da Costa até providenciou gado para saciar a fome de seu exército
varem-lhes os filhos”. Segundo seu testemunho, em uma conversa que -: como vimos no capítulo anterior). Ainda segundo este relato,
o paulista
teve com o mestre-de-campo, este se mostrou “muito escrupuloso (para a io i com sua tropa a 1 léguas acima da aldeia velha e 15 léguas abaixo
me enganar melhor)” acerca da guerra que vinha fazer. João da Costa. - “ida nova, e, mandando chamar alguns tapuias
:
desta (que ele, missio-
lhe explicou que a guerra que pretendia fazer aos da nação paiacu era ário, havia levado consigo “para aprenderem os caminhos”), pediu
injusta, “por cessarem neste gentio as razões que fazem a guerra líci Que ajuntassem todos os paiacus de ambas as aldeias, com seus filhos
ta”. Ao que ele lhe respondeu “que estivesse de todo sossegado”, por-. mulheres:
que aos paiacus “não havia de fazer mal algum, por ser expresso contra
o seu regimento e que aquela tropa ia dar guerra a outra nação a que, “Obedecendo os tapuias a este engano, vieram todos os que esta-
chamam caratiús, e chamando o principal da aldeia lhe fez uma prática : ivam ali mais perto, uns trabalhando nas fazendas, e outros em casas
assegurando-lhe muitas vezes que não vinha dar guerra aos da sua na e seus compadres, trazendo os meninos e mulheres, e no outro
dia
ção”. Quando o mestre-de-campo sc afastou, o capitão Teodósio da elas nove do dia chegaram os tapuias da aldeia de cima, cujo princi-
Rocha, “homem de boa consciência e grande entendimento”, demo; al era Jenipapoaçu, e juntos todos os deixam a receber os tapuias
rou-se para proscar com o missionário.!? Segundo João da Costa, nestã lo mestre-de-campo com uma dança; eles também vieram dançan-
do, uns com armas, outros sem elas”.
1º Carta do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699. AHU, Pernambuco, caixã.
“Quando vieram beijar a mão do mestre-de-campo, esse deu um
14. si-
"Carta de Manucl Álvares de Morais Navarro ao rei 6/5/1700. AHU, Rio Grande, caixã 4 disparando no que tinha diante de si “um bacamarte e atrás dele
1,51. oa pararam todos os mais soldados que me mataram mais de 400 ta-
2 Este capitão, apesar de integrar o terço dos paulistas, era natural de Pernambuco as .; outros fugiram, muitos ficaram feridos c foram feitos
morador do Rio Grande, « havia governado o presídio de Nossa Senhora dos Praze: 260 cati-
res, fundado por Bernardo Vieira de Melo, na ribeira do Açu. Papel de Bernardo
Vieira de Melo, e. abril de 1697, AHU, Rio Grande, caixa 1, 42; e carta do feia Bernardo do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699, AHU, Pernambuco,
caixa
Vicira de Melo, 15/1/1698. AHU, cod. 246, fl. 60v.
248 PAULISTAS X MAZOMBOS PAULISTAS X MAZOMBOS 249
vos entre as mulheres e crianças. Segundo João da Costa, a idéia de tal ribeira do Açu assinavam uma certidão, com dezesseis capítulos
investida dos paulistas — “este diabóli co consel ho
”
— fora dada por confirmava a justiça da guerra movida contra os paiacus ? Am ei ada
um missionário paulista, o padre João Leite de Aguiar. Este missioná- em 31 assinaturas, uma outra certidão sustentava ainda a história lo
rio do Hábito de São Pedro era velho conhecido de Navarro, pois fora paulist a e atestava que estes púíacus não mereciam nenhuma conf ne
apelão de Matias Cardoso. Depois da dissolução do terço em 1695, ça, pois eram “os que se aliavam com os flamengos”.!8 dom
assistiu cm aldeias no Ceará, onde foi acusado de “abraçar algumas con- A re: ção não demorou muito. No dia 23 de setembro do mesmo:
veniências mais temporais”, isto É, um curral de gado." Com
bnios se. tendo ouvido as queixas de João da Costa, o bispo de Pernambuco oi
paratistas, em 1696, havia proposto do Conselho Ultramarino a criação Francisco de Lima, expediu uma pastoral declaratória que exco mu a
de uma câmara no povoado pegado à fortaleza do Ceará, justamente va o mestre-de-campo e todos os que insistissem em manter cativos N
sara atalhar os abusos c o desgoverno em que se achava a capitani
pitania, capuias de sua missão.” Os paiacus de Jaguaribe, segundo o missioi a
entregue às vontades dos capitãcs-mores.!* O “plano” de Navarro, se- ro, receberam a notícia com grande júbilo, a ponto de que «quando
gundo o oratoriago, era primeiro matar os paiacus para depois conse- chegam à porta da igreja onde está pregada a carta de excomunhão d :
guir a assinatur a de todos os moradores de Jaguaribe em “uma certidão mandou o reverendo bispo, a beijam como relíquia sagrada” Além dis.
de guerra contra eles, para dar satisfação a Sua Majestade”. Contudo, so, levavam as cartas de paz, passadas pelos capitães-mores endura.
não lhe parecia que “os moradores tenham assinado ao mestre-de-cam- das no pescoço como talismãs. Já os paulistas c o governo da Bahia,
po a certidão”, porque lhe conheciam “o intento que é tomar-lhes as obviamente, receberam a notícia com grande apreensão. Os capitães
terras € esta só é a verdade que hão de levar as certidões”.!º No que em: Bento Nunesne de +. Siqueira
Q : - « " . ' de
e Pedro Carrilho, que foram à Bahia como
procuradores do mestre-de-campo, fizeram registrar no arcebispado vá-
parte sc enganava, pois, no dia 24 de outubro, dezenove moradores da
rios papéis em defesa dos paulistas, entre os quais recursos à pastoral
4 Ai » -
do bispo.”
t 2
Para
Dor
o prepósito da Congregação do Oratório de Pernambuco
“ a
Pe. João Leite de Aguiar, clérigo do hábito de S. Pedro, n atural da vila de São Paulo,
Tomás Consolino, o mestre-de-campo poderia inventar diversas razões
foi nomeado em 1689, pelo bispo da Rio de Janeiro, capelão-mor do terço de paulistas >
ir
e" “para sc desculpare desseCCI
horrendo crime,e
todas elas encaminhadas a
de Matias Cardoso que mandara levantar o arcebispo d a Bahia, quando governador, E SE tulpar os tapuias c seu missionário, mas bem consideradas são todas ou
léguas, por qu
Aguiar diz ter andado “pelo vastíssimo sertão do Brasil” mais de 900 é falsas ou frívolas e incapazes para corarem sua maldade neste caso, o
tro anos a sua “custa” “até que os paulistas se retiraram porque lhes faltou o necessário ar”.2 De f. :
, qu a todos deu quejue
“ésqual sentirsenti e chorar”.? De fato, ainda segundo João da
principalmente pólvora e bala, marcharam os paulistas para outras várias conquistas cg
de onde
uns para o Maranhão, outros para os Palmares e eu para Pernambuco,
reverendo bispo d. Matias de Figueira « Melo, me mandou que voltasse para a capi
EHP“ Certi
Ji Certidão
di dos moradores
! prece i de 16 capítulos, 24/10/1699. In: Barão de Seudart
“8 precedida
entê
tania do Rio Grande a redução de uns tapuias chamados jaguaribes”, provavelm E : ao o Ocumentos relativos do mestre-de-campo Morais Navarro”. RHIGE,
31:186-
anos, teve bom sucesso os reduzindo e aldeando;
paiacus. Conta que, depois de dois
a cinco léguas da fortaleza do Ceará. Diz ainda que esteve co!
nas tapuias janduís n9 Certidão dos moradores da ribeir: : i
tempo do governador Caetano de Méelo « Castro (1693-99) ,
não
e que nada consegui
queriam missão porss
7 = | mandam
mandar com pena
, de cecomanhdo
xcom RO aoarde
maior coex de facto
neo eia 50
mestre-de-campo
porque eram “rebeldes c absolutos ” e responde ram “que dos paulistas Manucl Alvares de Morais Navarro e aos capitães, cabos ou pessoas em
que os sacerdotes traziam consigo caruguaras, que no idioma brasílico que dizet É jo oder estiverem os índios ou índias e seus filhos pertencentes à missão do padre
doenças, ou mal contagioso. .. ” (em tupi, 4a'ruara — corriment o — quer dizer “ri ão da Costa, assim da aldeia velha como da aldeia nova do diserito do Jaguaribe
do Pe. João Lei os
ou enfermidade causada por feitiço; quebranto, mau-olhado"). Carta EEE sAsQuais estavam aldeados sobre a proteção
proteç; do ditoito missionário
missionári ”. Pastoral de frei Fran-
5/5/1696. AHU, Ceará, caixa 1, 46. Em 1694, João Leite de / 4gisco de Lima,a, bispo de Pernambuco, » 23/9/169
de Aguiar ao rei, 25 9. In: Barão de Studart (ed.) “Doc
fortaleza do Ceat
assistia do capuias jaguaribaras, aldeados sete léguas ao sul da RIHGC. SENTO 19
os tapuias não a sabliih E Cu ad relativos so mestre-de-campo Morais Navarro”.
padre Aguiar havia sido enviado por saber a língua geral, mas as E padre João da Costa, fibcira do Açu, 6/11/1699. AHU, Pernambuco, caixa 14
Havia reclamação de Feini 1 e Bento Nunes de Siqueira ao vigário do Ceará, 19/10/1699, In: Barão de
“sendo melhor fazê-lo (ensiná-los) pela portuguesa”.
Carrilho contra este padre que parecia ter desleixado de suas obrigações para tab 7 Pp
“studa: “ Documentos
. - : relativos
telati
ao mestre-de-campo Morais Navarro”. ” RIHIGC:
curral de gado. Consúltã/
ar algumas conveniências mais temporais”, isto é, um ão + 1917. “88€ dossiê teubou na coleção particular do barão de Studart «que o
Conselho Ultramarino, 22/8/1696. AHU, cód. 265, fls. 110-1. Gin o e publicou nas páginas da R///GC, 31:161-223
265, fls. 1-2.
1” Consulta do Conselho Ultcamarino, 4/9/1696. AHU, cód. e Tomás Consolino, prepósito da Congregação do Oratório de Pernambuco,
AHU, Pernambuco, caixa: ÉOrei 29/6/1700. AHU, Pernambuco, caixa 14,
“Carta do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699.
4
mento da sua adoção dividiam os congregados. Coma mostrou Evaldo + juntamente com o advogado dos dissidentes, Davi de Albuquerque Sa-
desse assunto, quan-. ava espalhavam o motim em discursos c comícios na cidade.
Cabral de Mello, de quem nos servimos para tratar
eram transferir-se parao - s
omo mostrava Eelou, + por por trás
trás do rábula
ábula e e dede frei Benedito, e talvez
frei Benedito,
do padre Sacramento € outros religiosos resolv
Recife, a discórdia ganhou dimensão secular. Resum indo o argumento, - de toda a exaltação mazomba, estava o tio de Bernardo Vicira,a, Erancis
Francis-
a instalação
a no Recife visava intensificar a pastoral em área de grande co Berenguer, descrito como um “mau homem e diabólico em fazer
io em...
densidade demográfica, assegurando “o crescimento do Oratór manifestos falsos, sem temor de Deus, homem que traz 62 demandas
o”. Não obstante, o. empatando a todas sem pagar nem restituir d'alheio, um verdadeiro
Pernambuco mediante sua inserção no meio urban inte-
de Santo Amaro e mais : perturbador da república, semcando nela mil cizânias”.*! Exatos sete
núclco primitivo, ligado ao recolhimento hu, . 4 “ mu
a esta estrat égia identif icada: dias antes do início destes tumultos, o bispo não havia excomungado o
ressado na missionação, opunha resistência
que 0 novo conve nto da Ma: mestre-de-c
Mei (s
ampo do terço dos o paulistas, a pedidos do partido
com os mascates recifenses. Não era à toa
“FC, h : ,
que, ' ago-
doado por Antôn io Fernan des ais ta, buscava desmoraliz á-lo? Via-se então uma aliança circunstanc ial, na
dre de Deus fora construído em terreno q val tantoo osos “fi“filhos daa terra”
Com a morte do padre Sacra mento (1686) , que seria em bre: terra” como
€ os 3 “filhos do reino”
i uniam forças
dc Matos.
sado como novo bispo de Perna mbuco , o padre Luís Ribeiro
ve empos às.
tos relativos
ascendeu à prepositura. A partir daí, uma série de confli situação
EOBD Evaldo
Ev; abral de de Mello.
Cabral Me À fronda dos mazombos. São Paulo, 1996, p. 96-117. Segundo
crou em uma
regras e à política interna da congregação degen qa Davi de Albuquerque Saraiva cra “natural da Covilhã, descendente
que se alinhavam de acordo : seguiam oss exacrandos
que seguiam
eles juc mercê dede de]Deus tirar
cranc s ritoss da lei i velha, , que forara mercê
de confronto aberto entre dois partidos, se is da praça pára N sossego de seus povos”, Sobre esses conflitos, veja a cole
à
c os “filhos do reino
com a disputa que dividia os “filhos da terra” têtânea impressa para uso da Mesas de Consciênci
sons cia « Ordens: “Sumário
o do que pode aprendet 3 i das € Érsi s
Sem querer entediar o leitor com um resum bos;
-movidas
Vicas em em a Congregação
A d o Oratório
, ri de Pernambuco,
a impô
, “às às quaisquaisi sese iu Dôem último
impócm últim:
| da dos Mazom
| com minúcia no exato texto do historiador da “Fron Gesto, sim pelos ; decretos tos d da Sagrada
; Congregação de PropagandaA E ide como clo lo
a por separar 684
o que nos interessa é entender que o conflito acabar tuo Silên Oto pero do De Papa Clemente XI, com total extinção de todas e perpe
ificando, depois
oratorianos das missões e os da Madre de Deus. Simpl
I cio, - BNP ms.s. portugueses,
cses, cód.
có 28, fls. 361-8. Para a históri s
bater no papa e depois! brSato oratorianos de Pernamb A uco, vejaj também
ue im o oilivro de Mari;
Maria a do do Céué3 Céu Medeiros
i - faro
Medeiros. Zg; fere 7
de várias brigas e defecções, a querela foi dominação no Brasil escravista. O caso dos oratorianas de P,
avelmente pelo part. À João
Relação eclesiástica de Lisboa, que julgou favor Pessoa, 1993;3ck é Ébion dec Lim: Lima dl congregação. do Oratório. ernambuco, 1659-1830. 1980
no Brasil. Perópolis, João
É ** Carta La de Pedro Lelou : ão d e
o Lelou a d. João de Lencastro, 17/12/1699. AHU, Rio Grande, caixa
!
