Você está na página 1de 164

Estudos Históricos Nº segunda metade do século XVII, a ex-

pansão da fronteira colonial na América


portuguesa criou novas zonas de contato e fric-
ção com as populações autóctones, nem sem-
. pre integradas ou subjugadas pela força mili-
Pedro Pun tont tar ou pela iniciativa dos missionários. No caso
das capitanias do norte do Estado do Brasil,
onde se estabelecera um sistema econômico
À G U E R.
RÃ D O S B Á RBA RO S e social baseado na produção de açúcar, o pro-
cesso de expansão da economia colonial im-
POVOS INDÍGENAS E A Plicou duas formas distintas de apropriação do
COLONIZAÇÃO DO SERTÃO à zona produtora
da mercadoria de expora:
NORDESTE DO BRASIL, 1650-1720 ção, o açúcar, e do sistema produtivo coadju-
vante (alimentos, tabaco etc.). De outro, a zona
da pecuária: o sertão. Para esta região conver-
giam as tensões e conflitos resultantes da ex-
pansão cerritorial da Colônia. Tensões essas
agravadas com o desenrolar dos acontecimen-
tos das guerras holandesas, que envolveram
na dinâmica conflituosa do mundo colonial
vários povos autóctones de maneira irrever-
sível. Com efeito, entre 1651 e 1704, o sertão
foi palco de uma série de conflitos entre os
povos indígenas e os colonos luso-brasileiros
— conflitos que em seu conjunto foram co-
nhecidos na época como a Guerra dos Bárba-
ros, porque por “bárbaros” sc tomavam os in-
dígenas que imaginavam estar “invadindo”
as fronteiras do Império português e cristão.
Apesar de alguns historiadores procurarem
intespretá-la como um movimento unificado
de resistência (como uma “confederação”),
essa caracterização é coeva aos acontecimen-
tos, participando da lógica de extermínio a que
chegou a política indigenista do Império. Re-
sultado de diversas situações criadas com o
avanço da fronteira da pecuária e a necessida-
de de conquistar e “limpar” as terras para à
criação do gado, esta guerra envolveu vários
>

us ' Capa: Dança dos índios tarairiús. Óleo de Albert Eckout,

MRUFAPESP EDITORA HUCITEC fes p 1654


ESTUDOS HISTÓRICOS
EruLos EM CATÁLOGO
08), Fernando Novais
Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial (1777-18
Cardoso de Mello
Meramunfoses da Riqueza — São Pando, L$45- 1895, Zélia Maria
O Engenho font. E), Manucl Moreno Fraginals
Hirano
Pré-Capitalismo e Capitalismo (À Formação do Brasil Colonial), Sedi
O Engenho tvols. 1 e 11H), Manuel Moreno E rapinals
Weinstein
A Barraca na Amasônia: Expansão e Decadência (1850-4 920), Barbara
França e Ceard: Origens do Capital Estrangei ro no Brasil, Denise Monteiro Takeva
Eurapa,
Novais
A Independência do Brasil, Carlos Guilherme Mota & Femando
Império, Wilma Peres Costa
A Espada de Dâmucles: o Pixértito, à Guerra do Paraguai e a Crise do
do Ensaio de Sedição de 1798, Istvân Janesó
Na Bahia Contra o Império: História
Í Uma Cidade na Transição. Santos: (8701913, Ana Lúcia Duarte Lana
Praga Filho
: Menigos, Muleques e Vadios net Babia do Século XIX, Walter
Forasticri da Silva
' Colônia e Nutivismo: À História como “Biografia da Nação”, Rogério
Portugal na Epoca da Restauração, Eduardo D'Oliveira França D O S B .
A G U E R R A
i A Noca Atlântida de Spix e Martius: Natureza € Civilização na Viagem
pelo Brasil (ISIT-AS2O), 4 ARBAROS
Karen Macknow Lisboa POVOS I ND Í GENAS E A COLONIZA Ç Ã O
ta r Minas Gerais no Século NVHE), Luciano Raposo de Almeida
dnitas (Vida Familiaem
DO SERI ÃO NORDESTE DO BRASIL,
9), Jonci
Uma Repúbitca de í eitores: História e Memória na Recepção dus Cartas Chilenas (1545-198
: eteira Furtado ! 1650-1720
as (1735-1808), Marco Antonio
: O Universo do Indistinto: Estado e Sociedade nas Ainas Setecentist
E Silveira
1960-1980,
i Estado e Agri pura no Brasil: Política Agricola e Alodernização Econômica Brasileira
? Wenceslau Gonçalves Neto
Moisés Ribeiro
A Ciênia das Trópicos: À Arte Médica no Brasil do Sécuto XVI, Márcia |
4 A Republica Bensina a Morar (Melhor), Carlos A. G. Lemos
), Márcia Regina
i A Nação como Artefato: Deputados do Brasil nas Cortes Portuguesas (1821-1822 bh,
i Berbel NV /
brasileira, Rafacl de $” ue .
i Administração e Escrirviddo: teleicas sabre a gestão da agricultura escravista - VMA
À Bivar Marquese pus
sráfico no Atlântico sul
! A Mísera Sorte: A escravidão africana no Brasil holandês e as guerras do ) n
: (1621-1648), Pedro Puntoni q
setecentistas, jania Ferreira
: Homens de Negócio:À interiorização da metrópole e do comércio nas Minas €f

Furtado to
A República Ensina a Morar (Melhor), Carlos A. C. Lemos f huo vo pag .
A Historiografia Portuguesa, Hoje, José “Vengarinha
no “longo” século KVL,
Bases da Formação Territorial do Brasil: O território colonial brasileiro
061 a dd da

Antonio Carlos Robert Moraes


A Bahia e a Carreira da fadia, José Roberto do Amaral Lapa a

A Imigração Portuguesa no Brasil, Eulália Maria Lahmeyer Lobo

tolv
.
DO MESMO AUTOR; NA MESMA COLEÇÃO, NA EDITORA
HRICITEG PEDRO PUNTONI
Guerrasdo Tráfico no Atlântico Sul, 1998
Adlisera Sorte: a lisoruvidão Africana no Brasil Holandês eas

A GUERRA DOS BÁRBAROS


POVOS INDÍGENAS E A COLONIZAÇÃO
DO SERTÃO NORDESTE DO BRASIL,
1650-1720

ST UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Reitor Adolpho José Melfi


Vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz

posermma EDETORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Comissão Biditorial José Mindlin (Presidente)


Laura de Mello c Souza
Murillo Marx
Oswaldo Paulo Foracttini
Plinio Martins Filho

Diretar-presidente Plinio Martins Filho


Diretora Biditorial Silvana Biral
Diretora Comercial lana Urabayashi e dusp
Disetora Administrativa Angela Maria Conceição Torres
, a 7 AP ESP [O
tiditorassistente João Bandeira
fuso
Copyright O 2000 by Pedro Puntoni

Dados Intemacionais de Catalogação nã Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Puntoni, Pedro
Nur-
A Guerra dos Bárbaros: Povos Indígenas « a Colonização do Sertão
Hucitec:
deste do Brasil, 1650-1720 / Pedro puntoni. - São Paulo:
— (Iistudos Elis-
Editora da Universidade de São Paulo: Fapesp, 2002.
tóricos; dd)

Bibliografia
ISBN 85-271-0568-3 (Hucitec)
ISBN 85-314-0684-6 (E dusp)
“PVignorance du passé ne se borne pas à
1. Brasil — História — Período colonial 2. Brasil, Nordeste — Histó-
nuire à la compréhension du présent; elle
fia 3. Índios da América do Sul = Guerras — Brasil, Nordeste 4. Povos
1 "Vítulo. WE. Fítulo: Povos Indigenas ca compromet, dans le présent, I'action même.”
indígenas— Brasil, Nordeste
Colonização do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-172
0. [IE Série. Marcu Broctu. Apologie pour Histoire
ou Métier d'historien, 1949.
CDD-980,43
02-0803
“O meu intento neste trabalho foi servir
Índices para catálogo sistemático:
Cucrras: Poti 4 dale ainda cá aos índios, já que não posso mais
L.Brasil: Sertão Nordeste: Povos indígenas: Guerras: Periodo colonial:
a cera
980.413 fazer lá [...]”
História
2.Guerras: Povos indígenas: Sertão Nordeste: Brasil:
Período colonial: BERNARD DE NANTES. Katecismo Índico
980,413 da língua Kariri, 1707.
História

Direitos reservados à

Vditora Hucitec Lida. . .


|
Rua Gil Eanes, 713 — 04601-042 — São Paulo — SP — Brasil |
— (Oxx 11) 8093-5938 (fac-símile)
el. (O0xx1 D) 5044-9318 — (0xx11) 5543-5810 (área comercial)
www.hucicec.com.br — cemail: hucitecBterra.com.br

Co-cdição com a

Edusp — Editora da Universidade de São Paulo


Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374
0 — São Paulo — SP — Brasil
6º andar — lid. da Antiga Reitoria — Cidade Universitária — 05508-90
Eax (0xx 11) 3091-415 1- "Vel. (0xx1 1) 3091-400 8/3091-4 150
wwnwusp.br/edusp — e-mail: eduspecdu.usp.br
Printed in Brazil 2002

Foi feito o depósito legal.


SUMÁRIO

PREFÁCIO pág. 13
Agradecimentos 18
1. NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 21
À pecuária € os caminhos do sertão 22
Minas de salitre 29
Fazendas e currais 34
Resistência indígena «e extermínio 43

2. O PAÍS DOS TAPUIAS 49


O “muro do demônio” 61
À missionação entre os tapuias 71
Confederação dos cariris? 77

3. GUERRAS NO RECÔNCAVO 89
Jornadas do sertão, 1651-1656 91
A Guerra do Orobó, 1657-1659 97
A Guerra do Aporá, 1669-1673 107
As guerras no São Francisco, 1674-1679 116
4. A GUERRA DO AÇU 123
À campanha de Antônio de Albuquerque Câmara, Domingos
o Jorge Velho e Manuel Abreu Soares, 1687-1688 133
' A campanha de Matias Cardoso de Almeida, 1690-1695 145
A rendição dos janduís, 1692 157
Guerra ofensiva x guerra defensiva 163
O terço do mestre-de-campo Manucl Álvares de Morais Navarro 177
ÃO SUMÁRIO
,
pás. 181
5. O TERÇO DOS PAULISTAS 186
A “guerra do Brasil” 192
A Guerra dos Bárbaros c as jornadas do sertão 196
Paulistas e os “ares do sertão” 202
Cabos e soldados 210
Dinheiro « farinha
225 ]
ICONOGRAFIA ABR EVI ATU RAS
6. PAULISTAS x MAZOMBOS 241
243 ARQUIVOS
O massacre no Jaguaribe, 1699 ARU Arquivo Histórico Ultramarino. Lisboa
245
Uma guerra injusta A EB Arquivo Público do Estado da Bahia. Salvador
255
o A devassa de João de Matos Serra 266 Aluca Biblioteca do Palácio da Ajuda. Lisboa
Armas de fogo Biblioteca Nacional de Lisboa. Lisboa
271 B é
Da prisão do mestre-de-campo à dissolução do terço BNI Biblioteca Nacional de Paris. Paris

283 OE postituto de Estudos Brasileiros. São Paulo


IHGRN postituto Histórico « Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro
EPÍLOGO c
Geopráfiáfico
co é« Geogr io Grande
5 nstituto Históririco do Rio Grande do Norte. Natal
.
cronológico
291
Anexo 1. Quadro
COLEÇÕES DE DOCUMENTOS IMPRESSOS E PERIÓDICOS
293
Anexo 2. Reis, governadores c capitães-mores Anais da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro o
ABN
e Anexo 3. Missões e aldeamentos no sertão nordeste do Brasil 295 ACS Atas da Câmara, Documentos Históricos do Arquivo Municipal. . Sal-
1 no século XVII vador
. 300 .
V Anexo 4. Tratados de paz, 1692-1697 ACSP Atasda Câmara da Vila de São Paulo. São Paulo
Álvar es de
Anexo 5. O terço do mestre-de-campo Manuel 1698 305 AMP Anais do Aluseu Paulista. São Paulo
Morais Navarro em
€Ss cartas do Senado, Documentos Históricos do Arquivo Municipal.
307 ou Da vador
jE FONTES E BIBLIOGRAFIA RAM pocumentos Históricos da Biblioteca Nacional. Rio de Janciro
cvista do Arquivo Municipal. São Paulo
E o o
RAP Revista do Museu Paulista. São Paulo
Índice das tabelas e dos mapas Ros. Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo. São Paulo
campo Morais .
| “Tabela 1. Distribuição das etnias no terço do mestre-de- AP istórti ico e Geogrd:)
Revista do Instituto Arqueológiigico, Histór
Navar. ro .
206 V: Recife eográfico Pernambucano.
o . . Navarro 209 :
o “Tabela 2. Motivo das baixas no terço de Morais e RIHGB Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio d i
: Tabela 3. Valor das contr ibuiç ões previs tas na finta de 1654 para a jornada do Ceará. F rá Le peneir
cza o
RIHG O Revistaa do
do Institu to Histór ico e Geográ fico
Instituto Histórico e Geográfico d Ri o . are
do sertão, segundo asterçocompanhias e-de-das ordenanças 215 RIHGRN Revist
do mestr campo Morais Navarro e o Rio Grande do Norte. Natal
E Tabela 4. Valor dos soldos no
217
! estimativa de custos totais
e-de-campo Morais
| “Tabela 5. Dinheiro despendido com o terço do mestr 219
3 Navarro, 1698-1702
Í , século XvII 23
Í Mapa 1. Bahia, Pernambuco c capitanias anexas 93
dentro, século XVII
a Mapa 2. O Recôncavo Baiano € o sertão de 130
3. Perna mbuco c as capita nias anexas , século XVII
| Mapa

i
PREFÁCIO

«Morra conrusão. Muita luta. Muito mistério” É assim


que Câmara Cascudo definc a guerra dos índios no sertão do Rio Gran-
de, entre 1687 « 1704, Nas suas palavras, “a maior [campanha] que o
Brasil conheceu em todos os tempos”.! Este episódio da Guerra dos
Bárbaros, conhecido como a Guerra do Açu, em razão da ribeira do rio
que abrigou a maior parte dos combates, foi sem dúvida o mais impor-
tante do longo ciclo de guerras movidas contra os povos do sertão nor-
destino. À Guerra dos Bárbaros, iniciada no que chamamos aqui as Guer-
ras no Recôncavo Baiano (1651-1679), marcou o destino da América
portuguesa e das civilizações indígenas que resistiam à sua expansão.
Na verdade, mais se aproximou de uma séric heterogênea de conflitos
que foram o resultado de diversas situações criadas ao longo da segun-
da metade do século XVII, no quadro das transformações do desenvol-
vimento do mundo colonial, do que de um movimento unificado de
resistência. Estes conflitos envolveram índios, moradores, soldados, mis-
sionários e agentes da Coroa portuguesa, e tiveram lugar na ampla re-
gião do sertão norte: o atual Nordeste interior do Brasil, que compreen-
de a grande extensão de terras semi-áridas do leste do Maranhão até o
norte da Bahia (ou seja, o vale do São Francisco), englobando parte do
Ceará, do Piauí, do Rio Grande do Norte,? da Paraíba e de Pernambuco.
!
i Um dos episódios mais violentos de nossa história, a Guerra dos Bár-
|t baros foi também um dos mais longos (1651-1704), concorrendo com as
; guerras dos Palmares, ocorridas na mesma época. Contudo, apesar da

! Luís da Câmara Cascudo. História do Rio Grande do Norte. Rão de Janciro, 1955, p. 96.
2 Neste livro, a capitania do Rio Grande é nomeada sem o adjeto “do Norte”, que
passou a ser corrente após 1737 para diterenciá-la da capitania do Rio Grande de São
Pedro, depois Rio Grande do Sul.
14
PREFÁCIO 15
Id PREFÁCIO
aliás, do que a relati- O segundo motivo ainda pertence ao âmbito da documentação, que
vasta quantidade de documentos — muito maior, não apenas dificulta a pesquisa, como de fato não registrou a série de
foi escrito sobre ela, € isso por vá-
va à “Tróia negra” —, muito pouco conflitos com à dimensão pertinente. O fato é que pouco interessava à
da historiografia por um
rios motivos. Primeiro, certo desencantamento mísera epopéia portuguesa nos trópicos a seqiiência quase ininterrupta
mas cujo trato com a docu-
período de nossa história tão importante, de assassínios c massacres que acabaram, por pouco, reduzindo os po-
entre as guerras holande-
mentação parecia muito árduo. Comprimida
o encanto do século das vos autóctones até a sua completa extinção. Dessa mancira, os depoi-
sas e a descoberta do ouro em Minas, com todo
pletora arquivística mentos, os relatos e os testemunhos ficaram por séculos guardados no
Luzes, a segunda metade do século XVII, “diante da “Faz ain- recôndito de uma documentação administrativa, referida às mercês e
Cabral de Mello,
do Brasil Holandês”, nas palavras de Evaldo
as fontes narrativas; à promoções de funcionários da Coroa, às políticas mesquinhas que mais
da hoje figura de parente pobre”. Pois “são raras diziam respeito à contabilidade das fazendas ou aos arreglos entre pe-
é de consul-
documentação, quase toda monotonamente administrativa, quenos poderosos, leais súditos, do que à história dos homens. Não há
exclui automaticamen-
ta difícil e penosa e, mercê deste caráter oficial, sequer uma crônica coeva dos acontecimentos. O historiador dessas
passado colonial”. De maneira que esta documen-
te grandes fatias do guerras se vê, então, diante de um papelório no qual deve garimpar,
ao gosto da historiografia
tação impossibilitou “as sínteses de período, tão aqui e acolá, pequenos indícios, com base nos quais poderá formar uma
do assunto, confes-
oitocentista”.* Capistrano de Abreu, que entendia
mais lhe seduzia era visão mais abrangente dos sucessos.
sava em 1887 a seu amigo Rio Branco que 0 que Por fim, como na época não havia interesse em sequer registrar quem
holandesa”. Na obra
“o século XVII, principalmente depois da guerra
diz respeito às guerras se aniquilava te, como veremos, esta é sem dúvida uma das mais cho-
de Varnhagen, nas suas palavras, “tirando o que
este século. cantes complicações encontradas pelo historiador, afinal, quem eram
espanholas e holandesas, quase nada há para representar
principal. Para o os bárbaros?), isso ecoava, sem dúvida, na historiografia oitocentista
Preencher essas lacunas é portanto o meu interesse
o problema não é difícil, mas para o resto, sem formadora dos cânones factuais de nossa História. À lengalenga
estado do Maranhão,
tarefa árdua”.* indianista de nossos românticos, primevos historiadores, não vingara para
crônicas e apenas com documentos oficiais, parece-me
páginas à Guerra dos além da pura afirmação do mito de um índio ancestral, espécie de cle-
Varnhagen, com efeito, não dedica mais que duas
com adágio mento referencial na reconstrução historicista da literatura romântica e
Bárbaros na sua História Geral do Brasil, nas quais conclui, então os de símbolo privilegiado da especificidade da pátria. Neste momento
“Nas capitanias do Ceará € Rio Grande davam
de fazendeiro: afora a Confederação dos Tamoios, que Gonçalves de Magalhães publi-
dado ao episó-
índios muito o que fazer”.* Com exceção do tratamento
do movimento cou no mesmo ano em que Varnhagen trouxe a Jume o primeiro volu-
dio dos Palmares, impulsionado com o fortalecimento me de sua História (1857), quase nada mais se escreveu sobre a resis-
moderna,
negro, € o espaço conquistado pelo escravo na historiografia
em analisar a dinã- tência indígena ao invasor europeu. Os índios ficaram, por muitos anos,
principalmente de cepa marxista, que se preocupou assunto apenas dos arqueólogos ou dos antropólogos. Foram estes, en-
nada, quase nada,
mica das classes no período formativo de nossa nação, fim, que trouxeram, pouco a pouco, a necessidade de se escrever a his-
ficou do período.
tória destes povos. Fenômeno que ganhou impulso, como já foi dito,
com a nova carta constitucional de 1988, que garantiu direitos aos habi-
São Paulo, 1996, p. 12. tantes ancestrais do (hoje) território nacional, como que reconhecendo
3 Evaldo Cabral de Mello. 4 fronda dos mazumbos.
). H. Rodrig ues (cd.). Correspondência de Capistrano de desse modo, séculos de lutas por sua sobrevivência.
4 Cara Rio Branco, 30/3/1887.
de Abreu, desta vez em carta à
Abreu. Rão de Janeiro, 1954, vol. 1, p. 113. Capistrano Brasil seria
Em nosso século, a história da Guerra dos Bárbaros já havia sido
“o ideal da história do
João Lúcio de Azevedo (14/9/1916), explicava que timidamente tratada por duas vertentes da historiografia. Uma pri-
o lugar ecupad o pelas guerras flamen gas e castelhanas passasse aos su-
uma em que meira, a historiografia regional, cearense, potiguar ou pernambucana
acredit ava, contud o, que tal coisa pudesse scr
cessos estranhos a tais sucessos”. Não
to: “talvez nossos netos consig am ver isto”. Citado na “introdução” de inscreveu os episódios na cronologia local ou, ao correr da pena, na
feita de imedia
os de históri a colonia l & Os caminhos antigos e O biografia dos pró-homens. Mais recentemente, historiadores como
José Honório Redrigues aos Capítul
povoamento do Brasil. Brasília, 1963, p. 12. Carlos Studart Filho, para o Ceará, « Olavo de Medeiros Filho, para o
do Brasil. São Paulo, 1975, tomo 3, Pp.
$ Francisco Adolfo de Varnhagen. História geral - Rio Grande do Norte, atualizaram em termos modernos esta perspec-
256.
prEpÁCIO 17
6 PREFÁCIO
se haviam metido sológico do sertão « em suas conexões com as políticas indigenistas em
tiva local. Em São Paulo, já que os “bandeirantes”
”»

à historiograf ia regional pro- prática. Neste sentido, procurei compreender os novos padrões que se
indelevelmente nas guerras do Nordeste,
Affons o de Taunay. Seu imprimiam no relacionamento do Império com as nações indígenas, to-
duziu talvez à melhor cronologia, na letra de
e da documentação madas, desde então, como estorvo à expansão c ocupação do território.
estudo, contudo, está quase que restrito à anális
ada integr almente, Em outras palavras, se as guerras seiscentistas estão na raiz dos meca-
da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, public
cos. Inseri do na nismos de aniquilamento destas humanidades originárias — constituin-
para o assunto, nas páginas da série Documentos Históri
da Guerra dos do o preâmbulo do genocídio que seria em grande medida completado
sua História Geral das Bandeiras Paulistas, o episódio a
páginas da Revist ao longo de século XIX —, o que vimos surgir no decorrer da Guerra
Bárbaros ganhou até uma edição em separata nas
ram esses passos € dos Bárbaros foi uma nova orientação política do Império português,
do Arquivo Municipal” Outros conterrâncos segui
vezes até um pouco levada à termo pelos seus agentes coloniais com o fim de produzir o
nos deixaram páginas sobre tais guerras, algumas
sertanejos. extermínio das nações indígenas do sertão norte. Diferentemente do
constrangedoras, nas crônicas das atividades desses
relaci onada a uma tentat iva de escrever século XVI, quando, em contato com os grupos tupis da costa e no con-
Uma segunda vertente está
indíge na e articul a-se, assim, com as pers- texto de afirmação do domínio, estas guerras objetivavam o extermínio
uma história da resistência
capítulo, na total e não a integração ou submissão. É certo que os Quinhentos assis-
pectivas renovadas da história dos índios. Trata-se de um
Hemming, sobre a con- tiram a guerras implacáveis contra os habitantes originais, como os cactés,
verdade, do estudo mais compreensivo de John
da Cruz que haviam comido o bispo Sardinha, ou os aimorés e mesmo os tamoios,
quista dos índios “brasileiros” (sic), é do livro de Maria Idalina
foi a primeira a ul- massacrados pelo governador do Rio de Janeiro, Antônio Salema, no
Pires, Guerra dos Bárbaros. Esta autora, com efcito, €
teca Nacional, ano de 1575. No entanto, jamais se baviam mobilizado tantas tropas
trapassar o universo restrito da documentação da Biblio
do Arquiv o Histór ico Ultramarino. tanto esforço para debelar de “mancira definitiva” a resistência dos au-
incorporando pesquisa nos papéis
do, este livro, que é referê ncia obri- tóctones à ocupação de um vasto território. Os tapuias cram tomados
Originalmente dissertação de mestra
Bárbar os, restri nge-se , porém, ao episó- por ampla e duradoura muralha que sc erguia no sertão, obstando a cx-
gatória à história da Guerra dos
“Guerra do Açu”, não focalizando a Guerra de pansão do Império e a propagação da “verdadeira” fé, como empecilho
dio agui denominado
por sua vez, está ao desenvolvimento da economia pastoril e à exploração dos minérios.
maneira integral, como ela mesma explica. Hemming,
“ín- O livro está dividido em seis capítulos. No primeiro, procuro apre-
preocupado em historiar a conquista c o desaparecimento desses |
para sua situa- sentar o quadro geral da expansão da pecuária, nos marcos do sistema
ú dios brasileiros”, mas com interesse muito mais voltado
a, ainda estava por fazer uma narrativa mi- colonial, para compreender os vetores da penetração nos sertões e à
ção presente. De toda mancir
pelo menos o quant o permit isse o maior dinâmica dos conflitos que se estabeleceu, notadamente na segunda
i nuciosa dos acontecimentos,
d metade do século XVII, na fronteira do nordeste da América portugue-
esforço de pesquisa. i
sa. A idéia é entender a natureza da resistência indígena que implicará
4
2 quadro mais
A perspectiva desse trabalho é inserir esses conflitos no
f socied ade na perifer ia do Antigo a guerra de extermínio promovida pelos luso-brasileiros. No segundo
compreensivo da formação de uma
sucess iva de batalh as e recontros, capítulo, discuto como as classificações conferidas aos povos indígenas
Sistema Colonial. A dinâmica da série
de Guerra dos Bárbar os, foi pro- estão na raiz da definição de uma política indigenista relativa aos ha-
que se articulam nesse todo chamado
imple menta da no contex to me- bitantes do sertão e embasam os sucessos da Guerra dos Bárbaros. Os
curada sobretudo na estratégia militar dois capítulos seguintes, “Guerras no Recôncavo” e “Guerra do Açu”,
recuperam a narrativa dos acontecimentos, batalhas c recontros no Re-
——————
, 1966; e Olavo de côncavo Baiano, entre 1651 e 1679, « no Rio Grande c Ceará, entre
* Carlos Studart Filho. Páginas de história e pré-história. Fortaleza “1687 € 1699, isto é, até a formação do terço do mestre-de-campo Ma-
1997.
Medeiros Filho. Aconteceu na capitania do Rio Grande. Natal,
. São Paulo, 1950, princi- nuel Álvares de Morais Navarro. No quinto capítulo, procuro compre-
7 Affonso de E. Taunay. História geral das bandeiras paulistas
palmente o vol. 6; e “A Guerra dos Bárbaros”. RAM, 22:1-331, 1936. nder a exata dimensão desse terço, no quadro mais amplo das forças
indígena e conflitos no Nor
* Maria Idalina da Cruz Pires. Gherra dos Bárbaros: resistência brazilian
Militares na Colônia, c apresento uma análise de sua formação, com-
Gold. The conquest of the
deste colonial. Recife, 1990; e John Hemming, Red ;posição, financiamento e dinâmica. O capítulo final trata da atividade
capítulo 16, “Carte”, p. 345-76.
indians, Cambridge, 1978,
prREFÁCIO 9
IS PREFÁCIO
Grande, entre 1699 e 1716. colegas c amigos. Agradeço a José Arthur Giannott e a Luiz Felipe de
do terço dos paulistas no sertão do Rio
acre de quatrocentos paíacus na Alencastro, pela confiança e incentivo, e aos colegas da área de história
Tomando por base a narrativa do mass
de 1699, e dos desdobramentos e antropologia, John Manuel Monteiro, Miriam Dolhnikoff Angela
fibeira do Jaguaribe, em 4 de agosto
feita pelos oratorianos de Pernam- Alonso e Paula Montero, assim como aos outros amigos da Rua Morga-
posteriores, com à denúncia de abusos
ro compreender os conflitos do de Mateus. Agradeço, em especial, ao grande companheiro, de idéi-
buco, missionários dos ditos tapuias, procu
à “nobreza” pernambucana. as e princípios, Omar Ribeiro Thomaz,
entre os paulistas € Os moradores associados
ito intra-elite colonial, quanto Agradeço aos funcionários das diversas instituições, arquivos c biblio-
Para além da análise da situação do confl
à luz da “fronda dos ma- tecas onde realizei a pesquisa, especialmente os do Arquivo Histórico
a disputas por terras, este episódio foi visto . “Trata-se, en- Ultramarino em Lisboa c os da Biblioteca Nacional de Paris. Parte impor-
do Cabral de Mello
zombos”, tal como estudada por Eval
a de extermínio movida contra os tante do trabalho foi feita na magnífica biblioteca de José Mindlin, a
tão, de perceber as relações da guerr
índios do sertão, tidos por bárbaros€ indomáveis, com as disputas polí- quem agradeço, assim como a Cristina Antunes. o
uguesa no final do século XVII. Em Paris, encontrei um ambiente de agradável discussão nos semi-
ticas que se gestavam nã América port
as identidades regionais em for- nários da Sorbonne IV e da cole des Hantes Etudes en Sciences Sociales
Disputas que estavam articuladas com
pernambucano, fosse no âmbito Agradeço a Kátia de Queirós Mattoso, professora, admirada historiado-
mação, fosse no tocante do nativismo
paulistas. ra e amiga. Outros mestres ajudaram este aprendiz, entre os quais, gos-
de identidades “grupais”, no caso dos
A proposta deste traba lho é, porta nto, desvendar esses mistérios, nar- taria de destacar Vera Lúcia Amaral Ferlini, Stuart Schwartz Sérge
No mais, como dizia o Rosa, “mes - Gruzinski, Laura de Mello e Sousa e Mary del Priore. :
rar essas lutas, entendera confusão. Agradeço também o apoio dos colegas da pós-graduação, companhcei-
ade”.
mo, da mesmice, sempre vem à novid
ros de geração, particularmente a Iris Kantor, Karen Lisboa, Márcia
Padilha Loctito, Maria Cristina Wissenbach, Maria Fernanda Bi alho
Agradecimentos o
Sílvia Barreto Lins e Paulo Garcez Marins.
, de minha tese de dou- No Nordeste, fiz amigos que partilham o interesse pelos tapuias
Este livro é versão, ligeiramente modificada
ao Prog rama de Pós-Gradua- indômitos: Fátima Martins Lopes, Maria Idalina da Cruz Pires Marcos
toramento apresentada em junho de 1998
ofia, Letra s e Ciências Hu- Galindo e Luiz Sávio dc Almeida. Olavo de Medeiros Filho, que co-
ção em História Social da Faculdade de Filos ca nheci em um encontro em Penedo, orientou-me nos arquivos do Justi-
. Na ocasião, contei com a críti

o
manas da Universidade de São Paulo

DERDO ctlemaia atoa


ade
s José Jobson de Andr tusto Histórico do Rio Grande da Norte com a mesma inteligência e gene-
judiciosa da banca, formada pelos professore
de Andrade e Eduardo Viveiros rosidade com que me guiou pelos caminhos do sertão, na ribeira do
Arruda, István Jancsó, Manuel Correia
sugestões, que espero ter Açu ou no sopé da serra do Acauã.
de Castro. Agradeço a cada um deles pelas Evaldo Cabral de Mello, mestre e professor, auxiliou-me com docu-
se apresenta ao leitor. Sou gra-
conseguido incorporar nessa versão que i
orientador c amigo, Fernando mentos, livros e conversas. Em sua prosa encontrei Pernambuco c o
to pela confiança € dedicação de meu certo equilibri .
Novais. Nos últimos quinze anos, sua prese
nça marcou não apenas este Nord
ua ndendo “um “um certo equilíbrio leve, na escrita, da arquite-
apre«ndendo
e meu destino.
trabalho, mas sobretudo minha formação
Científico e Tecnológico Outros amigos estiveram próximos nos momentos mais difíceis ou
Agradeço ao Conselho Nacional de Desenvolvimento para estagiar : divertidos destes anos de pesquisa. E entre eles, gostaria de agradecer
c me concedeu bolsa
(CNPa), que financiou este trabalho especialmente a Ana Lúcia Duarte Lanna, Clóvis Cunha, Iside Mes-
eus. Agradeço também à
um ano nos arquivos e universidades curop
isa do Estado de São Paulo que concedeu
Fundação de Amparo à Pesqu
E ana Isabel Limongi, Rodrigo Naves, Vinícius de Figuciredo c
doss A per Fernanda Barbara esteve presente em todos os passos
auxílio para a publicação deste livro. st a o, um pouco menos se ao final,
e masae sempre
q presente. Dela
to (Cebrap), desde os tem-
O Centro Brasileiro de Anelise e Planejamen de de-
de Quadros, foi lugar
pos de bolsista do Programa de Formação Souabro E meus ; pais,
pai Geraldo e Ti'Tiche Puntoni, que me apotaram
trei grand e vigor e rigor intelectual.
bate € reflexão no qual encon
com o suporte generoso dos nd tonalmente e permitiram a conclusão deste trabalho.
projeto da tese ali nasceu € toi concluído,
20 PREFÁCIO
Oliv eira , ari
ri
nhoçasament
» a-
e 1 inceq nti ivou
Min ha com pan hei ra, Malu de 1 1

todos os obstáculos finais, todas as difi-


me e tornou possível super ar à
be apontar os problemas c ajudou
culdades. Leitora primeira, sou cla,
chegaria a seu bom £ ermo. Para
resolvê-los. Sem ela, este livro não
amor.
este trabalho é dedicado. Com
l
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES

ÁLviano, nos Diálogos das Grandezas (1618), reclamava dos


moradores do Brasil por não buscarem alargar a conquista para o sertão,
“contentando-se de, nas fraldas do mar, se ocuparem somente de fazer
açúcares”. Posto que concordava com a idéia, seu interlocutor, Bran-
dônio, explicava que os portugueses o faziam por preferirem ocupar-se
“naquele exercício de que primeiramente tiraram proveito”. Tal diálo-
go prefigurava a percepção de frei Vicente do Salvador, para quem os
portugueses, avessos à interiorização da conquista, arranhavam a costa
como caranguejos.! De maneira geral, à historiografia tem seguido es-
ses passos, ao relegar um papel secundário à pecuária, atribuindo à mi-
neração, já no início do século XVIII, todos os méritos de permitir e
sustentar a ocupação do interior da Colônia. Caio Prado Jr, via certa
injustiça nisso, dado que a pecuária fora atividade de grande importân-
cia, tanto para a economia como para a história da ocupação do terri-
tório. Mais essencial, no particular, que a mineração, a pecuária ficara
todavia “recalcada para o íntimo dos sertões”? Economia acessória ao

DNS aero emma


complexo açucareiro, a criação de bovinos fornccia a tração animal para

! Ambrósio Fernandes Brandão. Didlogos das grandezas do Brasil (1618). Recife, 1966,
Pp. 7; € frei Vicente do Salvador. História «do Brasil, 1500-1627 (1627). São Pyulo/Belo
Horizonte, 1982, p. 59. Frei Gaspar da Madre de Deus, lembrando os primeiros tem-
pos da colonização, notava que todos os gêncros produzidos junto ao mar podiam ser
conduzidos facilmente à Europa, ao passo que “os do sertão, pelo contrário, nunca
chegariam a portos onde os embarcassem, ou se chegassem, seriam as despesas tais
que aos lavradores não fariam conta largá-los pelo preço por que se vendessem os da
7
“ marinha”, Memórias para a história da capitania de S. Vicente, hoje chamada São Paulo
41797). São Paulo/BeloHorizonte, 1975, p. 92, 8 LIS.
o Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo, 1953, p. 182,
4
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 23
ÍNTIMO DOS SERTÕES
22 NO
o trans-
s, notadamente à moenda, € para
mover as máquinas dos trapiche não proibi-
bém de alimento, nos dias
porte das mercadorias; servia tam € fornecia,
viais c das cidades do litoral;
dos, para Os habitantes dos cana s de ta-
cra utilizado para embalar os rolo
acessoriamente, o couro, que .
prima para Portugal
baco ou exportado como matéria- a” A
o.
jo
faç SON '
sertão
S

A pecuária e os caminhos do
difi-
a
5d a
bem como, paradoxalmente, suas
O crescimento desta economia, ent o parã O sert ão. À
nsão do povoam
culdades, é que permitiram a expa ajud aria a pro mov er Ler
mancira acessória,
Jeapssieris

busca dos minerais preciosos, de o à


Às nece ssidades da criação do gado, com
o desbravamento do interior. mais inte rior anas ,
ária a ocupar regiões
extensionalidade, forçavam a pecu

Corea,
dos port os de -
o preço das terras próximas ve
ainda mais quando se valorizou ca Olina ; .
À separação entre à cultura da cana vz a és
embarque e dos cursos fluviais. nial , no qual Cabo de Sto: :
ema geral da economia colo
«&s

pecuária resultava, então, do sist ao al-
sua qualidade como localização Posto Calvo
“as terras aproveitáveis, tanto pela
Vas Mem, ,
não sobr ando cs- Na
,
avidamente ocupadas, da
cance do comércio exterior, são o Jr.* Por outr o $
palavras de Caio Prad É ,
paço para outras indústrias”, nas sz tesiors
isto é, na situ ação V
pastos sem fechos, $$
lado, a criação dos animais nestes S tape
form as mais aprimoradas de controle (tais “
particular de inexistência de às “ap
á, fazia-se extremamente perigosa
como cercas), e meio ao deus-dar
í s e
ade de uma cart a
outras. Daí à necessid
Í
plantações de cana, mandioca e
ê a vs Salvador *

légu as da cost a.” t 6 “Bata'da


Todos 04 Santos
ção a menos de 10
régia, em 1701, que proibiu a cria (Contas) dna EA

fábricas de atanados
ustrializado que se preparava em
* Ocouro era um produto semi-ind quantidade de
cram indústrias maiores, seja pela
Van
ou curcumes de solas. Às primeiras Na meta de do sécul o XVI, nas
ro de escra vos.
tanques c palames, seja pelo núme Recif e, o número
entes no bairro da Boa Vista, em
cinco fábricas de atanados exist Domi ngos Ribei ro de Carvalho, o
instalação. O de .
médio de escravos cra de 28 por o) € 4Y escravos
eurtir “com casca” (casca de angic Lo,
maior deles, tinha 127 tanques para de solas de Pern ambu co, mais mo-
os curtumes
de serviço. Neste mesmo momento, 22 deles no mes-
vos de serviço. Existiam, então,
destas, tinham em média dez escra e na vila de Igaraçu. “Informa- Cirimé
o, nos Afogados
mo bairro de Boa Vista, nO Mercatud consumia
da capit ania de Pern ambu co”. ABN, 28:479-81, 1906. S6 o tabaco
ção geral expo rtaç ão de couro do sertão
de 27.000 solas: ca
em 17, ase harem Antonil, cerca s de sola. No total, porta nto, O co”
99 mil meio
do Nordeste para Portugal alcançava solas, o que resultava no mesmo
número
de 72 mil
méscio atlântico consumia cerca l, por suas drogas
abati das. Pe. Andr é joão Antonil. Cultura e opulência «a Brasi
de roses ndo volu me do livro de José
eminas. ete. Lisboa, [TUM p. 187-8. Veja ainda o segu
e do couro. Rio de Janei ro, 1965.
Alípio Goulart. O Brasil do boi , 1953, p. 182.
do Brasil contemporâneo. São Paulo
4 Caio Prado Júnior. Formação do Brasi l: 1500] 1820. São Paulo, 1978,
História econô mica
* Roberto Cochrane Simonsen.
p. 151.
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 25
24 NO ÍNTIMO DOS SE RTÕES
onde Aquese as do
do seusc quinhão.
inhã Na: mesma 5 ocasião,
iã se engenhou alt uma chou
c os currais de gado se situavam
Segundo Antonil, as fazendas e de rios ou lago as”. ana, coberta Nestde
nas e palha,
alha, , para
para 1 oo curraleiro,
c 1 i q que eraaoo índio índio Valério
Valéri da À
sempre manant
bavia “largueza de campo e água ão, ao TEM PO que Sur: - N Neste ficaram trêss novilhas s, uma vaca e um touro. O se
as c de relevo do sert
De fato, as condições climátic per mit iam a cria- gundo foi foi levar
levantado
anti no di: à 10 do mesmo s É c ano, na ponta
mêsés onca do
d
dada à aridez do solo,
impossibilitavam à agricultura, a” dos abo
bo SãSão “Tomé, , pelo capitão capitão Riscado,
Rj , que,
que, diasdias depois,
dis, i e à a Pouca
pouc
caat inga não fosse ideal, a “larguez
ção. Ainda que à forragem da a pas sag em fran- distância deste, armou um outro deixando em cada um del os inc
da vegetação Eacilitavam
S ã « a . º à , ea

chapadões c à formação rala prév io da pai- novilhas e um touro”! cê eme


pensando qualquer preparo
ca dos homens e animais, dis ão” , docu -
nimo do “Roteiro do Maranh
sagem* Segundo o autor anô “aqu ele hor- A O povo:cimento do interior, i i segundo Caio Jal Prado Jr., fora obra de dois
I, não havia nestes sertões
mento do final do século XVII à força movin atos diversos de expansão da obra colonizadora. De um lado, a
matas abaixo e romper as terras
roroso trabalho de deitar grossas erva quase us ação, que Drovocara, por sua natureza, o deslocamento brusco c
superfície da terra, tudo se cons
do braço”; “pouco se muda na acompa- ecipitado de de populações
recipitado popu ações e constitui nstituíra muito i maisaisi uma uma “ “nebulosasa dede
fazendas de gado, grosso modo,
no seu primeiro estado” As o fornc- estabe come ntos separados e isolados uns dos outros”. De outro, a pe
a vez que na região semi-árida
nhavam as margens dos sos, um criação
al para garantir a ocupação e a o etraç:
tração devada acabo pelas fazendas de gado, que, ao contrário da mi q
dq aloe fo: nm j
ada

cimento de água era fator essenci norte, cram 05 ração, azia-se de maneira contígua e contínua. “Todavia, a explica
o, ao suLcoP arnaíba, ao E Do
do gado. Os rios São Francisc is, na expansão deve
çãoão pe para a csesta extansão dev ser bus
ser buscada nas dificuldades da situação
por serem rios perenes; OS dema
principais cixos da ocupação, Por ou- ro mica. a Colônia, e não em uma dinâmica quase “natural”o de cres
igavam algumas das fazendas.*
a ' º »* nº » anã 1 . ,

maioria seus afluentes, ainda abr bem como 05 cim Ccaco . o período posterior à expulsão dos holandeses do Nordestea
a .
tas no Ceará e nas Lagoas,
ri, , à ex
tro lado, as salinas descober co fa- + foi extremamente dificil para a economiai açuearei
“lambedouros”) do São [ºrancis
p: 3ra-
barreiros salgados (chamados de de l o ATEZ, ores internos
no Nordeste” O estabelecimento sil. Segundo Stuart Sch : Ê cor ea penali-
a r t Schwartz, se é verdade que fat t
vorcciam a expansão da pecuária gado va- zaram
carma a atividade ade produtiva,
pr » tais
tais como
mo cpidemias,
i as,
i SECAS secas E e OULFAS
ás calacutla-
fundar vários currais para criar
uma fazenda, onde se podiam 0 que expl ica à rapi dez com mid des naturais, Os problemas mais fortes residiam em fatores exter
a sumária,
cum e cavalar, fazia-se de maneir ei-
. Como resumiu o autor do “Rot os: o crescimento da concorrência interimperial, com a ascensão da
que a fronteira pastoril se expandiu part de
e e qução ani haná e a partir de 1680, a conseqiiente inflação dos pre
uma casa coberta pela maior
ro do Maranhão”, “levantada
palha, feitos uns currais e introduz
idos os gados, estão povoadas três s escravos, dado o ãaumento da procura em África. Á Fri Ness i tido,
à $ implici- a : Coroa procuravacu ! a : alternativa
uma i para repor ras
: das nãono tratot colo
perdas :
uma fazenda”. Podemos ver
léguas de terra € estabelecida do por nial.
a Expedições S aoq interi erior, antes até É desencoraj:
s o Jad s, adas, passaram
passaram oco ;
agora a
currais cm um documento cita
dade do estabelecimento desses anista Miguel or apo e mesmo a ser agenciadas pelo governo-geral.! é
sete capitães”, do sert
Oliveira Vianna, o “Roteiro dos
a sua viagem aos campos dos Goi- Ç
o esforço ração dos engenhos
de restauraçã o destruídosid e da re-
Ayres Maldonado, em que descrevi cuperação
peração da economiaiz açucareira, si a empresa colonial portuguesa na
tacases, em 1664: portanto votou -se para Õ expansãoã territorial
América itori em direção ao interior e
,
o no dia 8 de dezembro de 1663 : foram ; cidente. O processo s de oc upaçãoã do sertão ã era dinamiza-i
“O primeiro curral foi levantad u
terras que para esse fim lhe cede o cio incremento do povoamento e pela diversificação das atividades
pelo capitão João de Castilho, em o do gado, sseguiam as: expediçõ edições
ado, por achá-las aquele mais
próprias | .
f ções em usca busca dede riri-
o capitão Miguel da Silva Risc aquezas » pedras e metaiso preciosos. . O governo-geral, notadamente a partir 4

———— , 1953, p. 55.


do Brasil contemporâneo. São Paulo Olivei
aa de pç : Evoluçãoã do povo brasileiro. São Paulo, 1933, p. 645
* Caio Prado Júnior. Formação a do Piah ui”. R/HI GR, LXIESS, 1900.
z pela capi tani
7 “Roteiro do Maranhão a Goia 1990, p. 37. Ea apunior À ormação do Brasil contemporâneo. São Paulo, 1953 p. 50.1
Guerra dos Birbaros. Recife,
"Maria Idalina da Cruz Pires. Paulo, 1978, p. 157 € ua . “Introduccion”. In: Idem (cd.). À Governor ane His Image iu Baroque
rane Simo nsen . História econômica ela Brasil. São rasil, thelisFuneral
Minicapo 1979, LEuto,
da of Afonso Furtado
“ Roberto Coch
Brasil contemporâneo. São Paulo , 1953, p. 56. , de Castro da Rio de Mendonça by...
Caio Prado Júnior. Formação do RHHGB, LX11-88, 1900.
z pela capitania do Piabui”.
w “Roteiro do Maranhão à Goia
NO INTIMO DOS SERTÕES 27
NO ÍNTIMO DOS SE RTÕES
26 da Associado ch:
éiao que! chamamos s aqui o processo sso dede “ocidentalização”
passou a in- eiurasa “ocidentalizaçã
Furtado de Cas tro do Rio Mendonça (1671-75), de mpresi colonial, um outro vetor da expansão da pre
de Afonso lização” da colônia. ão
centivar « coordenar es
te movimento de “ocidenta do qe .
lo dado aos Noesa nos artes de
os. sertões de fora
fora foifoi a busca de unium caminho correstre
s Pais (1673-8D) co estímu
A expedição de Fernão Dia mpl are s desta nova dass ' n o do Maranhão ao do Brasil, Este caminho era ne
minas do sertão são exe não sósó pela ajuda dos,ao comércio entre “a uma ne
paulistas para buscarem as o (16 77) , suces- dar não
essidade + e de longaa data,
cessa os ke i
de Roque da Gosta Barret
dinâmica. O novo regimento s dos gov ern adores. bs a s como pelas fronteiras que abriria. Seu interesse imedi o resi.
nestas novas funçõe
sort de Mendonça, é incisivo arquia cspe- dr ano
Do fato de
E N ddue -
*gIME dos ventos c das correntezas
; O regime CD Ts
na costa Les
das minas, datado 1618, à mon
Revitalizando o regimento mprir inteiramente, aju dando e fa- “Oeste do as Brasil
BÃO i ibili
praticamente nte impossibilitav:
capitanias ssibilitava Ve
a navegação entre o
ã ente
rava que o governador O fizesse “cu Brasil], Mar hão e a capitanias do Norte. Segundo o padre Antônio Vicira,
minas de ouro c prata do
vorecendo este negócio Ido lavor das tin uar o be- sta : A
úvida .
“uma das mais dificultosas é trabalhosas
e as“ Ê .
1
que se animem à con
4 4

de mancira que haja sempre pessoas, a polí tica çõesSTO ai . A navegaçã


ESTO Occano”.”
de todo E o mar A do só 5 cra possível nos meses
ossível nos meses
mais adiante, também
netício das minas”. Como veremos nial . Às + € mesmo assim apenas de madrugada, com a bris: a
viragem da empresa colo
missionária deveria se adequar a esta no Maranhão em 1655, Vidalcoisa
o que era
e incerta.
de Negros e terter idéia,
Paraa sse Torna no
idéi uma sumaca despachada por
criadas primeiramente da digo par greiros, em 1656, procurando Camocim, gastou ci
Juntas das Missões — m internar as mis-
logo tor nad as ope rac ion ais no Brasil — pretendia quenta y “ a ar: 4 montararara :
até o rioa das Preguiças. e
Desistindo doi o
e
mas scendo” os novos
ald eia s nos sertões € não mais “de retorm y o
sões, cri and o o O interior da aranhão em apenas doze horas. Noutra feita, 1 À CORE
os para O ror al. O objetivo era manter povoad Manuelel de Sous: usa Cnvi:
ça, enviado
Eça, com algumass cartas a P en nambu o
catecú men mesmo tempo,
a, exp and ir a ocu paç ão da empresa colomal e, do acapou aportando em Porto Rico. Somava-se a é difi Idades Boo
Améric va.
esta mesma expansão cria vdrSe d essas OTICLU dades a hos»
enfrentar os problemas que o ger ada s pela expansão ermanente dos dos tre
tida de bpermanente
tilidade od habitantes
tremembés, das costas « u a
de povoament A TO e deom-
As duas principais correntes iente da Bahia, panhavam
Dn naus esper:
dorigs asas e naus
avam :
esperando um descuido para atacá-las
atacá-l: ' « oubarroubar àas
ia do gad o no nort e da Colônia foram a proven
da cco nom picuru colonizou

mm
do São Francisco e do Ita

a mea
mpa nha ndo o cur so Capistrano
S / ando-se no biógrafo
dec Abreu, fiando-s ló
que aco à outra que, par- de G “rei
de o “sertão de dentro”, € ' grafo de doGomes Freire de
o que Capistrano chamou fora”, isto É, as regiões
Andrade, acreditav: no bom
Jaão RNA aeredicava sucesso do capitão-mor cabo do No a
ocupou os “sertões de
tindo de Pernambuco, tão baiano, ou do do po que havia sido incumbido pelo governador do
” . a 1 , :

atingir o Ceará. Assim, o ser


. o “

Dn A me vt
mais próximas do litoral, até O atual território do Maranhão de ac tar o caminho do Brasil. Segundo o biógrafo, Velho do
2) e ve! 1 ' , ' O

com pre end ia toda a região que ocupa até escrito uma narrativa, ainda perdid a ou extraviada.”” º No
“int erio r”, mais o interior ctravi
inc luí da a mar gem ocidental do São E rancisco,
est ado, Itapicuru e rio
Piau í e o “ter ritó rio dos Pastos Bons”, região do alto
do ou pernambucano, erà io São Franci
“To can tin s. O sertão “exterior”, costa da Cidade até a barr:
São Francisco, cerca de 80 léguas,
e, rio acima
das Bal sas até cialmente acom-
rente de povoamento, ini 130 léguas, até à para q rio
. Pernambuco seC
A cor de O sertão de
mais pró xim o ao lito ral. ossibilita- De até à . ci
“ Agua o Grande
território semi-árido que imp estendia na marge m di São d Francisc
ra num a do ro cisco até à cidade“ de Olinda, cerca de BO
panhan do a linh a cos tei Ceará, passan- adentrando até 4 a barra ddoo riorio A Aguaçu, ecrea de 200 léguas.
, Veja também Cai
se estendia da Paraíba ao
aden
léguas,
- » 565] a mi m Caio
nti o mes mo da can a e : Prado Júnior. É. contemp orâneo. São Paulo, 195. ,
va o pla correntes baianas, à sea lo dl ormaçã o «do Brasil 12d, De .J. A. Gonsal ves
se encontrando com as
“de ros setecenti o
Gra nde , aca bou o limittrês
. até o extremablicou a roteiros setseentistas indicativos da penctração nabo ana na
do pel o Rio do rio Jagua-
que se int eri ori zav a, particularmente pela bacia , erritório da capitan
pitania
“ari nha, fr
i: , o Carinha ;
a, Srs roteiros de ação
medida do territóri o dernambr . :
Sobre o assunto deja ainda
no Tide 1806) Recife, 1966.
: a
,

ribe. osé Alípio E


. .

vol.|, p. 17-28
bia du couro Rio de Janciro, 1965,
o
4! =

ue eto (1677). CI. M. €. de


Men- “Relação da missão da serrado depadre pi i ) e Voses saudos as da elogiência, do espírita
o de Roque da Costa Barr tdo zelo e eminent e sabedor ia
vo CE capítulo 54 do Regiment de Jane iro, 1972 , vol. 2, histórica ra da Companhia de Jesus, Voz
administrativa do Rresil. Rio
IL sbos, 1688, p. 21. ,
donça (ed.). Raizes da formação :
árlos Studart Fi 1 140-2
as 2...

o de história e pré-história. Fortaleza, 1966, p.


povoar
& Os raminhos antigos € o
.
p. 838. e

tulos de Aistória colonial do a


a

a onde
.

era João
al go,
na

18). Capistrano de Abreu. Capí


» .

Lúcio de o Rad DOCUMENTO, que Capistrano de Abreu havia dito ao seeu


a o e
=
a

p- 147 ss. que aj


mento da Brasil. Beasília, 1903, centos, tinha uma visã
o mais estrita do po-
| delíquio se lesse o rot ve O, em
14 de setembro de 1916: “creio
carta de
ve Antonil, que escrevia no início dos Sete à pors ão de terr a que corria 8; oe J. H dão Rodrigues Es. lat
ciro de João Velho do Vale”. Apud:cdr '
“Íntro-
o da Bahia cra considerado
voamento. Para ele, o serã
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 29
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES
28
lho de Carvalho, retornods
chegou em
em São
Sã Luísís em outubro de 1695, trazendo cartas do
ônio de Albuquerque Coc
entanto, SC SUCCSSOT, Ant atividades dos
ho de 1692, relatava que as overr or do Brasil, João de Lencastro, ao governador do Maranhão
em uma carta de 21 de jul guimento do des- em q edia que este atacasse os bárbaros que se refugiassem nas ser.
m também para dar prosse
e 3 » . “ae “e va! 1 .

paulistas em seu distrito era as muitas dili-


Brasil”, “por não terem efeito :: Dae (distro deste governo”. O governador do Maranhã
cobrimento do “caminho do erta ocorreu apenas respondeu que tale
espondeu que tal empresasa era s í
cra impossível
i s
sem que cos
os) paulistas
1 K fosse
“fossem
ho do Vale" “Tal descob
gências que fez João Vel Santos, e alguns sol- ajudados pelos índios do São Francisco. | palitos Fossem
um sar gento-mor, Francisco dos
em 169 5, qua ndo erá ficar mais
os ave ntu rar am- se no ser tão para “ver por donde pod
dad iunfante, Eran-
fo cam inh o], para que Se facilite 0 comércio”* “Fr Minas de salitre
bre ve governador ge-
San tos aca bou sen do recebido no palácio pelo
cisco dos enciada à co- Apesar de a pecuária ter sido a major responsável pe
do dos ín dios que trouxe. E 01 logo provid
ral, aco mpa nha Maranhão, €
do feit o, tan to par a à G oroa como do colega do fronteira oeste do Brasil — para além da difusão ss sete] dono N
municação mor, acompanhado em qua respirações lentas e condicionadas pela fertilidade eo
de volta, com o sargento-
enviada outra expedição de seis soldados e 25 do sen a o ou da Fesistência constante do tapuia —, foi a busca
o André Lopes, além
agora por um certo capitã int eirasse do cami- ; ada | , metais preciosos que impulsionou o português ao ínci
uém de Pernambuco se
índios. À idéia era que alg te fisto é um guial mos meto em gudas dnerades, desde o século XVI. Porém pas.
do “um piloto inteligen
nho e que logo fosse defini às terr as que tocam nicial, quando perdiam força os mitos de Paraup: va ou
se dividirem com certeza
para se graduar 0 sertão « .” A expedição de
embaraço das jurisdições” Sabarabuçu, depois das tentativas frustradas do Melo XV [e das ex do
a cada Estado e se evitar 0 lona Emo dos invasores holandeses, o cldorado deslocara-se para
». Em verdade, como mostrou Sérgio Buarque de É J
a
na ma
to do Brasil, após o malogro da expedição do mameluco A tôni as Adorno (1574)
nto
riaa colonial E Os caminhos antigos eo povoumen
dução” dos € “apítulos de histó re de Andrade. que entrara pelo rio Caravelas em busca de esmeraldas, O tmpeto em

nda Masi metido re tias


.0 bióg rafo é Domingos Teixeira. Vida de Gomes Frei
Brasília, 1963, p. 142 de João Velho do Vale dura
nte as pucrças Plo a jo are a
ari:
deito
à »
édesalento,
e
nas dus A de minas,
a
mas antes
1727 . vol. 2. p. 246. Para a atividade São
Lisboa, de Varmhapen. História geral do Brasil. mira de A ê scente dos índios domésticos da costa”.
Francisco Adolfo
holandesas, veja ainda
159. Seguro ao sul do 1 dão dos tupiniquins que fizera da região de Porto
31/10/1692, AHU (Papéis avul-
Paulo, 1975 , tomo 3, p.
do( “onselho Ultramarino,
» Carta inclusa na Consulta mesmo João Velho do Vale
se
Per nam buc o, caix a 41. Alguns anos pussudos, esse Ibia paba , onde ções aovorsertão
doca de dentro.
: Paradoxa dr DO a destruição
adoxalmente, po as Tudide
dos índios da
da
sos), das aldeias de
praticados contra OS índios
via metido cm “excessos” er algu ns dele s. À carta régia de 12H 2/1697 , ças, abusos ou guerras, também impulsionava os colo-
tropa para desc
cinha ido por cabo de uma o. AHU , cod. [códice] 256, 11. 259x “nosasei
se internar nos sertões,
srtõe agora em busca de mais mão-de-obra ne
rnador de Pernambuc
pede providências ao gove de Pernambuco, 21/5/1695.
DE, 38:
astro pari O governador
à Carta de João de Lenc tão Man uel Álva res Carn eiro já havia
antes, um certo capi
339. Segundo faunay, anos ões com uma pequena tropã
O Mar anhão através daqueles sert
conseguido pass ar para
intuito de fixar a exat a rota desse “caminho do Brasil”,
de soldados e índios. Com 0 “em que se gastaram quatro Carta do
Sa qo do cai Maranhão
; ã para João de Lencastro, 15/3/1696. DH, 38:405
or do Maranhão em 1684,
voltou por ordem do governad gran de risco de vida”. Em 1695, Nordestino são do e inho do Brasil, veja ainda Ceres Rodrigues Mello. “O Sertão
cias de tempo cont
meses padecendo as inclemên breve “gastando nela é
O auto rizo u a explorar um caminho m ais igstrava prcocu Permanéncias (séc. XVI-XIX). RIHGB, 356:312-5, 1987. O rei se
João de Lene astr o risco em razão dos rios que dos eEspeieo d dem a determinação da “divisão dos limites de um e out
de 300 léguas com grande
quinze meses pof str mais s. “Patente de Manuel
Gon-
os dízimos”, em carta ao governador do Maranhão de 25/1/1696.
que habitava aqueles sertõe o de E...
passavam c gentio bárbaro n ta”, cita do por Aff ons
de 1695, assinado pela infa
çalves Pereira, 28 de março , vol. 6, Pp. 287-8.
No
geral das band eiras paulistas. São Paulo, 1950 Carvalho, O
“Taunay. !istória quer e que Coe lho de
nhão, Antônio de Albu
entanto, 0 gove mmador do Mara os p iloto” enganara
10, Ide (org).Ff entr
luso-brasilciros” In: : Idem .
deso nest a pois “não s endo sertanejo, e men Sant os”. Carta
jutor, a “A mineração:
civilização
da “etuilizaçã s4o: :an" antecedentes
G5 es luso-brasileiros”.
tinha por pesso sco dos
Lencastro, “pois na maior
parte do caminho seguiu o
4 ly Fra nci
ntistas ao imo a ia do 1968, vol. 1, p. 228-58 Dar s Pa sê expedições
, a
ão para João de Lencastro, 15/3/1696.
DH, 38:406.
, erior da 1919, Francisisco Borges= de de Barros.
Bahia, p.veja25.33 Bandeirantes e
do governador do Mar anh
nhão , 16/7 /169 5. BH, I8:342A, ii
nístas bahianos, Salvador,
a de João de Lenc astr o pasto governador do Mara
2 Cart
ÍNTIMO DOS SERTÕESEs 3
DOS SERTÕES . NO
organ izad .
30 NO ÍNTIMO . “várias outr as expe diçõ es fora m
deslocamen- aoa sert
as todas, n
ão;; roças. no entanto,
rt Schwartz, esta política de . SORtência doan iz
salit ro ad ertão
das de 1570-80. Segundo Stua : o daa trans
tran içã o do traa-
siçã
onfi irmariam
conf apenas a exis
' salit re. Eran -cis co Diasº d' Ávil:il, que
EX: o moment
to forçado de indígen as scsc fazi: no exat
fazia
ão africana.” era sobrinho do desconfiado Belchi
isto é, para a escravid
balho autóctone para o importado, entripaou nensDom es ing ões Fer
sertos entrnan 1625
e des
e 1630. Desta exp edição haveriaia po par tic do
mesmo às missões “evan- o gran de raid
Não obstante, as expedições de preação, ou que descer 08 índios para à Calabar, tido com
a cois a do a pernambucana nos tempos
dos flamengos, que mais tard : e o Caus o relatório de Walbecck à
outr
gelizadoras”, não desejavam
costa. Com exceção da pecuária, é certo que apenas a atividade mine- Companhia das Índias Ocidentis. Orma ria
radora poderia fixar populações nos sertões, mas, como sabemos, so- havia sido achado muito salitre Mostas !
633. Liste relatório revelava que
mente com a descoberta do ouro € dos diamantes na região mais tarde ondas ne sertão pernam-
bucano, na altura de Olinda ca uno dicadias de viagem. Anos mais tarde,
entre 1693 € 1695, é que a interiorização da ne Ds e .
chamada das Minas € jerais, Sul
a. I lsos
expu s
andescs, a cóni
os3s holandese iro de Moréia teria passad
uma cópia do rote
icar-se-
s ia, porém desS locada para o ot. a í assado
Colônia intensif
s
às mãos do padre Antônio Pereira, genro de Franci Ã
descoberta de
No caso do sertão norte, apesar do malogro inicial na reu deveras ren c qancisco Dias d'Ávila, que
concor encarregou, então, os irmãos João | so € intel Calhelhas de pro-CMI: . ax . .

ceder a novas pesquisas, em 1655. Pes


“O
menos nobre
4 a s

metais preciosos, um outro clemento


ettZ

médio São Francisco: O salitre


cats .

Ds ni que foram +aparentemente


eo
do
Tre
lar,
“a
cem particu
Ad

para O devassamento, infrutíferas.” Os. delírioss caus ide ,


. e mm é
.
ns dos cldorados serta-
e VASO

de pólvora ne-
do para a fabricação amenta causado s mirage
pelas habi gens
(nitrato de potássio), que era. utiliza fifundamentav:
va uma
“ .
nejos eram,o por outro lado, explorados has que
cabrro
udo da Índia, o salitre
Índi: fi q pimento por pandil
plantavam amostras de minério com o » tim de obter as graças
«ntão S à
.
gra.” Importado então sobret reais io
quando as armas de togo re- - o de Belchior Dias, o cornel Bel
indústria importantíssima no século XVIL,
ines tim ável K para aas afirmaaçção das. metidas avi um bisnet
Assim agira
idas.. Assim Dias, one] Belchior
ógico E
presentavam um av anço tecnol a Fonseca Sarai :
É verd ade que, no co ntexto espe í cífico da segg unda : dar
na ons eca
x Sara: iva Dias Mor éia , o “Muribeca ”,
t o . Inc umb id
sido I
pelo gover-
potências coloniais. de uma na ar dtonto Furtado, meteu-se em 1675 na serra do “Caniny” [Cariri? |
hesitara diante da possibilidade
metade dos Seiscentos, a Coroa desta com amostras de mispíquel que ele havia devidament :
féricas do Império na produção Sã nde vo tou
auto-suficiência das regiões peri e P 1 ado, misturando minério de prata. Todavia, para desgraça do Mu.

rabiqês Vote arado data a Dmia


tece r
Porém, à praticabilidade de abas
importante provisão de guerra. Atlâ nti- a prova” acabou afune ndando com a embAbar ação que *aa| levava |
arccaçã
05 conflitos interimpcriais do : LI
oa. Às expedicô
uma colônia tão distante durante resultara no telo Melhor,
de fornecimento da Índia, do Cas
Roda.rigÀo expl
a rde prat
co Sul, somada às dificuldades Havia re- isedi
-5 exp
qem 167777, jama çõeams suc
teri em oacha
ras,o com
futuess oração mi '

e E
do salitre no sertão do Brasil.
apoio às iniciativas de pesquisa Pedro “oro ficaria por conta do salitre.?* “Ploração mineral
Bahia, desde o final do século XVI.
ferências às minas no sertão da :
re ai dedi r
anôni
i, semsemppre
ão
va serãotãoda daBab
i
Barbosa Leal, nas Denunciações
de Pernambuco (1593-95), diss
ia achara salitre junto ao rio
e que a
(por isso |. aise
*
vera
Oautord
cr “tre”. Reco que, , “no sert ] Bahia, » Sem
pre ouvi i dize que havia sali-
,
expedição de Belchior Dias Morc fazer “
efeito, quando Moréia, neto
do Ca- ar mendava, neste sentido, que o rei mandasse
mesmo) de mesmo nome.” Com - as, uma 4 -
ofici
Soares de Sousa, resolveu dar pros
na de pólvora e desta prover as* conquistStas, € como Ar e 7 fazer San Ty

ramuru e primo do cronista Gabriel -hossa colônia do Sacramento, Rio de Janeiro Espírito S oa ni Tomé, €
aos. .
o Barr os,
ompidas pela morte de Cristóvã
.

seguimento às pesquisas interr ernambuco,


7 Ba 1 a

achado, tamaracá, Paraíba, Rio Grande, e Ceará, no


” .
que into,
de 1595 ou 1596 , cons ta que teria
rei à, no que pou par ia con siderável
adentrando o sertão no ano muita prata. abedala que gasta no prover do o reino de pólvora estas conquistas”.
?
istas € salitre, e em Itabaiana,
nas serras do “Oroquery”, amet ilégios em
certeza nas promessas dos priv
“Todavia, como não conseguira as reve- a
das minas, Belchior morreu sem
e

troca da notícia da localização A eo do vao a Pereira, da Casa da Torre, ' obtivera, , em 16545d, uma sesmaria na Dart;
, “a lenda célebre
Jar, do . que originou-se, segundo Basílio de Magoalhdaãesnossa evoluçãom colo- jsstiadasé
-
Ja
com Bentarso Surre l: é Manu Silv
cl dacarta que
ade que 11a
aria,ura-
sestmproc
u conflitoser:
irás mis a dar Fetoem IS Registro de uma Silva
a DH, 19:42; raia SS
das minas de prata que atravessou todo o rest . € cldorados, PATIGSA,
. por esses sonhos de riquezas
.
arta do governador-geral para o
nial”. De fato, estimuladas inador de Pernambuco, 3/6/1671 MS 7
on. /fis-
Janciro, 1939, p. 378dr20 também Pedro Calm
o de Magali Rio de p o .
Res,Expansão geogra, j
ESTE RSoo Bresil Colonial. S. Paulo, 1935, p. 48-56.
Stuart Schwarta. Segredos internos.
São Paulo, 1988, p. 52-3.
Pernambuco (1593- E érido que se fizesse em quanti rapá rca do
partes do Brasil, denunciações de
» à poderia mand ar vender a seus vassalos a
Primeira visitação do Santo Ofíci o às Miniténs a fina, « à mcia pataca 4ade,
* . grossa, no «ue teria um grande tendimento c
1595). São Paulo, 1929,
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 33
ÍNTIMO pos SERTÕES
No que teria de ser bancado dois anos ao menos pela Fa; i i
ulso no governo de
32
grande imp
Com efeito, à bus
ca das minas ganharia superação da depois ser arrendado.” + Dela Hatendá, poderia
75), no contexto de
Afonso Furtado de Men donça (1671- capi- numa carta do O empreendimento, porém, não avançaria antes da inicial
on om ia aç ue ar e ira .” Em agosto de 1671, iav a-o s à de Lencastro.
Lencastro, que, que, cm 1692, 169, enviou NelaR frotaa uns uns Dabarcis de am
ris de amostras
apado €
crise da ec heco, env
Cas tro Fra gos o ca Manuel da Silva Pac ame tis tas , conve idea o do acerto da empresa.“ Depois de várias diligên-
tão João de ícia de existirem
sertão, onde havia not vo-conduto c uma
serra de Picacará, no to, recebiam um sal
. Par a tan
prata e Outras ped ras s, como Francisco cado
tado toi pio.
fot pífio.* en
Seu sucessoressor ne no ro doo Basil Brasil, d.
LRRodrigo idoda da Cross
Cost:
de aux íli o par a que sertanistas famoso val ho, esclarecia ano mais cus “que há nesse Estado Inãol o ne
recomendação ues Car
Ant ôni o Per eir a, Domingos Rodrig da à manentes, poru ando mais que se lhes tira à primeira flor, todas as
Dias d'Ávila, pad re va ain
m tod as as inf orm açõ es necessárias. Consta e e o des d al oe Fraco rendimento” * Nesse sentido, consi-
ajudassem-nos co em tim bém as minas
do sal itr
ta de um a or de m pata que e) xaminass da nadar , desposis , d. Pedro H decidiu, em 9 de agosto de
car M
tr as ou apen as ira rea « e salicre + De toda maneira, à busca do
e mandassem amos ex pe di çõ es , fracassou c result
out ras s
Esta, como várias presumidos sesmeiro
em bri gas e ci úm es ent re 08 descobridores e Os
se ri am ne ce ssários grandes inve
stimentos mais agudas e ogdas no sertão do São Eransisoo, donde haver significado um
po fera Sã 1 is o, donde haver significa
jei to, cabedal
das terras. De todo
| dos vetor are dos vens das tensões entre os apuias e os alonoo
ser tão e não hav ia na Bahia pessoa com
a Dra de dios ves, à mão-de-obra utilizada para a extração € o
para retirar O salitre do es a. Ist o po rque, segundo um pa
recer do
tal em pr
para T ealizar sozinha ati vo às minas nos sertões
da Jaco- o doados sos > co os araques, tambaquéns, paiaiás c sacariús
ari no de 167 9, rel a O pa sanonto tesionários que os forneciam para o “serviço do
nério mistu-
Conselho Ultram
Salitre), não se podia conduzir o mi RA : cs serviços nem sempre cra pontualmente
rio a ser
bina (na ribeira do na natureza, mas deveri
com Letra OU pedra, como àp arecia de out ra Sorte | ad eua a osrntação dose do governo-geral, Em 1703, res-
rado
€ pu ri fi ca do co m co zimentos, que i o Rode da ração o capitão dos índios papiases, Paulo
trazido já “apartado neira, “for-
de ter ra em lug ar de sahrre”. Dessa ma
seria pagar carretos sítio das a Tha DE da Costa ordenava que o capitão-mor Antônio
am lav rar pr im ei ro as oficinas no mesmo €
çosamente se devi tinas
grande casa para às
as, as qua is de ve riam constar de uma ar ma zé m par a se do dios em atraso.” Às vezes pr ências DO Go
min
ia de sep ara r O salitre, outro to
hav amen do missionário frei Lázaro da Purificação, ao ; a Ve so se seus
moxarife ou feitor € aloj eram.
, que pedia, em 1705, que seus
caldeiras onde se par a O al
pur o, cas as
recolher depois de além dos quartéis que
ne gr os de todo aquele serviço, assal-
par a os rass em a instância dos
ce ss ár io s par a al gu ns soldados que segu fei to pel o rio São - em
Consulta
que se d aplica se dutos i 9/12/1679, DI, 88:172-4. Há um papel, de 1694
ne
un vi zi nh os ”. O tr ansporte seria r0-'. Da a es o modo de preparar o salitre. Sobre como proced a )
tos dos índios cinc ce ss ár io out ro armazém “jun to à 1, onde :
um
Carta de João de Lene guinte, 1694, BNP, ms. portugueses, códice 30, fls. + SI
s era ne
Francisco abaixo, ma ia o rio inavegáve Relação das despes neastro ao rei, 13/7/1692. Ajuda, 51-V-42, 11.18v-9 Ds. ddr
(c ac ho ei ra de Pa ulo Afonso) que faz embarcações,
chedo” cav alo até as out ras
regado € passado à por terra ata de 20 prd. Rodrigo da C oa sabio, de LISO DH, 88771
deveria scr descar
Carta
caminho possível era
o pera de Pervambuco, 2242/1705. DH, J%:225-6.
a de Pe ne do . Ou tr o ;
que 0 te va ri am à vil l in ve st im en to
deveria haver outro armazém. "Ta able à cal dai portuguesa (1730). São Paulo, 1976 ivo 8. 19.25 ES
até Jacobina, onde
Ú flor & Hélio a are na América portuguesa, veja ainda: E nest pt
ão Paulo, 1996, pares SA fndlstria química e o desenvolvimento do Brasil, 1500 1889,
estranhos para €s
não viesse dos reinos ueses, códi asi e à sua egislação Rn º tomo 1, p. 133-8; João Pandiá Calógeras As mi
com isto impediria que 1680, BNP, ms. portug
Abreu À
do Brasil. São do de Janeiro, 1905. vol. Il: Sylvio btóes de
do Bras il, déc ada de
anô nim a
cio”. Inform ação
vernor and His Image
in Bare idléia mineral
PAilÁRio. de Janeiro, 1975, ia e Eai E róes de Abreu. Recursos minerais de
30, 11. 208. “In: Idem (co). 4 CGo
tro duc tio n” Men don ça b7:
o de Castra do Rio de
Stuart Schwartz. “in
the Fun era l fiut osy of Afonso Furtad fim da Divisão de Fomento da Pioctação Mina o TD Salicre na Baia”. in
Brasil, a.
Minneapolis, 1979,
D. 13-72.
E Manucl da Silv a Pa
checo que vãos d.
é EB,
' Rod rig o da
cod. 147, f
Cos ta
160
tã o-mor Antôni
par: o capitã o de Almeida Velho, 29/12/

que lev ara m Joã o da Costa Fragoso


“ Ordem 18/1671. DI!, $:204-
5.
minas,
descobrimento das
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 35
DOS SERTÕES c
34 NO ÍNTIMO
l:
de que 03 oficiais do J0m certo cxage
índios fossem poupados, ou ainda havia queixas
sabtre, mas, todo o sertão o van afirma que, apesar de tão imenso, quase
d:
alegando o serviço do da casa
nas aldeias “Torre e a do falecid a aest Perrencia a apenas duas famílias: a
sabitre buscavam cunhatãs meira. dos rca re-d e-ca mpo Antôn io Gucd es de Brito A pri.
desserviço de Deus -
”» 3%

na verdade, “em o São Francisco, ni vila, possuí a 260 légua s das marge ns direit as d
ada Diamantina, c cerca de O
Zazendas e currais léguas no lado do Ras da Ca da Chap herdeiros do mestre-de-cam-
CH Já os
o sertão encontrava-Se tot
almente devassado possuíam desde o mor “dos
àpo nascente do rio das Velha dos Chapéus, na Chap
ada Diamantina, até
No final do século XV LI, uma rala população. Ye "as, no coração das Gerais. Espalhava-se
arsamente ocupado por das vastíssimas
c explorado, ainda que esp da ocupação, no iní- iedades uma miría de de currais,3, várioss deldeles e de
ramos il melhor descrição artend rios ; un » propr
| cm Antonil que encont
2.
buco, então as duas
nagav:
ati o por um sítio, de ordinariamente uma lég a
tão da Bahia e de Pernam am a
cio do século XVII, do ser no sertão da Bahia as controlavam,
ras. Segundo o jesuíta, : od de foro por ano.* Essas famíli
importantes regiões criado das Velhas, das mbém grande 1700, 0 governa-
os cur rai s pos tos na borda do rio São Francisco, dor Fernando 4 1 arte lo sertão de Pern ambu co. Em
est ava m upe, Itapicuru, Real, mesquinharia (encastro, em carta ao ret, escandalizava-se com a
de, Par eme rim , Jacuípe, Pojuca, Enhamb dos
Ver o tomada de
daqueles sertões (além dos dois
Ras ,
Outros, “em os quais, por informaçã oDomingos
Vaza Barris, Sergipe e e mais de 500 currais,
€ mencnaiona
jádores dodio en
juris
Pa
o seus herde iros, Afonso Sertão) — mora- a
rer am est e sertão, estão atualment buc o, de outra légu:
conceder
nam do queriam
cor
vár ios que
Francisco 106”. O sertão de Per “nara2à sust .
a e Bahia, que
1 não ; conce
só na borda aquém do rio São
ã
s do rio de
épo ca, est ava pov oad o com gados nas margen da um, os miss de cinco pirocos, cinco léguas de terra, uma para
ma Calvo,

Ep teminhes o
na mes s lagoas do rio do Porto
ucl, das dua missões”. Maté-
Cabaços, do rio de São Mig naíba, das Pedras, ria que parecia isa da Con capuias das suas
o e que inspirou a:
aú, Jacaré, Canindé, Par onselho Ultramarin
“redação do alvará de 23 det
Car iri s, Pai
dos rios Par aíb a, avam as margens do etcrminavaano, que determi
c Pia gui . Igualmente povoadas est e novembro
rigacóriará tal de 4doação.*?
do mesmo 4

pit
dos Cam arõ es rio Guari- ecomono o obri
do rio Igu açu, do rio Corrente, do e sata .
rio Preto, do ro Guaraíra, gui grande, assim s religiosas eram também grandes

air
, do ro Carainhaém e do Pia 2 A n Brand propr ietárias de fazendas
guai, da Lagoa Grande sco, mas enviava-se direta
mente “de gado no sertão. S século XVII L
como a margem direita do
São Franci
inho direto, do de Pencenbu co na descrição de meados do
ia, por fica r “mais perto, vindo cam “ipa
“faze ndasdição
juris é currais de pad o as ordens recebiam proventos de várias
o gado para a Bah
buco”. Às boiadas achava
m pasto para des- sos do sertão de dentro. O
que indo por voltas a Pernam nestas serras, de onvento do Carmo da Reform Edo Re diver
maior frequência das chuvas
canso nas Jacobinas, pela gar ao mercado da sartri que rendiam por :
três a seis meses para che
modo que tomavam de do em maior número '00$000 réis. cas
o da Reforma na fr .
. Os cur rai s do ser tão de Pernambuco, sen esia de Guadalup
Hespie,ciotinha
de Cia aragib e do deCarm
gado com meia légua do
cid ade ainda seg undo à descrição uma fazen da
idional, totalizavam, Eres
do que os do sertão mer de duz entas até mil cabeças de
oni l, oit oce nto s. Hav ia currais
de Ant eriam chegar até 20.000
gado, e fazendas que possuíam vários currais pod
sertão seria de meio E" ta Anidré João Antoni
o Culto ' opulência do Hirasit. Lisboa, 1711, p. 186. Já foi
que o rebanho total do
SSD nt nei
arri sca
s. O jes uít a para Pernambu: ] idoo p aranhão a
q

tes da Bahia, e de 800.000,


cabeça Gotaz , pela capte:capitani a Di.
ahu 3” In ,
para as par 1:60-1, 1900) que os habitantes do sertão
milhão de cab eça s,
uma fração do gado con
sumido no Re: a om E três
costumavam dema RS
ém, pro vin ha parem légua mil
e braças, que erafa à a ssua
ua dmedida legalal. Dessa Dessa mmaneiraa a ds
havia duzentos
ond e, por ral:
co, de
o” Em 170 8, som ent e na ribeira do Jag, uaribe o o eu pas ureauiar c desigual, isto é, não implicava unia referênci a o
côncav .” do ados de Antonil não devem, portanto, .s ser lidoss sem
or Cristóvão Soares Reimão sem fe-
e
currais, segundo o ouvidor-m
Le:as neastro ao 1€ , / 6, / 1700 Cc consulta
ade; ilao Cor
“088 sel ho Ulcramaurino, 2 4 /9/1
é 7 DO.

um. ção, 19/2/1705. DHT


, qua
para frei Lázaro da Punifica
E E ibuco, caixa 14. Os autos da data de terra aos párocos « dos índios são de
de Rodr igo da Cost a
* Carta 4U:162. - BEA AE 3U ,1 papéis avulsos de I ermambuco, caixao Is. + V YCJã
:) O alvará
ari sob
s ȇ ; m cdi
ra pdI-
de Almeida, 9/8/1704. DIF,
Lisboa, NT, pe 1835.
. a :
carta do capitão Antônio ncia da Brasi l. terra para as aldeistas, 23 [U1700 nos Agais do Arquivo Público do Festada
adeEras
Cultura e opulê vador, 29:73-5, 1943.
» Pe. André João Antonil.
cod. 257, fl. 254.
a Carta régia 18/7/1709. AHU,
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 3?
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES
36
Carmo da Re- criatório
ratório
TOS e OSsseu comérci
t nércio
ETC craa : a conduçãÇ ão dos animais
mai para os mercados
96$000 réis. O convento do
par
dro que ren dia
terra em qua o que renderia 208000 eso uh áprios vaqueiros e seus ajudantes não poderiam nã
Goi ana , unh a uma fazenda de gad
forma, na Vil a de s de gado nos Daão. Os nes esempenhar esta função, sob o risco de interromp a
égi o dos Jes uít as do R ecife vinha uns currai
réis. O Col is expensts, 150$000 desejada
ão. Osé asanimais
pai : pras $ ao
dO corte
corte eram escolhidos
ide na época certa saou
sra nde que res ultavam por ano, drduct
Cagris e no Rio ( a Urubu-Mi- descia cad tadas, de cem, duzentas ou mesmo trezentas c:
a na ma rg em do São Erancisco chamad
réis c uma faz end $000 réis.” Apesar ci MD DS
s, que rendia por ano 200 e gado, conc uzidas ordinariamente para a s
rim, com um par de currai xa, é certo que tinha ctalizado
cializado € vaqueiro, ; chamado
de A d e pápassador,dor pois
io aaera p: O SD
a atividade ser muito bai
de a renda gerada por est amente, permitindo depois do qode um lugarlugar po: outro, No caso das boiadas
passadas” A DARO Dor àcabeças
que iam Bahia,
fato de realizar-se intern
grande importância pelo voamento.* An scansar ana nas Jacobinas, + costumav;COSTUMA vam parar em Capoame me, um
ica do território e seu po
assim a integração econôm societária específi- gar listast
Mito léguas
. AC e
ao norte da cidade,:
onde o pad j n : va
ia por gerar uma forma
A economia pastoril acabar Capistrano quis cha- p
DO e os negócios eram feitos.s. Para Para s se ter uma idéia id sia d do custo
custo deste
deste
propriamente dita, a que
ca, em face da litorânc: ndo de objetos € vabal Dados ! exemplifica que “quem quer que entrega a sua boia.
mar de uma “época do
couro”, em referência ao mu ada is qui
.é Bascava-se em um ara que a leve das Jacobinas até o Capoame u é
ona dos do mat erial ah tão abundante
uso s rel aci anização social esta- a ui e, ou dezesseis ou dezessete dias, lhe dá por das Fi “do
tra bal ho em que à remuneração e org seu trabalho u " cruzado por cabeça da dita bozada”.” Uma boiada de
sis tem a de lealdade, substancia-
ida s a reg ras estritas de dependência c
vam sub met imensas terras, como Seria um s mau s soldo
renderia,
pela por exemplo, 80$000 réis sao
emprei ao passador,
pass ist não
Este não
ver so de vio lência. O proprietário de
das nu m uni ntidades de gado dr exemplo, que se & prestada, dado que um mestre-de-açúcear,
coloniais, c de grandes qua

asa mooreto cai a


nos tem pos
era o pad rão eças que ficavam por exe tido SS encontrava no topo dos empregados do engen ho
sab ili zav a vaq uei ros pelo trato de algumas cab
res pon Ao contrário ca cercado 1ZOBUDO
sxtremamente
sóis so ano especializad:
p Ee da úzada recebia,
ja, 1na mesma épo-.
dos ajudantes que fossem recrutados.

Enni
sob seus cuidados ltura da cana, O trabal
ho que o ds
passador Eis : . :as devemos sempre
pre terter em
€ cont:
tem a esc rav ist a dominante na monocu men to por
do sis smo assalaria bor seu lado, assumia os gastos com os tangedo
se
era remunerado num sistema de parceria ou me - guias
Eu cando o do tac
o Cando
am um quarto das o a matalotagem da viagem, isto é, a came D mo.
undo Caio Prado Jr., recebi
tarefas. Os vaqueiros, seg tempo. Sistema que do que os os do tran: sporte,z que > não
nã cram poucos, cos, estavam
estavam embuti.
e i
determinado período de
crias do gado, após um celamento da pro- pagamento, Os lucros da economia pecuári lizam-so uno
liação do historiador, o par no
permitiria, segundo a ava ar ou adquirir uma Nas
tempoJacobinas,
os gudes nos inícios
vindas dos Setecentos
do dos tecentos, onde de im cam por calos
invernavam alguns
ueiro poderia logo arrend
priedade, dado que O vaq o, que estã não era 28500 ou SSODO réis é o ars nro interior, as reses cram vendidas a
por conta.** Creio, contud
us a é BRA , .

lec er- se
ses mar ia e est abe , a própria sobrevi-
ativa existisse em tcoria
Bava S$000 a 68000 sóis “ u preço na Bahia — digo, na cidade — alcan-
a norma. Posto que à altern os), assim como mos. era vend - E manso,
anso, útil parapara os os trapiches
i ou pat:
do vaq uei ro e de seu s ajudantes (por vezes escrav
vên cia que se somava O E e lido ali por 8$000 réis.” Nota-se, portanto, que via um
, dev eri am consumir toda a paga. Ão
to da boi ada al do escra- ah ão ercantil para muito ab
do trabalho, na situação ger
o tra pa além do custo do f rece, ganho h e a
a est a “li ber dad e”
fato de que pelo qual to- 5 a a esse intermediária de negociantes 8 este que to-
imp lic ava res pon sab ili dades extre madas, motivo
vismo, contad os nas costas do vaq
ueiro. É istemelhavaalho dos passadores,
à inog pass: ;, guias
gui c tangedores de gado em nada
zos cram des
dos os possíveis prejuí l à reprodução do. Manos, cantas voos quetípica que nos vem dos aesterns holly-
ra for ma de tra bal ho necessária c indispens áve os, reproduzida na historiografia.
Out H ivre
Isca de de algum ganho viviam cem situaçã
uação deDe
extrema A SS
carência e
1 — ca)”".; “Informação ger
gado dos relig io: sos de Pernambuco cm 1746 (cir
av «azendas de 1906.
buco”. ABA, 28:413-18,
ral da capitania de Pernam a. idiráhwarez
João Antoni il. Cultura Ênci do Brasil.7 Lisboa:
duç ão eco nôm ica”. In: M. B. Nizza da Silv 4 copulência
Arruda. “A pro
* José Jobson de Andrade 822. Lisboa, 1985, p. LIA .
di ré João res internos São Paulo, 1988, p. mo VAI. pe 169.
império luso-br asileiro, 1750-1 nhos antigos € Opovoa; Pinsdo rat go é opulência do Brasil. Lisboa, 1711, p. 190. Dos Didh
cedo To

u. Capitu tos «te história colonial & Os cami


“aj. Capistrano de Abre tim boi de de ba sabe-se queo preço de uma vaca noNordeste cr de
1903, p. 147.
mento do Rrasi l. Brasí lia, São Paulo, 1953, P- 186-7.; carro mil-réis c um boi já feito cerca de 12 a 13 mil-réis.
ão do Brasil Contemporânea.
“Caio Prado Júnior. Formaç
NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 39
DOS SERTÕES . de mia
no ÍNTIMO
ratada nes- “Jambém no
, o uso do cavalo nas
38
des te tra bal ho sertanejo, tal como pet não foi q ai Puerras dos bárbaros nos cur-
A pesar da presença de animais
ez a sert anej as
enfrentavam a rud trop as
do sertão ea
fazendasid
): e à
rais mais o o à ausência de tropas montadas devia-se mui-
ta passagem de Antoni ro
ca nt ando para serem desta
sorte se- cheios de juremas € out anter a mobilidade dos soldados nos matos
o uns ad jan te do Vs ao pa que machucavam os
es tangendo-as € ten
“Guiam-se ind és e OS rostos, a ou re ds
ros vêm atrás das res
guidos do gado c out toem. As sua s jor nad as havia caminhos batidos
cuidado que não saiam
do caminho e sc amon
di da de dos pas - com o es,
sendfaçõ preciso freada A qnA espessas e florestas de canas a
à como
à seis léguas, conforme outros
carrapatos, rios de formigas c
de qua tro , cin co a, se gu em O
são falta de águ difi cil,
, ao nd e hão de par ar. Porém, onde há noi te, co m pass tos dani nhos .
insea pelas otras mo Com o
o mente pode observar o viaj ante que hoje
tos hando de dia e de
caminho de quinze
a vinte léguas, marc
achem paragem, onde
possam parar, nas pas-
os cam inh ose vere das é que ebrt am quase geometricamente asO
pouco des can so até que
, pondo uma arma- sertão,
e os guerreiros bárbaros, ac as no semi-árido,
por onde fluíam as trop
rio s, um dos que guiam a boiada ente o sistema resul-
sagens de alg uns
dando, mostra às Feses
O vão por onde hão
resp iraç ão zon: Id àpa nha vam sinuosam
ção de boi na cab eça € na tante Dorda
de st na da bacia hidrográfica No caso do Ri Gr
.
te nero 7» fluviais normalmen
de passa” * Açu O Pa afora os caminhos
hos e afluentes oferecia, tai

rito
cha a pé pe-
ent e, gra nde parte deles seguia a mar to no o Corno aa tem , o de de riac s ao
mts SECOS, veredas mais adequada
Muito pro vav elm raridade € posse
alo era antes de tudo trânsito no meio da c: atini a d

gemia arena
jos sertões int eri ore s, poi s o cav
ueiros, como espinhosos, além de gara ntir a
nde s sen hor es e cedido apenas dos vaq os matos
proximidade com as eventuais font
exclusiva dos gra al, as crias do verdade, são rar ssi-
es de água. Na ação
ens áve l de tra balho.” De maneira ger mas as referênc ias às tro me . Em um episó-
instrumento ind isp preende da des- ment
pas montadas na docu
da partilha, como se de dio, Martin de Nantes
gado cavala r não par tic ipa vam
, presente em uma semp re viajava nosões,matocont s à pé e dizia te-
de Jác ome Pereira no sertão baiano mera
— o arr s “sol idõe s vastas que a que as tropas
crição dos cur rai s disso, 05 cavalos egimentadas para A sc assustadoras ” dos sert
de outubro 1665. Além

RE
arr ema taç ão dat ada esse importante do rio Salit re, em 1675 reuni
carta de de um curral. Segundo “tam, entre os p ortusm guerra na regi ão
da do pla nte l ns, todos a cavalo”.

a
eram parte red uzi eram 10% do plantel, vinteento
o a € sarg home
do Ju rumungão, Os cavalos “Em outra ocas es, cracent
guesndo
iã o, qua aind -mor d ei
document o, No cur ral , O valor estipu- Gard casiã
de da Sir ica , apenas 6%. Naquele ano Card oso, cons ta que Man uel Álva res de Mora is N o terç o de Mari as
trC-
e no curral do Fra quatro meses cra de : dis INdva rro part iu com
a cad a cab eça de gado vacum acima de valiam mais .zentos homens de armas e uma tropa de 27 cavalos, formada a sua cus-
jado par , com selas € freios,
08 cavalos mansos
18700 réis, sendo que
réis.”
do que o dobro: 4$000
189.
———— Brasil. Lisboa, 171, p-
l, Cultura e opulência do a acistocrá-
ss Pe, André João Antoni nci e entrega, 12 novilhos de 2?anos, 1 9 novilhas da mesma idade, 20 bezerros “ 22
cra “ani mal por exc elê
já hav ia mos trado como O cavalo ess ári o à dominação tras de 6 meses, que estão ainda por dizimar c pa Ig aro partido do ecurraiciro
I criador,
indo o movime nto nec
Gilberto Fre ire
co”, realçando c garant 124.0 cavalo! Pp: arideiras , duas P oldra: s d UC K) anos, 2 poldros de dois anos, mail Ss dy 34s
a p po | drasés “
tico c até autor ráti e. São Pau lo, 1 951, p.
senhor de engen ho
na rede patriarcal. Norilest ola. Cf. José Alípio
Goulart. -
: as, 27 bois d e
do ação para Ang ideir entr ih
e mercadoria de export
cra ainda important de Jan eir o, 1964. idade 43; e
O cavalo ne formação do Brasil. Rio assará,
€ € avatar na região de Mac atadors : 58, e novilhos da própria
uns currais de gado vacum que vão a ano a ad e db ' u
Jácome Pereira possuía Inhambupe, no sertão
bai ano . Par cei ro do contr
: de6 TOS da própria idade; c 18 De
uru . Jicome Pereira estã os; 3 pold ros le dois
entre o rio Real, Ecapic morto é inadimplente , e 14 caval os mans
rigues Meneses, estaY poldras de ano; c sa parideiras dos quais poldros se deve ainda o
dos dízimos Álvaro Rod ematação de seus bens Carea Geo de anos, Mateus
à falt a de pag amentos devidos. À arr ele pos sufá parte do: criador" Ge ematação por que o pe.pe. Mateus Mendonça
va envolvido com
ido. Segundo o docume
nto , er
13/10 /1665 . Di 217
decidida deste 1662,
e Pec cir a hav ia rec orr
çar tudo pela terr a não Sé mia do Jácome Pereira, E.,
“de que se podia desfazer e alh mP ) on succinte et sincerede la mission du p . prédi -
ras fáb ric as Lim ite s, aco e de mission du pere.
appélies Curia ui MTO
escravos c out do negócio, o Juiz dos -
a ns le Brezil parimy les indiens
1665, para pôr twrmo dois curral 'g; da:
ligue
sua”, Naquele ano de
,
de tudo que havia nos º . O
ame nto
nhado de um esc riv ão, fez 0 lev ant u todos 05 benifi ,
Mat eus de Men don ça acabou ares muto
re
região. Um certo pad
anéca | NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 4H
Dos SERTÕES
NO INTIMO ape ços marchavam os de São ã Paulo por
40 do qual se a pé e descalços marchav: .
fat o, sa be mo s que O terço de Navarro, Dad éguas, como
fist se passcassem
s Ss nasas ruasruas d de M Madri”?
1 po e vales 400 à
os derrotar”** De um cavalo, uma
nt am en to , não possuía sequer da a his fis tem n asseverado que o Indíge ibui
preservou O livro de
as se às normas : historiografia ass E
fro nte ira s de 1645, que estipulava
vez que O regimento
das ade de as- forma privilegiada com a mão-de-obr: ecuári Dea dono dife
o, cra mui to cla ro quanto à necessid á eevolução DORA
para O scu preenchime
nt rença daTED da: economia
Sora a açucareira dada costa,
aS nescat a tra a costa, baseada
b: panda Do
na cescravt-
aa
alos engajados.
sol dad os, cada um dos cav
sentar, tal co mo 08 percorrer Os campos
tin ha como principal função menos tranquila a das s populações
pu ações locailocais A à ucono
economia pastori DsDoisis Fatores
fifatores
O vaq uei ro, que vagem, precisava do mia pastoril.
dia pastoad
€ evi tar que se tornasse sel
para contro lar o gad o fica, no mundo ser- colabo E ra alimentar esta proposição. Primeiramente, : det
o pri vilegiada, quase honorí
cavalo, do nd e sua pos içã veram perrechos € E econceitos, severamente enraizados ados no imaginári
naginário kelocal,
cl, de de que queos os
s ind isp ensáveis se desenvol nú e "as eram dncapates de trabalho continuado « sedentário em fi no
tancjo. Como ace ssó rio a, capaz de lhe fran-
ava m cm verdadeira couraç são de sua “im A mentalidade primitiva”, “extremada rebeldi "ee:
vestimentas que res ult ção do couro”, na
de se mb oc ariam numa “civiliza 4 adaptabilidade ao trabalho agrícola & : jo, à conse
quear o sertão , € que nã segunda metade
< : e q . “ “e ] . .

de Cap ist ran o de Abreu. Somente qiente acomodação


como atoa à pecuária.a. Num movi ovimento
nto de! quasese naturalizaç
naturalizaçã
famosa fórmul a o do interior da co- quente oo
do mt en so desenvolviment
do século XVII , dep ois atizaria, ainda na al ae como força de trabalho, supunha-se
sua iliza.
ção , é que O cavalo se democr ção” oótima
da min era abelecia as ue 0 dese ma colonial, Já que estavam “disponíveis” Em se.
lônia em razão
ati va. O “al var á das armas” de 1569, que est suir, fe-
que de forma rel súditos deveriam pos
gundo | aro e S jon decimento ou menoscabo da exata dimensão d à
de armas que todos res, Cabo Verde e oa
dimens ; esultantes do contato da frente de expansão co o
obrigações de portes ilhas da Madeira, Aço
' s . q e a : 4

ra do re s das s, por- Eru cais. Disso resultou, por exemplo. historiador


m “obrigados a ter cavalo
conhecia que 05 mo
Brasil” não cra
São Tomé e “partes do O hei ass im por bem”. Os cavalo
s tampouco a altura de Charles Boxer, fiando-sc
DT dO exclusi
exelus ivamente o no relato
dao de
de Martin
Martin
da ter ra
que pela qualid ade 08 holandeses, não por juc, apesar dos excessos cometidos por al
seiscentistas contra
rras “guns criadores em face dos índios, + “as“as relaçõ
relações entre os colonos e os
foram usados nas gue dições ecológicas
mas por sua inadequação às con
carência de ani mai s, e o chão de massapê
tiam espaços abertos
ameríndi ç “ é a e e

e ine xis
da zona da mat a, ond caso das guerras no 1 se os vaqueiros al numas » LC: ” €a ] atear:
GL
áveis no inverno: No
. os Ho Ss ã o F raAncIsc o adé

ran sit aborígenes e tomaram Nada


su: serras,
as muitos
i
tornava os ca mi nh os int os espinhosos difi- prego nos ranchos” ameríndios encontraram em-
ond e as jur emas € Outros arbust
sertão semi-á rid o, ia ainda mais in-
dos ani mai s, o uso do cavalo se faz "Em descritos
1665, nosj currais de Jácome > P Percira,
eita, por
por exer
cultavam o ava nço uição dos tapuias, am exemplo, os afric:
ame nte imp ossibilitava à perseg
conveniente c pra tic Buarque de Holanda, “ig jo Jirumungã ni 220 o plantel do gado vacum & vale No eurea
int ern ar nã ca atinga. Segundo Sérgio :
destros em se co dos sertanejos, faria sua mulher escravos acas, bois e cavalos, assim como “Gonçalo e
cr o mo do de locomoção característi bre -
a marcha a pé a
te difícil c penosa nas Es”, No curral do ESA genus de Guiné, e Gaspar e Mateus mole-
m al “seria extremamen “a tradição indíge-;
pois à jocomoção ani Preservavam, assim,
Qu
jun-
nhas c lugare s aci de nt ad os ”.*
despertando o Jíoco m José e sua mulher, ves irica havia 487 vacas, bois « cavalos,
isq uer à nimais de transporte”, e Pedro é do gentio da Guiné”, e “Perpétua
na, alheia ao uso de qua eram capazes;i gos, Manuale João;
ai Pedro 6 A ed To e Bento, moleques que andam fugi-
esp anh óis pel as dil atadas jornadas de que o que
assombro dos
Antônio Ruiz de Montoya não havia escrit a “Juliana Negra e Do moleques que estão no curral”, além das
de fazer a pé. O padre
I;OSÉ' Seus
L6$000preços
seis foramn estipulados
il riouia,emde 44$000 anos,
à para éréis Marta
por o cabeça
anos
1 —
ais Navarro, 15/12/
1696. AHU, cód. Bós as crianças.” Se havia outros trabalhadores E
de ser viç os de M anuel Álvares de Mor .
“Folha adm in
for maç ão
fls. 246-5. donça (ed,). Raízes da
1569, In: M. €. de Men rque
Eh E de Holanda. . O Ex; tremo Oeste. São Paulo, [$
s Alvará das armas de 197 2, vol. 1. po 147. ph Boxer. 74e Golden Age of Brazil. Lisboa, 1095, Ds. em
de Janciro, 2214.
pativa do Brasil. Rio de Janeiro, 1975, P. me
donça arrematou os currais de Jáco
,
Cab ral de Múel lo. Olinda restaurada. Rio Jan eir o, 1957 , P. 147. P emataç5.
10/ 166
ão porqu ID
DJ, teu s Men
se Tóvaldo inh os éfronteiras. Ria de
Hol and a. Cam pei ro” , P:
Sérgio Buarque de lo “Do peão do tro
ça do cava lo É m São Paulo, veja o capítu
presen
eu NO INTIMO DOS SERTÕES
42 NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 43
indicações. Estudando de maneira de Mo te mostrarEri que *havi
havia escravvos
os no
no Pi aui como únicos responsá
vres, o que é provável, não temos pelo rebanho (“faz
a veis
es ao Piauí, para o ano de 1697, Luís é endas
de boionde ae avos eram livres de seus senhores e
quantitativa alguns relatos referent
a região, o padrão histórico das re-
+...
senhores de st”),
Mott mostrou que, pelo menos ness
raria, em muito, as gencralizações este trabalhador que o afastaria da escravidãosm , ou É parcicaar para
tações de produção na pecuária cont
, pelos dados apresentados, que menos
O PSnos séculos
RAD O iniciais
DIC da expansã
«pansãoo d do pe pastor]
st doà no
no sento
sertão (ço
(crci Pelo ,
da historiografia. Inicialmente, fica claro is como mão-de-obra”. qudo fa De dilerentemente no XIX), bem longe
Breda dano
indispensáve
“gs índios não eram tão desejados e
eira mino ritá ria nas fazendas de gado, representavam obra escr va, como quer Gorender. Podemos imaginar, : ário
Presentes de man
no pastoreio. Mais ainda, O autor con- que a pecuária estruturou-se com a presença determin: vd cabalho
apenas 9% da mão-de-obra usac ja livre fora a regra nestas ivre (conformando uma relação escravist a particular),| ui
clui que é errada a assertiva de qu e o trabalho ano de relativa do trabalhador indígena.
é com doa ausênci
erbalhoa
demográficos nos mostram que, no mesmo
atividades. Dados alho iva porque semos informações da utilização do indígena
ida com a pecuária era escrava.
[0]

1697, 48% da população total envolv são dos mesmos operador nes
no t
O gado para os mercados consumidores. Segundo a
concluiu, após uma revi
» 41 a : :

Bascado neste autor, Gorender governad WReral, joão de Len “astro, 08 proprictários de gados manti-
documentos utilizados por € name
nial? Contudo, para um adequado sa tas o número estritamente necessário de escravos
vidão predominara na pecuária colo
que cabe ao historiador ter cons- proibido que “os índios conduzissem esses gados, dos
entendimento da questão, acredito Pa
es
mentação para as generalizações para a Bahia ou seu Recôncavo ou [para] Pernambuco , nun 4 roOS pode..-
ciê ncia das limitações óbvias da docu
mesmo tempo, temos de considerar ; cam en de pas 6 tes aquele provimento tão essencial”. 0
de ambos os lados do debate. Ao
ssárias em face da escassez de docu- o se a ne dores realizado pelos índios era, do seu ponto
essas mesmas generalizaçõ es nece
€ a importância das conclusões, uma Quo se vestir € as siga s próprios porque com as pagas ganham “com
mentos e estudos sobre o assunto
parciais, são fundamentais para o se- eados pelo saio u poros . Os missionários forneciam os índios
vez que, ainda que temporárias ce
De toda m ancira, ao contrário de ento Dada o ue osse, considerado justo, recebendo o paga-
guime nto da pesquisa histórica.
descartar o papel estrutural do cra- “em um Papel sobre a ! drein do com grande prejuízo deles”. Lencastro
Gorender, à credito que não sc pode
pastoreio, donde a utilização de es- “Escala do peão o issões, sugeria que o pagamento deveria s
balhador livre 3 na organização do
“fábricas”, « nunca sua presença | adores dos índios « escritur: e
cravos apenas como ajut dantes, como um índio
que os “mais
XVIL, pelo menos para O Piauí, o rios Indios ladino”.
: Sugeria, também,
mM, o estabelo si imentoeo dot
abeclec
como vaqueiros. No final do século oa A o indios deveriam vencer: do rio São Francisco à Bahia
dos salá-
a dos vaqueiros e arrendatá-
absenteísmo ainda era a regra, c a presenç “RS000 réisjear CDE
po
funcionamento das fazendas.” Apesar » 6$000 réis, do Piauí, , 8$000 réis
éis ee do do Paramir
Paramiriim para cima,,
rios era fu ndamental para o bom
|
nas fazendas de gado do Piauí coloni
al”. Revista de 55 Elen
iaesistêoncia
.
e Luis Mott. “Os indios ca pecuária “Estrutura .
indígena e extermínio
1979. Veja també m do mesmo autor
Antropologia. São Paulo, 2222:74-5, caso de povo amen to cural Prado
no Piauí colonial: um
Si
demográfica das fazendas de gado e socied ade. Veres ina, 1985,
população, econo mia I m
cencrífugo”. In: Idem. Piaui colonial:
:confrontou o coloni; itavam
p. 71-92.
Jacob Gorender. O escravismo colonial.
São Paulo, 1985, p. 425-42. es que se ajonizador com os povos indígenas que hab
o termo “trab alho livre” deve ser perfeitamente contextuar o stinavam à criação do gado. Após a expulsão dos
e fé importante notar q we os muito longe do assa.
mento histórico. Estam
lizado para um correr o dimensiona O traba:
mun lo capitalista industrial. Contudo,
prevendo

ário do
lariado moderno ou do prolet va s quant o ao contro le de seu
possuia prerrogati / as: C A do
análi abs enteismo
lhador “livre” na situação colonial
na:N Ss fi laze
4 d
nadas de SE
guide ) no P i NEI
do situa ções d
avam do escravo, configuran
4 sauí colonta,
de f F: p 0, put ação,
destino de vida que em muito o afast
ção, economia e 5 so;ciedade. Teresina
s ' Il 9 8 ).
ira importância nesta dada ordem social;
stutus diferenciadas, o que se fazia de prime
ULTOS Loo pa
Dique o senhor do; m João
— 90% das fazendas de gado tinhafl ; de Lencastro responde aoss 16 pontos s sobre
Uy ie y

da colonizaçã o — 1697 sob as


“Se nos primórdios
não deixam dúvida de que 4 partie
dos m
gr po, Tê gín
MirRau iaO
(cd.), ;
+

proprietários absenteístis, nossos dados pasa do arquivo da casa de Cadaval


teísm o era exceç ão na estrut ura fundiária do Piau”. Ly Hes:00 Brasil. Coimbra, 1956, o
dos do século XV o absen
EL IMO DOS SERTÕES o NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 45

no ação do movimento de expansão da pe- memória oitocentista sobre o Piauí, entendia que “as freqiientes host-
holandeses (1654) e à acentuação araime-se cada vez mais frequentes, lidades dos selvagens contra os primeiros povoadores” cram compre-
cuária, conflitos antes limitados rar contlagração geral surgiria às ensíveis, dado que para com estes intrusos os índios “não podiam ter
de modo que em breve uma situação « t tenominada à época “Guerra senão má vontade, visto que os olhavam como usurpadores de suas ter-
vistas das autoridades tono os d sta UaS do sertão às fazendas, ras”. Eram, contudo, tidos pelo autor como “um embaraço todo dia,
dos Bárbaros”. Os ataques constantes Baiano resultariam em uma sénic um grande mal que demandava pronto remédio para garantia da pro-
plantações € povoados do amo a dinâmica futura da guerra no pricdade nascente c o que é mais, das vidas dos arrendatários e colonos
de expedições punitivas que Na nos de 1651 e 1679, as guerras contra que afluíam em grande número”.* Por outro lado, a facilidade de cap-
sertão. Nesse sentido, entre R ano . . avo Baiano serviram de campo de tura do gado, dada a sua forma mais ou menos lassa de pastorcio, e,
os tapuias que “assolavam O o deteeminariam a forma do extermí- portanto, O interesse que despertou nos povos autóctones, que viam
provas para novas a à vindOTOS. A partir de 1687, os le- nos animais soltos a possibilidade de satisfazer suas necessidades ali-
nio que seria praticado nos dicalidade em particular no sertão nor- mentares, faziam com que os povos indigenas fossem tidos pelos colo-
vantes dos tapuias ganharam ne rea, Pernambuco e capitanias anexas, nos corno grave transtorno à economia local.
te do então Estado do Brasil, e. o rá As chamadas “guerras do Açu”, Para os criadores de gado daqueles tempos, os povos autóctones cram

“+ du
principalmente Nº Rio Grande é madas como a Guerra dos Bárbaros apenas mais um empecilho. Com isto, devemos nos afastar das concep-
apesar de serem normalmente ton ê na verdade o caso específico dos ; ções integracionistas do processo colonizador que resultaram nas teo-
como um todo pela bibliografia, são AC | ou Piranhas —, no atual Rio rias de Darci Ribeiro, para quem os impulsos de expansão ativados pe-
conflitos desta região — do vale do rio ia se explica pela sua maior í las sociedades mais “evoluídas” tecnologicamente revertiam, quase que
ê
Grande do Norte. Não obstante, a o diversas guerras movidas aos Ê
E necessariamente, num “movimento de incorporação histórica” que po-
é
importância e significado. Posto o sertão pernambucano ou baiano, ria estes povos contatados “sob o domínio de um centro reitor fazendo-
índios bravos se estenderam por to stalizar de maneira mais dramática . Os transitar a outra etapa evolutiva, mas com perda de sua autonomia c
os episódios do Açu acabaram por em : uilamento mobilizando diver- - mediante a sua conversão em proletariado externo| | de outros €povos”.”
|
o resultado de décadas de tiranta e aniqui .
I JU u nha mem xeque o con- | Isto talvez seja válido para
|
os grupos túpicos do litoral que de uma for-
a idos.3 stCs
l 4,81
nf litose cont in u
ss
cem co . . cetão de fora, na terminologia de
sas nações
«sides de ira do sertão de fora, n : . . .
trole das regiões de fronte indo, segundo à interpretação cocva dos 1, Ou ainda, no caso da sociedade sertaneja paulista, para o trabalho
tanistrano de Abreu, ameaçando, + É il. Retorc: isso as fazendas de trigo."* No sertão setentrional, muito ao. contrário, as
pe 7 > dé o
Capist iais, à integridade do Estado do Brasil. Retorçando isso,
agentes colontais, ídi ca uma a g
gra r : nde con fede ra- uerras aos índios neste momento, por razões estruturais da forma da
dado como verídi
artee da hiss toriografia tem
part indírenas par: a
a invasão
ins a dos
dis evolução desta economia e do processo colonizador, longe de serem
indígenas para barrar
ão articutada por diversos povos do gado. Noção que * érras de conquista c submissão de novos trabalhadores aptos ao ma-
Sco lonizado
à res " e a expansão da economia
"utida mais adiante. . , . “se arm no :
este
es nto , o confronto peculiar
novo contexto .
ou“ir:geral que se mia E 4 - ?Memiória cronológica, histórica c corcográfica da província do Piauí (1855)". R1/1GB,
entre à fronteira da rei anen
sertão fazia-se, especificamente, 0:18-9, 1857,
embasara” “Ribeiro. Os brasileiros. 1. teoria do Brasil. Petrópolis, 1978, p. 43. Em outro
cia e os índios de grupos não-túpicos, isto é,econômi taptildd qude Créscim o
específi ca da atividade ca tó Euja primeira edição é de 1970, o antropólogo considerava, em breve passagem,
irredutíveis A forma pr inos, implico
iv:a de . bovinos, u pecífico da conquista do Nordeste: “Os índios dos sertões do Nordeste opu-
so “e a pecuária extensiv if á
o, à pec
a ocupaçã“nilidad es . s por duas ; razões.
de conflito o, ba:
tadc à extrem
razões. De um lad oda resistência possível à invasão do seu território [.. .). Os grupos que mais
dasÀ possibilidades de ítico de criação dos rebas Jiseram à invasão foram trucidados, sendo os sobreviventes apresados como es-
«specífico de criaçã -
e de espaço
avidez de espaço Te
resultante do modo especi Ancia. semi- ari
tal do sertão Os canaviais da costa ou para reforçar a população das missões religiosas”.
tes o de carência
carência, , tatal como o do s€
. onte "cológic pr iisação A integração das populações indígenas no Brasil Moderno. SãO
nhos no contexto ec indívenas, moradores5: seculares, f€ p. 65,
»
mplicav:a o levanta
imnticav amento dos indígenaDO s, mor:
O ria uas
a intrusão e a consequ ente destruiç ão de $ de ul Zendas paulistas, veja o livro de John Manuel Monteiro. Os vegros da terra.
não podi am
Po tolerar
| Pereira d' Alencastro, autor
ncia. Nesse sentido,
tes de subsiste
1 . NO ÍNTIMO DOS SERTÕES 47
DOS SERTÕES
NO ÍNTIMO
46
de “lim- cas centenas s dede grupos
as centenas gruposos indí
indígenas s existentes
existentes nana épeca,
é apenas [ abi-
dencialmente guerras de extermínio, ama
nejo do gado, cram ten captura € jo neo na região, estabelecidos em 43 áreas E “em oo
expedições orientadas para à
ol
peza do território”. Se houve de maneira geral, O escopo
era as, * somente os: fulniôs s scs expressam em à lí língua pri ja do pas.
dos sertões,
escravização dos habitantes pos resisten-
ue
so que todos “os demais conhecem apenascomo oportuguês
os demais dO
Cm in nt do CREPas
a mut anç ã, seja para refrear à “insolência” de gru
sem pre ções. Neste caso
para abri r sim ple smente espaço para às cria
tes, seja uações extrema-
Os imp uls os de expansão resultaram em sit
part icular, cias para a
noc iva s € não -in teg rad ora s. Fato cheio de consequên
mente bem como (e
das polí tica s ind ige nis tas do império na América,
história itantes do
men te) para o des tin o destes povos, primitivos hab
principal etério da acultu-
o somou-se o contexto del
Brasil. À guerra de extermíni pos indígenas que,
s€ submeteram alguns gru
ração c miscigenação a que s. Os poucos que
alinhar-se aos colonizadore
feitas as contas, preferiram m util izados em
aldeamentos e missões era
conseguiam acomodar-se cm tivessemsua alm a “sal va”, na
os para que
serviços diversos € cuidad se passa-
própria vida e cultura. Dos que
maior parte das vezes de sua m nor mal mente
s, 08 guerreiros hábeis era

dt cs aaa
ore
vam ao lado dos colonizad Para se ter
para combater Os irredentos.
integrados às tropas enviadas ida s as socie-
lamento a que foram submet
idéia do resultado do aniqui

a sa
des te com o um
ulação indígena do Nor
dades autóctones, hoje, à pop

Clubs Una?
5,5 % da est ima tiva
36.000 indivíduos, ou seja
todo conta em cerca de .00 0 pes soa s, de
rimento: pelo menos 652
histórica à época do Descob tas soc ied ade s,
Quanto à diversidade des
acordo com John Hemming.”

est
Ra
——— c na Amazônia. Contrariando à visão
nos sertões meridionais
O mesmo ocorrendo “as expedições de
John Monteiro demestrou que
dominante na historiografia, am a ver com a expa nsão territorial.
Paulo, pouco tinh
apresamento oriundas de São à ocup ação do inte-
de contribuírem diretimente para
Muito pelo contrário: do invés bem com o us trop as de resgate da
s paulistas —
rior pelo colonizador, as incursõe s as regi ões — con -.
ntos» dos missionários em amba
região amazônica € dos «descime nati vos, Para fras cand o Capi strano |,
de inúmeros povos
correram antes para a devastação ente desp ovoa dora ”.
adores» foi, na realidade, tragicam
de Abreu, a ação destes «coloniz o, 1993 , p. 7-8.
negros da terra. São Paul E
John Manucl Monteiro. Os 1978, Appendix, p. 487-
Conq uest of the Brazilian ludians. Cambridge, Gislaine Fº
pram publicados em Mart a .M. Azevedo && Gislaine Fonsech. “Os índios
» Red Gold. The pré-colombianas, veja :
so1. Para o debate sobre 0
camanh o das populações indí gena s ém Édgrá "
ANA. Campinas, 2º:; SÃO, Foge TOS E O censo
n (org o. The Native Populatious of the Amer
icas in | 492. Madison, 1978.
um ma etnografia fulniôs,davcj
fico de 1991”,dos Boletim à Estevão P; So 20:
A rstevão I into.
1540, , 1998, o.
titmalogia brasileira (E ulniô — os
Willian Deneva al dos cálculos de Hemming hmos tapuias). São Paulo, |
eiro critica à perspectiva unidimension a histó: . eitura crítica desse texto e das referênciass aos
dos
no marco Zero de 1500, supõe
John Manuel Mont
ia “estagnada” EabTIS,las Encontra-se em Dirceu
i
que, partindo de uma demograf o faz. Veja “As popl i
Lindoso. “Na aldeia de Ta-
ti (cenografia dos índios
de sua extinção”; como de fato do Norde- ste). ABN, 11:21-45, 1991. Sobr es as identi-lhá
ria destes povos como “a crônica lo XVE tran stor maçã o € resistênci x ç i: Os de João Pacheco de Oliveira, “P, obres as identidades emergentes, veja
brasileiro no sécu
lações indígenas do litoral 5. O cens o de 1991, pt “Povos indígenas no Nordeste: fronteiras ét-
Brasi 1 — nas vésperas do mund
o moderno. Lisboa, 1992, p. 124- Giidentidades emergentes” fe ra, iulho/
s como variável, Para o Nordeste, 0 resultado
é
81993; e de Carlos Alb cmpo e Presença. Rio de Janciro, 270:31-4
primeira vez, incluiu os índio indivíduos, assim índi os « a soci.odiv.ersi dade ativ aº
indivíduos), ou seja. 40.175
a
(35. 570 Píinea no Brasil”. In: . PN C ,
a a
à con tag em do CED I (394), Paraíba g fa
da TIRA
. À temática
nde do Nort e és,
a & LD B. Grup ioni
(2.694), Rio Gra
buídos: Piauí (314), Ceará Bahi a (16.023). Estes da HW la. Brasília, 1995, p.
29-56.
oas (5.690), Sergipe (760),
Pernambuco ( 10.576), Alag
2
O PAÍS DOS TAPUIAS

. Desve o início da colonização, os indígenas, para além de


sua utilidade como força de trabalho, apareciam como aquele substrato
mínimo de povoadores necessário para a manutenção do domínio, ante
as tentativas de conquista ou de invasão de outras potências européias,
ou mesmo de resistência de grupos nativos hostis." Os grupos indíge-
nas aliados ou pacificados permitiam uma margem de segurança à em-
presa colonial perante as ameaças externas, isto é, de outras potências
“= - européias, ou das ameaças internas presentes em um sistema bascado
”. na compulsão extrema do trabalho.” A percepção desta funcionalidade
específica dos povos indígenas no processo colonizador já havia sido
J pensada por Caio Prado Jr., para quem é certo que os portugueses pro-
“*curaram, no início, aproveitar-sc do indígena “não apenas para obten-
ação dele, pelo tráfico mercantil, de produtos nativos, ou simplesmente
«Fase ecomo aliado, mas sim como elemento participante da colonização”.* “Tra-
deitaya-se de usar os índios para prover uma base populacional, pois era

476, p. 18.
E d que Luiz Felipe de Alencastro chamou de “dupla frente militar portuguesa”:
Desde logo, as autoridades coloniais procuram fixar alianças com certas tribos do
para barrar a ofensiva dos índios hostis, por um lado, « defender os portos dos
ários europeus, por outro lado”. O autor aponta ainda como fatores restritivos ao
Es
go de escravos índios a “sua vulnerabilidade ao choque micrebiano e virótico”
lativo “ilhamento” dos enclaves produtivos da colônia, o que impedia o desen-
im to do intercâmbio entre as capitanias e, pertanto, de um sistema regular de
160.06 escravos indígenas. Os luso-brasileiros em Angola: constituição do espaço econô-
faro no Aslântico Sul, 1550-1700. Campinas, 1994, p. 52-60.
DEE io Júnior. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo, 1943, p. 85.
; 49
O PAÍS DOS TAPUIAS 5]
o PAÍS DOS CAPULAS
50
ão e defesa." Certo os mercenários
TS pários coloniais
c iais na na conquista
€ i do Maranhão, então sob o con
1 com por o suporte mínimo d c ocupaç
fun dam ent a s capazes de realizar ole dos s f ses. Para ele, a conqui ã se deviai fazer
quista não c can.
se pro cur ou atrair colonos com € abedai
que sem pre O papel destinado ao des custos nem com um grande exército, mas, pel a “com en,
to da terr a c o seu próprio, mas
o enr iqu eci men previa como um
na ord ena ção do mun do colonial, também o genho e manha”, porque oss índioss não nã eram gente dedesse
oram mento i
somista
E
indígena, defesa, daí buscar der
ela força. Recomendava, com
ça , Po € pragmático: PO
cinismo: ao
“Quanto CO PU
menos
a ate nde r o seu caráter militar e de
povoador apto já tinha com-
sua “na tur al lib erd ade”. Padre Antônio Vieira ud nto em nós,s € nosS quee oo vão
vã conquistar, i E: i e
mantê-lo cm escreveu à d. Mão
fiarão no éque
pente
lhes que so nosee assim
im sea reduzirão
di Zirã facilissimamente por-
ção dist o, com o pod emos ver nã carta que dissermos, citiso Mamente por
pleta percep escravização
rec ome nda va rem édios para à situação de
João IV, em que também à fazer-sSe
tugie de nós”.
se nãoDOEaceitassem
o Sd é, SONHO
pois , uma vez res olv ida esta situação, “terá osos indios abandonassem
índiosaband ssem expe Par
aa expedição, isto
dos indígenas, am, como eles foram aliados 3 dosh ortutueses, estes
estes estariam em maus lençóis o pela de ErpoSe-
que a sirvam c que defend
ns er 3

república muitos índios andeses)”.


daram a restaurá-la faos hol
ência q s deviam. Nas palavras do governador, os ses
os que em grande parte aju emp enhava uma não
não se sustentariam “naa
ee sustctiar falta das coisas”. À conquista da costa dep
tinado ao indígena, des falta das coisas” sta da costa dons
O papel de povoador, des onial. Os autóctones sta política < alianças: “sem eles”, continuav: als
strução do domínio col
s e “+ “ Io ' . : , .

função estratégica na con terr as e contribuir poderá remediar nem DOpovoar tão larga
ú coststa assim para o o remo
im para remédioride :
de dar o conhecimento das
eram os únicos capazes rra s € escura-
necessários às diversas gue nder sos
; ender aos es estrangeiros como de a cultivarem” . * Dessassa manci
mancira, c« a
para as tropas com os homens se man ife stavam
colonizadores e tribos que
e a em outro trabalho, o processo de substitui “ão “do
muças travadas entre OS nista Fer não Guer- i a pe atricano nas fábricas e plantações do Nordeste brasi eiro,
s de diversas nações. O cro
hostis, e entre colonizadore índios , alé m de ne- É
Éê o qua q te * do século
fo
deve ter suas razões |buscadas
q
scentos, reconhecia que os
ias XVI, nã
feito, no € omeço dos Sei
. . ú h a º 4 a i

d defesa da terr a, pois nica do capital mercantil ou populacional, + masmas tamb am


também
crabalhos, eram-no para
A
cessários par a os diversos vem a ela, € pre tendem dar, ou de-
É
na p política d e povoamento
: i
€ de alianças i
militares levada a termo pela
OU cors ário
“quando algum inimigo dos padres são os Metrópole.”
te, que O s índios à sombra
sembarcar em alguma par m com suas flechas, “-av A indecisa
indecisão oba Eé legalidade
i da escravidão do indígena durou ape
embarcação € 08 desbarata
que lhe defendem a des as de metal]".º In- , quando a Coroa resolveu garantir o seu direito à
com 08 seus pelour os [bal
mais que os portugueses dos para conter às “liberdade,
liberdade, reproduzindo noçãção defendida
rep endi pela bula de P; abit
aliados poderiam scr usa
ternamente, os indígenas on de se bascava na mão- Deus stc dilexit, de 1537.” Não obstante, a lei de 20 de março de 1870
ravista, notadamente
tensões do sistema esc dinâmico. Um jesuíta,
dizer, no se u núcleo mais
Eee des

de-obra africana, quer andesa, explicava


pouco antes da invasão hol
que viveu no Brasil um tes lhes vão a bus- arão de
“Carra d. Di Deris a cl-rei sobre negócios do Maranhão, 1.º/3/1612. ln:
índios, “porque pe los mon
de Sud
que os negros temiam aos 1905, p.2. Sobre o nda mentos, para a história de Martim Sonres Moreno. ' Nº ortalera
e a
,
aiezi,
car, prender c castigar” Martim
Ceará, veja:
das situações,
o
Peixoto.
De tal forma se faziam in
dispensáveis cm determina
Lisboa, 1940. ará, veja a monografia de Afrânio
sionários, se impu Moreno.
Jm fdresumo
tetora € da ação dos mis é asda questão sc encontr
E : em A misera
tra f sorte: à escravidão afri ;
que, além da legislação pro 48. São Palo: (199) 1999,
ndês
a. Exemplo disto. sul, 1621-16
o Portuga
nha uma pol íti ca cau tel osa dos mandatários na Colôni
go de Meneses, qui Medo Voguedo eíficoE noLOG,Autêntic
Po l co Brasil na crise do Amigo Sistema
do gov ern ado r-geral do Brasil, d. Dio o jal, São Paulo, 1978
foi a ati tud e o deveriam procede ébara L. Solow “S » Pp. 92-106. Para uma iscussão historiográfica, vcj:
rev eu ao rei, no ano de 1612, explicando com In: Idem. (org, po ver am he is
esc lântic System.Nova ode and Colonization”. de Alencastro “a reado
. a coloniz ação” qEconmonta é mociadad, HA6!, Felipe
+ 1991, p. 32-47; Luiz
i. Terra, trabalho e poder. São Paulo, 1988, p. 15-6. lísel R. Menna agosto de 1992; « Seuare Sehwar 7
4 Vera Lúcia Amaral E erlin 3. In: Idem. Cartas. Rio
de Janei
Force “Transicions6 in Brazil
ao rei d. João IV, 20/5/165 . ?In: Laborane Bi
Slavery
d the South Carotina polcacontry” dis
(cd.). Slavery in the
nio Vici ra. "Car ta
* Antô j
Companhia de jesus nas
partes &
1990, p. 89-14. Wolfgang Binder
atendideborg,
1949, p. 89-90.
annu al das conse as que fezeran os padres da 160 2-1 603 . Lisbg en-Num
pecaEipado i a s dos | . Luís de Anchieta,
da Crã e José que
* Rela çam
la, Cato Eerde e Guinem, mos
anos de aos descjos dos jesuítas
e no Bras il, Ango
Índia oriental Viá sido invocada” pela em 1566 para definir a política indigen ista. À anerea
1605, po 14. Rio de Janeiro, 1975, P- 176..
:
» pela primeira vez, pelo governador Mem de Sá quando
Mello. Olinda restanrada. NE
7 Apud: Evaldo€ tabral de
53
O PAÍS DOS TAPUIAS

orais DOS PAPUIAS :


s2 ditos gentios”: E ao dos o A de "aptura só poderiam ser feitas
em que ser ia lícito “fazer cativos os o ador-geral. À lei de 11 de : e
esclarecia Os casos zadas pelo rei ou pel 0
justa”, Isto é, autori
“guerra que as guerras justas se fariam En por no de o porém,
aqueles tomados em praticassem à antro- PAN ordem express
no cas o dos indígenas que de anos passados, : Se tarim somente
o do Té provisão de 5 de junho de 1605, assim como
governador do Bra sil , e m suas sofistica- rei. Dez
O oeará do
ma rg e m do debate espanhol co ' » revogavam definitivamente os termos da
pofagia. Um pot ico à fora definido de o 1570, não consideran
al o co nçeito de guesta justa o a legalidade do cativeiro indígena em caso
ções teológicas, cm Por tug Álvaro Pais, cuja dum, fossem eles N ecra
da no séc ulo XIV pelo franciscano s ou ainda gentios. No entanto, foi a div le: -
forma pragmática ain declarar guerra mova lei de 30 d ra
O dir eit o da 1 gre ja ou do Estado de ção da n e 30 de julho de 1609 que causaria maiores emos
doutrina acentuav a dos inimigos Sc fa-
a des tru içã o € escravização com à chepada da nova Relação na Bahia “essa lei declarava
contra os infiéis,
do nd e os. À guerta in
4 Bahia, ssa lei dechiravi
em te rm os públicos e não privad amantes ,
Tólivres, fossem
iam segundo a lei,
ist o é, a, € 08 €a- Aqueless os que ios adee O eles cristãos ou nação.
dev eri a ser ef etivamente condenad
declarada por partic
ula res uição, se captura- a ne € todos co i cealmente capturados deveriam ser postos
ravos, NO sentido pleno da instit íodo
tivos tornavam-se esc to, do Es ta do ou da Igreja." Já no per NDA anula
dos sob a autorização,
por tan O USO dos índios dos. A lei implicava a Relato no sou cumsrimento
1587 regulamentou ;m ento o que lhe dava vip
filipino, à lei de24 de fevereiro de sem precedentes. taçã
o dos moradores c autoridades da Colônia e
ces
sim Emo daos lei nsare né
aplicação om OS missionários resultantes da resistência a
1 o bispo Sardinha,
, que haviam comido
ativa contra 03 cactés
r a vin dic , p. 42. Lo de setembro de
legalidade do emcativeiro em caso de

diario s LTLAa tao


a guer 1993
Ny O ava6 a promuttiando,
promov eu lo,
teiro. Os negros da
serra. São Pau
ulo XVI”. Revista da
So- 1611, uma
queria que recoloe:
ou delei resgate
justa nova
Cf. John Manuel Mon ta em Portugal no séc
ada Dor uma junta SA partir de então, à guerra justa poderia ser
és. “A gue rra jus noç ão de “guerra
Per ron e-M ois . Sob re a
nm Beatriz lo, 5:5-10, 1990
u isa Histórica, SãO Pau natural do selva- posta pelo governador-geral, o bispo, os
civelade Brasileira de Pesq de João Ado ito Hansen. “A servidão embros da Relação da Pop
o est udo ). A descoberta do
justa”, veja tam bém
a cont ra « » bárbaro”. tn: Adauto
Nov aes top
sões cm tomo
o rei cabendo O á Ne : na assim como representantes dos missioná-
gem ca guerra just dis cus
do. SãO Paulo, 1998, p. 347
-73. Como s€ sabe
, as
do deb ate quinhentis- Tais. “as disposições di de avaliar a decisão. Como mostrou G
e do mun ist ica ção
uesa destoum da sof Di lconcêtos da lei de 1611 contribuíram para a funda ão de
homen
na Amé ric a por tug per tin ent es de um na
da guerra justi sentir nos textos
ol. Não pou cas vezes, o leitor pode con for to com O gabarito de
ta esp anh enorme des
de Antônio Vieira, um a corrente nos
intelectual da altura o que à discussã o teológic
toda maneira, é elar co inte-. assim como dos inimigos internos,
seus interlocutores. De o debate nestas p laga
s. Como veremos, O pou fídios bravos e negros fugidos.! as”
inf orm ava tido por “bá rbaro” i
séculos XVLe XVI
nauurcía do homem Em perfeita sintonia com a política traçada pe
hom em por tug uês cm descrever à as de Pra nci sco de Vitória.
esse do a das idéi d do aa
ociado à forte influênci sco de Vitória no: de 1548, esta lei de I6li1, a O aim
provavelmente está ass de Ari stóteles feita po + Franci Veio gua cas alo
Como se sabe , à int erp ret açã o tomista
08 hom e ns der iva va não da sua Eu
a 9 - Jal como elaborado pelos jesuítas (Manucl rega, |principal-
dai Nóbrega,
lec ia que à desigualdade entre mas das faculdades :
século XVI est abe
à lcitura de Juan € Finé
s de Sepúlveda),
(co mo pre ten dia infe rior es ou imperfeitos.” to Mari
nature za
mis são dos povos U idos por
úbra de; Barrol omeu de Las Casa
s, Veja
rtolonêéde Las Cas as et
políticas que justif ica vam à sub
para a guerra co ntra
os bár bar os. Nesse
ShA droir des indiens. Paris, tas, veja Marianne Mahn-Lot. La hi
Pe , Chi aa
,
ão dessa “toi nat ural” era justa causa neg ava à lib erd ade natural li ro de' Lewisguerra
jus ta su
no México , Peru le e Fil ipi
. .
nas
,
A violaç as, Vitória não lo IX do o liv h Str; te for
tolomeu de Las Gas rr capítu
Edvejá'o s Hankc. : 1% Spanissh Strugu im the
ton, 1965, p. 133-46. Sobre as bulas papais Ea panda
sentido, tal como Bar civil (a ancropofagia ewi
à aus ência de uma vida É que
Ron st of Ame ri ca. Bos
Expansão por-
nas , mas considerava que
ar a guerra € à escravidão, o
dos indíge
nstruosos”, etc.) poderia justific pi
1952,
Eu

aleição a costumes “mo do. Buenos Aires,


Veja Churles M arti lal “Les l bulles51 pontificialcs
i a cl

de vioria y el Nuevo Mun


H qd 7

. Francisco tri na de vi
xD:
ision ; portugaise au XVeme sitcle” (extrair de la4 R Revue «Histoire
Maça «
Elistor Peelestastique),
Henrique de Gan dia tom ist a da dou
matiza essa leitura
174-97. Jean- ran çois Courtine proble moderna, de Vitó
o
das gentes: à refundaçã
to natural c direito e do mundo. São
tória no artigo “Direi des cob ert a do hom en SOCoIE ho das. Política
Thomas. inc
Novaes (org). À Joseph Hôffncr. Coleniza
l O E têntta leioti doa ducigenisto
Ê dos portugueses no Brasil. São Paulo, 1982, p. 48
a Suáreg”. In: Adauto unt o, veja O estudo de ESP rdigão Malhoisoà tão nono apêndice N, p. 220-33. Vejaj também Agostinho
dustinho
-33 3. Sob re o ass de Jane iro, 1977 ão apêndice
1998, p. 293 Século de Ouro. Rio E “ge
É i Eto Paulo, 1944 vt po
onização espanhola no do é o de AnthoBi “ do noBrasil: ensaio h istórico-jurídico-sucial (1866
Ecungelho: ética da col o natural, o melhor € stu
a teor ia da esc rav idã
enes de la etnologia RE p. -249; Rodrigo Otávio. Os selvagens americanos
Elindio americano y los origJesús Contre ras. BA
246-43 € 317 -35 . Para
bém Joan Bestard &
8, p- 51-87; veja tam a um comentáf
parativa. Madri, 198 1987, p. 116-26. Par
primitivos. Barcel , ona
ras, PABHOS, satoajes y
PAÍS DOS TAPUTAS 55
O
ia d no .
s4 o pais DOS VAPUIAS
- as quais estava a urgênc o aliados, em número
c força, para
s entre OS índios, “vo dom íni de sei
de do séc ulo passado. Às missõe o a manutenç ão do
logo conquista-
mente) na me ta
nto, evoluíam para
um projet o de fix açã
era m é a os ho landeses, tão
mo me o Bra sil , per ceb manutenção do
que a dimensão política da
nu m primeiro cm sam
lantes”, pios pedagógicos
eias adaptadas aos princí controle das áreas produ olvia-se numa
dos catecúmenos cm ald am ser iso lados da sociedade tor as coloniais pela metrópole res
índios deveri necess ida de de pov oar s fiéi o que, de for-
s,
curso. Nestes povoados, 05 controlada. De 5 novas terras com súdito
voltar à integrá-la de formam scunidos num ma mais aguda — NA
to de conflitos gencraliz
ados —, impu-
colonial, para então poder era om en
mais diferentes nações tava um pap el precis o o
mancira geral, índios das
os. De
mas de ressocia- nas, que não o de escrav
submetidos a diversas for or ind
s grupos íge
modo que havia relativa “h-
único povoado para serem Neves, o aldeamento era
mostrou Baeta des tes gru po À é oar a par a a manutenção de uma
ão. Como berdade” eias reduzidas
lização e de aculturaç dos aldeamentos sub- a : sua organização em ald
“um grande projeto pe
dagógico total”. Além
também as cha- isto é ressocializadas o“ivu o os excluéa, peremproriamente, das rescrvas
das ordens religiosas, havia mesmo alguns de mão-de-obra scvi uação generalizada
metidos ao poder temporal eral) c ois da rev olt a o tado. na sit
(sujeitas do governo-g de caos social cri ada dep s do a dos luso-bras iros de 1645, prin-
ile
madas “aldeias d'el-rei” ara s OU à alguns colonos, como ir o incre
am en to s par tic ula res (sujeitos às câm em associação
1
cipalmente, fazia-se necessárosio o impedir O incremento das tropas inimi-
al dc her esses povoados, índi
era O caso em São
P aulo).
DJ. Par
d + a enc
depois as gas (portuguesas) com es com as políticas da Com
pa-
primeiro momento, € Havi:

+
jesu íta: s — nu m nhia das Índias Ocidentais.
com o governo geral, os cediam E dos

pre ames
sionação — proxe dos indígenas
engajadas na mis , ua uma trava a pr ação
outr as ord ens reli gios as
edições milita- que orientava a demanda de pernambucanos não
s. Missões volantes ou exp atribuíam à derrota daos resi stência, mia Edo tora, à (Os de Calabar, aos
desc imen tos de trib os indí gena
scerem” para perto dos povoa- bat ndo do que traição frei
res “convenciam” índios afastado
s a “de
aldeamentos. Este sistema, em pi
segundo | índios que apoiaram
crôn i à da aa sta cra a opin ião de Manucl Ca-
viveriam em lado, autor de uma sa (O Valeroso Lucideno
erdade 1 AO trio luso-holande
col or ais, onde tava -se, t
atendia a três objetivos: “Vra
col oni
dos
Luiz Felipe de Alencastro,
co Triunfo da Lib e
os índios potiguaras
os de índios dito s «mansos», destinados “a caus a e o tin . NE que dizia serem
meiro lugar, de criar aldeament índios «bravos». Em segundo lugar, 05 tapuias
instru mentoo dec os hol andscr s seem apo
esevar de-o
tant
a proteger OS moradores
dos rarem de toda aa cacapi sit ia de de Per nam buc de a con
áreas coloniais, impedindo a fuga
para à tempo”.” tania
aldeamentos circunscreviam as os das fazendas e dos engenhos. En- te .
floresta tropical dos escravos
nepr
entos de in- - Apesar de os holandesedes dos im estabelecido, tal como à coroa ibéri-
c 08 mor ado res estimulavam Os descim proximida- - ca, o preceito da libe rd:
in-
fim, as autoridades
contingentes de mão-de-ob
ra nas y a indios, tendo-lhes, antes mesmo da
dígenas a fim de manter *, vasão de Pernambuco asse este direito," i sto não significou que
, assegurado
. o
des das vilas « dos portos€”.aproximação relativamente pacífica com al-.
A política de alianças quando de
a à risca pelos holandeses, genas ccom os ; holandeses noi
a o uma
-Para
48. sea visisão Egeral da históri
copio ões s indígenas
história das relações |
será seguid
guns povos indígenas 0 c 1654. Os comercian
-
eiro, entre os anos 163
Th Congress So Brasi ( The Dutch Waes”) do livro de John Hemming, Ra Do
do Nordeste bra sil oni zaç ão, " ent re,
pos se da col gs de rias Indians. Cambridge, 1978, p. 282-3)) cu es do o
gradualmente as fegras
tes batavos aprenderam E há New Noche a po pre o e American Indian, with Pasticutas Reference
. u e de] a pt Y a j . 7 . , , , .

a) Pros - In: Ho cekhan & Charles Gibs , | :


a Ha id the renan Indians. Salt Lake City, 1969, pj tudo
— sto na terra dos papagaios
1
Bacta Nev es. O combate dos saludos de Cri ado pel E alado. O valeroso o luci
Paulo, 1987. ]
lucideno e o triunfo ,
«da liberdade (VO48). 1
(1648). Belo Horizon-
5 Cf, Luís Felipe correntemente utiliz
O termo aldeamento é
p. 109-41. ros, tipi
Itio de Janeiro, 1978, «criados», daqueles out
ia para “pa ra dis tin guir tais aglomerados eias . Em Portugal; pragas consta
EsÔntorme nisto n / i
o de 1629, a Bberdade do indígena devia ser respeit: |
historiograf plesmente de abit
tân eos ”, chamados, então, sim eri or à vila. nas Índias Oeideneo Rosi
cam ent e «cs pon pequen a pov oaç ão, inf
tento. de 1629" dasEMvagas
do Governo forem conquistadas
ou queconquistadas
eia significa apenas umi Geografia dentais ou que forem conquistadas nas i dias
ainda hoje, o termo ald
dei as c ald eam ent os de índios”. Boletim Paulista de Vstruções de que fala is es 31:289-310, 1880. Preceito revigorado em 1636,
Aro ldo de Aze ved o. “Al São Pau lo, 199 5.
os paulistas.
le Petronc. Aldeament do espaço econô é Higínio no seu “Relatório. . .º. José
Flygi rte
33:26, 1959, € Pasqua o-b ras ile iro s em Angola: constituição eTeiça:-*
SPApud: Relatório
Mário pure e pesquisas realizadas em Holanda REAGE HRTOATIO
de Ale nca str o. Os tus
z Fel ipe 4, p. 81.
1550-1700. Campinas, 199
Lui ui « Fórmulas políticas no Brasil Holandês. ASão Paulo , 1971 ep 5
Ed
-

£o brasileiro no Artântico Sul, de Alencastro. “O aprendizado da co lonização”.


ter mos de Lui z Felipe
5 Nos
as, 1:135-62, 1992.
mia e Sociedade, Campin
. O PAÍS DOS TAPUTAS 57
PAÍS DOS FAPUITAS e ei
S6 oO
regiões mais O estudo do período holandês,
não fizessem vistas grossas às práticas estabelecidas nas
Ociden
Índiaslecime
nhia dodasestabe rio das polític
tais,ke DA
nto melhoras indigen
perceberistasqueda o Compa
proble-
le dos predic da Religi
antes dispos ão” Reform
ições. No entant prin-
ada,o, os ciente ma
distantes
cipais do contro
fiscais do cump riment o destas
do no processo de colonização, relaciona
visando a sua particip: anda
das necessidades conjunturais, O próprio conde de Nassau reconhecia à a deman
perman ente y de colono
das nen
darçoperma
o refo lanas para relac
o povoa men-
iona- se
importância de manter tais aliados e alertav a, em um relatór io de 1644, direta
co e, sob retudocom
mente , para
mai s con hec ido s auxi lia-
sossego e a conserva- ço as. Os das trop
que da amizade dos índios
depend ia cm parte “o
hes per- res dos holandeses eram os chavam sob
colônia do Bras il e que se tendo isso em vista deve-se-l o comando de Pedro Por penuares da Paraíba, que mar
ção da po do rc! er-
erdade, mesmo aos que no tem ( proximo de Filipe Camarão, gov
mitir conservar à sua natural lib a- nador das tropas indígenas do fado o Par aup aba .*
er meio foram constrangido à escr
s tuguês) e de Antôni
da Espanha caíram ou por qualqu o, ord ens Para além disso, Nassau rato é o por uma alia nça.
o alguns - ara além diss de atrair tribos tapuias para
vidão, como eu próprio fiz, libertand ndenrs Os janduís habitant es 4 “Rio foram os principais aliados dos
e,
am ultrajados pelos seus commma batavos € já há tempos rj andàs conquistas do extremo Nordeste
foram dadas “para que não sej tade a tra balhar
contra a sta von coe ntt am
ou alugados a dinheiro ou obrigados mitir-se a cada um viver do modo das invasões de ta ados-s
tejnci
ris € goianases foram corFra
per
nos engenhos; ao contrário, deve er, como os da nossa Dá ão” * O o cor edif| icu o dadcarí
objetivando-se unsbelgru es na fronteira do rio São
tra bal har onde quis co, apesar de alg
que entender e s da política
que estava em Jogo eraà
pação, das mais constante
preocu É ses. A mando de Nass: Dhol o Seen alia dos dos portugue-
ígenas
manter às alianças com as tribos ind ínio, andês Roulox Baro empreendeu uma
dos holandeses no Bras il, de
f via gem ao “país dos ta ias a
para fins militares ou ape nas de conservaç ão do dom ndo As tribos dos janduís situadas re-
do país, fosse á oeste da colônia. o DT stas alianças holandesas far-se-ia
resa colonial.” à eo
fosse mesmo para o serviço da emp fletir
os indígenas e os colonizado
res gases and flitos entre Os povCom panhia holandesa do Bra-
E s, quando da expuls ão da
quatro capitanias conquistades
discurso sobre o estado das
Para os signatários do Breve dividiam-sc em livres ou
sil. Com o veremos, as* guerr “teAS dos * b “ irb “ TOS . for s im cm B gr “ ande me id é! IO
é s em geral
Recife), os moradore
(esenito no uno de 1638, em da costa da África, do Mara
nhão resultado imediato da desestabilização das alianças militares firmadas
am ser de três categorias:
escravos. Os Escravos podi form as de escr avid ão, ainda segundo
. As duas últimas
au naturais do Brasil Holandês que comerciavam indi-
permanência de práticas dos portugueses, a não terci i :
o relatório, eram a
la”, e, à se fiar nas informações, 08 de modo
“Procu ramos Dor os motivo de ducixa, nem até hoje manifestaram nenhum:
eles traficam cm Ango
genas no Maranhão “como rida des hola ndesas. “Breve empregando as diligênciasds a
mios a nós, conti
am de ser soltos pelas auto dade aa toda
prometendo a lb esdade prendé necossatod:
brasilianos escravizados vinh uist adas de Pern ambu co, Itamaracá, o “nas, a sua nação,
ç ã o, confo rme a tempos fizemos por
quatro capitanias conq publicar em editais, começ
discurso sobre o estado das do Brasi l, escr ito por J. M. de ia parte
os índios das a
adas na parte setentrional s de po começando com registrar todosno desígnio de libere na e
Paraiba e Rio Grande, situ len (1638)". In: ). À. Gonsalve “tribos, para ase suas vo peste entes com os portugueses,
andarlivres - a r
en e M. van Ceui cias os desta região e aqueles
cuj
Nassau, Adriaen van der Duss 1981, vol. 1, p. 108. É S apresenta-
Font es para à histó ria do Brasil Holandês. Recife, Es,
tem título legitimo de propricdade”
Moimos ni cujos senhores não
apierem ui Brazifie , : anno 1638,
Mello (ed.). ôno ma do Brasil. Havia 4 n.”
Eru::
colô nia aut stfie, .
ão cra tido como uma 0, Op.ivemnr cit; citado por
. d4y, 4 v, oi a 4
bom lembrar que O Maranh 1641, que se aproveitaram
da p cAltredo de Carvalho. “Um p.intérp rete dos tapuios”S dn: doe a
In: Aeenta-
ado pelo s hola ndeses em novembro de porq ue conf iante on k ros no Brasil. Ria de Janeiro, 1929, 165
sido conquist desp reve nido
Bento Maciel Parente Usar entação importantíssi
raid e, Eé docum
entr e eles,; per sua raridad
ingenuidade do governador tória ência
nb-hisespond d pa portantissima paraa
e às metr ópoles. do po “Dois índios pos
esentado em 27/9/1644, cita
entr indígenas. € pare
no acordo de paz tes cs os povos s indios notáveis (cartas
s e parentes próxim2,os 1912:«
sau aos Heerea XIX, apr .
=
H p
Ediçãoe “li trad . port. Pedro Souto Maior, RIAP 26:61-7 12 Pp
m Relatório do Conde de Nas . Tampo dos flamenços. Recife, 1947, p. 200. Até uma e Camarã
te:Poi tu o)”.
s es”.
dos Camarõ , R$ eq
de Mell o Neto “i4Cartãs Ni pi 1ões”. “Trad. port. Alfredo de Carvalho
J. A. Gonsalves indicavam, entre q
nizada em 1645, onde reiv a a O, AB 68:281-305, 1906.
dos foi orga vel viagem marítima e terrest
ieuhof. Memorá
assembléia da índios alia os crf : o
“Uma assembléia de índi re do Brasil (1682). Tead. port. Belo
maç ão de uma câmara de escabinos. o Sout o Maio zonte/São Paulo, 1981.
tras coisas, à for ão « trad. port. Pedr
Pernambuco cm 1645 : documento inédito”. Ediç ; ão “País dos Tapuias” é
x Baro, que viajou ao Rio Grande d
3rande do Norte
citend de Roulou
apuias”de é índios
er-se co m tribus janduís (tarairu). Para e
15:61-77, 1912. estes a TA qoe
RAP Supremo do Reofe explicavam pos ara ele, no entanto, o "País
membros do Con selho fica regia onde wo“reina”o chefe
a Em um relatório, Os anto aos índios emp reg a-mo-los o mais pulas* quer significara especí tapuias (1647).
egtão
Janduíuí. Roulonux
am a paz: “Qu Eh o daa vi viagem
: ao país dos
procedimentos que abonav entais) e não poupamos
esforç Rulaçã
Belo Horizonte/São
em prov eito da Com panhia [das Índias Ocid toda a con sid er 01979; veja ainda J. A. Gonsal ves de Mell N trad. port.
Tempo dos flamengos, p. 202.
lelo Nec cto. Fe
sível ando-os com º
o maior número deles, trat pl
.
nem despesas para atrair ent e do que os noss os inim
iços muito mais generosam
e premiando os scus serv
TAPUIAS 59
O PAÍS DOS
o raís DOS FAPUITAS
5g a ami nhos do coloniz: sinoe
o des obstáculos colocava aos camiínc a-se necessá-
Portugal-Holanda € do realinhament ava loni
ou zado
sem r, o fazi
seu assentime
no período mais agudo do conflito
do a cola bora ção dos s ínco las, com
no cons egui r i ssentimen-
grupos.cão indígenass numa . to. Certamente, n proveito,
consequen te destes Ê mesmo ctna de
de enpai:
enga jar os indígena Desde João Er una em seu
Í preocupação e ti
insis o
Afirmar que havia uma ee inci
tem-se
e inte grad os — convém ão Francisco sboa 3
Lisboa.
stido na idéia de uma le-
colo niza dora , como povos aliados. dive cnc sindi-
. Los: t
gislação indigenista osci lant e : a pm se insi
empreita da e s, diz que 0 indi ica que
é N igua, que encobria uma polít
. Ver es
. e Os hola ndes
ora atendia aos interesses dos
= cioni fic: entr . . . F.

ir. ——, nºnão ic a. .