* Carta de Pedro Lelou a d. João de Lencastro, 17/12/16
99. AHU, Rio Grande, caixa 358
Hi
PAULISTAS X MAZOMBOS 255
254 PAULISTAS X MAZOMBOS
de missio- listas, pernambucanos, baianos ou “filhos do reino”. C “ri
para escangalhar os paulistas. João da Costa — que, apesar Capistrano de Abreu, vivia-se um momento de construção d cid
nada simpático tida.
nário interessado nos negócios do sertão, não parecia des locais, inspiradoras do nativismo que alimentou diversas
prestígio no
aos dissidentes de Santo Amaro — contava com grande revol as
no século que se iniciava. Não é muito improvável imaginar qu o de
em meio à tama-
establishment cclestástico pernambucano, à ponto de, volta a casa, onde as mulheres
apreciada blasonavam a covardia de seus
nhos dissensos, conseguir espaço para que stta queixa fosse diante dos estrangeiros, os rancores destes sertanejos «sãopaulista mo
mari | s
reuniã o aliás boicot ada pelos religio sos con-
pela Junta das Missões, em cheios de experiências conflituosas com os pernambucanos, cenha
o.”
trários ao bispo, que, afinal, O tinham por excomungad
possíve is conexõ es que revelam o ca- insuflado 0 nativismo de seus compatriotas que, como alguns deles
Podemos aqui aventar outras haviam se metido no novo negócio da colônia. Valorizando as cais e ;
com o massac re do Jaguaribe,
ráter político dos conflitos deflagrados nexões entre as diversas regiões da América portuguesa no final do é
da enviad a ao rei pela câmara
%ara Odilon Nogueira de Matos, a deman culo, podemos imaginar que se assistia no Rio Grande, não apenas à
o prenún cio da grande rivali-
de São Paulo, em 7 de abril de 1700, era mais um capítulo da “Fronda dos Mazombos”, tão minuciosamente es.
região mineir a « que desem-
dade que oporia paulistas € emboabas na tudada por Evaldo Cabral de Mello, mas também ao primeiro e visódio
os paulistas pediam
bocaria nos embates de 1708-1709. Nesta carta, da chamada “guerra dos emboabas” — em que, inversamente os es.
sido
exclusividade na doação das datas de terras nas minas, pois haviam trangeiros seriam os paulistas e os peticionários, os pernambucanos.
à custa das suas
“os descobridores e conquistadores das ditas minas,
a Real”.* Qua-
vidas e gasto da sua Fazenda, sem dispêndio da Fazend A devassa de João de Matos Serra
, no Rio Grande, os
sc simultancamente (mas invertendo os papéis)
emboabas cr. am os paulistas. Como se sabe, havia diversas linhas de -
colonos , fossem eles pau- |." Voltemos ao imbróglio no Rio Grande. João da Costa e seus prová-
clivagem, naqueles tempos, entre grupos de “|. veisaliados mazombos haviam conseguido comprometero bispo na alta
nos do Reci-
ts indagação do aso, de modo que o prelado resolveu fazer uma devassa
francisca
2 Segundo Evaldo Cabral de Mello, “os guardiães dos conventos . papa circunstanciar as suas decisões e as da
todos, negando-se mesmo, com 6 , + Junta das Missões. O vigário
fe « Olinda mostravam «se os mais exaltados de - do Ceará, João de Matos Serra, acompanhado
prior de Santa Teresa, 4 comparecer a uma reuniã
3 da Junta das Missões, marcada de um escrivão, partiu
com a explicação de esta- com à missão de anotar os testemunhos que confirmassem a versão de
para discutir a liberdade dos índios do Jaguaribe (Ceará),
proibid os de falar com o bispo € com os oratorianos”. Passados João da Costa. E oram inguiridos, segundo os autos, vários moradores
tem canonicamente
João da Costa seria tido porum dos mentores -
dez anos, feito propósito da Congrepa ção, “da ribeira do Jaguaribe, do Açu c da cidade do Natal, entre os dias 30
s em 18 junho de 1711, que culmina ra no atentadoa Bernardo
do levante dos mascate de outubro e 30 de novembro de 1699. Com efeito, todos os testemu-
inimigo figadal do partido- -
Vicira de Melo e sua prisão. O oratoriano se fazia, então, nhos colhidos confirmavam, na letra, a versão do missionário. Repetin-
Cabral de Melto, “o papel de.
dos mazombos. Com € feito, nas palavras de Evaldo
sempenhado pelos oratorianos ultrapassou
de muito 0 de meros coadjuvantes do . do-se de forma maçante, com pequenas variações nos parágrafos, os autos
movimento recifense, tornan do-se seu verdad eiro cérebro” . À câmara de Olinda te: da devassa revelam uma operação calculada para fornecer elementos
nha como certo o conluio entre João da Costa, “o congrepado-mor dos levantados”, que incriminassem o mestre-de-campo e convencessem o Conselho UL-
o capitão-mor da Paraíba, João da Maia da Gama, que reunia mais de três mil homens :
. Evaldo Cabral de Mello.
tramarino do desregramento das atividades de seu terço.” Encaminha-
incluídos muitos tapuias, para o socorro dos mascates d
Veja a carta da câmara
fronda dos meazombos, São Paulo, 1996, p. 115, 343 e 367.
capitão -mor da Paraíba, em que o acusam da cavilaçã o revelada pela prisã
Olinda ao 4 .
a por exemplo, parte do depoimento que Cristóvão Soares de Carvalho, capitão
das cartas para os capitãe s-mores das freguesi as c para João da:
de um negro, correio de uma companhia de ordenança da ribeira do Jaguaribe, solteiro, 45 anos, contou n
Memórias históricas da provínas
Costa, 26/6/1711, In: José Bernardo Fernandes Gama. : ecja da madre de Deus da missão de Jaguaribe: “Aos trinta dias do mês de julho
de Pernambuco. Recife, 1847, tomo IV, p. 77-85.
Buarque de Holanda Ng A dia o mestre campo do terço dos paulistas, Manuel Alves de Morais
de Mattos. “A guerra dos emboab as”. In: Sérgio
M
Odilon Nogucira Jango e rande parte a nene do seu terço muitos tapuias do Açu da nação
1, p. 297, 1968. A melhet
=
(org). História geral da ervilização brasileira. São Paulo, vol. Golden Agt Do chope SE a leia a Madre de Deus donde foi recebido assim pelo padre
cm seu livro The
crônica dos acontecimentos é a de Charles Ralph Boxer, nário como pelos taputas com muita cortesia € urbanidade tratando-se os tapuias
1695-17 50 (1962). Lisbou, 1995 (capínuto
Brasil. Growing Pians of a Colonial Society, due des panhavam odito mestre-de-cumpo com amor e amizade, [.. Jc já indo o
and Emboab as”), p. 61-83. Veja também o clássico estudo de J. Sou
NO. “Paulistas c-campo por essa ribeira acima publicando ia a fazer guerra no gentio cha-
o nativista . São Paulo, 1929.
de Mello. Emboabas, chronica de uma revoluçã
2560 PAULISTAS X MAZOMBOS
PAULISTAS X MAZOMBOS 257
da esta papelada no final de junho de 1700 para Lisboa, o bispo pedia vez que os testemunhos registrados,
sem exceção,
que os conselheiros julgassem o acerto de suas atitudes em face de “uma tir a versão do missionário. De acordo com Navarro
limitaram-se
ação tão ímpia e tão contrária às leis”. Como o leitor pode concordar, a sob constante ameaça de reprimendas €
ad vas aIn Fa feita
por testemunha de “hoj no
acusação de parcialidade dessa devassa não é de toda extravagante, uma ineptos c miseráveis”, tendo sido concluída em Natal n W
sentos do capitão-mor. Além disso, na opini s apo. áprio
ão do mestre-de-cam o
escrivão que acompanhou o vigário do Ceará
mado caratiús, chegando dettonte do presídio que está nesta sibeira por sua maior defesa,
, um certo Bale
a a Anti ,
era “homem maligno c revoltoso que está
daí mandou chamar a um capitão por nome gianpapusú [se], que era um dos que tinham satisfazendo d cg do que
primeiro dado a nova Aldeia dessa mesma nação dos paiscus, escrevendo-lhe amistosa-
se lhe deu para o Ceará, por um crime que come
teu l o od
m que dio
di-
mente « tendo-lhe muita amizade com consta de uma carta que lhe escreveu c ele teste. zem está julgado neste reino por banido, de furto de 1 a mo ça, que há
munha viu dizendo-lhe que fora com toda a sua gente para os ajudar a «ar guerra aos anos se furtou em Guimarães”.* É um O
caratiús, e obedecendo prontamente o dito tapuia capitão com os scus mais aliados, c Pedro Lelou, em sua defesa das ações do terço
chegando à presença do dito mestre-de-campo com seus saldados melhores « filhos dos paulist:
guntava se era crime passível de excomunhão
tudo, lhes os deixou o dito mestre-de-campo levar-se por quem os queria ver e dar algu. matar o inimigo infiel ,
mas dádivas indo os ditos tapuias humildemente prostrando-se aos seus pés rendendo-
“junto aos quais estavam “ ; ado
m alguns
esmo d designio
|eles S com o mesmo batizados, que se foram meter com
lhe [vassalagem], |... 0 dito mestre-de-campo, sem alguma piedade, matou ao dito capi- de degolar o paulist a; pois se
assim fosse
ss .
tão com uma carabina quando se lhe pôs fuos. . .] seus pés, sendo essa senha para os seus então deveriam estar: excomung unga
adosdos “ “todos ; os8 prínc
prin cipe
ipes s éc cabosds doda
soldados degolassem os mais tapuias paiacus, como antes lhes tinham dado por ordem “Europa”,
“a Euro 5a”,
ide atual
“onde: '
mente
+ » ve
sc degol.
de qua- am uns aos outros, sendo batiz:
segundo se publicou c mostrou o sucesso cm cujo conflito se diz mataram mais dos”. Além disso, , o argumento de equea
trocentos c cativaram outros tantos entre pequenos e grandes, velhos c mulheres, entran- que s: terras cram origin ri alment
sneee dos
dos
do nestes muitos batizados c os mais catecúmenos, túrania esta que escandalizou o todos
1
ndios c . qu Cc - O8 «
paulis tas quernam comá-las não se SUSten
t t: AVI
van a le fogica
g
os cristãos c deixou essa fibeiri em notável perigo, pois retirando-se logo para o Açu, | da política do Estado moderno. Como pode! sam dizer, , na Junta
[poderiam] os tapuías com facilidade « estimulados desta traição matar a todos os mora- - Missões, que “a terra é sua [dos índios] e não das
penas assim de gados perdi dos como de outros astigos corporais”* morial aque denunciava a violên amp
do Rio Grande se queixavam que ele: P contata das
"por d disputas
ante no
sertão do Rio Grande
Em outra oca sião, os moradores di as por terras.
: ;
Segundo o documento, a desirt:
com seu terço “se alojavam junto às suas terras c usav am delas , dizen- E-de naa disdistribui
ui ção das
das sesmarias
sesmarias se:
e« a confusão
sã dos s limi
limites entre
aro ada
elas
elas er
cram
do que lhe pertenciam na forma do seu contrato” De acordo com q deausa d a maior parte dos conflitos. Nesta
janciro de 1700, capitania, dizia o documen
opinião de João de Lencastro, em carta escrita ao rei em , a sujeito que possui 20 c 30 léguas sem
ter cabedal para as
o motivo da conspiração que se fez para destruir o terço não era outro povoar,
A V ar
fao“ passo
ae
que]Joe alguns q moradores desta capitania estão
terras sem ter
do que o de “Vossa Majestade haver concedido aos paulistas as emais disso [havia] uma grande confusão nas demarca
nia”*
que eles conquistassem dos bárbaros daquela capita a 7
4
Carta de João de Lencastro para Bernardo Vicira de Melo,
DH, 39:5S-N6
22/3/1699. tinha feito uses o mor de Pernambuco, Pedro Lelou, o capitão-mor do Rio Gra e
S
cód. 246, 1. 71; e carta régia de tá E
x
ria alferao E , í ho Juiz, sendo rapaz sem ter idade, e juntamente o fez vossa se ha
carta régia a João de Lencastro, 10/10/1698. AHU, .
8.
Para escândalo geral, “quando [o garoto] anda
1/1701. AHU, cód. 246, fl. 127v. de juiz k leva vara
dra, e quando
4 €
TT
stro o ameaçou:
uma carta ao próprio Bernardo Vieira de Melo, Lenca Coal due ue cao puto bem feito castigá-los” 5 Este Pedro Fer-
continuar no ódio c má vonta de que mostra ao mestre- co, testemunhara que
“Se vosmecê á Ito de São Pedro que ia como capelão do ter-
mim o mais rigoroso
de-campo e seu terço. . . há de experimentar em
castigo. . ."* Lencastro escreveu também do bispo de Perna
mbuco, du- versava com o padre João da Co dias, quando o mestre-de-campo con-
pois tinha em mãos tomar” (isto é, o que Fazer para prosseguir do anão
vidando da veracidade da versão de João da Costa, ito padre“lhe facili tie oo o combate o oviarã
aos os de
caratiús
da Rocha, “em
uma carta escrita de seu próprio punho para “Teodósio
que não só aprova, mas persuade a que sc faça guerra
aos tais índios”* dolo que pr Ih CR 98 meios c disposições da guerra dize
Anexada aos documentos encaminhados pelos procuradores ao
arcebis- aldeia e, ainda [que] os da, dei não ir bulir naqueles que ali tinha na
po, esta carta era datada de 31 de julho de 1699, isto é, quatro dias an- com os outros, tudo ardesse | cla se os achasse lá por fora misturados
da aci- tar”? De manci ra que nestE voos ele missionário os não podia sujei-
rsa relata
tes do sucesso em Jaguaribe c um dia depois da conve a” O interesse caro + nesta versão, João da Costa como que “inven
-
ma. Sua leitura atenta é muito importante: mente teria à oia equético dos paiacus da “aldeia nova” e não so
caulistas casti dass o daque de 4 de agosto, como pedira que os
obra na ma-
“Peço a vosmecê [Ieodósio da Rocha) veja como se inobedientes € rebeldes cont própr 4 missão, “pois se mostravam mui
tenho escrúpulo -.:
téria do escrúpulo c m que ontem me tocou, que eu ndo pequenos”. Como queria oneentando-se que lhe deixasse ficar só os
o temor mui
de que se obre, mas de que se obre pouco, por estarem com
divididos, c como fugiram muitos, vendo-se pic
ados podem dar so... mestronde
«aoagem e-de-assiste Jaguarih
So do O Jaguar
campo, O a memissão los dos moradores simpáticos
ibe cra lugar selvático: “Na pa-
bre as fazendas e fazere m alguma destrui ção, c ficam levantados, veja-. elha”, assistem “bem Poucos o , Shamada erradamente de “missão
se o que se obra, que a mim me parece que só achando-se muitos ' ência à Igreja nem a Su Majes DS Ae, na verdade, não têm obe-
juntos se pode fazer ne les alguma coisa, e ainda assim é necessário:
esta ribei
logo logo outro golpe que corte O resto, € sc não ponha-se : Vários missionários confirmaram a versão do mestre-de-c;
ra em grande perig o” , arte deles, sintomaticamente, jesuítas e ligados à nro do campo; grande
ue era missionário na serra do Ibiapaba, quando a adia fissenso Gago,
preocu úco passou pelo arraial do Açu e certificou-se
Segundo a leitura do governador-geral, o missionário estava de que o esa
os paiacu s insubm issos, para o que havia mesmo pe
pado em debelar
a história , di;
dido a ajuda dos paulistas. "Teodósio da Rocha corrobora Certidão
de
popiiode | E Teodósio da Roc 1699; veja também a certidão de Pedro
Costa havia dit
zendo que, na frente dele c de várias pessoas, João da Noam ” RIHGES SL ISE O Carrilho.
do
H
e. Cl
mentos relativos 40 mestre-de-campo
. e ade: 1 oe!
ao Rio Grand
1
receberiar a às Côngruas
: , :
vendo a situação de penúria e de falta de farinha por que passava a Ta des PAO s
. . .
plenos
,
por um
> í
ma aleit «acha.