«pettir
repe e to tomo se sa po
bh o Ss CO

aos . dos missionários. . . Aque -


ados da escravização, e o, rend 0OS, ora
"

m poup
»
proc uran do o puro lucr o EO src: .
dos
genas fora les + o aviz defeação
su
a escr
se
de - e cantil e, portantoe,, entã ndendo
RA
0 a
“ Vas:

na em finse c « 16 ,l,a pan estes, C ào suaN conv


»

inversão e catequese,
:
» .
indígenas, e de”

ao conquistarem O . Ma
» Dar:
sa
im
e +
e ., senCcI:
de usar o sua “liberda
viram na contingênciamercado de es-
3 *

avos negros, os flamengos Sc


. e C e
destS a cren “a.a
. e ”
e
escr E a guerra pelo a part ilha va
AeoT: . é

erab alho ”.*


4
ado € Jr.. por exem plo, .
vaé que ãa lgrejsala
.
gendo-o do
ao fe
, .
tran Acre dita
dio, cons uguês,s fez s, particularmente) , o
.
e
negr eiro para O Brasi l port .
“ompanhi a. de Jesu
turar O tráfico isolar os indígenaas e Eua «nt: ar mono
a
anitanta ei
cravos”, ao desestru Cimdisenas. partcul:
icul armente
me A
nas capitanias do tant
poltz: Wo ditei
iz to de contato, acabava
por entrar em choques” consstantes com os colo
gena s, part “ .
recrudescer o
e e Afie
tráfi co de indí OSRIAD do o da de traba- nos cer
Metrópole teria
pe de de AlenAenca casts ro, ma« mete«recand cria e a Com pan hia e « S. E
Sul. Nasas palavras palav ras de d e Luiz 4 Veli
Feli o Ci me, + assu cemi
mido nestes conflitos entr : anhia e os colonos s uma posisição çã
io mon t ado pel os paulistas no Sul aparecia, dos do- | , . ade em imp or o pró pri
lho compulsór leitura ilante, , emem razão de sua incapacid
razã
ão da lav our a bai ana ” .* Por outro tado, Ens aO e t ambígua e ooscínd
projeto — io
“omomo aà sul salvaçvação Sé Jura Dec
muçãs ocortidas nas di- n. s re . cent - emente and
é OscUsca
+ JosJOSC arr
ersas batalhas c escara
co colpe onizador.ar” ” Mai
Beozzo. via um “m OVI como o-selibeis |e s
cumentos relativos às div estavaCxCm sem é MENTO ula r na leg isl açã o, alt ern de
tEM mostrado nequeexé os índios : de escravidão, ,artass iculadas c I end s metcantis, e leis
tas “guerras holandesas” nos rci tostos.. | Por of exe mpl o, a A com os interesse
C mpondo aà maimaio ori
das
riaa das tropas € exérci dade dos índios
pre E prenre sencen
testes co 6, formada por: ção da fé.cative Assi ” os Je- o
ique Dias cra, em 164 ICAS à vontad e de dilata iro
a própria tro pa de neg ros de He nr
batalhas das 4 suítas, quase oD» ASSOCIJut ariam por uma lei res tri tiv a do
capuias.” Nas escaramuças €
o, contra
a sanh a os col onos “capitalistas”? C
500 negros, 200 minas € 700 mpre 08 índios os primeiros à serem passa “Êf s col s cap ita lis tas . Con «mos
er que a
m se : nista da nt udo, podemos perceb
“gucrras do Brasil”, cra caos imos ue acordos de 4-
.
dualidade da política indige ”
. c
a serem considerados nos .
.
“0T04 portuguesasa nãonão configurava
ad ae os últ € lei i der 1609
dos no fio da esp índios que, nos j propriamente uma a oscilação. oscilação . Com exceçã pao abor .
bat avo s dis put avam à aliança com 08 polític: procura
tada, esta política .
va regulam
xceção c dalegitima
entar a
guerra. Lu so s e fazer a guerra neste , povos sea escravidão de
ma v am sob eranos. Para penetrar € povo:etalari ados na âmbito do mpério « inscrevia-se . Império e i
seus matos, se to dos índios” , como
“tu do são índios, e tudo É mais revia-se numa tradição
difícil ambi en te — on de
ao contrário do mar Oce
ano, gran- legislati va que se embasara, antess de mais nada, em uma percepçã
disjuntiva do universo indí
dizia o padre Antô nio Vieira —, que,
som indígena . À
iniciati
privilegiio da atuaçãoo
proteção e aaoo privileg
s missionário
missioná s
rios somava- se a
dossrupos indígenas consid s niciativa de conquista e extermínio de
ndês, p. VB. des aparentes onsidera dos “bravios” ou1. irredutíveis.De São ambi i
iit-
as políticas no Brasil Hota
DE 1

2 Mário Neme. Lórmul a m aioria destes índios


fora vendida a . uria =

gólonial con duzido uma legislação que se forjava no bojo de um srojet


.g
afi rma ram que
riador es
“Histo pau lis tas sem pre
Montei ro dem onstra que;
2 s teses, John o
ser com y do
. Fazendo ascontas
em zona açucareira do
Norte. Rebatendo esta
foi usado nos tigais, roça
s € transpor- tante notar duo por uma política a imperial
guerra justa não pode
cut ivo s ori und os do Sul e Sud oes te
ari ame nte menor, que o debate sobre s ado
o grosso dos rminado, mas necess
São Pau lo. Som ent e um número indete € nor des tin os para tapar og
te de enhos fluminenses
o pux ado pel os eng o de cau sal idade
de índios teria sid
ncico |. . .). Ainda ass im, existe uma relaçã
buracos do trato ecansatlâ do fluxo negreiro”. O Rara
liçõesquem a política sea
a coradas indigenista da da Corta
G foifoi “uma série nunca interrompida de he
ras dO Gua irá - Tap es c o desacerto temporário ico S ut 550: e Tevo Rave, anseiona nistério do marquês de Pombal”, em que “promul ne
entre as bandei mico o brasileiro no Atlânt
ição eo espaço econômic
Ja: constitu os d
Juso-brasiteiros em Augo uel Monteiro. Os negr im se supunhano do eos à ao sa sor das paixões e interesses cm voga, e qua do
1994 , p. 86 0 BS. Veja também John Man , or a tea incerompidao a assentadas po uma vez, recomaçava-se com um
4700. Campinas, ova
199 3, p. 76-9. r que os “ne gro s” er sa Liberal Bello o pi de Himon, Lisboa, 1858, v. 3, cap. 9, p. 85 Apud:
serra. São Pau lo,
as”, pode indica
gros”, “minas” € “eapui povos insubmiss
= A distinção entre “ne e não tapuias, considerados Estudos manas fia indigenista no Brasil Colonial, 1570-1750" pra
“ga terra” , isto é, índ ios bra sil eir os tup is
ue Dias, neste epi sód io, 1.200 indíge! as. Políticade indigno
Jostituto eiros, São Paulo, 29:50, 1988; veja també Coork
ão “negro” de Henriq comerciant
Daí termos no batalh de Vic ira a alg uns
no Brasil. São Paulo, 1982 p sim teor
negros africanos. “Carta ma é! Prado Júnior. » ForFormação do portugueses
des ditos
lutando ao lado de 200 Memordivel viagem maríti Brasil contemporânea, São Paulo , 1943nda qêo BS.Clnio "
6)" . Com pil ada em Joan Nicuhol. ; das 's MissãMissões — política indigenista no Brasil. São Paulo, 1983, p. 11-7
Brasil (12/0/164 1981, p. 299. Iegimentos
“Vrad. port, Belo Horizonte/São Paulo,
tre au Brasil, (1682).
O PAÍS DOS “TAPUIAS 6]
60 O país DOS TANULAS
ensores dos in- a p política a indigenista
indigenist: portuguesa no século é XVIII, mostrou a |
“um a luta pela just iça” , em que se opunham def são
“ão que
que existiaE corre
entre aa definição
definiçã da área
á de domínioio português po Es co
o css
como a como “uma
crué is cscr avis tas, mas antes de mais nad eltam mento o dos
dos Jaços
laços dede vavassalagemmc com os povos nativoss. 1 É o «peso pes
dios cont ra Os nas palavras
leg iti maç ão (no sen tid o webcriano do termo)”, p frio. ratégico atribuído aos índios que definiria a “oscilaçã » da
busca de e oscilante, à legisla-
meira vista contraditória
de Pagden.” Apenas à pri a escravização dos legislação
Da portuguesa.” diversaÀ bipolaridade
i tupi
de tupi-tapuia, a, marca
marc fundem
fundamen-
que por vezes autorizava
ção indigenista portuguesa, te” ) c por vezes d tal da pere iversidade dos povos indígenas pelos colonizad
de “guerra justa” ou “resga
povos indígenas (cm caso pos sibilidades de res, Est ano cerne desta problemática, representando o corte e tre
resultado da percepção das
coibia, era na verdade o imigos, não sósó nono Imaginário, como nos contextos concretos. Tur
óct s € das pos-
one Sci ros. não imasiniri
sociocultural dos povos aut
utilização da diversidade dos objetivos con-
contato para a consecução
sibilidades históricas do tra como Nóbrega O “muro do demônio”
. Bcozz0, ele mesmo, mos
cretos da empresa colonial anto, Que sc tratava
o”, sem perceber, no ent
“passa de uma a outra visã pedia a intervenção Essa classificação originara-se das crônicas c documentos Tesultan-
ro dos jesuítas no Brasil nos quais se repetiam os recon
da mesma. Ássim, O primei para o auxílio da tes dos primeiros contatos,
lasse a sujeição dos índios, que iriam produzir uma percepção bipolar do toi
e Var
do monarca para que estimu vertidos, man- es tipóic
os quer jos índios] todos con identificar es a disto ida-
missão evangelizadora: “Se terra adentro € e indígena na América portuguesa. Podemos
r estender aos cristãos pela nas primeiras considerações acerca dos nativos encontra I ; o (StinçÃO
de-os sujeitar e deve faze em”, aconselha-
índios aqueles que ajudar
repartir-lhes os serviços dos a justamente à tureiros que chegaram às costas da futura colônia do Brasil co início
final do século XVII, criticav
va. Uma representação do a “católicas”. De dos Quinhentos. Como se tem conhecimento eles dep: Fara com Do.
do feita com intenções nad
missionação, que vinha sen foram Os apóstolos, vos indígenas que falavam, praticamente, a mesma lingua: o q di. Gáno
verdadeiros missionários ru, bio ad:
acordo com seu autor, O “e não aqueles davo escreveu em sua História da Província de Santa € “ru, da
rendas, nem propriedades, “em + a líncu: «us:
que não tinham terras, nem andam procuran- o em 1578, que “a língua que usam por toda a costa é uma”,*” mas not
de Deus e bem das almas,
que, com título de serviço
é as

os índios. O
e Cartel:
inconciliáveis
, .

“em vários estes indígenas estavam divididos por ódios


e cstes

O pretexto de que são para


.

do terras e mais terras, com e Se procuram “e grupos que ocupavam intermitentemente a enorme exte
ólico; porque com Scu nom
e Se n-

título é santo: O intuito É diab seus escravos, para são do litoral


jo do li Os 5 colonizadores,
É 5 de forma astuta, serviam-se destas di
se servirem deles como
as terras € 08 índios, para os € gra nje ios ”.* para coordenar uma política de dominação do território e das
comércios, neg óci
todas as suas lavouras, islação “tor.
e-Moisés, a idéia « lc uma leg
Como sugeriu Beatriz Perron por uma percép-
ões” deve ser substituída
tuosa e crivada de contradiç ígenas conside- ; Ístic: a e cultural logo permitiu it aos colonizadores organizar sua per
eram tratados os ErUPO s ind
ção das diferenças com que i tempo iriam persistir. . Assim,
BETE E

s das estratégias oacepção


HEepção e em categorias i que por muito , deso
endidos como participante
s)

rados aliados, isto é, compre dos inimigos, ou seja, s primeiros


p os c o
contatos n t : e n
entret r e *os
*os curopeus c os povos indígenas que
o, e aqueles considera É ab .
da consolidação do domíni , foram destina- “habitavam o territórioitóri da nova colônia, ôni descnhou-se uma classificação
rec usa vam aqu ela estratégia ou, simplesmente
que se ga, “à diferença
tra bal ho for çad o. Assim, como diz à antropólo
dos ao correspondeu um na identidade lingúística.
ent re «ín dio s amigos» € «gentio brav o» t gr ema
irr edu tív el age, estu dando.
indigenistas”.* Nádia Far
: a . o ri ú , :

cort e na leg isl açã o € polí tica Oseronista Gândavo, que assim denominou um : ib 1 le
os que habitavam perto do “rio Maranhão da banda do oriente” 1 c
1988, p. 18.
del hombre natural. Madri,
“ Anthony Pagden. La caída
ralhas dos serto 0€3.
Ibidem, pe 15.
Os » ovos sndigeu 3, as no sto Br nuaea
* colontza, f eita º R 10 de J anciro,

V RHHOB, ANVAS9-61.
“Índios livres c índios escr
av os. Os princípios da legislação!
ória da provência de Santa Cruz (1576). Belo Hori-
de
U Magalhães Ga ndavo. Histór
; inci ,
“Beatriz Perrone-Moisés. . In: Manucla Carneiro
da 6
indigenista do período colo
nial (séc ulos XVI a XVI
, po 7.
ão Paulo, 1980, p. 122.
os no Brasil. São Paulo, 1992
nha (org). História dus índi
O PAÍS DOS TAPUIAS 63
o paÍs DOS TAPULAS a comuni ata
do como um meio para
a
62 1 aos C a.
and a da fé, o tupi foi
OU pelo men=os . irmãos a em- pro pag
,
» Mad ul
pra ma çã o ca
estudado com interesse
ão
dos almorés,da
40 ET
ser '
iam da mes em:
ma naç ão à des ign ar um con
que passou a, an
retanto, MasPra tarde,. “tap to uia”
co. Se os jesuítas tinham em vist
NUS “
armas?3” Ent tes de mais nada, um pro nó áti
* “ -
.
t a
.

o esque- obj eti vav


.

ati zaç ão
õ

heterogêneo, Cra percebido, pel


q

tem
]

adora co unitário,paraa sis


Ss
+,

junto de tribos que, apesar de garantir a comuni: dão, deix


.

do, “daí a cendência i-


ç

nde dis-
1

o aqu
.

gra o tud
a

ços de identidad e. À ! ência para deixar de lad


1 . »
+ 1 a

o portador de tra
“ E

ma classificatório, com
.
lo que atrapalha muito e não

+ balirav:
Arm
a
OS - vam ao enc ial men .
e
ee TVAação de que os povos que hab ita a, ess
.
“an
do prejudica, por sua falt
q
di ÇÃ o

ã
inçcção ain -se
originava se da observ
avn
comunicação”, escr
.
“Todavia, c
.
e à
tin
icaara. d
.
para o atégCam . u
SCIc

língua que é de grandíssimo bem Matotosestr td, COMO mostro


4

, er, eve
istian Duverg
Christi: u isã
à dec
longo da costa “tém uma mesma stratégica de recorrer àsàs lílínguas indí-
.

os cuja
.

ass im pov
+.

pal avras do Anchieta.* Ser


iam
a .

genas não deve ser entendida co : ples escolha pragmático


a sua conversão”, nas o 0s j esu íta s ch am av am c mo uma sim
:
ada à língua geral, com des de i a inieiar:tiva misa-
identidade estaria associ ta, ditada pelas = nec ess ida UNI CA ão. Est ud: cia
o “tupi universal” que inventaram. Por outro ladbar o, observou Anchie s
ersíssima ri:ia dos franciAR
onánár
sio scaTE nosS naHit Nova Espanh | a pudando a inial, «
COM
versas na AÇOO
ç de outros bár os de div 4 4 Spania éxico) coloni ali o antro-
“1 “sam
. | I na m caputas so Ape: Ss 4 pól O£O Mostra que
. à esco
i
g I It tda de

de constituir o grupo missionár


“pelos m os há di em . a - l utili 4Pau ara lin guay nativa
alva Ê passava I cladIdcia
1 ] “3:el

línguas a que este acterísti- dis


as já apontarem para outras car s isstonário comvauma espécie dedis“ma rca de his.
de alguns dos primeiros jesuít m tinção”. Assim, os mis m uma cer ta tân cia da
alguns destes taputas não comere S toma

z
cas, como, por exemplo, o fato destica foi a mais importante, c funda- - panidade, no caso e SStDmATIO
carne humana, a distinção
lingii pndienas como “agentes da
potência colonizad , ora a “masma: como un uma rareligião autônoma” Salvo en-

ra
da. Ao lado da
ização por eles defini
mentava-se na estratégia de catequdialetos cupis, O agrupamento das di-

ane
Eagano,o. pode
poderíamos
am s bem ii;
be utilizar

e ana
estas soluções parao caso brasileiro. Aqui

titi
Ve
todos os
inegável semelhanç: de zadora que 05 no € ED rópria administração colonial estava orientada
a necessidade homogenci
estinu
res olv eu- se

neto MRS T Ad,


versas “castas” pos nat ivos. “ratava- cioatzação do conhecimento da “língua geral” e out às ordem
viam pari lidar com os gru
primeiros missionários

amo
tur indígenas para
as cs sas saves
deveriam seguir
Pu talt: resolução.
solução. Os | capítulos 21 e 22> a a É
Os
ormar, compreender à s cul
se de entender para transf

et
mento do Rover geril Roque da Costa Barreto, de 1677, rea en
lho.
substituí-las pelo Evange a catequese, ou à Con- am +
de janeiro de . 1698enuvam que sse imprimi
eleroi autora. abulários.” Em
primissen n vocabulários.*! E carta
Em carta
de ced o, determinaram que
ad a se usassem da língua
Os jesuítas, des catquizassem na :

FERE
izava aos padres carmelitas descalço
mais facilmente tealiz

aos o
quista das almas, seria da na Gosta do Bra- EN ingua
st: dos SÍ índios
1 para que “primeiro, entend
e.
ú os
mática da Língua mais Usa
' ú

dos naturais. Assim, à Gra

meaer
o no Colégio da Bahia , ei] dor à SU,
sua, c que depois P s se doutrini em nai nossa,Ss par: ENO
:
já utilizada em manuscrit
sil, escrita por Anchieta e Segundo a licença de . Não tempo de a saberem não percam o fruto” ss o tm duo
sendo impressa cm 1595.
no ano de 1556, acabou hor instrução dos gear obstante,
Oosranto esta
nai estratégi: jesuí
rea dos jesuítas de valoração da “lingua
o “serviria muito para mel
Agostinho Ribeiro, o livr uelas partes € para sttores no seio da Igre)
greja mesmo, . O bisspo D. Pedro ;
da nossa cristandade daq
catecúmenos c aumento r nelas nossa Santa
vidade se plantar € dilata
com mais facilidade e sua aprenderam € siste-.
geral, que os missionários
Ee? O mpi, ou lingua Dessa forma, entendi-
ente uma lingua franca"
“= sos”.
ELuís Felipe Pac
Bacta Neves,
vos. O O combate

A gli rã con idJam 1. pt O


comb h dos solendos de Cristo n ra dos |
matizaram, era justam
nglísticos de seu vem. Wa dio nisstonários estavam sob influência dos estudos

1 —— anal das linguas do mundo, que nara om ua tu denidade


in deste ideal)geral, Assim, utili-
sapitanias (1584)º. In: Cartas,
Ibidem, p. 140. Eiseiplivas oi daa
zaram-se da estrutura .
atina (que aproximavam
língua latin a gramática é dessa m i
»
Anc hie ta. “Infor maç ão do Brasil c de suas , p. 310. Treme sap 5 a pensan oem oferecer aos indios uma “língua melhor" e certa:
m José de nte/Sã o Paulo, 1988
órte os e sermões, Belo Horizo
formações, fragmentos hist
bra;7 cds duas indlpenes drstio
* Ibidem. usada na costa do Brasil. Coim Rio de penoso 1968, o Ti o Camara J. Introdução
da gramática da lingoa mais
1 José de Anchieta. Arte
1595. gua gera |» cra uma demonstração d “Regimento de Roque da € Da atra. 23/1/1677, pao em João Alf
SSTILGI, publicado do Libãni
to à idéia de que a «lín sabe, € DM, peso oninistratão,tica Barreto,
Eh nos História
Eluedes,
a “| afastemos de pron içõe s indí gena s; à «lingua geral», ao que se do Brasil. Rio de Janciro, 1962, vol, IV, pe DE e cao
às trad
profundo respeito cultural s ao por tug uês do sécu lo XV e ao la
indígenas, somada geral da. capitania de Pernambuco”. ABA, 29:38
e . 5, 1906
um amálgama de línguas es que encontraram 08 reli
g) dnforma ção do ge
há «lín gua geral» real entre as tradições diferent
— não
PAIS DOS TAPUIAS 65
O

64 O PAÍS DOS TAPUTAS ão Nordeste € ,


n- bitantes das terras interiores da regi ida , en-
to e comido pelos cuctés, repree cri com
ridade em rela estaoe univ pre end
Fernandes Sardinha, que seria mor corr eto usar à tão, como um mundo da alte « oia . E erso tupi. Anchieta
que não acreditava ser acreditava que o nome “tap
uia”
deu até certo ponto os jesuítas por ucil izav am-s e, na verd a-
têm Na ater escravos, por
que todos
a c o missionários de sua naç ão
língua dos naturais. Nóbreg próprios dos os que não são
nomes, referências e mitos eao des-
de, além da língua, de ritos, desse modo, a polaridade cupiltap uia ját iod am Ei ém *m, momostrar os g
indígenas para alcançar seus objetivos. Mas ã, o bispo reclamava que, sc a colo niza ção e a cate ques e havi am estabelecido para ara Os gru-
OS índios não poderiam tino que am 6 .
à civil izaçã o crist escra vos [istãOS
não convertidos totalmente -se
pos indígenas: ou tornarem os em sua o a é alde ados pelos je-
, condição necessária, “por- suítas. Simão de Vasconce l
ser salvos. Aprender o português cra, assim ser gentios nos costumes” .* Nolas nto da Companhia de Jestis,
que enquanto o não falarem, não deix
am de
havia escri- publicada em 1663, diz que ad
mão da sua intenção. Nóbrega PN . a aficma eerem perto
Mas os jesuítas não abririam de cem línguas diferentes”, “são mi os de todas as mais
1549: “Temos determinado ir nações de índios: com estas. cainda
Cori al com tecid
to já no primeiro ano de sua chegada, em €
os mais assentados e seguros, da i di ado ds SURS, Lrazem Bier
viver com as aldeias, como estiverm ras contínuas. É desta tio conheci
rinando pouco à pouco”.” “Em ários ou Caiman JS de nome de
aprender com cles a língua € ir-los dout tapuia, que vale o mesmo que de contr . e :os +
falarão novas línguas”, não havia j
meu nome expulsarão os demônios; pre
stolos Prep Sar? - artir da se
A partir da segundazaçmet ade do século XVI, outro elemento impor-
ara os apó
dito o próprio Cristo, que m and Ê para a defi tant e para a car act eri ão dos bárbaros como infiéis, c não mais como
eu uma postura importante ças dosdo: grupos sijanduí s com os
Da atitude dos inacianos nasc gentios, cra a percepção de que as alian s
essa aqui. Mattoso Camara, luci-
nição daquela polae ridade que nos inter hecimento holandeses e «4 conversão de alguns deles à fé reformada era um fenô
ida que apr ofundavam o con

roca
damente, percebe que à med meno de amplas proporções. Presumia-se ainda que grande part . das

DA MirRItas Ea
cosmo-
endimento dos costumes € da
do tupi e aproximavam-se do ent ão da fé nações tapuias, retirada para o íntimo dos sertões na ocasião dad o ota
resse estava, repito, na propagaç
logia destes povos — cu jo inte o o faziam dos holandeses (1654), mantinha contatos com os estrangeiros : pode.
prezar as outras línguas, € al com
— , os jesuítas passaram à des to (ins- “tia, com eles, cavilar uma recuperação do Brasil. Esta cra sem dá vida,
s. Desconsideradas como obje

nba Sto dra


os portugueses € 03 próprios tupi foram en- uma das maiores preocupações da Coroa c dos governantes coloni is
colonização, as línguas outras
trumento) da catequese ou da Com efeito, uma das causas indicadas para o levante dos índios na rio

asc
— como
€ indefinido a que se imprimiu
tendidas num todo genérico que falam a beira do Açu cra à comunicação entre estes índios rebelados e o . j
de “tapui a”, isto é, “aqueles
o faziam os tupis — o nome povos ha- - 'trangeiros, notadamente os holandeses.” Um memorial que a cân ara
A imensa heterogeneidade dos
língua travada”: a barbaria.** de Natal endereçou ao rei em 2 de julho de 1689 explicava ea
navegabilidade do Açu permitia que grandes navios de “piratas do nor:
l Colonial”. In: S. B. de.
er em
Lacombe. “A Igreja no Brasi
e

* Citado por Américo Jacobina . São Paulo , 1968, vol. 2, p. 59.


civilização brasileira
Holanda (org). História geral da cl da Nobrega. E
igues de Azevedo, 1549”, In: Manu pequena, ou tulvez de 408, folha, com
alg ar

“Carta ao padre Mestre Simão Rodr Manu cl da Penha
o, 1988. Em 1773, o pe. chi sulixo, notando-se que neste caso
Cartas do Brasil. Belo Horizonte/São Paul peca O inão deixa de ter conexão com rapuol,
fedha,
guarani) em chili
géticas para “mostrar que em nada ECO
do Rosário, escreveria suas Questões Apolo vgu”. Fernão Cardim. Tratados de ser a e gente do Brasil (1590). São Paulo/Belo Ho-
pároco que na língua vulgar dos índio s os instrui espiritualmente, não sabendo eles tizonte, 1980. ,
José Pereiras; capitani
umento transcrito € publicado por MU josé de Anchieta. “Informação do Brasi
l « de suas
nem entendendo à portuguesa”. Doc tanias (1584)”. In: Cartas, dr
uguesa”. ABN, 113:7-62, 1993. suas capi
da Silva. “Língua vulgar versas língua port ricos e sermõ es, p “0
de Cardi Jormações, fragmentosdiohistóPri vd Sith
Vale reproduzir a nota do tupi nólogo Batista Cactano pará O Tratadoaos europeus des!
ão de Vas
(1663). Petrópolis, 1977, vol. 1,
“Tapuya. No nome genérico com
que no Brasil os íncolas aliados 57109. concelos. Crônica da Companhia de Jesus
te às que não fala vam a língu a geral. Anchiclhis
navam as hordas adversas e principalmen
i
uma ou outra Din: de pirat
ava-se à presença reala de as, à provável repercussão da
, diferente de sapuia (a choupana) e Antônio Paraupab à Holanda
pK a
escreveu Tapiia, Pipucira, Tapyyia (o bárbaro) Vasconee
a, S. de no ra be ir auxílio contra os port
ugueses. Com
ça, Tapyyia, G. 8. de Sousa, tapti ito, o governador dos potiguares dos Gerais
Dias, Zaprya e Tapyiva, dr. Fran Nacional, consideram fes quua vos apre sent ou aos Esta
Tapuya, Porto Seguro, Japuy etc. Nos Anai s da Bibl iote ca
ouchu memoriais, um em 1654 c outto c o mia um histó rico dos servi-
s, dos aprisionados, dos cativos e récua se Alf E », onde cesu
por sua gente e pedia auxíli tidos o publicados pos Pedro
composto de sapy-gi, dos comprado tados
Maior. “Fastos pernambuc: anos Ri MO «
povo, nota ndo-
saba-eyt, à récua, à plebe do 75:428-32, ,
mas vê-se que pode ser também iá ou to-pil &
que pode ser alterado de sog-p
que há o termo sapyi, choça, cabana
País DOS VYAPULAS O PAÍS DOS TAPUIAS
66 O . artias 67
iar . Supunha-se que estes se com sar
unica-
ado no ano de 158 7. Nes te texto, o cronista es
a com erc public gun-
te” al pou sas sem par
tan do-os para 08 levantamento
s”.? Ape
açõ es que se tem tom ado dos índios m estabeleceu, “se
“fo men o inform
vam com os tap uia s,
unhos de que aqueles contin
uavam foram os ta ias a o antigos”, que 0s
de haver vár ios ind íci os € tes tem P rimeiros habitantes da Bahia to
ando portos seguros para fazer
aguadas € os fora da ir casta de gentio mui
zanzando pelas costas, procur con spiração antro . listes teriam sido lançad fama da Far " a Outro Bentio, Seu
ecoria recorrente de uma conTEáEIO, “que desceu o sertão, à a e do mar des-
comerciar com os nativos, CStl índ ios, por ma tup inaes”. Alguns fa é 4 terr
de justificar O cativeiro dos ta provincia , que se cha
e d “epoIs, chegando à
batava cra mais uma tentativa rra justa. Segundo o autor anônimo de ssura c a fertili dad
meio da declaração de uma
gue noticia dos tupinambás a gro o terra, se ajunta-
há para se faz er a guerra dos ditos tapuias” Bah vieram d'além do
rio São Francisco desc .
um papel “sobre as razões que m dado palavra e feito pacto com 0 ho- o uDre a terra da-
ios “te hores. Segund Gal re!
ata» da qual se tornaram sentup
(1691), esta nação de índ ão dos inambás c cu “ab Soures de Sou
meter com ele logo em oposiç
landês, de que tornando a terra sc nde Say a relato toi comado dos cuja memó-
gra e um pat ach o hol and ese s haves-
est as his tórias de geração em gera gor se fy em
portugueses”. Como uma nau ovaram à de ane am
car na notícia ke fais de um século
no Açu , diz ia que estes “saltaram em terra c ren epo is, em 171 6, po de mo s ver ifi
de Mon-
ent rad o s. Desse ução desta tes 9 | José Freire
sem
, trato e uni ão que no tem po da guerra” tinham com os tapuia termoyo Mascarenhas a reprod , em
paz o ho-: séc ulo XIX
o, os tap uia s lev ant ado s diz iam para Seus aliados que “logo sua Corografia Brasílica, Aires
do Casal endo 1. Já no
ação do cronis-
mod çaram “a tratar uns desconhecido à inform
à terra”, e desde então come ta dos Quinhentos inserindo
landês havia de vir a tomar tos em seus oadores memo a ANE conTES GCESSO , os “anti-
nco s € pre tos que 05 portugueses tinham pos gos quenimuras, primeiros ”pov eis do torno da en-
aos bra mesmo ráv
os os de sua nação para em e,um cada um
mal

orem encee es
cur rai s, e a pas sar pal avr a à tod seada de “Todos os Santos
repent
hente dos rios, darem de Entã
A c À r «AU
tempo, em ocasião de enc =
fo na ça E B a, a

gad o, com o fizeram”. lugares incontáveis . . B -

sobre os pastores € ral ina rep eti u-s e por eme n-


em sua pró pria ins tân cia
tração da di- É ção P ré- cab
uias eram hab itante táveis. Mais recent
elemento importante na abs [o te, a idéia de que os tap dos
Finalmente, um terceiro
não tupis cra à sua situaç ão geográfica ulo XIX RN UT sOmotu-se
versidade social dos povos ões + preconceitos cientificistas do séc
I, tinha por tapuias todas as naç dos povos cupi EA Dio Boi pa
Jaboatão, na metade do século XVI n- ce ascendência cultural € histórica maio de 1900 o 1 neomio Borge s dos
rto de um cento de línguas difere o Geo cm conlerência lida em e
numerosas que se dividiam em “pe espécies deles”, c que eram “mais à inform ação validade do vala Histórico
tes, e por conseguinte outras tan
tas
s”* Na mesma épo- quo. centifi e da Bahia, dava
s e centro dos sertõe mento ao afi última verdade
afeiçoadas às entranhas dus brenha o”, definiam-se ec da , apesar de trair-se em um moa notícia d atrmar que era co-
ca, na “Informação Ger al da Capitania de Pernambuc “EosSota da de longa tradição”. Para ele, estralidade dos
seu plurilingiísmo c pelo con
texto terricorial. habitantes do Recônc: a anc
os tap uia s jus tam ent e pel o
uma língua Fã, puias, como primitivos concluir
m “os nat ura is da terra que vivem no sertão e não falam que eram estes os descenden s
ens Do
tes dos antigos homhome ns originários da La-
Era avam 08
particular”. Em oposição, est
geral, senão "ada nação à sua mo ra m na cos ta € fal am lín- À
oll os” (ca boc los), que era m 08 “que “Ga iscriariptivo
brielSo:cares de Souza.a. “li rat:tado disc : do Brasil,. cm 1587”, R///GB, X1V:27
7
“ca boc erior c os do litoral,
: 1851
:8, . . ATV:277-
al” . Est a opo siç ão entre 08 povos do int “E
gua ger ca das migraçõe Drimiti :
em uma notícia da dinâmi os os
m
tap uvas
dosilidoad e dele
osa
er
sua vCZ , bas gad a hab; ita
os hábárbaras nte dose tupi
s rodest naes;país.
grande A fert
depois o
estava , por informação S0 unsr de
inunda outrosas domicsões pri mei
, dif und ida des de o século XVI. A mais antiga fezndo c outr
indíge nas res de Sousa; os das terras que dominaybás;
as mig raç ões é dev ida ao tratado de Gabriel Soa ocupando os últimos as não do Sertão; a despojá-l
a pouco foram ma Dinavam;
bre est terra adentro os primeire a da marinha, pou co
ntendo pela
ados. Lisboa, 1716, p. ndo3
eles teriam sucedido 8 « Os orizes conquist
ln caixa 65, livro 2, 1. 129. .
expulsos

ae
o
: :
l ao rei, 2/7/ 1689, IHGRN, cedido 1 OS taputas pouco depois
p
: o, pa
séri
Memorial da câmara de Nata € mandaram vender à m os seg und os oi s expu lsos pelos supinds vindos d
s?
istas aprisionaram na guer
ra ertdo, para onde se retirara
am de inquictar aos s o
aos seus
tapu ias que 05 paul r a guerra dos ditos, segesundos,
s s hor
nambns,ás, sen queasjama acêsar
as isadjces ncias do o S E
as razões que há para se faze de amb
Sobre os Os aossupitupi
»
€ sobre Yenc do es,
zenedor guerra
moradores do Porto do Mar, o 8.. Francisc a
Seo,
s supinds convizinh di persaram; «
os, os ; dis adiante, for:
H.
16, 162. os c onquisà tadores iinh : + € marchando
prasitico. Lisboa, 1761,
S4 XHH
tapuias (1691), Ajuda, pI lsar
Efpu «
res do Recôncavo, obrigando-os a procurar ão”m.
a Jaboatão. Orbe serafico novo 1 ém o o serora
sa Frei Antônio de Santa Mari grito é meu. Ea. dnucl
Ea Ayres do € usal. Corogra, ta bra: $, fia Hm Reiaçã s,Estóri 4
7. O
gressão LL, estância 1, p. , 28:483, 1906. 4? ( 1817), São Paulo, 194 , ia n tica on R faço io hts fórico-geográfica du Reino do

“Informação gera l da capi tania de Pernambuco”. ABN


*
na . ' O PAIS DOS TFAPUIAS 69
68 O PAÍS DOS TAPUTAS ' ?
bárbaros
São bárbaros .
do homo Eros” dema. qdo
construíd
mente que aqueles assim considerados pelos “ou-
a tese poligenista da autoctonia
goa Santa e, portanto, confirmar ado, em seu 4 raça tupis. Em outras Ser n à cristand ade: os
an CRI ados mais imediatamente
a por Aníbal Mach
antericanus* Vese aliás defendid r io Ron don , no pretá- NAN que papas, se Montaigne dizia que cada qualo considera
1941, e pelo próp
da Lagoa Santa ainda no ano de bem dist ante des- drDaro O qu e não sc pratica em sua terra”, devemos , :
” Alfred Métraux , + devemos considerar aind:
cio ao livro de Lima lãg uciredo! repr oduz ir c acet- que a divisão entre
barbárie”, seassim podem
Ce tan
cpuia compreendia uma noção de “dur da
s, não deixou de
tas posturas cientificistas e racialista à
iel So ares de Sousa. Para o emólogo, dos tupis co-mo a ai] lizê-lo: a ntegração, ou accitação abstrata
tar como verídica a tese de Gabr avel ment e, mento legítimo do Im éri a le à ser incorporada (e, portanto, como cle-
s notícia deu-se, prov
pi meira migração tupi de que temo os basbaria, Mas à noção p io cristão), implicava a inscrição do tapuia n
ao longo do século XV, e foi leva
da termo pelos tupinás (identificad
a
inva dira m as descoberta de uma do ce E teridade somava-se o seu contrário, que é à
jara, tabura, tapiguac), 3 que
como tupis, sinônimo, d e tobo repe te- construção da Toda umanidade no Novo Mundo. O processo de
ra da Bahia etc. Como se vê,
terras dos tapuias na região « sstei aná- do espaço da barbárie ca
mas fundamentada, agora, numa minhava pari passte 10 de e Ce identifica ção
se, então, a primeira informação, s tupi dominam povos or n o integraçã dos novos membros. Afinal , não s À
iação linguística dos complexo
lise comparada da mínima diferenc ra-
ura material, indicando uma sepa “diferentes” para do nEnÉo diferentes”, mas, antes, tornam-se estes
c guarani somada à analise da cult o
que, de certa maneira, acaba dand dos povos. À construção os esta tem sido um constante na história
ção relativamente recente — fato migr a-
Em verdade, à existência desta mínio são, portanto e ão da dilerenç; ; a integração por meio do do-
crédito à hipótese do cronista.” a relig iosa do mess ia- dido heracLeiano ' Bs a as dces de um mesmo processo. Em
ixa-se na lógic um sen-
ção pré-colombiana específica enca opól oga Hélenc Clastres, mens iguais o ge quese, que é um esforço para conquistar ho-
antr
nismo tupi-guarani, E de
ao testemunho de Gabriel Soares MOVIMENnto de ENTE é a umanicdade-cristandade, faz-se no mesmo
o que, sem dúvida, pode dar valor

em mac
semelhanças (a serem E ão das diferenças (a serem apagadas) c das
Do que foi visto, nos prime iros
séculos da colonização o nome /a- Cunha, o projeto evannliad o) É «omo mostrou Manuela Carneiro da

em
rso de diversidade que se definia, fos- nova humanidade “na a or a Igreja romana pretendia inserir esta
puia designava apenas um unive
e com à próp ria id enti dade que os grupos tupis apresen- nealogia dos povos. Para onomk divina, o que implica inscri-la na go-
se por contrast úís ica), fosse
tavam (ao menos no nível da relat
iva homoge neidade lingúíst
ni- senão abrir-lhe um espa or o º o há solução senão a da continuidade
ráfica estanque entre duas huma do Bacta Neves. à ado e pa gen alogia dos povos”. De fato segun-
na prescrição de uma divisão geog com- mento de uia cido a América” não significava o “acha-
“sapuia”, portanto, não poderia ser
dades, a costa € o sertão. O termo
como noção historicamente construída. como um reencontro com re ta : mas era entendida (pelos europeus)
preendido como um etnônimo, mes sim a-
o a uma noção de barbárie dupl glões que haviam se afastado fis) espiriA
- l, todos cram filhos Ísicaa ee espir-
Seu significado básico está associad d:
“ edtualmente em ] dado .
momento; afina
«descoberta» Cc ,
am filhos de Deus: “A
é , e I 4 el ta d ad tS
1-10.
enas da Bahia. Salvados, 1916, p.
» AA. Borges dos Reis. Os indíg ácio” . In: Lima Piguei redo. Íudios
do
. São Paulo, 1941; e “Pref
“A raça da Lagoa Santa
Brasit. São Paulo, 1939. “CarlosPaulo]
Sa Rodrig 6 pg ã
O ; de e etnia:
Identida
, 1928, p. 2901; . fi construção da pessoa e resistência pessoal
st Alfred Métraux. La cjuilization mestéricllo des tribus tupi enarani. Pasis el de la
historiques des “TVupis-guarani”. Journ
e o estudo anterior “Les migrations tupi- guara nis no perío do pré-
4 maes de dios do Brasil: o século XVI” -A Revista E.
cvista Estudos Avançados. São Paulo
Paris, 19, 1927. As migrações
Soridté des Américanistes, Cara L évi Strauss mostrou recentem
Erupos, têm sido te que a “abertura para o outro” que
ação da costa brasilcira por estes
e vp tá,

colombiano e, portanto, a ocup nativ a bascada na po ias neira fera a cosmologia ca socinlogia dos povos ameríndio
mais concretas, tal como à alter
brio”. Vino do mun o por um modelo de dualismo em perpétuo d tos, é
s, era
recentemente discutidas em bases J. Procn za Broc hado (dy Ecologial brilhant analiso esequi-
s feita por J. , em artigo sem dúvida alguma e
interpretação de dados arqueol úgico Urbana, 1984). Dera do eae
ulture into Rastern South America,
Model of the Spread of Pottery and Agric nário amaz ônic o”, de onde 08
dios é Sano op e os tupinambás Para mostrar como “foram calvez os me
“um nicho origi
Este acredita numa origem comum, Paraguai c os proto
do, ia op io Deus, t e tiveram à «visão do paraísos
no desencontro an rica.
os ul, atrvés dos rios Madeira e
protoguaranis teriam rumado para a costa em direção so leste &
EECaso nO evite À . História de lince, São Paulo, 1993 & Eduardo Vi dios d
5 egui ndo então
tupinambás para à foz do Amigonas, Antropolação o murta: sobre à inconstância da alma selvarem” Revisto de
depois, ao sul. o, USP, .35:21-74, 1992, delvagem” evita dk
i, São Paulo, 1978.
e
Terra sem mel, o profetism mpi-guaran
O PAÍS DOS TAPUIAS 71
7 o PAÍS DOS TAPUIAS fs
” . és cravizados “porque esta nação dos tapuias é como um muro com que o
desenhado por uma só Mão
ocultas, de ut mesmo mapa já há muito demônio impede a entrada dos pregadores evangélicos no interior do
ã podemos perder de vista
i que a esta perspectiva | integra-
Porém, não cos intrare) sertão, em que os mais gentios da América, quietos, vivem aldeados
católica (compelie
cionista e universal do projeto da catequese ão de con em seus territórios, de suas sementes e lavouras, [com] própria disposi-
inui dade do corte i da situação
típico
sobrepunha-se a continut ção para a recepção do Evangelho e [para] serem instruídos na doutrina
metade do século
nos marcos do etnocentrismo europeu. Na segunda da fé”.º
fronteira sertaneja
XVII, no quadro das insurreições indígenas na
mais além. O bárbaro era o
Brasil o bárbaro seria, em suma, colocado
e a! m A missionação entre os tapuias
capuia. Nesse sentido, a polaridade prepondero -.
e . gentilidade”. p
Sutil,po
rma sutili do corte “cristandade
“cristan
se pu O período posterior à insurreição dos luso-brasileiros e à definitiva
a gentili dade
que, 3 nos marcos .do ecumenismo católico, º o
dia expulsão dos holandeses foi um momento de reestruturação da econo-
propagação ca E de modo
nha de maneira privilegiada no espaço da À mia devastada, de reordenação, portanto, da própria açucarocracia € da
i era, na verdade, contras ad
ve sua brandura ontológica
desde Ê sos com O sociedade colonial. Analogamente, as políticas de aliança com os gru-
imaginada no universo da barbárie. É que: s esmo pos indígenas e a própria situação destes também passaram por mo-
i , a EXP ansão da fé caminhara de
tos dos descobrimentos cel mentos de reordenação, que resultaram num incentivo à missionação
i como um outro compon
co ente — com om certeza,
Império1 . Assim, no sertão interior, cujo crescimento acompanhava de perto a expansão
do não apenas como
determinação -, estava a idéia de império, entendi tá x ex da pecuária. As guerras dos bárbaros, ou seja, os episódios relativos ao
a construção da preponderância poreuguesa, no caso,
o : Recôncavo Baiano ou à Guerra do Açu, fazem parte deste contexto.
ã
ansão providen i
i cial, no sentidido forte do termo, do espa
reatualizava as noções, clássica s Dois fatores foram fundamentais para sustentar as mudanças em curso.
face da barbárie ímpia. Concepção que de em a Em primeiro lugar, os novos termos para a conservação militar do domí-
a ao processo
de /imes do período romano, mas as adequav
dos povos ali ha i- nio — uma vez que, se hávia uma relativa garantia diante dos inimigos
zação” da periferia do Império e, particularmente, em externos, recentemente expulsos, a dinâmica mais evoluída da socieda-
tantes.” Como resumia, em 1691, o autor anônimo de um pape
m ser conquistados € es-
defesa da “guerra justa”, estes povos deveria
européias trazidas pelos colonizadores era resultantes do refacionamento com popu-
ee
em
os deCristo na terra dospopagaios Rio lações existentes em suas próprias fronteiras, acentuando assim os característicos me-
es Luís Felipe Baeta Neves. O combate dos soldad
ando a origem da etnologia compa - dievais destas noções. Bárbaros, paganos, salvajes y primitivos. Barcelona, 1987. Nesse
de Janeiro, 1978, p. 32. Anthony Pagden, estud mesmo sentido, veja o artigo clássico de W. R. Jones. “The Image of the Barbarian in
O encontro com a diversidade american
iva mostrou como, no início da colonização, Medieval Europe”. Comparative Studies in Society and History, 13:376-407, 1971.
listas tiveram um certo problema em
i ressionou os europeus. Os primeiros nacusa 9 “Praticamente esta nação dos tapuias, em todos os tempos e idades, como consta da
c a fauna do Novo Mundo, cujas qualidades es pare
identificar e classificar a flora
i yr do,
radas. Contu O quandoo se tratavo a “classificar- tradição do mesmo pentio, foi sempre o inimigo comum e adversário de todas as
i
ciam pos vezes completamente inespe , º : outras nações da América, qual lobo'entre as ovelhas, « com a mesma sede insaciável
coisas cram ainda mais comp
iversidade humana, as própri a espéc ie, de estragar e beber-lhe o sangue. E como inimigo comum, c horrível monstro da
, ao consid erar a sua
percas não er como classificar plantas. Porque SnCOntr: natureza humana, como o descreve o pe. Vasconcellos no Livro 2, 88 (Aic verbis), um
ão só tem de decidi idir o que está vendo, como também encon
€ mais urgent e e mais difícil se o tapuia, corpo nu, couros e cabelos tostados de injúrias do tempo, habitador das bre-
Duas Ca ele em seu próprio mundo. Esta tarefa século XVI, da uniformi- - nhas, companheiro das feras, tragador de gente humana, armador de ciladas, um sel-
am 05 europ eus do
observador está convencido, como estav raça se ajustas
j se, den- vagem, enfim, cruel, desumano, e comedor de seus próprios filhos, sem Deus, sem
, Uma crença que requeria que cada
pautas «natura is» de condut a”. Antho ny Lei, sem Rei, sem pátria, sem república, e sem razão. Isto posto quem dirá não está
die umas SAS ampla, às mesmas
. - La caída del hombre natural , Madri, 1988, P- 33. . privado dos privilégios da lei, e que não está incurso em todas as posturas que conde-
uesa, +ejo air de Meto e Pa 9 infor nam um homem injusto a perpécruo cativeiro?”. Sobre os tapuias que os paulistas
tá Pi a aa inação” da América portug o , O , Pp. a . aprisionaram na guerra e mandaram vender aos moradores do Porto do Mar, e sobre as
e coloniz ação,
ixação, séc
séculos ., , São
no atlântic7 o: demonologia 7
razões que há para se fazer a guerra aos ditos tapuias (1691), Ajuda, 54 XIII 16, fl. 162.
com a teoria
ito do “bárbaro” e suas articulações
veja o excelente trabalho de Anthony Veja o capítulo VIII (“A querela dos engenhos”) do livro de Evaldo Cabral de Mello.
saltando “da leitura tomista de Aristóteles, Olinda restaurada, p. 249-94 c o capítulo 4 (“A metamorfose da açucaroeracia”) do
tural, Madri, i 1988, p. 35-87. Joan Bestard & Jes ús 4
Pagden.
caldaamde! bom
mostrar , em seu eclético estudo, como as atitudes € instituições Rubro veio, Rio de Janeiro, 1986, p. 151-93.
Contreras Laprocur
eo O PAÍS DOS TAPUIAS 73
72 o PAÍS DOS TAPUIAS
isto é, consideradas improdutivas, e também com o patrocínio de uma série de
perigo dos “inimigos internos”,
de colonial tornava ainda maior o o do já cita do expedições exploratórias, em busca de metais e pedras preciosas.” -
os índios rebeldes ou os escravos fugidos. O autor anônim
dores de Pernambuco se acham Em segundo lugar, a maior diversidade das ordens religiosas envol-
papel de 1691 prevenia “que os mora vidas como os novos grupos indígenas contatados implicava a necessi-
grandes inimigos pela parte do sul
ladeados, e quase cercados de dois
do norte com os tapuias”.ºº Já em dade de se criarem mecanismos de controle e de internalização do pro-
com os negros dos Palmares € pela
oamento do sertão por meio de cesso decisório na burocracia imperial. Nesse sentido, a constituição de
1675, apoiando a missionação € O pov
de Sá apontava para as utilidades uma Junta das Missões de Pernambuco em março de 1681, seguindo o
aldeias de tapuias, Salvador Correia
negros e mulatos fugidos que se exemplo da que fora criada para o Estado do Maranhão em 1655, deve
de poder enfrentar “os mocambos dos
assim como aos assaltos que os pró- ser compreendida como uma resposta do poder imperial às novas con-
metem nessas terras despovoadas”,
Em um longo voto feito em sepa- junturas, ou melhor, a complexificação da atividade missionária. Su-
prios tapuias fazem aos moradores.
Ultramarino, o antigo governador bordinada à de Lisboa, a Junta era uma espécie de tribunal es ecial
rado para uma decisão do Conselho consultivo dedicado a essa matéria, como eram os da Fazenda e Ultra-
ralização do modelo dos “padres
do Rio de Janeiro defendia a gene
s do sertão. Envolvidos com a mar, formada pelo governador, que a convocava, o bispo (ou, na falta, o
capuchos” para a evangelização dos povo
adinhos defendiam e fundação vigário-geral), o ouvidor-geral, o provedor da Fazenda e os prefeitos das
missionação no São Francisco, Os barb
io que não quiser voluntário vir ordens religiosas da capitania que possuíssem aldeamentos e missões
de missões nos sertões entre “o gent entre os índios. O seu objetivo, segundo a carta régia que a criara, era
de muita utilidade “se estender a
para o mar”. Argumentavam que seria
aa

as notícias dos muitos haveres dotar o governo local de um mecanismo descentralizado do poder im-
nossa comunicação e vassalagem para
donde estes índios se conservam perial capaz de interceder na resolução de. conflitos e propor in foco
que se entende há pela terra adentro, medidas e políticas para as atividades missionárias e para o processo de
to desta estratégia eram as “Ífn-
e ss

com o seu natural”. O exemplo do acer em toda a costa do ecupação do sertão.”* Na Bahia, onde a lei de 1611 havia criado o em-
rário, se [via]
pa

dias de Castela” e “o exemplo cont


e com tão poucas notícias da terra
e

Brasil que está despovoada de índi os


Segundo Salvador se Sá, “este modo
AIRES area

adentro que quase não há algumas”. % Hoornaert falava de um “ciclo missionário” no São Francisco, inici imei
lver o perigo eminente destes ini-
de povoar” poderia não apenas reso metade do século XVII e terminado por volta de 1700. Como 6 leitor ado roer
português até as colônias de
migos internos, como expandir o domínio
tseos ai iaioS

. dl Pepe pensando
emo emà uma
IL outraGas
coisa. Eduardo
tdo Hoornaert. História
istório da IgrejaZ no Bra- .
ra] no meio para O comércio, como
Castela, “ficando só a raia [frontei
todo aquele território unido com unta das Missões do Maranhão foi instituída por provisão de i
experimentamos nestes reinos, por ser
o ÃO a Emilie

passados, ele repe-


Alguns anos que alterava a de 17 de outubro de 1653. Segundo o biógrafo de Visa fa co ue
o nosso de Portugal e Castela [o são)”.'º indignado com as medidas que esta última impunha para a legitimação do cativeiro
ndo como seria importante mandar
tiria este seu mesmo parecer, lembra se dos índios, por motivos diversos, e colocava na alçada do desembargador sindicante,
jesuítas para fundar aldeias na fronteira, pois “a terra do Brasil não e dos ouvidores a deliberação da liberdade ou não dos cativos, por iniciativa dos ofi-
ir da Europa, e despovoado com à
pode povoar com a gente que há de
ciais das câmaras do Maranhão e to Pará, conseguiu em Lisboa a retificação do rei
lização da atividade
Beja map ae

A ocidenta Nessa ocasião, além de garantir o governo dos religiosos nas aldeias c missões do
guerra também não serve de nada”.
o para a expansão da pecuária sertão, decretava el-rei que houvesse uma Junta das Missões que deveria determinar
missionária andava junto com O incentiv a justiça do cativeiro dos índios com base nos seguintes critérios: guerra justa, impe-
arias ou a redistribuição das
pelos sertões, com a doação de novas sesm dimento da expansão da fé, quando resgatados da “corda”, quando vendidos por
por

outros índios. Tal como foram substanciados pela lei de 1.º de abnil de 1680 válid
para o Estado do Maranhão. Affonso de E. Taunay. História geral das bandeiras paulistas.
|
ionaram na guerra € mandaram vender aos São Paulo, 1950, vol. 4, p. 228-35. Há um artigo recente de Paul Wojtalewicz com a
(re ee et

9 Sobre os tapuias que os paulistas aptis para se fazer à guerr a aos diros tando a atividade das juntas das missões do Maranhão e a de Araucânia, no império
que há
moradores do Porto do Mar, e sobre as razões espanhol. Cf. “The Junta de Missões/Junta de Misiones: A Comparative Study of
162.
tapuias (1691), Ajuda, 54 XIII 16, fl. Peripheries and Imperial Administration in Eightcenth-century Iberian Empi : ”
nação e o povoamento do sertão, Con- |
» Voto de Salvador Correia de Sá sobre a missio E Colonial Lain American Revo 8:225-40, 1999. RS +
AHU, Bahia, caixa 2, 105.
sulta do Conselho Ultramarino, c. 1675, rta ao governador de Pernambuco sobre se erigir a Ju i
lho Ultram arino, 2/12/1 679, AHU, cod. 252, fls. 56v-8; ou DH 88,
1 Consulta do Conse q “Informação geral da capitania de Pernambuco”. EMO] 506, E ZO-8O, Sobre a
168-71.
vo O PAÍS DOS TAPUIAS 75
74 O PAÍS DOS TAPUIAS
decisão positiva do Conselho UI- Uma avaliação da bibliografia e da documentação permitiu organizar
brião deste organismo, apesar de uma
d as Missões seria formada apenas em uma tabela dos aldeamentos (veja o Anexo 3) e missões no sertão nor-
tramarino em 1686, uma Junta deste (excluindo, portanto, as aldeias da costa), particularmente nas ca-
1702. pitanias da Bahia, Pernambuco e anexas, para o período (aproximado)
de janeiro de 1698, a Junta das
De acordo com a carta régia de 17
Missões de Pernambuco tinha ain
da a obrigação de declarar € conferir do final do século XVI à segunda década do XVIII. Grosso modo, os 61
aldeias dos
iam assistir nas aldeamentos listados distribufam-se geograficamente da seguinte ma-
a nomeação dos missionários ou párocos que
normal como faziam de cos- neira: 26 no sertão de fora (Pernambuco, 12; Rio Grande, 9: Ceará, 3; e
índios. Isso porque, para além da nomeação
havia de conferir quais eram Paraíba, 2) e 35 no sertão de dentro (Bahia). Com raras exceções À ua-
tume os bispos, autorizados pelo padroado,
es específicas que pode- tro ordens religiosas dominavam completamente a missionação no ser.
os “mistérios das missões”, isto é, as faculdad
1701, estabelece-se a obri- tão: os capuchinhos franceses, os franciscanos observantes, os jesuítas e
riam possuir os missionários.'* Em janeiro de
dos na Junta, que se reu- os religiosos da Congregação do Oratório de Pernambuco. Os capuchi-
gatoriedade de assentar todos os negócios trata nhos eram os únicos, tirante um ou outro oratoriano, que tinham prer-
todos e declarando cada um O
nia todos os meses do ano, “assinando
Ko cin Ero

e rubrica-
de que haverá um livro numerado rogativas de missionários apostólicos, isto é, faculdades especiais pelo
seu voto como lhe parecer,
do por vós”. Na ocasião, O rei exigia que fosse feita a devida averigua- fato de que estavam diretamente subordinados à Santa Sé, ou melhor,
ção na compra e venda dos índios que não fossem negociados em praça à Congregação da Propagação da Fé (criada em 1622). Embora atuando
de

pública, isto é, os vendidos nos sertões, “onde não há justiças mais que na região sujeita ao padroado régio, poderiam agir livres dos laços das
sua presença, “mostrando o título dioceses e em todo o território da Colônia.” Preponderavam nas mis-
eita Fa er

os juízes”, e que a compra se faça na


diante de si, que diga a dúvi- sões no sertão de dentro, pelo menos até sua “expulsão” em 1702, ao
porque lhe pertence, chamando o escravo
o possa comprar sem essa ave- passo que os religiosos da Congregação do Oratório de Pernambuco do-
da que tem à escravidão, e que ninguém minavam as missões do sertão de fora. De maneira geral, os jesuítas
riguação”.”
davam preferência a missionar entre os povos tupis, bem como os taba-
jaras, nas serras do Ibiapaba (Maranhão). Contudo, possuíam várias al-
. História geral das bandeiras paulistas. deias de índios tapuias, em sua grande maioria “herdadas” de outras
Junta do Maranhão veja Áffons o de E. Taunay
janeiro de 1698, em carta ao governador de ordens que tiveram de as abandonar, como a dos capuchinhos. Além
São Paulo, 1950, vol. 4, p. 232 -3. Em
Pernambuco, el-rei, preocu pado com as notícias do desleixo, ordena que se cumpra a disso, mantinham, nas proximidades dos núcleos urbanos, aldeias mis-
ue em dois dias de cada semana”.
necessidade de que a Junta “se estabeleça e contin tas, onde se supunha a dissolução da especificidade tapuia no contexto
el-rei resolveu se conformar com a mensa-
Mas, ouvindo o arrazoado da própria junta, da capitania de cultural túpico. A primeira missão jesuítica estabelecida nestes sertões
“Informação geral
lidade destas reuniões. Carta régia, 27/1/1699.
« 388, 1906. Veja també m F. A. Pereira da Costa. Anais interiores foi, certamente, a de Nossa Senhora da Trindade de Massacará.
Pernambuco”. ABN, 28:385-6
pernambucanos, Recife, 1952, vol. 4,
p. 198-9. em 1639, na Bahia. As missões entre os índios cariris, como a de Santa
dos administradores das aldeias dos
75 Em 1686, em razão de uma carta sobre 0 abuso Teresa de Canabrava, Nossa Senhora da Conceição de Natuba, Ascen-
Ultramarino pediu vista ao procu-
índios escrita pelo Marquês das Minas, Conselho são do Saco dos Morcegos e Nossa Senhora do Socorro de Jeru foram
a necess idade de uma Junta das Missões na Bahia,
rador da Fazenda da consulta sobre estabelecidas provavelmente na segunda metade do século XVIL?
o procurador da Coroa, para O
ao que esse respondeu positivamente, assim como
s admini strado res. Consulta do Conselho As primeiras missões capuchinhas devem seu início aos episódios
melhor controle do serviço desses mesmo
de março, DH 89, 54. Para a criação ;= das guerras coloniais com a Holanda. . Tendo conqui
quistado Angola (Sã
Ultramarino, 1/3/1686, com aprovação real em 18
Inácio Accioli de Cerqueira e Silva. Me-
da junta, veja a carta régia, 12/4/1702. In: Ê Paulo de Luanda) em 1641, os holandeses da Companhia das fio
Salvador, 1940, vol. 2, p. 150. Em
mórias históricas e políticas da província da Bakia.
apenas em 1746, pela provisão de 8 de
São Paulo, foi criada uma Junta das Missões
Varnha gen. Históri a geral do Brasil. São Paulo, 1975, tomo
maio. Francisco Adolfo de Pierro Virrorinorino Regni.
20395 7
Regni. Os capuchinhos 7 Salvador/Porto Alegre, 1988, val. 1,
na Bahia.
4, p. 88. 28:387,
ia de Pernambuco”. ABN,
7% Carta régia, 17/1/1698, “Informação geral da capitan + B. ÉG. Dantas et alli. - “Os “Os povos indígenas no Nordes tc brasileiro,
ilei um es boço históri-
1906.
ia de Pernambuco”. ABN, 28:380, à oz e Manuela Carneiro da Cunha (org). História dos índios no Brasil. São Paulo,
" Carta régia, janeiro 1701, “Informação geral da capitan
1906.
Co E