: à orinai pão as, do do qual
ot
e Norreeram
raram sesete
:
t
«
morr ou oito
i crian nças
ças ee | juntamente
mente desconsolado; porém, como depois ouvi as razões que tinham eu prir coa pimado Canindé” jane
. Este foi o triste firá do o
obrigado o mestre-de-campo a dar-lhes guerra, não tive outro remédio, e 0 clécigo Bco parta de maio
de 1699, O capitão-mor denuncia
“rei dos
que conformar-me com a vontade de Deus, pois ele foi servido permi sado ao a ane j arrão de Oliveira, que o va
tir que cles mesmos dessem causa a esta sua ruína
” 62
tisha
ec que que exs bispo enviara, havia se
ar e os 108, O que fez , com que, “desgostos
Acha que ex,
4 os tanto do
entaram como da m ortc do se
Segundo Navarro, todo o rancor de João de Matos Serra era devid À uiqueassis
Pouca é otênci
sere a iaque Ao Dud
padree llhes
hes
i ip:
fazia
Faria, [fossem]
; | bus
busccan
andodoOo seseuao
cen-
ao fato de haver pedido missionários jesuítas na Bahia, de modo q Mente conveniados is
tão-mor foi pessoal- o sucedido, o capi
“não fizera dele [Serra] caso”.º* Como se percebe, tratava-se de um E todos Tá toi > à Ficar € se
estabelecer em outro sítio. mas
espécie de transposição celesiástica do mal-estar das questões de juris od us oi um ido embora por receio dos parecia
dição entre Bahia e Pernambuco, pois, como aquela capitania era sU a rodas do Ne es, como Já foi pauli stas. O que
mostrado acima, preferissem engaj
não
à no terç
dos s o avarro, , tendo sido corretam ar.
ameente assentados e incor-
Ht
Cestidão de Assenso Gago, serra do Ibiapaba, 5/3/1702. AHU, Rio Grande, caixa 1,60
" de João Guinzel, jesuíta e missionário nas aldeias do Rio Grande,
a João dé
Carta
Lencastro, Arraial do Açu, 29/10/1699. EEB, códice 4 A 25, Vinte anos depois, quanão Na à, verdade , metade da
É côn Btua era normalmente assent;
já era reitor no colégio da Bahia, o missionário relatou seu encontro com este “es FE; ra e bi Caonda dos mesmos
dizimos qu de our
i
grupo” de cativos a caminho de Pernambuco, onde serium vendidos. Suas palavris E derem Concinha, 23/3/1693. DH, 83:132.3 eada hos a do Estado,
são agora duras para com Navarro. Parecer do padre João Guedes, c. 1720. In: Virgink régia, IS OS
,
ade teto e
1607. AH U, Rio Grande, caixa |, 40, pont
Rau (cd.). Os manuscritos do arquivo da casa de Cadaval respeitantes ao Brastt. Coin fuso au U Rio Grando ds 6 os 9 c 10,
qm Carta de Bernardo Vieira de Melo ao
1956, vol. 2, p. 398.
[
Carta de Manuel Álvares de Morais Navarro ao rei 6/5/1700 (outra). AH U, Pernaml velho Vlad feira de Melo do rei, 20/5
caixa 14. /1699. AHU, Rio Grande, caixa 1, 46.
recomendava que foss O
em enviadas cartas telosas ao capitão-
260 PAULISTAS X MAZOMBOS
PAULISTAS X MAZONMBOS
na 267
Desde cedo alguns conflitos pela repartição dos índios surgiram temor, e sendo csta macéri; :
capitania, opondo moradores à estes missionários. Sobretu do tendo em faz nestasinforma,
Na mesmase ocasião partes
pelo intnecresse
caso, parte
ter dade
pouco men o Anatratos”.
de d seus consideração
n-
vista que os jesuítas, por privilégio real, tinham controle dos aldeame
tos próximos aos povoados, como Mipibu e Guaraíra s, onde residiam não se conservava “a proibição o de Pernambuco de que em Jaguar ibe
sobretudo tupis mais adaptados ao modo de vida da Colônia e, portan- aachado
um dosuma escopeta que su de se dar armas aos tapuias”, pois havia
L680, os jesuítas passa- tapuias do Sol a soldado daquele presídio havia vendido
to, mais aptos à faina das fazendas e currais. Em to ão cabo não fazer iso ço: Mandando O restituísse, estranhei
ram a controlar a repartição desses índios, o que motivou reclamação dos em que incorreram os a Comemoração, explicando-lhe
mui-
edis de Natal, que argumentavam que até então tal repartição se fazia, eu os encargos
janeiro de 1700, 0 moral c povam armas aos infiéis”. Em resposta
segundo o estilo local, pelos capities-mores e não pelos religiosos da Com- dis Navarro se inn a or geral pedia que o mestre-de-campo Mo-
em
panhia, Pediam ao rei que reservasse dos jesuítas apenas o governo es-
piritual dos índios das aldeias pois, “melhor seria se fossem catequizar Pessoas que venderam
Bentodas , autorizando-o
masDAPaos janduís c outro ger e vendem ar-
a prende , o
sus-
no sertão”. Como podemos perceber, estes alinhamentos c a disputa peito. Navarro alertou ão governo-geral em ma cats o qualquer
entre as várias ordens religiosas pelo controle dos aldeamentos orienta- Emue deos hos
janduís plancjavam
tom panciavam “ o q carta de maio de
matar todos os moradores deste senão
vam a leitura que faziam os missionários do sucesso de 4 de agosto. dos detas dare nu : y armas, para com mais poder «e melhor guarneci-
ué os índios conse peu arraial”, Em que pese certo exagero, era fato
Armas de fogo
es Na mesma ocasião, o Pulido dica e fogo roubando
os morado-
A acusação mais forte feita contra os mazombos, tendo em vista a rios haviam aparecido oferecendo cativos que alguns tapuias contrá-
pena capital em que incorria o culpado, era a de fornecer armas de fogo comércio que deveria ser impedido.” ca de armas de fogo,
|
aos tapuias bárbaros. O sargento-mor de Pernambuco, Pedro Lelou, es. provisão sobre as ordenanças de . .
creveu, na carta em que defendia as iniciativas de Morais Navarro, que, E ' necimento de armas de opa de Pi estabelecia regras para o for-
ao preparar a armadilha, Bernardo Vicira de Melo deu “algumas dez ou -. deveriam ser oferecidas a bons pre Os No B emanha ou Biscaia, que
doze armas com munições” para induzir os janduís a atraiçoar Os paulis-:; cceiros, tendeiros, entre outros, deveriam ter “polo,
desse ordens para que, “com penas rigorosas”, se proibisse “na capita- d K atividade lucrativa e im : are Ro para
nia do Rio Grande que pessoa alguma possa dar armas aos tapuias que tenção do domínio Português. Em várias ocasiõ a Cn para à mant-
conosco estão de paz porque neles não tem estabilidade não havendo se em por
1675, garantir a produção
exemplo, de armas ar: EUDES À Coroa Preocupon- --
o Conselho ES Pe 4 à sua colônia americana. Em
espingardeiro Simão Fernandes, morador de Porco
mor € aos paulistas c que a junta das missões julgasse as at uudes do dito padre, que havia feito para
dm encomenda cem is
espingardas egreil a(no Reiio
Rei
Consulta do Conselho Ultramarino, 29/8/1699. AHU, cód. 25 2, fls. 226v-7v. Ainda, para Angola, não tinha interesse a
em 14 de dezembro de 1701 (data da carta ao rei), 0 então capitio-mer do
Rio Gran” : 20 socorro do Brasil. Foi firmado um contrato
para
de, Antônio de Carvalho é Almeida, se via embrulhado com a recusa dos canindés des
se fixarem no local assinalado pela Junta das Missões, c sua solicitação ao rei foi
na
Ul
respondida com um encaminhamento à mesma Junta. Consulta do Conselho 2,1 : Cara do mestre-c
"
tre-de-campopo oao
Carea, 8/1 [1700, DI, 39:96,
goverm:
gov EC .
o crnador-geral, 25/8/1699. AH U, Rio Grande, caixa 1, d7.
tramarino, 9/5/1703. AHU, cód. 265, 1. 168. Em 1704, sugere-se a incorporaçã
aldeia de dezesseis casais de caboclos, porque assistem nela “poucos índios”,
Canf HR "Carca
Ca .
Prova Num ARU, Pernambuco, caixa (4
régia, 9/8/1704. AHU, cód. 257, fl. 15lv. o ão das ordenanç; i ,
na cons de armamento « ue pedi, 1574. O “alvará das armas” de 1569, nos dá idéia dos vi
Carta do oficiais da câmara do Rio Grande ao rei, 4/8/1680, inclusa
Conselho Ultramarino, 31/10/1681. AHU, Rio Grande, caixa |, [de carta régia,
de fogo cram
aadarga o ares
ou estada tam espingarda;
di? ea equipar as pessoas em meados do século XVI. As armas
as defensivas, a celada ou capacete e a rode.
1682. AHU, cód. 245, fls. 78-78v. Em 1680, el-rei concedeu aos jesuítas à adminis
“armas de arremesso 5 ii draneas, que podiam ser qualguer espada de marca; e a
ção espiritual e temporal dos indígenas, o que causaria reação de vários
moradores em sso, Jucte, a lança, o dardo ca
c; besta. Vejacem
: ' , MC DS
+ E. de Mendon-
ii
"Temos ainda notícias de que foram enviadas cem espingardas, da fábri- o, que forem ofensivas € defen
sivas . À punição para os infratores cra sever
ca de Simão Fernandes, para o governador de Pernambuco, que as dis- a: “morra Por isso mort
natural, . “po
e perca todos os seus bens”.”* Nãoq obstante
e e e
isso não
,
eribuiu entre os moradores. Como não quis cobrar por clas, d. Pedro II "que, com o avançar das relações entre a impediu
E + do o c
luso-brasileiros « indígenas e à
lhe enviou uma carta exigindo a quitação dessas dívidas.” * conso tenção de algumas das alianças militares,
As balas ou pelouros poderiam facilmente ser fundidos 7x foco. Da fosse comum o arma.
mento das tropas de silvícolas agregadas
mesma mancira, o murrão (como era chamado o pavio) podia ser fabri-
nas expedições de guerra &
entradas no sertão. Dessa maneira, o regim q u
cado no Brasil. Em 1693, o governador Câmara Coutinho enviou para o ento dos governadores d:
capitania de Pernambuco, de agosto de
1670, circunstanciava e a
Reino algumas arrobas de amostra de uma “estopa de embira” — ex- bição limitando-a aos inimigos. Mandava que o gover
dio
graída da casca de uma árvore e muito usada no Brasil para a calafetagem nador tivess cui.
dado “de mandar proceder contra aquelas pessoas
dos navios — e que dava um “bom murrão”. A idéia cra exportar para o de quale ver q dali
dade ou condição que sejam, que derem ou
Reino. A estopa custava doze vinténs a arroba, que depois de limpa venderem artilharia armas
de qualquer sorte, pólvora « munição ao gentio
resultava em meia arroba de murrão, que custaria então 480 réis. O pro- que estiver de v, rm com
os meus vassalos”
blema é que não havia aí quem a “obrasse” em escala.” Já a pólvora rt em
- Uma das aracterísticas mais importantes
vinha quase toda do Reino. Como já vimos no primeiro capítulo, um da Gucrra do Açu, que :
diferencio u de todos os outros conflitos anteriores,
dos vetores da penetração dos sertões baianos na segunda metade do s las cra que vária
nações tarairiúus, os janduís, icós, paiacus etc.
século XVII foi a busca das minas de salitre, clemento básico no fabri- tinham grande art e dos
Seus guerreiros adestrada para as técnicas ocide
co da pólvora negra. Embora várias tentativas de produzi-la em quan- ntais de guerra e n n
damente, possuíam armas de fogo e habilidade
tidade tenham fracassado, tratava-se de uma tecnologia facilmente para utilizá-las. Gregório
Varela de Berrcdo Pereira, acreditava que
esses índios que antes ão
Sabiam atirar com espingardas, “hoje o fazem
melhor do que nós.
H Consulta do Conselho Ultramarino, 3/8/1675. DH, 48:44-5. Carta régia, 21/8/167 E pois de pacifi ados, os tapuias cram imedi
atamente desarmados o
AHU, cód. 245, fls. 23v-d. fanco que garantia o perdão a todos os paicus
: c icós, de 1701 proibia
* Carta régia 7/11/1675. AHU, cód. 256, fl. 13v. Plicitamente que usassem armas de fogo, pólvora
* Carta régia 8/11/1678. AHU, cód. 256, fl. 27 e carta régia 12/11/1679. AHU, cód. 25 e ch umbo, sob pena
fl. 32. :
" “[...)Jo murro se fazia de uma estopa que se tirava de uma casca de árvore chamad densa estava prevista no capítulo 3] do regimento de Tomé de Sousa (1548) c
embira, e que o murtão que se obrava dela fazia muito bom cravo, e que dura
bastantemente o fogo nele, e que desta estopa havia toda a quantidade que quises Cf. M. €.19 2de Mendo 23 do regimento
Do capítulo Paes de Roque da Costa Barreto (1677).
Janeiro, vil pensa fes duformação administrativa do Brasit. Rio de
sem que é com que se calafetam os navios”. Carta de 23 de julho de 1693. D
34:122-3. Segundo o Aurélio, a embira é “a designação comum a várias espéei administratioa do Brasil . Rio io dode Janeiro,
pair Todo Não Alfiedo Libânio Guedes. História
arbustivas da família das timelcáceas c do gêncro Daphuopsis, de Nlores inconsp fcuás, É
O capíeulo 14 do poi | J62, val. Iv, p. 181 ou também nos D/f, 6.
€ que se carzeterizam por produzir boa fibra na entrecasca”, Ainda hoje, nos estalçl até E egeral: 9 dapassado
1740,com“Inform:ação a Fernão de Sousa Coutinho, mas válido ainda
Breve capitania de Pernambuco”, ABA, 28:123, 1906.
ros ainda tradicionais da Bahia, como em Valença ou em Cajaíba (Camamu), à estopá
de embira é utilizada para calufetar os barcos € saveiros. ' tor
a
Antôni ç depot Val obrando neste governo de Pernambuco o sr. governa-
nio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho cte.”, RHIGB, 51:266, 1979.
270 PAULISTAS
STVAS X N MA LOMVB3OS PAULISTAS x MAZ
OMRO s 271
bmetidos a
” 811 4 . mentas.2 O fato é que mui
de serem Su quoê litava “três tratos de polé a braço o viva, De a tos dos índios Possuíam
que a guerra era tão ásper buzes e dever-se-ia tomar cui espingardas e arca-
Ressurreição acrec e y a c viva, | lo cle dado de n ão lhes deixar cair
lo fogo, e não lhe faltar pólvora, quand oe munições destinadas às tro em mãos as
es d pas no s crtão. Nesse sentido,
rem os' bárba ros dia, em 1688, que Manuel de Abreu Soares, . com pedia ao capitão-mor Amaro Se o arcebispo
rqueira que tomasse todos os
« ”» ,
não fabricam
Ane » xaminasse “donde lhe vem, ou quem DO a O com o comboio «ue deveri Wu arranjar cuidados
para o envio da Pólvora e
todo 9 silêncio, clareza que esta matéria pede me avise . Vol para Jorge Velho e Albuqu erque chumbo
Câmara, “por ficarem os
mesmo segredo . nitães envolvidos na guerra, Domingos Jorge o 0c costumados às armas de fog bárbaros tão
o com os nossos”.
Fazia ea de At aque uc Câmara, aos quais pedia que invesissem Em 1703, passado o moment
o
mais tenso do conflito com
Antônio “bos, d. Pedro II ordenou os mazom-
ce y ora não lhes faltou pólvora que o mestre-de-campo fic
por que ar o de que possa vir é que não nem bala para a sendo *- felação às not ass e ate nto com
percebo; no sm d ícias de que sc vendiam armas dos
Índios inimigos, por-
rem”. Pois o con fazem, ou lhe vai da nossa parte, ou e vem e : que acreditava, da leitura de uma
certo que eles as O governador aventava três hipóteses para exp ar a represent ação feita pelo procur
“do terço, o cap
itão José Porrate de M orais, qu ca sol ador
outra de fora! O Ê os índios as poderiam “ter tomado aos morad ores ução de que o ouvidor
origem dessas armas: ao os matavam c devastav da Paraíba deveria ir em diligêne ia todo ano
am aquela “capitania ; fiscalizar tal atividade cra
“insufic iente para atalhar tamanho dano.*” “Trê
do Rio Grande que o capitão-mor da fortaleza do ( A!, cará estava o :dor-geral mandou o desembargador
s anosdepois, o governa-
existiam boutos de dios e “lhes dera pólvora c munições it sirde algumas pessoas que mora Cris tóvã o Soar es Reimão “devassar
que ainda m no sertão, que vendem
merciando e bala aos tapuias noss armas, pólvora
e fim os janduís poderiam as os inimigos”. Além disso, Filip
e Bourel, missio-
lhes duran o o A Or vezes entravam no no Açuter (que
compcra
radonaveg
dos áre
pa E jário jesuíta, havia se queixado
ra “de que os moradores de
EsGoianinha compravam tapuias, Cunhaú e
vos e tasca
por embar caçõe s maior
ções maioreses por
po! distâaranciaauem
de oito
“esseéguas ) Era o que
s b árbaros É a troco de espingardas, e outros
ficaram tão havia cativado em guerra”. Para que os
devassar esse caso foi indicado
Fendi Bernardo so duo “SÓ por eles suspiram”, sendo cabares
s
E Manuel Velho de Mirand o ouvidor
a.”
amantes dos hol am k Mer outra nação que não for a portuguesa, dan
de se unir com qua e te são muito destros contra cla”.*la”. AÀ tese déE Da prisão do mestre-de-campo
se-lhes armas de a ercutia as explicações dadas tes dé à dissolução do terço
para a insolência d
uma ajuda si rolião mas parecia inverossímil, pois, segun “Na Junta das Missões, em
Pernambuco, havia sido disc
índios e o no º o ode ser tanta que suprisse por tão largo a riação do terço dos utido o crro
paulistas para o sucesso da conv
governador, “esta né di ao governador de Pernambuco que man bols-era considerado que o uso e rsão do pentio,
po”.** Desse modo, pedia : da força, “pelo grande medo e
sc “averiguar com certissima a iligência esta matéria”* Contudo, patê; Que têm [os tapuias) concebido dest temor
o cra vista grossa a esse tráfico. E a gente”, não só iria impedir que
Índios descessem do sertão,
cia que as à utoridade mas o despovoaria.”! Com efei
de Nil recriminavam o capitão-mor, a: , dos acontecimentos no Jaguarib to, cm
e, a frota trouxe uma carta régi
1689, os afici ca al o sor passar um salvo-conduto aos tapuias e pr fado a
nho César de amAndra de, p ue estes índios eram falsos amigos €Q
ã panati
“ão ,i porq ue era certo que es frecharia”, pólvora, chumbo e fel o Vo
parta dos oficiais a
da cânara de N atal ao capitão-
estavam trocando suas drogas por avtO 2,11. 125v-by, mor, 31/3/1689, IHGRN , Caix
a 2,
Cara, 6/ 12/1688. DIF,
40:35 I.
Fégia 3/8/1703, AHU, cód.
257, 11. 135v-6.
“o
ando do
Bando g
do governa :dor de Pernambuco sobre o perdão aos tapuias
JO DOS E! 1 30,
5/1701. IHGRÊ tá régia 15/ 10/1706, carta incl
usa do governador-geral ao gov
. NA 20/2/1706. AHU, cód. 257, 1. 198. ernador de Pernambe-
aixa 65, livro 3, 1. 11Sv-6v. sáda na consulta de * Conselho 9 (a carta de Francisco de Cast
ro Morais fo
DH, 4
iho à Manuel de Abreu Soares, 6/12/1688. fisul! ta do Conselho Ultr
Ultramarino, 1 1/10/1706. AHU,
cód. 265, fl. 198),
amarino, 12/2/1700. AHU,
que: Iscordava abertamente cód. 252, fls. 234v-5, Com o
“
a
Carta ViciraRusso
“arta d de Bernardo ia s ao conde » de de Alvor, , 5/8/1694. DII, 84:123-
Ravasco ij nambuco o governador-geral. E m outubro
de [70], o governador
tas ol. dava notici as do excelent
as
Cacta, 30/11/1688. DI, lho na red ução dos e trabalho do missionário pe. Mipu
jan duís, 9 que suscitou o come cl de
mM
Jarta, 12/10/1688. DIF, 10:325-6. ntário agastado de 1 «encastro
PAULISTAS àx MAZOMBOS 273
272 PAULISTAS X MAZOMBOS
o uando cram “bárbaros”
dav a o mestre-de-campo € seu terç não havi i
de 13 de janeiro de 1700 que man mais agoraa e às pazes,
Lencastro, desconso lado , dizia ao seu pro- c emrompido
haviam
e estava am : aldecados Jamaisà João
obediência da C quanto
sta. O
se retirarem do Rio Grande.* umen- to é que Mumia mancira se podiam levantar
que mandasse rapidamente os doc se quo o di
,
cegido, em carta de 6 de abril , 4
de seu serviço, bem com o as cert idões missionário o soubesse”, visto que cra uma “verdade ão pa a Bidadée do
tos que justificassem a utilidade pude sse envi ar um ai N vos sertões que nenhum morador “se vigia
. & a ag. Bee”
”
Ernesto Ennes. As guerras dos Palmares. 39:155-6; e AL IU, Pernambuco,
& ação d o Paulo, 1996, p. 121.
>
ação para a casa de suplicaç ão desta ss as rest inhas do caso "* Muito provavelmente em
nela com apel a: ão dig
a Os “tapuias da nação paiacus”, p
rando ser injt sta a guerra movida contr » 0€es deste caso, o ouvidor de Pernambuc
o fi O anti,
dor pusesse imediatamente em o
outra carta régia mandava que o ouvi stro
nomeado como Pam “juiz
Juiz privprivati
ativo de todas as. causas dos dos índios
DO eante
capuias
cobrava de João de Lenca s
liberdade os cativos” Na mesma data, o rei 2ssa capitania”, nt, com exprexpressa
es s ordens s dede defedeferi
ririe “bre
“breve
evee
a exccuç ão de suas ordens de extinguir o terço dos paulistas “e fazer = sumariamente” os assssuntos — daí í sua responsabilidade de
do Rio Gran de as terra s que o dito mestre-de- do julgamento do paulista," ocupar-se
restituir aos moradores ção da ..:
tom ado”.* * Lencas tro perdia, ainda, a jurisdi A despei to de der o
campo lhes tivesse f toda esta mixórdia, as hostilidades dos- tapuiasalé | e-
do Açu, agora sujeitas ao governo oh
-apitania do Rio Grande e da região H vantados prosseguiam. Dessa forma, as trop
as deveriam permanecer
pel a grande distância que ficam da unida
nie s sob2 o6 coma
de Pernambuco, “atendendo a que comandndo
o temporário do sarge nto-mor,
tem
”
José
) ,
II
ra a parta ao rei em que dizia não ter
MRE era oo algun rece bido da
s e à deposição do terço de Navarro, ao
qu
E em Para tanto, poderia levar consigo seis homen
s de vara, e os seus oficiais, e “aque g explicações. o No ano seguinte, o novo gove
rnador
|
pa sa vos acompanhar, a qual pedirei s ao go;
infantaria que entenderes vos necessária
vernador de Pernambuco e ao capitão-mo
r desta capitania da Paraíba”. Por essa Carta régia 14
a SO 12 a A - y U, cúd. já 257, fls. 80-80v. O carcereiro, por sua vez, foi
réis por dia, o escrivão, dois cruzados, fora a sua jo E
são, ganhariam o ouvidor 24000 o dia que safre
réis n cnado a dois anos de degredo para fora da
vil; e
vara 250 réis, desde
crita, o meirinho dez tostões, c os homens de cera Vaio nam 8 relaxamento das prisões
dos poderosos em conch jo com os
volta a cla, “pago tudo à eusta dos culpados, e não tendo estes bend 68 pronis en dis foram promulgadas visando coibir esses
Paraíba até a abusos: à lei de 30 o
| |
1700, AHU, cód. 257, fl. 72v-3v. éST e finalmente,
custa da Fazenda Real”. Carta régia 15/12/ apiennis em qitão do sua inaplicabilidade foi reeditada a
a, 15/12/ 1700. AHU, cód. 257, fl. 74; cà é degrdo,
Carta régia para O ouvidor da Paraíb em DOT
, s ada de no
* deP ovo, com
,
penas
Mrs ad
ainda maisy duras (como pri-
carta régia, enviada para O governador
.
Paraíba, caixa 4. A cópia desta mesma
10:136 -7. sa. Bahia,
Bneiro,
nambuco, está impressa em RIHGRN, O rei nomeou
o ouriço e I para & mesmo
es posto o corregedor da cidade e. i
DIF, S4:118-9.
we Carta régia ao governador-geral, 15/12/ 1700. indo Marins Pa da capitania Carta régia ao governador de Persona fre
régia ao gover nador de Perna mbuco , 11/1/1701. RIHGRN, 10137. giadi do nhasà de Lencastro, + 5/11/1700,
1 Carta 5/11 AHU,
: & Or
a, 8/4/1701. DI, 39:138-41. Cara do LEncastro ao ouvidor da Paraíba, 8/4/1701.
1 Carta de Lencastro ao ouvidor da Paraíb Conselho Ulá DIf 39: Bo 6
cci (inclusa), 8/7/1701, consulta do E:Fe régia do go ro ao governador de Pernambuco,
w% Casta do ouvidor da Paraíba ao 16/9/1701 DH, J2SA 2
sino, 8/11/1708. AHU, Paraiba caixa 4. ; crnador de Pernambuco, 4/1/1702. AHU cód 257
+ cód. 257, n 1. 9% 93v.