76 o PAÍS DOS TAPUIAS toa O PAÍS DOS TAPUIAS 77


Ocidentais acabaram capturando alguns missionários capuchinhos que dos capuchinhos franceses, abrangendo mais de 150 léguas, que fran-
de longa data vinham trabalhando na conversão daqueles povos africa- queavam todos aqueles sertões para os gados, com o que crescia a Fa-
nos, especialmente os “súditos” do rei do Congo, que havia se conver- zenda real nos dízimos e os moradores na opulência. Com efeito, bom
tido ao catolicismo. Capturados os capuchinhos, foram trazidos alguns número dos currais pertencia à ordem, que era das mais ricas da Colô-
deles, em 1642, para o Recife. Aí acabaram por colaborar com a rebe- nia. Os oratorianos tiveram papel importante nas guerras do Açu, pois
lião de 1645 e a restauração de Pernambuco, em razão do que, após a estavam missionando justamente no sertão entre este rio € o Jaguaribe.
expulsão definitiva dos holandeses, ou mesmo um pouco antes disso, Como se verá no Capítulo 6, as aldeias “nova “e “velha” na ribeira do
lhes foi permitido se estabelecer no Brasil para o trabalho de conversão Jaguaribe, missionadas pelo padre João da Costa, estarão no centro dos
do gentio à fé católica. Em 1653, com a anuência do governo, fixaram- conflitos entre os oratorianos e os paulistas designados para a guerra no
lts

se no Rio de Janeiro, e a partir do ano de 1670 expandiram suas mis- Rio Grande.
sões pelo interior do Nordeste, especialmente entre os índios da nação
cariri.” Em razão do rompimento das relações diplomáticas entre as Confederação dos cariris?
Ta nt

coroas de Portugal e da França, os capuchinhos bretões foram paulati-


nameénte impedidos de renovar o quadro de missionários do Brasil, até Sem dúvida alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como
resolverem retirar-se definitivamente em 1702. Suas missões passariam uma unidade histórica e cultural, em oposição não só ao mundo cristão
então para o controle dos religiosos de Santa Teresa, do Oratório de
europeu, mas aos povos tupis, habitantes do litoral, foi um dos elemen-
Pernambuço, ou dos carmelitas descalços e, mais tarde, dos capuchinhos tos mais importantes na caracterização coeva da unicidade dos conflitos
italianos. ocorridos no Nordeste ao longo das décadas finais dos Seiscentos e ini-
A Congregação do Oratório de Pernambuco fora criada em 1662 por ciais dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão
iniciativa do padre João Duarte do Sacramento, que juntamente com da pecuária e, portanto, da fronteira.
seu companheiro João Rodrigues Vitória esteve no sertão do São Fran- De fato, a extensa documentação colonial refere-se ao conjunto de
cisco e do Rio Grande por volta de 1659-61. Dedicaram-se principal- confrontos e sublevações dos grupos tapuias do sertão nordestino como
mente à catequese dos tapuias do Norte, os tarairiús, que haviam sido uma “Guerra dos Bárbaros”, unificando, dessa maneira, situações e con-
aliados dos holandeses e ocupavam grande parte daquele sertão, cujos textos peculiares. Por isso, tal como no episódio da chamada Confede-
currais e fazendas haviam sido abandonados nas guerras de restaura- ração dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves de Maga-
ção. Em 1683, já eram 26 os missionários do Oratório de Pernambuco lhães,” a Guerra dos Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia
que se encontravam “repartidos por aqueles imensos sertões”, “tendo como uma confederação das tribos hostis ao império português, um ge-
as aldeias entre elas distantes mais de 150 léguas ao sertão de Pernam- nufno movimento organizado de resistência ao colonizador. Já Gonçal-
buco, com os tapuias sucurus e janduís os mais ferozes de todo aquele ves Dias, companheiro de indianismo de Magalhães, havia tratado das
gentio”.8! Neste mesmo ano, o padre Sacramento, prepósito da con- revoltas no Rio Grande nas páginas da Revista do Instituto Histórico.“
gregação, dizia ao Conselho Ultramarino que eram suas missões e as Mais explicitamente, Francisco Borges de Barros, Pedro Calmon, Gus-
tavo Barroso, Horácio Almeida, entre outros, falavam de uma “confe-
*» Fidelis M. de Primcerio. Capuchinhos em serras de Santa Cruz nos séculos XVI, XVII e
XVIII, São Paulo, 1940, p. 217. Em dois volumes, a obra de Pietro Vitrorino Regni. Os provavelmente de autoria do padre Inácio Silva, é também referência importante:
capuchinhos na Bahia, permanece a mais completa e erudita sobre o assunto. “Notícia que dão os padres da Congregação de Pernambuco acerca da sua Congrega-
"Consulta do Conselho Ultramarino, 4/3/1683, AHU, cód. 256, fl. 47v-8 (igual ao AHU, ção desde a sua ereção”. Edição « introdução por José Antônio Gonsalves de Mello.
Ceará, caixa 1, 33). Maria do Céu Medeiros. Igreja e dominação no Brasil escravista. O RIAB 52:41-3, 1984.
caso dos oratorianos de Pernambuco, 1659-1830. João Pessoa, 1993, p. 49-51. Para a “ Consulta do Conselho Ultramarino, 23/4/1683, AHU, cód. 49, fl. 19-20.
história dos oratorianos de Pernambuco, veja também F. A. Pereira da Costa. Anais ” Pedro Puntoni. “A Confederação dos Tamoios: a poética da história c a historiografia
pernambucanos, Recife, 1952, vol. 4, p. 45-8; Ébion de Lima. A congregação do Orató- “do império”. Novos Estudos Gebrap, 45:119-30, julho de 1996.
rio no Brasil. Petrópolis, 1980; e o capítulo 3 do livro de Evaldo Cabral de Mello. À * A. Gonçalves Dias. “Catálogo dos capitão-mor e governadores da capitania do RGN”.
fronda dos mazombos. São Paulo, 1996, p. 96-122. A crônica de meados do XVIII, RIHGB, XVII:30, 1854.
+
O PAÍS DOS TAPUIAS 79
78 o pAÍs DOS TAPUIAS
de Abreu.” Apesar de não se enganar com a natureza dos ta uiz E
vários de nossos manuais es-
deração dos cariris » 8s Termo adotado por nay, O historiador das bandeiras paulistas, entendia também A aG ira
colares, deve-se não a penas a referênc
ia obligé a Gonçalves de Maga- dos Bárbaros, no caso específico do Rio Grande, era uma “uma ande
todos os tapuias do semi-árido
lhães, mas também à percepção de que ofensiva generalizada, de verdadeira confederação de índios cont abr -
dos cariris. Paradoxalmente, à
se resumiam em um só grupo étnico, o cos”, Segundo ele, “depois do terrível exemplo da repressãobran nos
Philipp von Martius, que pri-
confusão é reputada a Carl Friederich sertões baianos, deu-se a coligação geral das tribos exasperadas ela Ea
de Artur Ramos, “contra o que
meiramente havia reagido, nas palavras e progressiva espoliação do seu território ancestral diutumame e rede
a que na realidade exprimia 0
se chamou de tupimania, uma tendênci lizada pelos civilizados”.” Câmara Cascudo, que conhecia bem s do-
tribos brasileiras do imenso in-
desconhecimento dos autores sobre as cumentação colonial do Rio Grande, criticou em sua História a : les
Linguarum Brasiliensum de 1867,
terior”% Com efeito, em seu Glossaria que, “lembrando a dos tamoios”, chamavam a Guerra dos Bárb s, ro.
avam todo o sertão do São Fran-
Martius determinava que os cariris ocup manticamente”, de confederação dos cariris: “Não houve lano cor m,
da serra do Ibiapaba.” Como
cisco até o rio Acaracu no Ceará, antes nem unidade de chefia. As tribos combateram aliadas ou isoladas. Ou-
Joffily é que divulgaria tal idéia
notou Olavo de Medeiros Filho, Irineu tras regiões estavam quietas, acordando para a morte quando ofos se
sertão pertenciam à nação cariri,
de que todos os tapuias habitantes do apagava onde começara”. Preferia chamá-la de “Guerra dos Índios” »
lhada pelo próprio Capistrano
inclusive os janduís e paiacus, opinião parti pá preciso deixar claro que a noção de uma “guerra geral” dos índios
bárbaros” contra o império, quer dizer, de uma luta deste contra na
nas bandas do Ceará, da Paraíba e do
Rio ções com interesses € objetivos militares definidos segundo uma estra-
s Pedro Calmon dizia que “por esse tempo, raçã o dos carir is»”. Histó ria da Casa tégia consciente, era produto do olhar europeu e aparece, portanto. )
da «con fede
Grande do Norte setumbava os ecos referência ao
84. Francisco Borges de Barros, em bojo da documentação colonial. Como se sabe, para a história colo: al
da Torre. Rio de Janeiro, 1939, p. dos tamoi os que se confederaram
ufa que “ao jeito dos povos indígenas no caso do Brasil — diferentemente da Meso-A mé
poema do nosso romântico, concl o XVII —
indígenas do norte formaram no sécul
no sul, no meado do século XVI, os E as guerr as do Recô ncavo ele É rica— possuímos apenas documentos produzidos pelos colonizadore .
dos cariris.
1670 em diante — uma confederação”
de Confe deraç ão dos Guerén s. “depo is da pacificação dos aimorés, os gueréns E Como corretamente concluiu o brasilianista John Hemming, se o o.
chamava E cesso de resistência nativa à expansão da economia pecuária foi um dos
durante a invasão holandesa, fazendo
retiraram-se para o sertão. Reapareceram
s”. Bande irantes e sertanistas bahianos. Salvador,
investidas pelas matas e vilas de Ilhéu anos de 1693 a 1713, “várias nações
É mais importantes estágios da conquista dos índios, “foi também o me-
so , entre os
1919, p. 124. Segundo Gustavo Barro amentos a É nos documentado. E como sempre, não há nada do lado indígena Os
or”, quase destruindo “em seus fund
cariris sc confederaram contra O invas Fosta leza, 1962, p. 56-7. Horácio É nativos não deixaram nenhuma informação escrita e nenhum deles :
colonização portuguesa". À margem da história do Ceark.
-
ederação dos Cariris ou Guerra dos Bárba É BÍstrou sua versão da luta”.”! Daí as dificuldades teóricas e metedoló cas
Almeida hesita ao titular seu artigo: “Conf com que se depara o estudioso. Não podemos, então, escrever
ros”. RIHGB, 316:407-33, 1977. su.
brasileira (vol. 1, As culturas não-curopéias).
Arthur Ramos. Introdução à antropologia o entre os É gesso uma “história ao inverso”, recuperar uma visão dos ve idos, ma
na sua conferência “O Estado de direit
Rio de Janeiro, 1943, p. 60. Martius, o núme ro dos grupos indíge- z que nos faltam fontes autenticamente indígenas. A leitura Crítica
dizia serem mais de 250
autóctones do Brasil” de 1832, a selva- uidadosa da documentação administrativa nos fornecerá, apenas. ma
do Brasil teriam, “pasmados com a rudez
nas no Brasil, e que os descobridores muito
eas, “entr e outras, à opinião corrente durante onstrução dos acontecimentos do ponto de vista do conquistador
gem”, reproduzido idéias crrôn que apena s eram tribos da ex-
pendência de certos povos
tempo que admitia a inde
poderoso € bravio que denominavam
tensa nação dos tupis € que havia um povo
a na língua tupi, primitivamente, era à Eku: Olavo de Me
Medeiros Filho. j “Os tarairiús, , exti extintos tapuias
i do Nordeste”.
tapuios, quando é certo que à palavra sapui | -
designação coletiva para todos os povos ou tribos ) que não pertenciam aos tupis”. O , 2, 1988; Irineu Joffily: Notas sobrea Paraíba, Rio de Janeiro, 1892 np di
p. 16.0 7
Be to Horizonte/São Paulo, 1982,
Estado de direito entre os autóctones do Brasil. almen te publi cado
E Andam O prefácio de Capistrano de Abreu, p. 77-84. , » Pe Ml sm UA
em Brasiliens foi inici
Von dem Rechtssustande unter den Ureimoln rênci a realiz a da na Real Acad e- | RPOutAffonso de E. Taunay. Históriaa geral
da Câmara era das bandeiras
i paulistas. . São São P:aulo, 1950, vol. 6, p. 308.
uma confe
em 1832 (Munique, Fleischer), a partir de de gs da Cascudo. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro, 1955,
mia de Ciências da Baviera no dia 28/3/1 832. o ;
diversas línguas e dialetos que falla
Glossaria linguarum brasiliensum (“Glossário das Erhnogra phie und Spra chen tund e. Gold. The Conquest of the Brasilian Indians. . C Cambridge,
i 1978, p.
Beifrige sur
os indios no Império do Brazil”) nos 2 (zu? SMA j a Nathan Wiãchtel para o Peru, em estudo clássico: La a Duigcs Les
von Junge & Sohn, 1867, volume
Ameritas sumnal Brasiliens. Erlagen, Druck ' ls Pérou devant ta conquéte espagnole, 1530-1570. Paris, 1971.
Sprachenkunde).
TAPUIAS 81
o PAÍS DOS
o
.
TAPUIAS a da Co ncei çã o do Ro de la*, re Na su a 1697 par: a o bis-
80 o paÍs DOS
ado Nossa Senhor buco, frei Francisco de Lima
uno e organizado, associnfe po de Pernam ESCrição do ser”
Justamente, à própria idéia de um conflitoação da existê nci a de “co - e lis tou 37 no me s de us a Àà rap
hesia . uias bravos
uente na document
, tão do Piauí”, o padr rado re s so me nt e na É
à noção não menos freq m de ser, ela mesma, objeto de reflexão. an-
” Se
ali em guerra com os mo
derações” indígenas,
te
ca do term o, si mp le s carapoatan
izes, cup gas,ca aroÉ a : nongazes,
mais na noção mais fra do Ser tão do Pia uí: aro
boc
aqu
ore ima s, equ pu
tamés, gotas,
para fazer face ao inimig o comum; jamais uma à precatis, acuruás, iteteus "beliras, bei e
ças entre nações € tribos tuguês. Analisando corerás, ait
ues tra da con tra O Império por
a “co nfe - anicuás, aranhês, goarás, s, aruás ubates meatãs and Ss, macamasus,
grande aliança orq sódio da dit ssus, alongá icós, arius,
asor português, no epi
inv tramambés, ana jai cós cecui inha 8 an uís,
resistência dos tupis ao restan Fernandes conclui que “as fontes de corsias, araiês, acumês,
coa rat ize s
seno
deração” dos tamoio s, Flo
tribal impediam à for
mação de
sim ple smente de “ro deleiros”, cbeiçudos” gude
cie nte da soc ied ade chamados
funcionamento efi
e supratribal”. Gomo ov parte constitutiva da Por isso, na falta de um estudo mais minucioso dessas denom
inações
um sis tem a de sol ida rie dad iam à aqui, para o bom entend imento dos
os de parentesco que prom e mesmo dessas etnias, basta notar
sociedade tupi, “os laç uações de habita d
va li da de s in superá veis, mesmo em sit capítulos seguintes, que, grosso modo, o sertão encont rava-s e
tribos, engendravam ri válido avam
nd o o qu e deve ser mudado, o mesmo era s por dezenas de grupos étnicos distintos, entre os quais se destac es €
emergência”> * 94 M Muda mais fracionados, de
modo que as guerra os cariris € OS tarairiús. Além desses, no sertão baiano, os paiaias
s, ainda permitia aos
para os grupos tapuia gu in do 0 pad rão dispersivo, que mio viram envoltos Des guerras do Aporá e Orobó, e nada sabem
os
iam se fndios”.
dos bárbaros se faz e “jogar índios contra e ra ou modo de ser. Os cariris ocupav a
s fragmentar à luta
luso-brasileiro tribos ou un idades polí-
dos gru pos indígenas como de de sertão de dentro e as margens do rio São F'rancisco. pia
ái
A de no mina ção
s, por ex em pl o) e até mesmo à identida rais do sertão de fora, principalmente nas capitanias do
Rio Grande :
ticas autônomas (reino
,
unção de sua anomia Ceará, estavam divididos em diversas nações, em disputa entre
si ue
| , ou ain da a constante pres idéia da difi-
1
É alguns destes grupos em qu es tã o.” Para se ter uma levavam o nome de seus chefes (ou “reis”), como os janduís
, canindés,
pos tas o docu-
h'
também devem ser
ar à id en ti da de des tes povos, basta olhar
culdade em determin freguesia de
Mi gu el de Car val ho, que era cura da estabeleci
mento que o padre cul r, A “Convenção para a grafia dos nomes es tribais”,
ca, neste particula tribai
dos membro s da 1.º Reunião Brasileir a de Antropol ogia Pa
1a pela maioria
—— s bra- r
toriografia oitocentista nscrição em termos fonético s que, acredi
da con fed era ção ind ígena na literatura € his de Gon çal ves de Maga- T tória. Convé m notar que a “Conven
ória. do» estabcl ce
ção” estabele
s Sobre aidéia Con fed eração dos Tamoyos :19 observadas para oo usoUs da etno-hist ori
art igo “A Ceb rap , 45 os nomes tribais
ibai de em
sileira, confira o meu Novos Estudos , que os nomes tribais T de origem indígena, ao contrári o d
a da his tór iac a his toriografia do império”. qria pod (item 21), não devera ter “fexão
lhães: a poétic ;). o esa au a
30, julho de 1996. In:S. B. de Holanda (org u gênero” (item 22). Como neste trabalho lid
“Or gan iza ção social das tribos tupis”. a tam bém , do i ramos todrip
» Florestan Fernan des .
São Paulo, 1968, vol. 1, p. 85. Vej +..cumentação exclusi
e h vamente de ofigem portuguesa, conside
ão bras ilei ra. etn oló gic a e o Mapa amo distórico & Curt
História geral da civili
zaç A investigação o 1961 aportug uesados ”. Veja
Tup i e a rea ção tribal à conquista”. In: soci al da- gue rra na ] ado Rio
e oartigo de Emmerich e Leite. “A
mesmo autor, “Os estudo clássico sobre
A função , e Janeiro,
Petrópolis, 1975; c O au nomes tribais no Mapa Ecno-Histórico de Curt Ni jo” po?
29-35. ane
A "Conven -
São Paulo, 197 0. nos obrigar foi publicad a na Revista di An imuendaj u”, p. 2, 1954.
sociedade tupinambd.
icu ldades na própria grafia
dos ernônimos. Afora
ico s ou et- Em; ção a deAm 1954” poa aro “Tupi le Antropol ogia. São Paulo, 11;2:150-
(org). Invenção do
ss Não bas tas se isso , há dif
denominações nos tex tos his tor iog ráf Brasi bém go as ps ou não tupi? : In: Antônio Risério
“ar que olo gia ” das na des cob erta de
a uma constante es encontra-se
pro ble ma cuja solução às vez env olv imento de todos os fndi
nográfico s, est e é um
des pro vida de veracidade, mas cuj o des
Brasil Ebe :AÍ, tornara-se “tutor” de Francisco Dias Mataorá, “capipitão-mor
olu tam ent e -hi stó ric o do Esse queria vir ao reino | gds
uma referência abs Nimuendaju, que em
seu Mapa emo
ta de . daeporca moradores dos sertões de Rodelas”.
err os con sid erá vei s. ent ant o, uma pro pos seus serviços nas guerras dos tapuias bravos, no descobri-
produziu segue, no aum compensa da
e de diversos critérios, Preocupado CCU 28/11/16 98, AHU
aparentemente utiliza-s do por Cha slotte Emm erich e Yonne Leite.
uendaju à n minho do Maranhão e nas entradas do salicre.
oo
o foi mos tra Map a, Nim
ordenação, com
tes e garantir à riqueza do seu Miguel de Cs caixa 13; AHU, Pernambuco, caixa 11.
açõ es das fon , o reg istro dos Carvalho. “Descrição do sertão do Piauí remeti
em manter as inform entre outras coisas e
explicitada que prevê, termos |) i

não s em A pras a
º

ma ste nte
tida

u uma nor pos exi E rancisco de Lima, Bispo de Pernambuco, 1697”. In: a
icui portuguesa € dos gru
. .

ds
a

guernas
+ E

i | na gra fia
notadas, sem dúv ida alg uma é |
É Palmares. São Paulo, 1938, p. 370-89. As
. Ape sar de alg uma s pequenas imprecisões à inv est iga ção etn o-h istóri: ;
fonéticos deve guiar, ao meu ver,
4
O PAÍS DOS TAPUIAS 83
82 o PAÍS DOS TAPUIAS
capelas etc. Ambas as etnias, cariris das do período colonial. ! Na verdade, já nas vésperas da independên-
paiacus, jenipapoaçus, icós, caborés,
de maiores e melhores informações cia, O sapuia foi registrado por Martius a partir das observações fei
e tarairiús, são das que dispomos ião. em 1818, quando se encontrou em Pedra Branca com cerca de sei cen
costumes, cultura material € relig
em relação ao seu modo de vida, hola ndes es, que pre- tos cariris “semicivilizados”. O vocabulário “cayriri-latim” que M. areius
os pelos
Os cariris foram inicialmente cortejad São Fran cisc o.” A publicou a partir do material que ali recolhera, no entender de Adam.
a fronteira do rio
tendiam defender com sua ajuda a da Desc riçã o Ge- deve ser tomado como um dialeto separado, dada a distância com rel
é provavelmente
primeira referência aos índios cariris
ita pelo holandês Elias Herckman em ção aos dialetos quipea e dzubucuá. Consta que os cariris de Pedra Bran-
ral da Capitania da Paraíba, escr do
Os cariris uma nação do interior ca, ainda no início do século XIX, haviam conservado mais ou meno
1634. Segundo esse relato, eram es gene ri- intacto seu dialeto particular. Todavia, quando Ehrenreich aí est o
do conjunto de populaçõ
Nordeste brasileiro, fazendo parte e habitando “rransver- em 1891, pôde constatar que estes cariris haviam “desaparecido” e
isto é, não-tupis,
camente nominadas “tapuias”, vimos, Às missões capuchinhas são as de maior interesse do ponto de vist
o”.'º Posteriormente, como
salmente (dwers van) a Pernambuc cariris se dife ia-
renc etno-histórico, em razão da diligência com que os freis retrataram s
católicos. Os
foram missionados pelos religiosos
sapuia, dzubucuá e quipea —, dos costumes, a cultura, a língua e o modo de vida dos índios sob seu a
vam por quatro dialetos — camaru, Ltn-
dos. Uma Arte da Gramática da paro (ou controle). Como sabemos, já haviam estado no Brasil missio-
quais apenas três estão documenta cis-
padre Mamiani, de 1699, e os cate nários da ordem dos capuchinhos no início do século XVII, tendo nos
gua Brasflica na Nação Cariri, do o com legado importantes relações, documentos valiosos para o estudo dos
de 1698 e 1709, constituem, junt
mos em dzubucuá e em quipea, pareci- povos tupinambás.'* Da mesma forma, estes freis capuchinhos con-
os do tupi antigo, os únic os registros de línguas indígenas desa
tribufram para o estudo dos cariris. Suas missões na segunda metade
dos Seiscentos entre estes índios produziram importante documenta-
ican Indians,
“The Tarairiu”. Handbook of South Amer
ss Lowie, Robert H. “The Cariri” c possí vel ente ndim ento da diversidade ção, entre as quais nos são de extremo valor as relações do frei capu-
Para um
Washington, /:557-9 e 543-56, 1946. emo-h istór ico de Curt
Brasil colônia, veja o Mapa
dos povos indígenas no sertão do ra da Costa . Anais pern ambu cano s. Reci-
A. Perei
Nimuendajs. Rio de Janeiro, 1981; E do Ceará . Forta leza, 191º Bernardo de Nantes. Kasecismo índico da tíngua Kariri. Lisboa, 1707; e Luiz Vicenzo
rt Filho. Os aborígenes
fe, 1953, vol. 5, p. 160-72; Carlos Studa uiçã o para O estud o das afini dades do Mamiani. Casecismo da cutrina christãa na lingua brasil jrtri. Li
“Contrib
1966; Thomas Pompeu Sobrinho, este, al-
guas tapuias desconhecidas do Nord Mamiani escreveu também uma Arte degramatica a tao dica da von Birini
Kariri”. RIHGOC, 53:221-35, 1939, “Lín ia, Forta leza, ano 2, v. 1, 1958, “Os Lisboa: Officina de Miguel Deslandes, 1699. Sobre as línguas indígenas desar ei
Antropolog
guns vocábulos inéditos”. Boletim de 48:7- 28, 1934, € “As das, vejao estudo de Aryon Dall'lgna Rodrigues. Línguas ôrasileiras — para lat
ia de Elias Herkman”. RIHGC,
tapuias do Nordeste c à monograf Este vão Pinto . Os indíg enas do 17-39. Para o cota
LXIV:314-99, 1950; São Paulo, 1986, p.
origens dos índios caritis”. RIHGC, no sertã o da Bahia . desdasdee
jum mento iefudigenas.
(nguas, attriaux
ia Meira
pour servi:
o o Fétablissement
1 d'une grammaire/ comparéefi des
Vestígios de cultura indígena
Nordeste. São Paulo, 1935; Carlos F. Ort. as sobre O siste ma de paren tesco
gues. “Not
Salvador, 1945; Aryon Dall'lgna Rodri iros Filho. Índios do Açu e eio o após terem sido expulsos da região da atual cidade do Rio de i
1948; Olavo de Mede
dos índios Kiriri”. RMB, 2:193-205, os rema- ro os franceses tentaram novamente estabelecer-se no território aiii Ee
Robe rt E. Mead er. Índios do Nordeste, levantamento sobre
Seridó. Brasília, 1984; Cest mir Louk otka . “Les langues a 1615, esforçaram-se por construir c manter a posse de uma colônia no entã
Brasí lia, 1978;
nescentes tribais do Nordeste brasileiro. Internacional de Americanistas, camada Maranhão, ou, atualmente, na ilha de São Luís. Com apoio da re, de
Anaisst ” Congresso
do XXXI
non-tupi du Brésildu Nord.-e rted in
, 1955; W. D. Hohe ntha l. “Litt le Known Groups of Indians Repo rança, Maria de Médicis, e envolvimento dos capuchinhos, tentaramerguer nor j
São Paulo Jour nal de ia Socie té des eo país uma “França Equinocial”, a exemplo daquela “Antártica” dos tem os de
Northeastem Brazil”.
1696 on the rio São Francisco, in s indíg enas do médi o e baixo São illegaignon. Entre os quatro primeiros religiosos capuchinhos que vieram « a
e “As tribo
Américanistes, Paris, 41, 1:31-41, 1952 F ranci sco. Rio de Janei ro, primeira expedição de Daniel de la Touche, senhor de La Ravardiêre, e Fran: ais de
on. O homem do São
Francisco”. RMB 12, 1960; Donald Piers “Dist ribui ção geogr áfica das eribo s na Rasilly, senhor de Aumelles, para a colonização do Maranhão, estavam Claude
Freitas.
1972, tomo 1, p. 226-34.; Affonso A. de 491-
especial 2. Rio de Janeiro, 1915, p. o d'Abbeville c Yves d'Evreux. Ambos escreveram a crônica desta missão. Estes textos
época do descobrimento”. R/HGB, Tomo Piauí colon ial”. In: Idem . Piauf colon ial: têm À mais interesse para Ara Oo conhecimento das coisas coi do Brasili e dos cos
s do
S10; Luís Mott. “Etno-história dos índio dnios no que pa x história da “França quina propriamente. Crodo PAbbo
ina, 1985, Pp. 10924.
população, economia e sociedade. Teres e. ission des péres capucins en F'Ile de Mara, 7 sines,
Tempo dos flamengos, p. 202.
99 J. A. Gonsalve s de Mello Neto.
Paraíba, por Elias Herckman" (1634). RIAGR
31 :239, Paris, 1614 Par,
Marmos e Yves 1615,
d'Evreux. x. SuiSuite de E histoire
istoi des choses tes plus
Dlus mémorables
roêmorablis adoenues
advenues àês
11 “Descrição geral da capitania da
1886.
ú
O PAÍS DOS TAPUIAS 85

o pAÍs DOS TAPUIAS Outro alemãoo que viveu anos entre os índidios e mesmo ch
84 sociocultural destes
e Na nt es para O estudo da vida parmy
grupo de janduís, que assojavam o sertão do Rio Grando, amcando fa
chinho Ma rt in d
te er Sin cer e de la Mission dans le Brezil dos ee fo ais, fot Jac Rabbi. Ele deixou uma crônica sobre os fn-
povos. Sua Relation Suc
cin de duas relações)
(composta, na verdade,
CR Aleert Eckhout
Aa ditaO . pias holandês dei além
Eckhout deixou,
s
les Indiens Appélies Cariri tura da sociedade cariri-dzubucuá, bem como q
descreve os hábitos 6a cul ta reação des-
pela violen ra
que seria responsável de um homem e uma
de nguns desenhos, dois óleos he
do contexto histórico nj un to ou simu lt an eamente com outros.! dO o a outra tela descrevendo uma dança de guerra destes
íge nas , em co de ta Mission des
tes povos ind ss im o é a inédita Relation ES, é começar po E para todas as reproduções posteriores dos
nt o im po rt an tí is du Costé
Outro docume ués sur le Grand Fleuve de S. Franço ndo José negar Por, rans Post e Zacarias Wagener.!'” Os janduís
du B rez il Sit missionário
Indiens Kariris ne Equ inotiale, escrita pelo segundo José annio onsalves de Mello, eram aliados tão ferozes que
rês de la Lig
du Sud a 7 Deg
capuchinho Bernard
Os tarairiús, re pr es
de Nantes.
en ta do s pr in ci palmente pelos janduí
s, que por
ntação cuparam erlos afastados das zonias ocupadas, qualquer movi
Ca a oi manEÉ c zonas ocupadas, qualquer movi-
am Ser to ma do s, em grande parte da docume cri- pod ron jogo detectada e impedida. Em 1639, por exemplo, o rei
sinédoque costum m sua melhor des
lit era tur a, por tod os os diversos grupos, deve infernais” 'º Assim io o atal com cerca de 2.000 tapuias, “arrancand
e da qu em eram “aliados , novas e velhas, que encontravam”. O governo do Brasilholan-
and ese s, de da guer-
ção aos relatos hol ha vi am sid o contatados por ocasião dês logo despachou os filhos de Janduí, que se achavam no Recife, para
tar air iús re-fe-
como os cariris, OS s do nor te de Pernambuco € estão convencer seu pai de voltar aos sertões."º
cap ita nia
ra de ocupação das , na Des cri ção de E lias Herckman.'* A
man-
ra vez
renciados, pela primei Roulox Baro, um a lem
ão a serviço da Com- .
ês 1647, visi-
do de Nassau, O holand gem ao “pa ís dos tapuias”, em
uma via gem marítima e doterrestre Brasil, (16882), Belo Horizonte/São
ao Brasil, 1 Paulo, 1981, i
panhia, empreendeu i Janduí””
dedo 5
bos submissas à! o “re ea. ome, veja a minuciosa nota (255) de José Honório Rodrigues, nã
tando as tri
sp
18 Gaspar Barléus. . História7 dos fes;beitos
à recentes
á praticados durante nte oito
oi; am / |
ta ce ui o groerao do diriam João Maurício conde de Nassau 1647).( Boo Fiag
r———— 6.
la mission. Quimper, 170 ias” do Pp. 0.9, Sobre este sertanejo, veja o capítulo “Um inté: ete dos
ation succinte et sincere de mpany and the
14 Martin de Nantes. Rel ch Wes t Ind ian Co . Tio,los”, Bo ivro de Alfredo de Carvalho. Aventurase aventureiros ) Rio dm
no Brasil.7 Ri de
“Infernal Allies, the Dut Prince in Europe and Brasil. The
1s E, van den Boogaart. Idem (cd). À Humanist
“farairiu, 1631-1654 ". In: noo Real Gabinete de Estampastampas d de Dresden sc encontra o códice d
Hague, 1979, P. 519
-38. 34). RIAGP 31:239,
Par aíb a, por Elias Herckman” (16 desenhosde Plantas, animais c índios do Brasil feitos por Zacarias Wiganei not mpo
14 “Descrição geral da cap ita nia da to, do piloto de uma na-
o Fra ns Leo nar d Sch alkwijk, um Outro panfle e, vande Staponjers
dos holandeses. Ar exo aos desenhos, que grosso modo reproduzem os óleos de Eckhout,
1886. Segund k. “Be n korte beschnijving ressantes descrições do “omem tapuia” (desenho 95) da amolhe; r
Wercken” (Uma breve
Ger bra nts z. Hul
vio holandês, Gessit p, Houwelijck ende wonder ta puya” P (desenho 96). Zacarias t Wagener. Zoobiblion livro de animais do Brasil (1634- -
hae r Lev en, Doo e feitos milagrosos),
in Brasiel, Van batismo, matrimônio - de1641). São !Paulo, 1964; : vej
veja tam a traduçãoção de de Al Alfdered
bém ho. *
Carvalo ibli
dos tap uia s no Brasil, da sua vida, ção de Her ckman. O panfleto Za a image m do indi à Bai
des cri ção
ent e a fonte da descri ú ias Wagner RIAR XF-181-95, 1903. Sobre
5, é pro vav elm k. “Tapuias
publicada em 163 Frans Leonard Schalkwij head & M. Boese , man. . Um retrato do Brasi
rasi
tra duz ido e pub lic ado pelo mesmo historiador. LVI TE3 0S- 20, 1993. * Holand êss dodo sécuo a deanima P.J. P. Whitenta
foi . RIAR olandê s ist
de as
Johan Maurit s de Nassau
no tempo dos flamengos ao Rio Grande do “Rio de Janeiro, 1989; 0: animai s, pla e gente pelos art
rt. “The Slow Progress of Coloni
'
no Rio Grande do Norte o, que via jou den Boogaa
Tapuias” é de Roulou x Bar
Para ele, no en- . Civility Indi » 1989; 0 texto de E. van Brazil, 1637-1644”. In: Lo : lonial
17 A expressão “País dos trib os de índios jand uís (tarairiús). indio pi é dans in me Pictorial record of Dutch
se com ” o che-
er- ecífica região ond “reina Hori:
ra def
Norte para entend e codeR. Joppien. “The
1990, Pp. 389-403;
s” quer significar a esp uropa oderna. Sevilla,
o “Pa ís dos Tap uia (164 7). Bel o (ed.). A
tanto, país dos tap uia s Azi: ÀJohan Mauriries and Hisi Artists”.” In: E. van den Boopgart
ÉE Vision ofO Brazil: Ega
o. Relação da viagem ao uma tradução 4
fe Janduí. Rouloux Bar orig i nal men te em p. 297-376. 4 Sobre é eb re-
Este relato foi publicado dia Humanist Prince in Europe and Brazil. The Hague, 1979,
zonte/São Paulo, 1979. de Piste de Madagas
tân ea Rel ati ons veritables et curieuses 4 ia-gentação dos índios
: pelos colonizador es, vejaj o recente estudo de R inelli
de Pierre Moreau na € ole Nhanduí, queria dizer emo da colonia: a representação do índio de Caminha a Vieira. São Pa a Todo
Brés il. Pasi s, 165 1, p. 195-246. Janduí, ou ês entendia o Janduí
k ade
car es du
). O Con se lho do Brasil Holand à es de Mello Neto. Tampo dos flamengos. Recife 1947, p 208. o, 1996.
= ema contatos €
pequena (de nhandu estabeleceu diversos
uma esp éci e de rei soberano, com o qu al uho f. Mem orá vel via" |
como s. Joan Nie
muito auxiliado aos batavo
alianças militares, tendo
O PAÍs DOS TAPuIAs 87
PAÍS DOS TAPUIAS
86 o
uintes em holandeses, os tarairiús se viram como que desamparado
no decorrer dos cem anos seg pulsão daqueles em 1654. É verdade que o termo de ca o ia
Assim como para OS cariris, iriús, ou as missio-
em gue rra s com as diversas nações tara corporava uma cláusula de anistia para os índios que tives ora fo d )
est ive ram deixaram
extermínio, 05 portugueses
que
até a seu qua se comple to mais do lado holandês; contudo, a fama de irredentos e a relativa q nO
nando, elas feitas de maneira muito
ima s descri çõe s.! !! Tod as mia que conseguiram manter, muito em razão da capacidade « dm que
raríss ização” de
tiva, no contexto de “demon incorporaram a tecnologia militar do invasor (armas de fogo du mesmo
argumentativa do que exposi rra just a. No “Me-
vando reabilitar a gue arairiús nos protagoni i
estratégias), transformariam os tarairiú incipai
um tapuia genérico € objeti Ped ro Car rilho de
e Lembranças” de 1703, das guerras dos bárbaros. prosagontáto s PRAGPES
morial de Certas Notícias ariú s, paiacus,
ente Os tapuias “janduís,
Andrade descreve genericam ita nia s de Per-
nas partes do Brasil, cap
caretiús e icós e outros anexos Ta mb ém o fez o
eiras do Açu € Jaguaribe”.
nambuco, Rio Grande, Rib uma “ge nte
, para quem se tratava de
autor anônimo do papel de 1691 ga de gue rra s €
ora de carne humana, ami
bárbara, de corso € tragad ici ona is dos
o haviam sido aliados incond
traições”."? Com efeito, com
é
ntes dos
hoje ressurgirem os descende
OE

11 “Quase comp leto extermínio”, porque vemos cípi o de Pesq ueir a, esta-
no muni
seis mil xucurus que vivem hoje
tarairiús. Os quase como legítimos
ros de Recife, foram reconhecidos
do de Pernambuco, a 220 quilômet Itamar Franco em março de 1992. Estes índios
te
herdeiros das terras pelo presiden ru”, que teria orga-
stra l João Fern andes Canindé, “Rei dos Xucu
têm com o seu ance
dore s port ugue ses no Nordeste no
contra os coloniza
nizado a resistência indígena iro de 1996 . Com efeito,
aberta ao mundo, 236:22, jane
século XVII. A Igreja no Brasil am sido alde ados , pelo s oratorianos,
tarairiús que havi
os xucurus (ou jucurus), eram prin cipa l desses índios.
obá, que levava o nome do
principalmente na aldeia de Arar obá de fato pass ou a cham ar-se João
ar, este Arar
Primeiro dos xucurus à se batiz buc o que the havia dado
gem ao restaurador de Pernam
Fernandes Vieira, em homena o sc verá no Capí tulo 4, cra o princi-
por sua vez, com
algumas ferramentas. Canindé, temp o dos hola ndeses
haviam sido governados no
pal dos chamados janduís, que ra cont ra OS port ugue ses por longos
mente feito guer
pelo “rei Janduí” e havia real render € firmar um tratado
de paz,
indé acabaria por se
anos. Em 1692, porém, Can aíras, futura vila de Arez.
em um aldeamento jesuíta, Guar
indo morrer com os seus canindés. Contudo, não acredito
Estes janduís eram por isso chamados por vezes de iá-lo como grande
o de todo enganados em reverenc
que os modernos xucurus estã s e os paicus do Cca-
riam fazê-lo os jenipapo-canindé
líder. Da mesma maneira, deve desc ende ntes dos tarairiús. Até
que se reivindicam
rá, outros grupos emergentes, ntha l. “Notes on
xucurus ainda é a de W. D. Hohe
onde sei, a melhor etnografia dos Braz il”. RMB, 8:93 -164, 1954.
a de Ararobá, Pernambuco,
the Shucurú Indians of Serr Pach eco de Oli-
no Nordeste, veja o artigo de João
Sobre as identidades emergentes Temp o e Pres ença . São Paulo,
tidades emergentes”.
veira. “Fronteiras étnicas € iden
270314, 1993. Carrilho de Andrade, Olinda,
c.
e lembranças, Pedro
un
Memorial de certas notícias paulistas aprisionaram na
nam buc o, caixa 16; Sobre os tapuias que os es que há
1703, AHU, Per do Porto do Mar, e sobre as razõ
moradores
guerra e mandaram vender aos 162. Uma síntese
ra 05 ditos tapuias (1691). Ajuda, S4 XIII 16, fl.
para se fazer a guer Filh o. “Os tarairiús, ex-
feitapor Olavo de Medeiros
etno-histórica dos tarairiús foi
do Nordeste ”. RIH GB, 359:57-72, 1988.
tintos rapuias
3
GUERRAS NO RECÔNCAVO

nor o
qo remar memmum
Desp E que foi criado em 1548, para coordenar os esforços de
colonização portuguesa na América, o governo-geral aliou sua força po-
lítica ao seu poder militar estratégico." O regimento passado a Tomé
de Sousa, em 17 de dezembro de 1548, previa a construção de uma
cidade para a sede deste novo pólo político-administrativo. A Bahia de
Todos os Santos, donataria do falecido Francisco Pereira Coutinho, fora
comprada de seus herdeiros para este fim. Neste primeiro momento, a
criação de um governo do Brasil não pretendia, como normalmente se
imagina, a reunião dos esforços dispersos em razão da criação do siste-
ma de capitanias hereditárias (as donatarias), tendo em vista a sua reu-
nião sob uma mesma orientação. Ambos os sistemas coexistiram até o
século XVIII, quando a última capitania foi revertida para o patrimônio
régio e a administração dos espaços imperiais passaria por uma série de
alterações. Seu papel fundamental foi o de instituir c coordenar um
“pequeno comércio político-administrativo” com as vilas recentemen-
te criadas. Na verdade, o governo-geral, vinha “sujeitar vilas e seus ter-
mos a uma única orientação”.

1 O governo-geral do Estado do Brasil foi criado pelo regimento passado a Tomé de


í! Sousa, em 17 de dezembro de 1548. Na ocasião foram nomeados também um ouvidor-
ih
lã ai

geral, Pêro Borges, um provedor-mor, Antônio Cardoso de Barros c um alcuide-mor,


À Diogo Moniz Barreto.
E

Segundo Edmundo Zenha, “E com estas vilas que se estabelece o pequeno comércio
Ted

político-administrativo que a situação permitia. Circulação fraca, prejudicada por inú-


meras dificuldades, tendo como pontos de referência as vilas em sic não as capitanias
que, praticamente, tiveram existência mais ou menos teórica, Essas vilas municipais
,. formam o todo brasileiro colonial e por clas gira a força estatal que à metrópole
des-
viava para cá”. O município no Brasil, 1532-1700. São Paulo, 1948, p. 26-7.
“o
GUERRAS NO RECÔNCGAvO
90 GUERRAS NO R EGÔNCAVO 9
ocupação e povoa-
e na entrada da baía ca passaram adas dar
cidade”, vizinhos
campos saltos em outra parte do norte do
s salto: fe avo €
Recônc:
A construção de uma ci dad com 08 primitivos chamavam de esperança
deram-se não sem conflitos ataquese Los das serras
que
mento do seu recôncavo, ão dos tupinambás da dos
ano de 1555, uma rebeli resistir, abandonara s e f dao o Locais, por não poderem mais lhes
habitantes. No final do por d. Álvaro da Costa,
agu açu foi prontamente reprimida assim ficaram muitos anos des-
ribe ira do Par te do grande la- Em a cirtação er
ern ado r-g era l. A região, situada ao noroes povoadas.
junta o oventador o EL ADS era de tal gravidade que se Poa em
filh o do gov férteis c traçada
é à baía de “To dos os Santos, era de terras dades do Estado de nua ntônio leles da Silva, c as principais autori-
gamar que tava vivamente O solução para o levantame nt
red e de out ros rios e lagamares 0 que facili dos indígenas nos fics para tirar umaJaguaripe e Paraguaçu. Coad o
por uma aguaçu, antes acidade, em
par a O porto do mar , isto é, Salvador. O rio Par nados com alguns ne te
transport e Seus habitan-
, cera um terr itór io particularmente cobiçado. nestas freguesias c sp os indios haviam atacado alguns engenhos
da cachoc ira nços da colo-
, con tud o, obs tin ar- se-iam em resistir aos ava grande dano dos morador fais d c gado dos campos do Aporá, causando
tes origin ais as nos anos
nov ame nte os moradores c suas fazend gião, o que afetava ra res e ' fazendas. Despovoava-se, assim, a re-

antas
nização, ata can do resolveu
ão gov ern ado r da Bahia, Mem de Sá, mentos para a cidades panos e colonização e a produção seguindo:
de manti-
de 1558 e 155 9. O ent
de 300 portugueses tropas. À junta, que sc reunia
resolução da lei de es a as

em memso
ção punitiva, composta
enviar uma grande expedi entos jesuíticos do
ados, retirados dos aldeam declarar guerra aos tapuias consio
e cerca de 4.000 índios ali foram derrotados c, No nt
tupinambás do Paraguaçu justa.pouco
derando-aforam
reunião rá vo, de acordo com Taunay, os resultados da
litoral. Em setembro, os Nossa Senhora da Vitó-
vila, sob invocação de nuou cabendo o ônus de Os e por muitos anos aos moradores con i-
no local, foi criada uma importante entre-
“Cachoeira”. Esta vila será tes, as guerras Bolandes viver na fronteira. De fato, nos anos se in
roda a iniciativa do governo-peral
ria, também chamada de po que servirá, a ocuparem
avo Baiano ao mesmo tem Segundo Alexandre de
posto com ercial do Recônc tões. À navega-
ncipal “porta” daqueles ser 1671 € historiou esses so usa “Freire — que foi governador entre 1667.
até o século XX, como pri uma importante
povoado situado nos pés de naquele momento nada
guerras —de Pernambuco e mais
ca po-o-
ção, que era possível até O via jante poderia, dia ser feito, “nela iv rado diosas mentos
nias do Norte, cujos m são
aos caminhos LerTestreS. O
queda-d'água, dava lugar OU O próprio Para- s moradores tomaram as armas contra os hola.
do Jacuípe, mais ao norte,
então, acompanhar o curso den tro .
as veredas pelo sertão de
o ses . I ela mesma razão , não as cu
moveu contra Be ! to
guaçu, para depois seguir
cor o bárb H WO O conde
preferencial-
do lagamar eram ocupadas
Se as terras mais próximas de açú car , O interior
cana c pelos engenhos
mente pelas plantações de de gad o. Desde as a 7 Jornadas do sertão, 1651-1656
Rec ônc avo ser vir á sob retudo à criação
imediato do vos” do sertão (isto é,
ulo XVII, os “índios bra
primeiras décadas do séc do problemas - Em maio de 1 : i
da fronteira pastofil, causan de suas al-
tapuias) resistiam ao avanço ano, ata do vilas, en-
can deias, provendo ao dos tapuias que desciam
aos moradores das fregue
sias do Recôncavo Bai “miam” os moradores o : as ao longo do rio de Mauraú (Contas) o ri-
“índios bravos” inva- Nesse momento, à
es. No ano de 1612, os a qrcRuestas do sul do Recôncavo e de Ilhéus
genhos, fazendas e criaçõ de Paraguaçu.
de Capanema, nã freguesia
diram o engenho c 0 distrito do gad o” nos cam- : e ntido de ani o conde d e :Ca astelo ho vim
selo Melhor, buco providên à ; o
permitia que
s “moradores e guardadores governador-geral, tomasse
Em 1621, mataram algun lég uas da cidade,
su | do Paraguaçu, a dezoito
rar uma expedição punitiva. O sargento-mor Diogo
de Olive; R
pos de Aporá, na margem ficare “por mui-”.
m q Oliveira Serpa foi nomeado cabo de uma a “jJornada do sertão” que
o que fez aqueles sertões
“não deixando coisa viva”, cutar à sua “fero-
não tendo já aí cm que exe
: á C eri a Ii í

tos anos despovoados” “E


p i

mamae
DS mm
aeee brasi
e
ação do patronato político o. Pro p o: Sta de v Alexa
Faoro. Os danos do poder: form
Exa nA dr : d * 50OUS
o Cire
ire t ton nada À « +noasse
ussento no
2 . : . € de Sousa Fr te Jss diaà 4/83,« 669, ! HH, 3
Veja tumbém Raymundo
Eis
-. 05-16; ou in: Inácio Accioli de Cerqueira
8), potHH-S.
lc Silva. Memórias tório À
teiro. Porto Alegre, 1976 (195
uliticos da
São Paul o, 1975, tomo rovíncia da Batia. Salvador, 1940, vol. 2, p, 30-3, Veja cambém A Affonso
do Brasil.
Varmhagen. Ilistória geral ff deJ E. E
o UR.
Cf Erancisco Adolio de
s
p. 2099-313; e Jorge Couto. A cons truç ão do Bras il: ameríndios, portugueses
8.
€ africanos, & “História geral das bandeiras paulistas, Sã
o códia Ligo go ir s paulistas, São Paulo, 1950, vol.
Livro Segundo do Governo do Brasil do us AS y ADO SImEnto
, p. 262-
1998
is de Quinhentos. Lisboa, . sta. 23:128.
início do povoamento efina
GUERRAS NO RECÔNCAVO 93
NO R ECÔNCAVO
92 GUERRAS
rras no Norte contra
de chu vas . Mas, uma vez que as gue
a est açã o boa regulares do Estado —
am sobremaneira as forças
hol and ese s oc up av medidas foi toma-
Salvador — uma série de
os
ter ços de
vale diz er, os doi s Serpa recebeu or-
aum ent ar O con tingente desta jornada.
da vis and o seria de “muito
deira um certo Luís da Silva, que
dem de incorporar à ban os índios do Tapocurúmi
ry” (ltapecuru-
ent o com
préstimo par a este int
to-mor procurasse por
mirim). O governador sugeria ainda que O sargen eria lhe “dar gen-
do pela sua Torre este pod
Garcia d'Ávila, pois passan Da me sm a maneira, per-
ção de uma carta.
te” mediante à apresenta ert ore s da praça da Bahia
bando todos os des
doaram-se por meio de um de guerra. De
+ Jucubina

Pe rn am bu engrossar à gente
co , par a
e do exército de tir em direção à
pla no tra çad o, à jornada deveria par
acordo com o dos aimorés,
Ser pa fal ari a com os principais das aldeias l
Camamu, onde eria recru-
gue rra con tra os tap uias. Em Boipeba, dev Serra do
que estavam em que já havia estado em
sco Fernandes Preto,
Grobe
tar um sertanista, Franci ”.* Não temos mai
€ era “um grande língua -
são Paulo muitas vezes
ta entrada.
notícias dos sucessos des governador-geral resolv
cu nomear Gaspar
+
Em setembro de 1651,0 mor de toda a gente que
ora mando | Aporá
com o “ca pit ão- .
Rodrigues Ado rno como cabo e
Pereira, deveria ir junto

EA
irm ão, Ago sti nho (Contas)
ao sertão”. Seu -lo em qual-

de suc ess ão, isto é, deveria substituí


portava a primei ra via da Gosta
nci a. Alé m dis so, iam ta mbém o ajudante Manuel
quer circunstâ ros ”, dividida em duas tro
pas sob o co-
a de 40 est ran gei |.
c uma “march ois, à situação
o Ped i e Joã o Jorge Um ano dep
mando dos cab os Joã uaripe tive-
sen do que os pró prios moradores de Jag
continuava gra ve, medo dos ín-
“a cul ha do gen tio”; alguns deles, com “j. Mapa 2. O Recô
tam de enfren tar prontificava ro, sé
que qu er em lar gar a terra”. Adorno não se pa 2. O Recôncavo Baiano e o sertão de dent , século
XVII.
dios, “já dizem ços ao governo- “h' no
causava embara
da a pôr em efeito à jornada, o que
ainal?
ger

1. DH, 3:
1 Oliveira Serpa, 22/8/165
conde de Cast el Melhor para Diogo de o Fili pe de Moura de
Carta do hor de engenh
s

107-8. Há uma carta de recomendação ao sen da capi-.


ho ao governador
1651 . DI, 3:110. Em carta de 12 de jun o s08-
Albuquerq ue, 22/5 / de esclarccia que desejava
de Couros Cameiro, O con inhas”
tania de Ilhéus, Antônio lhe faz em em man dar far
não cra “pequeno o que lá se dirigisse
sego dos moradores pois Fra nci sco da Rocha Fragoso que para
do capi ção com farinha €
Conta que ordenou Carneiro deveria gara ntir o sus ten to
com pan hia , pari à qual de para o capitão-
com a sua Carta do con
res ofendidos pelo gentio.
peixe, por parte dos morado
DH, 3:112-3.
mor de Ilhéus, 12/6/1651. e que vai à jornada do
sertão, nã.
de cap itão-mor de toda a gent ucl ! Soates
tb
Carta patente do cargo rno, 4/9/1654, “ cart a pat ent e de Man
Gas par Rod rig ues Ado
pessoa de
31:96-101 & 105-6.
Robles, 15/9/1651. DI, da Bahia, 2/9/1652, DIL,
3:185.
Melhor para à câmara
?
Carta do conde de Castel
GUERRAS NO RECÓÔNC .
95
' avo
NO RECÔNCAVO
Iapec a ..
94 GUERRAS
o governador, J erônimo
de Ataíde, + comu nicadoção”rio,
aldeias a ispecurumicim), com quem tinha “particul:
16 54, 0 nov
Em 14 de setemb ro de
a das gentes € despesa
necessá- enviava em uma a e convencê-los a acompanhar a gente que
te me ti a nov a list
o conde de Atouguia
, nto, não se Os papuias Deveriam então fazer bas.o
ser tão , qu e Ado rno , segundo o docume rante frecharia € dirigirs Ap
lhe: ari wu
ria para à jornada do c O geN- S Salvador, onde
por sen tir -s c fra co, € neste caso animara-s am .
em com a mel hor vont ade” para à qu a . contentar
r volt
atrevia a emp ceende as hostilidades.” Como de ão que
temor, & continuavam

dm
ea peemm
e des cia co m me no s Paraguaçu € Jagua- aripe eM a siipe
tio, qu DIEES das aldeias de Jagu
ção feita pelos mora dores de DO
resultado de um a P eti
ntio que por tantas
vezes que tivessems Eron
sertão”, todo . dios par a jornada que mando fazer brevemente no
qu e pe di am se fizesse entrada ao ge a lav our a”, ado nessas aldeias fossem capazes de marchar."
ripe, “e m dind o Em novembro de
ta nd o gente considerável e impe câmara da Bahia,
os havia ass alt ado ma
uma junta n a diato do sargento-mor a ao governador-geral ordenou o retornociasime-
de outubro de 1654, ma is cidadãos. Esta oa dos oferderos nar nm ae or É “ertamente por conta das notí
da
rcuniu-se, no dia 16 -geral, dos edis e de
ça do go ve rn ad or por “ser con“y- fazia-se necessária série de
por fim fazer à jornada
com a pres en edidas preventivas, em os ane ese uma
u em qu e S€ dev ia
junta concor do sua real Fazenda inimigos ecentemente n no e um ataque que sc podia esperar dos
De us e de Sua Majestade e
ser viç o de 0s custos da adezeospre-
veniente ao de uma finta para cobrir [ssa atradsari

do 0 po sd ova ends e nnde


O la nç am en to ada,: as S não por mus o coni oo
tempo. Em 6 e
Acertou-se, ent ão, conde de Atouguia tendtivo
para tapuijorn
o Oss da
réis." Do seu lado, o
as atac
1: 60 0$ 00 0
expedição or ça da em antir à reunião
to ma r às me di da s necessárias para gar o Gaspar Rodrigues Adorno infa que viesse aia
incumbiu-se de Pedro Gomes, de- “pidamente à po ntaria
O sa rgento-mor da Bahia, tima r a reun ião da gente da
os da ordenança à
e nec ess ári o. ios tu
do contingent Eorm arar
índ ios , 50 infantes € 230 soldad “ordenança.! º
ada,o e sseu
veria fornec er 600 crutados nas com- para -mor .” Seg
a nova jornund
or no . Os so ldados deveriam ser re irmã o, Ago sti nho Pere ira,
seia , iaja ago
agor a panohia
comcom s ento
sarg
Gaspar Rodr ig ue s Ad te entre os brancos “gimento da jor nad a
as do Re cô ncavo, principalmen
panhias das fr eg ue si es de cada fregue- Para gu açu)),,
ma me lu co s. Por sua VEZ, OS capitã onde se reun iriam e avan arp pia sert
Cach
s ão unem dabusc a oeir
das
a (no
alde ias dost apuias
desobrigad os € Os u ma rodela [escu- : ebel des, Rd çº a çar Pelo
“a cad a so ld ad o uma espingarda c con cor das sem em se bm eter
sia deveriam dar nos s eus distritos as E arrasando aos io P zes com os que su
a iss o a qu aisquer pessoas que
do] tomand o- as par s tornarem a resti-'
dar á rec ibo para por ele se lhe ” Infelizm ente, acab am a . :
tiverem, das qua is lhe ar . O governador - ; notícias desta jo
endo-se nela se lhe pag
o
cuir acabad a à jor nad a, c pe rd
a parti cipar." Os: SI, não sabemos suas consegiiências e resultados. . “Não obststan aar te,podo
nd o co nv ocando os homiziados
lançou tamb ém um ba que O fim desta :
ri am co mp letar à tropil, uma vez
índios alde ad os de ve a opressão que pá- á aa
arta do conde de Atouguia p: o capitão
uguia para itã da aldeia de Jaguaripe,
dores do Recôncavo
1.9/10/1654. DA,
evi tar os mo ra
ação não cra “só de nossa fé católi-.:
le gen tio ao conhecimento
red uzi r aq ue o é, de suas partaaa pedro
Carta Pedro Go Go mes
"es, 18/11/1654, DH, 3:237; carta do conde de A a i am
decem, mas
tad o qu e Gar cia d' Ávi la tirasse da Torre — ist o de ui carneiro, IS/EIVI6SA. DIF, 3:242-3: 0 DI, 4:36 7 tomgiuta para Antô-
ca”. Foi solici s de frecharia €
da de de índ ios e mestiços, df mado em t t Rodrigues Adorno
on Gt 6/12/165 46-8. OO ca capitão esteve, na vês-
DI, 32468,
terras — uma qu an ti Camamu deve:
as ho ra s” . O superior da aldeia do Marinho
pera do Lobo
Natal, perante
ha o
vaio iais
es da : âmara da ADI
Bahia, Daquando es
O Capitão sQUrCi
“prontos para tod as es, armados de
40 índios dos melhor
Eindo para pus Ra “os gêneros de resgate para dar ao gentio ley edjo
fo rn ec er
ria estar prev en id o em 13 Além disso, 6; Dao SR uzir a nossa amizade que são ac "20 foices,
os por um ca bo eleito pelo padre. das, do ppm neiros de anzóis, 6 caixas de pentes 6 ma ay alado? O vas de
sasse com 08 pr incipais
frecharia e coma nd ad
da Silva que conver ARO
És” ho, 20 sefacões,
Rodriguos 20 vestidoss que que tudo monta: conforme
compromerou gos de seu
velário,
custo 20 varas a
conde ordenou à Luís
de 2148920
E A eu, então, o, a3 €em havendo
ave guerra devolver os gêneros Ç
4,
1 14/9/1654. DH, 3:223-
do con de de Atouguia p ara à câmara da Bahia, patente
eos o capita
de Agosti
Eestinho Pereira,
i 2% 12/1654. DH, 37:153-4. Segundo a “ E!
* Carta
“4
ACS, 3:271-3. or Gaspar Roiz Adorno na jornad: jes npanhias
Ram € efiadas pelo capitão Francisco, “seu cunhad o”,
macapitãoOA Manuel
tao RoizRaio Soares,
Souto cab
capi-
1 Ibidem. a Pedro Gomes, 1654.
DH, 3:222 5-7.
:
Carta doconde de Atouguia par ila, 19/10/1654, DI, 3: 228. EUA exandre
. Dias € cápitão
pal Bartolomeu Gato º Carta fcgia
KR 24 / 12do A ), DS.
4 Í 2, H, o.
442 3.
uguia para Garcia d'Áv 16/10/1654.
Carta do conde de Ato da ald gia de Camamu,
SU bento que lev ou e: do
o capitão mor G:sSASpar
p wirngpues na: rr
i º uspa Re dl gue Adorno jornada do Sertão
uguia para o supesior +,

Carta do conde de Ato


3:228-9.
, ERRAS O RECGCONCA «

VO surreição incontroláve SVO lução das ava formas de enfi rentamento des-
RECONCA 05 mesmos liação d enf
GUERRAS
NO
da segundo tes inimigosorra n tão, por uma
96
a ex pe di ção, organiza s do Recôncavo. em que inc eram se trata dos erros
estratégicos
anos, ou tr puias rebelado que sol-
final de dois stada para fazer face aos ta tão-mor Tomé Dias Lassos, da ord ena nça e opa e, dad o
ter ços de 5: pasicamente de
dados dos -
moldes, foi ap
re mãos do capi das guerras de e infantaria alvador, pela percep
o estava nas
ma nd o nos tempos av ção da necessidadeesta uma mudança na suade nata ureza. Como vimos no
Dest a ve z O co a No Re cô nc tico d0 de seu
pi tã o da ordenanç o de sua jorna da era idên capítulo antcrior, acompanhada guinada da política
que fo ra ca ment ntaria, numa tapuias, k viria cono bárbaros. Na o
eses. O regi a nhias de infa relativa aos o destino

meo
nd co mp Na He 08 von
08 ho la ir qu at ro determi- das civilizações da Américo anda
com
, e co m ele deveriam ou tu br o de 1656, el-rei LÓ int eri or vez mais portu-
or à infantaria

rm qe near
antecess 18 de de + Cada
os ti nh o Pereira.” Em de tu do que tocasse
Lassos guesa, escapava ' tas mão s.
Ag
ao capitão-mor nti-
delas egas se
dr o G o m es S€ encarr se rt ão , da nd o
Pe s ma
nou que
nt e qu e fo ss e na iornada do ários para à condução do at de A Guerra do Orobó, 1657-1659
c mais ge € cavalgaduras
necess .” Apes
mara da cidade “com qua-

rm ee
todos os castos m conseguidos junto à câ fazer as pa ze s ses Mestre-de-campo-ge
Francisco ampo gn nomeado para a guer
fora seguiu apenas
mentos, QUE , e br evemen te desceram ds forças dos vosta c1 lencses havia tido pa el lecisivo n doando
ep ar at iv os m qu
cantos pr
cujos princip s dos moradores.” do oo Sá foi dito Se uradores, sendo, portanto, PA

mares
tro aldeias”, da s povoaçõe dr e de Sousa Frei
re, à to
1654, meoDorava O O «amo de capitulação do holand na ni
pe rt o Al ex an m desce-
para mais al ia ç ão do govern
ador
ar am , porque ne são febeldes dam edusula de anistia para os indi o ido em
Segund o à av co is a fa lt € muitas
õ s “u
“coe ma e outra s Os anos, uma apuias de que é reged ortugal”, isto é, ficado d fado Botando. Ou
das estas EXP repetir todo estas três
ixaram de seu fracasso, pe das de que É IEEE or João Duim” (Janduí) h: a sido pordundos
ram los índi
os], s”2 Apesar de capi- as do
É
Se us as sa lt os & tatrocínio Serpa (1651), as tentativ — *
vezes, 08 Oliveira Lassos (1656)
à de Diogo de Tomé Dias
governo-geral
3 em 9 de setembro. Contud udo,DOS os conflitos entre PDD esses perdeíndios
sses ios €ficado
ese os mora-
ratificado
jornadas — expedição de es fo rç o do a - dores do o RioR i Gr: ande ntinuaram,
conti de maneira que : B Barreto, , feit o go-
um
tão Adorno di da s co mo parte de € co nt ro le das nações rn ad or de P uc
.
pu ls ão do s ho l
mpre en de repressã o colonial É ve erna mb eo após a ex
devem ser co s mecanismos ir a da economia o, não É: ma ndado castigar. O n as s”,Card“doso o foifoi inststOsruruíídhavi a
al iz aç ão do co m a fr on te to -m or Anostôni obelDiado o a
de form me nt “re rs
o ano a para atacar ui onando So mdcgolando cri
mo

ci
e ai antaris. p :
trav gro, naquel : j " marchar comde a oit inf a todos2
tapuias, Que en desenvolvimento. O malo ada do sertão” não tenham “ " que for1]
em ara a cim:
cim a, apr isi as”?
as”
seu nt e envi parti- à o par icr es e
c atalhavam ge Brasi
e

it ãe s da ve re mo s, do
s “c ap co mo ' Em 1657, B foi n on teve
significava qu
e es te
e no sertão
. ÃO contrá
ri o,
os nos anos
que º E ; Barreto
o problema nado governador-geral dos tapuias aí pt Ô
e logo
iv id ad
das guerras
do s bá rb ar de entrentar dd ataques s ao que
a ocorrer, not adamente,
pcavO,
al, novas pers
em de Do
continuado co lo ni ama nas freguesias
1
vista da admi
nistra çã o
em
contintavam
fazer face 3.3 , guaripe e Cachoei
,
' : Paraguaçu, J Ja- »
po nt o de lono s pu de ss chogira. « C Com cfei
cfcito, poucos dias depois s dada sua chegada aà à
ra que Os co uco, uma inesk
Do
ur gi am pa uc o à po , fora m ataca n as.”
pectivas, co
ntu do ,
st ên ci a que se tomava
, po Bahia
sua ão, Eort moradedore
trintaivas
osas t entat seus : aquelas freguesi
s
to de re si Segu ndo o A as
um movimen diferentes cessros de fazer
o qu e lev ol; € so o sertã o com bastante gol anti infantaria e ín-
-2 e 193. Re
gime nt dis domésticos a ole,
H1 91 regimento é ips para castigar
/1656. DH,3 245-50. Seu ontecerados
as Lassos, 8/ 10 DI I, 5: costumam
ao Recôncavo, nunca até hoje pude eram es
“sucessão QUE scer
qm é Di 9/10/1 65 6.
» patente de
árbaros ter
o- mo r nd jo rn ada do sertão, rências à Luís da Silva. À va que em
o capitã m às refe sertã o" ordena
do Ga sp ar Adorno, mas se na jo rn ad a que val ao si m qu e codos juntos
ao é Dias Lassos cia alguma,

om ên a
Mello, “Brito Ere DAa sua história é Pern: ambuco + In: Francisco
o- mo r “T pr ec ed de N
o capitã o houvesse BJk .A. Gons alves e
pitão-mor nã 5:250-1. de eBridos eyre. Nova PRP
falecesse O ca /1 0/1656. pit, a tea gue rra bra síf ica escrita par: .. (16 75). Re-
do conde de istóri
, 18
tomassem às de ci sõ es
ga êo Bar + S.p.; carta para o me
e Atouguia para o mestre-de-ca mpo-ge
“yma rapari 3/1655 B; DI, 3:265.
» pI, 5:252. consigo uma tas, 1 Barreto,Fran20/o Ha
ça desta pa z,
a Como fian l”. Repres entação dos mora
tr ou xe
dore: s das fr ep gu es
as se nto no dia rrá de cisccisco Barreto ao rei, 1658. DH, , 4:3E:3536-7. Poema
em :
de um principa dr e de So us a Freire tomada toco
ex an
2 Proposta de Al
3:205-16.
GUERRAS NO RECÔNCAVO 99
NO RECONCAVO
GUERRAS se assumida pelo ovo da i cidade,
: já
98 ia à ligeireza, e nos sego2* Prometia Po o da cidade, já que a seinf:trat i
ava também do seu sosa
nel es a sua m aior resistênc uso pari
efeito; porque foi se mp re
ignorância da camp
anha, c O pouco k do: adores G
Pedro
envi ar antaria dos sertões, -
im pe di me nt o à pe rm it ia jul gar que havia encar regado s
sarg ento -mor do
nossos o maior guerras do sertão lhe
ido a
prá tic a nas mestre-d e camp neradol?
o-geega
encarr I edro junt: Gomes, promov
daquela guerra » . 5 Sua nt io ”: -de- amente com o capitão Gaspar Rodig
M
do de guerra do ge Adorno. Ambos d general junt
sso deste “novo mo
BCs
estrada de carros, :ao longo da qual
os motivos do suce . S veriam abrir uma
pk: a s,
não logrou por não estariam as casas-fortes com o de mant€ imentos. Esti mava -sc a
e fez en trada ao sertão se necessidade de cerca de oU30 ouP para conduzir pelo me ' , aVA-SO
“Todas as ve ze s qu saber a campa- carros,s, para
to s, chegar cansada, não . a.
nça € descan-
nt im en -300 1 Lo
achar à infantari a ma
se fazer para sua segura rações aos
mes devcria infantes c 200 índios da expedição. Desse modo, ini
ica ção em qu e na hostilidade rança d ncia
nha, não ter fortif pe le ja m ter permanência n mar cha s 80 infantes para garantir.”a segu sá cos que
a me lh or am as nossas foss em erguer nhos A
sar do caminho par est e def eito apenas chegav artir da €casas-fortes « abrir os cami
as estrada deveria
que ia a fazer e qu
e [c om ]
ou por falta de mantim
entos Ou p ir a Cachoeira e seguir até a “borda da m ata 1 da] serra do Õ”
mig o, qu an do ados e fal- primei
ini onde seria erguida a do pata :
ado
eropas à vista do ira da, ou realmente por cans eira casa -for te. O regimento Css assa
dist ânc ia da ret aos bárbaros .
” 26
expediçãdoo éé clãui a prim
. .
segund a a
reçcoso com
.
o que a estrada fosse feita

mimare
nd o no vo ân im
voltavam logo da tro em rec ome nda r as
tas de governo se caminhos dos em “partes donde ase
nos para Os boiss: masios”,nemistonoé, caso v ã achemari águaas, e pas-
côncavo €ra u ã
es dO sertão do Re : : uc ache ma tão estéril
e
ex pe di çõ . Í é q
ada, aAlé vai abrindo atéé uà mata
en to das de Barreto Ra .
Como o abast ccim
e mata
guerra, à estratégia
deix
inuar à estremitir”
tenha,
fr aco dos esf orç os de
construídas do Orob issoquede ocont
ó , na na Tor forma nho
tido como o ponto abr ir um ca mi nho, onde seriam pata fucuras expedições Tan
terre permitir die . m de defi o
nir cami
foi enviar à infantar
ia par a . Mais do de deix: deveriam cuidar
a “m ur al ha » de aldeias amigas € o , ] mes
beleci da um ura para que assinalada a
e € en:de
ncia, : que sse deixar
casas-fortes € esta of er ec er as si m uma infra-estrut pond o i “bal izas em distâ
| :
que isso, porém, te
ncio na va fundassem umas à
as estr
outr ada,
as: idad e do pau cota a mais
rimentados se apro de as
comestível é tras : adve rtin do que a qual
rt an is ta s ex pe Já mama
tropas “contratadas
” de se ndo € cati-
m to da re si st ência indígena, mata se acha r, para que
dos
tenha duração”.”.
iz
no território € dest
ru ís se ra do Orobó juc
Segundo uma representaçã o
ção dos mesmos moradore
s, as
bos de ta pu ia s habitantes da ser E egui do trazer para o sul continu:
consegui que
alde,iaso que
vando os rebeldes.
As tri e moradores Lass haviaa cons
os havi as ldes
ssores das fazendas so: rebe
da s co mo OS ag re a, do +. os avanços para o sertão o A aos
fica Campos da Cachoc
ir ar
foram então identi
açu, dos chamados
poderia prejudic ' * A solução proposta por
rt es do rio Pa ra gu do s qu e fi ca vam na o Barreto foi o rdenar, por um regi egimento de 21 de de;ezembro de 1657 , que
das pa
an de c In ha mb up e, além
rio Jacuípe, Campo
Gr Jaguaripe?
o é, às fr eg ue si as de Maragojipe €
parte sul do Paragu
açu, ist setembro de
as tr op as até estes tapuias, em
Objetivando chegar
co m gens mais DU Franci
de casas fefortes que se hão de fazer no sertão, 10/9/
asas-fortes nas para
%. Carta
65 38 Barreto acerca
SE cisco das casas
cerca das
e fo ss em fei tas “c
1657, Barreto mand
ou qu ante (para)
[do Pa ra gu aç u) , com infantaria bast gu ara deavia
a cheradoBarre
Francisco no eo
t
pira Pad a câmara
COMIr:
da Bahia,' 15/9/1657. DIF, 86:143; |Ped
convenientes do se
rtão ar às contrárias € sc
al de ia s am ig as , reduzir ou desbarat de sp es as fos-
O silem 1635. Participou ativamente das guerras Ôntra os
conservar as in ha que parte das Velho) é da sendo E e atom do terço do mestre-de-campo João de A: (o terço
”. Para tan to, co nv
rar aquela campanha 1657, capo cenas aee enança da capitania da Bahia, sendo provido, c eve Cio do
do darbentom S oi nessa condiçãem rd
p gencral, Foi se
45 , 1º o mestre-de-ca mpo-gene
21/9/1657. DH, 3:395. ra do conde de Atouguia ao rei, 3/2/1675. DI, , SO e em
Mais tarde,
4302. Mas
1
Vic ent e, Man ucl de Sousa da Silva, . Ê
. DH, 86:139-42
Te ço N
o-mor de São
) ' d b d 16 71 , 1D, “ “d í O G omesm Ss 5€ o
será f cia to d
mestre-de-campno d do o vVO. I Louis
8 Carta ao capitã da Bahia, 13/9/1657
f Crçe
. ezembro de
: da cidade de
Barreto para a câmara de flores amarelas € fruto: eiro da Cost st
: Moncador. SalvaZo
Na Babi
a.a: Colni amentos para história militar
» Car ta de Franci sco
) é O nom e de uma pequen a árv ore
nte, "Salv dor, 1958, p. ToL onial, apont
2 Orobó (Gola acu min ata vav ente abunda
elm
sem ent es contêm cafeína. Pro Ape sar de existir à Cc Franc; To Barreto, 13/9/1657. DH, 96:139-42
em forma de estrela,
cuj as
re os rios Par aguaçu é Jacuípe. <spge
Regi ento qu
signav aa região de
serras situad as ent Rui Barbosa, o mais o sargento-mor Sato
que levouOST. Pe o Gomes pi
Gomes para abriri a estrada desde a Ca-
perto do município de Orobó” compreen:.i
.
eia até
mento
do Oro bó, sit uad a
atualmente U ma
surra rra do
XVII, a chamada “se
mos que, no séc uto Santa Brígida (no mun
icípio sgistro das razões que dão os moradores que ficam dad
3:346-47; ee * “Registro
ACS, 3:346-47,
correto é entendee que inc lut am as ser ras de
out ras que fazer € Tu
desse de fato à região
de ser ras
ncisco (serra Preta)
, ent re “parte donde o gentio c ostuma fazer entrada s”, provavelmente na mesma data, 10/5/
isã o (Ipuá) e de São Fra . a 1657, ACS, 3:347-5 0, 4
), do Cam Fra nci sco
de ftaberaba
lest e ant eri or à depressão do cio São
compõem O planalto
GUERRAS NO RECÔNCAVO 10]
100 GUERRAS NO R ECGCÔNCAVO
as reses necessárias : , ,
os até Jacobina, no alto
o ajudante Luís Aly ares foss
e com os 25 soldad Fernandes € “asado, ado tes. Na Cachoeira ficaria o capitão Bento
amigos, que eram
as as aldeias de paiaiases te c agenciar vaqueiros 3: A o de remeter
mais farinha para a casa-for-
lapecuru, para passar tod hor se conservar e Como se vê, cra anos Laio cond uizir o gado que conseguisse comprar.
bó, onde poderiam mel
quinze, para à serra do Oro pod em descer ao semoquea manutenção o 1 lastreando a jornada com suprimentos,
parte aos bárbaros, que
“fazerem fronteira naquela deveriam ir os pri ncipais dos
Álvares empreitada ficaria «tão : oa estaria completamente comprometida ca
Recôncavo”. Junto com Luís eira (outro
escravo do padre Antônio Per mento ordenava que o an Futuosa como haviam sido as outras”. O regi-
paiaiases € O crioulo Antônio, € prá o naquele
tic cas é munições que ho pitão Aires inventariasse as farinhas, ferramen-
grande proprietário de terras € gado), como língua
ardando-os no
muita infantaria”, estaria agu curral, abatesse o nece Ivesse na casa-forte e, recolhido o gado e
sertão. Pedro Gomes, “com se percebe, 0 e ss É ssário para os soldados levare . . m um
uias seus inimigos”.* Como
Orobó para “destruir Os tap porta daqueles pletando-lhes a ração com “três quartas de E aba No dm A:

nha ven anca


ar as UOpas estacionadas na o arinha . No com;
governador imaginava reforç uma “muralha” casa-fort
Francis e, Aires deveria substitui
ença desses tapuias aliados,
de Bi, par atu 0 Sapitão Filipe Coclho plo caido
sertões e firmar, com a p res
ção de uma aldei

aeee ms deu samanpnsa


b aros do alto sertão. cluaiss construe
entre o Recôncavo € 08 bár um. Segun- enova IN D. os
que reuniria índios d:
Cn os das aldeias reais de Maragojipe eToguaripo
parec iam não surtir efeito alg da aldeia
Contudo, estas expedições nas um in-
Gomes co nseguiu capturar ape o plantio de uma gtande ró nero era ter mão-de-obra suficiente para
do João Lopes Serra, Pedro doe nte s c mortos
tod a a inic iati va serv ira apenas para deixar mai s entar a pente de guerra d sa e mandioca e legumes capazes de sus-
dio, e havia mais tra-
as tro pas . Par a tor nar as coisas mais difíceis, não caminhos impediam o e urante O inverno, quando as
condições dos
ent re eiro de 1658,
Luí s Álv are s e dos pai aiases. Assim, no final de jan Gaspar Rodrigues Adora est aguardando da idade: eAires
ços de o Bartolo-
ado r ach ou mel hor man dar reforços. Nomcou o capitã
juntos partirem d o sertão. aguardando a chegada do capitão
o gov ern
companhias de infantari a que apres- hoaradeu Condo Corno Terão. no rastro dos homens: do sabe nãos
meu Aires como cabo das quatro “gentio bravo”. À guerra fora
de- veriam fazer de cudo ato bares e seus índios estavam sumidos, de-
tou paradesbaratar completamente O ios não só
a “tot al”, pois à exp edi ção deveria perseguir os índ sinais de sua passagem o coca iz -Jos, como acender fogueiras e deixar
clarad onde sc ti-
nga ou qualquer outra serra no caminho na Ç Le dio de Aires sugeria
que se fixasse uma
no Orobó, mas também no Uti degolando-os estaca
s guerra “desbaratando-os e paiaiases. Sc estes fuso a a se deixaria uma carta para o ajudante e os
vessem retirado, c fazer-lhe possíveis”.
s que no ardil militar forem convencê-los a não o e neontrados, o capitão deveria esforçar-se para
por todos os meios e indústria o Aires, à
“valor « experiência” do capitã mentos para lá. O ideal se serra, dada a dificuldade de sc enviar manti-
Francisco Barreto se fiava no nas às “[mu-
sse “exceção deste rigor” ape seria fortificada com uma ali se aldearem em torno da casa-forte, que
quem recomendava que fize rá”. E como
tapuia s e men inos, [a] que dará a vida e [os] cativa | um alojamento para 25 sol.
lheres) os longe dados. O cabo que E
de esconder as mulheres e filh
os tapuias tivessem o costume imento detalhava que era ne-
das operações de guerra, 0 reg
os índios paiaiases “com todo o bom modo e deni ã s Dedeede a oco-
do campo de clavina”) * municação
ei ção dde dos uns homens
ns bá
bárbaros para os ter conformes e inclinados” “a
e torturá-lo (dando-lhe “tratos
cessário aprisionar um tapuia lhe rio ” foss e revela- O Iu N quer nação que lhes fizerem guerra”. Ao que nre
sem escondido o “mu
até que o local onde houves r até Cac hoe ira , onde , € Barreto, um ano depois dessas ordens,s, “o mais s de
ár-
, Aires deveria marcha
do. Segundo o seu regimento vam sob as ordens . duo dodo cacaminh
quo amin raso” tiunha sido
Í i e estava aberta uma “estrada d
vencido
ias aliados, que esta
se juntaria com os setenta tapu cien tes para três. o Deo sb a gasa-forte que fica feita, e dista da cachocira 40 ló.
de um certo F rancisco Mula
to. Com mantimentos sufi : DO pelo Srt
sertão, i
açu , com pra ndo à quatro
quatro compan hias de dei infantariai c q alalguns indi . 5
panhias
meses, deveriam ir até a casa
-forte na ribeira do Paragu X Aeaceod do mais interior para a parte das aldeias nina O
| pensada pelo governador-geral previa, , no entanto
5
— um
1
Regimento de Luis Álvares,
21/12/1657. DI, 4:58-9.
“ Furtado Castro do
mm

co funcbre al senor Affonso


“ João Lopes Serra. “Vida o pane guíri t Schw artz . A Governor aud His Ibidem, à capitão Bartolomeu Aires, 31/1/1658. DA, 4:64-75 c 779,
”, publ cado por Stuar
Rio Mendonça, Bahia, 1676 ado de Cast ro do Rio de Men
funeral Eulogy af Afonso furt
Image in Baroque Brazil, the aP.c
- Carta a de Francis
rancisco Barreto
are i ã
para o capitão-mo São Vi Vicente, , 227 27/2/1658.
r de São 5
58. DI, +, S:406.
3
, p. 44.
donça br... Minneapolis, 1979
GUERRAS NO RECÔNCAVO TO3

GUERRAS NO RECÔONCAVO Enio


nham pt o á
am provado ntajad j :
maiais avantajadamente iniã da sua ex-
, € hajajj melh or opinião
102 depois de ter to-
mb ro de 1657, alguns meses periêne doer Com até duzentos índios bons soldados duelo sê
outro elemento . EM se te a das tropas no
s ne ce ss ár ia s par a garantr à permanênci Fran- guerra”. a”. Com a promessa ss de garantiri a legal: idade do Ivci
cativeiro
mado as medida na serra do Orobó,
uma “m uralha de aldeias” de todos a foios dito.
índioso govermador-ge consi
capturados na guerra, a, considerada a fusojusta pelaa uno junta
sertão e de erguer para acertar um con-
pi tã o- mor de São Vicente O Tao da dor-geral esperava atrair os paulistas que se
cisco Barreto esc rev ia ao ca antaria aqui tem
do do “pouco So que a inf dos S por das derrotas sofridas no Sul.” Como num
trato com os paulis tas . Ju lg an es dos bárbaros
pa ci da de par a evitar as hostilidad então. + foram todas lidas & cs, sobret udo da possibilidade
as condições, possibibili d .-
de peleja” a sua in ca “só à experiência
ig as , Ba rr eto entendia que a ento oram lidas em público e, “em lugares acostumados dest
e conservar às ald eia s am er às dificulda-
nia [os pau listas) poderá venc | o di a para que todos os moradores”: tomassem ass "onheci-
conheci
dos sertanistas desta
cap ita las aldeias, que
a sc de st ru ír em totalmente aque Do o do E maço de 1658, juntaram-se, na casa onde funcio
des que os desta ac
ha m cas € O sOSS€-
con sis te a co nfirmação das pacífi Da O S a aulo, os oficiais, o capitão-mor Fliero Pant ja
é o em que ultima
me nt e entre às fac-
na ocasião a briga

cie
an do qu e itar ens bons” “para acordarem sobr : i a
ns id er de São
em guerra civil a vila
Co
go do Recôncavo”.