2760 PAULISTAS X MAZOMBOS PAULISTAS X MAZOMBOS 277
de Pernambuco, Francisco de Castro Morais, que alimentava uma (na ribeira do Ceará-Mirim), São Paulo (na ribeira do p Dc Sã
“desconfiança pela causa” dos paulistas, apostava na sua dissolução, João Batista (na ribeira do Gunhaú)."? No início de
1703, in ne o
Afinal, para que tantos gastos numa situação de aparente calma? Em mor havia pedido autorização para mudar o arraial do lu rd
nd o es ao
uma carta de dezembro de 1703, o governador-geral, d. Rodrigo da vam há três anos, para o sítio em que estivera Matias Cardoso 13 À inio
Costa, tentava convencê-lo a aceitar a manutenção dos paulistas no ciativa era motivada pelas dificuldades do clima c à falta dá ua AL
sertão, pois “o valor dos pernambucanos é muito para ser estimado, guns meses depois, em setembro, o sargento-mor iria pedir licem
a p: a
mas sempre é boa a desconfiança”? Rodrigo da Gosta, que tomou se retirar em razão dos “achaques que padece”. O governador
ceral
posse em julho de 1702, manifestou sua simpatia pelo mestre-de-cam- achava pouco conveniente abandonar o arraial, ainda mais porque
Seri
po e diligenciou por pagar os soldos atrasados c manter à unidade da necessário convencer a Junta das Missões. Em junho de
1703. ua do
tropa.Hº ainda estava “preso”, Navarro recebera carta branca de d Rodi y ; ka
Com a saída de Bernardo Vieira de Melo, aos poucos os paulistas Costa para que, nos casos relativos às guerras do gentio “que necessie
.
voltavam a coser suas alianças com os agentes locais da Coroa. Alguns rem de remédio pronto”, resolvesse com seu parecer
e de alguns cabos
sucessos, como a prisão de uma liderança dos janduís, o “régulo Loyo”, mais inteligentes “o que for mais conveniente à segurança e ui
« ão
em agosto de 1702, eram festejados pelo novo capitão-mor do Rio Gran- dos moradores do Rio Grande e das mais circunvizinhas” 1º Navarro
de, Antônio Carvalho de Almeida." Mais importante, sem dúvida, foi ficaria preso por pouco mais de dois anos."º A documentação
não nos
o “protesto de fidelidade” assinado por todos os “governadores c gran- permite saber qual o destino do processo, que se encontrava eng: vet k
des da nação janduí” das três novas aldeias: Nossa Senhora de Aparecida na Relação da Bahia.!” O mais provável é que, passados os moment
q
de mator animosidade, c muito em razão da mancira como
o terço se
acomodou na estrutura de poder da Colônia, tudo dar-se-i
a por ed e
cido. Em setembro de 1703, Rodrigo e Costa parabenizav; Ni
v” Carta de d. Rodrigo da Costa ao governador de Pernambuco, 2/12/1703. DIF, 39:
2001. ro pela
noticia “de estar solto e livre”.!!3 “ava IMavarro pela
“o [Em agosto de 1702, quando já era governador d. Rodrigo da Costa, este mandou 33
mil cruzados ao terço, comandado pelo sargento-mor €, cm carta do Navarro, lamenta-
va muito o seu impedimento. À ordem para pagar os atrasados dos soldos vinha de
Portugal e fora passada para Pernambuco, cujo governador a comunicou em junho - MR Protesto
S de fidelidade cao
: rei: i d. Pedro
l II, de todos oss governadoresc grandes da naçã
a Bahia, Carta de d. Rodrigo da Costa ao mestre-de-campo do terço dos paulistas, mu janduí, Natal, e. 1702. IHGRN, caixa 65, livro 3,11. 127-127v
prandes da nação
pita
18/8/1702. DH, 392:162-4. ú Ea de a Rodrigo da Costa do governador de Pernambuco, ITA TOS. DIV, 3X172-4
n Ga de õ Rodrigo da Ç cost a José de Morais Navarro,
Carta régia dos oficiais da câmara de Natal, 9/5/1703. AHU, cód, 257, N. 121y, Bernardo -
DST
por Antônio de Carvalho e Almeida. Cumpriu dois triênios, por pedido dos morado-*
res « anuência da Coroa. Em 1707, candidatou-se ao posto de capitão de infantaria * *A ia certidão
errei
que * passou
NSs
paca
.
o sargento-mor, Navarro conta que “em tempo de mais
dos terços de Pernambuco, sem sucesso, c, um ano depois, ao posto de sargento-mor e ois anos que estive preso”, aquele o havia substituído com
o 2] q e LAN ” +
selo. Certidão, arraial
n eg . e .
do terço dos Palmares, sendo nomeado pelo rei cm 14 de muito de 1709 (carta patente u N Açu, 8/1/1704. AHU, Rio Grande, caixa 3, 43,
,
25/9/1709). Depois de canalizar seu nativismo e sua felonia contra o governador de in de 1700, o rei pedia que o chanceler da relação da Bahia lhe
mantivesse
-
Pernambuco, Sebastião de Castro e Caldas, na “guerra dos mascates” (1710-11), onde g para a da sentença sobre o dito agravo. Carta répia para o chanceler da Relação
da
se imaginou que clamara por um república ad instar dos venezianos, acabou sendo m e ta, 15/12/1700. AHU, cód. 246, 140v. '
do Li e a de á epuiiso da Costa ao mestre-de-campo do terço dos paulistas,
preso junto com seu filho André, em 1712. Enviados para Lisboa, na prisão 17/9/1703
morreram em uma noite fria, sufocados pela fumaça de um fogareiro de car- :o PH, 92.187. Quaam
nto f
às terras que reclamavam oss paulistas
paulistas como paga por seus servi-j
mociro,
vão, antes de receber sentença ou “aproveitarem os favores da anistia”. Consulta do “Y j dadas o peu déria de julho do mesmo ano, resolvera que as sesmarias
Os. a e! e e
que estavam
a a
! servi
caixa | a
reconduzindo ao governo do Rio Grande é de 7/1/1700, AHU, Rio Grande, abandonado, e que aquelas terras livres seriam distribuídas entre os
oficiais e
66. Consulta do Conselho Ultramarino, 15/7/1701 e Consulta do Conselho Ultrama- ela os a terço para que eles as povoem, “como se fez ao terço de Domingos Jorge
Melo
rino, 18/1/1708. AHU, Pernambuco, caixa 17; papéis de Bernardo Vicira de
ARO TOS almares”. Carta
Dna
EPÍLOGO
Fr R: FREADA em 1704,
* -. à Guerra do Açu sobrev
douros. Contudo, Para além de uma iria nos anos vin-
pelo jovem rei, d. João Pretensa guerra tot
V em 1708, ou a Buerra al procl amada
" janduís (chamados justa movida contra os
de caboré
s capelas), em 1712-13,
nhum outro grande com não eclodi ria ne-
bate em cscala nos
do Brasil.' Nesse sentid sertões do norte do Est
.
o, podemos dar Por enc ado
das revoltas indípenas errado o grande ciclo
da Segunda metade do
avaliação de um missio séc ulo XVII Segundo a
nário do sertão, o padre
clérigo do hábito de Antônio de Sous: | Leal,
São Pedro, estes Fec
tapuias estavam longe ontros entre luso-bras
da guerra Justa” mov 4. ileiros c
obstavam a expansio ida contra os bárbaros
da fé e a Propagação» «que
viam degencrado na pur dos gados pelos sertõe
a satisfação das ambiçõ s; ha-
eus capities-mores, “po es dos moradores e
rque todos são intere de
pobres dos índios”. ssados nos cativeiros
Escrevendo em 172 dos
éferia-se a “muitos cas 0 para o Conselho
os de guerras não só Ultramarino,
Muitas mortes « utivei injustas mas alciv Osas
ros feitos debaixo de €
Mados os índios de Propós Paz e amizade, sendo
ito e convidados com cha-
Ósia € mortos a sangue enganos para esta alei-
frio aqueles que são
pataa seu salvo lhe cat capazes se tomar as arm
ivarem as mulheres as
“Em dezembro de 171 e filhos”,2
5,0 Bovcrnador-geral,
sia O Cumprimento marquês de Angeja,
da ordem de d. João V Para aut ale-
orizar a um certo
bar
19/3/171de3; Ná
C
tais da câmara ermami bué “0,
de Natal ao goverma: dor de » E Pernam “mara
à câmara atá ço
dor qde Pernaa e ; 24/5/1713; e carta dos oficiais d Ss.
do governado
dopas 130-1304/f, Parta régia ao Bovern
ao mover, le Pernambuco,. 29/7/1713 3. IHGRN, caix ador de *ernambuco,
, a 75, livec Ita aq Bovernador-pera 20/4/1708. AHU, cód.
1 a LSGLT do l,
1708, D/! S$298-9, Sob 20/4/1708. AHU, cód. 2146,
257, fls. 214v-5;
135-13
5w, c da década de 20, estas pelada eo mer ra aos aborés e cupe 240v; e carta resposta, 28/7/
re àa guer
'* No início CE o Ve ate,
anhias achavam-se aquarf” s not
tenho Ole
SObrE
AHU, cód. 257, 1, 341; consulta do Con cab oré l:
s e apelas, vejaja car
cartaa régirépiaa à3/4/1712
ngenho
155;. cont Olaw selho Ultramarino, 18/7/171 .
Ferreiro “Torto, próximo de Natal, ende : Su a NE 199 j.» ÉSNa atas da Junta das Missões 3, DEI, 98:
Medeiros Filho. Acontecem na capitania do dio Greee. Natal DGI NO 8 leção Pombalina, códice de S/H TAZ , 3/M/ITI3, 13/4/1713 c IH2ANT - BNL 206-07.
1723, AD, Rio Grande, caixa & d3:ec carta da PRA
Ta
*OnSulta do Conselho
115, 1]. 36v, 1. 37.9,
fldZ-dI3ve fl.50m., res
IS ,,
Ult ram arino, 29/10/1720, pectivamente,
RN 16/2/1720. HHOGRN, caixa 99, livro 6, (1. Lº . Po
AI TU, Ceará, caixa
283 1, 93.
284 EPÍLOGO
EPÍLOGO 285
Manucl Alves de Sousa, capitão-mor da freguesia da Barra
do Rio Gran- Guinzel (ou Guedes) —
de, que fizesse “toda a guerra ofensiva que puder , cativ ando a todos paiacus. Quando era mi 4UC, com vimos, havia missi
ônado entre os
em praça “ ahara as apárl 9 era missionário no Maranhão, » CNCrCSsi
[os bárbaros] que nela aprisionar, Os quais serão rematados ara um “bárbaro folguedo”
do” promov id ' Outras, tes
às, testemu-
U
. pelo mes tre -de -c:
pública para se tirarem os quintos de el-rei”.* Par a remédio destes e ouv da r Cun
nio ido ! to Maio
To ha o de Pou
ido
Ai r. Reunin do os amigos C-campo Antô-
outros abusos, o padre Sousa Leal sugeria que fosse criad
a uma ouvidoria
. Versão”: mund anhão, Luís Pinheiro — Souto Maior org €, entre cles, o
no Ceará € que o rei proibisse a guerra dos tapuias que não fosse defen- ANIZO)u
umaa
ua:
di-
:; mandoti
[ele] tinh- a pres
seus
o obri oa o TenS soltarem uns tapuias anapur “De e
siva, “e que esta defesa seja somente dentro dos limites da tutela gus “que
gando-os a correr”; depois, eleedo Cus amigos
gues da Costa, que valgando atrá del , “ca-
inculpável”. O parecer do conselheiro An tônio Rodri : ão a Tás c e is qr iavam-lhes a cabeça” Um
que “a liberdade de * SEUS compar s
ecoa os argumentos do padre Sousa Leal, entendia Iomás do Vale Po nugal, “oti parsas,
. ão Queque sese tinha por grande corre
guerrear os tapuias se desenfreara de tal mancira que os capitães e par. :
f. preferia perseguir os tapuias |
ticulares o faz iam indistintamente, mesmo contra os mais pacífico
s me. . a Fevolta dos > ap IT OS tapu iasmena tepé. idaênci
“Talrimviol a ou corredor,
comlevrefore a euma Brande
tIpUIS, pronta rep
tidos nos sertões, só para os cativar”. O missioná rio claimava por um ços vindos de
ses, que praticav am uma guerr a sem leis...
freio à barbárie dos portugue : À justiça
distância faria senti
d'el-rei sósó sese fari
daqueles
e
travada, dos capitiics-mores, soldados c moradores”. a uma ameaça geral. 5, NãO mais Feprescn-
nem des
era o gentio senhor de sua liberdade, nem dos seus bens, U sertão mais próxi AVI ace;
mulheres e filhas, nem sequer de suas vidas, pois era opinião
gcial nã
a preferi trampróximo
oSijue ficava noassim
refugiar-se devassado e... despovo: ;
interior da mata
quele sertão que era lícito matá-lo, porque não era cristão nem se via dos pouco > mapa rodo:: Afora
Ce foi aldeada. Com oprocesso
amazônica, i
Fação a dcos do Dreviventes de a maior
José:
Deus”. Em certa ocasião , segundo conta o padre, um certo capitão aiç a presa colonial,
é
» fosse por meio da fosse : e ociden-
de “Vidg ação
Nunes chamou a sua estância os tapuias amigos, chamados ais na região das minas, fosse pela circulacã formação das vi
das vilas e
Ibiapã
e Anexis”, e, depois de os receber, fez vir os índios aldeados de ; SH Minhostiasdo sertão, , a violêncicia paraPeracomctrculação
o: das mercadorias
í pelos
portaié . S gr i , '
para matá-los, dizendo que aqueles tapuias estavam na sua j flémica, implicando uma dinâmica de . BrUPOS indígenas tornou-se
NUf
intenção de vingança. Depois de matarem muitos tapuias, José Eiúttanto
a os negros dos Palmares de atrito
mica como os tapuias fi
1 d Ao o fimeao
permanente,
presas para que não fugissei s trredentos foram
os abrigou “a matar também as mulheres 8
forarmiteli
Ro
e naDSformI a ação
ulação eda no ção dos árie
da barb , que implicava a guer PN justa, se
leis
incorporar definitiv amente as populações indígenas ao Império. As io
subs : por uma nova política integracionista é » “Tra
um: . er
om bro
para o Estad o do Grio- Pará e , Ç DO 0 espaço da “civilização”, e nãe
de junho de 1755, válidas inicialmente nais como o po na
de
Maranhão, resultaram no “Diretório Geral dos Índios” de 7 de julho tão. Pombal
imaginava asse na Doris o com
1757, que reformulava a política da cateq uese indíge na, pratic amente dess N
e PAI envolvime
diento
ento çãs asseárico
d:d d Amér gurar Port aisdefes;cris
umauguepopulação razoo ável o ara
ren ica sa. o que impli a va à Sa
conde
liquidando as missões ex istentes. No ano seguinte, o vice-rei, ! as a ils entre índios
Ga .
as deMIde exte ínio S € port eo refi
dos Árcos, foi comunicado da sua aplicabilidade no Estado do Brasil, A guerras
guer rr
ugue
o RDOlIÇÃO ses
Doarou
iva a-lT o ca Telre das
ras O . duque ql ament o
a
influência no pensamento d
losa s foram alçadas em vilas ad
muns dos vassalos. As aldeias mais popu Da Ce ,a”. H Emeis cara
A
limanir ame
oli todnte est deste rein
sairrenç
aa dife a entre porn o e ilhas
Ds aadi;Jacentes o , cra dra fun
função
damentPode
é
tempo havé al
[em Portugal] praticaram os romanos, dentro de pouco
aa ni
ando
fegun dos e* decl
distinguindo os primeiros fan 1 raos
decl:arando que : os filhs sa quan a o do pasa m[isto com
casarerem c é indi
us os],
T sprivi
filha dos-
DR
ta 5,5 à identi-
a.
e scravidão c violências,
LU
. - o
rava o ouvidor do Piauí, Antônio José de Morais Mourão, na sua descri- tavam muitos tapuias no que fora o não res-
: e s eu país. Colocando às ilv
ção daquela capitania, feita em 1772, os índios, mesmo os que foram “ju lgamento essas o
a a Autor do DO um típico representante da Hustração port
pacificados, “sempre vivem com violência, esperando ocasião oportuna
para se levantarem”, Ao olhar do magistrado, o sertão cra o “receptácu- “verdadeiros bárl eo do Maranhão”, tinha os luso-brasileiros matos
lo de tudo que é mau”. Lugar da mistura c confusão de povos, cujo * sua cólera diante des Registrou, na segunda metade do sécdor ulo XVIII,
es” que
haviam entreg ue tir . indignos e tão bárbaros conquista
ão mic pre re: er;
obcioso,CAdOque
aráter era duvidoso. Depois dos primeiros descobridores, uma casta , rio “países$ vazios dodo maisdei
COS á dasissinaao dos Impé
os, assa ssin : vazios
de “criminosos, insolentes c os falidos” teriam bus ado aqueles para-
+05 Índi em suas sanguinolentas ban á
ras e o que am cram
v im paro
gens, “não tanto para o seu aumento [progresso!, mas para nelas oculta- s nos fra
y j s o do
s vei
vt
“- Anexo |
; Quadro cronológico
1. A GUERRA NO RECÔNCAVO
1651-1654 Jornadas do sertão
1651 Diogo de Oliveira Serpa
1651-1654 Gaspar Rodrigues Adorno
1656 “Tomé Dias Lassos
“1657-1659 A Guerra do Orobó/ paiaiases, topins .
1657 Pedro Gomes, Gaspar Rodrigues Adorno, Luís Alvares, Bartolomeu
Aires
1658 Domingos Barbosa Calheiros, Bernardo Sanches Aguiar, Fernando de Camargo
1662 “Tomé Dias Lassos
. 1669-1673 A Guerra do Aporá / paiaiases, topins
4/3/1669 Mesa grande na Relação da Bahia aprova proposta de Alexandre de Sousa Freire
1669 Agostinho Pereira localiza as aldeias dos topins
“1671-1673 Estêvão Ribeiro Baião Parente, Brás Rodrigues Arão
1674-1679 As guerras no São Francisco / anaios
67 Francisco Dias «Ávila, Domingos Rodrigues Carvalho, Domingos Afonso Sertão
1677 Agostinho Pereira (morto)
Rogue Barreto informa que os índios estavam em paz
2.A GUERRA DO AÇU «
1655-1687 Levantes isolados
15/2/1687 Levante geral dos tapuias do Rio Grande
1687-1688 A campanha de À, de Albuquerque Câmara, D. Jorge Velho e Manuel A. Soares
A guerra é declarada justa na Bahia
Plano de Matias da Cunha: Albuquerque Câmara c Abreu Soares (Norte) / D.
Jorge Velho (centro)/ Matias Cardoso (Sul)
Proposta de José Lopes Ulhou
A. César de Andrade faz pazes com parte dos janduins, moradores reclamam
Memorial da câmara de Natal pede a guerra ofensiva
O sargento-mor de D. Jorge Velho, Cristóvio de Mendonça Arrais captura Canindé
A campanha de Matias Cardoso de Almeida
Reforma das tropas de Albuquerque Câmara é Abreu Soares pelo arcebispo;
Domingos Jorge Velho é mandado para os Palmares —
Matias Cardoso, João Amaro Maciel Parente, Manuel Álvares de Morais Navarro
Carta régia revoga a guerra justa
Canindé posto em liberdade por Domingos Jorge Velho
291
T
92 ANEXOS
Cardoso faz retirada do Ceará para o Rio Grande Anexo 2 ANEXOS 293
“ ias écapiticsamores o
(embaixada
* (embaixada deé Canindé à Bahia) y
Reis, governadores
544/1692
1692 rendição dos
A ação ):
dos jans o nã
o ão de Lencastio (1694-1702) fis, over idores
AO Retirada definiciva de
A
5/8/1694 Pepe
Carta dedm de NiViciraid“sobre
Bernardo de Teto PR
osaoinconvenientes ONIZHO4O O6/11/1656 João Iv (Duque de Rrag nça) (1604-1656)
tod. Cama Merardo e Vira Ravaco conde de Alvorde pôr seis: aldeias
ar 29/00/1662
06/11/ 1656 23/11/1667
+9H06/ l662 d. ALeísa
os de Gusmão (regência)
(1643-1683)
283/1095
1608 Nova do
decisão
a do CaGonse lhoMH ordenando o levantamento
Ultramasinos do terço
a criação do terço de paulistas
c a guerra Justa o |. 1 2 to6?
2341 os von 706
OZ TOS a& Pelo
pedro H a) ia
o “cordão de aldcias .
aprovamfundam 1. 09 e : !
16/7/1695
NITGOS Bernardo ÀVieira
esando câmara de Natal
jo aa AgMaso de“aAlbuquerque Maranhão presídio na ribeira Governadores-gerais (e vicereis) do Brasi LEAD
do Açu nas ara dissuadi-los da guerra ofensiva Jorge |
o PR vd di a d Fensiv l 21/06/1640 16/04/64 vice-rei (1) Jorge Mascarenhas, marquês de Montalvão
20/9/1695
DNS e“[ratado
ibiticação paz com os janduis
“Retificação dad da paz
“Retificação
a de paz comcom as ndo
os ariús
anús a iba
peqpequenos”Bi do Açu” SN 16/04/1641 30/08/1642 Junta
balho Provisória: bispo d. Pedro da Silva de São Paio; Luis Bar.
Bezerra; e Lour enço de Brito Correia
o LIA O ana da nestre-de-campo Manucl Álvares de Morus avaro
30/08/1642 20/12/1647 Antônio “Teltes da Silva
20/5/1696 Patente de Morais Navarro 26/12/1047 10/03/1650 Antônio Telle
10/03/1650 s de Mencses, conde de Vila-Pou
1/8/1698 Chegada à Balia a 06/01/1654 João Rodrigues de Vasconce ca de Aguiar
OG! Partida para a Paraíba no . oro llos « Sousa, conde de
lhor Castelo Me.
1018/1699 Chegada de Manuel da Mata Coutinho e do reforçe 06/01/1654 18/07/1657 Jerônimo de Ataíde, conde de
Massacre no Jaguaribe / Jenipaposça inciso de Lima 20/07/1657 Atouguia
4/87 1699 24H06/1663 ancisco Barreto de Meneses
23/9/1699. Excomunhão dos paulístas por frei Francis 29/06/1663 13/06/1667 .
É vice-rei (2) Vasco Mascaren
has, conde de Óbidos
: 08/05/1671
| q 1/1699 Devassa de João de Matos Serra ac Alexandre de Sousa Freire
13/1700 Carta régia ordena a retirada domo 26/11/1675 Afonso Furtado de Castro
do Rio Mendonça, visconde
9n1 HI700 “Informação” do padre Niue Canvas bacena de Bar-
Carta régia ordena a prisão de N: 15/03/1678 Junta provisória: Álvaro de '
15/12/1700. Azevedo; Agostinho de Azev
8/7/1701 Prisão de Navarro ) teiro (Cristóvão de Burgos edo Mon-
23/05/1082 Contrei us); e Antônio Gued
| Guerra contra es icós o acabo Roque da Costa Barreto es de Brito
ONO GBA
W1211708 Proposta a extinção do forte real na ribeira do Jag Antônio de Sousa de Mene
ses, o “Braço de Prata”
04/06/1687 Antônio Luis
6/1716 Extinção do terço de Sousa “Teles de Meneses, marq
24/0688 Matias da Cunha (faleceu) uês das Minas
08/10/1690 Junta provisória: arcebispo d,
frei ManUel da Ressurreição;
nuel Carneiro de Sá e Ma-
22/05/1694 Antônio Luis Gonçalves da
03/07/1702 Câmara C outinho
João de Lencastro
08/09/1705 Rodrigo da Costa
03/05/1710 Luís César de Meneses :
04/10/1711 Lourenço de Almeida '
13/06/1714 Pedro de Vasconcelos
21/08/1718 Sousa, conde do Castelo Melh
vice-rei 63) Pedro Antônio or
de
conde de Vila Velde e marquês Noronha Mbuguerque “ Sousa,
13/10/1719 de Angeja
Sancho de Faro € Sousa, cond
e de Vimieiro
ermadores de Pernambuco, 1648
09/1648 .1718
26/03/1657 Erancisco Barreto
11657 26/01/1661 André Vidal de Negreiros
05/03/1664 Francisco de Brito Freirç
31/07/1666 Jerônimo de Mendonça Furtado
13/07/1667 (deposto)
André Vidal de Negreiros
28/10/1670
EE
Bernardo de Miranda Henr
17/01/1674 iques
Fernando de Sousa ( “outi &
14/04/1678 nho (faleecu)
Pedro de Almeida -
. 21/01/1662 Aires de Sousa de Castro
“13/05/1685 João de Sousa
àd - 29/06/1688 João da Cunha Souto Maio
: 09/09/1688 r
Fernando Cabral (faleceu)
- 25/05/1689
rate
bispo d. Matias de Figueiredo
e Melo
FsRa
294 ANEXOS
25/05/1689 05/06/1090 Antônio Luís Gonçalves da Câmary Coutinho ANEXOS 295
05/06/1690 13/06/1693 Antônio Félix Machado da Silva e Castro, mnquês de Montebelo
13/06/1693 05/03/1699 Caetano de Meto de Castro TL sou = — a
05/03/1699 03/1703 EFemando Martias Mascarenhas de ELencastro “20]º a. ejumlajelZ aa) alelo
03/0/1703. 09/07/1707 Francisco de Castro Morais
09/07/1707. OHUATÃO Sebastião de Castro € Caldas (deposto) s “
ISFUATÃO AO HOAZUL bispo do Manuel Alves da Costa E ss ?
IOMONZIT 01/06/1715 Félix José Machado de Mendonça liça Castro c Vasconcelos Ss Sa $
01/06/1715 23/07/1718 Lourenço de Almeida 53 EE - 5
Capitães-mores do Rio Grande, 1654-1718 e Ea É Ss E —
x2/02/1654 04/12/1663 Antônio Vaz Gondim a Es) g $ 88 Ea s é $
05/12/1663 06/12/1669 Valentim Tavares Cabral Ê 88] é o 2% S 45 5
06/12/1669 21/06/1673 Antônio de Barros Rego Ê C gls E “E E 5 g &
21/00/1673. 21/05/1677 Antônio Vaz Gondim c Sêéloc = se é Le E
2/05/1677 02/11/1678 Francisco Pereira Guimarães (faleceu) a SEA Z Es E Es s
021678 03016079 governo do senado da câmara £ os e es 5 a 8 & É a
03/04/1679 0309/1681 Manucl Muniz s Sul é E” E E a '£
03/09/1681 xx/10/1681 governo do senado da câmara 4 Apa A As a 2 Z A
xx 10/1681 25/05/1682 Antônio da Silva Barbosa < . o ,
25/05/1682 xx/08/1685 Manuel Muniz o = = E É = <|< <a] wa «lee
JO/08/1685 xx/06/1688 Pascoal Gonçalves de Carvalho vt. > es ts e o ejsjae ja m|m)cá
xx/06/1688 22/08/1692 Agostinho César de Andrade dr x & vs | o
22/08/1692 03/10/1693 Sebastião Pimentel (faleceu) . a o S seunL lala = Vo Sith
03/10/1693 06/10/1694 governo do senado da câmara F =I3S82ºeF |agzie |8 ES slgjajajre gesso)
B6/0/1694 29/06/1695 Apostinho César de Andrade x 3 TREcas |[EÍSIS | Ec R 8 £ =| £ E ER R|2]s
29/00/1695. 14/08/1701 Bemardo Vieira de Melo u “ “o
15/08/1701 xx/12/1705 Antônio de Carvalho e Almeida o e. É o e e
xx/12/1705 30/12/1708 Sebastião Nunes Colares E E B se ã
30/1/1711 20/06/1715 Sulvador Álvares da Silva Flccoç8E |coalP 2E E
2 515
20/06/1715 03/07/1718 invos Amado
Domingos : %g £EE es É
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14. Ilha do Cavalo — caricisei N.S. da da Natividade carmechin
lita hodescalço
A Norio São Francisc o c Mm3
capu 1702
1706 B
d: xS
- BA Norio São Francisco
15. Ilha do jacaré aramurus 8. Pedro capuchinho
5. carmelita descalço 02 >
1702 ————
T » 1687 BA Norio São Francisco b =£
16. Jrupua capuchinho À 1702 c
cariri : ônio e
carmelita descalço
Hha do Irspoa cariri q Pa capuchinho italianos
é PE No sertão do Cobrobó, freguesiaau k o
Tha do Irapuá 1746 PE NS da Conceição dos Rodelas de x
carn o
86
1670-1679 a
PÉ My No! rio! São
do E Francisc A
44. - 1679 PE
[OSanto Antônio Stutoriano m
45. Sorobabé tapuia : A ancisc: PEN
Nosernãtão do !Cobrobó. » freguesia de
SOXINV
N.s. do O 1702-1761 PE £
franciscano
NS da Conceição dos Rodelis '
[lha do Sorobubé porcáz e bran- A ancise: k
N.S. do O franciscano 1746
carurus (tapuia
46. Tapessurama aratoriano ,
1679 PE m
1704 ç
o. ancisc: = 1761
as ,
47. Unhunhum tapuia N.8, da Piedude 1705- PE ser; o do Cobr
No sertã ) abó,, freguesia de
franciscano , NS da Conceição dos Rodelas
ha do cariri N.S.o da Pied
. Anciso: :
ade franciscano 1746
henhum
= = Ts
. Boldrin capuchinho 1670-1677
==
= PB d
49. Curiris ariri N.S. do Pilar Tnz T
carisi franciscan
a)
taypú (tapuia
Nida capuchinhoo 1705-1724
1746 PB
o k
esta 1679
50. Guujiru Potiguara RG lagoa de Guajiru
S. Migue J “
panati 1689
fundiu 1689
51. Guarafras posguara 1678 RG lagoa de Guaraíras
(Çorahiras) teu
caboclos, 1704 y
canindé '
o, :
S. João Batista jesuíta Erct:
52. Apodi
1746-1760 q como .ia Niiss
de Arez (1760)
ões, aros Ú
paiacu S. João Batisistota tesuit;:
Jesuita 1700 RG No córrego das Missões, lago:
e do Apodi
patacu ésiio
terés 1746
.. NS. da Piedade
53. Ceará Mirim ” ces
panacu-açu
as 3. 1702 RG = k
- s a Ui 1€d: Naribeira do Ceará Miri m
54. Cunhaú canindé 1702 RG Na Lagos de São João t
canindé
S. João t
N.S. do Amparo 1704
1706 r
55. Goianinha .. Ê
São João Batista jesuíta .