rse
Ca ma rg os in ce nd ia va guira jornada da Bahia”, hs :
tendo hingos Barb
decidido por or D Domingos Barbosa Calheisa Calheiros
ções dos Pires € dos em recíproca
re s an dam tão ocupadas e quine aesim che Aguiar, “cada um com gente que pudesse irar e

eme
dess es mo ra do rtê-las contra
Paulo (“as armas o ser ia in teressante “conve dantes im rancos como índios”.** Calheiros era um d ; mais im
ofe nsa de uns € outr
os ”) , nã Paulo nomeas-
pe di a qu e à câmara de São s5 chefes
chef dos Camarg os, e levav i I Sordeiso i do
csses inimigos” 2”
Para tanto, no sertão te-
c até vinte pessoas, “das que les, o capitão Fernando de Car margo, a conhecido pela aleun
nhecido pela alcunhaade de “Tigre” a*
Tiger
se um cabo, dois capitães
1655,
lista. No final de
o pac ifi car a est a “guerra civil” pau par a res olv er à crtã
sertão
Do st: aliado
bastante A podeer pessoas
de infantaria
i invol i e índios indi enhuma se logrou o i inte
nenhum:
Barreto, afinal, fora
qu em dessas famílias
»
6, est ive ram na Bah ia dois procuradores cle içõ es da câm ara . Gon- castigar D olulta de pessoas inteligentes”. D//, 3:401-2. Em 13 de outubro de TESE
inícios de 165 sucedidas e sobre as ições. savisão passada Cto Po outro alvará ã que pediai se cumprisse
np :cinviolavel o nu
os das várias mortes
au pas: é

punição dos culpad É conciliação nas ele


dec idi u pel o per dão dos culpados a sit uaç ão já que Damos DA no de Arouguia para a pacificação das disputas entro s
o, est a ava difi cil
sultada a Relaçã pena capital, fic ese as ' 5:329-30. cja também A. E. Taunay. Históri iscenti sa da
sido condenados à o conde de Atouguia
Como alguns haviam sme nte 05 Pires. Como dizia » . São Paulo, 1927, particularmente a stent da
pai s da ter ra, par tic ula
mul her que erd a parente
eram dos princi que pel a porfia de uma só onstância € arta odo governador-geral
ana vara para a para para | M: anuel de Sousa daPR Silva, 21/9/1657. DI, 3:39.
apesar da “natural inc
o era jus to
em carta dO rei, “nã uma capitania”. Assim, 24/1/1656. np 4 dar cumprimento em 13/10/1657. DIf, 4:54-5 Barreto ces leu
desse do rci,
mais obstinada se per ciliar as partes. Carta snto ) que se fez , no tempo do govern: dor | ônio ” les da
uel es ho me ns ”, o conde esperava con ido . Co mo em São Paulo éo xe: ?
brio daq
a não parece terem-
se res olv 4 a essãm
, que resolvera por decisão
sor ciivados “parade uma que junta com da que
5 c uns e teólogos”
om o bibispo uecsos faín-
coi sas tod avi Pir es, os doi s principais
DH, 4:277-9. Às
o con fli to ent re os Camargos € os uir organizar à Caiado su dispusesos à sp À que por mcio de interesse houvesse quem volun
nov para conseg
havia um declarado ant es necessário apaziguá-los 165 4, c 7/12] , a s
Tosados dolo so cus quistá-los. Eé co como os ; moradores de São
; | ã .
ião , faz ia- se Pau lo, 5/ 10/
partidos da reg Ato ugu ia par a à câmara de São ponden- ; mens que vao s ele se expõem à perder as vidas no sertão, d na onto
de de 7, res
bandeira. Carta do con Ass im, no mesmo 21
de setembro de 165
e à for ma de a qa ; ordenci nc
aoj capitão-mor f daguela capitaniaaee àà cãcamar: e s Qão Pao o! onvianao
f

€ 299 -30 1. no toc ant


1655. DH, F221-2 E ran cis co Bar ret o fora mais claro itã o-mor - 4 ixo da palavra que lhe dei de que todos os bárb: il Ns aa
julho, lo por contd do cap
do à carta de 12 de put a. jul gava melhor deixá- abs olv içã o do por no-la fazerem estes anos s injusta) seriam e scravos, sos, e vese serviriam
serviria m deles
deles levando-
levando-
em dis tig o 0U
conciliar as partes que os con ven ces se à deixar “o cas exe mpl o . . 05a sua capitania d ond t os terium
f d chaix o dac J ucle título ate Vossa Ma ) estude reso) -
Silva nias. E tome m
Manuel de Sousa da adm ini stra dor dessas capita exp uls ão ver sc convém sc gu:
:
ta de Francisco Barreto baao do rei 1658.
vigário ao fecurso ord iná rio do que tam béi m pel a
np pua rde o ref eri ento”.e à Car
assista
dopaul atividade apresadora das
ncia foi a mesma) perdidas. O Í DH, 4:35 6-7. ism o
del-Rei (cuja influê Joh n ran 7. no
ceqgçeré

de suas fazen das século XVII, veja Paulo, Pei


nos da de Sergipe
pre sos , e com à mai or par te
sua vid ade com anuel Monteiro. Negros da terra. y São , +» p. 57-98.
ão aqu i não sé passe d a
do seu vigário est ê reduzi-los para que 3:399. Na.
ti

ACSI , ó( a nex:é OJ) 8 1-2; , Ca lheiros eraocirã o oO-


Ci ptti Omo: TCU SUCESSÃO
SUCCESS CFI q doc ad pie 5] o B cerna
Dberni rdo
bal he vo sm ec *. DH, 2a 5:321
que supost o tra cas tig á-l os'
Sanches d e Agui:: . 10/9/ 1658. DI,
us daa E am

que será preciso é cabeça do de Francisco


ta Barr eto,
que os desejo favore
cer à violência com
câm ara da São Paulo, cujo “tnbu nal ons- “12 de maio, di : ar, conforme car nh E dosA
capitio-aismor, após ºse fazer reseenha
carta de mesma data
d0s oficia is da o povo sempre inc - Índios aldeadoso decidi
comriao tir:
ais pade
a oficinão a dita
atribuem os do mesm dele s para
povo, € 4 sCus acerto s, ou des ace rto s Se
es com eles da ben
evo lên cia com que -se que irar mais que sessenta
P 6 (ancxo):90-1
a
Cuecaa

:
sco Bar ret o prometia “usar ant o rig or com que pr ocedo “exp edição. ACS
tante”, Fra nci em bem do que
todos os que proced
net Bi . B asílio de e Ma, Pa á e di o B PUSA, Olul! nu. Rio , i í y 35, +» E D. PD. 1 1434: + 4 A A.
a, que al palhães. E
Expansão Ui
geográfica di% If Cola
s03U 3
gajamen to na entrad
DiTia

naturalmente amo à . Isto é, a piz co en


três vezes 20 deE - “FR EJUNAY.y. Histár
: Yfer j es paulistas. S Si
s. São Paulo, 5
1950, 22
vol. 4, p. 322-5
fazem o que devem” ger Yul duas buneleira 7
contra os que não ernos passados
mandado no s Gov
Es
ee enter mat

se
nnt

poi s “ha ven do-


se fazia nrgente
E
NO RECÔNCAVO 105
GUERRAS NO RECONCAVO GUER RAS
104
tendo chegado í do que
ran “ Cc e i ,
as veriam”. Ao invés disso, os levaram “ao
“INC te

de San tos no final de maio de 1658, redor, LAS vid


A expedição saiu passado à rem chegar às dicas A e montanhas ásperas, sem jamais nunca pode-
de out ubr o. De aco rdo com O regimento
à Bahia em 14 “fazer guerra às sete al- us ni que buscavam”. Perdidas no sertão, as tro-
ncipal da jornada era pas paulistas viram
Calheiros, o objetivo pri a todas as demais al- a ado porque fam seus mantimentos se esgotarem rapidamente de
f.. .), fazendo o mesmo
deias do gentio bárbaro para O que lhe destruirá ganados”
deias que com estas S€
uniram a fazer guerra; e de outro porque cles ava tados de sessenta paiaiases “es
isionará todos 05 QUE, -
arem os nos
os que lhe resistirem
€ apr o da indústria de aconselh
todas as aldeias, matará aca ssu s € topins haviam sido iden- sos não não
dor que
atraíssem ca
serem sentido à S para matar, nem cortarem pau para tirar mel
. Estes mar
havendo peleja, vencerem” os os anos matar 08 o mal”,
“d esumanamente vêm tod to SOS tapuias que nos taziam
ia os Eopins nunca foram achados. Segundo Sousa Freire
dos com o os que enava, ainda, que
O fatseo épod
agojipe”. O regimento ord
tifica «nem
de Jag uar ipe € Mar
morado res acompanhados de
ira
tas partissem para Cachoc So dose
mais que à a fom
que as tropas dos paulis ali sta dos e mais índios. Nes- paiaiascs”. Por esse artifício raiado
+ Ca ns an do e mata
dos ho me ns da ordenança , aa ", ê
acabar:dus fugindo para os matos € een
sua gente pag a, ipe e os voluntá- genate”“d
a nosdasa t do o que ros
ega ria m os índ ios das aldeias do Jaguan
te povoad o, agr to-mor Pedro id a a nça s, misérias
que lhe s ser iam entregues pelo sargen e tra bal hos 1 . Sor mad a” co ns um a aca bad co m as doe
rios, além dos car ros
ramavam guar .
dando as mu .
em- aldeia
nições na ald n purice
eia d de “Ta“Ta meios
e o vár
atando fizeest
smo que
Gomes.
o dos “Lo cos, onde deveriam tomar a outros na aldeia da
»artiriam então pelo caminh ca dos carros, que serra do Camisão.*
rav os e qua renta cavalos em tro trritado c
prestado quarenta esc as marchariam para às Francisco Barreto,
. Desse pouso às trop égia, tão mi-
Iveu : cosastre de sua estratuma
voltariam para Cachoeira de volta os neg ros e cavalos que eram nuciosamente atiouada, sos va mai s tro pas em nova en-
rose ves Co
os, Esobqueo cor
pac har iam
ícitão
erada aoindser
Jacobinas, de ond e des eias que aí hou-
am ajuntar 05 índios das ald or comando de lomé Dias Lassos.” Apesar de não
os. Dev eri
apenas emp res tad lhes entregasse do regimento que o ces a entrada tenha ocorrido, vale registrar o tom
ao feit or do pad re Antônio Pereira que
vesse e ped ir de guia até as
to prá tic o nos caminhos e que servirá ração des metuia Lassos, em 14 de feverei-
“um cri oul o mui o que servira à ro de 1662. sena à
aia ses ”, que era O mesmo Antônio Crioul tros Drsspa todos os índios tig agora
aldeias dos pai ontrar os paiaiases deveriam ser olhados como s cruel cas o e
mis são ime dia ta de Calheiros era enc extermínio. Cheg an d o às Ide ias L c pas sív eis do mai
Luís Álv are s. A es. O ódio entre os degolar todos os gando às ! cias, Lassos tinha ordem de queimá-la
s
s che fes de se aliarem aos portugues
e conven cer scu paulista que tives- s e cativar as mulheres e filhos, sem hesitação e
imu lad o, uma vez que se explicava ao não se deixando en
tapuias cra est que, por ocasião ganar, pois, quando a sagacidade dos paiaiases
ula r cui dad o com um tal Juquerique, uma vez -
se partic de seus parentes, mor
de Luí s Álv are s, havia perdido vários a jun ta-
“ .
da entrad a viriam de gui ... os obrigar a dissim paz4 conosco, neste caso, co-
nte, estes paiaiases ser
Ss ular quererem

tos pelos inimigos. Novame nhecendo-se pelapela i informação


açã que tirar
i secretamente de serem eles
o.*
mente com o crioulo Antôni vos, à primeira ex-
:

tod as ess as rec omendações € pre parati


Apesar de pletamen-
con tra 05 índ ios bárbaros frac assou com
pedição de pau lis tas
alguns anos m ais tar
de Sousa' 8 Proposta
posta de de Alexandre
Alex: :
de Sousa Freire tomada em assento no dia 4/3/1669. DH
na verdade, como revelou 3:205-6. Este Antônio Cri Q conhecido por “Pateiro” por alcunha, alé
te. Porque, portugueses, de se? “grand Antônio Crioulo, também
est ava m há mui tos anos enganando os
Freire, os pai aia ses verdade, ; gentios” era jagunço do adre A ibaio
pre sum ir a ing enu ida de de seus inimigos. Na Pereira c teve sua prisãe des obedecido dos amea (Não
. de 1668 ava
arrogantes ao uma àf uma portaria de 7 de derembro
mas porque
o dos reb eld es, est es tapuias teriam preparado outros das
pela traição
“cam criados a Sa por
em conhuio
tropasde (Garcia s com os paiaiases,
estando do lad eram com
, como provavelmente fiz e do padre Antônio Percira,te o nasargento m 7
madilha contra os paulistas iou lo do pa dsc Ant o Pereira”,
ôni eles. Antônio Guedes de Brito que ha a a recebido
conflitos, entre os rios Neapio e sesmarias justamen região dos
ici ado s com O “cr
vares. Acumpl dos inimigos, assegu oito currais com “muitos gados
as tropas para às aldeias e deuipe, once tinha6/12/1668
haviam prometido guiar £ escravos”. Ordem de Alexandr
ia por govern a . DIF, 7:380-2.
Franciscaas Dias
O capitão segundo
Jornada, ordens do capitã ador dos índios e tapuias mansos que forem na
Ser”
Calheiros na Jornada do
tão- mor Domingos Barbosa Barreto, 13/2/1662. DI, 7:77. pitão-mor Tomé Dias Lassos. Ordem de Francisco
2 Regimento que levou o cupi
tão, 5/9/1658. DI, 5:321-7.
GUERRAS NO RECÔNCAVO 107
GUERRAS NO R ECONCAVO
106
um assento doss “índios
dos pela s epidemia
bravos”. Ede
bravos”. Talvez estivesse
bexigas esse mais mais ocupado com os danos cau-
do Rec ônc avo (de que fará juridicamente
os que des cem € oficiais, as que grass : incípi
que leva , em que se firmem todos os capitães
pelo escrivão bárbaros) os segurará Pernambuco, depois passando vara i Bahia ao À jo de Janciros
ram notícia dos ditos
c mais pessoas que úve matas-lhe os princi- Mas,
, dee fato, sas pareciam
fat as coisas pareciam
irecia estestar: “ “calmas”
j im s co e osA tapuias
ias o nã ataca-
evolência e, se puder
com toda a cautela € ben podendo, vam mais com tanta fregiiência o Recôncavo PME no da
heres e filhos, o fará. E não
pais € aprisionar todos com mul apr isi onará €
meninos e mulheres, que
degolará a todos, exceto 08 de qua isq uer outras A Guerra do Aporá, 1669-1673
smo executará com Os
trará a esta pras a. O me notícias, ou evi dên-
que com nome de amigas, entender ter A paz . relati relativa durou muito i p ouco, c logo novas as expedições
expediçõ for:
aldeias idades ”.*
que descem a fazer hostil indios rerebeldes do , Recôncavo, Efetivando uma re-
cias prováveis que são os do à conem a os os indios
enviadas
cidade de Salva- solu: o de . euro H (que em uma carta régia de 20 de fevereiro de
Gaspar Rodrigues Adorno havia trazido à
Em 1663, paialases que o ! So que osse achada uma solução conveniente), no dia 4 de
das aldeias da Jacobina, Os únicos
dor onze principais vestidos. Em março
a é : 1669, oo então ã 8governad or-geral, , Alexandre
Alexandre dede Sousa Freire i
“alguma fidelidade”, sendo presenteados com Rotação ama proposta sobre os tapuias” em uma “mesa grande”
mostraram Mascarenhas, O conde de
essor de Barreto, Vasco
23 de setembro, o suc as aldeias da Jacobina na Rets e a cem presença do chanceler, doutor Agostinho de
2] 4] ú a & te “e” o o. , ç : e

Adorno tra nsterissc todas


Óbidos, ordenava que rios Iguape, Cachoeira, Maragojipe Azevedo Mons to, e coais Coser bargadores, A proposta foi aceita e
dos
que estivessem nas cabeceiras O único remédio contra
O “gentio bár- Ja en assento. Segundo este doc umento que, € imos aci
Este parecia ser este Acom- ANA
ma, riavaa
historiava &
todos s osos cor
conflitos
i S do Recô ncavo, , jájájáà nãonã nãonão bastavam
bas
bastavam duasdu:
e Jaguaripe. roubos, mortes € violências”.**
costuma descer fazendo deveria o o vas de infantaria, a de Lassos e de Pedro Gomes, para re de
baro que capitão
brancos e cem índios, o
panhado de quarenta soldados das povoações. Os o gem > cada vez mais agressivo. Tendo invadido em 23 de outubro de
“ o e al à “ 1 y :

à mudar-se para mais perto


convencer estes tapuias des- 16680 diser o de Juquiriçá, o dito gentio “executou as mesmas cruel
pelas armas, Ou ainda
deveriam ser forçados à fazê-lo que, em jan ei- dades e : ro toubos, matando na soas, , entre branccos e negros, homens
21 pessoas ens,
elmente, eram 08 mesmos
renitentes
s.” Est es índ ios , pro vav ago jip e, mulheres faia de tenra idade”. Poucos meses depois atacaram os
truído açu € Mar
5, for am assi stir nas cabeceiras do Paragu de que
ro de 166 notícias nela eixoto Viegas, sitos nas Itapororocas (na Jacobina), “don-
. Um ano depois, temos
e! . . . E - o

para a defesa dos moradores parcialmente no Rec ônc avo. O conde quatro, mataram e feriram alguma gente. . E 3 ultimamen
a -

dos índ ios ces sar am serra do


os índios do sertão para a
os ataque s
cer
,

diz ter man dad o des


de Óbidos 08 colonos dos dis-
dos moradores”, e que
m St 4 “ g

ra a seg ura nça


Guairaru, “pa para mais perto
e Aporá queriam atraí-los
l F
jip e, Cac hoc ira r-
ras. Encarregou, então, Ado
gritos de Mar ago : 0s bárbaros os atac i de Cairu, fato que causou como
atacaram novamente a vila
os e cavalgadu
de si, com promessas de gad da Costa, O vigário c quatro
pessoas ção na Bahia. De De um lado, porque q assalto se fez num dia de festa de
to com O cap itã o Man uel
no de, jun € intermediar a - São Matias
atias, 24 de : feverciro
srCi de 1670, e de outro, porque os moradofts
cob rar a contribuição prometida
principais, nov ame nte idos não : não
À imagin: : Os Índi
ginavam que os índios chegariam i a invadir uma vila. Segundo
est es índ ios .” Ao fim e ao cabo, O € onde de Ób ques ci
transação com R ecôncavo contra os ata
05 moradores do
fez muito para sossegar
+sa . Sebastiãão d: a Rocha
sho: i a História
Pita. Iefisi, éri E Portuguesa es, (1730). . São Paulo, , 1976, Jilivro
da América
1 ———— a 22, p. 170.
//1662. DI, 5:338-41.
de “Tomé Dias Lassos, 14/2 mesa grande” cra
Ei uma sessã O ári do tribunal
à da Relação da Bahia, presidida
- “

* Reg ime nto


DF, 7:128.
“Portaria, 8/11/1663. ria nar como conselheira no caso de assuntos de im-
de obrar .:
rigues Adorno do que há
' , a CIO! a dd a Tl né: :

dO capitão-mor Gaspar Rod


2 Ordem que se passou , DII, AIT I-A .
23/9/1664 “Propost
na ornada que vai ao sertão, fer ram ent as para 05 índios que desceram
do sertão, : 320516:a de
o) Alex:
pn : de de Sousa
S F “rei
reire tomada em assento no dia 4/3/1669. DF,
para se dar em ves tid os € E Tuquissá 1 ane Ú 19, 8 bárbaros haviam atacado as freguesias de Jaguaripe
“Porta ria
, faz » mortes c roubos. Portaria, 29/1/1669. DIF, , 7:389.
72389.
3/1/1665. Di!, 7:208.
da Costt, 216/1665. DEL, 4:140-1.
+ Ordem que leveu o capitão Manucl
GUERRAS NO RECÔNCAVO 109
GUERRAS NO R ECÔONCAVO
108 de 1669
com etas € Outros escreveu, então, à câmara de São Paulo, que, no final de maio
no povoado “tocando suas
Jaboatão, os tapuias deram and o a tod os uma última solenemente afirmou que corresponderia ao apelo baiano 1 cial m.
de gue rra , como anunci
rústicos ins tru men tos quinze morado- (6, O governador convidou Vasguaçu — como era conh ci lo ci à São
Nes te ent rev ero morreram cerca de a
e total ass ola ção ”. Manuel Bar- Paulo o irmão de Fernão Pais de Barros, Pedro Vaz de Ba ' '
ha Pita hav iam sido mortos apenas O capitão mais ricos da cap: ni Pele
res. Para Roc chefiar a expedição. Sendo um dos homens
de seus soldados.*
bosa de Mesquita e dois ência” destes índios tor
nara-se “tão recusou o convite, alegando provavelmente a idade. 5 Na ocasião, o
Fre ire , a “in sol
Segundo Sou sa
irem para as brenhas c
matos, 3€ tros dois sertanistas se ofereceram para a missão: Estêvão Ribei o Baião
and o eles a fug mor
pública que, cos tum
e roubar “várias casas,
Cem Parente e Brás Rodrigues Arzão:* O primeiro seria provido apitã
e passaram a atacar
deixaram estar à vista”, que os morado- da entrada, co segundo seu sargento-mor.” Como prometido, os ter.
lhes resistiam”. De maneira
cando c pondo fogo às que des arado as suas
amp “contrato previam à re partição das
terras istadas aos ín-
cldades presentes tinham 10:
res, “com o temor das cru a praça e conser: dios, assim como dos cativos. Além disso, a iahonos do
“depende o total sustento dest
casas c lavouras”, das quais arrazoava que, pasimento dos quintos em favor dos cabos, oficiais e soldados para « ue
has e farinhas”. Sousa Freire
vação dos engenhos pelas ten tes índios, a solução de s os que vão a esta jornada tenham não só a gloria dos os ve : z
ia e inconstância” des
em face da “natural perfíd ha em risco a sobre- mas as utilidades que delas se lhes podem seguir” 54 João I c Sierra
mar paz es era totalmente inócua € pun refere-se a outras condições: os soldados receberiam soldos, sei ; à 50:
pro cur ar fir . Concordando com
pre sen ça dos portugueses no Recôncavo corridos pelo governo, receberiam barcos € mantimentos Dara leva a
viv ênc ia da olar todos os que Te-
tav a que somente “mandando deg prisioneiros a São Paulo c scus papéis seriam encaminh d à Coroa
Bar ret o, acr edi isionassem, € ASsO-
lar and o por cativos todos os que S€ apr tdos à tioroa
sis tis sem , dec livres os moradores e para a consideração das mercês.*”
migas” poderiam “ficar
lando todas as aldeias ini Enquanto os paulistas demoravam a aprestar sua gente o governi
do gentio”.
sosscgadas as hostilidades dados que haviam enviou uma cnada com quatro companhias para om o indios
Depois de ter con sul tad o todos os capitães € sol da : ja
O melhor a fazer era julho de 1669, passou carta patente de “capitão-mor
Sousa Freire resolveu que
estado naqueles sertões, analisaram-se to- que ora se manda fazer ao sertão a castigarao gentio bárb: Do qu
de paulistas. Mais uma vez,
preparar outra expedição eriores e concluiu-se nho Pereira, entregando a cle um o Te como Si E eia
ados sobre as guerras ant
das as leis e assentos tom eriam scr escraviza- Pereira, sargento-mor, Manucl Garro da Câmara, F rancisco Di: co co-
Os índios aprisionados dev
que a guerra era justa e conquistadas seriam ronel Guilherme Barbalho Bezerra, como capitães de companhia À
se prometia que as terras ição :acabou locaaliz: i dos campos do Aporá,ad, nadid mar
interrior
dos. A novidade era que na nova jornada, que a. xpedição lizando, no intc -

s pel as pes soa s que mais o merecessem ernador


“com todo o calor”.*! O gov
rep art ida
parando
Sousa Freire dizia estar pre
a
205-16. . Assinaram
Assinar:
naram este e ste assento:
5 Alexandre dec Sousa
Sousa Frei
Freire, Agostinho
1 de Az
1 à solenidade do dia dent
ro da Monteiro. € “tistóvão de Burgos, Afonso Soares de Afonseca, Bernardo Daravedo
o hist oria dor baia no, os moradores, assistindo as port as. Ma- : ho, João de Góis Araújo, Pedro Cordeiro de Espinosa eeEa
8 Segundo s « fecharam
c crianças, s€ viram acossado “dis- panlistas, São Paulo, 1950, vol. 5, p. 4
igreja matriz, com mulheres ra O inim igo. Aque le ffonsoo de E.
Ao E Taunay.
puma. História jras paulistas.
Históri gere! das bandeiras
sete soldados asremeteram cont
nucl Barbosa de Mesquita e espada € rodeia”, matou
vários a és na e ps E reu ao capitão Pedro Vás de Barros, 15/11/1669. pH 61 357
duas pisto las, € depo is avançando com uma teria desi stid o, O alpes : 15. Taunay. História geral
“ das bandeir: À
andeiras paulistas. ] Paulo, 1950,
São vol. 4,4, p.|
1950, vol.
para ndo pem, 05 bárb aros
. Lemerosos de tanta corn sa (1730).
índios até tombar frechado ória da Amér ica Port ugue
stião da Rocha Pita. Hist
que salvou os moradores. Seba História geral das bandei- € omoOse pode
se no!
podee notar, vez aa escolha
maisi uma vez escolha recaía
recaí sobre u gente da facção dos
livro 6, 64-7 0, p. 178-9; Affonso de E. Taunay. aee. ue havia sido juiz da câmara de São Paulo em 166 EG? a
Sãa Paulo, 1976, vers ão de Roc ha é mais romancea- Camaro: a
Paul o, 1950 , vol. 4, p. 361. Como a , anotou . . a DSO * Calheiros (casado com sua irmã, + Maria Macic
Maria Maciel). Ibidem.
i 322-5;
vol. 4, p. [32255
ras paul ista s. São ão com o assento de 1669
Calmon, que, € m confus
da, comoveu deveras Pedro Ilist ória do Bras il. Rio de Janeiro,
21 pessoas neste dia festivo. bá irbaros Estêvã
dos bárbaros
1 i a dos ê
Estêvão i si
Ribeiro iã
Baião
que haviam sido mortas um capitão de infantaria
c mais pude PE levou o Agove enador da conquista
rdem que
740- 1. Seg undo o governador-geral, do cupitão-
1959, vol. 3, p. os por tapu ias. Gart a
adores vinham de ser mort
cinco soldados e alguns mor rma a morte de Manucl Barb
osa. joão Lopes Serra. “Vida o paneguírico funebre. .. 1676", p. 47-8
nte, 19/9 /167 0. DI, 6:148-9, Serra info Ca as patentes, julho c aposto de 1669. DF, 12:41-8. ComoE nenhum religio
sligioso sc
mor de São Vice ", p. 43
paneguírico funebre. . - 1676
João Lopes Serra. “Vida o nto nO di a 4/3/1669. DH,
3:
Ale xan dre de Sousa F reirc tomada em asse
* Proposta de
GUERRAS NO RECÔNCAVO Ill
10 GUERRAS NO R ECÔNCAVO
topins, identifica- quarenta soldados, « das aldeias de Gaspar Rodrigues Adorno, trinta
lugar d as aldeias dos índios
gem sul do Paraguaçu, O assaltos Do Recôncavo
homens € o seu principal, Duarte Lopes. Caso não cumprissem essas
essas descidas ordens, 0 governador ameaçava colocar os paulistas no seu encalço e de
dos como os que promoviam E importante ne.
as as tOpas dos paulistas. “suas mulheres e filhos, para os castigar como traidores « ficarão escra-
Para lá deveriam ser enviad cara er
es do tupi e, portanto, não se
tar que estes índios cram falant os e immug vos dos capitães”. Do Espírito Santo e de Camamu vinham alguns ín-
disso, eram tido por bárbar
zavam como tapuias. Apesar | dios e seu capitão, Inácio Teixeira, e da Vila de Conceição, Leonardo
5 acidos.
do Rio Mendo da Silva e treze índios. Arzão tomou um guia de João Peixoto Viegas
ado de Cas tro
o goveiro de Afonso F urt açã o. o tropas vi e seguiu para a “aldeia dos capitães dos paisiases”, de onde, depois de
, os paulistas entrartam em
de de Bar bac ena distribuir os presentes, marcharam todos para os campos do Aporá.“
o vis con as A a "tos
ações que haviam sido envia
nham por mar em duas embarc mor via jar am * mem Nesse entremcio chegou Baião Parente, que, para não se ver com um
o-mor € O sargento-
ara transportá-las.” O capitã 20 de jun ho éde] ( th posto diminuído, foi provido com uma patente mais alta, de “governador
uma dificuldade, em
barcações diferentes. Por alg OE é da conquista dos bárbaros”, assumindo o comando geral das tropas.”
s Rodrigues Arzão e sua
chegaram à Bahia apenas Brá o o cap e mos Uma vez reunida toda a gente, em 27 de agosto de 1671, partiram
noticias da embarcaçã
agosto de 1671 não houvesse ação c de as 0 dos campos do Aporá, com quatrocentos homens, entre brancos c fn-
r à oportunidade da boa est dios.'* Foram para as Piranhas pelo caminho de Pedro Gomes, que já
e fosse necessário aproveita o a Com
ear Arzão como O p
governador-geral resolveu nom Bai ão are n e estava bem gasto depois de anos de abandono. Depois de marchar ao
hando-lhe o regimento de
quista dos Bárbaros, despac norte, em direção ao Orobó, acharam completamente desertas a aldeia
ma

as vis an a ao
recrutamento foram dad
Em julho de 1671, ordens de de Tabaçu e outras duas. Avistaram então um batedor dos topins, que
a

, nas terr as oa ,
aldeias de Itapororocas
mento da tropa: os índios das logo fugiu alertando seu povo.” De fato, em 7 de outubro, o visconde

IN
r com pel o me
ses, deveriam contribui
Peixoto Viegas, todos paiaia * de Barbacena dizia ter notícias de que os paulistas já haviam topado
com aldeias dos bárbaros c que estes haviam fugido, provavelmente
mao, certo nai
licenciado como capelão da para Cairu, onde os índios estavam acometendo.”
iventurou, foi nomeado um geral, 222/8/1
or ge: 2 669. DH, ; 2
23:3 17-9 ; : Inác io
P isão
es.. Prov
sndes isãsão do gove rnad
verna dor.
ador- Apesar de terem recebido farinha em novembro, os paulistas, famin-
| odrii gucs Mend e polít icas da prov ínci a da Babia . Sal
rias históricas
ecioli de Cerqueira e Silva. Memó o te nu ec tos e exaustos, tiveram de retornar, trazendo apenas sete cativos, o que
vol. 2, p- 126-7 . .
vador , 1940,
e ao pedir para o capi ão-m or de in S recru “ causou muita consternação ao visconde.”! Uma vez que a Fazenda real
“Como escreveu Sousa Freir siasiadas Asas pn I "

c ífica
espec ) a estes
contr A “são dema
to topin1 s: o “uia
smastadas
não mais tinha condições de financiar a expedição, resolveu-se convo-
amen to .
para uma irma
jorn o
ada espe f
com 0
c Camamu padecem:
:

ções que , cste Recôncav


o da Bahia e vilas dela, Cairu
ces
s entr adas que se lhe cêm feito (em que também
de vária
gentio bárbaro que depois mau SUCES SO, mandei a
tanias) todas com - & Ordem que levou o sargento que foi com quatro soldados, 20/7/1671. DI, £:161-2;
entram os moradores desta capi feli cida de de topa
na mesma desgraça se logrou a
fazes uma que teve 0 mesmo: mas descobertos, e -
Carta patente, W7/1671. DIF, 12150 c 155.
s que são os que descem, nunca até hoje Ordem que levou o sargento para levar os índios aos campos do Aporá, 21/2/1672.
com as aldeias dos topin os pi au
se gasto 21 dias na jornada DH, $:211-2.
tando tão perto que havendo- Aporá à desddesde
e que pa arcic am”, Carta
Carta dede Aa -
Alexan
nos $ campos do
sete nos do Ap * Ordem, 7/8/1671. DI!, 4:207-8; DI!, 6:188-9; & registro da patente, 27/7/1671. DIF,
ram, se5 acha: ram em scte DH, 6:13 1-5 e 141-3
de São Vicente, 15/11/1669. '24:265-7.
dre Sousa Ercire ao capitão-mor capitão-mor de São Vicente, 199
.
Freire escreve ao
Carta de Alexandre de S sousa
“Carta de Afonso Furtado ao governador de Pernambuco, 5/9/1671. DIf, 9:434. Segun-
o .
.
à

0. DI, 6:148 -9. “do João Lopes Serra, a expedição, com 314 soldados c índios, partia então sob o
havia naufragado, pois
€ Arsão acreditavam que cle . seguinte comando: Parente como chefe supremo; Brás Rodrigues Arão, capitio-mor;
tu
Segundo “Vaunay, o governador de E. Tauna y. Hi stória geral das bandei-
nso
=

ambos haviam saído juntos de Santos. Affo * Antônio Soares Ferreira, sargento-mor; Gaspar Luba, capelão-mor; e Gaspar Velho,
vol. 5, p. 17-8.
ras paulistas. São Paulo, 1950, Baião Parente, 7/8!
: Francisco Mendes, Feliciano Cardoso, Manucl Gonçalves Freitas, João Vicgas Xortes,
o gove rnad or da conquista E stévão Ribeiro João Amaro Maciel Parente, Vasco da Mota, Manuel de Hinojosa, como capitães de
Ordem que levo u artia no
! Partia no comando
.

e 1. DII, 24:26 .
5-7.
:268-7
.207-8: Registiro da patente, 27/7/167 s,
s, Antô io
nio
Antôn dede Vidal e Antô-o
+4€
- cempanhias. João Lopes Serra, “Vida o paneguírico funcbre. .. 1676”, p. 47-8.
,€ om dois
à liar
gentegente e auxi ajud
ajud ante
ante João Lopes Serra. “Vida o pancguírico funebre. . . 1676", p. 57-8.
listas
dos pauistas a
toda aa da
e e de de to gent € duas comp:
, Antônio Soares Ferreira, “Carta do governador-geral ao capitão-mor de São Vicente, 7/10/1671. DH, 6:191-3.
nio Fernandes de Sousa, um surgento-mor neua
uatd a, e Vasco da
Velh o Cabra l, na vanp
ão, Gaspar
Co

Francisco Ramos, que fora destacado para as conduzir, deveria tentar prender alguns
nhias,S cada qual com seu capit 248:263-75.
co

das patentes, 27/7671. DH,


Mota, na retaguarda. Registros
Poiares
GUERRAS NO RECÔNCAVO 113
GUERRAS NO RECÔNCAVO
112
(20.000 ducados, ao governador da conquista, que não reunisse os prisioneiros na casa-
junt a. Ass ust ado s com 0% gastos já efetuados forte porque era difícil o seu sustento no sertão (no Ibicuruçu) equeos
car uma que já ha-
com o 17: 200 $00 0 réi s)” os moradores ponderaram | fizesse descer logo, onde estariam guardados “até que os paulistas pos-
ou algo €, cm particular, para
entemente com impostos sam fazer a repartição segundo o seu costume”.* Mas não foi essa a
viam contribuído sufici esta não era
governador argumentou que
o sustento da infantaria. O de imp rev isíveis € intenção dos paulistas, que partiram à conquista das quatorze aldcias
planejadas batalhas, mas dos “maracás” (maracassus). Depois de guardarem seus prisionciros no
“uma guerra de largas € paul ista s poderiam
de modo que apenas 05 arraial que haviam feico nas Piranhas, levaram alguns índios consigo já
destemperados assaltos”, tri bui ção para as
ou-se então uma nova con dei
enfrentar tal inimigo. Assent .” que estes não tinham espírito para fugir, pois as mulheres ficavam
com alguns reforços
tropas (cerca de 7:250$000 réis), para O das como reféns.”
08 paulistas partiram novamente
No início de maio de 1672, em direção ao sul, cm uma re- E m uma carta de 23 de novembro de 1672 ao governador do Rio de
am os índios Janeiro, João da Silva de Sousa, o visconde comentava o sucesso dos
Orobó, de onde perseguir dois batedores ini-
2 de julho, avistaram paulistas no sertão, que livrara a Bahia “desta opressão de trinta anos”
gião extremamente seci . Em uma aldeia cha-
três dias até chegar em
migos que foram seguidos po r índios já haver à estratégia traçada quinze anos atrás por Francisco Barreto mostrava,
im.” Apesar de à maioria dos
mada Utinga, da nação top flechas. Na por fim, sua eficácia: aqueles sertanejos haviam desbaratado com eta
da esperavam os paulistas com mentc as aldeias dos bárbaros, fazendo 1.500 prisioneiros. Para o vis-
partido, alguns guerreiros ain aproximou € O
um grupo de bárbaros se conde, pareciam suficientes as vitórias dos paulistas, c em janeiro de
manhã seguinte, às 9 horas, tupi), que Os
lhes falou, cm sua língua (o 1673, “como a seca [era] grande, [.. .] e pela fome que toda a gente
capitão Manuel de Lemos mas um povo dife-
ros Listo é, portugueses], padece”, ordenou bruscamente que, “em 24 horas”, Baião Parente des-
paulistas “não eram brasilei r seus filhos
poderiam comer juntos, casa cesse para o porto (Cachocira) com todos os prisioneiros« gente de guer-
rente, seus parentes, c que topins ficaram
deles com seus filhos”. Os
com filhas deles e as filhas depois de um ra, Os engenhos cedcriam as embarcações para transportar os risio-
partiram. No dia seguinte,
desconfiados do engodo é quais seu prin- neitos da Cachoeira para Salvador, e daí iriam para São Vicente.” Quando
aram três inimigos, entre Os
recontro, os paulistas captur dizer “peixe os paulistas chegaram vitoriosos à cidade, no dia 1.º de fevereiro de 1673
que na língua da tribo quer
cipal, um certo Sacambuaçu, léguas através do dos 1.500 índios que haviam capturado restavam apenas 750, já ue
alongou por mais de trinta metade havia morrido no caminho vítima de uma “quase peste” Se-
grande”. À perseguição se de algu-
São Francisco. Ao final, depois
árido sertão, até alcançar o rio am: Utinga, gundo Rocha Pita, tal era o estado dos prisioneiros que “os de melhor
aldeias dos topins se render sole-
mas “negociações”, as três feição não Passavam de vinte cruzados”. Depois de uma entrada
Jacuasuí e Joiaicá Capitua.” alimentá-los e K lou cepção no palácio do governador, acertou-se, en-
, houve dificuldades em
Dado o seu grande número doença atacou tão, que partiriam no 1.º de abril, “infalivelmente”.*”
. Para piorar a situação, uma O sargento-mor, Antônio Soares Ferreira, e alguns dos capitães, de-
trazê-los todos para a cidade em uma carta
magotes. O visconde pedia,
os índios, que morriam aos
visconde à Parente, , 4/11/1672. « DH DH, 8:307-8; cam
“% Carta odo DIEESE, carta do visconde Arzã L/
isconde aa Árzão,
nhos. Portaria para
problemas, assaltando nos cami
índios que desertaram c causavam deze mbro , o ajud ante francisco de Ne-
Erancisco Ramo s, 6/11/1671. DI, 8:69. Em im.p. =n Carta do governador-geral a Brás Arção, 30/11/1672. DH, 8:327-8.
índios Domingos “Pot
der outros desertores: os À
Carta a Manuel da Costa Morcira, 5/1/1673. DH, 8:333-4. Já era grande a fome nas
gteiros tinha ordem de pren m da aldeia de Maragojipe. Porta-
asar e Mateus, que cria e vilas c maior seria com a chegada dos prisionciros, de modo que o governador
ba.”, João Dias, Gabricl, Balt deveria prender a alguns
capitão Francisco Barbosa Leal DI ou que se desfizessem todas as roças que estiverem capazes disso, 23/1/1673 .
:

ria, 6/11/1671. DH, 8:73. E 0


Apa [" E bm op '
en . q

Portaria, 10/12/1671. DI, 8:74.


índios da aldeia da cachocira. artz, em 1676, mil
mocd as de prat a espanholas. Segundo Stuart Schw . À Governorand': geral ao coronel Afonso; Barbosa da França
c governador-geral
Carta do ' sobre ; cas
2 Ducados são 1 duca do de prata mandar haras
€ 375 maravedis valiam Para virem os paulistas, 14/1/1673. DF, 8:339. coça sobre
réis valiam 435 maravedis,
Iruneral Enlogy of Afonso Furt ado de Castro do Rio de . Joã de Munhos, que acudisse i
Sergipe, João
ados, ao capitão de Sergipe,
His Image in Baroque Brazil, she o que pedia, eo governador,
a entra-
Minneapolis, 1979, apêndice D, p. 83. am farinha, milho c feijão. Carta, 9/2/1673. DIT, 8:343-4. Serra que descreve
Mendonça br... , p. 69-71.
o paneguírico funebre. - - 1676” : a a paulistas com seiscentos cativos, a situou nos últimos dias de agosto de 1673
23 João Lopes Serra. “Vida mesm o nome,
4 Atual cidade de Utinga, às marg ens do rio «do endo se equivocado como pode sc depreender da própria narração das outras expe-
, p. 09-71.
paneguírico funebre. . - 1676"
-

s João Lopes Serra. “Vida o


a
GUERRAS NO RECÔNCAVO 115
WM4 GUERRAS NO RECÔNCAVO
às suas despesas Vin
O fato er: a que,>, segundo
SE uma carta sua ao capitão-mor de Sã
em alg uma s peças, “para atenderem
pois de ven der ros," enquan-
São Vicente com os prisionei
antes o Recôncavo haviaia fic:
icente, ficado “li“limpo de gentio”.*
i a
tic ula res ”, par tir am par a
par a terceira ex- eae a AE várias mercês foram concedidas em Lisboa aos
tinuaria na campanha. Um
eco + o 4 te o Ed .

te dos pau lis tas con


to o res tan da na sequén- chef Panis s. ; ém disso, como os campos c as terras conquistadas
ame nte con tra os maracassus, foi arquiteta
pediçã o, nov ontrar-se com eum ae A nes + O governador-geral já havia concordado com o pe-
deveria ir até Cachocira enc
cia. O padre Jacobo Cocleo são do Can abrava, no s cabos dos paulistas de se criarem duas povoações
tas , ac om pa nh ad o pel os índios da mis
os paulis ta índios ou mais das tido, pediu que viessem
doa des :dce São
São Vicente
Vi algunsDDcolonos.“ Umao ar
portaria
stia, assim como por trin
São Francisco, onde assi de zelo, o gover- da s “servissem 2 de 1673 pião”
ordenava qque fossem
3 undadas duas povoações,
jesuíticas. Em arroubos
fundadas
aldeias do Camamu, todas até o dia 15 de E pião”, com oito léguas de média ordinária desta ca
a em pessoa em Cachocira
nador garantia que estari cu mp riu? Em ju- pi nie pas | » A anda, e somente então dar-se-tam terras em sesmarias
paulistas”, coisa que não
abril para “despachar os s em Mar acás, 40 sul to é ue , orém, apenas Baião Parente ficou na Bahia c fundou
conquistado três aldeia
lho, Baião Parente tinha 0 sur gimento de juc levaria o nome . de Santo Antônio da Conquista.” O local
de 1.200 almas. Não fosse
a, ve lev: Ant o

amem
do Recôncavo, com mais por terr teria tam-
a,
PO de paulistas, que veio
um outro (misterioso) grU
(ou cochos).
bém aprisionado os xocós
om Carta
Carta dodo visconde
vise s se de darpacena
B; ao capicio-mor,
i 10/7/1673. DIL, 6:247-9
1.074 cativos foram
ra, desta vez, exatos 6 e en : 7 3,6 Conselho Ultramarino arino« capitães
considerou
consi da as
as dificuldades
dificu do io
Segundo João Lopes Ser de setembro de 1673. Ciro e pos nar Os os papéis dos serviços dos cabos conquista
onde entraram em finais reunir mandar papéis dos servi Ds
conduzidos até a cidade, ndo navios que 08 €N- párbiro per ese s ferem sido solicitados por ordem direta do governador, serem de
mpamentos, espera
Foram acomodados em aca edição, Brás de São tao e O ng Por isso, resolveu, ad referendum que era justo
ocasião desta terceira exp
viassem a São Paulo.” Na Es nas ercês: do governador da a conquista,
dei « is istêvão RiRibeiro
Estevão Baiã
dos bárbaros que
o “os fumos das aldeias a mesmo assim mandar seus papéis), o hábito da Ordem de Cristo
Arzão disse ter descobert
(que S
vavelmente à
listas que cá vieram”, pro com a pr a N comenda de 200$000 réis. “Como quer fundar uma vila” « te se
destruíram os primeiros pau os, O governa-
altura, depois desses sucess dede A as é que ay fizesse, 1608000 quando se empossasse capitão-mor da
aldcia do Camisão. Nessa vários engenhos
às atividades. Dado que
diavi oe pitão mor 5 ás Rodrigues Arzão, o hábito de Cristo & 705000 de ten a
dor-geral desejava pôr fim que as tro-
ca, estava preocupado com
USO do tona a e o sargento-mor Antônio Soares Ferreira, o hábito de Cristo
começariam a mocr nessa épo s com a neces- ) a, sendo efetiva a metade. Desde que papéis, sdum
Gonçalves deos Freitas, sos
avo para não oncrá-lo mai
que apresentassem
MotaDesdee Manuel
(ncisco Mendescn Boim, Vasco da .
as deixassem logo O Recônc * cam na Franci
capitães
dução de açú car
entos € não esto rvar a pro Nica da ny Ê uma tença de 20$000 « um alvará de lembrança para um ofi j de
sidade de prover mantim a ç Vidaazenda.a opened
Aos capitães João oão Amaro
Amaro Pare
Parente, Feliciano
ici Cardoso e Antônio
ntônio
Do A ho me sa de um hábito qualquer, 208000 de tença e o alvará de lem
p. 72; Sebastião da ue a CrE: S
paneguírico funebre. . . 1676”,
. ão Manucl Lemos de Siqueira .
Lope s Serra , “Vid a o
dições. João , livro 6, 83, p. 181. do
do de Parente, umum
Baião Pareric:
de Baião hábico de« Santiago do filho mais velho com 608000 deo cunha-
S: a DO tença
ica Portugue se (1730). São Paulo, 1976
Rocha Pita, História da Amér do Dessoa co a dr c para a viúva 40$000 efetivos e mais um alvará de lembran a
8:82 e 173. DII, 8352.
Portatia, 23/2/1672. PII, /1673, 18/3/1673. HU Dad asa do em E a se cast. Consulta do Conselho Ultramarino 6/ 10/1673
para o pe. Jacobo Coclco, 28/2
m
2 Canado governador-geral fo, é o mesmo que enviou
; ade gori PSI E 2v; di também AHU, Códice 245, fl. 10v. Em carta ao gover-
ques Cocle), tido por cartógra
« 357. Esse padre francês (Jac cami n ho do Mar anh ão, em 1698, efez que recrah Ato so tao o de Mendonça, o rei ordenava que se fizessem as mercês
sobre um novo
cartas ao € *onsclho Ultramarino enhando também um; | ess q e capitães que serviram na “guerr: io bá
s as capital ias do Brasil, des
um estudo c desc riçã o de toda
8. DH, 15:3 0-1; curta régia a D.; ua cega, 20/10/1673, AHU, cod. 245, fl. dv. rm “erra do gemtio bárbaro”.
clho Ultramarino 23/1/169
carta. Consulta do € “ons igo da Costa ao fei, 29n1 * es Cartauno vis
do visconde
idéia rbacena
de paro
ana Barb c 167] ao capitão-m
p itão-moof, 10/7/1673. DI, 6:247-9. De fato, esta
Rodrigo da Costa, 26H [170
4. DI, 34:256; carta de D. Rodr Companhia de Jesus m
Serafim Leite. Hist ória da a. + O governador havia pedido ao capitã Ã
1704. DH, 34:257. Veja também
-Pereir:
ercira da
parecia Silva que descobrisse
convi dO sse e e i informasse sobre o sítio daA lagoa
a dos Patos
o que
uhlhe
Brasil, 8:100-2. /1673. DII, 8:360-1 e 363. o pu veem poça ater povoações “para a conservação dos seus habitadores
para Erancisco Barbosa, 28/3
n
Carta do governador-geral
para Ribeiro Parente, 14/7
/1673. DII, 8:373-4. João Lopes: F e fronteira ao mesmo grentio”

s Carta do governador-geral
exped ição, comandada por
Manucl Hinojosa, teria capt
ura: Portaria, 22/9/1673. DHI, 8:176-7 nene”, 29 MM671. DEL deh
Serra diz que uma quarta Quitose. João Lope s Ser Sãoortaria,
Paio 3/10/1 176: Outra
POL ISTA, DI, But: 0 i ordenava que os índios que vieram de
portaria,
berto um rio navegável, O
do quatrocentos cochos € desco ", p. 70-7 9. mão para começ: ame É
. . 1676 segunda ordem. 22/9/
“Vida o paneguírico funcbre. 3. DI, S:382-5. 1673. DH, 8:170. Em novembro de e 16 1674, eçaruma portaria pediaaté para que se providea-
0 povoamento,
a Parente e a Acção, 28/7/167
88 Cartas do governador-geral
GUERRAS NO RECÔNCAVO LIZ
116 GUERRAS NO R ECONCAVO
sido con- da Silva,
Peixot. o havi nas .
da aldeia dos xocós, que havia Salitre ilva, nas margens do amiza
rio São Francisco na altura da b: arra dol
des e se rebelado. He
escolhido para à povoaç ão foi o foi pro- Ds fas » haviam rompido antiga
s
o capitão Manuel de Hinojosa despovoa . emendo pe-
quistada. Em outubro de 1673, emb ro, à A azendas, os donos dos currais
mandaram
e branca” da vila e, € m nov ar aqueles sertões
movido a “capitão de toda a gent a serv ido Francis
e do Dias d'Ávila,
c coco Dias sc j de:
da infantaria, Hinojosa havi "Ávila, senhor da casa da Torre ofereceu -SC s do go e -
apitão-mor.” Outrora ajudante
,
atas cs € BR.
promovido a apitão dos pati
se ni cede
amá o rgera , visto de Barbacena, para, com “cem homens s bra brancos co
em Pernambuco e Angola € fora adm ini s- e os índios basta tes aas sua custa, fazer guerra ou obrar o « ei
ntes
principais desses ditos índios da bastan
os
lho adnes
tapuias, no papel de cabo dos ocira, para que fossem go- um pa as e para se seguraram aquelas povoações”. Esta entra q
eu
na Cach
tração de Gaspar Rodrigues Adorno
guer ra aos bár bar os? Em maio de 1675, Hinojosa Em julh er mais privado, c desta vez os paulistasº não foram im dos.S.
chnama
vernados durante a
+
r mais conve- governador escreveu ao senhor da casa da Torre agradec 4 :
Cr Presos
mudar a povoação para um luga do sua inici
0,0 f "rn

obteve autorização para coube ao


s € caça* O senhorio da vila dans 1 detativa alertando que mandara à capitania de São Vicente
niente, onde houvesse pescaria el Pare nte, que lu- tas a perturbar as aldeiass mao
a, João Amaro Maci O não venham os paulis
filho do governador da conquist : sas” os pº . CCR man-
qua ndo João Amaro 8. a conseguiu, entã
panhia. Mais tarde, : te de capit ão-mo r da entrad a
tara como capitão de uma com as do coro nel Ma- : que lhe punha à dis a o entilo, paten s
-a com todas as terr à disposição os capitã es de infant aria da ordena nç:
quis voltar a São Paulo, vendeu loca l con tin ua in- i respec tiv
espectivas companhias que houvesse desdeo rio | q name é ds
ainda hoje nome do
nuel de Araújo Aragão Porém, Ama ro fica exat a- cisco.” A expedição, na verdadade, c o São
Real até
fio duas
e, foi c "composta » por i Fran- de
atual cidade de João LO, Ei uas companhias
vocando seu primeiro senhor. À bó.
. . adas
infantaria, ta, subordinada
Doria s então É:
enti a d'Ávil a. À primeira, tendo nor : ce
entrada da serra do Oro
mente à beira do Paraguaçu, na .
Em oueb J Na Carvalho e a segunda, Domingos º AfonsoSO Surtão
Sertão.

4-1679 de : 160/4, 0 govern


ador passou parte :
parente de sargento-
ro
As guerras no São Francisco, 167 É
:
isttes de E assou
n gos
Domin
mor a edição Es de Carvalho, paraitã que ombreasse rpitã -.
a com o apitão
o s das sete aldeias dos “euarguacs” a asi expedição. Este sertancjo o de uma das c :
a das companhias da-
No início de 1674, os tapuias anai
estes , capitã .
+

:
ueles distritos do c ,
nhos, nas ters as dos currais de João Barenh ai
o, potentado Dia
que habitavam, com outros Seus vizi fÍ era
PAI
Baltasaros dos
coronesl contra
do guerra
experiente e nas Reis
bárbaros.” Embora 4 Pranci
4 4SCO s'
e =.
e ' .
“ IVESSC 4

e mais 43 soldados mir outros is 1 o mod de capitão-mor, provavelmente preferiadd ASSU-


as a
O capitão-mor Brás Roiz de Arcão sc comparsa,Sa, Domingos :
ciasse uma sumaca que levasse rece bend o ainda o soldo que s riscos, de modo que foi seu ngos .
de volta a São Vicente. Ão que const
a ele ia em missã
Em
o,
1677, enco ntra mos Brás Rodrigues de Cavalho, quem. levou a termo esta expediçãotido
. Ros Rodrigues
DH, $:202 -5.
lhe cabia pela conquista do gentio. movimento que se 1674, Carvalho derrotou, junto ao São Francis
.
ra de São Paulo encabeçando o agosto de
co csm anaiose agos
de Arsão como precurador da Câma a, então governador do
ia de que Matias da Cunh s d
fez quando se espalhou a falsa notíc . Affonso de se de uma pequena tropa de 55 homen
s C o AN

cheg asse m à Angra "dio endo-


400 í netos,
a

todos os índio s que mas e cem . “ n nm

Rio de Janeiro, estaria libertando q qoimito, segundo os cálculos do vencedor. dispu


.

hs de
i

paulistas. São Paulo, 1950, vol. 4, p. 259-61. Em


E. "Taunay. História geral das bandeiras , janei .
gentes que iam ao sertã o para o descobrimento arcos e 40 armas de fogo,
de 1675. reprimi go, aléalém de 60 Sundas
canoas..* Em tem janeir o
1679 era nomeado capitão-mor das sucesso as investid:
» Feprimiu com doss índios do Sul, + chanChana.
das minas. RGCSB 17:203-4.
4-5 e 298; Convinha então dar todo
o necessário “dos galach os,” que que “sujei
“sujei
so mais
taram de idas
as invest 40 currai
urrais com morte de alguns
4 Carca patente, 2/10/1673. DII, 12:29 é neces sário que haja oficiais . achos,” $
que esta aumente
para à fundação da vila e como “para sítios de terra para curra is à Manucl Pes-
or dois
de arte mecânica”, doou o governad s e lhes
lá chegado, escolher dois ou três índio
soa, oficial de barbeiro, que deveria, ro de 1675, parciu o alferes : 8.a
2. Carta do governador-geralal para Francisco Dias
para Francisco Di d' Ávi Ávil:
ensinar o ofício. 15/11/1673. DI, 9:186 -185. Em janei
mes na povoação. Carta patente, 5/7/1674. DEI, 12:313-5; DII Bs98 PUIG7S. DIA dit
c índios, para plantar roçã e legu Carvalho, 6/0/1674. DIF, 12:336-8, Vej
Manuel de Siqueira, com soldados serra lheri o Hicronymo Luís, que fora
rta Da pi de
patente ingos Rodrigues
de pomingos de Carval
igues de
. Em maio, o
Portaria, 26/1/1675. DIÍ, 8:209 8:2. no a dedro “almon. História da Casa da torre. Ria de Jancira 1939, psi pt
soldado da conquista, aceitava ir a povoação por 40$000 anuais. DJT, efe die Domingos Rodrigues de Carvalho, 20/10/1677 DH “ur Lo
5-6.
»2 Carta patente, 28/5/1672. DII, 12:22 and E pos in jos do Itatim, Sérgio Buarque de Holanda lembrava « É ee
Portaria, 18/5/1675. DHT, 9:218. Paulo, 1976, livro Ferrer, considerava que “sob o nome de q lachos
od

da América Portuguesa (1730). São


=

Sebastião da Rocha Pita. História do o pende a e . podas


compreendem-s Diogo «que
odio are poções
»
Accioli como o ca bo dos paul istas. Erro sepel- não têm como própria a lingua guarani Dom
6, 85, p. 181. João Amaro cra tido por
oo PR

algum manual io Accioli de Cerqueira c Silva:


de escola. Inác tom
Sean poe ala
de gualac e Paraguai, corresponderia
ponderia :ao de : tapui caput: asi : S ,
do, aqui c acolá, em vol. 2, p. 1324 phcaria a estes galachos no Recôncavo? O Extremo Oeste. São Pho. 986, nos
ncia da Bahia. Salvador, 1940,
PERE

Memórias históricas e políticas et proví


GUERRAS NO RECÔNCAVO 119
NO RECONCAVO “fugi . o,
118 GUERRAS
aldeias da parte se salvaram
foram
,
capri Fade Poa rio aa selva fechada”, e os dois primeiros
esc rav os” . Ao mesmo T empo, as ormaram
aliados. Estes prisionciros inf as. Se-
nco s e pelo principal de
moradores, bra rebelado, persuadi das
norte do mesm o to ha vi am sc
as de « ue fora que de fato os tapuias vinham por tug
direção das tropas violênci: ues
raz ão”, reagiu às insolênci ão, o relatoto dod o
enteles apuchinho, tão clucidativo dada violência das guer-
ds , naqu
gu m a gue
uma delas, que, “c om al , reforçadas
seg uin te, no co ma nd o das duas companhias aqueles sertões:
vítima. No mês eias dos guar-
Ca rv al ho deu com 08 anaios das ald
com 130 índios ali ado s, z.” Em
na mo rt e de vin te deles e a captura de de “Nã
ão havíamos al
4“ . A
en ,
guacs, O que gesult ou
vernador, sofrendo de
“supres- contramos o inimigo Fi marchado três quartos € de légua, quando
en te en fe rm o o go : Fez-se uma longa carma contra eles sem' i
novembro, já gravem sil, Bernar- s ga carga
ao car go do sec ret ário do Estado do Bra resultado nes us
são da urina”, deixou ra vez que os índios, batendo-sc a flechadas Psficam em
que d'Ávila consegui uma
vimen cm

Ra va sc o, esc rev er agradecendo à paz rn o pro vis óri o ntíinuo € movem-s-se com tanta rapide; = A
anta rapidez, que não é pos-a
ira go ve
do Vie
fato, em dezembro, o or
. . c
m os ín di os ." De ve mb ro , Esível fazer p pontaria
mudam arara com o fuzil;Asolham sempre para a«q ama a vontad
firmar co te, no dia 26 de no
ena depois de sua mor
a
de posição. Defenderam-se durante Té ua
a
viços, a coronel
a

que substituiu Barbac


.
ia, baten Da Amente

a, em pag de seus ser


4

s d'Á vil a as.


promoveu E ran cis co Dia ras a serem criadas na cem , o do empre em retirada, em boa ordem, ? até que che . as-
e tin ha sob sua ordem € de out tacho |: ami
das comp an hi as qu da jurisdição do co- que sc chama o rio do Salitre
tão do São Francisco, à exceção Atravessaram-no rapid: ma caminho, a nado, protegid um grupo de
'
ampla reg ião do ser o-mor de Sergipe.'* a à amente » protegidos por
rr en ho e da cos ta, Esta a cargo do capitã e novamente índios que
desse
sustentava
ozinho : ara Cd
o c :
e que vieram manter-se
com fuzis, e che a
nãs margens
cone! Ba na barra do rio Salitr ce mato, donde atiravam
d'Ávila se via cam à pensar hav perto
Em junho de 1676, € precisando de sou
cor-
tap uia s anaios levantados, o cap u-
to co m Os gu nd o Diasão d'Ávilada. Q Vucem
em confli de pólvora € balas.“ Se aleames o coronel Francisco
º
ão, O envio scu ] a d o G oi matado
$ comi,a a Nossa
estava
ro.!$ Ordenou-se, ent m senhorcado todas as alcançado por duas balas, que lhe atravessaram
Ma rt in de Na nt es , estes índios “havia cisco), Sta dO sol E ne não ousou atravessar o rio, pois que ficaria ex
chinho os do rio [São E ran
avamcurrato, dos dois lad ado os - de julgou se duo ' inimigo, que estava protegido. Este, , porém
não
fazendas que cham
q
, depois de haver mat = * *
ca de trinta léguas . ee ais
cer o eia no do do Gas dando serem dominados, os índios decidiram
£
numa ex te ns ão de
a e cinco, fa ze nd o todos º
em número de oitent
donos e seu s neg ros |.. .)
ia sido co
hav nv oc ad o pelo o passarem a nado ão rancisco, que resguardava o seu flanco, para
tançã de gado”. Ele
os dias uma grande ma iri s das quatros aldeias sob
0 que traziam nas Sto como o fizeram precipitadamente, as flechas
ad or -g er al a for nec er frecheiros car em par tir em “Pressão de quo co caio es escaparam; de modo que eu tinha à im-
govern concordavam
. Como os índios só e
controle de sua missão
de Na nt es acabou te stemunhando à feroçidad za. Váriosa uros fi am di dez mil flechas foram
levadas pela corrent
sua comp an hi a, Ma rt in sco Dia s d'Á vil a e Cados eulh oram disparados contra eles, mas . como estavames , afas-
aias-
. la m co m ele s, sob comando de Franci rt ug ue se s S, é a todo
ado instante
stante, poucos osos atingi Chegar:
dos comb at es
ues de Carvalho, 120 po , s atingiram.
ngos Rodrig praia, à oitoc
seu sargento-mor Domi
a uma
s outros franciscanos
. De- eles e como praia, a oitocentos passos de nós;. atiraram ainda ontra
afinal contra
a cav alo ”, um capelão e doi nd o o gado , impc que alguns foram atingidos. Nesse
estavam n us, vimos
dos ta
em que tinham de ir ma posição dos
da região , “to
ios dia s de ma rc ha , “ choque,
que, segundo confissã que nos fizeram, perderam cerca de cin
segundo confissão
pois de vár m avisados da
alimentar a tropa, fora alguns tapuias -
que encontravam pará tempo depois avistaram
,
cdo res . Pou co “fo
: e, , temendo que » nósnós os seguissemos,
Í se continuassem pela mar:
anaios por sei s bar logo de madru-
av am O rio cm um a cano a. No dia seguinte, imos - gem do rio, env ereedaram pelo s ; para areem
alcançgar um certo
que atrave ss cavalo e três a pé. Este últ ; s mat os,
cinco espiões, dois a lagui nho, a seis. ou sete jornadas do rio”.!º
gui
gada,a encontraram

ou BH,
cod. 252, fis. 19v-20;
po EM . e

Con sel ho Ult ram arino, 18/6/1675, AHU,


wo Consulta do
88:33-4. DI!, 8:429-30.
Vieira Ravasco, 7/) 1/1675.
1 Carta de Bernardo DH, 12:379-80.
1675.
12 Carta patente, 24/12/ do Couto, 18/6/1676.
DI!, VAZ.
vs Carta a Antônio Gonçalves 47.
. DH, 8:2
14 Portaria, 18/7/1676
GUERKAS NO RECÔNCAVO 12]

GUERRAS NO R ECÔNCAVO
[20
marchar adiant e. “Três lhe pagavam o soldo,
De Edo so que havia
avi um ano e meio não lhe fardavam c :
r tos, mas já apo drecidos, resolveram encontra- seus sol os (não sendo mais que catorze brancos € descaso dias
e cab ras mo a e saqueada, onde
a fazenda quein nad
léguas dali, havi a um Martin de Nantes rel
ata:
os cadávere s do dono g de um negro. DO UT ida”, estan capazes da missão que sc fazi:
ram
o flo, 08 portu- a asia mo os jesuítas disseram que poderiam evitar ata
Mrav! essou-se
di de descanso, : Eu ani de E)
“Depois de cin co as
ios e cavalos a A pão cer tido desdobramentos. !”
Cd noa s que encontraran ve os índ
gueses em peq uen as foi encontrado or doa notícia de que ta trina, : substituía o falecido governa-
as pe ga da s do inimigo, que dos aa tícia de ue todos os anaios da região da serra da Jacobina, no
nado. Acompa nh am os ava quase sem
ou bre jo, no interior da terra. Est
nesse pequen o lag o, que lhes pou- us Foco uni os aii ns mandando que o capitão-mor Agostinh
e. Ren der an 1-se, sob condição de
armas e morto de fom entregar às ar- AR unir os ae a orcs. Em carta de 20 de fevereiro sedia
os por tug ues es, obrigando-os a va comeca a ae ão 1 aulo que ajudassem na entrada que
passem à vid a. Mas à sangue frio, todos se
€ doi s dia s depois m ataram,
mas, Os ama rra ram entos, e fizeram es- organizar eras a to anaios no sertão do São Francisco eunindo o
nte branca e índios." Numa carta na mes
a, em nú me ro de quase € uinh do dirigida aos ou e
os homens de arm , não assisti a essa
mul her es. Por minha felicid ade
cravos seus fil hos c cruel, depois de se END A os cap Á des Jerônimo Bueno (o “Pé de Pau”) Francisco
não a ter ia sup ort ado, por injusta € cito de no e ten de mador Bueno), Fernando de Camargo (come
carnificina; vida.
MM

a pal avr a de que lhes seria poupada à ão Antônio Im E : ESASTEC de 1658), José de Camargo Baltasar
haver dad a
ava, à setenta Nunes e Siqueira, ros du a 0 aa Bucno c ao padre Mateus
es, em um local cham ado Canabr
Passados alguns mes altura do atual mu-
cap á (si tuada cm uma ilha na
léguas da ald eia de Ura ados dos portu- proibia due. É passar ao rio de São E cancisco” para conquistar os in ni
Per nam buc o), 05 caciris, apesar de ali
nicípio de Ca br ob ó, ssados em escravos. do Na feito notável dano as nossas armas € aos ridres Alo
por alguns moradores 1intere
gueses, for am ata cad os ilosamente conven- pu indios ei a À os mesmos que haviam desbaratado as tro as
o, hav iam -nos provocado € ard -
Segundo o cap uch inh m armados, os morado a tas. São ve s é egolado e desbaratado já tão várias bandei
ern ado r € lhe s dec larar guerra. Mais be m “em nú me ro e Dê e raginava que estes sertanistas enjcitariam a
cido o gov frio, mata ra
os índios e, a sangue
res acabaram por render sua s mul her es € filhos, em número ocasião. Mas qa to, É o que ocorreu, Nº No entremeio, o capitão A os.
ns de gue rra, € tomaram Bahia, onde ore P r alguns índios. Uma vez que os paulistas ha
de 180 ho me
tor nar am cat ivo s”. Levaram estes para à cho feia
de cerca de 500, que da aldeia do | ssão, à junta trina encarregou, em fins de outubro
Ent re eles estavam doze índios
pretendiam “distribu í-l os” . entre os
Aud ier ne, out ro ca pu chinho que missionava
padre Anastácio de São Francisco. ortaria i ho de 1676 que se pagassem os atr:
de a 1º de jul
a a 20 léguas da foz do óciva
A
[1]
negena
o quedo ord
bem o. a Ó port ara de (os para o
ma ald cia sit uad de previsão c 25
200
índios aramarus, nu ena, um salvo- sírios de farinha,
obt ido , do fal eci do visconde de Barbac mochilas de alquei
re; alé ee 25
ea s. DID ESA,
Como já havia ele ê-los, con- a, mun ições c
tes tratou de defend o 30 espingardas, pólvor
P ,9, 4e Lemes noticia do empenh en)
ho as,de 1675 entregar : DI, 8:254.
índios, Martin de Nan
o
conduto para estes Relação da Bahia. !”
5.dasSóe em julent
ferram
eneas Portaria, 1/7/1677. DHH, 8:276-7 cgar a matalotagem, tar-
por ordem da o ds eta
seguindo sua jibertação ea ça r o sistema pro dutivo
do Recôncavo € esuítas pediam icõ
i armas s e € muniçõçõeess par
a
paraa arm mal:
arm;ar os, ind ios. Por ariia,
dorttar 16/
a de am
xar captura, comércio € ari ou DI,
+ oito pintadas
A guerra dei 8:26 Ao
5.. Ao vin de Seixas
cialq Jos José de Seixas, da Companhia de Jesus,
S€ pel o int er Csse consolidado na :265
ção, para àpro
mis são
s fazem s Raroas e munt-
passara a mov er- 6, os mora- acá s e tup inh uãe que
bra indígena. Desde meados de 167 sema do Guai:jararu. Por Ie mar a aos mar
taria, 8/8/1676. DI[, , 8:2 57 s que fazem as hostilidades na
utilização da mão-de-o , Ca choeira e Campos
alegavam temer 81257.
Jag uar ipe
e, cabeceiras da ser-
"Mo Ca afã Fi 1h Dosres
dores de Mar ago jip ra ao capitã O-mor AE, OS!stinh € , I ereira, d, (1/16 77 DE, 9. os 34-5de

s € tup inh uãc s que à ndavam pelas se -


uns currais. Para não
edi a esses mori ado! res
os bárbaros mar acá E se em outro tempo mandou SA várias Ê
provisões
à
que
!
im
p cduti d € Ç

, de ond e já haviam atacado alg Est êvã o Ri- ' [ s) mem


( os pauli sta: do asertão: : dOFor cia
H cl resolução
fi ção que foi se rv: ido tomar rop
o f odeme clICS“sy

ra do Guaiar aru de volta


à região, o úni co remédio era chamar mes es não -
fazer scm escrúpulo «que declarou por cativos todos os que se tomassem cm pucrra

despovoar qu e havia cin co


Este paulista reclamava
que os bárbaros prevecassem., ... Deveriam comprar, por conta do donativo do dote

beiro Baião Parente. [da rainha de Inglaterra) Cc pas Ide Ê lolanda] , toda a 1 pólvor ac o bala
Dali aqui Cc pudesse m F dra
q

1 —
veja
a morte do governador,
Carta , 20; 211 677 . DH , t1 . 75- 6; “ s A Affonso
v de E.º, a
Taunay. SÍONA
Hi Sforva
fi JH 4.
£ gor(af eles bu é th ate CIITES
1% Thidem, p. 118-9. 1672. DII, S:416-7. Para
-3;€ dem , 23/10/
w7 fbidem, p. 121 e. .. 1676”, PD. 95 ss.
o Lopes Serra. “Vi
da o paneguírico funcbr
Joã
NO RECÔNCAVO
GUERRAS
122 às providências
ue s de Ca rvalho que tomasse
de 1677, Domingos
Ro dr ig Carvalho consta-
bar os. "* Não obstante, logo
contra o levante des
tes bár sponsáveis pela
so. Ass im, “a pe nas” castigou 08 re
tou que o alarme cra
fal a de 500 (ou
ti nh o Per eir a, o que resultou na captur
morte do capitão Ag
os tido, em uma
mu lh er es € crianças. Nesse sen
home ns , para que
660) índios, entre
167 8 ped ia em ba rc a ções na Cachocira
o de 4
carta de 23 de janeir a cidade € só aí repa
rtidos."
A GUERRA DO AÇU
fo ss em en vi ad os cm mar-
os cativos Barreto, assumiu
ve rn ad or -g er al , Roque da Costa en to à decisão
O novo go seguim
tr az en do or de ns de Lisboa para dar Ma ra go jipe,
ço de 1678, bar o da fronteira, na fre
guesia
de fazer guerra do gen tio bár ado das pet ições
de tod o ext int o. Essa política cra result por Martin de
até que fosse as denunciadas
repetiam as artimanh realmente ocorria,
dos moradores, que
SO TE

mo u co nh ecimento do que
Nantes. Depois que to de janeiro de 1679, No FINAL do sé
a definitiva do Rio Gr ceulo XVI, a Coroa empenhou-se c nad conqui
av a Lis boa, em carma de 23 aos franceses que andavam CONQUIS-
in fo rm ensiva, quando aque-
Ai
a