1704 RG t
!
du Brési existentes
na região do São Francisco. Separ l 16872), publicado por Francisco Leite de Faria. O padre capucin de ta province des capuc
Es
proposi-
se conferirem as condições da proposta de paz cinco dias, a trouxeram vocalmente as 9.º Que também se obrigam a que ndo pon eo sra res im peida
ções seguintes, de modo que mandamos proferir na sua língua c explicaram-nas nossos intér. Grande alguns índios das aldeias dos janduís, lhe dêem ox princi aid da nilera S o
pretos. que o capitão-mor lhes pedir alternativamente, por ser serviço dele À tor vio
a indios
Primeiramente. Que o dito rei Canindé c os tês maiorais, José de Abreu Vidal, Miguel Mas pão he poderão as capities-mores fazer vexação alguna EMO tSBpO que servirem,
Pereira Guajiru Pequeno « Nhangujé, em seu nome, reconhecem ao senhor rei de Portugal, JO É so bretedo que nenhum governador ou cabo dos paulistas os
possi i
dom Pedro, Nosso Senhor, por seu rei natural c senhor de todo o Brasil e dos territórios que as quieta dem ga guerra € deles seja livre e isenta geralmente toda a nação dos
jon er
ditas 22 aldeias ocupavam; e lhe prometem agir como submissos vassalos com obediência s que ao senhor governador e capitão-mor parecer, pasa que vivam
para sempre, e aos mais senhores que lhe mandava a coroa de Portugal; e o dito rei Canindé, tentos € estejam prontos para o serviço d'el-rei nosso senhor. * PERUS vivam con-
É os outros maiorais, € todos os mais desta nação prometem e juram, em nome de todos os mto que tudo visto é ponderado pelo dito senhor Antônio Luís Gonçalves da
Câmara Cou-
seus descendentes, a tal obediência, vassalagem e sujeição a suas leis, como a seu rei e se- À e governador e capitão-gencral deste Estado, atendendo do particular servi t o
nhor; rei caninde, os mais principais acima nomeados faziam a el-rei
c fazer- nosso senhor em todas ds
2.º Que o dito senhor rei d, Pedro, « seus sucessores, sej am obrigados a guardar-lhe pr op a erectam para se lhes conceder à paz e se ficarem evitando
eram e as despesas é
lhe guardar por seus governadores c capitães-generais a liberdade natural em que nasc contingências é do css e uma guerra que havia tantos anos continuava em parte
los portugueses; « do tão
em que pelo direito das gentes devem ser mantidos, como os mais vassa a ER à ração jan luís, que é a mais valorosa « pertinaz na sua defesa e ódio
oa d
mesmo modo a liberdade de suas aldeias; e que nenhuma em cempo algum possa scr pess gueses; sobre cujas hostilidades havia já a serenissima senhora
rainha regente, escrito so
alguma de qualquer sexo, maior ou menor, da nação janduí, escrava nem vendida por qual- “gov
governador c capitão-g itão-geral
eral Francisc Franci o Barreto, carta de 9 de
junciro de 662, , encarregando-l! he
quer título, motivo ou ocasião que seja passada, presente ou futura. a
e ui sa dos Dassalos aquela capitania, donde têm sido sempre
nm ao! ET o! o a! a]. el It: ' io 1
os janduís os mais atrozes
ditas
3.º Que ele dito rei Canindé c todos os principais de sua nação c pente de todas as E que p c 10 se se ficava
ficava dispond dispondo mais À facilme nte a introdução
i ção ã da da doutri
doutrina evangé Elilica
ser batizados e seguir a lei cristã dos portugueses ; sendo para esse fim trata
aldeias desejam “qualq gentilidade; e as armas de Sua Majestade com cinco
> mil arcos a scu favor, , ia
ra . . .
dos como pente livre, « não oprimidos contra sua vontade; Qualquer nação ultramarina ou brasílica que invadir por mar as
praças das capitaniass do Nort Cc
4.º Que o dito rei Canindé e os ditos maiorais e todos os mais principais das outras ladeias ou seus habi itadores pelo sertão. ertão. EE que que sendo as terra dele vastissimas, pediam necessar
ia
se obrigam a guardar toda a fidelidade ao senhor rei de Portugal c sucessores de sua coroa, mente para para a conservaação ção de de cadacada aldeia,aldei a que poderiad ser suficiente as suas lavouras. E
praça
como os mais vassalos. E que sendo caso que alguma armada inimiga venha invadir essa sobret udo que se se e lhes não ê concedem as condiçõ ições propostas, sendn todas tão justas c tão
dos portu-
da Bahia ou a de Pernambuco, Itamaracá, Paraíba ou Rio Grande, porão em defesa =: comia
Cenvenieee nte: s Jo serviçoErvh de Sua Majesta ajes de e sossego daqueles povos; poderiam desgostados
c capitão-general ,
gueses cinco mil homens de armas, todas à ordem do senl hor governador : ações bárbaras, e continuar-se a guerra com novo detrimento dos
vassalos de
aque for deste estado, para com aviso seu marcharem a qualquer hora e tempo àquela praça à ua Maj jestade, rd: dad: suax
perda sa) Fazenda
1:
Real à
e inquietaçi ão das capitanias do Norte; ! além das
que cle os mandar; e para esse efeito estarão sempre bem prevenidos
de frecharia c arcos. iinais suposiç
posiçõe õe s consequentes lentes aa se se tornar as armas, cujas
r nação j contingi ências se não deviam segu
5.º Que do mesmo modo se obrigam a fazer guerra à tod os os gentios de qualque eh co fimd
Ei fuercas E Cra a paz
enta paz i a que se dirigiairigi m, e agora se Jhe pedia se resolveu o dito
Estado; « prometem
que seja à quem os portugueses a fizerem por ordem do governador do ams dna ador « capicio-gencral a conceder em nome d'el-rei nosso senhor
à paz ofereci
à nação dos
ser amigos das nações de que os portugueses o forem; e inimigo das contrárias ez proposições com que o dito rei Canindé e maiorais que em seu
nome a vieram
reciprocame nte os governadore s-gerais, mandando 08
portugueses; o que também guardaram buscar a pediram.
ajudar contra seus inimigos por ser benefício dos porcugueses. É “E de E fatdo lhes prometeu
inté stc] guardá-i-laslas inviol
lgumã invi avelmente, assim, c da mancira que nelas se
6.º Que também se obrigam a que aparecendo nos sesros das terras que possuem a chaixo das ditas condições aceitar. De que me ordenou fizesse
este assento
302 ANEXOS ANEXOS 303
pudessem
sc pusless par.
aldeare e para . ..
Aligue! Pereira e João Pais Florião, ando nte
dame un em aldear Maior capacitá-los lhes deu logo alguma ferramenta, man-
que formou com os ditos E principais José de Abreu Vidal, .
e as mais pessoas que se acharam presentes vo o s pessoa que os fosse acomodar na parte mais conveniente, e par:
português, genro putativo da principal Nhangujé da constusse tudo o tratado acima mandou o capitão-mor nomeasse homen "pen que bem
casa de Sua Majestade, aleaide-mor : ranco mais seu
a este ato. É cu, Bernardo Vieira Ravasco, fidalgo da nesta cidade do confidente que por sua parte aceitasse as condiçõ
es impostas € assinasse
Brasil, o fiz e escrevi
secretário do Estado e Guerra do explicado pelo melhor este tratado com
testemunha de tudo o sobredito, que lhes foi lido e
capitania de Cabo Erio,
Santos, em os dez dias do mês de abril, ano de mil seiscentos e
Salvador, Bahia de “Todos os para que pudessem entende r, para o que nomeou o dito chamado rei ao é mo o possível foi
do maioral José Vidal, cruz
nov enta e dois. Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, cruz Freire de Carvalho, que com o dito capitão-mor assinou perante muitas capitão mor Gaspar
Florião, Brás da Rocha Cardoso, André seus intérpretes que com “eo cssons que presen-
do muioral Miguel Pereira Gu ajeru Pequeno, João Pais tes estavam c do mesmo chamado sei e dos
Cusaio. Bernardo Vieira Ravasco fassinadol. -mor fã savam e mais
capuias que em sua companhia vieram. E de tudo mandou o dito capitão
João de Abreu Bertedo r no este assen-
Ermesto Ennes. Às guerras nos Palmares, to € que se repistrasse donde toca, Die ut supra.
AHU, Pernambuco, caixa 1H; publicado também por seiscentos c noventa e cinco. Bernardo Vicira de Melo, cruz de “Tava Acu G: Ná ano de mil
São Paulo, 1938, p. 422-6.
Carvalho. Ó eutal eu Manuel Eusébio da Costa transladdeste ci bem e fielment
governo e ) de
do Rio do pepróprio de
peito que
ia
da Ribeira do Açu, 20/9/1695 está lançado no livro segundo dos registros da secretar
Retificação da paz feita com os tapt sas junduís cento É quinze a que me reporto. io Grande a folhas
Aos vinte dias do mês de setembr o « leste presente ano nesta cidade do Natal na capitania
de morada do capitão mor dela Bernardo Vieira de Melo c em sua
do Rio Grande nas casas
nome “Laya Açu o epual disse AHU, Rio Grande, caixa 1, 40.
presença se achou também o chamado rei dos tapuias janduís por
vinha com sua própria pessoa retificar a paz que pelos seus principais tinha mandado
que enviando-lhe em
mandado assegurar, Tratado de paz feita com os tapuias ariús pequenos, 20/3/1697
fazer visto que de novo lha havia o dito capitão-mor Rio vosOS vinte
VIC dia
«do més ce de . março deste
em pessoa não só à retificar a mesma paz
q «DFES eres
presente
E
ano nesta cidade
E
do Natal na capitania do
sinal desta um seu bastão e obrigado com isso vinha haveria mais us casas de: morada do capitio-mor
tempo por si nem por outrem des seus ã dela Be imundo Vicira
ici de Mel
se não a assegurar que em nenhum
brancos c se obrigava a ir em nossa companhia a fazê-la a tados os aqueles que presença se achou também o chamado rei dos capuias ariú me Peça que
guerea com
do mui justo, invicto c habitammnnos confins ! desta capitania no mais
a Pd des sesà sento sertões o que
que disse que vinha
não quisessem admitir à nossa amizade, e prometia scr fiel vassalo é
Vi qa ue
a que prometia servir c obedecer e d0s seus sua própria pessoa ajustar a paz por estarem todas as nações mais vizinhas e que residem no
e! eee +! e] e º po 1 e com
feitos na paz tratada com os seus enviados, que são os bripado. É da sua pasto pedia perdão da desobediência e seus crros passados pelos quais
o que estava perto dos ditos capítulo s
promet não só com escender a que se povoassem os sertões que a seu respeito se despo-
que abaixo se declaram: vos am 6enã que com seus soldados ajudaria a fazer currais c casas para se meterem gados
trazer armas mais até O sítio
|.º que descendo dos sestões às nossas p ovouções não poderão nas terras e na e ha bitam, como o haviam feito os do Açu. E com isso o dito capitão-mor lhe
do Jacu, e vindo pela praia até à barra do Ceará
que chamam de Paupã ou da Pirutuba ou deu p dão dos seus cos passados e lhes segurou a paz que pediam tudo em nome do gover-
Mirim; dor e es Pp ú peenera este Estado, dom João de Lencastro, c conforme sua ordem que
para donde eles habitam a enviar
2.º que com os brancos qu e vão para o sertão do Açu ou pa isto té da on m com as condições contidas nos capítulos seguintes:
c os ajudarão para os benefícios dos mesmos gados € -
seus gados terão toda a confo emidade a q e descens O o às nossas povoações, não poderão trazer armas mais até O
condução deles pagando-lhes o seu trabalho; o o a
com os brancos a fazer-lhes : Paupã ou da Pirutuba ou do Jacu, i eRA]vindo pela
ela praia
prai até a barra do Ceará i
3.º que se alguma outra nação se rebelar ou desobedecer, irão
guerra até os reduzirem à nossa obediênc ia;
fugidos dos moradores, antes os ci a com os brancos
2º que m
que voa para
:
e : sertão
n
do Açu ou para donde eles habitam a enviar
4.º que não consentirão em sua companhia os escravos . Ss Lori a a conformidade e oss ajudarão para a os os benefícios
a; i
prenderão e trarão abaixo € se lhe pagará a sua diligênci condução deles pagando-lhes o seu trabalho;
:
st nação, machos « fêmeas, já domés- dos mesmos gados e
5.º que, porquanto entre nós vive alguma gente da
não preten derão levá-los consigo para o sertão por não ser e
-º que se alguma outra nação ssc rebel:
belas ou desobedecer, iirão c 5 br: sa
o
fa;
ticos, catequizados e batizados, que
smo de que saíram maiormente guerra até os reduzirem à nossa obediência;
justo que sendo batizados € filhos da Igreja tomem ao barbari
com 65 brancos a faterhes
e contente s € satisfeit os na companhia dos brancos. 4.º que não consentirã
ntrão
' em sua companhiai os bs escravos
c i
fugidos dos moradore
porque estão todos volunta riament
dito perdão c paz que pediam tudo prenderão € trarão abaixo c sc lhe pagará a sua diligência; ' oradores, antes os
E com isto o dito capitão-mor lhe deu à segurança e o
João de Lencastro, c conforme - joao e porquanto entre nós“ vive
. '
general deste Estado, dom alguma gente da sua nação, machos e fêmeas, já domés
em nome do governador e capitão-
por carta sua a seu antecessor o capitão-mor nto au c quicas
gi os seç tizados. que não
batls: nº pretenderão
tes a levá-los
i consigo
'
para. o sertão ºpor não ser
a sua ordem que sobre este particular achou
admecstado o muito que on do batia os e filhos da Igreja tornem ao barbarismo de que saíram maiormente
Agostinho Cé'ésar de Andrade, c logo pelo dito capitão-mor lhe foi
se sujeitara m à obediênc ia de vassalos de Sua Majestade, que Deus Ec saão tados s | voluntariamente
a , contentes e satisfei
satisfeitos na: companhiaà dos brancos.