Roque Barret o dom os indígenas.as. À srande mares de


capiciescomerci
guerra, senão “a def
andavam
pelos
a rend

mai s eira comandada


que 08 índios não faz iam escravos, € nes- s
Permam-bucoe da Di
expedição
e servir-se deles como
Gin

m cat iva r
les moradores 05 qu er ia as e das liberdades ici o
em bd e e E Heliciano
de 1597 ec, Homem
ura l c nec ess ária defesa das vid Coelho,
Mascarenhas
final dode ano
íba, no Manucl
partiu d de Oli inda
te caso em sua nat , roubando depois
1 as
ano seguinte, de

am algumas mortes

.
te ri
, Cri justamente
as
qu e co me Las

do forte dos Reis Mas Deo


eu-se

não havia dúvi da


segundo O governador o náciO à construção
na sério
s
nois de
Te

. Ai nd a com a i 5 MAOS. 176


disso algumas faz end as” tas, que aí vivia S aramuças, ção di diplomátic:
ti
Par ent e, capitão-mor dos paulis SL
de Albu uerauc duo s, comentregue
due a quem fora
a intervenção
a responsabilidade de
Estêvão Ribeir o Bai ão até O fim das hostili- Jerônimo
construção do Fort
er na do r de todo o gentio .
tdi os potiguares.! - da
ec que fora no me ad o “g ov estiva em sustentar- SErus , am-se as pazes : i
a tal idé ia, interessado que “cuia
o Rio Grande, cuj
2 pazes com os índi
dades”, que im pu nh miseráveis gentios”. na órbita de Pernambuco, ré Vs
ad os co m o preço daqueles como um cerritório q volução dava-se
se “a sic aos seu s so ld , por ser a matéria aind A E T6IS,
por muitos S anoss ainda.
Ul tramarino parecia que o
segundo o Brandô
mo
n o. do inexplorado
Não obstantc, 40 Co ns el ho ulos de Roque havia na ca da
ii ên ci a, dev er- se-ia evitar OS escrúp nia do Rio Grande mais d Diálogos
das Grandezas, não
de grande co ns eq ento, € ser aquele fundado por Jerônimo do a que um engenho de açúcar, o de Cunhai,
tio ] quictação é só fingim «UMHA,
a sua [do gen não se obrigar 14d
miquerque. - G se davadizia
Barreto, “pois
sil de sua nat ureza inconstante, e ca :
do Brasilao s pa colega Alviano, 1uc.
isto Como t o
assim clalistad nas
especiali
por PCCIi
bárbaro de tod o O Bra ordenar ao mes- coisas ,
£ pata se , +

tod as ess as razões, O rei deveria mais disposta


do meio da paz ”. Por eles sertões para holandesa, os enge pastos de gado”.? Com efeito, logo apóss 4a inInvasão são
co nt in uasse à “guerra naqu cheg;
er al qu e ssam viver S — que
os
daqueles inimigos € po
cre-de-campo-g en À S
em Pern:
ex ti ng am as inv asõ es em Itamaracá regavam a 106 2
que de todo se s sossego”."* c care A criacã
três no Rio G rande.?
omambuco,
19 e 20 na Paraíba — não Dasassavam de à
a conquista com mai : penas
os moradores daquel ão de gad
E ra gado. conheceri a grande
c
após a expulsãsão d os holandeses. Na época do restabelecimento do Ose.
se-
À patente de Carval ho, pro-
1 97/11/1677. DH, 9:53;
Bar bos u Le al, valor comprova» :
us Carta a Francisco ada, esc lar eci a que era um homem de
vendo-o a capitão-mor
da jorn fio Salitre, por duas
anuios na região do . cf , , Sé 1TEIO
i ve
. Buarque de Hol; ut n da. t Conquista da SEL
costa $
EStC-0CStTe
l Cste-ocste . In Id o em (or E ).
tivera com os índios no sertão do Piauí,
:;
do nas refregas que guerras aos E uasguaes
1676, € na ocasião das
p 4 00.203
1677. DH, 13:48. brasileira. Sião I aulo vol ! ] 9h
vezes, em 1664 c em
Crostização
de Carvalho, 20/10/
.- É
Ambrés SIO ul ele undes
Fern: andã
d eu B Drandão., sb fere, 3; , ”
o do Brasil , ( 161 8) y s 966
Didlogos etes grandezas Recife, l
Dom ing os Rod rig ues valho, 3
,

em 1675. Patente de Antônio de Matos Car


cart a à Man uel de Sousa de Azevedo €
14 Inglusa na
Cr. Descri I De ,d:al 5 5 €alCupi
pieanisi qd s d CIC al
U P, ermaumbau Cc O , Fes umaraça,
maraçá,| P; |Pa raíb: a, c Ri
| Io € srande - d do

1678. DH, 9:59-60.


Nor c . M emoria
m a) ) presentada a o ( s ONSC selho Político do Brasil por Adriano Verdonk
cóu. 245, 40. , cód. 252, fis. 56v
-8, ou DH,
us 16/4/1678, AHU, Ult ram ari no, 212/1679, AHU
sel ho
ve Consulta d o Con
124

$8:168-71.
A GUERRA DO AÇU 125
no AGU
124 A GUERRA icados avi- da vizinha Paraíb; -16
l, em 1659, foram publ os dois filhos do prin-
na cidade do Nata terras na capita - abliasCanindé,
cipal do o Cid
do vei, quando janduís”,prendera
a os» quando eos remetera com mais dois
nado da câmat a mo ra do res à retomar suas 4-
sos conclamando os an ti go s o Vaz Gondim (165
Antôni
sob pe na de per dê- las. O capitão-mor, s moradores €
três ini seus vassalos
mens de Mendo fez um ndido o desejo
festouLisboa,
AT niao de ver
um dos janduís, espéc
algunsum certo
nia, a vi nda de 150 novo o de-
ve l pel ter rit óri de» ajudar au redução dos se o ão rei para poder retornar ao Rio Gran-
à recolonização do
on sá
1663), seria resp a efe tiv ar es
nt a cia par E er na nd
companhias de infa cabeçados por um certo Domingos sci s de
en as por Conselho Ultramarino estava de acordo, consi tando qu Caranha o
vastado. Em 1676, pe di am se sm arias de cinco légu
en te s enviado um padre para levar o «perdão que cu s ea eso os
stes índios
Araújo, sete requer pitania
do Açu, ao norte da ca e de sua tiverem cometi do c m s e |: eses
andeza dos campos
rib eir a pa em se lançar com os holand
largura na ta da pel a gr ses no tempo [em] que
re pu autor do pavam aquelas capitanias”.*
A região do Açu cra dia ser cri ado. Segundo o
s muito gado po Pereira, trata- Francisco Barreto, ememuum a carta ao novo capitão-mor da Paraí
frescura, Nos quai Gr eg ór io Varela de Berredo Matias de Albuque
(16 90) , distância de ai
“Breve compêndio” , “por estar de cias de que haviam fugi o taranhão es(1661-1
663), alertava a “man.
de mu it o dit íci l ac es so
de arcais € de a pos que ele ali
va-se de um lugar ad en tr o, em partes com morros dar pôr” e que “a maior marte
lo ser tão intensa co- por trás da Paraíb: q .
trezentas léguas pe ag re st e” . Su a colonização mais ernambuco”* N uu s estlaval
dia mu i por tapuias, dade dos tapuias de nem ao de 1661, em razão da escacento hostili
em outras de penc 16 70 e iní cio de 1680. Povoado
década de foi desco- ão escre-
meçara no final da bá rb ar as € ag re stes”, este sertão veu para a regente d. Lui se aatias de Albuq uerque Maranh
es toda s currais e vi-
“com diversas naçõ
bárb:
ns va qu ei ro s que aí fabricaram ros janduís residentes no q jusmão, avisand o que “os índios
rebel d a
por al gu que tinham da capitani a estavam
perto inicialmente iv os ha bi ta nt es , “pelo interesse é declarados inimigos” A rito e sertão
08 prim it e eles ne-
viam em paz com ch ad os € foices, que é o qu am em que sctanto
“causado possam que osr brancos
receiodefende dos po
rramenta s de ma seu cotidiano tratam de fazer suas casas ácortes
em lhes darem fe ár vo re s e ti ra rem O mel de pau, pentinos assaltos”. Log
cessitam para cort
arem àS sertão seria que,
du ra ri a mu ito pouco € este da gravidade d
[aos nduísi
regentee ordenou
1662, a a fazer-lh
Janeiro, de“conviri
o, ess a paz ao longo a situação
cidades cometidas com que se exting:
em virtude
sustento”.* Contud as ba ta lh as ec at ro Sueria
rent perten-
palco das mais sang . Os capuias nativos, Na grande maioria em no us]
de uma vez” antes que acredit
das guerras dos pá
rbaros usos dos mo- mito
quantidade de cavalos em que se exercitam
presençit € aos ab valor, a “por terem
a que o
ir am à com doutrin
re ag levantes de
holandeses”." Assim Marias lio
janduí s,
centes à nação dos da dé ca da de 1670. Alguns fazer a guerr os com
radores desde os
primei ro s an os
am 0 movimento
que tomaria Albuqu erque deveria pouca despesa e com
indí ge na s pr ec ed er
te geral dos de seu sobrinho Diog C a guerra, go Coelho de Albuquerque, conseguindo aa obe.
isolados de grupos de no mi na do , à época, de “levan
€ ser ia
maiores dimensões .
uerra do Açu” exatamente 0 E
tapuias” ou de a “G te m O his toriador em fixar disso, , todavia,
todavia, éé uma a carta
j
cart : do freií M; anucl da Ressurreição,
entã
ade qu e ão in-
Apesar da dificuld parte da documentaç
. de «
1688,governador, -
do
dc con fli tos , a ma io r se à
capicio Manucl
s datada de 6 . de czembro
dezembro d dentão , em que diz:
início desse conjunto s de 1687 assistia- ue de Abreu
esta Soares,
guerra 4 sc comer e viv: .
“cinco Man anoss há que t ã o à
áspera,
dos primeiros mese eçou,
. c um que que éé tão
à partir o -
nt nso de E.> Taun:
siste em notar que duziriam, em movime vosmecê vê”. . Afons
Bárbaros” p RAM, » 2281, 1936;
.;
ss as re vo lt as c levantes que con + Os mot ivo s da: - carta do dearcebispo para anal do ; Rb Abreu quere Soures,
es,
dos
6 6/12/1688. . DH, 10:343-6. 10:
dEmdi
retomada de co nt la gr aç ão generalizada. ?. Affonso so de E. Taunay. y , /istóri
E.” A
Históri a geral das bandeiras paulistas.
.
São Paulo oa L6
, vol. 6, p.
estado de pitão-mof ,
ascensional, à um us os de Jo ão Fe rnandes Vicira, ca “349.50.
.
dos ab A consult:
revolta remontavam "stcs e
sulta traz o desti um nessa cidad
o an quatro índios: . “é falecido
ssa CIdAde
na ilha “Ferccira o fu p dr àa Para está
,
oa nado do navio que vinha, se
,
tornou aca Paraíba,e
ta colonização da: o quarto é o que faz ss vo . Consul: UI i
nn ios , rolunos e missionários requerimento”. + Consulta
faz esse Martins do Conselhoselho Ultramarino, 28 /
es. Missões rel igi osa s: jud 11/1659, . A Apud: Fátima Lopes.
s Lopes. refigi
Afissões religiosas: fre cio
4 fátima Martins Lop e do Norte. Recife. 1999, p. 102-5. . ão da capitania
- na colonização or do Rio Grandedfessões
do Norte ros nos colonos e missiondrios
ant buco o sf. governa: 1999, p. 118.
capita nia do Rio Gr governo de Pernam ã o-mor
capititã + Recife,
da Paraíba, 20/7/1661. APEB, + Cód. 147,
cód
ên di o do que vai obrando neste D, 51: 264-65, 1979. Carta de Franc is
cisco Barret
arret
para 0o cap
o o para
s «Breve comp es da Câm ara Coutinho etc”. RIA
da guerra do
: A I4IvZ. .
dor Antônio Luis
G onç alv fixar em 16830 início
ava “fo ra de dúvida” que se devia Bár bar os” . O úni co indício
+ Para Taunay cst
, por sin édo que , como à “Guerra dos
ava
qual tom
Açu,
DO AGU À GUERRA DO
ACU 127
126 A GUERRA
lhes des- t
bárbaros contra OS janduís que sas nações s tapuias
tapuias, mas
ns dava por certo que
. avi
ae havia aiainda um;
havia :
diência das outras n ações dos ira da” . Mas, de ações “que fazi:
nações
ue
erão esc apar nem ter ret assistiam, as
moradores que láà assistia ma-
sem pelas espaldas, não pod ou qua se nada ts o dano
ando-lhes s e comem:ndo-lhes gado, aos
f
vras de Taunay, “nada so m:
gado, frechando ee matando alguns nevros:
fato, nesse momento, pelas pala e Di que no ano pass:
- 0O DO passado houvera considerável perda em € Runs nenros;
se fez”. currais”. 1º perda todos aqueles
fora.
espalhavam por todo o sertão de
Os conflitos com os tapuias sc ito ao rei Em di
1687, , : as hostilidades
de Macedo de Faria havia escr ,
sentendimento entre o; capas fi o desencadeadas per um pequeno de-
Do Ceará, o capitão-mor Bento io bárb a-
iam os moradores com O gent do fil H r C O! as c os moradores que res .
dando conta da opressão que sofr am pro-
o “payoquis” (paiacus) causav :
de € Pereiraa, Oo Então te na more
ro.3 No Piauí, os tapuias da naçã uias de ho de umPascoal
Ri io Grande, principal. Para Berredo
Goncalves capitão-mor do
“onsta que, em 1671, cstes “tap e de pouco
blemas à expansão da pecuária.
respeito” ço es de Carvalho, que era um “velho (
a perigo
ias avassaladas, quase punham que o conf 4 + terna demorado à atalhar a contenda, d o
corso” tentavam destruir as alde
“insultos” pelas estradas, “ma
tando os cor-
ar Pa, oO
Eximindo-se -se d da culpa,
+ * “depoisi rapidamente.”
capi
a fortaleza e faziam muitos
no tem
o”. Já po do cap itã o-mor João o eoniio
que o-mor degencrou
: que,
dizia da expulsã o são dos hol: leses” Capi-
reios que iam para Pernambuc
. . s da Cc) andeses estes dele
quem to , a DP '
o dos ros com
esse s tapu ias aprisionaram “os filhos da naçã sertões do o ram sempre
“confederados” haviam-se SOTO o AD“aos
"Lavares (1666-1670), em mes tiç os com os viveram sempre co m natural ódio “a
aos
,
.
jagoribaras, nossos amigos e
compadres, que viv dE >
de 1687, os tapuias Ódio dos
8 haviam-se esmas «No
portugueses”
o dito cap itã o-m or saiu exato dia 15 de fevereiro de
índios avassalados”. Quando sou
be do sucedido,
a, €, tando quarentaa é € saio Ran ; Ma-
em sua per seguição, “para lhes tirar a pres nina
seis homens vaquei
sv iros que assisti: no sertão ã d;
com alguns soldados ram guer ra com tro mbe- «
quela capitania,O com dl;
ados distantes que
60 léguas daquela pra à
assistiam da-
lhe apresenta drandes gados,
chegando a eles, os ditos tapuias tos c apr isi ona ram al-
se mataram mui nas = EN ades nas fazendas dos , moradores, “o e o o perigo
mesm nao
tas e tambores donde pelejando
2a
rio da araíba ee do Ceará”.
. Vendo smo a
d;

eia da Silva, em junt a com 0 vigá diz tor oro


as antas da da | Paraíba
capitanias
guns”. Seu sucessor, Jorge Corr ien te “des trui r-se aque la
era conven alcance. “as qutis cativa de mandar marchar algumasst tropas + e eu
companhia e outros, decidiu que
a” *. Por volta de 1672, com a con- , « . als efecto
daqu ela capi tani Ds os rom o :
nação para sosscgo tinho, aq muit os pelejando com cles por duas
na vezes
ambu co, Fernando de Sousa Cou mataram
es mais
am aliviados sete
é € com este bom sucesso ficavam já aqueles morad .
cordância do governador de Pern mais de 200 e pris iona ndo
“matando nhecimento do a das ameaços daqueles bárbaros”. Quando tomo Eco.
o capitão-mo r mandou destruí-los, soss egad as”. ”
nossas aldeias “ Do so
a muitos, com [o] qu e ficaram ano de aja com todo o cuidado, 9 Conselho Ultramarino recomendou
Alguns acordos pont uais for am tentados com os índios. No arde, em uma camarta Jde a 23 vitde feverei
ância com estes índios”.8. Oito dias s mmaisis
ram que o capi tão- mor en- , :
l soli cita ro de 1687 €“dis da a vilavila de de Natal
1681, os oficiais da câmara de Nata bele c er a “paz e uniã o” :
p ediam : governador de Pernambuc
ao os «dis
D84, 08
para tentar esta
viasse um intérpr etc ao sertão isti am na regi ão do Açu. uco, João da Cunha Souto Maior,
socorro pelo risco € m que . nos achamos,
conflitos pers
com os tapuias.” Não obstante, os 0 sertã
tapuios que, , no sertão de Açu,
diante da rebelião doss índios
índi
e 1682 « 1684 , Antônio de Sousa de Meneses, já tê
morto perto de€ cem pessoas
Em seu governo, entr das cent rada s daqu ele
+ Já tm ,

nte de capitão
Braço de Prata, passou uma pate
, I g ,

Ferreira. Este dipl oma, transcrito


sertão a um certo Manuel Nogueira
notícias da situação tensa no Ser-
sem data por Borges de Barros, dava
, ao que consta, pacificara diver-
tão do Rio Grande e Paraíba. Ferreira
a Va Pp tão Manuel
] de Abreu Soare y já eunha
ou

cód. 275, fl. 316.


querque Maranhão, 9/1/1662. AHU,
v Carta cégia para Matias de Albu RAM, 22:20 , 1936. . Citado Pp OT Affonsho
dos Bárbaros”. d e E. Í aunadv. Fist(74) et ge y at
Afonso de E. Taunay. “A Guerra
. des bandeiras peru:
a hi estas.
Ê São 1 aulo, ,
2
régia 25/1/1685. AHU, cód. 256, H1. Sdv. Es”
18 Carta Veja também, cartá “Breve compên
compêndio,
di ..º. RIAN 5/:264-5, 1979
c certi dões anexa s. AHU, Ceará, caixa 1, 30.
“Provisão de 1676 DI, 4:182 . Car ta de E ascoal
3 € J on Çi alvese de
2/10/ 1673. € AP Irv Va ho
régia para Jão Tavares de Almeida, 8, ta do o Conse
dores +, 19/72
páci- É
687 . AI JU + Ri + G ar Grande,
capitão- mor, 23/8/1681. Apud: 24; consul
| 89:87.
de, cuixa
! I ,
de Natal ao Conselho Ultramarino, 10/12/1687. AHU, cód. 252, . 17v: c DI7f
18 Requerimento dos oficiais da câmara ma colonização da
osas: índios, colonos e mist jonários
ma Martins Lopes. Afissões religi
o Ca A .
Recife, 1999, p. 120. : raso da câmara
m de acal cin que
] ssuplcam +
capitania do Ria Grande da Norte.
u 4 s TO,
SOCOTTO, 8
N$7. GR
5 t dix Ok
meme
A GUERRA DO Açu 129
aa crer Sprmarem mentegpemamesm
ca o
A GUERRA DO AGU divers: Pes
128 soas entre sião se ajuntaram fúrias,
bar o hav ia mat ado “mais de 60 pes sran de mult idão vie de alarves e fizeram grandes
] até os arrabaldes do Rio Grande
bár em ju- juntas fem
que consta, O gentio smo estrago”. Apenas
con tin uan do o me matando a toda coisa viva a UAM danos
o contrivam e fizeram grandes rnador
brancos c negros € ia “socor-
esc rev ia ao de Pernambuco mandando toda s aque
em as da Cunha DN las dita s ): Nm
l
toda a gente, e muni-
gove
nho, O governador-gera * Em março de 1688 , o
el à dita capitania com
Mati
a bre vid ade pos sív não padeçam à Sua
rer com ndo que os bárbaros ha-
ser; par a que aqueles moradores O viam matado “o ano passado m is danos, dize
ções que pud er à vão continuando”. oas entre brancos e escra-
ruí na, na ass ola ção com que os bárbaros de Pra do Leã o vos, destruindo mais de 30.000 es de 100 pess
última Manuel
ande nomeou um Certo É iomuitoeudifíc il imaginar osS inda de fa do ram à : ã
capitão-mor do Rio Gr que servem na reg ião do Açu”, para defen- a
: .
ivos que leva contlagraçã ;
pit ão dos ho me ns
ece não ter surtido tapu ias
em segu naqu
ida ele
à es Duls ão do po toda mane ira, É impo rtan te duo
como “ca dos tapuias, 0 QUE par
der os mor ado res dos ass alt os
7, o capitão-mor dava con
ta das novas
se havi am post ao nola ndeses (165 4), vários dos grupos indí-
efeito algum. ” No fin al de 168
tor Sebastião Cardo- gena s que s
Centre Os quai os “m pos tad no ado perd edor , notadamente os tarariús
ia ago ra O gentio tapajá. O dou
hostilidades que faz foi ouvido no principal grupo deles, que tinha
ser via de pro curador da Fazenda, este nome em razão do sscudelrei à FJanddu m mais ime dia tam ente
so de Sampaio, que incidentes haviam a nova situação € vário uí), per ceb era
no € dis se que soubera que tais mo do sert ão
Conselho Ult ram ari mataram um ín- aram para o mais ínti
e 08 sol dad os daquela praça lhe Essa retirada parece ter id es recu uma carta ao pro-
0 considerável Vicira, em
sido causados “po rqu segar O gentio. O Vincial dos jesuítas, dat a
e”, de mo do que convinha procurar sos para Sã-
dio, seu parent
min ar o pr oc edimento do capitão-mor idia-se do Ibiapaba os padres da Coma nham d pan ioia va due “ na serra .
rei deveria ma nd ar exa
. De todo jeito, dec . dE am dificuldades com
com omissão culpável” des raíze d e heresi
€ ess de heresias dos holandescs, que entre cles deixaram plan
ta.
ber sc não “houvera ear para o governo da cap
itania uma dos”
ven ien te nom
que seria mais con esse “praticar
e € dis pos içã o”, bem como se fiz “companhia dos fetirados de Per era alimentadase prin cipalmente pela
lembravam dos bons
“pessoa de cap aci dad Em feverei- erna mbuc o”, que
pel os padres da companhia”. ganh os das alia nças co . e
[missionar] aqu ele s bár bar os,
or, com à certeza polandeses. Segundo o relato de Matias
cur a deste novo capitão-m Beck, mais de quatro il os por terra atra-
ro de 1688, est ava -se à pro a, devassaria O os fupitam de Pernambuco,
o ouv ido r, re cé m- nomcado para à Paraíb vés de Itaparica, Paraíba indi
de que o nov giar no Cour á Con-
procedimento do anteri
or. maior enver- ta que estes índios tiziam abename para so refu o Brasil havia sido
ecb eli ão dos índios janduís ganhava vergonhosame nte perdido e erue Do que todo
No final de 168 7, a repressão ao Je- resistência
os con oo por assim dizer, sem ção
de And rad e, que participou da aos portugueses”. Exaspe de seus
gadura. Pedro Car ril ho ribeiras do Açu, .- com o que consideravam trai
que os jan duí s “se levantaram nas aliados, “a quem cles ce ficlm nte tantos
vante, explic ou
168 7 para 88, matando a
toda coisa vivae “anos”, temiam IES o He mente serviram € ajudaram dura
di, nos ano s de nem pedra so- port ugue ses para so-
Moçoró e Apo tudo, n ão deixando pau o cair nas mãos dos
ndo € abr asa ndo da o seu . frer uma perpétua esc menteo « Nesse sentido haviam mesmo expul-
depois queima rec em rui tnas”. Segundo ain Além gado os holandeses seravidã
que ain da hoj e apa
bre pedra de perdidas na ocasião. ae pois, “uma vez únicos se-
eças de gado foram “;nhores do Ceará, eles ÃO anti
relato, milhares de cab áve l aliança entre outras
nações, 0 QUE,
se esta bele cer e cles
+
pro
e
punham es o Co atá o aos
pro v «alemães de ali
.
uma ho, “nesta oca- zará o seu
&
disso, prenuncia va- se -
É
ain da mai s pre ocu pante. Segundo Carril
tornava a guerra
'
Paulo,AMU,
am 1708,
DIf, ,20, , cai
688. mbuco
19/3/1Herma
t6.
a deadeSão
câm:Andr
Memorial de Pc caixa
los Studart Filho. Páginas de história e
pré- história. Fortaleza
,
Memor ial dede d: Cuct
Pedro
ad unhalho de
a àà câmar
Cata

tivro 2, 11. 96v-7, Car Cartas Rio a s


, - DI, HE: 139-40.
DH, 10:245.. paras. Rio e Janeiro, 1949, p. 199-205
1966, p. 65.
O governador de Pernambuc
o, 17/6/1687. exar: .
da Cunha parã 2, 1. 102. - A serra do Ibiapaba ficava À ovezesdo 1 Brasil
fronteira do Estad co o
sil com
» Carta de Matias LHGRN, caixa 65, livro do Maranhão, em face de Ca oia
amecim, .
ny
no litoral, na, Desse
uu aparece c
Prado Leão, 12/8/1687. . 252, fis. 119: Desse modo, por vezes
a Parente Manuel de 6/2 /16 88. AHU , cód Us
Ultramarino, cm 1676 pará; pertencendo ao car
Ceará , pra do ns
2 DI, 89:93-95. Consulta do Conselho sid o env iad o ao Maran
hor vezesderam hão. Para os fins deste estudo , Situado na
: jurisdiçã
Cardoso Sampaio h avia
Sebastião R segunda metade do ste“culo, consi se
os Ds a a serra parte da jurisd
como dane da Maranhão,
ição do me
20. O desembargador que haviam sido concedidas o era; de modo* que, como pode perc eleitor, o aldea
€ às condições das sesmarias e políticas da P roviit, Pi de fato
co j
do Anex o 3 erol
ro aldeamento dos
verificar a a titulação
€ Silva. Memórias históricas const:
não consta do quadro
tas não das aldeia s
Accioli de Cerqueira )
Bahia. Cf. Inácio
vol. 2, p. 56-7.
cia da Bahia. Salvador, 1940,
130 A GUERRA DO AÇU A GUERRA DO AÇU 13]
lugar de estabelecimento e de encontro”.? Pouco depois, Vieira locali-
zava seu principal abrigo na serra do Ibiapaba, que era na época um
“refúgio reconhecido e valhacouto seguro dos malfeitores”, Os primiti-
vos habitantes daquelas regiões, os tabajaras, cram tupis c por isso mes-
mo interessavam sobremaneira aos jesuítas, cujas missões entre eles fi-
Uruburetama caram conhecidas em razão da célebre “Relação” de Antônio Vieira. O
Maranguape *
jesuíta se lamentava, então, que, “com a chegada desses novos hóspe-
des, ficou Ibiapaba verdadeiramente a Genebra de todos os sertões do
Brasil, porque muitos dos índios pernambucanos foram nascidos c cria-
dos entre os holandeses, sem outro exemplo ou conhecimento da ver-
dadeira religião. Os outros militavam debaixo de suas bandeiras com a
Açu
disciplina de seus regimentos, que pela maior parte são formados da
Serrada X
Veprtama
gente mais perdida e corrupta de todas as nações da Europa”. Um dos
1 x
Serra “au M
'
ia objetivos principais destas missões era atalhar a possível “contamina-
ção” das tribos tupis pela heresia calvinista trazida pelos tapuias. Quan-
do Jorge Correia de Silva servia como capitão-mor do Ceará, na década
de 1660, testemunhou que de fato os jesuítas e seu missionário-peral,
Antônio Vicira, haviam retirado daquelas serras cerca de 300 “índios
pernambucanos”, isto é, tapuias, e “os índios tabajaras ficaram sossega-
dos”.” Estes “índios pernambucanos” eram chamados de acoansus (ou
anassus, segundo o padre Miguel de Carvalho). Em 1708, não passa-
vam de 200 indivíduos nas serras, ao passo que os tabajaras somavam
mais de 2.000. Em uma petição de 1720, estes tapuias diziam ser pa-
rentes de outros habitantes das serras do sertão do Araripe, a quem pre-

? Matias Beck esteve no Brasil durante dezenove anos, em 1649 foi ao Ceará, à pedido
do alto governo do Brasil, para procurar « encontrar uma mina de prata. Durante
cinco anos viveu entre populações selvagens, “brasilianos e caputas” e relata, nesta
carta, a situação em que sc viu uma vez entregue o Brasil a0s portugueses. Como os
índios queriam atacá-los, acabaram por ceder o presídio aos portugueses c partiram
para a Martinica. “De coda mancira, cu acredito que os ditos brasilianos não tardarão
ancxas,, século XVIL
as anexas
capitanintas de se colocar de novo de nosso lado, tão logo seja enviada uma força a qual cles
Mapa 3. Pernambuco c « as capita
possam confiar” (p, 197). “Carta de Beck que trata do Ceará, Barbados, 8/10/1654”.
RIHGC, 82:195-6, 1964.
“Relação da missão da serra de Ibiapaba”. In: Vozes saudosas da elogiiência, do espírito
do zelo e eminente sabedoria do padre Antônio Vieira da Companhia ee Jesus, Voz histórica.
Lisboa, 1688, p. 19.
Provisão do capitão-mor da Ceará de Jorge Correia de Silva, 1676. AHU, Ceará, caixa
1,30.
Carta de Cristóvão Soares Reimão ao rei, 13/2/1708. Al IU, Ceará, caixa 1, 70; Miguel
de Carvalho, “Descrição do sertão do Piauí remetida ao IImo. « Rymo, frei Francisco
de Lima, Bispo de Pernambuco, 1697". In: Ernesto Ennes. Às guerras dos Palmares.
São Paulo, 1938, p. 370-89.
132 A GUERRA DO AGU A GUERRA DO Açu 133
do seus avós se retiraram antiga- daà Rosa,
Ná Rosi em seu
seu 7%AgTratado Unico
Ini da Constituição
cendiam visitar. Contavam “que quan principais com
: )
sonstititição Pestilencial
tal de P, ;
deles outros dois
mente da Bahia vicram em companhia
(Lisboa, 1694), acreditava que a mais provável caus Tu eruambnco
o se separaram
numerosas Famílias,os quais passando o rio São Francisc algumas 5 barricas
Da de carne putrificada a que que restavam
tarada dada torna-vi:
epidemia eram
serras do Araripe, onde há mais um São Lomé.
um anaviov indo de - Sio E
lomé. Consta torda-viagem : de
que um tanociro a do Recife,
deles c sc embrenharam nas dilatadas
rão passar de quatro mil almas”.* riu uma delas, morreu imediatamente, c |
de cem anos vivem escondidos, e pode i a
certo que à re: ção dos tapuias cos dalda família,a, “estendendo-s an Po nT do RMS
»ara além desse ódios tradicionais, é pessoas ndendo-se o mal com tamanha rapidez que em
e do avanço da economia pasto- pos « tas Pereceram mais de duas mil pessoas”. Chamada de api
deveu-se muito mais à pressão sufocant
de-obra, fatores que implicavam h Am ao de uma autópsia realizada por um entendido em cir
cil, que demandava mais terras € mão-
eira. As milhares de cabeças de
arrocho sobre as populações da front e o únio rebon, que identificara em um cadáver algumas lombri.
do crescimento da pecuária. À E s ou , las e sugerira que fossem a causa dos males na verd ide
gado citadas acima indicam à dimensão
províncias do Norte também pu- ceara via-se do primeiro surto de febre amarela, originada da Ásia é mr .
situação pestífera da Bahia c demais
de-obra nativa e certamente ente transportada das Antilhas, onde eclodira em 1648-49 o ”
nha em xeque o abastecimento de mão-
razias e expedições de conquista
pressionava os moradores à promover
ncel, matemático c astrólogo, havia A campanha de Antônio de Albuquerque Câmara
nos sertões. O jesuíta Valentim Esta
observado de Pernambuco um estranho eclipse da Lua em dezembro Domingos Jorge Velho e Manuel Abreu Soares 1687-1688
males assolariam o Brasil.” Com
de 1685, prognosticando que grandes
a “um fervor de sangue e se se Em pouco tempo, os tapuias fizeram-se senhores de tod
eleito, em 1686, uma doença, que trazi ã
ompia e matava em breves dias”, assaltando os colonos na ribeira do Ceará-Mirim, a cinco ] seu a y à api.
Jhe não acudia imediatamente se corr
s de 25 mil pessoas”, segun- tal. Diversas casas-fortes foram construídas, nas quais os mora k , es se
assolou a capital do Brasil, atingindo “mai
mortos chegaria a novecentos." cefugiaram: amandatuba, Cunhaú, Goianinha, Mipibu “Guarairas,
do o marquês das Minas. O número de
mais de três mil pessoas somen- Po eng GuingR ç aldeia de São Miguel, assistindo em cada delas à me.
Em Pernambuco, a peste teria matado
imputada, segundo o autor de seis homens.“ Dada a situação de extremo perigo €
tw no primeiro semestre de 1687. Era |
a cidade à terra firme feito por se viam os moradores de Natal, um dos oficiais da câmara do Rio Gran.
carta anônima, ao pontilhão que ligava
1683. O médico João Ferreira de. À ar vel uarte de Avevedo, foi à Bahia para representar a necessi-
ordem da câmara de Olinda, no ano de
» e » “4 » à à i . : .

socorro.” À solução encontrada pelo governador-geral, em


sete
setembro, roi i provideni ciar
ii o envioi de duas companhias dos terços do
Ceará, caixa 1, 90, Em outra consulta, com o e dos Henriques que deveriam partir sob o comando do coro
“Petição dos acoansus, 12/10/1720. AHU, com que
s, temos mais notícia do empenho ºnel Antôni
tônio de Albuquerq : ue Câmara,
â
carta do missionário padre João Guede lho Ultra marin o, va que fora nomeado cabo da fac
es. Consu lta do Conse
intentavam essa descoberta dos parent
1721. AHU, Ceará, caixa 1, 94. Bahia. .
ias históricas e políticas da província du anôni
Carta hão m: 3/6/1687. AHU, Pernambuco, caixa 10, Uma representação des
Inácio Accioli de Cerqueira c Silva. Memór Leite. Histór ia da
pantil pode
. ç tsse
im Estancel, veja Seraf im : po e scr vista em um ex-voto de 1729, na pinacotec; do Conve
Salvador, 1940, vol. 2, p. 138. Sobre Valet ' btecanto de
de Janeir o, vol. 8, p. 208-12 . anto Antônio de Igaraçu.
Companhia de Jesus no Brasil. Lisboa/Rio e
u), os oficiais da câmara de Salvador, €;
Lycurgorpde pasto Je e
Santos | po Qustária geral da medicina brasileira. São Paulo, 1991
ss Por conta dessa peste (na verdade, febre amarel procis-
va
s hi; o ' ,
erigir Francisco Xavicr padrociro, com 1, p. 17 ; ccioli de Cerqueira e Silva. Memóriaias
em 20 de julho, pediam permissão de 7/7/1686. DH, 89:54 ia = alo. Silva. Memór históricase polítie,
marquês das Minas, rovínc
são todo os anos no dia 10 de maio. Carta do : viro dt Dali Salvador, 1940, vol. 2, p. 138. Sobre as doenças c a Anrtalid q :
m Inácio Acciali de € *erqueira c Silva. Memórias históricas e políticas da mercado q cb que dtipe de Alencastro. “Peste é morcandade s na formaçã “do
7. Veja també é à do do
2, p. 239-4. e trabalho brasileiro”. In: Antônio Riséri ão do Brasil. Salva-
província da Bahia. Salvador, 1940, vol.
que era necessária uma ponte de arcos,
” - dor, 1 199 1997, p. 33-8; - in: . Antônio Risério (org.). Invenç
Drasteirosco Guerra
cane c Franci
Apesar de um engenheiro haver esclar ecido “Medicine in Dutch Brazil 1624-1654” Toc
H
do rio Beber ibe e mesm o das marés, e que permi-, upa copgart (ed.). À Humanist Prince in Europe and Brazif."Vhe Hague, 1979, p
para que pudessem passar às águas pafá à:
pôr uma “muralha com alguns canos
tisse 0 trânsito das canoas, resolveu-se n O cio todas as campl- ' Carta da câmara de Natal ao
m para este fim, alago governador-geral, janciro de 1688, [HGRN, caixa 65
vazão do rio, e como aqueles não bast asse & desd
nestes pântanos, ficaram corrupras Euro 2, fl. 107v.
nas c várzeas da terra firme”. À águas, causa pelos médicos locais.” rea de Matias da Cunha para o capitão-mor do Rio Grande, 17/9/1687. DJ[, 10: 250-4
foi apon tada como à
logo que à doença se manifestou
A GUERRA DO AÇU 135
134 A GUERRA DO ACU
ocasião pelo governi «
ades de
ção contra 05 bárbaros. Para
tanto, pediu
temos oficiais maiores e ais a neta votaram todos os teólogos, ministros e
Pernambuco, Paraíba e Rio Gra
nde.” Essa expedição, de que ra era padodevia
“justa,
Preocu nas ser e fensi 's de grau, tendo-se assentado que a guer-
cnstva, e os prisioneiros cativos”.*
de 1688,
em cnorme fracasso. Em janeiro
poucas informações, redundou dia com dos acontecimentos e com a fúria que
, depois de lutarem “todo o demonstravam os indios No
Câmara c seus trezentos homens uaram dei-
rec maior, mais enodenado ais da Cunha procurou montar uma força
até não poder mais resistir”,
mais de três mil arcos |... .) sold ados feridos. Cons-
O saldo: trinta bárbaros.” No início de é 88 osso capaz de desbaratar de uma vez os
xando a campanha para O inimigo.
ta que os índios se haviam apo
derado das armas de alguns
soldados.
ordens que procuravam « voe, O governador despachou uma série de
a ponto de
entrassem no sertão Sim ana eae ciçõeS de pontos diversos e que
moradores ficaram abal ados
amanha foi a derrota, que Os nit ude das hostili-
a. 4º De fato, a mag
ia”
ameaçarem “despejar a capitani l do mora dores, ado a tropas que partiriam de Pernambuco. reorganizada s
ACAS CMai tor mo
imento de fuga gera '
dades estava produzindo um mov inici: 2
e de seus per- núcico
de ut de Albuquerque Câmara c de Manuel de Abrcu Sou.
ando por sua segurança res, c
que tudo abandonavam, procur Gra nde
ul, as tropas dos paulistas que marchavam
1688, o capitão-mor do Rio
tences. No dia Il de janeiro de povoa- para os Palmares, refor :
este êxodo, alertando para o des bandeira de Matias Cardoso, outro
baixou um edital para impedir er clas se ou que seamachava
paulista Deveri “o pela entreti
se; Scasião, do no sertão do rio São Pran-
” todo aquele “de qualqu Leco do
mento e considerando “traidor o e ter Os
jurisdição, sob pena de ser pres
condição” que tentasse sair da se entend
ção paranados
subordi eremao é soob remanter,
apenas na medida
o melhor
do possível, comunica-
modo de fazer a guerra, e agir
seus bens confiscados.” .
ovisar uma solução para O caso eralizado. À razão da Dota da Bahia, sem nenhum comando cen-
O governo do Brasil resolveu impr e Velh o con- nã percepção de que A ratégia de fracionar os contingentes achava-se
a O paulista Domingos Jorg
Sabedor da jornada que preparav he que
as da Cunha escreveu pedindo-l índios não podia prescindir
tra os negros dos Palmares, Mati as forç as que de uma mimese do inimi o, Como v estes
Pernambuco “com todas forças irregulares da Colônia deveriam ser + na próximo capítulo, estas
a suspendesse € marchasse de r”. Dessa
r-lhe todo o dano que pude
tiver, sobre aquele bárbaro, € faze dizi a o gove r- go a aeDressão de Oliveira Viana. En cuia bo de 1 6860 de cc piano
à bravura paulista. Como
feita, havia um incentivo a mais deg ola rem . z . e “ue ns

nador na carta: “Espero que não


só terão todas as glórias de afirmava: “Como a guerra dos bárbaros
aprisionarem, porque por a guer
ra é desorde
em diversnada eda as suas eição
Ressurr invasões são repentinas, e ao mesmo tem o
que
os bárbaros, mas a utilidade dos
Estado, que para isso se fez, que fos-
do estas distantes, e impossí vel que um só su-
ser justa resolvi em Conselho de
que nela sc aprisionassem na form
a do jeito poss: acudir à cod tocar faecIso que em cada uma governe separa-
sem cativos todos os bárbaros a fora cha mad a na damente o cabo a que ar resistir-lhe, ou cometê-lo”.*” Noutra oca-
611”.º Essa junt
Regimento de Sua Majestade de
contrato
om de
d Domingo s Jorge Velho com * S Souto Maior, b para a campanh:
de Albuquerque
temem
e
k
co, 15/91687, DIF, 10:248. Antônio
Carta ao governador de Pernambu to Vicga s c O sarg ento -mor Manuel o ado de , de murço de 1687, está na RIHGB, EA9 1885 empanha dos Palmares,
com José Peixo
Câmara era auxilia, juntamente Mour a que tinha, desde 1688.a DK,
de Matiass da Cunha
12269 «unha para
p: o capitão-mor
pi or dada Paraíba,
Paraíba,
Paraíb: ÀAmaro Velho Siqueira,
3i 14/3/
ão Estêvão Velho de
Vieira de Lima, da companhia do capit as cabec eiras do Parai bu até O Xoró no
Açu, desde
1682, o comando da fronteira do e cu
porque são
ão vávárias as pads
“E -
nações E

da pelo capitão-mor do Rio
ribe. Patente passa
5 que sc uniram
à para invadir aquela capitania e
*eará, compreendendo o vale do Jagua ;
682, citada por Affonso de E. Taunay. Histó-
! , e juntas se acham”, Cart; srná ôni
Grande, Antô nio da Silva Barbosa, 2/1/1 de Albuquerque Câmara, 14/3/1688. DH, /0:280 ria do governadora Antônio
Paulo, 1950, vol. 6, p. 306.
ria geral das bandeiras paulistas. São . sino
atias Cardoso
Cardoso de
de Almeieta
sida € e seu
scu primo,
primo, Manuel
Manuel Francisco de “Toledo, teriam assas
s da Cunh a, 17/9/ 1687. DIF, 10:250-4.
* Cartas de Matia DH, £ 1:139 -40; * a ht do e ugindo de São Paulo, foram com família e escravos viv " em
ra de São Paulo, 10/3/1688.
Carta de Matias da Cunha para a câma 2; e casta .
DII, 10:26 - Tam depois pari inciso, que hoje fica em frente à cidude de São Romão. Se qui
ngos Jorge Velho, 8/3/1688.
4u

carta de Matias da Cunha para Domi


do governad or de Pernambuco, 27 J1/1688. LHGRN, caixa 65, dade o ia ON ndo prarse na margem do São Francisco, onde hoje € a
da câmara de Natal iz komo Lp 278 s. : ierson. O homem do São
ão l'rancisco.
francisco. Ri de Janeiro
Rio
livro 2, fl. 108. o do governado!
de, 11/1/1688, repetido pelo band
Edital do capitão-mor do Rio Gran e 109-1 09u., resp ectivamente. .: Cardo anta
liveira Vianna. Populações
2, 7 meridionais
jedi do Brasil, São Paulo, 1938, p. 83 |
geral, 12/2/1688. IHGRN, cai xa 65,
livro 2, fl. 107v.
ngos Jorge Velho, 8/3/1 688. DH, 10:262. 0. | spo para o governador de Pernambuco, afi2n6ss, Di. 10:336 8
2 Carta de Matias da Cunha para | %omi
A GUERRA DO ACU 137
A GUERRA DO AÇU
136
ara, O arcebispo pedi:
maisr ensino “a entrada fosse dirini
lista e a Albuqu erque Câm
vernado
ser der catrada tosse diri gida “como entender que possa
sião, em carta ao capit ão pau pod ia parecer estra-
a de Matias da Gunh a exemplo deste cas e seguindo-os até extingui
r, de manci-
reconhecia que a estratégi oso ”. Contudo, ra que fique
cabeças fica sendo m onstru deridas cum cles são dest castigo a todas as mais nações que confe-
nha: “um corpo com muitas gue rra destes bár-
ssem pard O fato de que “a va, com io feio a p femiam as armas de Sua Majestade”. E explica-
pedia aos paulistas atenta for mam exérci-
das mais nações porque não Gural (das Missões), os cionário, que, como havia declarado em Junta
baros é irregular e diversa de salt o as suas
as na campanha, antes são mulo é gosto och sp a neiros sertam feitos escravos para “o esti-
tos, nem apresentam batalh já div idi dos ; com 0
em outra parte, já juntos, reparo que vosmecê (Mani 1 quis que devia ser “muito importante o
investidas, ora em uma ora
ser o método de os rebater” .* deixem de degolar os bárt ue oarcs] deve fazer em não consentir que
que irregular também deve infantes do pre-
Manucl de Abreu Soares
partia no comando de 150 cipalmente farão NaN aros grandes só por os cativarem, o que prin-
os de Itamaracá e
quatro capitães, 25 soldad ver perigo que ou fia ] nos € às mulheres de quem não podem ha-
sídio de Pernambuco, com patente de capitão-
da Par aíb a. Ele havia recebido uma levantem”.* Ão coronel Antônio
de
Albuquerque Câmara mandou a de não ordem sobre este particular:
igua l núm ero face do capitão-
a para gar anti r sua independência em
mor da ent rad
m desses, iam o govern
ador do terço dos hen- “E vá vosmecê com a advertênci:
dê quartel a bárbaro algum gr ia de não consentir que nos conflitos se
Gra nde . Alé
mor do Rio pa dos cama-
com cem sol dad os pre tos, € O capitão-mor da tro prisioneiros, cativos po grande, não ocasione a cobiça de serem os
riques , os 08 arcos
qua tro cen tos . Soa res tinha ordem para “tirar tod ontecer à desgraça o Ny tenho declarado, deixados vivos, € poder
rões, com os os guerreiros
” das ald eia s da Paraíba, isto é, recrutar tod para despojos bastam os usem, ou tomarem à tomar as armas, que
que qui ser Cunha, o capi-
eja sse , par a O que , segundo ordenou Matias da cas mulheres—
que des nir todos os ín- Segundo o autor dactô nica dos
r daq uel a cap ita nia , Amaro Siqueira, deveria reu ue tran os frades menores da província de San-
tão -mo Mipibu, Cunhaú to Antônio do Brasil
Pre gui ça (que haviam fugido das de no século XVIII grossa papelada
dios da ald eia da
um perdão aos que se juntas
sem à tropa de relativa às atividades dos ponei
e Gua raí ras ), est abe lec end o
iados.” O coro- dava pelo sertão desde a Anes Manucl de Abreu Soares já an-
ue, para onde deveriam ser env ordem do capitão-mor do
Rio Grande. Sua provisã DR de 1687, por
Ant ôni o de Alb uqu erq , seria abasteci-
ôni o de Alb uqu erq ue, que havia sido derrotado de 1688, com expressa
alforria da jurisdição local na Bahia em março
nel Ant companhia “de
€ agregaria à sua gente uma iniciativa central do esfo , visava, sem dúvida, reforçar a autoridade da
do com armas e munições fora formada por
radados € criminosos”, que desenrolar dos acontes ço e guerra. Fato não sem consegiiências no
gente parda, € todos os deg , independen-
para assistir na mesma guerra certidão de junho de Como Dios, como dúremos. Abreu Soares, em uma
um bando do governador, dia o governador
Soares. Além disso, preten
te E
ameno o iado ê fazer Buerra aos
e
jur isd içã o de , .
índios da Ribeira do Açu, com 120
.
tem ent e da marchasse pelo
a

rio São Fra nci sco , o paulista Matias Cardoso E S amarão,


que , do s, abastecidos P o ado
acompanh .
com tre zen tos sol dad os brancos e índios armado - a gueu vado de um certo frei Manuel da Santa Rosa, franciscano. E
ser tão e André Pinto
e com arm as € mun içõ es. Domingos Jorge Velho u cem
arraial, com paliçada feita das madeiras dos matos 5 loc locais, c cm
igualm ent a sua parte
iam à ent rad a aos Pal mares para que “cada um pel 8 vem
der ao mesmo tempo
.
suspen
l ! l

aíba, Rio Grande e Ceará


façam pelos sertões da Par e danosamente
m podem afligir mai s viva
entradas com que entendere s cen tos homens
comando de mais de eis
aos bárbaros”. Estavam no à for tal eza dos Reis
da, oitenta infantes
Pernambuco deveria enviar, ain
.
, a Antônio
? J
um € abo
a seriam entregues, com
Magos (dos quais cingiient
do Ceará.
de Albuquerque) c trinta à de março de 1688, 0 £0
res, de 14
fm carta à Manuel de Abreu Soa
bando doa capitão-mo
ca à o ç do Rio
i '
Grand e s pera
pe i oando
ú os crimtnosos
imt que seen Eaja) ase na
e da cu , tanta, 24/2/1688. História geral dus dandetras pentistas. São Paulo 19 h

! 0:347-51.
res-de -campo, 30/1/1688. DIF,
Carta d Cc Mi:farias
ias dado Cunha para Manucl
Carta do arcebispo para 05 mest
de Abreu Soures, 14/3/1688 DH, 10:27| )- |
** ão-m or da Para íba, 14/3 /168 8. DH, 10:269. Carta é GCc Mar al as da C unia para Antônio de AH Lc]
a pari O capit
uu erque : Câmara,
Ci á 1d, /3/16
,
. DII, 10:263-86;
88 . DIj
“Carta de Matias da Cunh
,
no dia 14 de març o de 1688
so providências foram tomadas
“fodas estas
nd

A GUERRA DO Açu 139


A GUERRA DO AÇU
138
. . “avam com o seu mulherio; ao rom- reforço das tropas não pareciam seguir bom curso. Em maio de 1688, os
neles grandes ma-
ranchos, sem ser sentido, once Medo assalto, fazendo
camaristas de Natal reclamaram do governador de Pernambuco a ajuda
que cle não enviava, tendo-a prometido há mais de seis meses.'* Nesta
per da ana ado-lhes os ranchos e mais despojos”. temeroso indo 0 mesma altura, Matias da Cunha reclamava da pasmaceira do governa-
tanças, queimar O
» umas duas léguas para se recompor, aguardando
o sentio, o que de fato ocorreu. Da peleja tiveram os dor de Pernambuco.” De toda mancira, a situação da Fazenda não era
pouca força,
contra-ataque q intidade de mortos e feridos, a gente luso-brasileira muito confortável. O procurador, Rego Barros, escreveu em 3 de outu-
bro dizendo que não havia disponibilidade de recursos para as despe-
índios grande idos e dois logo morreram. “Vendo-se o gentio derrota-
apenas trós tern O seu valhacouto no carrasco”, € a tropa dar sas solicitadas. O governador-geral, com a Junta dos Ministros da Fa-
do, se retirou para or mais quatro meses, até que lhe mandou mu ar zenda, resolveu propor um novo regimento.” Ao que parece, este foi
logo implementado, e no seu capítulo 30 permita o uso dos dízimos,
arraia, nc o d à Rio Grande. Pedro Carrilho iniciativasde Andrade, em capi-seu
mais pessimista das deste consignações c empréstimos no caso de guerra. Mandou, de todo jeito,
º a ns dá um relato
ribeira do Açu c logo que a câmara do Rio Grande entregasse os 2008000 réis que prometera
o e ral á Sel e Soares chegou com seu troço nã ou doze homens € Os ao capitão Bartolomeu Nabo Correia." Em junho, apesar de serem pou-
eo bárbaros à sua vista lhe mataram dez
oso. gentios Di S cos os infantes dos terços, os paulistas e mais gente de Pernambuco e
iaram ds . armas”.*! De toda maneira, temos notícias de que no
para da Paraíba foram em marcha, engrossar o efetivo dos que já se achavam
E qui ício de 1688, Manuel de Abreu Soares marchou s
o governador paulista, Domingo no sertão. E, em setembro, Matias da Cunha confirmou a patente de
ima! a o Pin nhas ara encontrar “e todos incorpora- Agostinho César de Andrade, novo capitão-mor do Rio Grande, e des-
o sertão das a anel Antônio de Albuquerque,
com 25 dias de viagem, por tinou mais mil cruzados (400$000 réis) para a farinha, “para a destrui-
ke s
dosDato s saàs csilhas do gentio bárbaroos mantimentos , nos sustenta- ção dos bárbaros e sossego dos moradores”.
faltando "nos
I era
asp s serras e travessias ,
Às tropas de Pernambuco não pareciam conseguir os resultados es-
roal
rande,ePasc |. perados, contrastando vivamente com o bom sucesso das forças dos
O capitão-mor do Rio
Abusando de sua jurisdição, P e s anu al de = paulistas. Em carta ao bispo de 29 de setembro de 1688, Matias da Cu-
de Car val ho, ordeno u do sargento
Gonçalves de . nha dizia ter recebido correio do falecido governador de Pernambuco,
tar-se com sua gen
ã a irmão de Antônio, jun o da Bai a, poi so “— Fernão Cabral,” datada de quarenta dias, dando conta do “m au SUCcEs-
do pelo gov ern
Abr aros. Foi por isso repreendi que pedia socorro.
' i ate irmão
rec
inc ômoda à estratégia traçada na
Th o eraera inc
interrfer ncia de C
se vê, oa inte as duas colunas
que OO governo-geral queria que
* Os protestos foram enviados pelo procurador Gaspar Rebouças Malheiros c pelo ca-
Bahia, pois era dn certo ue pro vid ências para O pitio-mor Francisco Berenger de Andrade. Carta, 29/5/1688. Apud: Carlos Studart
operassem em zonas divi ersas.5. Pos outro lado, as Filho. Páginas ee história e pré-história. Vortaleza, 1966, p. 68.
Carta de Matias da Cunha 4 Souto Maior, 30/5/1688. DIf, 10:281.
2 —
Antôni
Frei Antô nio de de Sant
ônio é a Carta de Matias da Cunha para o provedor da Fazenda de Pernambuco, 12/10/1688.
Manuel de : Abreu Soarares, es, 13/6/1687. Frei
Jentidã inad: livro ante prim eiro , capítulo DH, 10:309.
Lisboa, 1761 ,
. earia Jaboa ão “nie Cerafico noco brasitico.
boattão. Carta de Matias da Cunha, 13/10/1688. DH, 10:309-L1.
XVI, p. 66-7. ambu co, caixaaxe 16. . Carta de Matias da Cunha, 2/6/1648. DF, 10:290.
de Andrade, 1703, AHU, Pern

Memorial de Pedro Carrilho Frei Antônio de no XVI Carta de Matias da Cunha para o capitão-mor do Rio Grande, 4/9/1688. DI, 10:298.
cl de Abreu Soares, 9/2/1688.
ss Certidão assinada por Manu isboi
a, 1764, i v
livror o anteprimeiro, ca
an o , Rego Barros deveria providenciar a farinha e enviá-la ao capitão-mor. DH, /0:300.
f i
ico. Lisbo
Jaboatão. Orde serafico novo brasil
s Beressenge r « de Andrade datad
nger a
ada de d e 55 de )
junto Em compensação, os provedores da Fazenda da Paraíba, Rio Grande c Itamaracá
s fi “ranciisco
carta de Franc a deveriam entregar os dízimos e as propinas do governador ao dito Rego Barros. Carta
informava que 05 iss
em 4 de setem bro,
dn Dida apenas Alo uqu enn a JO: de Matias da Cunha para os provedores, 5/0/1688. DI, /0:301.
ment o de
a or ao do das Piran has c sc unido ao regi A rche ea ido, , pa
mas severamente o: - Fernão Cabral, senhor de Zurara, era alçaide-mor de Belmonte c descendente de
caso e por que vosmecê fa merece» NANDA só
“ o pt
co.
CE ste aU um

Carta
Pedro Alvares Cabral. Assumiu em julho de 1688, mas não durou muito à frente do
sti gado €: por isso
casti 15sO lho estranho muito.+95 e governo de Pernambuco. No dia 9 de setembro, logo após a marte do filho, Fernão
DH, 10:29 5.
io Grande, 28/8/1688. São Paulo, 1950, vol. 6, P- Cabral faleceu. Quatro dias depois, o bispo d. Matias de Figuciredo c Melo assumiu
iras pauli stas.
54 a o de E.
Alfaonso o , O istória geral das bande 0 governo, “sem adjuntos”, conforme uma patente da Bahia, Houve uma disputa so-
327.
DO Açu 14]
A GUERRA

GUERRA DO AÇU
140 A
do Rio Gran- tos adore do Gunhaú haviam sido atacados,” os “arraiais esta-
campanha
as d c Sua Majestade na vam sita os e os bárbaros tão insolentes, que cescassamente lhes o
so que tiv era m as arm César de Andrade. Em
que for a co nf ir mad a por Agostinho mensagem dem csca par os o que por novas veredas trazem os seus avisos ao
de”, notíci a depois de lida essa
1 dareem tm

geral, poucas horas portando uma carta


de DN lvora se O atias da Cunha, as tropas não poderiam resis-
meio ao desânimo
s ind ios , co m 29 dias de c aminho, mi ng os Jor ge Po divori, Sem armas e sem mantimentos”, e O provedor de Per-
chegaram doi de Do
estava entre os paulistas DD ' | socorrê-los de qualquer fazenda que haja”, quer di-
Sebastião Pimentel, que vitória que conseguiram cm uma peleja de ter usando do : o cito dos defuntos e ausentes, ou do cofre dos ârfios m
a da fizeram no inte-
Velho. Ele informav uma perseguição que
08 índios c de falta de PA peasá > d governadar-pera! proibia aos moradores do Rio
quatro dias co m
notável presa de gados”, mas que, por a odare om os pad os Porque podertam despovoar o interior
rior, O que custara “uma int err omp er. Escrevia então ao
novo encir-
tivera m de ícia não lhe
pólvora € balas, bu co contando que esta not Mho A
eoi im m melhores.
cotsas 5 areciam
as coisas Em [4 ou-
rno de Pe rn am ambu- ANDA
Não obstante, paraa osos paulistas
paulistas as
regado do gove fraqueza que 08 pern
o do “sentimento de seu antigo va- subro de is Matas da Gunha recebeu uma carta de Domingos Jorge
diminuíra a percepçã to contra à opinião de
st ra do ant es, tan
rando naquela Ao de 0 bom sucesso de suas expedições. Demonstrando seu
canos tinham mo dos bárbaros, que ent
ar ad am en te contentar ls 2 Frvernador assentiu ao pedido de patentes feito pelo
tor; fugindo tão de cl seus cabos com
ve ce nt os ho me ns, S€ não acharam io us as biterentemente das que haviam sido passadas para
campanha quase no erior poder das
par a O me do, não tanto O sup ain S ato e que não lhes garantiam o direito aos soldos
duzentos; sendo mot ivo nia, como a
uni ram par a os estragos daquela capita E ater : de governador de um regimento a ser criado
várias nações, que se de infantaria
te, € à de so be di ência de um capitão
divisão da nossa gen os.” Em
to” , que se amo tin ara com alguns soldad que enviavaia
aoqui assinada a cartaa patente, ,além o de sargento-
além de uma A
chamado Antônio Pin neses, vocifera-
par a Ago stinho César de Me a tro a Ve ESO a todas em branco para que ele as
carta de outubro dc 168 8, ordens.” O
to até ago ra era por desrespeito das esse. Fsper smecê me repita novas de outros mai ss
for a fei os, que
va que se nada
o de Pe rn am bu co , Ze nóbio Axioli de Vasconcel de Soa- sucessos a finalmente mevira última, e mais gloriosa de se ter acao
mestre-de-camp informou que O terço
terços de infantaria, Albuquerque ça 5 er a e icarem totalmente extintos os bárbaros”.” :
era encarregado dos a duzentos soldados e que do Rijo Grande pre-
de sci sce nto s par
ecia O Seu co- | ocupavam 6 gov css vitórias paulistas, as notícias
res reduzira-se trombeta, fato que mer
um cap elã o e um antigo valor le Eoder e p o “aperto em que ficavam as nossas fronteiras
estava só, com eiramente incrível do
gic o: “Aç ão ve rd ad
que então lhe e nde pe de ! 5 atre vimento dos bárbaros”. Corriam informações
mentário nostál são já poucos aqueles
é mantimentos,sPara reforçar o
que
O rs. mnniçõe
mas é cer to de Pernam-
pernambucano, ent ão, O envio dos dois terços s e mantimentos. Para reforçar
co me nd av a, as da dohavam ser nte, armas, m
deram a fama”. Re
ão das or de na nç as .” Quanto às gentes enviad a- Farto a e e Reci ter sido enviados o governador-geral mandou
buco c a mobilizaç queira, haviam desa
mpar
aíb a pelo ca pi tã o- mor Amaro Velho Cer
Par o.”
o que mereciam castig :-bo, para daí ir em outra embarca To Pa a oa a eta at O
do « voltado todos, pel rra era crí tic a. Os índios aproveitavam li e DU
sit ua ção da gue os assal- “= “quartel nas Piranhas”, onde seria dividida ente sp
Em outubro, a buco € realizavam nov va civiiça entre O Pal ista e Albu-
Pe rn am aquerque Câmara. P
(recondusidos dasdasalal-
pas de
é> atéaté 30000 indios
tro
a desorganização das
ara quis arrogar-se
O podes,”
cias o do una cout

SO homensa b brancos índios (reconduzidos
banda do rio São Francisco pela parte do sertã
dessa suc ess ão, dad o que O S€ nado da câm da Cun ha, que:
bre a forma lidades”, segundo Ma
tias eforçar a tropa do mestre-de-campo dos paulistas. . Outro 4 a -
ean do, sem podê-l o, o bispo. “Tudo “nu 10: 302 -5. Veja tam bém , Evaldo
nom . DH,
Carta ao bispo, 27/9/ 1688
tinha as prerrogativas. os. São Paulo, 1996, P.
s4.5.
ao) Nisa a Carta dedee Mati Matias
o*. : de PePernambuco, 14/10/1688
udor de
para o governador
dos mazomb de N fatias da Cunh
a Matta da Cunha
Cabral de Mello. 4 from 10: 307 -8. Veja também carta EE. TOSCarta p:
pye-geral para
governador-geral :
o provedor noi DáDu
João do Rego |Barros, 18/10/1688.
29/ 9/1 688 . DH,
é Carta do bispo, / 1688. DIF, 1O:Z0A-S.
buco, 28/8 o
governador de Pernam . DIt, 10:309-11. deaMaias
si R - Carta CE
Matias dada Cinta tã
para o capitão-mor do Rio Grande, 18/10/1688 DI, 10.3
.
Cara de Matias da Cunha, 13/0/1688 14/10/1688. DH, 10:319-20
e
pari o mestre-de-campo, .Carta ias da Cunha para Domingos Jorge Velho, 13/10/1688 pH MOSES
é Carta de Matias da Cunha o capitão-mor da Paraíb
a, 14/ 10/ 168 8. DH, 10:32. nt
ha para
e Carta de Matias da Cun
A GUERRA DO
à GUERRA DO AG u
142 necessário carregar mantimentos
mantime
200 brancos e 300 índios
MST
carrega! com que se hão de sustentar”,
na
Oi
e

eir as d o São Francisco com nais de Penedo esboio desta- CSdariaalem que,. mesmo 4 que fossem
y alcançados e“g maio .
dei as c rib ), reunidos na vila do
viz inh anç as (ro delas e demais nações pas sav a agora, à sta vitória serão entre vinte e trinta tapuioss mortos see outrosos
das ara, que
de Albuqu esque Câm . Dessa forma, scri
para o ref orç o da tro pa
a a gente que tive r à sua tantosevit
para ar dos”
feri as cessa forma, seria sempre necessário andar atrás deles
à Ser “govem ador de tod
exempl o do pau lis ta, do de mes tre -de -ca mpo, esse, “e o pior será ser i nos que haveriam de fazer os que sobrevi-
proeminências e sol
não só essa nação, senão mui-
, co m as me sm as à am bo s para
ordem”
as ord ens de Mat ias da Cunha, que escrev
eu
pe nd en te s, tas que hoje estã o quict as se | certo, que ntar , induzidas facilmente dos
Segundo ições inde ULTOS, € teremos novas a SE O de leva
est rat égi a, ele s deveriam ter jurisd ém dis -
reforçar sua nho César. Al impossível a quictação a De 1ões que castigar; c eterna aquela guerra €
ad as po ré m ao capitão-mor Agosti disso
ambas su bo rd in
espingardas.” trari a gran de des! , mora dore s daquela capitania”. Além
so, remeteu-lhes cem rn ambucana, como vimos,
não se mostra- a guer
entr ra
adas que Afonso Edo a
ar azenda Real, Ulhoa calculav que as
da gen te pe
As expedi çõ es paulistas parc- custado algo em torno de o arandara fazer no sertão da Bahia haviam
co nt en çã o dos bárbaros, c apenas 05
vam eficiente s na ratégia traçada A . 00 cruzados (“o que sei porque servia
tip o de sol uçã o no curto prazo. À est naquele tempo o meu pai
ciam oferecer al gu m vez que Babia”). Sua proposta Pes ntônio Lopes Ulhoa de provedor-mor da
na Bah ia pod eri a não surtir muito efeito, ma
pelo governad or distantes no ser-
a efi cie nte tropas que agiam tão er: a - O decaniti fere . O midis Suave para à « uictação”
coordenar de ma ne ir algumas pro- dos
o rca doos tisto
índi qdo Grande, aque estava para ser
o qua se imp ens ável. Nesse contexto,
tão era de fat o alg oa. Este fi- ra cíci
no exer ios, fun-
esteos decapusuas fa
as sur gia m, como a de José Lopes Ulh des “public: sang uino guerasse
' lenta, entr ra cont
na Bahia de 1663 a 1665,
postas mais art icu lad Condo ns ra
estade fora soldado
dalgo da casa de Sua Maj or- mor da Fazenda Real (como
seu pai,
a que suposta- .
ant ari a € proved mente o terçoopdo Cama tão di que tontoss aind tiver;
nentapuias
capitão de inf ço de 1688, servia como sol
dado na Junta ande . Esses
Antônio Lopes Ulh oa) . Em mar nde, para o
o-mor do Rio Gra e nde capitã Enquanto fizesse as diligências para essa suposta Buer
ir.
ava 0 posto de capitã para o levan- everia buscar,
do Comércio € pleitc que apontava soluções ,
à Lis boa um pap ele m
que enviara se usa dos meios
ele, “nas rebeliões ou - s
ios .” Segund o Nesta se . co
cão+. co mm tos o aioso segredsegre o, :alguns . vaqueiro
qud moradores naquele ser

índ
tamento dos
etação ou das armas para O castigo”. io s me m a
da indústria para à qui ndo porém mais no da indústria scrá
pela : s es ses ta pu co
=
e be bem c:
e a qu »
em cham de
“tr aba lha gas,
rire rá cc aos e n t e
aos ue entender são de maior confiança e Fidelida
deveria usar de amb os, bém pelo outro os mp
co obad
desta nação e porque tam
natureza de vida € trato que chamam o pouco c com ro.
so O cas tig o”. Par a elc, estes tap s (“a
uia
aldeias messas « ve é m or bo que hão de custar muit ções, c os mandará
mais dificulto
mui to dif ere nte s dos outros “porque não têm a que vã para semelhantes cora
o bu eaarr estores burtailpuios e lhes digam, vendendo lhe por fin
jandoins”) cra m sustentando- SD
em que viv am e sempre andam volantes, so tudo o que o capitão -mor int i ent: contra: cleés e que s e
nem parte cert a outras de al- a
da terr a c caça que matam c a des tru í
rão destruídos e que só terão por remédio de Vl e di
ão o
es dos frut os ação às Mnvida ficaficar

se algumas vez
lhes dão os vaq uei ros OU eles roubam”. Com rel s paz e dar toda seguranç a el a a” . tr pe di r
gum gado que ta anos antes, tratava-se
de reconhecer
Bah ia qua ren
entradas feitas na
muito mais difíceis, pois na ocasião eram “di-
que estas guerras seriam im, querer casti- netonão inha
Ulhoa tiinha “dúvi
dd“dúvida de que este gentioio i intimidado
intimi nessa form
tinham aldeias certas”. Ass
ferentes as nações porque armas parecia-lhe “quase
impossível € a a « qual Teaniidom ser seus amigos e confidentes, há de vir
força das
gar estes homens pela logo que tivessem Dec , capitão-mor concederá crá repreendendo- e
e”. Qu ase impossível porque do-os muito asperamente pelass suassuaslínguas”.
língu: ” Para
muito inconvenient dadosos a ? Da parana
garantia dada papaz,
ode-
edi çõe s fugiriam €, por mais cui quai co O, nco ou seis filhos dos maiorais como
notí cia das exp ançar pela ligeireza com refé
perseg uid ores, “não os poderão alc ser. q a erá em sua companhia na fortaleza”
fos sem seu s armas que levam sem lhes fis
Crer 8
Es | p rática de tomar reféns cféns dos povos que que concordassem em subme
8. DIL, 10:336-8.
r de Pp ernambuco, 4/12/168
ur ————
Cunha pario governado
1 Carta de Matias da caix a |. Consulta do
, AHU, Rio Gra nde , Conselho Ultramarino, 30/1088. AHU , Rio Grand c,e, cuixa
caixa À 1.

ho Ultramarino, 30/3/ 1688


» Consulta do Consel
DO À QU f À GUE IRRA DO Açu AC 145
144 A GUERRA e sertã o c
co mo sa be mo s, dif und ida o : ais ess .
, om
governo port uguês cera essessne tapui os comem e bebe-m” cram mais . do
ter-se ao comando do ni sm o im po rt ante de controle, que de- que SCUS
da serta
serti nejos
cndd os é conh
s con nhes ece dore
Dece do modo de vida indígena ou cú
um me ca
no mundo colonial. É dade relativa dos luso-b
rasilciros nas “e Slimp lices
en te à sup eri ori , os índios os pare tinham por cn padres ,
monstra ca ba lm
es a col oni al era , ao fim € ao cabo, orien- donde podemos era db. o queUlhoa
eber as relaç ões de ntesco
s. À em pr e implicavam am
guerras contra OS tapuia redes de poder garanti
am, cm esca-
inivemos sociarll espec
rsoso aferi
socia específi co,
ífic « ias ExSeo Cram. estreitasº
tada por um apa rel ho est ata l, cuj as
e rep res são que 05 Ce lizm
infe lizmente ente: , não nã pode pecíf ico, cujas exatas dimensões
gan ça
índios, operações de vin
*ês

ja desconhecida pelos ali dad e do ter ror . Os índios viim-se sub-


m a nov a esp aci trolados €
capturavam nu me nt e diversa dos confrontos con À campanha de Matias Cardoso de Almeida, 1690
1695
gue rra TOL al m
mersos em uma tra dic ion al. Os ini mig os não só era
ca gue rreira .
estanques da dinâmi ni za dos € persistentes. A
“memória bu- ha O hárecursquare so nta dos bpaulist aunlist
i as
as, que
.
restab elecia a solução encontrad
mas mai s or ga domi-
mais numerosos,
ad-

ata l per mit ia um processo amplificado de a única altern ativa ana . del.
e
rocrática” do poder est
ava. “Tal estratégia de da tropaé de Don mingo impuns ha-se+ Velho,
como
Va jáe destin . ada aos Palmar 4 possiv
e particular se aperfeiço Além Jorge
ão, cuja rac ion ali dad gu nd o Lo pe s .
necess ário um refer e no início de 1688, M: Es, fa-
naç
dos ali ado s por mei o dos reféns, se zia-se
já havia escrit o : Tço. é om efeito,
manter a obediência parente em semelhante Cunha
duas da
Ulh oa, hav ia sid o pos ta em prática por um seu
s.” Por que não rep eti -la ? De- se achava “oprim id 'o tos edis São Paulo, alertando que o Ri « e
strara resultado pelos bárbar os. Contava ainda, deque acordo de qrand
alteração na Bahia € demo junta era por decl 9º garivo ão da
ne m se mp re tal solução foi a mais eficaz
.
de 161 a s os bárbaros prisioneiros
que provis ão
vemos notar, contudo, sperar ainda mais os
o ris co de, com tamanha tirania, exa or pelo sertão, não só pe lo : nteres a tá e conve ncessem . os paulisstas tas àa virem
virem
Hav ia se mp re
i O ca pi tã o- mo r do Rio Grande, o governad se
do
servi
serviç o do re mas p e l o s esc
índios. Em uma carta par a e se 1a ct,
iculdades dessa prátic O governo dari aria as icõe
“donde avIisa avisar rempelos escrav os.
Len cas tro, considerava as dif paz co m é só a de muniç ões necess árias e
ger al, Joã o de
o dif íci l é con fir mar -se rem, que , ,
“bem creio quã Real pode fazer clo eder
ê á CSDES!
indicava outras soluções: te”.* Como vimos as ph que a Fazenda
9
gates
que os [me ios ] mais seguros são os res m ai inGorD coro.
os bárbaros sem ref éns , e de Matias da Cunha já previa ordens o-
ess ita par a 08 mov er” .” - ração do paulista Matias 4 Carao às forças portuguesas
de que vosmecê nec
que
a sua proposta jamais sertão “nando
se deslocasse do '
tits
em sua eleição € de que do . do São Franci ancisco para o te:eatro da gue
Apesar de haver falhado Ul ho a rev ela im po rt an te s di me n- Após 2 a om
de M: )
de 1688 + VICI- no
da Cunha, em 24 de outubro
morte
esse papel de
a
seria implementada, rra . Pr im ei ra me nt e, a percepção ma da dicha, o overno fo E ssum!
text o dessa gue o por uma iro deJunta Sá P rovisória composta
sões envolvidas no con eragir a
-
Pp ovo s, por sua específica maneira de int do chanceler ler dad: Relação, Manuc l Carne
dequea resistência des ses du- | e “frei Manucl da Ressurreição. e Sá, e do arcebisp o, dom
itares fragmentadas, pro Este últi
com a ecologia local e por sua s téc nic as mil
fli tos imp ossível de ser “fato, escreveu a todos envolvi 9 vidos ) nos conflitos pedindo que poder er d de
imo, que restou com o
ca de insegu ran ça € con dose inteita nada * SC guar-
sÃa uma situação endêmi rat égi a de aproximação € intimi
dação.
é > as ordens s d do falecido i no toc |à ;
lad a a não ser por um a est do dil e- D é À ocante
con tro minho dos ter mos bárbaros .”
” De fato,
posta ficava a meio ca de : 30o de novembr a que, o d assi e 1 é 88, doaos ofi- dos
Nesse sentido, sua pro a nat ure za des sa gue r ra: de um lado, à ciais da câm Du
ar: e m ã
São Paulo, carta,
o arcebisp explicav
ate sob re
ma que dominou O deb de outro, Sua integração
assim que mor-
y- teu Matias da C un ha, o secretário
es

pos içã o do ext erm íni o completo dos índios c, esta estratégia
ári do Estad ê o, Bernardo Vieiraà R Ravasco,
pro E m seg und o luga r, que
col oni al.
subordinada à ordem € se pu sessem ao seu |
ida que se reconhecessem
indígenas € à população .
traria res ult ado s à med Cc, am n

ste nte s ent re os pov os


serviço as relações exi moradores naque-
,

ado res daq uel es ser tões. Aqueles “vaqueiros


de mor 0 -—-— 0 .

“ a mara
Carca, 10/3/1688,
Si DIF,ara14:134 a “EE por não faltar a diligência alguma, escrevi à cã
US
1 panhia para Os catequizar
envio de dois religiosos da Com
sertão, e não tenho ve a ; aquela capitania venha outro socorro
mw Além diss o, rec om end ava o
amarino, 223/3/1688. AH
U, Rio, de naulistas nela
Ulhoa visto pelo Conselho Ultr qucna confiança de que venha fazer este pr
Rei meudoSenhor...”Po, SO/688.
»: Cora io PEV
Papel de José Lop es DIF, 10:336-8 ds Rrande serviço a bl.
Grande, caixa 1, 26. Rio Grande, 2/9/ 1694. DI,
38:325-8. o arcebispo, 29/10/1688. D/f, 10:332-5.
eral ao capitão-n hor do
7 Cara do governador-g
GUERRA DO AGU À GUERRA DO
|d6 A AÇO 147
ser in-
hoje se vêem os nossos arrai ais, por permanecendo “obstinados”, mas outros, que desce
da maior o aperto em que . ram ao rio Potengi,
poder os bárbaros que o das i nossas armas” bem perto da cidade, pediram pazes e o capitão-mor lhes conce
comparavelmente m aior o in- deu sob
os de que as tropas não se à trevia m a certas condições. Os moradores, entretanto,
Das fronteiras, chegav am avis vir cer- reagiam com pavor a essi
s suas aldeias, c que eles chegaram “a iniciativa do capitão-mor. “Temiam que os tapuias tives
vestir contra os índios na Domingos Jorge Velho e Antônio
sem pedido a paz
e esta am Dom para dela se aproveitar, tomando conhecimento da
car os nossos quartéis”, ond s dias com os bárba- cidade e seu entor-
TEC

s, pelejan o quaratro no e preparando, assim, uma ofensiva final.*


Albuquerque Câmara, “os quai qua iséisde e saíram”.*
de que o º Em rota de colisão com o
retiraram aos paulista Domingos Jorge Velho, Agostinho César de
rm

ros, por falta de munições Se y Ceu do que Andrade tramava


do reforço do sargen o também sua retirada da capitania, onde estorvava seus intere
Não havia nenhuma noticia
ES

! 4 ! ias Ou sses pes-


Grande com quan soais no comércio de escravos índios. Os edis envia
estaria em marcha para O Rio Rio ti ue Gran e não ram um requerimento
fortaleza do
tra informação dava conta de que à
ao paulista solicitando sua permanência, atrop
Jorg e Ve- elando claramente as prer-
, e de que Dom ing os rogativas do capitão-mor. Aquele, com prazer, disse
mais do que “sete soldados estropiados” que ficaria « cum-
estavam “retirados por falta de munições pniria sua tarefa, que cra a de destruir completamente os
lho é Albuquerque Câm ara os moradores continua.
tapuias.”
Por OuLTO lado, Em dezembro de 1688, o paulista Matias Cardo
aos quartéis das Piranhas”* uição so zanzava pelo ser-
"am a deixar o país, fosse pelo assédio dos índios, fosse pe a : estr tão do Rio São Francisco em busca de farinha. O faleci
cecu rsos ocai s. em do governador o
“qusada pelas próp rias tropas, que consumiam os
1sesee
Manuel de Abreu * cares q e]
dezembro, o arcebispo pedia a azen Ea e
pois Sua gente vin a
cuidado € parcimônia nas rações,
8 Carta ao capitão-mor Agostinho César de Andrad
s por e, 14/5/1689. D//, 10:356-8
prejuízo de seus emos , os quai * qua dae
Carta
estrago nos gados, com “grande
da câmara de Natal ao governador-geral, 22/1/16
89. , IHGRN + Caixa 65, lilivro 2,2
ai: 65,
é lastima que não tenham con a as
essa causa se vão retirando: e n n j a Requerimento da câmara de Natal a Doming
08 deviam defender, para a sua os Jorge Velho, 23/3/1689, carta
bárbaros, mas os mesmos que
de Do-
a €a mingos Jorge Velho à câmara de Natal, 23/3/1689,
a que “o sucesso do / gu ot Caus IHGRN, caixa 65 livro 2 A. to
Segundo a carta, Abreu reconheci cos mi icis , 19 e 1.120, respectivamente. À história das re
IçÕES entre os “intrusos” de São
Havia ficado com pou
fugida da maior parte da gente”.
Paulo e os poderes locais no Rio Grande sempre
rar a foi marcada por desavenças e situa-
camarões, C resolvera csa mpa “o ções conflicuosas tcom veremos no Capítulo 6).
infantes, henriques e índios dos -
lim agosto de 1689, em várias cartas,
Bahia, que via nessa atitu Je a en
Do o arcebispo «ii conta da contenda que houvera entre
sição do Açu, para escând alo da Domingos Jorge Velho e o capi-
ilho de Andrade conta que Soa-
tio-mor do Rio Cirande, Agostinho César de Andrad
a da capitania ao inimigo.” Pedro Carr
e. Segundo o informe dos oficiais
da câmara “o capitão-mor para estorvar o intento
gente assistiraro apenas cinco ai bom que tinha o paulista” cativou
is, que já tinha oitenta anos, € sua , as mulheres e filhos dos tapuias, Esta “bagagem”
falta de mantimentos :
fora deixada pelo mestre-de-cam-
seis meses naqueles sertões € por
po na aldeia dos jesuítas como “refém” para a “segur
ança dos pais c maridos uc
campanha. : consigo levou para o serviço de Sua Majestade
deixando o inimigo senhor da nho Gás
sostiinho César - nho César
e línguas das suas marchas” Agosti.
repartiu os cativos com três ou quatro do seu séquito.
Segundo informações do capi tão-mor do Rio( iran de, Agost do o novo governador de Pernambuco, Matias
Na ocasião che an-
iona do. Al-
1689 os bárbaros haviam-se frac
de e Andrade, , em feverciro de
Vidal, “vendo o mal que capitão mor
obrara nesta ação, a injustiça e à ruína que seguiri
..
tis, resolveram continuar as hostilidades,
a de fazerem este dano às famílias
guns janduís, chamados pana que andavam em serviço del-rei, o persuadira
a mandar repor na mesma aldeia os
mesmos que tinha cativado”. Nada obstante, os oficiais da
câmara
de Natal, que ha-
viam denunciado os excessos, mudaram repent
. DII, H1:142-5, inamente de opinião & re vetiram o
a câmara de São Paulo, 30/11/1688 desmando: “confederados brevemente com
= Carta de Matias da Cunha para ea DU IODAS o capitão-mor concordaram em sc lhe
ambuco, 412/1688. DH, dar na aldeia tumultuosamente um assalto em 7 de junho,
" Na carta ao governador de Pern Pern ambu co, 4/12/ 16 a : À
tas almas que ali assistiam sujeitas, c as Feparti
e levaram perto de duzen-
da Fazenda de
2 Carta do arcebispo ao provedor Soare s. é ante Di H SA segu ram entre si para o seu serviço” Don-
x Carta do arcebispo para Manuel de Abreu 16. 16.
dese conclui que se esttvam mal com o capitã
o-mor era por ele, na primeira vez não
a r m lho de : Andr ade
ade, 1703.3. AF TU, esmambuco, caixa caixa
haver repartido os cativos. O arcebispo c govern
mM Jemot
Me i at de Pedro Carri oitentê ador-geral ordenava, então, à repara-
retiro u, ele tinha at.
el de Abreu Sogres se ção imediata do acontecido, pois “desta sorte cessará
o Marias da Cunha, quando Manu o. Carta de Matias da Cunha, 14/1015 de imediato a justa queixa dos
por conta da traiçã =. pais c maridos € se durão por obrigados a servir com mais fidelidade
anos e estava cm apuros ainda de eusto de 200 eme - nas guerras cm
serviços prestados, um a ajuda : die andam . DE, 10:365-7; veja ainda a carta
1688. D/I, 10:315. Recebera, por filho. Carta de Matias da Cunha 0 do arcebispo ao capitão-mor do Rio
100 cruzados para cada Fo ande, 27/8/1689. DEI, 10:369-71; e à carta de Doming
gados e outras duas de os Jorge Velho ao arcebispo
/1685. DI, 10:325-6. 2UB/LOBO. DIF. 10:371-3,
governador de Pp ernambuco, 12/10 a
co A GUERRA DO AÇuU 149
,
A GUERRA DO AÇU
148 cias feitas pelos paulistas.” Manuel Camargo havia proposto capítulos
es do o ata
havia recomend ado
ao arcebispo, por informaçõ an +] e com condições desmedidas em um papel enviado ao secretário do Es-
e do provedor-mor Fra ncisco
anio Gue des de Bri to tado. Matias Cardoso não fizera pedidos menos excessivos: uma “mul-
fato, Cardoso cin a
O pau lis
SOta cra ho mem de grande valor. De çães ridão de postos maiores, capitães e soldados brancos, mas ainda para os
os i
n quais
«xperiência no sertão. Já hav ia sido voluntário nas oxpeli
E : índios, que como infantes deveriam ser pagos e fardados”. Segundo o
c fora nom eado, em 168rig1, pelo administra
do
as não
de Fer Di : Pai s o
da repartiçã do Sul, D. Rod o Cas tel Bra nco , com o julgamento do arcebispo, ambos não haviam tratado do serviço do rei,
mi “senão que considerando-se uns e outros o único € total remédio da
que partirá em busca as
ca dos o al da leva de Sabarabuçu, ida va de que a cã- defesa daqueles povos, só puseram os olhos na sua conveniência”, Ain-
reição não duv
nas de aRSP. E lo»i e Man
uclitãda
o cap or sur
o-mRes de São Vicente o elegeriam porjá se da que fossem mais “moderadas” as exigências de Matias Cardoso, tudo
pedido aos € ide o que possuía a Fazenda Real seria insuficiente para o pagamento de tan-
mara de São ã O próximo do teatro da guerra. Em seu eres tos postos. O fato cra que os paulistas que tinham vindo antes haviam
o ovembro, o arcebispo concluía que haveria int
SãoarPauas
ach lo,s emn costumados a penetrar Os sertões para cativar in e proposto condições bem diferentes. Fora “nesta suposição e experiên-
do cia” que o arcebispo os convocara. Estes haviam recebido as honras dos
fazê-lo agora “em serviço
dos des de sua majestade”, em o era nom cá- postos de comando; os capitães, os privilégios de infantaria paga e no ge-
seus” que
os nto
ssalime Matias Cardos
* A oferta a se,
O rei
seu rei a leaisdovi reg
Do se formas com às mesmas proc ral “os prisionciros c as terras conquistadas que nunca tiveram dono”.
lo governa or «stre-de-campo, e como tal vencer o soldo des o : Como vimos, o governador havia concedido a Matias Cardoso as mes-
o de São au o, mas prerrogativas de Domingos Jorge Velho. Nesse sentido, em carta
ocasião, pedia que 0 vigári
que Pó o mm Na mesma soc orr o do ao capitão-mor de São Vicente, o arcebispo esclarecia que não convinha
me s Alb nimmas
ernaz, ani e Os paulistas à vir em
assse que viesse o Camargo. Quanto ao Cardoso, apesar desses desacordos,
Do omi ngo s
aos Go
ido ra é serviço: Mi
que fosse à Bahia para ajustar sobre como se lançaria na campanha.
dade seas haviam-se oterec ar: Este, no entanto, demoraria ainda alguns meses para realizar a viagem.
a ere irro de 1682, à
: ai « Matiaass C Cardoso. Em fev
ati
a
sve rei
Rio Ofertas de auxílio cram feitas por outros grupos interessados em par-
dar todos os poderes à ai
nuel Camargo e Mie : e ar:a c a vist a do sertião rio São ticipar do esforço de guerra, objetivando auferir, assim, algum ganho.
or pent
viaia sido encarregado de furaqu : Nenhuma delas, não obstante, conseguiu se concretizar. O socorro que
hav es, est est a manecera
Grande: Segundo Pedro ! ea aço vinha do rio São Francisco, a cargo do coronel André Pinto Corrcia, se
arente,
“1 aguardando João Amaro Maciel , -desvaneceu porque “tendo à gente junta, fora tal a seca, que impossi-
ho de
s homens. Em 18 de jun
em ãoSã Paulo juntando mai a ava agora as
Ss
- bilitava os caminhos”, de maneira que cle mandara todos retornar para
te saiu de São P a o o - as suas casas.” Em julho de 1689, o futuro matador de Zumbi, André
exigên- - Furtado de Mendonça, se oferecia para livrar a capitania de Ilhéus das
serv iço de j ade : e o des) prop ósito das
Sua Majest hostilidades dos bárbaros pelo preço de 5 mil eruzados em dinheiro de
von tad e para O
contado, além das condições contraídas com os outros paulistas. A ne-
sobre as
gativa do arcebispo foi bem direta: “Toda a capitania dos Ilhéus não
(a
1 a! eme. . f 74faformação
Taques de Almeida l als
histó rica e vale vendida, o que vosmecê quer se pague [com] a sua vinda.” Em
a ép so biliarquia paulistana
28 / 1 ! l 6 h81 «A A mid e h cedro
l rovisão
s 2.3
). São Paulo, plo si
minas de São Paulo (1772
vol. 2 p. “a ; a ao
genealógica. São Paulo, 1980, São . 30/11/1688. DH, 1 J:142-5.
da Cunh a para a câmara de muitas outras famílias com o intuito de fundar uma vila, para o que tinha a anuência
» Curta de Matias ="
IA. da Bahia. Carta, 9/3/1690. DH, 10:388-93,
'a ara art: 688. o DH,
estímulo do crédito à que 08 empenha a cáDi ce as honras que
m tidão de Carta do arcebispo aos oficiais da câmara de São Paulo, 31/8/1689. DIf, 1I:154.
da mul
pria a da
ei i meu Senhor, masas com com aacoconventêncis nei
. Carta de Carta do arcebispo ao capitão-mor de São Vicente, 1/9/1689. DIF, 14:155-8.
eve
vem esperar del-t declarados cativ os
er € aprisionar, pois estão Carta ao capitão-mor Agostinho César de Andrade, 14/5/1689. DIF, 10:356-8.
bárba do tem para venc
88. DEI, 11:149. Inclusa na resposta do arcebispo para André Furtado, 31/8/1689. D/[, 11:151-2. André
Matias da Cunha, 9/1 2/16 o , Furtado de Mendonça cra das primeiras famílias de São Paulo c havia sido capitão-
9, ACSP 7:37 4. , vol. 2:
ue
paul ista na hist óric a e genealógica. São Paul. o, 1980 c de-infantaria e sargento-mor do terço de Domingos Jorge Velho, segundo sua folha de
A us Nobiliarquia as Card oso havi a traz ido à sua
o São Fran cisc o, Mati
p.56. Quando se deslocou para
into Conicia no sei o A GUERRA DO
AGU açã 151
150 A GUERRA DO
Tineo Corre a no jentão do São
ra no Rio Grande, Francisco." Havia notícia de que à gente
est ava -se outr a ajuda ao esforço de guer a do E
, Pedro Aranha Pacheco,
Pencdo , apr ceentemento cerca de 260 tapuias, o que, as
da vi ja de Penedo
por iniciativa do capitão-mor e Domingos
itã os Gre gór io Bez ecra , Antônio Martins Percira gênio dos paulistas” 2 Naquele monta
dos cap reiro, o
na e do sar gen to- mor José Ferreira Ferro. Em feve nei pernambucano da
ento, à “agenda não tinha e ndi-
Antunes Via os índios: “Pouco ções de concorrer com : Teca
io de came € farinha para
arcebispo prometia O env a as havia, bispo
bispo confiav a au
confiava qu é piel dos mais
partie pação de eopas, guerra,o re
ia a que
de modo
nem nos armazéns, nem na praç catanas
paulista s abreviar Ele
menos de trinta catanas, que mar ço, 26 esejava, ti , ada a chegada destas as, fa; outra j o
m achar nos navios”** Em
«e escassamente se pudera que não podia pôr ta gera! para acertar os termos do arranque final PAS, fer outra jun
Aranha Pacheco escreveu
haviam sido enviadas, mas ir a gen te necos- di percepç
ee pçêãoodede queque od
os pauli do mais ss aptos
não havia conseguido reun € menos dispen-
adiante a expedição porque nha. No ent ant o, 0 dioros comandava és m danças ostas nos rumos
seiscentas mochilas de fari da guerra, €.
sária, pois ainda faltavam princi pai s não que- alelo. esse momento dido cra muito difícil, o que exigia md
nião da gente era que os
que mais dificultava a reu em da infa ntar ia a Done e as os cgundo um memorial
edidas na Bahia por não ser que a câmara d
riam aceitar as parentes exp o arcebi spo , Ara-
renderem soldos. Segundo
paga, isto é, por não lhes vos vis and o fra udar a Fazenda sosdahavia dieprovoca
BOOMdocabeção de aE ie
até então e er
cerca ede dura
duzentos homens
o em e
€ os preparati
nha mentira sobre o ânimo que aquela região àpera de POC cab sd gado grosso e de mais de mil cavalg:
a sua desistência, uma vez
Real, pois nada justificava havia nove meses se ras, além d co 4 dos mantimentos c lavouras. Os edis dia
mais vizinha ao mar não
experimentava à seca que atendia se compromer s ca pagar os gados c fazendas confisc
sia

modo, os ditos capitães não


passavam de “su- ados a
padecia no sertão. Desse seriam só dos O opa S rega pres
já O haviam sido Icapitães),
No Rio Grande, a Fazenda estava dão
jeitos mimosos”, € “se eles tinham o me- E Tp ado 0089 os dízimos fora rematado em 3405000 réis,
rios, ou alheios, em que não
E

!
currais em que estavam próp dava”? De Di Orden saa apen o antes do início das guerras. Pediam « ue
| pelas minhas patentes lhes
| recimento, nem a honra que 1677, os pos- sono au na às Paulistas, os henriques e os camaro
nto do governador-geral de se lestruir e arruinar todo o gentio ficando 's
lil) fato, de acordo com O regime os com mais de o ões a
Po. eram permitidos dos soldad
tos de infantaria pagos só eção.!? a ara c colonizarem”, Esso porque esta “casta de
istas haviam sido uma exc
HI dez anos de serviço. Os paul de agos- A Put PER 0 po de guerra em curso, “por scr mais ligeira e
doso chegou à Bahia no mês
Parte do reforço de Matias Car arro, sar gento- ec dos caras st erera dos montes e capaz de seguir o Hentio
h ucl Álvares de Morais Nav
to de 1689. O paulista Man « bra nco s, 08
j mar com 23 soldados, índios
mor, veio de São Paulo por tar-se à Car do- Uma vez que os paulista stass crus Mon
a ao São Francisco para jun co PENAS
"ostuma dos àÀ penetrar
porco sertões
Rea, ; e ,a
quais o arcebispo logo enviar arm azé ns só se sustentarem se ais e
as, mas desprovido, pois nos entos que o « k
so. Navarro partiu com cart cra de difí cil - nos seus arcoss € nas mais esping
nas suas so de, mantim
concurardas” a melhor maneira d c a dar segui-
ai
de espingarda tão grande que
havia esmerilhões, um tipo
maneio. as cin- “as tropas regulares c d:
ia com ordens para recuperar que se encontravam no sertã
Em razão disso, o sargento-mor stente André “aproveitan do a ss das deordenanças
Matias Cardoso, encarregá-lo de tod rtão e,
ições que estavam com 0 desi
presença á-lo de toda a ini-
qienta espingardas e as mun
A e
cupitão- F e: q “ e:
es o põe como
ç e “ “
buco, caixa LL. Pedro Taqu
serviços, 23/HV7S. AHU, Pernam como tenente-penes
6 se ta ol 4 SU é
as Card oso Çç . e
rabuçu, cm que ia Mati
e e “
N
de-infantaria da Leva de Saba
*d qe d TAC d e!
p. 42. a -f .
Paulo (1772). São Paulo,
I é p 4. sr
e
rmação sobre as JuInAas de São
Cc
ral, no ano de 168 1. Info 9/2/ 1689 . DH, 10:3 53-4 . “a ordem do governador-geral, isto é, a destruição dos tapuias,
ov a .

tapuias, “ “guer-
- apo: a

mor da vila de Penedo,


m Carta do arcebispo ao capitão- /1689. DI, 10:356.
o 40 capi tão- moc da vila de Penedo, 28/3
Carta do arec bisp eto, 23/U1077, publicado em
o capí tulo 41 do Reg ime nto de Roqu e da Costa Barr Etor Gira 28/8/1689. DIF, 10:375-6,
1 Cf, l. Rio de Janeiro, 1962,
História administrativa do Brasi
João Alfredo Libânio Gucdes. a carta (inc lusa) do capitão-mor Mani do arcebispo ao Matias Cardoso, 27/8/1689. DIL,
DI, 6; veja também 10:37]
vol. IV, p. 188 € também nos 59-62.
al da câmara de Natal ao rei, 2/7/1689. IHGRN cxixaXi 65 livrBivTO
o 2, &, 11.12
Pacheco, 21/3/ 1689. DH, 10:3
, , dO. .
Pedro Aranha
GUERRA DO AÇU 153
A
A GUERRA DO AGU
152 sete companhias, cada uma sob o comando de um capitão, a saber,
a guerra cotal
todo sc acabar" No entanto,
. a LA
=. “

rcando-sc com ele até de annejos ne paul ista


nauli s.o ado Essesc de€era4 Miguel de Godói Vasconcelos, João Pires de Brito, João de Godói Mo-
acão ão de : mais trop:asas de sert
mi : trop srta
5 Ê unha“Se aacconvocaçã
sup alva rá seu seu, , data
d a do de reira, Luís Soares Ferreira (substituído em julho por Mateus Martins
“en ador nã a Bahia. Seg > undo um alv vará
o parecer do govern à tan de Prado),"* Amaro Homem de Almeida, Diogo Rodrigues da Silva e
de que a guerra, por parecer
de março de 1690, a idéia são das tropas tenci a Com
ve! . -
João Freire I'arto."” João Amaro Maciel Parente, que cra filho de Baião
a de de divisão
EN »

ava U uma estr stra tégiia


atég
à 125

1 gular, imp
irre i lici ava
:
a a Parente, ficou como capitão-mor das companhias de tropas, isto é, su-
entes uns u dos ] outros) Os) que que se mo!
do-se trêsG cabos si indepen«nd o naqu eles € e bordinado a Matias Cardoso, mas com proeminência sobre elas." “Tan-
que não Sc cinha conseguid
etamente errada. Isso por pi tas companhias visavam, antes de mais nada, garantir a maior mobilida-
anos 1 extinção dos bárbaros |
, “que era o último prog
resso
mo Di a

ensiva ( o ra
pri
deveri de das armas “nos vários acidentes que na campanha se oferecem com
anos a é
fim do sossego daqueles povo
s”. À guerra, Até
: , as tropas
entã o
asas “não
def
“não devemdevem Si esperar i o gentio irregular”. Para que se procedesse com toda a clareza na recei-
' mma
mar- se. .s ;
Seg und o o documento o ta e despesa da dita guerra aos bárbaros, o arcebispo nomeou também
tran sfor armas senã
iva men te nos arra iais , em que se acham as mesmas em um almoxarife com o seu escrivão, assim como um armeiro, um tal de
defens e cles icar
rem € destruírem as aldeias,
. 2s ca
oo e1e e
.

seguindo-os até lhes queima


1

Domingos João, oficial que deveria erguer uma tenda para consertar as
N

para este gene


,

o
. - .

- Com
» -

ltar sua extinção


e a
" 9”

totalmente debelados € resu


a

,
“2

nça
ça : se haviam
avi mostra- ra: armas."'! Além disso, reforços de cerca de 450 até 500 índios da região,
infant i papaga nema a dadi ord oa
aria
ia ena
»nan
de guer ra nem a
à i
infa ntar ta anos ano atras,: além dos que podia levar das capitanias do Norte, foram-lhe concedi-
o o exemplo daa Bahi Bahiaa de de q quarenta
do efic zes,
azes , aind
aind :a seg und daumsCar dos com a intenção de “abreviar a guerra em que sc podem gastar dois
istaasc,s €, DO nocaso, as
o melhor a faze Fazerr cra Cr entres«pá-À la :a cargo édos 5 paul paulist:
: ta nar anos em um só”. sr?
livre à disposiçãdao guerra
sujeito, a cujo arbítrio ficasse 1690 , 0 arcebispo e Os paulistas deveriam guarnecer o posto do Açu, que havia sido aban-
doso de Almeida. De fato, em março de donado por Manuel Abreu Soares, porque a região cra muito importan-
ara
amar a ac €c Mam Abreneu ] Soares,
cl dede Abr
Manucl
cef X orm a
rmar Ant ôni
ôni o de Alb uq uerque Câm DS do te e “passagem para o Ceará”. Apesar de, em junho de 1690, “não se-
refo
do que ret ira sse m de seus presídios toda rem tão contínuos os assaltos do gentio pela oposição que se lhes fazia
man dan exe ção dos
Dias,, à exexce
ue Dias dos indiosos o
índi
pret a
ret: do terç e
+rco riqique
de » HenHenr
mili cian
ilici a e - r a e m com os índios domésticos « moradores”, convinha manter lá alguns
e de outr os índi os das aldeias, que deveriam fica paulistas."* Embora a Fazenda Real estivesse “exausta”, como alertou
arã o deve
lho dev
-

Cam
. s orge e

os
«nas o regimento de Doming sh
. +» ,
a a .

anhar o auli sta. Apena


paulist: to da juri ão sdiç o governador de Pernambuco, marquês de Montebclo, o rei achava, em
a f
ficar i c a em pé, , o a
qual pode ria “empreender como Isen “carta de dezembro de 1691, que o presídio do Açu era “mui convenien-
ria
de Matias Cardoso”! visavvai à uma : completa eta .'
fora extensaa e e visa
te para impedir o dano que nos fazem os índios”, de modo que, agora
A reforma de março de 1690 G
ias Cardoso 5 fora2 nomcado a: mes-
stilo
s
sob o comando de Matias Cardoso, deveria continuar recebendo uma
Macias
esforço de guerra. ajuda de 150$000 réis por ano em farinhas, legumes e sementes das
há de fazer porcirnovo
reorganização do
desta guerra QUE. an o
tre de campo € governador Navarro continuava como
-: rendas da infantaria da capitania de Pernambuco."" Inicialmente, um
á baros”. Manucl Alva res» de Mora is “arraial fora estabelecido no Jaguaribe, de onde pretendiam acabar de
a esses bár
. Seu ajudante cra Manucl da Mata Coutinho
sargento- mor do regimentoAntônio Fernandes da Silva.” Foram criadas
a,
c o alferes de infantari
1% Cartas patentes, abril de 1690. D//, 30:15-29. Em julho de 1690, o governador, saben-
me do da grave deença que dera na gente branca c índios que ia com Matias Cardoso no
um Ibidem. - Fio São Francisco, aceitou substituir Luís Ferreira. D//, 30:96-8.
84-8.
us Alvará, 4/3/1690. DIF, 10:3 /1690. DI, 10:382-4; e ul
“*? Cartas patentes, julho de 1690. D/f, 30:99-109,
ao cap itã o-mor do Rio Grande, 10/3 Nº Carta patente de Matias Cardoso, 4/4/1690. DH, 30:12-4.
we Carta do arce bisp o
30:7-12; DO e curta do areebispo do Ii, jo
atente de Matias Card
pate oso, 4/4/1690. DI,
rardoso .: asas
ricas e políticas da provt HU Recebendo este um salário de 60$000 réis ao ano, enquanto durasse à guerra. DF,
histó
VJU. In: . Inácio Accioli
1690. de Cerqueira e Silva. Memórias dede : Pernambe
Perncamambuco,bits j - 30:30-4,
2, p. 288-9. As A s cartas
cartas do governador
: a. Salvador, 1940, vol. “9,
de Abreu “2 Carta patente de Matias Cardoso, 4/4/1690. DH, 30:12-4.
do Rio Grande e para Manuel
o marquês « ke Montebelo, ao capitão-mor
6 1º%,;
a o Maranh atadas de
data i “8 Carta, 29/6/1690. AHU, Rio Grande, caixa 1, 29 (ou R//1GRN, 1U:123-4) vista na con-
de
ôni Albuquerque : Maranhão,
Velho c Antônio
Soares
04 , Domingos Jorge
cód
ina,, cód
çã o pombalalina ice2239, fis . 295-17.
ice sulta do Conselho Ultramarino, [0/1 1/1690. AHU, cód. 265, fls. 62-62v.
cont a dess a deci oleeçã
são. BNL, Col 4 RIHGRN, EIZS.
12/1 690, dão
9. DI, 3O:MNO-Z.
wi Cartas patentes, 28/769
A GUERRA DO AGU 155
GUERRA DO AGU
154 A
entanto, 05 reforça Prestação dos luso-brasileiros de que estas nações tapuias
ias dos jan duí s, pajacus € icós”.H* Aí, no
extinguir “as rel íqu 1691, Matias Car- ã am contatos € ; estrangeiros o mp6.
dificuldades. Em maio de impé-
gucrra6 contra
paulistas padeciam muitas o que lhe remetesse Da a is”, aà prir
rio.!*! “Vido como “sei dos janduis”, principal etnia emcontra
ç tramavam
s de Montebelo pedind
doso escreveu do marquê em jul ho, que haviam sa eiros, consta que Canindé tinha sujeita toda esta naçã
do que foi respondido,
Us SOCOSTOS prometidos, ens de con ter os gastos ividida em 22 aldeias, sitas no sertão que cobre as capit; as e Per.
: à provedoria tinha ord
dificuldades burocráticas ia de sar amp o “havia nambuco, ltamara *á, Paraíba e Rio Grande, nas quais havia “tr de pa a
Faz end a Rea l." No final do ano, uma epidem eir o de 1692, almas, C cinco mil homens de arco, destros nas armas de
da Em jan dar au
ent re os sol dad os € prejudicava a moral."? tOp as hav iam ogo : Jomo vimos acima, “Jaunay lhe imputava o início das h di
dad o” suas
dos o ale rta va O gov ern ador de Pernambuco que fic ava fa- ai ainda no governo de João Fernandes Vicira ns ,
Car , “donde dades Jo
ira do do Cea rá par a à capitania do Rio Grande ."* Seg un- parece, nesta ocasião, grande quantidade de es e foi
se ret para O Açu
os”, isto é do Jaguaribe
sendo fronteira aos bárbar xara Joã o Ama ro Maciel Parente trazida à cidade. No entanto, mais ima Ve oia obre a o
ias Cardoso dei
do Studart Filho, Mat es após a sua parti- lidade desse cativeiro. Como remate da controvérsia uma ar , na
an do O arra ial. Contudo, sete mes
no Ceará, co ma nd € abasteci- revogou a guerra justa que con is o. fora des
quilada. Sem socorros
ticamente ani
de 17 janeiro de 1691
da, esta tropa estava pra consentimento clarada nos termos de uma junta feita pelo falecido Ma jas d Ca EM
sér ias Ape rtu ras , de modo que, com O
mentos, pas sou o que fez dan- O novo governador-geral, Câmara Coutinho, quando aindi ta nd
res olv eu tam bém recuar para O Rio Grande,
de Cardos o, comando de Pernambuco, reunira a Junta da Missões, na qual se discu.
150 léguas."?
do uma volta enorme de » é il o”
continuou na e a legalidade dest: .
sar de privado do soldo,
a pertinência
ge Vel ho, ape
Doming os Jor efeito, em gido pelo seu ceserúpulo”, tara Con aaa bao a feri
com 08 índ ios pel o men os até O final de 1689. Com
peleja is, obtivera uma de escravos, comprando todos os tapuias aos Daulistas. Soo pd
sar gen to- mor , Cri stóvão de Mendonça Arra
outubro, seu tura do princi- era de que os soldados não poderiam perder “sua esa” Assim, muito
e vitó ria sob re os bár baros, que resultara na cap
import ant havia capturado Do de festa
falsamente, dizia que de início p a t ;
pretenderara entregar
e tre DO pa-
Assim, aos não
os cativos
s, Can ind é. Jun tamente com este, Arrais
pal dos jan duí o que ajudava a dres da Companhia sus para que fossem catequizados. Mas como
“pi rat a” (cuj a nac ion ali dade nos é desconhecida), tes gisiam aos matos novamente, revendera-os aos moradores. |5
um
plicava 20 rei que fizera uma lista dos escravos, com os pre os at ão
dos, para que fossem posteriormente resgatados O rei manda a por
24/1691. DEL. 10:408-10.
e
non em
a

o-m or Ago stinho Cé sar de Andrade, eção sc os


isso, queo asia passassem para às aldeias no Rio d c J. à a
Janeiro, de onde não
não
“ts Cart a ao cap itã doso, 16/7/1691. BINE, Col
Pernambuco p ara Matias Car
“e Carta do governador de
fls. 343-4.
pombalina, códice 239, Esta decisão causou grande consternação aos paulistas que se viam
1. Dil, IU:414-6.
“7 Casta, 11/12/169
10:4 19-21 421-3.
Carta, 29/1 /169 2. DI, a, 1966, p. 103-2. -
vs
de hist ória e pré-história. Fortalez «ele vedira dl
o. Pági nas
da guerca dos bárbaros ficamos sabe os, no que fora
nº Carlos Studary Filh
169 1,0 gov ern ado r-geral resolveu dar-lhe
baix a
os”), se atendido a pal o bando com perdão aos criminosa dos bárbaros, ir
e» Em abri l de , no da conquista dos negr Palmares Ro a : que pedia para, acabada a guerr
do trabalho dos bárbaros meca mbode dos
(“vosmecê vá descansar sti nho Césa r, para que m não ao
missão era Domingas Toni que o governador assentia, mas com dedos pois a
itã o-mor do Rio Grande, Ago s
bar ne c o, mas como esse não tinha forças suficiente
o con sel ho do cap ada. Cart a do
guindo istas na zona conflagr Matias certamente ia
-se dois arraiais de paul cabo
parecia necessário manter dos bárbaros antes de que aquele desse acha-
10:3 98. Exo ner ado dos
DH,
l a Dom ing os Jorge Velho, 10/3/1690. pará à guer ra nos negras, de modo que, e gue
governado r-g era tre-de-campo arabos eram paulistas, e deveriam
se entender,
, mas mantendo o de mes natural « ué M:, oo oacab
títulos da guerra dos bárbaros o iam algu ns índi os ren did os do va ques cru
Maria Cardoso TIO asse se unin do a Domi ngos . Carta do atecbiss] po a
nos Palmares, este pari lá
seguiu com sua gente. Junt
lm ente todo o gêne ro de índi os tem :4 quis Cardoso, É 690, DEI, 10:399-400,
o do ódio que natura
“sei dos janduís”, “em razã o-mor do Rio Grande, 2/4/
1691. Assento dus a para ocapitão-mor do Rio Grande, 2/4/1691. DIF, 1U:408-10
gov ern ador-geral para O capitã aleza, 1966, 11. ,
aus negros”. Cart a do
hist ória € pré- hist ória . Fort Curiosamente aco o an uís, 10/4/1692. M IU, Pernambuco, caixa
dart Filho. Pesinas de o
DI, 10:408-10; Carlos Stu Bahia, quando Matias Cardos ea de converso Cani ndé adot ou just amen te 0 nome do
2. Vale nota r que, segundo a vontade da É nesse particu-
herói da restauração o 10:408-10; « carta do capitã
p. 94.5 e 98-9 a guer rL dos negr os. mer do Rios Gr] O E na bucana, Carta, 2/4/1691. DI,
também se voltaria para srande à câmara de Natal, 12/2/1695. JHGRN, caixa 65, livro 3, €] sas
cumprisse 0 seu dever, sempre presente que aqu
ele cra-lhe
lar, Doming os Jorg e Vel ho estava obrigado a ter 10:3 88-9 3. Mais tarde,
ti para o governador-geral, 17/1/1691. DIF 33:343-6
nm Carça régia
9/3/ 1690 . DIF,
unstâncias”. Carta,
“super ior em algumas circ
A GUERRA DO AÇU 157
DO AGU
156 A GUERRA
aquela luz de Deus e dos mistérios da fé católica que lhes basta pa-
e
na guerra dos bárbaros. Nesse sentido, Do ora qi
avos
envolvidos nã B 1 SATECNLO-MOL, Manuel Álvares de
ra sua salvação. Porque em vão trabalha quem os quer fazer anjos,
antes de os fazer homens. E desses assim adquiridos c reduzidos,
via incumbido do isionCiros bárbaros podiam ser declarac osnaesEs.
ucrra engrossamos nossas tropas c com cles guerreamos à obstinados c re-
afinal, seu interesse em meters
de esclarece! é dei endia nitentes a se reduzirem: e se, ao depois nos servimos deles para as
esco-
são d esco.
ou não. Disto a posi ão dos paulistas, à decisão
autores Nos ora
do ret
Circunstanciando 4 Date em dois papéis cujos
nossas lavouras, nenhuma injustiça lhes fazemos, pois tanto é para
Gran c o ão os sustentarmos a eles c a seus filhos como a nós c dos nossos. E isto
tada de torna eles sofismava que as capitanias do Rio
gentio, é que esta à não
nhecidos. Um a nservar sem a total ruína e doestes à não hão de cxe Do
bem longe de os cativar, antes se lhes faz um irremunerável] serviço
não podiam $c do nel meio dos paulistas, em os ensinar a saberem lavrar, plantar, colher e trabalhar para seu
pode obrar sendo Pr a ioneiros”. Para o autor desse papel, apesar € “ 4 sustento. Coisa que antes que os brancos lhos ensinem, cles não sa-
a bem fazer. Isto entendido, senhor?”*
ada os tapuias, recolhidos nas brenhas dos
sem o interesto
situação estar id ade dos moradores, de modo que era notó io que
a
impediam d tran -ativeiro dos índios, “porque este € O fim prin a Somente em 1695, como se verá mais à frente, o Conselho Ultrama-
iai
se devia conceder 0 à fazem a guerra”. A recusa de permitinihes rino irá reconsiderar a legalidade do cativeiro. O que desanimará, deve-
com que 08 ais maiores danos à estes, uma vez que senta o. rar ras, Matias Cardoso.
os índios traria a srisioneiro algum com O detrimento de 2 a

matá-los a todos de a € Togo eta A rendição dos janduís, 1692


mania
sustentar ct
du?tis Sendo mais fácil
alo . + o que estava :

18 O outro documento 2 ep RRci Nosso Senhor no tstado Canindé fora posto em liberdade por Domingos Jorge Velho em tro-
dade

;
“a conservação d
a pos a disseminação do evangelho ao ca da promessa de mostrar-lhe as minas de prata «e de esmeraldas, su-
, para
ae Dar
rnambu co Taz adia por
de Pe
NA -rtão € território de Portugal”. Depois ca postamente situadas cm uma serra baixa junto do rio Jacu, a 30 léguas
=

ns € sua afinidade com 05 holandeses, p inda de Natal, assim como uma outra de esmeraldas no no dos Camarões,
no interior do serté a
baridade desses num yerpétuo”, ao menos “por vinte anos » ou ua pouco distante — minas que os flamengos haviam descoberto “dois anos
esti; 2Urasares tenores

seu cativeiro, “E aados por tax ue


cla Fazenda Real “aos paulistas,sacerdotes antes de sua expulsão”.'º Trato que, se verdadeiro, acabou resultando
então, “à beira-mar com que em nada. Apesar disso, no início de 1692, Canindé enviou ao novo go-
que fossem eta a dados,
' vernador-geral, Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, um pe-
racional preço » — Domingos Jorge Velho, por sua vez, usava €€ o de
trasecpurtmer

simular a escravidão: em uma carta ao Fei dido formal de paz. No dia 5 de abril de 1692, trazidos por um certo
os catequizem +
mismos e procurava pd - que não se tratava, Ni verdade, de “cativar capitão João Pais Florião (um português casado com a filha de Nhangujé,
maioral da aldeia jacaju, ec cunhado recíproco do rei dos janduís),"* ha-
1694, o hipocandifacos pretendem fazer crer à Vossa
e

os tapuias : ' “ viam chegado à Bahia dois chefes tapuias: José de Abreu Vidal, tio de
de
Majestade)”, mas
O

Canindé, «e Miguel
[A Pereira Guajiru Pequeno, maioral de “três aldeias
*. também sujeitas ao mesmo Canindé”. Acompanhados de mais quinze

€ egarem ater
e meioio ch
ci aç ão € F aci ona l trato, para por €ss 3 Carta de Domingos Jorge Velho ao rei, 15/7/1694. In: Ernesto Ennes. Às guerras dos
dade à asso Palmares (subsídios para a sua história). São Paulo, 1938, p. 20-L
% Sobre os tapuias que os paulistas aprisionaram na guerra c mandaram vender aos
1 moradores do Porto do Mar, c sobre as razões que há para se fazer a guerra aos ditos
DI, 10:388-93. io G Para
e Par aíbíbaa (c. 1690 2),)
128 Carta, 9/3/1690. e
bel ou nas s cap ita nia s do Scará, Rio Grande tapuias (1691), Ajuda, 54 XIHE 16, fl. 162.
que se re 'º João Paes Florião era neto de outro de mesmo nome, que fora acusado de inconfidên-
2» Sobre o gentio .
2 mandndaram vender aos
e€ * ma cia pelo desembargador Luís Salema de Carvalho, na Bahia. Cf. nota (iv) de Rodolfo
aul Psta
ist aprisisionaram na fguerra
ass apr rra dos dit os.
ça PAR i: para se fazer a gue Garcia na História geral do Brasil de Francisco Adolfo de Varnhagen (São Paulo, 1975),
re as razões que há
mor ado
gra res
or açao do Mar, e sob * tomo 3, p. 278.
Ê 16, fl. 162
da, 54 XI
capuas (1690), Aju
GUERRA DO ACU A GUERRA DO AÇU 159
158 A
a quem
outros índios e índias, for am
à presença do governador- geral, 1662aceito
foi ao E pelo
co govern:
oVemador pois, is como haviai dito a rainha regente em
língua portuguesa não bem fala d a”, ex- mo fimo às u Ê rozes daquelas capitanias, donde convinha
falou José de Abreu Vidal, “em do rei Cani ndé,
as para pedir, em nome DS cn uaaaos ce rantir assim para o apoio dos cerca
plicando que vinham de 380 légu c deba tes, ofe- de 5 000
dir pelo mar as prosas do caça tileramarina ou mesmo brasílica “a inva-
cinco dias de reflexão
uma “paz perpétua”. Depois de
vocalmente cm sui língua, que
receram, então, as proposições de paz te. Os termos destas propo- sertão”.
iara Caso contrário, apodleriam
Do Contrário,
a em português por um intérpre Ds e o aDitadores
esgostados unir-se pelo
às mais nações
foi explicad xo 4),
pazes de 10 de abril (veja o Ane
sições, redigidos no assento de eci am o
indé e os três maiorais reconh dos ohn
fansHemming, c
nando com ento
certo cx)
exagero, i
acreditava
eram os seguintes: (1) que 0 Can ditas
que “a procza militar
todo o Brasil e das terras que às ido na RES mo su: destreza política”, haviam lhes dado “algo
rei de Portugal como “senhor de e seus
metiam obediência: (2) que o rei e um estado de pas co as o reconhecimento como um reino
22 aldeias ocupavam” e lhe pro autônomo
dar-lhe c fazer-lhe guardar por seus
sucessores “sejam obrigados a guar €
liberdade natural cm que nasecram Oconsideravam
Tea do Fo rei dos. De
€'an inddé ocomeortugl é verdade que os portugueses
janduís”,
governadores € »apitães-gerais à isto se refere muito mais
d evem ser mantidos, como 05 mais DS do qu a ua Co e hotandeses se relacionavam
em que pelo direito das gentes com estes jo
índios “desejam ser batizados e se- deus imita Co cpendeira Compreensão da autonomia
vassalos portugueses”; (3) que 05 gente
política de
sendo para esse fim tratados como Sais corno cuiges da o os rolandeses tomavam os diversos
guira le i cristã dos portugueses; que se os port ugue ses adui Feras
grupos
vontade”: (4) sau cônomas, governadas por reis. Nesse sentido
livre, c não oprimidos contra sua Rio Gran - jancui reDreser carta um e corpo político independente, e
ambuco, ltamaracá, Paraíba ou Canindé seria
fossem atacados na Bahia, Pern co mil home ns de aincipais ou chefe
a pôr em sua defesa “cin cação portuguesa, vcz ou outra, se refere aos
de eles sc comprometiam in-
metiam a lutar contra às nações do em nenhuma condisa penas dos Bru pos tarairiús como “reis”, contu-
armas”: (5) assim como s€ compro nas serra s das terra s que nu
igas; (6) se condição + s considera como de fato autoridades políti-
dígenas que se declarassem inim ,
possuíam apareces sem “alg uma mina ou minas de ouro, prata, ferro cas autône a nicução neste aratado de paz” deve ser entendido
mais
espécie, ou notíc ia de as haver ”, Ca protocolar vação de
preciosas, ou de outra qualquer outra
o De tência, do que como um contrato, A fór-
os currais co Logo após a assina esconder a verdadeira natureza do
rnador; (7) não incomodariam
dariam logo conta disso ao gove documen-
que os antigos sesmeiros repovoas- ao capitais Cosnaura ceue PO
de gados no Rio Grande, permitindo ar nos rios ue Pavia Teada
o precavido governador pediu
de poderem “livremente” pesc € Oliveira que examinasse as reais ca
sem o sertão, em troca, além cada
para o sustento € conservação de Mo de LEE a este pedido de paz.'* Apesar da desconfianç; em
e praias, ficariam “reservadas, s,
o populosas e as terras muito larga ae confinado Borermador diz ter aceito as “capitulações
aldeia dos janduís, por serem muit nelas entr em as ditas Go do polido o te mos : o tratado 18 Como avaliava a Coroa,
de obediên-
a, ainda que
dez léguas de terra de cada band 0s o mo-
até O pres ente ”;"! (8) que os moradores não Mação ar A ad ty é pesar da natural inconstância € ódio « uc .
sesmarias concedidas aram na recdi ficaç ão portuguesa, desde que seguiu as partes da Mamenga”
lho; (9) que ajud
tomariam como cativos para O traba pa”, a pa-
de; (10) “« sobretudo que nenhum capitão ou
da fortaleza do Rio Gran guerra, €.
rturbar, inquictar, nem fazer
cabos dos paulistas os possa pe dos jand uís” . O que “BE As sento das pazes
es com oss janduís,
toda a na ção j 10/4/1692. AHU,
deles seja livre c isenta geralmente
| Este
7 assento está transcri
ISOS ao no Anexo 4. Veja ainda dad U, Pernambuco, caixa
a consulta do Conselho Ultram ão
o i BO2DDm cer do rei de 18 de fevereiro). AHU, +» Pernambuco,
Pe ml Ga eo
caixa 11; ou
se concederem, levarão a cláus ula € condição para não
mm “o. cas que daqui por diante terem dúvid as se
vada a cada aldeia; para que sem
88 aohn Hemming. . Red! Gold.
; ntef. The
à te Conquest
Ca of the Brazilian
fia Indians. Cam bridge,
prejudicarem a dita terra reser 1978, | »
mant imentos para > P.
asct enham em que plantar seus
conscrvem pacificamente as aldci tal práti ca de “dem arca r as terras : Carta, 17/4/1692. DI, 10:426-7
o sustento de suas famílias”. Passados oito anos, |
ação” de uma lé- ns Care arta dede Câmara
rias, foi transformada na “do Câmã “eutinho
Couti ho: ao rei,
ci , 18/7/1692.
92, É DIF, S4A2; e carta de Câmara Couti
indígenas”, sempre inclusas cm sesma a mediç ão da légua de corsa
Veja o alvará sobre
gua cm quadra para as aldçamentos. da Bahia , Salva dor, E - quese aprisionar do Rio Grande, 3/10/1692. D//, 38:293, Um dos os pao
do Arquivo Público da Estado
paca as aldeias, 23/11 /1700, nos Anais era fa um um tal de oa guerra do Rio Grande e que estava preso ná cadeia d caças
regador,
al NT6] A que . cra
ge muito estimado dos bárbaros
à i d o |
s e :E “cinha mando
273-5, 1943.
e if
à grande
:U A GUERRA DO aço [61
160 A GUERRA DO À “ as ou, até, “porque esta guerra contínua Mata Coutinho, Matias Cardoso € seus capitã
das armas
r usas O As dúvidas que se levantaram sobre es reivindicavaim do go-
recia ser o med o verno-geral na Bahia o pagamento dos s oldos
bár b so atrasados, que não cram
enfada até os mes mos quitados por conta de uma proibição d
pelo Conse- 4 Coroa que contestava os ter-
am aconsisideradas inconvenientes
a palavra dos bárbaros for er que se confirmasse à dica pat ela
mos das patentes passadas pelo arcebispo frei Manue
l da Ressurreição.
do pe
ho Ultramarino, que era Como havia ordem de que “fora os filhos da folha listo é, os
regular-
ava ao lado
A paz andava da desmobilização,
«se viam é esta
tratadas as tropas vu ias Cardoso.
de Matias a Em mente assentados] se não fizesse despesa nenhu
dava ma mais”, os pagamen-
tos extraordinários se achavam suspensos. Dada a
Pimentel, capitão-me” do Rio tram e core impaciência dos seus
julho de OZ, Sebastião
O emener: ; soldados paulistas. lim razão é soldados, Cardoso ameaçava ir-se para Pernambuco
, onde buscaria “pes-
conta do estado desesperado da inês de Montebelo, Marias Cardoso soalmente a resolução a esta praça”. O marquês
de Montebelo tentou
pôr panos quentes, dizendo já haver enviado
tos dn cartas pela frota passada,
armas suficientes para continuar Cecolher. Nada pedindo uma solução para o problema, Preocupava
providen- -se, no entanto, com
viu-se sem emador do Brasil pedindo licença para x na o moral dos soldados; rogava a Matias Cardoso
creveu do & ri “solveu animá-lo, aleg; SE que os animasse “nos
que ha desmaios da sua desesperação”.'"“º Em julho de
obstante, Câmara oo sm como o retorno do o 1692, escreveu nova-
ciando armas € a ão Amaro Maciel Parente € * mente ao rei perguntando como faria para honrar
as promessas feitas
por frei Manucl da Ressurreição ao “bom paulis
viam fugido coma ta”, dado que a fazen-
a de julho
parando
1693, pelo Ceará.'t que
considerava tm de- da não tinha mais recursos. Era muito certo que antec
envolcos nas Guerras de Natal, edentes, como
a “Revolta da Cachaça” (1660-61) ou a do “Terço Velho de Salvad
presentação a rd > guerra a situação era muito grave, de mo (1688), indicavam a solução negociada. Apena or
o mais
pois de oito anos a x completamente esbulhados por não poderem cais s em janeiro de 1693 0
Conselho Ultramarino iria tratar desses atraso
moradores se huras ne m das criações. O problema estava cr dívena aca- s dos pagamentos. Deci-
diu-se que, sc a guerra fosse defensiva e seu rompi
cuidar das culturas ne otesê-los e fazer face mento não permitis-
pas destacadas à resistência indig Ássim
do “ elo incratável e asperezas se a consulta ao rei, pela urgência das providências
da rogo. as é cabíveis, far-se-ia
bavam se os mantimentos, os soldados retiravam-se Pe e
tão logo pastavas = outros de licença fazendo nesta Leapitant Hº Carta a Matias Cardoso, 29/1/1692. DIL 10419-
i ente de 271 e 421.3,
trias, ums fugidos é a é lavoura dos pobres moradores, [e] a B forma Hi Carta de Câmara Coutinho para o rei, 18/7/16
02, DEL, 3AS-d,
“2 As dificuldades com os soldos podiam pôr
em risco a disciplina militar e tornavam a
São Paulo de quem €s " 9 13% a . 9 concentração de soldados na cidade sempre uma
ma | socorridos”. situação delicada. No Rio de Janei-
dando desculpa de o serem o esforço de fo, em 1660, a chamada Revolta da Cachaça, insurre
g
O atras o no pagamento dos soldos quase » inviabilizou
inviabilizo ição contra a fiscalidade c o go-
era do inj
inj ust o. No fin al verno de Salvador Correia de Sá, contou com
intensa participação dos soldados em
o cativeiro era consid i razão do atraso do pagamento dos soldos. Lucian
guerra, ainda mais quando proc urad or, o ajudante Manuel da o R. de Almeida Figueiredo. Revol.
si o de se u tas, fiscalidade e identidade colonial na América portugu
eiro de 1692, por mci
de jan Gerais, 1640-1761. São Paulo, 1997, p+32. No mês
esa: Rio de Janeiro, Babia
e Minas
de outubro de 1688, uma alteração,
ou motim, ocorreu na cidade da Bahia. Cerca
de trezentos soldados “se encontram na
uess de de Mon cebeloo aa per- casa da pólvora, dizendo que lhe pagassem o
o emantê-lo na cadei i
«rário a, o marq arquê que lhe deviam que logo tornariam para
séquito”. Como custava as suas bandeiras”. O cabeça da alteração era
. o stav

on
4
resp
2

-lo para
dorcáá-lo n g
Ango la, ao que 0 rei um certo João da Silveira de Magalhães,
ao rci se não seria metit
dá mel que este que havia sido mouro e estava na Bahia servin
]
sse para Ango la onde sc lhe daria pra pro ça de soldado “com do como soldado, Não sabemos como a
crise evoluiu, mas a situação só foi contornada
Se lhe nvia n o rasil,
Dra se pode dar ocast ão do de fato dois anos depois quando o
o que iqu
Suster te rque em qualquer outra past ala conq uist a”, Carta ao Fel novo governador, Antônio Luís Gonçalves da
Câmara Coutinho, chegou. Ele man-
€ inquictar a
O COMO de passar aos scus naturais Pern ambu co, caixa - dou prender o cabeça e o enviou para Angola com alguns
elho Ultramarino mi 1692 . 4U, dos principais da alteração,
IOTTGO2, consulta do Cons Quanto aos soldados, já tinham escapado para o sertão,
AHU, cód. 692 DU IDAS. de Coutinho. Carta ao Rei, 16/6/1691. DIH, 33:335-7;
tão logo souberam da chegada
E carta régia 18/12/1692.
e .
Ú
o ,

tão- mor do Rio nd as om Deco tid « a carta régia (inclusa), [6027


156 arta ao capi 1692. DI, 33:442; Sebastião da Rocha Pita. Históri
605 ( c o c 18 de fevereiro). a da AméricaPortuguesa (1730). São
À2 a doambu co,
elhocaixUltr
a tl; ino,
amarou se se SNON6S2. DH, amem, Paulo, 1976, livro 7, 58-60, p. 201. A descrição mais
ConsU.
ultaPern Cons Ni documentada da revolta do terço
692. DI, Si2bA Do. Velho é a de Luís Monteiro da Costa. Na Bahia Colonia
para Matias O , l, apontamentos para bistória
â touti militar da cidade de Salvador. Salvador,
, Rio Grande, caixa 1958, p. 11-36,
o taç
Represen
1» aç
do 5 ra de Natal, 29/7/1693. AHU,
a câma
DO Açu 163
A GUERRA
re-de
junho de 1694 o mest -tle-casamde
AÇU
A GUERRA po
r “a despesa parci
pauilista pare
poterm aind:
eciaa ain da estar em ativi-
governo para ajusta
162
oa s do dadadee.. NaNa ro se indo
siãão,o, segu
ocaocasi
P rincip ais pe ss . De fato, OS ia de de 27
as determinações - de uma carta réggia
uma junta das
de qu e ef ei to s se havia de tirar" corros pro- de dezemb de 1693, 0n
ovo governad o de Le va
que poderia fazer
e
nho de 1693, os
so ador, Joã uma «Csolu o ordena
nc as tr
. . asse de uma vez
rddoso que :+ procur
mparados. Em ju
desa ue não rq a Ma ti as CaCar
atias pos ção, fosse ela
paulistas estavam sido enviados, po pacífica ou a gue ra “com todos os meios que se entar”.º” É
ti as Ca rd os o ainda não haviam lv or a € 05 ferros da a guer 1695 s que se possa sust
metidos a Ma ar à seco a pó que no ano de iasias C C: . mis
sumaca ca pa z de lev
a de Berredo, certo, no entanto, » a 1695
a gente dec MatMat
se arrumara uma ou vi do r- ge ra l, Antônio Pereir ab an d . : ittaa dososo cui
a trd
carta do eaçavam havia ona c de de sco, em car
, ix an do a an
Bahia. Em uma a set e léguas de Natal am dados de seus ado dura no Rio Gran
Bernardo Vicira Rava
ta va m biam soldos, orcs.
de de Alvor ss mora
istas que es
consta que 05 paul São Fr an ci sc o, pois não rece -dee-campondo es coa
ree-d
para O rio lhe foi feita 5, comentava que o meststr
largar tudo € partir rd os o diz ia, na visita que «muito velh ati E de 169 a;z” e que, como ele e seus bo
adpa
ncca
en cmo €“iin
s A arest ava
ar à+
socorro. Mati as Ca tinha re- acabou por desamp
patentes, nem da Câmara, que , dos
ceberam lhocol
él
ofi cia is re icas,
r € 08 is.” a aas présasGs promet
.
mo
O capitão- atro anos, nada ma
a
º u
pelo ouvidor-geral,
* Rumo
a

qu a.
a

s da Ba hi a há ca pi ta ni esttaabe re
150$000 réi O risco de que 08
pau- nci scoco, m, onasdequaes
is be le leceu rendosas
e

cebido apenas OS ão alaFra“JL sr:

va Que havia, então, ão € de


asis de Egados vavaccu m « o cav res , un dante
Sebastião piment el ac re di ta
ui ss em mais controla r à si tu aç fa - imndôn
atze s.º! s quais legou ab
co ns eg e nio a seus herdeiro
listas, “mortos de fo
me”, não
para O TESTO do Es
tado do Brasil, já qu pa
Se espalhasse
de que a guerra
stetice

eram abertas."* fez uma nova entrada


erra ofensiva
Guerr: i x guerra defensiva
estas campanhas Matias Cardoso além
combate,
de 1693. Nessa refrega, nada
em
Contudo, ainda
ER nora

no 1.º de novembro Em maioDEde 1694, » João


Joã de
« c L Lencastro tomou posse no governo-ger:
aos índios do Ceará ferido. Nessas condições,
Ernqr

um filho, foi gravemente escreveu Studart edi St n ordens para investigar as riquezas minerais Pr
matarem nos sertões. Como
selar

de lhe
permanência a dos bárbaros é paranti ntrar uma definitiva ão
mais à conselhava
sua que ameaçava eternizar-
às agruras de uma campanha até que, iniao 0 irbaros E praneie assim as bases para a PN ão das
Filho, “fugindo
desamparando seus melhores auxiliares, já sem o os do Rio Gra ermambuco- lim uma carta de julho de 1694 o
foram prosseguir na juta,
se, um a um O enfraquecido para
demasiado para às suas fazen- O que sugeria que A e, dizia que cra necessário o fim das guer ão
julgando-se O mestre-de-campo
balas, retirou-se cm 1690,
pólvora, nem paulistas, iniciada
à campanha dos gencalogista mais feno
to serviço delhe [ao
qu rei] fará
Fará mac é em contrair
no € perpetus
tudo: "Porque 2
das”? Para este
historiador, bascia-se no
25 abril de 1694. Sua afirmação data cm uma carta
pa-
vitórias” 1 Como
vimos acima, i gual Tecomenda 0 de todos com grandes
durou até CStl
que por sua vez constatou Antônio Alves
Pedro Taques,
que lutou junto com Matias Cardoso, Stu: esse governador refleti
discutida, pois em Ao que
(És antes. parece,
tente de um capitão precisão dessa data pode ser
a de esforço ç mM o incontades pelo gu uma solução que repasso
Figucira."* Todavia, os esforços de paz mio ca os, pelo antigo capitão-mor do Rio Grande
11, ou DH,
Pernambuco, caixa Da Anestinho Giés posro De fato, quando morreu Sebastiã
1
ho UI tra mar ino , 8/1/1693. AHU, 693 , AH U, cod . 245, fis.
vs Consulta do Co
ns el
mos , foi expedida dia 21/2/1 de lançar
cimente!, Agostinh. ésar e Andrade, de maneira extraordinári foi
ia, ne ste s ter
João de Lencas uro ,
89:23)-2. À carta rég ten tat iva do governador geral, 169 6 o paga Mntivos nota cado capitão-mor pelo governador-geral, e ros
tan te à ain da em
228-228v. Não obs ou me sm o nos gados do sertão, DI, 34:95- que sc imaginava que, sendo conhecido dos janduís,s, com com
moradores , ao rei, 13/7/1693 .
uma finta sobre Os João de Lencastro
sid o fei to. Car ta de
11/1696. DI, IS A. quem firmara ara asas pazes,
paz quando so ubesse
mento não havia ias Cardoso, 12/ 38:297.
de Lencastro à Mat nde, 12/6/1693. DH, buscar para as renovarem”.!º m de sua posse, “o tornarão a
8; e carta de joão ao cap itã o-m or do Rio Gra
pel o Conse-
Cou tin ho sid era do
4 Carta de Câmara Gra nde , cai xa |, 32. O que foi con Gra nde,
as Carta, 3/1 1/1692
. AHU, Rio 1/1693. AHU, Rio
ta do Con sel ho Ultramarino, 23 9 Carta a de deJoã
João de Lencastro
: para Matias Cardoso, 4/7/1693. DIF, 38:303-5
sul
ho Ultramarino, con
caixa 1, 35. AHU, Rio Grande,
caixa 1,35. 1asa P,DH, 84:te 123-7.
Pimentel, 4/8/1693. , 1966, p. 102-03. edro Taques.8. Nobiliarqui:
Nobiiliarquia paulistana
] histórica
istórii e genentógica.
bater, + São Paulo,
aulo, 1980, + vol.vol. 2,2 p. 201
de Se ba st iã o ria . For tal eza
me Carta s de história e pré-hi
stó ro
ina tos, 5/3/1729. Ped ) ; L encastro pi
pari a o cap Kão-mor ) do Rio Gra nde, 24/7/1694 . DI, 3 4:32 2 .
t Fil ho. Pág de San
Carta de João de + esti
1 Carlos Studar e pas sad a à Figueira com d ata 0, vol . 2, P. EYA
ta pat ent auto, 198
18 “Prata-se da car e genealógica. São Pp
pelistanea histórica
Taques. Nobiliarquia
| ooo A GUERRA bo AÇU 165
; RA
GUER DO AÇU
AS
tendo lido várias inf
orma- alguma confusão nessas datas (pois o acordo do rei está assinado em 12
ro s do Co ns el ho Ultramanno, , pe ns avam de dezembro), as cartas nesse sentido, ordenando que se seguissem as
oOss memb Castro
de Len cas tro e de Caetano de Meloiti uçã ão” par
o” Dar:a O disposições de Lencastro, já haviam partido para o governador de
ções de Joã o va sol
e adotar uma “definiti
a
que realmente era important a tic
te scarprá
ce pessoa
€ int
queas “se
en- a
dêehgfim Pernambuco, o capitão-mor do Rio Grande e a Câmara do Rio Grande
con voc ara m àopi niã o no dia 3 de dezembro.”
caso. Para tanto,
tes na matéria pura O decisão cra que as despesas deveriam Nesse contexto de arrefecimento da rebelião dos tapuias, ganhava
de É solução força a idéia de que cra necessário um esforço de repovoamento e de
enda do Estado do Brasil, don
esta guerra - fi des nela Faz sse de cn astro estabelecimento de uma ocupação mais perene nas regiões de frontei-
lus iva do governo-geral.* O intere i
nias do Norte estava, conquco, mu
ra iv. exc ra. E a idéia vinha de longe. Em carta de outubro de 1692, Câmara
ser a na ra nilicares nas capita r-g era l e às € Isj 5 Coutinho punha-se de acordo com o plano de Matias Cardoso de se
pel as questoes n . " . veleidades como governado
ginar que povoar o Açu e propunha que houvesse aldeias ou estâncias de índios
a oo gov ernador de Per nambuco. Podemos ima
oisdlig
içãado
o com con tro lar a evo luç ão dos aco nte cimentos pará Fr em forma de arraiais, principalmente “para a oposição aos bárbaros c
de jur
dos tapuias silvas que sc rebelaram”. Para este cfeito, ordenou ao mar-
ultante dodo concont trole da pas giade Matias oso. o
Carddos
ias Car
rantir à e ocminência ress
a quês de Montebclo, governador de Pernambuco, que mandasse vir do
SEIO via escrito ao seu colega de Ceará o capitão Francisco Pinheiro, com a obrigação de trazer seus pa-
tado do vácuo deixado Leoa, a s con ven iente para O Rio Grand e, rentes c outros índios para aquela fronteira. Além disso, todos os índios
No dia 31 de jun ho ue par eci mai
maneira um tanto que houvesse com o mestre-de-campo Domingos Jorge Velho deveriam
a o ses s pon did o, em 2 de julho, de «uumaà cópia de uma carta do rei ser restituídos para as capitanias de Pernambuco ce Paraíba.” Confir-
D
tendo : y
no de6 deMelo e Castro pe a : “entre gava os particula- mando essa determinação, em março de 1694, uma carta régia ordena-
iva, Cacta março passad o, na qual
ca I: “do do diaGrande”. Lencastro estranhou a contuse lhe fusão de jurisd ições.
odatada O Milo c va que no Áçu, Jaguaribe e Piranhas fossem postas seis aldeias de ín-
res do Rio culo de capitão-geral que levava Caetano de Mc dios, duas em cada um destes sertões, com cem casais cada e com vinte
s"! do com a mesma subor dinação do soldados pagos e seu cabo.!* Para formar as scis novas aldeias, deve-
Lembrava que o título de caprtefican eover nador es daque la capitania”.
honorem,
Castro era apenas - “adsempre riam concorrer as câmaras e capitices-mores de Pernambuco, pois a
: “[ m os ter havido um “descuido” do ofi :
tiveradera a d o r e RA
Fazenda Real não podia gastar mais nada de seu rendimento. À impor-
governo-geral que sempre L
po e daria de avisar do fato ao Con- tância dessas aldeias era destacada em um arrazoado de Lencastro ao
Ironicamente, imaginava quemas nã Da :ria sua autoriida-
da
:: > :
» escrevera tal carta, .
a o Ultramarino. Pois, se fosse válida tal ordem,Já estar tava no Sul com 0
ente “liqu idada ” no Norte, como foi analisada
de Ocompra e Pais eito, a matéria foi 1% AHU, cód. 256, fl. 186v-187, Por outros motivos, mas de modo revelador dos ânimos,
em novembro de 1696, Lencastro repreendera duramente Cactano de Melo de Cas-
gover, no e Antônio Pais 5 deESde
ndesulta ad de
ade mb?
zeCA
ON ro dOde FO1694,caosena-
tro dizendo que 0 Rio Grande devia obediência diretamente à Bahia, e estava fora da
ari1node naSacon
pelo Conselho Ultram m sua jurisdição, conforme queria orci na carta régia. À resposta agastada do goverma-
aos seus me ar -.
do que pareceu melhor de Meloo ea stro]DO não foi por se priv
[Caão dor de Pernambuco explicava que então ele não tinha nada que ver com o Rio Gran-
à Cac tan o
ordem que sc passou jur isd iç o $ r se adiantar O remé- . de e que, portanto, nada faria em seu proveito. Lencastro teve de censurá-lo dura-
da sua acudir |
ao governador da Bahia
mente chamado-o, em longa carta, ao cumprimento de sua subordinação à Bahia.
, que co ma de mais perto poderia
Gra nde -se, Cartas de 26/11/1695 « 18/2/1696. DI, 38:377 e 387-91.
dio à guerra do Rio
c met os q o acordo do rei, reafirmou 7 Carta de João de Lencastro para o capitão-mor do Rio Grande, 3/10/1692. DJ1, 38:292,
com aqu ela s dis pos içõ es tro era sup e- o
que Lencas
€ O mais n ecessário,
Em novembro de 1692, o conselho tomou conhecimento do “miserável estado cm
mei o de car tas De fato , com ...
aos negócios militares.!*
então, por que se encontram as praças e capitanias do Brasil” assim com das extorsões € ruínas
tocante
= rior de Melo e Castro no decorrentes dos assaltos repetidos dos bárbaros. Sebastião Pimentel havia represen-
. tado que se achava sem munições c a artilharia da fortaleza sem poder de fogo é
| |, i
Ultramarino,
cé . 25 2, 11s.178-178v.;
15/11/1694. AHU, «cód
ou DH, desmontada, ao que sc determinava que deveria se lhe enviar socorro por meio dos
- governadores das capitanias. Consulta do Conselho Ultramarino, 23/11/1693. AHU,
ta do Con sel ho
184 Consul
do Conselho U Itrama
nino, 7/ 12/1694. cód. 252, fls. 170v-1; ou DF, 89:242-4.
ei

$9:263-5.
á bem ” do rei é de 17/12 1694, consulta à“ AHU, cód. 245, fls. 247-247v.; ou DI, 38:303-5.
155 O “est -8.
9-179v.; ou DI, 89:260
AHU, cód. 252, f1s.17
À GUERRA DO AÇU 167
166 A GUERRA DO ACU
De um lado, havia uma “razão militar”: :todaé 1 i imundice
ice de cobras e e maismais bichos
de cobras bi peçonhentos € raízes de paus
governador de Pernambuco. ainda a que que com poder e de : conquistar
armas « se queira PE
raraé coisa Oimpos
importante para a defesa das frontci- cair de armas
uma linha de aldeias amigas seria Itamaracá e Pernambuco. De N : por esta causa e andarem dessa sorte sempre de levante além
Paraíba,
ras do norte das capitanias da certo
grandes lavouras dependia, em de erem muitos, em quantidade de diversas nações e os conquista
» Ce * . 1 Ii . :

outro, o sistema econômico das und o João doreses com


com armas,
ta as mochilas
hilass dede mantimento
manti Ê água às às costas,
€ asta
desta
sertões pernambucanos. Seg e água cos
sentido, do fluxo de animais dos ent e os
Rio Grande se sustentam geralm e e atrás deles pelos sertões, lhes não podem fazer dano nenhum
de Lencastro, “dos gados do lta o im-
outras, que de sua carne resu is com os assaltos muito grandes como têm feito « fazem e lar
v e q OIÇUA o ' . : ,

povos desta capitania e das duas ia de ando-se . causa a a dita canitani como é fronteira asN [deJmais“o
dir capitania,
ia; e de seu serviço à permanênc ar por esta
posto que se paga para à infantar ares
em Pernambuco; e que dos açúc ncorp ar-sc-á o dito gentio
y ão poderá
e não poderá moer engenho ne la
todos os engenhos € canaviais mercan- Paraíba nem dos sertões de Pernambuco.” é hum da
a carga das frotas € o comércio
que neles sc lavram dependem “cordão
ervar esta praça”.º Além desse
til, sem o que não se pode cons ria reco nstr uir a eco- A única : . a mr: o enc d: ” .
povoamento pode
defensivo”, imaginou-se que o o de 1694 , o rei deter-
a. Em fevereir
nomia local e garantir a seguranç
dba o oradores ecra impedir o E to indo Ó Ca ao la tropa de

dos índi os às pess oas


terras fronteiras
minou que fossem doadas as
q ( , enco: tada na

tam bém com esta s


ivá-las “para que
interessadas em povoá-las e cult
ste I, * * E;

da invasão dos cont rári os”. !”


povoações se à jude a defender nsa
Os moradores do Rio Gran de haviam formulado de maneira exte no Cea a, inde estavam A e E «ds 8 Ji mais de

uma peti ção ao rei,


dos bárbaros em
essa nova estratégia para a guerra
S P F S. uZzentos ou cem casais oderiam SCI enviados

Ultr amar ino ape-


isada no Conselho
escrita no ano de 1694, que foi anal a-
segu inte . Nela, os moradores reunidos louv ato sas que t a I Hania d 3 roso UZC nto s
nas em fevereiro do ano s que Voss a Maje sta-
uma das “melhore
vam as qualidades da capitania,
ou ccm casais para as Piranhas. Além disso, imaginavam que cra possi

criado
Amér ica” , porque cla é enorme, tem “sal
de tem nas partes da de gado s e tão ferri lís-
de abundância
de ara fc : d as Di 1
por natureza” e “produz tão gran
uma com seu cabo o “IS f ,

dar carnes para todo o Brasi l c todas


simos pastos tão larg; os que podem
que h a JSSCMm NCc SaTios, O o tc -

navi os do com érc io deles e coiramas para este rei-


as matalotagens dos leva nte do
tesem-se destruído com este
no, e ainda achando-se certo gado está suprindo as
cabeças de
gentio tapuia mais de 900 mil [sic] boia das para mane jo
capitanias de Pernambuco e Paraíba com carnes €
es”. Falavam também do pescado,
dos engenhos € carros dos lavrador en-
es de farinhas e legumes, dos sust
na costa e nas lagoas, das plantaçõ os de açúc ar. Isso . aldeias” e c não
não mencionavam
menci i
sequer a necessidade dos paulistas
sc fazerem engenh
tos agrestes e da possibilidade de tir,
cujo s assaltos eram impossíveis de resis Cont
- Égi que pareciai do agrado do Conselho Ultra
udo, essa estratégia,
não fosse o gentio rebelado, marino, tinha opositores. Entre1 eles,: , o irmãoo dodo o p padrere Antônio Vie c€
: 2 Antônio to Vieir:
Vieira
pois ele ecretário do Estado do Brasil, Bernardo Vieira Ravasco, que também
tece dor- po proprietário de terras e currais no Itapicuru, no São Francisco, e no
nem assento e só donde anoi
er: 1 » + ' s » o E; l :

“.. é de corso sem ter casas scu sustento, o rande, entre o rio Perogi e o Corotão.'*? Em uma carta para o con
que são c como tais é o
mem no campo como animais

] / . . .
Pp ctiçã o dos a moradores a da capitania
Pp do Rio Grande, vista
o no Conselho
á Ultram al trim o

para 6 governador de Pernambuco,


5/6/1694. DI, 38: em 28/2/1695. DIf, 84:120-2.
18º Carta de João de Lencastro O padre Antônio Vieira c Bernardo V ! cira Ri 1 VASCO CT aum filk os
O de s CrisU tóvio V Icira
Cira,
311-2. q ue vcveio do feino para Salvador como ESCT
escrivão dos aprivos s € apelaç
| OCS,
es, 1 Nd UCAS! ão da
1
D/f, 89:248-9.
vo Consulta do Conselho Ultramarino.
DO AÇU A GUERRA Do AÇU 169
168 A GUERRA
cl ho Ultramarino, datada de 5 de mação que s:se deu a Sua
ação que Su: | Majestade
j stade para
p: mandar
de de Alvor," presidente do Cons
pôr nas Piranhas
“cor-
argumentos contra Esta TOS do seis aldeias”? De mancira orquestrad a, este bandeirante
Danciranto queriaa ado
ame-
agosto de 1694, Ravasco arrolava que as
apitanias do Norte. Deduzia drontar o rei alegando que, assim «
dão de aldeias” para proteger às “uma al- capuias, estes as negac ariam “com aulas acertadas as pazes com os
guém havia calculado que
aldeias seriam inviáveis, pois nin e que, .
com à família, seiscentas bocas” Aquela costa, pois tanto suspiram pelos holand vio estrangeiro que vier
deia de duzentos casais contém, S e é certo [que] s
holandeses,
natural dos índios, no mesmo pon- ualquer inimi e decor.
dada “a inconstância € impaciência
conquistarem por des desse armas de fogo, só eles bastavam ão
mparar as aldeias”. Dessa manei-
to que lhes faltar o comer hão de desa €s- exccdemos s mais
lhes “trazore Pois são tantos como as folhas, e no valor 5 não
ria Fazenda Real que sustentasse era mais que na desigualdade das armas”. Su:
ra, segundo sua opinião, não have
farinha suficiente seria muito difícil fistas O naquela ampanha ao menos 400 homens de armas pau.
sas aldeias, e mesmo que houvesse os sempre
pelo fato de que os índi fantaria Do Pela
entregá-la, seja pela distância, seja aos
campanha”, isto é, ele mesmo. Com ma
nças para não as deixarem expostas
andavam com as mulheres € cria “em nen hum dess es te dando-lhes aos ta ias] à tropa assistiria na campanha “efetivamen-
hecido de todos, mas, a fome ca sede no guerra a fogo vivo derrotando-os com as ar-
bárbaros. Por fim, como era con ue tudo são cam-
tar provimentos porq
sertões podem estas aldeias plan doa sua total ruína so a que vendo-se impossibilitados € conhecen-
excelentes para gado”. Argumen-
pos improduzíveis de mandioca e só , que, apesar da paz com condição de os postar Tora da tem ” pedir paz e concederem-se-lhe com
dos bárbaros candidatur:
tava, também, com as atividades de era promissora ar tora da terra”.'** Como veremos, sua
Cura
ado. Como as aldeias distariam da cida -
o Canindé, não haviam cess impe diri a aos
50 léguas, nada de fato Em suma, da duas s o Rio Grandesse : Da sena vam
gue possibilidades para uma “defintti-
do Rio Grande (Natal) entre 35 € a-
va solução”
€ vir assaltar a cidade. Ravasco sentenci Z com os índios cer
bárbaros livremente circular . .
não impede os bárbaros”. “Todos
amtic:
va: era notório que “a cultura da terra
ar e
povoamento do sertão — fosse com esto Conor
interesse em
aqueles que haviam pedido terras em sesmaria tinham o 2 , vos moradores —, ou a guerra
conti-
pelo pretexto de ficar com elas. Para em nova
estruturadacomo
nuada, estratégia, Covas e mais poderosas bases militares. A pri-
tratar das pazes com os índios só acci tass em as pa-
meira
el que Os bárbaros Ultramarino
secretário, seria mesmo impossív esa, : ávamos vendo, fora considerada no Conselho
algo que já possuíam, os seja, as “terras fron- cava a impossibilidade em uma séric de ordens répias. Ravasco denun-
zes, pois se lhes oferecia na-
assim pelas suas setas como pela resse que a motivo aerial de sua execução e revelava que o inte-
eciras de que cles são senhores
tureza” terra. Com cfeito, os moradores
dúvida, a idéia de que a solução que defendiam tal estraté y posse da
Por trás desta arenga, estava, sem ter- preocupavam-se
tões c lado, co ia almejavam tomar para si as terras dos ser-
s. Não havia o sargento-mor do
seria chamar novamente os paulista ito nes-
“ outro como a c ma interferência do governo-geral ou, por
Álvares dc Morais Navarro, escr temiam à nossibilidade ! Hoprictários de sesmarias ainda não ocupadas
ço de Matias Cardoso, Manuel es que tem à infor-
um “Discurso sobre Os inconvenient novo terço de paulistas fosse contra-
“ tado sob a promessa das t due um
te mesmo ano

Pa DO a Stem conquistadas, como o fora o de


Velho do ra tanto, estavam dispostos a “patrocinar” a
Domingos é Jorge
ocupação pacificação
ir o cargo
, em 1609. Ravasco, além de possu a gonstrução de um pre-
primeira criação da Rela ção da Bahia
, era tamb ém fidal go da casa de Sua Majes- sídio. Por outro lado, aarenga do financiando
desceretário do Estado c Gue rra do Brasil o do Brasil — retário do Estado do Brasil
tade c alcaide-mor da capitani a de Cabo Frio. Como secretário do Estad se percebe, em
em 1697 — Ravasco tinha enor
mes poderes, . e contr olar os is panituo li partido, disposto a patrocinar a guerra
desde 63, pelo menos, até a sua more cações na
à io mobilizados. Este partido
das decisões tomadas, € suas impli
pois controlava não somente à memória iutes da admin istração. pró-paulista) pretendia
“baiano” das(e capitanias anexas à de Po io dessa mancira, na política
os procedimentos pecul
gestão presente, mas também todos u o ofício para seu filho, Gonça- fechada
de seu irmão , deixo , dominadas pela no-
Quando morreu, dois dias depois
que.
lo Ravasco Cavalcante de Albuquer or cm Angola
e de Alvor, havia sido governad
—————
de "Távora, primeiro cond
ms Francisco ). Expe rien te em assuntos -. Mas Discurso o
| Estado da Índia (1681-1686
asobre es inconveniente s
CRICNteS... tc
ctc., clc. 169Ç 4 . AL > EB,
e 4 + ede d : r Cras
rérr as,
o rdens
(1677-1680) e governador do
Livro de
ão de presi dente do Cons elho Ultramarino. 1694-95s2y f dão 76-9 . A ud :Af Ss
a funç
1693 exercia
E. ay “ 3
do ultramar, desde 84:123-7. Fauna , A Guerra dos Bárbaros”, RAM, 22 + I 13.
ao con de de Alvor, 5/8/1694. DI, ELR Ii 936. E DNSO de E.