lhe convinha assim como € aceitar o sacerdote que hes port Mi caio sa pode haver alguma incapacidade de aceitarem estas condições
espiritual , querendo aldear-se
guarde, e abraçarem juntamente a paz
cristã, ao que respondeu o chamado oe socio eo apitão-mor
Capitão que rnomecassem um branco
mor que a seuse amigo
i « confidente para em scu
lhe administrasse os sacramentos e ensinasse à doutrina ad
na Ribeira do Ceará Mirim desta tar as ditas condições c prometerem a observância delas, o qual clege
rei, falatia com todos os mais past se aklearem dando-se-lhe apitã
pudessem fazer suas plantas por serem as do Açu muito secas pafa tônio Alvares> o reias seuu condutor ora: quem
Correia, e buscaram por ser seu4 conhecido antigo per
conhecido antigo por ser
ter
capitania terras donde
capitão-mor lhe prometeu dar- lhe terras donde eles como a habitação e haver nelas tido gados que com o levante da guerra do dito
nelas sc plantar [ilegível] c o dito
304 ANEXOS
to se destruíram, o qual vendo. stem as condiçõe ições todas racionais e toleráveis as À aceitou ANEXOS 305
mentio sc do em seu nome serer 5s tod; . 20 o ditodito rei
em que também assinou como um nadoucruzo dito te Peca é
capitão-mor
e assinon este
um seucu irmão itão João Pinto Correia. E de tu Anexo 5
irmã por nome o capitão . Joi : y ano de
Se
uZer este assento se registrasse « donde
ce que que se do toca. Manuel 1 Eusébio Eus da Costa o fiz no an O terço do mestre-de-campo
Rios Áelo, cruz4 dodo Peca, id, cruz de6 João ão Pi Pinto
Nr seis
mil ciscentos o e noventa e sete. Bernardo
Vicio de eta
IT Manuel Álvares de Mor
“orrei: ôni io Alvares
ares Corre . O
equal: qual cu Manuel Eusé
Ma I
da Costa transladei bem c ficl-
al As :
ais Navarro em 1698
:
resistros da secretaria deste
secretaria des a. (1) companhia do mestre
ente O DSG no que está lançado no livro seguindo dos registro
do próp governo -de-campo Manuel Álv
a º a ! ares de Morais Navarr
do o RioRio Grande
Gr: a folhasS cento c quinze e verso a. que . me rep
eporto. beiro Garcia (argento-
mor, substituído por o: Antônio Ri-
(capelão
), Francisco Fajardo José de Morais Navarro), frei Antônio
Barros (ajudante do núme de Jesus
a mero), Manuel Nunes ro), Roque Nogueira
AHU, Rio Grande, caixa |, 40. de Azevedo (ajudante (ajudante do nú-
mingos do Prado (alferes, supra), Inácio de Távo
morto), Dom ra (ajudante supra), Do-
cisco Nunes de Siqueira (sar ingos «das Neves Ribeiro
gento supra), João do Prad (sargento do número), Eran
(tambor), e os soldos: Dom o (cabo), Salvador Dias (cab -
ingos João, José de Sous o), Jacinto
Rodrigues, Antônio Ribe a, Domingos de Morais
iro, Manuel da Costa, Navarro, João
Nogueira, Damásio Rodrigue Francisco, José Leite,
s, Francisco Mendes, Lou Manuel Simões, Inácio
bastião Gago, Ascenso Ferreira renço Barbosa, Inácio Ferr
, Leonel de Abreu. eira, Se-
(2) companhia do capitão
Bento Nunes de Siqueira
de Carata (sargento do : Simão Ribeiro (alferes),
número), Marçal Galh
ardo (sargento supra), Manuel
Francisco
donça (cabo), Antônio Nobre de Men-
Caumbor, e
os soldados: 'Iomé Nune
Pereira, Gonçalo Gomes, Gonç s, Geraklo de Carvalho
alo Rodrigues, José Alves, , Cirilo
André de Bitancor, Antônio
() companhia do capitão José Nunes.
Porrate de Morais Castro:
Antônio Cabral (sargento), Antônio
do Conto Gargento), André (ta Manu cl P cdro so (alf eres),
“galo Mendes de Morais, Manu mbor), « os soldados:
cl Rosado, Domingos Ros ado, Gon-
Bernardo, Francisco do Couto. João Pires, Sebastião
Nunes,
: (4) companhia do capitão José de Mor
«hho Góis Meneses (sargent ais Navarro: Francisc
o do número), Bento Meir o Antunes (alferes), Agos
ti-
E Rondon (cabo), José a Barros (sargento supra),
Dias Duarte (cabo), Fran
cisco (tambor), Agostinho
Senta , Anastácio Álvares, Man « os soldados: Francisco
uel Marques, Francisc da Cos-
ÉS Luís, Francisco de Agui o Alvares, Manuel, Dom
ar, Manucl da Costa Vian ingos Soares, José
+Fealvador Rodrigue a, João Barbosa, João Mend
s Góis, João Rodrigues, es, Afonso Dias
Salvador Álvares, 8 chbastiã ,
o Pereira Lobo
(5) companhia do capitão Man
Manuel do Prado Gargento
uel da Mata Coutinho: Marcelino de Oliveira
), Estêvão
de Barcelos Machado (sarg (alferes),
desconhecido” (tambor), « ento), Manuel Cabral
E. os soldados; Sebastião Gonç (cabo),
Jomingues, João- Antunes, MT alves, Ambósio de Avânio,
Simão da Cost
"
a, Manu el Y Miguel
ic rges do Prado, Amaro da Costa Ao
, Antônio da Cunha, Fran .
.
Lopes Maciel, Gaspar
Gomes, João cisco
freira da Costa, Jerônimo de Góis, Luís Gomes,
de F rança Gaia, Roque da Francisco
ifitônio Pais Barreto, Alberto Costa, Pedro dos Santos
Rodrigues, Adtônio d as Nev Resende,
fAlitônio Tavares de Oliv es Loureiro, Brás Rodrig
a eira, Lucas Antunes, Dom
Pedro.
ues Gato,
6 ECompanhia do capitão Ant
ônio Raposo Barreto: Dio
“DEE E
É ira (sargento), Clemente go Barb osa (alferes),
de Cardoso (sargento, mort Marcos de
a (cabo), Manucl Raposo (tam o , José Ribeiro (cabo),
bor), « os soldados: Diogo Manucl Men-
g Etancisco Barbosa, Fran Moreira, Gonçalo Silva,
E] E aL Hc
EE
cisco Pires, João de Cuba João Mar
UZ da Apresentação, s, João Lopes, Apolinár
Eliseu de Macedo, Láza io Martins, José
ro, Antônio, Amaro, Fran
UTIL Rar,
cisco, Antônio.
mpanhia do capitão Sal
vador de Amorim e Oliv
fio Pinheiro (sargento
do número), Silvestre
eira: fancisco Ribeiro (alferes),
R9F), € 08 soldados: Doming Marques (sargento supr
os E Francisco da Silva, a), “desconhecido”
gua. ilva, João de Sousa Antônio Gonçalves Mac
da F onseca, Pascoal Gonç hado, Antônio q
: Rel de Aguiar, Bent alves, Mateus Marinho,
o Rodrigues, João Nun Mateus Gonçal-
podrigues Dias, Gregório es de Siqueira, José
Barbosa, Leandro da Raposo, “Tomás do
d; abricl, Baltasar, Valent Cunha, Antônio da Silva,
im, Domingos, Domingos. Domingos da
306 ANEXOS = =.
. apitão Francisco Lemos Matoso: Antônio Simões Moreira res
(8) companhia do cap ento de número), Manuel Pereira da Costi Gargento su a à Antôni
Francisco Antunes ANN de Lemos, Antônio de Azevedo Raposo, João e bed a,
Sobrinho, João de Lemos do Prado, Manuel Soveral, Ma nio
Manuel
O Deda a
Delgado, João Nunesdes . Francisco Preto Rondon, Gaspar Rodrigues, António oncte,
de Mesquita, Manuel a Diogo Lobo de Oliveira, João Lobo de Oliveira, Domingos
de a e audi Cardoso,
de Morais,
Lized a Miguel Cardoso de Siqueira, Manuel Ferreira, Fran.
de Lino REM
o
cisco
“isco de de itão Bonete.
) Marcelino
Candia,
Antônio Gago de Oliveira: Salvador
de Siqueira Rondon (alto
(9) companhia do capis (sargento do número), Martinho Vaz (sargento supra , 4 mM nes
res), Manuel Luís Correia , Gaspar (tambor), e os soldados: Antônio de Siqueira, João ateus FONTES E BIBLIOGRAFIA
nha ,Silvestre, João Dias, Celestino da
Dias, Antôniofuel. Costa, João de
Rondon,
do ado B:
João Ea panda Ds De
Almeida, José de Andrade, José Dias, Simão de Brito, Migue
. » Siqueira Rondon: Antônio Percira Brito (alferes), :
do aba + Mona lo rambor, e us soldados: Bernardo natisra, Do- -
ud ii
a ncor Francisco Martins Pereira, Manucl de Góis Uomem, anual
André e avapo
Can do Go 16) ão Pereira, Antônio Gonçalves Pereira, Pedro da Silveira. o Ridord a 1. Fontes manuscritas
Domingos de Araújo, Sebastião Correia, 1 au lino isca do, :
Ni Rana À Paio a Pereira
Lázaro tosta, Salvador
Gomes, Sim: do Cota
ue é Pequeno, Diogo, Pedro de Siqueira, Inácio Delgado. Arquivo Elisrónrico UirramaRiNo
Di (AHU) 7 Lisnoa
Códices: 49; 83; 85; 86; 93; 95;
112; 118; 119: 120; 122: 123;
257; 258; 265; 266; 275: € 276. 12H 245; 246; 252: 253; 256;
do mestre-de-campo Manuel Álvare
Fonte: Lista dos soldados do Tia s de Morais Navarro
des assentados na companhia do capitã Papéis avulsos (caixas): Bahia, 2
98). o Manuel da Mata c 3; Rio Grande do Norte, 1,203
THGRN, caixa 89,ca [its “ Je 2 Piauí, |; Pernambuco, 9, ; Paraíba, de 6; Ceará,
Ugo) 10,1 DIZ 13, 14,15. 16, 17,180
Coutinho (1698), JHGRN, caixa 65. : 20.
Arquivo PúBuio Do Estado DA
BAIA (APEB)/ SALVADOR
Códices da seção colonial: 147 tcarta
s do governo a várias autoridade
1663); 148 (car do ta s [registros], 1613-
govers
no a várias autoridades [da capita
e 135.1 (cartas do governo a Sua Majes nia da Bahia], 1697-1704);
tade, 165.4 1665).
HIBLIOTECA NACIONAL DE Listoa (BNL
)/ Lissoa
eção Pombalina: códices 115 (“Liv
ro dos assentos da Junta das Missõ
nárias, ordens « bandos que se es, cartas ordi-
escreveram em Pernambuco ao
Félix José Machado”, 1712-1 715) tem po do governador
e 239 (portarias, ordens, bandos,
overnador d. Antônio Félix editais etc. sendo
Machado, marquês de Montebelo,
1690-1693),
MBLIOTECA DO PAL.ÁGIO DA AJUDA (AJU
E
rcumentos relat DA) / Lisuoa
no AR TE
ivos ao Brasil: 51 V 42: 54 XIII
IGe SIX 452
Elóreca NacionaL. DE Paris (BN
P) / Paris
TEog I euaçre
Seritos portugueses: códices 28 c 30.
Tt TO Histórico E Grognáric
Sad TITESTE
o Do Rio GRANDE
NATAL DO Norru (IHGRN) /
+ 2734, 65, 75, 89, e 99,
DE Estunos Brasimemos
(TEB)/ SÃO Pauto
6 Yan de Almeida Prado:
códice d AZs.
Te
EarTur CERTA
ÚTECA Sr. Jos MinDuin / São PAULO
Onde la Mission des indiens
Kariris du Brezi) situés sur le
Grand euve de S.
BIBLIOGRAFIA
FONTES E BIBLIOGRAFIA
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LAR, Johannes.
Johannes. Mistória
Zistári ou aneisÀ eos5 feitos
fei die Con, dia Privilevi
2, Pontes impressas )
Orident ais GOD a.Trad. port. José Higino so. Ê cumpendia Privile
& Pedro Souto Mai
; /
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grupos e sociedades indígenas contra morado-
res, soldados, missionários e agentes da Coroa
portuguesa. Não obstante, do lado português,
a homogeneização dos povos do sertão (os “ta-
puias”) — em oposição não só ao mundo cris-
tão europeu, mas aos povos tupis, habitantes
Estudos Históricos
do litoral — foi um dos elementos mais impor-
tantes para uma percepção unitária dos con-
flitos ocorridos no Nordeste. De fato, a exten-
sa documentação colonial refere-se ao conjun-
to de confrontos e sublevações dos grupos ta- Através desta coleção, visa-se a dar maior divulgação às mais
puias do sertão nordestino como uma “Guerra recentes pesquisas realizadas entre nós, nos domínios de Clio,
dos Bárbaros”, unificando, dessa maneira, si-
tuações e contextos peculiares, isto é, os luso- bem como, através de cuidadosas traduções, pôr ao alcance de
brasileiros viam-se enfrentando um levante um maior público ledor as mais significativas produções da
geral dos povos tapuias. historiografia mundial. No primeiro caso, já foram publicadas
A Guerra dos Bárbaros foi uma das mais
várias teses universitárias, que vinham circulando em edições
longas, concorrendo com as guerras dos Pal-
mares (1644-1695), da mesma época. De ma- mimeografadas; no segundo, traduções de autores como Paul
neira diferente, não se tratava aqui de defen- Mantoux e Manuel Moreno Fraginals. Entre uns e outros, isto
der uma opção de resistência à escravidão e é, entre a historiografia brasileira e a estrangeira, a coleção
uma comunidade de escapados, mas a sobrevi-
vência de culturas seculares, ou mesmo mile-
também procurará divulgar trabalhos de estrangeiros sobre o
nares, no território que sc via invadido. Apesar Brasil, isto é, de “brasilianistas”, bem como estudos brasileiros
de a Guerra dos Bárbaros configurar-se como mais abrangentes, que expressem a nossa visão de mundo. Em
um conjunto complexo e heterogêneo de ba- outras etapas, projetam-se coletâneas de textos para o ensino
talhas, esparsas no sertão, podemos dividi-la
entre os acontecimentos no Recôncavo baiano
superior. À metodologia da história deverá ser devidamente
(1651-1679) e as guerras do Açu (1687-1705), contemplada. Como se vê, o projeto é ambicioso, e se destina
na ribeira do rio deste nome no sertão do Rio não apenas aos aprendizes e mestres do ofício de historiador,
Grande do Norte e do Ceará. mas ao público cultivado em geral, que cada vez mais vai
sentindo a necessidade e importância dos estudos históricos.
Nem poderia ser de outra forma: conhecer o passado é a única
maneira de nos libertarmos dele, isto é, destruir os seus mitos.
Pedro Puntoni é doutor em história social pro-
fessor de História do Brasil na Universidade
de São Paulo. É também pesquisador do Cen-
tro Brasileiro de Análise e Planejamento (Ce-
brap). Publicou, nessa mesma coleção, o livro
A M&era Sorte: a escravidão africana no Brasil
Holandês e as guerras do tráfico no Atlântico Sul,
mi
1621-1648.
91788527/10568
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