1 Carta de Bernardo Vicira Ravasco


IZ0 A GUERRA DO AÇU A GUERRA DO AÇU 171
de Alvor, Ravasco pre-
breza da terra.” Ainda na citada carta ao conde atraí-los ao 1 piRio
auaílos Grande.
Grande. Rav;
Ravasco, i
com certa insolência, lembrava o pre
“ser defensiva com as siden e do “onselho Ultramarino que a lei de 1611 mandava
gava que a guerra do Rio Grande não deveria ex vressa
te nela, senão na ofen- men e cativar os gentios que fizessem guerra aos portugues
três aldeias”, pois “a guerra defensiva não consis
» “ Vo ”

es é esta
“4 p e
. ' as .

que há de haver a perma- do roinação pontinuava válida, apesar de o próprio d. Pedro


siva que se há de fazer os bárbaros e nesta é 1 achar
e xemplo era a Bahia, que : não.
nência até os desbaratar e extinguir de todo”. Bom que não. Não havia ele estudade
studado todas 5 ass cópias pi s de cartasas que haviaiai n n:
m ecido “40 anos de
onde, depois de Cairu e o Recôncavo havere pad ocre varia do governo e constatado que em “nenhuma consta
ve
s ente com a vinda
guerra defensiva”, os tapuias foram derrotado som suas
demorou
errogou àa E talal leilei por mais ais que quca a Sua
S :
Majestade sc tenha , informado do 0
uas dentro de
dos paulistas, “indo a conquistá-los mais de 100 lég contrário” ? O caso exemplifica a certa arrogância típica
da burocracia
aldeias”. Acreditava que dere + eudo ponto de vista “técnico” (ou os seus próprios pontos
de
Ista políticos)
ietce conferia-l í he mes esmo um sentiment i o de certa : i
tuamente na
“.. para se fazer a guerra é 0 único meio andar perpe em relação à vontade do soberano." CER aomomta
sejam 100
campanha um corpo de 600 homens de armas, dos quais e
ge À carta enviada enviad: ao presidente side do €Conselho Ultramarino surtiu o cfeito
ser 70 paulistas
brancos c 500 índios expeditos, dos quais hão de des ja o eunidos em 2 de março de 1695, scus membros definiram
podem tirar ao presídio de Per- ais apuro a estratégia a sers
40 mulatos c mamelucos, que se ser seguid: ida. Ponderaram que “seri i
um capitã o-mor, um sargento-
nambuco, com um mestre-de-campo, to conveniente fiar éSua Majes ajestade esta s empresasa d deles fpaulistas|
[paulistas i por
e-de- campo tenha jurisdição ser lgen
mor « oito capitães. E que este mestr [gente de] grande : alor, e muito
valo j práticaáti a nmna que se e faz fa; nos aaa sertõe por
mbuco e rio São Francis- ue
mui pnerteiaio
sobre as aldeias do Ceará, Paraíba, Perna sofredoraa do traball idahoo € costumada aa venc vencer
: esses ses inimigos
iniminigos com com
co para de todas tirar, revezadamente, os índios bem armados € de de o ço .o y , pre, e que se ordenasse ao governador da Bahia
.

de achar,
:

maior valor que lhes parecer c escolhidos os mais fáceis


4:

que
u

ossE aplica aa lei de 1611, ou seja, que fossem feitos cativos


“ “

ntas os
: nt úmero de mil e oitoce ditos s bárb bárbaros, “por
[do] que casais com família que fazem ser menos
or ser me malá que eles p creama liberdade I e do d que
das aldeias], e que de São os ext or a que os paulistas passem os rendidos ao fio da espada
almas [isto é, na proposta da formação como
100 índios e 20
Paulo sc mande vir por mar um capitão-mor com dios mam o orar q tando se não podem aprisionar deles para
e e aa ..

o seu ser
'

oo M
brancos com dois capitães”.!” eniência, e por este modo :se lh cs pode atalhar c violên- iolê
épo cia”. ciar O que sse devi: a fazer com brevidade i ade, porque se entendi: endia oeno
pagar os soldos “dito ditos rebelado s, perseguidi os s pelass armas s portuguesas, voderiam
Para o sucesso deste empreendimento era necessário poderiam sese re
algodã o, assim como “resgates fugiar na serra serra dede
dos paulistas, além de fardas e pano de dou no es : “Goapaba” (Ibiapalb:
, a aba), no no MMaranhão. ãão. OO reirei concor.
“ I , «
d
ao.
Quan-
re,
m”.
concor-
eiros que tomare mesmo didia, dizendo que se deviai mandar viri os ditos
para índios de armas, sejam cativos os prision i i
paulistas
as que conqui stasse m, € sem que que se divirtam [atra palhe] os que estão
to às terras, que fossem dadas a eles apenas ã nos Palmares”,'ºim Uma
as preten dem”. O cati- Dnrégia, assinada
“carta
não para outros que “só com à sua informação as i em 10 d e março de 1695, » ord Ordenava queos que o governa- :
era uma condiç ão para a
veiro dos índios deveria ser autorizado, pois essa al lex ntassc !um terço de paulistas istas, ; com ssoldos$ pagos ee postos
euaros de infantaria, para a guerra aos bárbaros do Rio Grande”
de. C reido àsàs opiniões de seu secretário
mudo âri e cientei d essas novas deci-i
post bellum, veja 0 capítulo 5, des de Lisboa, era provavelmente com certo prazer que Lencastro
vá Sobre a “nobreza da terra”, principa Imente no período es
açucaro cracia” , de Evaldo Cabral de Mello. Rubro veio. Rio de : coeviaa ao
“A metamo rfose da ao governado
governa r Melo de C astro no diai 20 maio aio i de de 16 1695, para lhee
Janeiro, 1986, p. 151-93. que recebera ordens de que o intento do rei era “dar-se fim aesta
de 5/8/1694. DH, 84:123-7. Taunay
17 Carta de Bernardo Vieira Ravasco ao conde de Alvor
u a a

dor das bandeira s, o secretário teria sido autor


conf indit as histórias. Para o historia
traz erem os pauli stas feita ao arcebis po em 1688. Para tanto, Se
da sugestão de se
r na cole ção [ «amego do LER. Affonso de E. tas e.
na Garta ae permardo Vieira Ravasco ao conde de Alvor, 5/8/1694. D//, $4:123-7
bascava em uma certidão que dizia have
val. 6, p. 343. Na ver-
ER
das band eira s pauli stas. São Paul o, 1950, . anocl Hespanha. As trsper; : qro Bs de Eds
"Faunay. História geral
dude, como estamos vendo, Ravasco teve impo rtan te pape l na defi nição da estratégia
r ao fra casso da
“Portugal séculos XVI-XVIIT, Lisboa, Domo po op tem Snstiições e poder político
nos pauli stas, mas apen as nest e mom ent o post erio m ConsultaE do Conselho Ultramari este
amarino, 1.º/3/1695. ;
AHU, cód. 252, fls
ofensiva bascada
expedição de Marias Cardoso. Carta régia ao governador-geral, 10/3/1695. D4!, Vi25 2a, SA, Hs. 182v-dy
AGU A GUERRA D .
172 A GUERRA DO
regular de Lencastro. Caso raro na prática concelhia, sua “açã o atu 0
ição a forma que parecer mais
guerra, e deixar à minha dispos que há de fazer, e petamen to a vontade dos membros do Conselho Ulte o variava Na com
dependia da “gente amarino, ses-
se conseguir”. Segundo cle, tudo de posi ção, como são do dia 11 de deze O: «IM
conservar”. Mudando 1694, os doutores José de Freitas Saão
e
do cabedal com que se há de ofen siva , que É o João de Guedes a ui?S, de
Sepúlvedpreferir
a “empreender a guerra “Tristão assim como Bernardim Freire de Andrade €
vimos, conta que estava decido Rio Gra nde ”. No
urança da capitania do dicando Agostinho ana contiemar a decisão do governador-geral, in-
único remédio que tem a seg os a uma
para obter os recursos necessári candidatum de Be . : de 4 ndrade como primeiro voto, € deixando :
entanto, via-se cm diticuldades
nova expedição de paulistas. Enq
uanto tardasse uma solu ção,
com
ordenou
os ín- Alvor preferia Valentim T de Melo em último lugar; já o conde do
Vieira Cabral,
não Carrilho, que se metesse última opção. E contido o do mas igualmente tinha Melo como
ao capitão-mor do Ceará, Fer o-o s com de
teira do Jaguaribe, alternand 1º espacho
pitão de Igar: Pe contienfrentar real de 20/12/1694, nomeo uoca"a
a crise no Rio Grande."
dios de sua capitania na fron iou os cem Não af açu para
avam família. Para o Açu, env .
outras aldeias porque não lev às Piranhas, os proces Dae
o do Henriq ue Dias . Qua nto esultasssãoemcomuns
de dos cs processos de escolha dos capities-mores que não
homens que sobravam do terç ava que,
z que fora dos Palmares, inform
o experiente capitão-mor, algo providên- marino, a indicação ' ses pon
tomento
dos Ingares s-tene s que Ultra-
do Conselho
se fazia necessária nenhuma ronricdade da coro; para as capitania cr;
como lá não havia bárbaros, não aleiros
r havia recebido petições de curr um dis dr declara Pa dava pela análise das folhas de serviço (com.
cia."? Não obstante, O governado haviam
hostilidades de tapuias que é pela proposição, em es anexas) dos candidatos que se apresentassem
do Pinhancó que davam conta de bado gados. Assim, deveria pro-
mais de doze moradores € rou preferido, geralmente o a consulta ao rei, da uma lista classificada. O
matado gua-
ia das Piranhas, que chamavam Man o escolhido. A decisão de d. Pedro
ver os postos do principal da alde nça de "Te odó sio de Oli- talvez tenha sido motivada tdo
de confia pela discussão no Conselho e
guape, com um cabo € vinte homens e Pin han cós . Não só para consenso ii
falta deucanos
pela pernamb Pod Justamente
nhas, Cariris haver também um desejo de favorecer
veira Ledo, capitão-mor das Pira
aos
se
mas “pela do novo caminho que tempo fortalecer
um grupo que pudesse mi icação Antiga, € dO mesmo
a segurança daquelas capitani as,
o Sua Maj est ade man -
até esta praça, com divide et
o poder do governador-geral:
abriu do Estado do Maranhão quentar vinte dias de sus
dos bárbaros, não se poderá fre impera.
ia Nem ntar
a impleme uma polícia para Bernardo Vicira de Melo começa-
dou: pois se não se desimpedir
OS dois Estados”.
por ele a comunicação entre a
Grande, associados à açucarocraci vinha sendo proposta pelo Conselho Úlamanio é iplonacaa
ada pelo
pelo
Contudo, os moradores do Rio de
ne rr

estratégia. Em meados do ano


pernambucana, não desistiam de sua importante
1695, os partidários de umasolução pacífica ganharam um
Em

Vicira de
da “nobreza da terra”, Bernardo
neto de Antônio
dona da usoVicira
SA d c Melo.O. Em Ê 1675,
Em 1675, fi fora nomeado capitão de infantaria di
aliado, quando um integrante do Rio Grande, a lide- a
com 0 posto de capitão-mor cavós ado copente ponteira “lo rio Capibaribe (carta patente 12/1/1675) E
Melo, assumiu, junto dos
. O futuro campeão da “Guerra de sangue”, lutou nos Palmares (certidão 29)
rança dos interesses da elite local
cup c limpos
(O 1a , era rapicio-mor
em 1686,
11/1686). . EEm
ã dy companhispanhia de cavalos da freguesia
fe em 1711 , era entã o nn
da Varge
& rcinóis no Reci
Mascates”, que oporia mazombos
(carta P ent te [EN 666) Em 168% tenente-coronel da infantaria do codecs nça de
o final que lutou contra os gucrgues levantados,
endo comandado a expe diçã jo ambuco (carta pu ente, 9/8/1689) quando
herói da Guerra dos Palmares, hav
han do como prêmio este seu novo posto.” da Correndo do õ pa o pero aa Ararobá, ende tinham terras e gado os padres
aniquilara o quilombo, gan a,
de Andrade, que com já foi dito acim
BIG Oratório. . Em + era
sra juiz
jul; ordinário
inári da vila de Igaraçu (certicidã
Vinha substituir Agostinho César ida extraord inár ia de João de dis via 1601, capitio-mor da vila de Tparaçu (carta SO Ea o do
por med
fora indicado como capitão-mor ss sos onoRd ate aos
combate os negros negros dos Palmares, foi premiado rei com o o posto
> com bosto dede
a SDO det P7/1695-15/8/1701 d. Papéis de Bernardo Vicirad
E »4 IU, Rio Grande, caixa 1, 66. Veja também o ums : M elo
s o

20/5/1965. DH, 38:331-4. bas


ao governador de Pernambuco, ros”, RIHGRN 59. 612581 Medeiros. “Bernardo Vicira
de Melo ca vu esta d
ve Carta do governador-geral da Parai ba, 21/5/1695. DI, 38:337-8.
tão-mor
O capi fronda ds dos mazombos.
masamõea
73 Carta de João de Lencastro pars 199-61:25-51, e
1967-6 Evaldo Cabral
9; M
de
os sabendo que- Sãoão P Paulo, 1996,
Ledo, de 31 de ma io de 1695, ficam
p. 285-6 comido feio.À
Em casta ao Teodósio de Olive ira
arma ra dita aldei a, cuja nação cra dasus Consulta do CG mselho Ultramarino
A Ce
j sobre a nomeação de pessoassp:para O postosto «led
ari

a ou quarenta espingardas para


ele tinha trint capitão-mor do Rio Grande + com votos declarados , 2
confiança. DI/f, JS:S4L. Vicira de Meloe - guerras nos Palmares. São Paulo, 1938, p eraao (12604. Im: lismesto Emnes, de
Pernambuco, eta filho de Bernardo
vt Natural de Ipojuca, capitania de
174 A GUERRA DO AGU do belo iesuí | A GUERRA DO AGU [75
elho Ulira-
governo- geral. Com cfeito, à revelia das decisões do Cons o relato ] de Vicira, como
voc ou, no dia 16 de ju- havia Stos alia
m dido postos iredo. á Segundo
:
capitão-mor do Rio Grand e con
os ss
marino, O novo o” para viam ficado muito
É
insatsfcicos Mission rios junto com alguns tupis, ha-
mais supo siçã
lho de 1695, a câmara c todos os moradores “de » PORQUE estes tapuias tinham aversão aos
era mi 1is conveniente para a segu ranç a e aume nto das caboclos. De tal mancira e fugi-
decidir o que
levante dos indios. Na oca- bren! hass ondeonde que dois deles haviam levantado sítio
povoações tão duramente atingidas pelo os “para asPa
do irhdios habitavam « Vieira conta que conversou com
cartas que O rei enviara, p articula
rmente a de 3 de dezembro
sião, leu as escolher 0 sítio que quisessem. Eles fi-
do ano passado, em que sc concluía
pela necessidade de uma solução écaram
“ehegando Hist º podiam
“tão satisfeitos” gue o Canindé mandou prender os desertores
remente essa resolução, insistiu
definitiva. Interpretando um tanto liv mais culpado, ma presença, mandou de improviso matar ao que achou
ressa do rei que se buscassce uma
com os presentes que cra vontade exp na dar paree due assim o fizera para exem-
a e muito, pois, como disse mais, Lá re s a ação entre
solução pacífica, com o que concordav plo dosneste
nda eles tão desusada que se não viu
ia os impossíveis que havia para
ocastão, “tinha mostrado a experiênc aros COISA semelhante”."* Acompanhado do Canindé
paz podia haver quictação”. e de alguns de
extinguir os bárbaros [e] só por meio da pôs em marcha
capitão-mor sepresídio,
a tropa aodolugar
em régia, noticiou, entio, a paz dO chegar
para quatro mese:ses passados
dra favorecer sua interpretação da ord Aco Sds do futuro na ribei-
com os índios paiacus c a !
que o capitão-mor do Ceará acabara de fazer interior do
gu. Segundo o seu relato,
fizeram aos icós lá no
“destruição que estes fagora aliados]
sossegado do Ceará para o Rio dio
“eum us e“ampo tão ão plano
“é
pl: que : o regam trêsês rios,
sertão”, de modo que o gado podia fluir ri que pelas margens
o um acordo de paz, donde se die correm Ao copiosos que o que no verão é delicioso e agradável à
Grande. Os paiacus de fato haviam feit
- a o a
o , ê

s para a defesa do caminho do Cea- vistase reduz>duz no no invei


inverno :a um mar ar q uc que nove dias
imaginava a necessidade de aldeá-lo i s contínuos
contínuos ; andeici i cn
em
de Apo di (perto do atual município dade adiando os sempre acautelado, por reconhecer nos bárbaros
rá. Ocupando as margens da lagoa
ias controlavam uma região es- a ana feios de me quererem acometer, e dando as águas uma xe
de Apodi), ao sul da chapada, esses tapu
- o » “ » » “
' : .

o Bahia.
sencial para a condução dos g; ados do Ceará para Pernambuc ou due a suspensão cheguci ao lugar que se elegeu mais conveniente
idos cm 1695, te- par po dormar o presídio a que dei princípio no dia de Nossa Senhora
Concordando em fazer as pazes, Os moradores, reun
r
miam ainda a instabilidade dos tapuias, tendo decidido que o melho dos Ex a cs, cuja invocação lhe ficou. Mas, cresceram tão copiosa
que pude sse re- me eo rios, que me suspenderam poder continuar a obra € estive
era fazer na ribeira do Açu um presídio, “com gente
frear qualquer impulso dos bárbaros”, o qual se comprometiam à sus- em sítio passante de 40 dias em os quais nos sustentamos de frutas
er fo) 2) ç : ' j .

mescs. cr e Dor se nos acabar a farinha e não poder chegar um barco em


tentar com farinhas por seis q
ndo a empresa, Bernardo Vieira andeià condu:
conduzirir e acaqueque havi havia de ficar ar no presídio,esfeli e por ess:
Entre fevereiro e março de 1696, ousa
querque Maranhão, que havia data padeci e roda a tropa grandes doenças,"” sendo cu o que
de Melo e seu comparsa, Afonso de Albu tive
do sertão”, sc meteram nos matos omA mais evidente ent risco.
seo. E| É disdisposto tudo naa melhor melhor f forma que pude,
sido feito “capitão-mor das entradas am-
pude
governador de Pern a ndo
com 36 soldados dos henriques, enviados pelo
gêntio todo sossegado, os moradores satisfeitos já com
perdão que sc publi-
razão do a cinco 5 cabeças de gadosituadas que as desceram da capitania
buco, e vinte criminosos voluntários, em
ç A “ va Destas . e] .]
. o .

dos janduís, que se encontrava do Cacará.


Co onde
Donde est;
estavam reclusas, sas,às, | pelopelo impedime
cara.” Foram ter com o Canindé, rei | i ento que : lhe fazia, Faz ias :
chamado das Guaraíras — antiga | belião dos bárbaros, me recolhi para esta cidade”, !8º º
junto com os s€ us aldeado num lugar aa
do mesmo nome —, assisti-
aldeia potiguar localizada na beira da lagoa

de Melo ao rei, 25/4/1697. AHU, Rio


=
ouvidor da comarca, , Cristóvão
envio S res Reimão,
ve “Termo, 16/7/1695, c carta de Bernardo Vieira
óris Soares i
Reimí 6/1/1696. IHGRN,
, caixa
i 65, livro
i 3, f),
també m, Eátima Martin s Lopes. 4fissões religiosas: índios,
Grande, caixa 1, 40. Veja
do Rio Grande do Norte. Recife, 199% Papel de . Bernardo
poe . Resi
rolonos e missionários na colonização da capitania
Vieira de Melo, 1697, AHU, Rio Grande, caixa |, 40 ponto 5
enças
ças “ “que causavam um geral catarro
a ee cursos
€ de sangue”:, explicação
cação na certida
ic
p. 151-2. l de Abreu Soares. Carta
w7 Este posto fora ocupa do anteri
ormente pelo falecido Manuc vo deDennis pelo moradores do Açu, 25/4/1697. AHU, Rio Crundo ca oo “étião
do Vicira de Meto ao capitão-mor das Entradas do Sertão, RO pod
Mi O e ficou no governo do
4 - ' presídio. Papela
de Bernardo Vicir.
Patente passada por Bernar e do -
65v; bando de Bernardo Vicira de Melo , . + Rio Grande, caixa |, 40, pontos
30/12/1695. HHGRN, caixa 65, livro 3, 1.
[e 2; veja também à carta dos
A GUERRA DO AÇU 177
A GUERRA DO AÇU
176 docu mentos ari que
dos bárbaros — tal como as eira, desautos o comprovaram o acerto de sua estratégia e, dessa ma-
or, à rebelião
Na imagem do capitão-m zendo embaraços Em não desse donas jnieiativas de erguer um novo terço de paulistas
que tra nsb ord aram, tudo alagando c eru
águas do Açu agora reclusa. Nesse que tais diplomas tenha 1º istoriador não pode deixar de considerar
dos con qui sta dore s — encontrava-se
à pre sen ça ador-geral, Bernardo “casa de notada doa m sido feitos ad hoc, talvez mesmo na própria
de afa sta r às iniciativ as do govern
mem

sentid o, des ejo so ção, cm m, Com efeito,


ia escrito, antes mesmo desta sua expedi tanto a “retificação da paz PN » como ambos inicia
Vieira de Melo lhe hav “limpos de
“esses sertões” estavam
moer,

er que de 20 de setembro de 1695 + comcomoo o jandu ribeira foi do


ís da “nas
junho de 169 5, par a diz iniciativa Açu”, datadaera “trat;
Case, amparo

a sua intervenção."! Sua Cet


.
.
de sc fazia desnecessári
tapuios”, don a
indicava, desde já, om Na tupuias atás pequenos”, datado de 20 de março de 160 po
à articulada na Bahia e do t ção idêntica (ver Anexo 4)."* Como se sabe, não e apre
era, claramente, contrária lis tas que Lencastro a
colisão com 0 Lerço de pau
rota que 0 fevaria a uma Inc ansável em tentar ni tado na documentação do período. Com exceção da
OS

emos no próximo capítulo.


tratava de criar, como ver em seu quintal, o capi-
ue tr 692 com os janduís e do “protesto de fideli-
dissuadir o rei de levant
ar um terço de paulistas
de 169 7, certamente dade” deum1702outro(decden sa mais à frente), não tenho conhecimento
ntos. No final de abril de nenh
CTT as

tão-mor enfileirava argume no, um papel de sua lecer se havia algum umento parecido. Dessa maneira, é difícil estabe-
o do Conselho Ultramari
visando reverter à opiniã ade c ponderava,
s ficasse a cópia exata ! vo e imento protocolar na sua redação que justi-
itania relatava suas ativid
lavra sobre a situação da cap a necessárias para um eincerto, Bem mais os termos nesses diplomas. De toda mancira, isso
providências que julgav
detalhadamente, várias a imensidade tão emagero. Não é impossível : será supor, não uma fraude aberta, mas um
25 3.535 E

os bárbaros cram de “um


melhor governo. Para ele, me as forças e quan- paz com os ariús A educhos aginar que o capitão-mor de fato firmou
ânimo e disposição, confor
grande que se tiverem o o, uma vez que Scu à paz com os janduís da ribeira
tidade, será impossível con
quistarem-se”. No entant
“qualquer tropa nos- do Açu, representados na fig retiticou Açu. Contudo, afo-
é mais que o de rapina”, avers ão do princ
he causa ipal Taya
-

modo de “acometer não ditando a propos- gado na própr


tas, ia
quis creio que lho va a chega da imine nte dos intru-
ta para intimidá-los”. Ree
dos paulis
sa sendo bem ordenada bas erando a conservação rotineiro, cuja imponê Na certa solenidade a um acordo comezinho «
s, mas desta vez consid
ta dos cordões de aldeia da Fazenda Real atado feito com O Cide e interessava, Afinal, diferentemente do
or dizia que todos os pastos
dos presídios, O capitão-m sof ridas pelos mo- nto
ortunações € demasias” que com efeito representava um conju
tribos, estes pa eo adrc
e todas as “intoleráveis imp pod eri am ser evita- de váriasgrupo s “quase Pp e iam os arregl os resul tante s da rendi-
ão da p az com os bárbaros ção de
radores para à conservaç fos sem devidamente consta, foram vistos cd a no ados de tapuias. Nesse sentido, ao que
u, Piranhas e Jaguanbe
dos se os presídios do Aç desta vez em versã les ém pela Coroa, que já pusera em march
conservados."? nde encami- crsão ampliada, a máquina de guerra paulista. »
l, o capitão- mor do Rio Gra capitania,
Juntamente com esse pape com tapuias de sua
de paz feitos
nhou cópias de dois gratados O terço do mestre-de-campo
Manuel Alvares de Morais Navarro
74-74v. O
RN, caixa 65, livro 3, À.
l ao rei, 24/4/ 1696. IHG
oficiais da câmara de Nata uma cart a de 15/1 /169 8. AHU,
s da jornada ao Açu em
P ] “« t “ d A foi lhid t a
rei agr ade ceu esse s trab alho
cód. 246, f1. 60y.
o governador Jd a Paraíba,
2/9/1695. DH, 3$:372. Em --dodo terç
terço
,de Mati: Cardoso, Manuel Álvares
de Matias Á de Morais Navarro. Fei
Len cas tro para e Castro, confirmava mestre-de-ca
1
Carta de João de
nambuco, Cactan o de Melo
o, jegundo a carta patente de 25 de maio de 1696 “era
maio de 16 97, 0 governador de Per se achava sossega-
Dir a

o da gent io pessoa mais indicada para o posto, pois tinha já grande


contando « quc o “levantament sado para Os Seus
a notícia do capitão-mor, e que se havi am “pas
Ceará como no Açu,
qt a

do”, canto no presídio do e que ne les se necessitava


€ acrescentado novos currais ro de 1697.
distritos muitos moradores Per nam buc o, nov emb
ao gO vernador de
de sacerdotes”. Carta régia € jo Con sel ho Ultramarino. o fato de « » Mesmo cscrivao, Manuel
! E + usébio da Costa, haver translad ado ambos os
do rei bascou-se no parecer ernador de assentos no li - fegi .
RIHGRN, 10:126-8. À decisão (car ta incl usa do gov
& paz feira, gover
do os na do Rio Grande. não explicaa q
Ultramarin o, 21/8/1697 semelhança aCópia do estadaosa o de feita com Nos tapuias s ariúariú
Consulta do Conselho fai paz taputa
69 ?,7
AHU, cód. 265, fis. | 17-117v. caixa 1,42, - - e cópia. da re ane da ie er
os tapuias janduís s d: da nRibeir a ado 2015F1
Açu”, 20/9
Pernambuco, 14/5/1697). 1697. AHU, Rio Grande,
Papel de Bernardo Vieira
de Melo, c. al bril de 1695. . AH AHU,retifi Grande,
Rio cação caixafeita|, 40.com
da paz.
“2
Eae

ponto 18.
[78 A GUERRA DO AÇU À GUERRA DO AGU 179

ro parecia poster- epois que o mestre-de-campo retornou ao Rio de Janeir


experiênc ia na Guerra do Açu." Não obstante, Navar
D a IS x . + x

e, ele tinha to paradeiro nã


gar sua entrad a em ação. Antes de partir para o Rio Grand não se sabe, Cu € tampouco o sabiai o £ overnador-seral
dor Fal, que,
ira Portugal, onde rogou e receb eu certas com certa aflição, escreveu uma carta, datada de 19 de outul e
conseguido uma licença para
om

. 697,
“ a “e “e . -
era te

José de Mo- parara as cân


câmaras das vilas de São
mercês reais. Enquanto não voltava da Corte, seu irmão, ão Paulo
P: « todass asas cir cireunvizinh
i has Saman-
inhas (San
€ ra capitão-mor de uma das companhias,
ficara em Aos,, Si O ente. NhaIHha de de São
ente, € em Fiubaté, Ilha Grande
São Sebastião, Santa
cais Navarro, que
aa e Moji Parnaíba, Eu de Nossa Senhora da Candelária c Jun liaí
São Paulo ajudando a levantar o terço.
Na

ce Nossasa SeSenhora: do Desterro), : procurando fazer


; chegar ao pauli aa
ordem para que jue sse
e c comunicasseic: com o governo geral na e confi à
Natural de São Paulo, filho
es Carta patente, 2 8/5/1696. ATU, Rio Grande, caixa 1,60. at
patente c
de cabo deste novo terço: : “Para: que o levant evante com y toda da aa brb .
avarro havia servido por cinco anos como alferes da
de Manucl Álvares Murzelo, N vidade tdo |possívelss vel e cu |Lencas sencastro] possa ss: com a me sma socorrer aquela
de infanta ria da ordenança aquel:
fortaleza de Vera Cruz de ltapema, passando a capitão capitania que espero ver com todo o sossego, por mcio das arm: d s
to-mor do terço de Matias Cardo-
antes de ser nomeado, em 8 de abril de 1688, saggen
Nessa ocasião , fez diligên cias de juncar alguns paulistas € os levar por paulistas, sempre vitoriosas dos bárbaros do Brasil”. Além disso envia,
so de Almeida.
à proble mas com à embarcação, parou na ra a a Navarro
Nav: uma acóvia cópia dad: carta do rei i e patentes em . branco co paraCIvIa-
mar até a costa do Rio Grande, mas, devido u
léguas, levando ordens c munições
Bahia, de onde pariu por terra, cerca de 220 nome “ASSOC :
tese alguns capitães e oficiais para o terço. O provedor
scabities e oficti .
do 5 ão Francisco. Depois disso, voltou à da NáFazen e
necessárias ao terço dos paulistas no sertão aa do Rio de . Janciro |. “i
deveria
«verto
adiantar
aci
alguns meses de soldo eed assistir.
ordens com o govern ador-g eral, frei Manuel da Ressurreição,
Bahia para tomar novas com o mantimento necessário, porque dali iriam embarcar para a Bahia
Jacobi na, “caminho muito mais dilatado”,
tendo retornado ao sertão passando pela
índios armado s de diversa s nações para os entregar à Matias )
ometia o Lencastro, por ordem do rei, que daria aos paulistas
+ « » “Ia a

levando consigo 200


. 2 À .

. Certa volta, quase se afogou no Rio sesmaria


sesmarias, , no “todas sasas terrasas que que no Riojo 6Grande conquistarem”.'”
Cardoso. Ao total, andou 400 léguas nas guerras ar Co Como
afundo u. Ainda como sargen to-mor , partiu com 300 ho- , não havia problemas quanto ao pagamento dos soldos, já que
Pajaú, quando uma canoa
formad a a sua custa, lutou contra os bárba-
mens de armas c uma tropa de 23 cavalos, postos eram preenchidos por ordem expressa da Coroa como de “in.
s a fogo vivo até os derrota r”. Contin uou sua jornada padecen-
ros por “11 dias efetivo am aria goma a” , Esto
antari: isto é,é como
e a
com Macias Cardos o e fizeram um tropas regulares.” Em am a o
agosto de 1698,
do muita sede e necessidade, até que se juntou ão Ciando
dias, foi buscar os bárbar os em seu alojam ento, atacando-os. ernador s mandava cartas
do puBrasil artas5 aos
20 capitãcs-mores
itãdes-mores da Paraíba í «
araial. Passados catorze
pôs com vinte homens à caminhar a : ara que em tudo facilitasse k assem a entrada do Nav:
"Tendo notícia que vinham atucar o arraial, sc
dar de madrug ada no seu alojam ento e pelejar até as 9 da manhã, emb
que desembarcaria a nana Paraíba
Paraíba (pois
(pois iai: por mar para evitarar o desgaste
noite inteira até ferido $ ste dada
prisioneiros. Navarro foi
quando o inimigo se colocou em retirada deixando 60 o no arraial, resolve-
urrais s que
gente e dos currais « cruzari: a no caminho i caso sse por oterra) e
as fosse
peste de saramp
por uma flecha na coxa direita. Como havia uma adentraria o sertão para fazer um arraial no lugar que parecesse ui
com 450 homens de armas para guar-
ram se retirar para 30 léguas distante do Ceará
de Navarro por quatro mescs. Chefiou, cony eniente para dar combate aos bárbaros. Pedia que fornecessem car
necer os enfermos, onde ficaram sob à tutela
entos de Pernambuco, não sem encon- es € mantimentos necessários à tropa, pagos diretamente com o di-
então, vários comboios que traziam mantim
em dois troços, os bárbaros que assediavam n aromeque o. provedor-mor
tros com os básbaros. Atacar am, dividid os
todos”. Sendo manda |. a haveria de enviar anualmente
: da Bahia.
4 . !8
“degol aram
a cidade do Rio Grande a menos de ccês léguas, embosca- aos pstro de campo retornou de Portugal ao Rio de Janciro, daí pas
com 200 homens , deu com eles numa “gorras
do de volta ao arraia! do Açu sou + antos até chegar em São Paulo. Encontrou seu irmão, tomou
até lhes matar a aprisionar muitos €
e « . . “ “ a a

da” e depois os seguiu p or cinco dias € noites,


, .

Domin gos Jorge Velho, que estava então no Palmares, ' ecimento dos preparativos e, de volta ao Rio, zarpou com parte de
que decidissem fazer as pazes.
fugido, c Cardoso mandou
pediu ajuda porque os soldados não paulistas haviam
march aram 130 léguas até acharem o Velho com
Navarro com duas companhias que atacaram O arraial, ao a de ceraplo para que os mais paulistas sc animem”. AHU, cod. 86, fls. 246-8
alguns negros que
apenas cinco soldados. Aí, Navarro enfrentou
se vi ta Br: a 2 i

de 40 léguas até as povoações do Orobá, para , e os pedidos


úido X serviços
de mercês por serviç ? prestados, vejaja oo estudo o » de Cleonir
de de Cleonir
Cleonir Xavi
Xavie ,
Depois foi ajudar a construir a estrada
Manuel À Ivares de Morais Navarro, ma é Al buquerque. À remuneração de serviços de guerra hotandesa. Recife, 1968. Mavier
de lá trazerem mantimentos. Folha de serviços de
7 parta de João de Lencastro, 19/10/1697. DI!, 11:252-4
15/12/1696. AHU, cóu. 86, fls. 246-8. ,
3, 43. De fato, o paulista apresentou sua s ado pasar os ç mantimentos sacados no Rio,
»s Certidão, 1/8/1698. AHU, Rio Grande, caixa
ara e! o! v! + o e q: ve '
o governador,
, ,
em razão do risco que há
folha de serviços no CG“enselho Ultramarino e conseg uiu, em 15 de dezembro de 169, dos ar Piratas , ordenava ao provedor do Rio que sacasse uma letra sobre 0 prove.
ao serviço do rei quando n sargento-mor de Matias Cardoso, . or -mor, usando antes algum soldo que a elaa pertença. pe >
Carta de Joã de Lenc; o
em razão de sua dedicação
a mercê de ser feito fidalgo com hábito de Cristo, recebendo tença de 150$000 réis. = para o Provedor da Fazenda do Ria de Janciro, 19/10/1697. DI/ DO Sto
Seu filho mais velho recebeu outro hábito e tença
de 125000 réis. Essa graça deveria Ft ta de. Joio
a
de . 1 .encastro
ICS
para o capitão-mor
ar
da Paraíba, 30/8/1698
. Isa ,
DI, 3I8:444.8,
180 A GUERRA DO AÇH

sua gente para a Bahia.” Foram na fragata Santa


Catarina de Sena c
“Três Reis Magos, do capitão Antônio Veloso Macha do, fretada por re-
Este mes-
comendação do governador do Rio, Artur de Sá c Meneses.""
levaria o terço
mo navio, que chegou à Bahia em 1.º de agosto de 1698,
direçã o ao porto
para a Paraíba Jogo no mês seguinte. Embarcados em
e-de-campo Ma-
da Paraíba, os 193 oficiais e soldados do terço do mestr
em
nucl Álvares de Morais Navarro enfrentariam fortes tempestades,
meses, no
uma viagem que duraria até o dia de Natal.'” Passados oito
dia 10 de maio de 1699, Manuel da Mata Coutinho e
Manuel de S iqueira 5
Rondon, os dois capitães que faltavam de São Paulo, chegaram à Bahia O TERÇO DOS PAULISTAS
de setenta soldados, assim brancos como índios de ar-
acompanhados
tar o terço do
mas. Foram enviados por terra a toda pressa para comple
Navarro."

res envoltNa a AMÉRICA PORT PO! VEUG


;
ces cnvolr desd RIC UESA, » àa organ
Organ izaçã
izaçã o o dasdas forca
fi s ili a-
e o veduista o do dos domínios da €totoa foi ao
a d Fegiment ernador-geral Tomé
qo q ve dispunha as diretrizes da empr de S y
esa colonial. O ve de.
do panireício dk quas atribuições,
zelar pela segurança da Colônia
a
te, artil
aharia, armasnas + c mu
munições
sãos eSotudodooo mais o fosse
pura COM
mais que necesarma
sárioda, gen-
. Cum-
praças dkde comértércio.!
cio.! Cont€ udo,
do, pais
p: ater ts enqu quiadra
do amement no
o dano ÀS as
BUS que ana basicamente a resposta às outras Força
Eco Su 6 poa s or
e isputa interimperial que se esboçava
no Atlin-
or deveria castigar as tribos rebeladas
ou arredias8,
Re
vista m
em & gestaç
“as ã oe orémÉ , no iníci
iníci o da colonizaçã
Ss
i o, os poderes públicos
H ndições de realizar de maneira eficiente
“ fesa do território o controle cee d de-
di
rritório diante imigos “internos
dos inimigos internos”. Para tanto, dever-se-
La £- q e J e . E a“

19 Certidão, 1/8/1698, AHU, Rio Grande, caixa 3, 43.


dos Paulistas de que é
v» Relação do dinheiro que se tem despendido com 9 “Terço
fecru amento
Çã “dt: É
o por Antônio Lopes
sc
mestre-de-campo Manuel Álvares de Morais Navarro , assinad
Ulhoa, 19/8/1702. 1EB, códice 4 À 25; carta de Lencastro ao
governador do Rio, Artur eriv ada : tiaIe a homeósta
garan Ó se do siste
istemama.
. À C oroa tinha para si
de Sá e Meneses, 26/8/1698. DH, 11:265-7. ta arm:
rmar todaas à populaçãão das colôn
ôniias por imposiçõ
Álvares de Morais Navarto s es s legai
' s s.s. Dess
Desse Desse
e
» Lista dos soldados do terço do mestre-de-campo Manucl
que vai para a Paraíba do Norte que saiu do porto da Bahia em primeiro de setembro
O ——
— e
de 1698. IHGRN, caixa 89.
Grande, 3/5/1699, DH, 39:59
Regimento do Hovernador-gera
vê Carta de João de Lencastro para o capitão- mor do Rio
eme de Sousa, | eb . UN. a qe d ç:
dendon AC ed, A
1997, p. 130-2.
Olavo de Medeiros Filho. Aconteceu na capitania do Rio Grande. Natal,
Ratze:'$ eta Jo! HEIÇÃO
Gado di to winis
4 tratr
Fo,oa tedo B By < ES.
É f Ri IC ) de J anciro, , 1916 7 2, vol. I, P. d46-7 º
O TERÇO DOS PAULISTAS 183
TERÇO POS PA ULISTAS
[82 O
quadra c um ti 3 capitã .
tória aos homens li- anhias, que cam bor, O capitão-mor possuía cle mesmo uma das com-
as” de 1569 tornava obriga
modo, o “alvará das arm
fogo c armas brancas. Dor UM Sarkento-mor, seu substituto
vres a posse de armas € le posições de for- natural
ou , e pordas quatro
os donos terras EA
ajuda mem
antes. No caso das ordenanças, os senhores
a desses armamentos e dessas
É claro que a presenç cotidiano com vio- scr automati-
pel a soc iedade contaminava o seu ata à termo deveriam, a princípio,s. No caso d:
ça dis sem ina dos
e arsenal estruturava-se camente
Colônia ausêos s7 no ccomando das tropas como capitãe
, naprovid
"Todavia, devemos ter em conti q ug est casos, + na ausência desses “donos”c ,os cabia ao capitão vo cuso Ca
e às câmaras
ares, postas, na maior parte dos
lência. ntes imed
has aux ili compa nhia seus ajuda
no nív el sup eri or das lin hicrar- nomear os capitães de
eres locais € da construção das ÓrALoSs. , etitts
ao serviç o dos arranjos dos pod s organizava a popu- as câmara
“ão s eram
ontár io do abuso a expressã
dos estratos superiores da sociadade local
qu e o serviço das ordenança
quias sociais. Isso por ares da Colônia hierarquia uperior das s da tropa, constituída de gente simples — a
existente. As forças auxili
lação segundo o corte social to no “regimento- a ni Ícias era formada pelos senhores locais, pro-
assim dizer, com o dispos prictários ou “home
foram regulamentadas, por tic uía Os corpos de air à TD, bons”, donde a reprodução da ordem social aa
1570.º Este regimento ins
geral das ordenanças” de os 08 morado- IS de maio de STA So esperaça da organização militar. À provisão de
ajamento obrigatório de tod
ordenança formados pelo eng dezoito e
mSET

ent re omp ementou esse regimento, esclarecendo que


o administrativa) com idade onde houvesse “o
res de um termo Qurisdiçã
Raço

os. Ide almente, nde houvesse uma só companhia, o comando seria exercid o
eclesiásticos e dos fidalg tdo pelo ca-
sessenta anos, com exceção dos sti tuí das em ter- nais pelo capitão-mor. Im verdade, à medid:
como as Of denanças criam con pittoe ndo itária
tanto as tropas regulares as das ord ena nças pn prered s vam
passa le
ao contro da Coroa + isto
ISTO é, €, com avam-
ams
tropas regulares, as milíci errirár:
ços — mas, à diferença das da da Esp anh a, apitani as reais
aqui, S se fic c o territó rio sob a admini straçã o direta da Mo.
de uma organizaç ão deriva
não recebiam soldo. Tratava-se pag a € pro -
um regimento de infant aria confundia-se o o mistrativo superior nos limites de sua jurisdição
onde o tercio era originalmente rei. Ora, Esse capitiom ente com o de capitão-mor e era provido pelo
fissional.* , reparti- exercia também as funções relativas ao c
ser formado por 2.500 soldados das ardenancas, é dom
Em teoria, o terço deveria hom ens , todos companhia e contro lando sobremaneira a nomeação dos» caCu sicãos des de de
compostas, cada uma, de 250
dos em dez companhias, s com pan hias, partir os q.RN
sr » .
de 1570 era claro: cabia ao capitão-mor ares
(ou mestre-de-campo). tista
subordinados ao capitão-mor divi dir- se cm dez tes da idade, vila ou consel hos o emde esquad ras
om paia 25
tão, por sua vez, deviam homens é
para cada esquadra escolher
um capitã
sob o comando de um capi ao seu serv iço anhia que
capitão de companhia tinha
esquadras de 25 homens. O ivão, dez cabo s de es- Seraé >
seu aDo
cal . los
Lo dos estavam
e 4 , I JOT ASUA VCZ,S
A, , SU 1 bordinac los do BOV é “rnad-
um meirinho, um escr
um alferes, um sargento, dor-
&
eral aq JC CNC Ss DI oc a a! e multe: eS o

capitão-general.
I antos 5
In: Ibidem, vol. |, p. 145-51.
mc: andros , podem parecer confusos ao leitor C , de fato
a , P or
2 Alvará das armas, 1569. E, p. 157-78. vezes confundi: Ópti
diam os próprios â
contemporâneos, gerando discussões so
enanças, 1570. In: Ibidem, vol.
bre prerrogativas e jurisdiçõ
ral das ord
: Regimento-ge n Mil itary Organization”, In:
on Portuguese and Brazilia mui
+ Stua rt Sch war ta. “A Not e
e in Baroque Bra: sit, the Fune
ral Eutogy of Afonso Hurtado de jurosisdiçõ es por vezes intermináveis e com
The Governor and His Imag polis, 1979, p. 173-7. À intro
- conse quêN nciaas. Já vim no capítulo anterior como abusos S e int erve venn-
do Rio de Men don ça by Juan lopes Sierra. Minnea Córd ova que, isput: entre as autoridades,
ausavam disputas
. | Sõesia causav: i cuja distância, por si só
Cast ro Gonçalo de
deve-se à iniciativa do capitão
dução dos fereios na Espanha da guer ra suíç a — cuja infancaria cra formada por ear s A sérias barafundas. Das mais conhecidas foi a e ds O
os da arte
desenvolvendo os princípi oferecia uma resistência ador de Pernambuco ao da Bahia, na metade do séc
ens, eriçadas em piques, e século XVIL .
falunges de 6.000 a 8.000 hom lia da das armas de fogo,
associando à utilização amp
importante à cavalaria — e os
C ul ,
as esquadrão ou terço . pi Ta q. crnan
cipa l era a coro neli
ão cuja unidade prin
“concebeu uma organizaç em 12 comp anhias ou batalhões
ada por um coronel e dividida
de 6.000 homens, comand tão ou à dferes aben deir ado; à cada 100 Pp: ara O TEssa niZa á
tZzar O Cc esfor Ç o mil t ar
a c contrã
t “ Os. al rc: . A
Invasores cu está
e
ESTÃO f FICOU
cou Cc con -
adas por um capi fusa depoi : .
Barreto, que era entã
de 500 homens cada, comand Francisco
.
quando
lhão, c a cada 10 homens um pois
epois dadi Restauração,
*staracã
, então o
s competia um arho de bata
homens destas companhia pan hias cons tava m de 209 piqueiros,
o ou coronelia, O com
cabo de esquadra. Vo cadaterç amente de” Ce eme mr
cram excl usiv
zeiros cada; € as duas rest antes
200 rodeleiros e TOO arcabu ênci ia ele hist ória mili tar e naval , A pud: G Ç açãa o
caldos M
Salgado o
] tcc are. ). º X:fo
FEESCAISÀ E IHetEf ] tuh
7 osDS: di a «sed min tpaty afeto no Bress sf H coton,
i d
Portugal Alilitar: comp
A
piqueiros”. Carlos Selvagem.
Portugal. Lisboa, 1991, p. 332-4.
O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 185
184
governador de Pernambuco. Já de 22 de outubro de 1658, a Relação concordou em
mestre-de-campo -sencral, foi nnomeado punir o governador
de Pernambuco." Segundo Rocha Pira, Barreto resolveu
pOr rnado r-geral, conde de Atouguia, preocupa-
em outubro de 1655, O o gove depor Negrei-
dos cargos militar da o ros, ordenando que o mestre-de-campo
va-se com o problema do provimento, chasse da Bahia com o seu terço e assumisse o posto. O
Nicolau Aranha Pacheco
mar-
desembargador
o aper a esnambuco c; hortanto, naturalmente subordi- Cristóvão de Burgos de Contreiras deveria ir junto para prendê-lo.
No
e
ral, cle mesmo. Todavia, Francisco Barreto insis” entanto, este, “amainando na tempestade por escusar 0 perigo
do do capidão-gene e arrependeu-se de suas ordens." Em Lisboa, o rei não
”, recuou
s e postos que vagavam em si gostou desses
a em prover os cargo A
por onça € PN excessos de Barretos e, em uma carta 5 de abril do ano seguin
conhecimento do governo na Bahia, E a escroven
te, censu-
«OrrC ; tempos das guerras com os holand cses. É rou o envio dos ministros a Pernambuco. Em agosto, O gover
nador se
ções ju i
Poa ao ten vedindo que desse uma solução às indefini defendia c estranhava a repreensão, pois afinal estava
apenas defen-
na Bahia.” A solução veio dendo suas prerrogativas; preferia que o rei tirasse logo
dicionais, e r ; simuísse o prestígio do governo “o posto que
ecupo, porque não me atrevo a servi-lo entre desobediências
jois em 1657 Fran cisc o Barre to tornou-se governa- aplaudi-
e outra ancira
re-de-campo-general. Quase das e supostas culpas castigadas”.!
do o Brasil, mantendo o posto de mest
guia, o novo em era Confundindo o seu governo de uma só capitania
ão anos depois da reclamação do conde de Atou Ds tos
com o de todo 0
sora oo Estado do Brasil, Negreiros apenas exercia um tipo de arrogância
dor, Francisco Barreto, ainda que não quente nos governadores de Pernambuco do pós-guerra.
fre-

pagto no
Anti; aq o

cm ed
» seu antigo opositor, reunia cm sia

o esmo tempo re
À Monarquia
não hesitava, mas se aproveitava de tais situações
para intermediar os
conflitos e oferecer um ponto de fuga ao jogo político em curso
num
Da ernimbUiCO, TE s s sm dar conta ao governo-ge- território tão distante. Em 1661, o rei passou uma patente ao
novo go-
ano a da ilha do Itamaracá c de secretário do vernador de Pernambuco, Francisco Brito Freire, que esclarecia
que
, o de governador da todos os oficiais de guerra, justiça c fazenda das capita
ui ci o alén d : lar nomcando-lhe com soldo lheu to- buco e anexas lhe deveriam obedecer. Como o rei não
nias de Pernam-
ando Francisco Barreto tomou posse, reco havia especifica-
ostea do Res fo 4
as, “pretendendo do quais cram as capitanias anexas, criara-se uma nova
das a do isões de Negrcios € sc fecusou a cumpri-t celeuma, pois
i : aração «e inde pend ênci a deste gover- em junho de 1661 o governador de Pernambuco deu
ordens para as
incrod or
a e der ava 6 Dados de Pernambuco fazer cumprir suas três companhias da Paraíba, o que causou consternação
da população,
isões, não paga ndo ou aceià tand o as s do do Rr
Negr eiro s.” Barret
Barr etoo pass ouu
passo que se recusava à subordinação ao governo de Perna
od a sndo O mbuco. De fato,
era sú ito d desde os tempos da guerra dos holandeses, a gente da
SEER

tão um vi i nara que Negreiros “conhecesse que Paraíba relutava


pren der o escri vão c dois ca- em tomar-se como ancxa, defendendo sua isenção. Segun
cover o”, : > qu : este retaliou mandando do Francisco
cump rir as pate ntes passadas Barreto, que saiu em defesa dos moradores, no âmbito
iedes q a viam ido a Olinda para fazer da de Pernam-
como Negr eiro s trazi a “tão buco se incluíam apenas “as vilas do rio São Francisco, Alagoa
da Ba dia S gu do uma carta de Barreto, s, Porto
e daqu ela capit ania, c tão =; Calvo, Serinhaém, Santo Antônio e Igaraçu, e outras
a oia os vassalos de Vossa Majestad muitas freguesias,
.) não houve pessoa alguma securar nem
cet * que por dilatadas têm capitães-mores e sc reputam como
oo à justiça. [. capitanias”.
Atrevesse a intimar-lhe o agravo”* Em 8 de ja Estas cram as anexas, e “não as da Paraíba e Rio Grande, que
Siást são cida-
a Enncisto Barreto o havia proposto aos ministros da
O !o
Rotação que fosse punido André Vidal, o qual ii o o O texto do assento de 22/10/1658 está publicado
na nota tv) de Rodolfo Garcia na
conc edia ao capit ão-ge neral .” De fato, po História geral da Brasil de Vrancisco Adolfo de Varnhag
risdição que o rei p. 220-1,
en (São Paulo, 1975), tomo 3,
“Rocha Pita, livro 6, 1-2, p. 167-8.
E “ Carta ao rei, 22/8/1659. DI, 4:369-71, Para a questão
e Carta ao rei, 16/10/1655. DI, 4:263-
6. dos conflitos de jurisdição, veja
atesc de Vera Lúcia Costa Acioli. “Jurisdição e conflitos:
7 Carta, 20/9/1657. DHT, 19:253-5. a força política do senhor de
engenho”. Cadernos de Eistória, Recife, 7, 1989; «
* Carta, 21/8/1658. DI, 4:329-2. para o caso de Negreiros « Barreto,
Particularmente, veja p. 74-11.
» Carta ao tei, 8/1/1658. DEI, 4:358-60.
O TERÇO DOS PAULISTAS [87
O TERÇO DOS PAL LISTAS lo, o sistema de defesa
[86 AuQumando Evaldo Cabral de Mel
E "

sc uniu à Coroa”. ama E


e » 16
ida
ordem de Vossa Majestade
des, c Itamaracá, que por Freire, dado que Mata: . »u
c tra os holandeseses
querque aplicou con s, , dede 1630 a
ace ita va as pretensões de Brito que is
obs tan te, Bar ret o
mente subordi- sra “ : forças convencionais s con ce -
concen
1636, era “um sistema misto”, no qual as
Não
tin ha rec onh eci do que Pernambuco cra “imediata
este travam-sc
nado” ao seu governo.”
“numa praça-forte, o Arraial, guarnecida pela artilharia e pelas
A “guerra do Brasil” de uma linhade de Dotio; y nravan-os
tropas regulares e situada à retaguarda
por tropas irregulares
1640, ca subsequente guerra
com a gados, as estâncias, ocupadas
Somente com a Res
tauração em vagam as e gadras
termos c soldados da terra. Entre uma e outra cstância,
um exército permanente em
Espanha, Portugal constituiria O da Arm ada Real, volantes que continuadamente emboscam e assaltam os invast os
de tropas regulares,
modernos." O primeiro terço is da expu lsão Enquanto o Arraial preenche uma função estratégica as
puramente icon DO
tá end c
em 1618. No Brasil, logo depo têm um objetivo
foi criado no Reino apenas terç o de in- as esquadras volantes
1626, foi formado o primeiro
dos holandeses da Bahia, em em opos ição ao Terç o
u-se o Terço Novo,
fancaria paga. Em 1631, crio c rolaad: «loss ex s-de-emboscada”, car-
o resultado rançsa cram “capitie
+

lidencia
As estâ cri cont das pelo
oitocentos homens cada. Com
Velho; ambos, compostos por dos outros ter- por Matias de Albuquerque, logo no início daA
E ça criados Too!
54), foram também cria gos de td
das guerras holandesas (1630-16 e dos índios de resistência.
enc: 4
Estes
e ve
“capitães” estavam no comando de um punhado de
negros de Henrique Dias
ços “especiais” como O dos ais capi tani as do - homens que eram destacados para controlar uma determinada região
ão de Pernambuco e dem deles índios “frecheiros”
Filipe Camarão.” A ocupaç nqui sta, não só
Com uns tnnta Ot «quarenta homens (vários
consequente guerra de reco
Norte pelos holandeses € à nas vilas e ci- -isto É, hábeis com as flechas), estas guerrilhas deviam tamb
é mato .
gente de soldados europeus
introduziram enorme contin o da equação -mentarO inimigo € desbaratar-lhe os postos € comunica des
Por tro
como resultaram no rearranj
dades do Estado do Brasil, ranj deu-se nota- -
o lado, não se tratava apenas de fazer rem impemdi deo
a guerra, masa, ambé sust ar
as enta
c linhas auxiliares. Este rear ao zela pela várze
entre milícias regulares lução do modus *quem à fazia. As guerr ilhas ,
da produção dos alimentos
dl o a entra-
« ja superioridade obtida na evo “ da dos holandeses, cuidavam
damente pela afirmação tex to da primeira O açúcar, o
es, processo gestado no con segundo o m s e
faciendi das jinhas auxiliar ombustível da guerra. Os portugueses,
fase da guerra holandesa. , envia- . íveis nos matos, onde cram imibutivei
o Eos
das trop as regulares européias o, tornnãavam-se invis
Com o fracasso da expedição resi stên cia local à - ardos
E hol andeses não se poderiam sustentar, pois, “fechado o mato .
, tudo te -
a de Oquendo, em 1631, a
das na armada espanhol lent a”, que bus- a de, vir addi inda,
a o que cra Hr para eles caro, incerto
i € insustentá-
à um a estratégia de “guerra
invasão batava limitou-se procur ava deix ar 205 . , a º “guerra ne lenta”, uma vez , impossibili
ossibilitado o apoio
apoio es-e:
imp asse inicial, quer dizer,
. “

cava a manutenção do da zon a pro dut ora perado pelo mar, não poderia manter o domínio do interior por muito
praças-fortes, mantendo o
holandeses o controle das da arma da, quando isso fosse Eitêmpo diante do enorme contingente do inimigo. Segundo Cabral de
intervenç ão
de açúcar, à espera de uma traçada por Ma
ganhou espaço à estratégia
exeqiiível. Nesse contexto, Albuquer
capitão-donatário, Duarte de
tias de Albuquerque, irmão do de “puerraf: Com escreveu Dune de Albuquerque: “sua utilidade [das emboscadas] cada dia se
resistência. Chama da à época
o €s “Fo õ e! + . ali

que Coclho, € comandante da resu ltav a da im z ória pelo grande temor que o inimigo foi delas conhecendo. Nã a
il”, essa estratégia militar
brasílica” ou “guerra do Bras
To às horas da vila que ecupava. Com a presença destes capitães de
cida de ou n
resistência aos holandeses na
possibilid ade de oferecer nda Ibo com esteste seu,cio, comeriar
dando-lhes 0 ar com
com osos moradores,
moradores, c 6 obstand
is ano Ss de apoderaram-se da campanha « Duarte de Albuquerque Coclho. Mendo
devo
obstando-lhes

2 So Rocio: te 194 po 57 rasil, por discurso de mueve atas , empeçando desde el MDONKN,
XXX
4:405-5.
1» Carta ao rei, 9/0/1661. DIF, pe 97.
is e meirinhos. Ppaldo Cabral de Álelo. Olinda restaurada. Rio de Janeiro, 1975, p. 24, c 231.
4 Graça Salgado (coord). Visca n Military Opanization”, P: 17
1 Stuart Schwarta. “A Note on Portuguese and Brazilia tamentos para históri fimoria! dedo ca tosa. «. Apud: Serafim Leite. “Os jesuítas — contra a invasã
da Costa. Na Bahia € “aloninl, apon
7; confira ainda Luís Monteiro 1958 .
. 2 B, 183:198, 1944, Me
. Salvador,
militar de cidade de Sateador
188 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 189

Mello, este esquema estratégico luso-brasileiro havia sido desmontado ao que este lhe dizia: “vosmecê me deixc com os índios por me fazer
holan-
com a queda do forte dos Afogados em 1633, pois agora as tropas mercê, que cu sei como me haver com eles, que sei que me vêm busca
de
desas tinham acesso à Várzea, o que tornara “insustentável a linha de paz”. A guerra brasílica de Albuquerque não respeitava as re ras da
nte
estâncias em torno do Recife, a qual já pode ser flanqueada facilme arte milicar, exagerando na crueldade e não dando quartel aos | ist .
pelo Sul”. 19 neiros € feridos. Seu “mortal inimigo”, o gencral La Ravardiêre, em
A guerra brasílica diferia das técnicas científicas de guerra tio em uma carta de novembro de 1614, acusava o capitão-mor de nada p a '
voga na Europa moderna. O uso dos índios, e de sua arte militar, cra car daquilo “que toca à nossa arte”: “porque tu quebras todas as leis
essencial. De maneira geral, as companhias organizadas com base em praticadas em todas as guerras assim cristãs, como turquescas “ou ja
milícias voltadas a expedições específicas (ao sertão, por exemplo) de- em crucidades, ou seja na liberdade das seguridades”> Segundo C bral
veriam contar com o reforço dos índios domésticos ou mansos, pron- de Mello, esta seria a primeira indicação da consciência de um: dg a
tamente requisitados a seus senhores ou missionários.” A presença do ra brasílica”, que se definia como a percepção de uma arte ou estilo mi-
indígena era constante e acabava, pela sua adequação do meio c às litar peculiar do Brasil « melhor adaptado às condições ecológic: se
Na sociais.” De fato, na Europa do século XVII a guerra fazia-se com raro
técnicas necessárias, conferindo o caráter das atividades militares.
verdade, os índios aldeados, num arremedo do serviço das ordenanças, des movimentos de tropas, meditados e disciplinados, batalhas cam.
organizavam-se também em “companhias” chefiadas pelo capitão-de- pais, exércitos mercenários c muitas regras. À arte da guerra cra então
aldeia ou capitão-da-nação. Criado pela lei de 161 |, este posto deveria essencialmente aarte de se fazer sítios, ou de rompê-los. Mas nem se
ser provido pelo governador-geral entre pessoas de “boa geração e abas- pre fora assim. Segundo Geoffrey Parker, a “pequena guerra” (der bl ixo
tados de bens, e que nenhum modo sejam de nação” (isto é, cristãos- Kriege) ou a “guerrilha” havia sido uma etapa importante na condução
novos)! No entanto, o posto de capitão-de-aldeia seria frequentemente da guerra na Europa do século XVI. Ao lado dos confrontos es etac Ma.
concedido aos “principais” (ou chefes) das tribos ahadas. Às patentes res « das grandes batalhas, toda a história militar européia está cheia de
destes capities-de-aldeia fixavam o dever que tinham de, “com toda a pequenas guerras que causaram grandes estragos ao inimigo Não
gente da dita sua nação (tribo), ir para a parte que se lhe tem determi- obstante, este tipo de guerra desaparcceria com a demolição da red de
nado”, e de manter com os portugueses “ficl amizade c comunicação”? fortalezas que a sustentava, no final do século XVI « início do XVII u
Caio Prado lembrava que, particularmente no contexto do Diretório Apesade
r Portugal não estar atualizado às novidades da arte da uen
pombalino (1757) essas “ordenanças indígenas” foram importantes au- européia — muito em razão de ter sido poupado, pelo menos até a que rá
xiliares da administração colonial na tarefa de governar essas popula- de Restauração (1640-1668) com a Espanha, de conflitos em escala no
ções “mal assimiladas”.* continente —, vários dos comandantes « oficiais, bem como soldad s
Já no início do século XVII, o capitão-mor Jerônimo de Albuquerque das tropas regulares que combateram nesta “Guerra do Brasil”. er: m
“Maranhão”, no cimo de seus sessenta anos de vida, muitos em bata- gente mobilizada dos campos da Europa, onde haviam lutado c n con-
lhas e em tratos com os índios, explicava a seu camarada Diogo do Cam- dições totalme
n nte diferentes. DD. Luis de Rojas s y Borj:Ja, veterannoo das
das
pos Moreno, em alusão à sua experiência européia, que esta guerra que guerras de Flandres, quando veio ao Brasil, teria exclamado, indignad
faziam aqui no Brasil não era “guerra de Flandres”, isto é, à moda euro- com o tipo de luta que travavam na terra, que “não era macaco à
péia. Na Jornada do Maranhão (1614), Moreno se assustara com
à con- andar pelo mato”.” Desse modo, podemos compreender a novidade
fiança que Albuquerque havia depositado na aliança com os naturais,

Diogo do a ano Jornada do Maranhão por ordem de Sua Majestade feita no


Evaldo Cabral de Mello. Olinda resteanrade. . po 233-4. no de
Albuquerque ,, 2UNNGIA,
Rio de Janciro,
po o1984, 1 p. 38 e carta dede LaLa Ravarditre
Ravardiêre aà Jerônimo
Jerôni de
1965, p. 29-32,
» Nelson Werncck Sodré. História militar do Brasil. Rio de Janeiro,
dos índios, 1611. In: Georg Thomas. Política indigenista dos Evaldo Cabral de Mello. Ofinda restamrado. .., p. 230.
2 Lei sobre a liberdade
Geoffrey
Paris, 1905,Parker.
65, La révoluri tendo ruerri er Pessor
E "Orri
portugueses no Brasil. São Paulo, 1982, p. 231. olution militaire, da guerre de P'Occident, 1500-1800.
2 Parentes cm branco de 1672, DI, 12:211-4.
p. 326.
2 Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo, 1953, Evaldo Cabral de Mello, Ofinea restunrada. . ., p. 236.
O TERÇO DOS PAULisTAS 19]
190 O TERÇO DOS PAULISTAS
emboscada” criadas por Matias de sílica” era o resultado não só da acomodação da arte militar européia
que significavam as “companhias de
o total da arte da guerra praticada às condições ecológicas do Nordeste, como também da assimila do de
Albuquerque. Em relação à subversã
ue, tratava-se então de um aggior- técnicas locais de guerra. Mais ainda, na forma mista que assumira a
pela gente de Jerônimo de Albuquerq
tares locais à uma equação entre o guerra volante no Brasil, nas palavras de Cabral de Mello o Uso das
mamento, adequando as técnicas mili
auxiliares, isto é, as ordenanças, Te- guerrilhas não se originava “em considerações de ordem cecnicamente
uso das linhas regulares e as linhas militar”, uma vez que estaria associado “nestes inícios de guerra [1630-
to indígena.
forçadas, por sua vez, pelo elemen cransfor-
ro mais amplo das 1636] ao fato de que a guerrilha oferecia a única maneira de utilização
Esse processo peculiar fazia-se no quad formação militar da camada mais ínfima e economicamente marginalizada da
mações da arte da guer ra na Europa. Com efeito, no bojo da
anças tecnológicas, organizacionais população local, mestiços c ociosos, malfeitores, foragidos da justiça d'el-
dos Estados nacionais, enormes mud
aram produzindo uma verdadeira ret, inábeis para a disciplina das guarnições como antes já sc tinham re
e estratégicas no campo militar acab
e, à primazia da civilização aciden- velado cefratários à rotina dos engenhos”* Mas, como foi dito à lia.
revolução, capaz de explicar, em part
niais. Os traços mais importantes ção destas camadas marginais, de criminosos frequentemente aliciados
tal e a constituição dos impérios colo
cente das armas de fogo, as trans- por bandos c editais que lhes ofereciam o perdão em troca do alista-
dessa revolução foram: a utilização cres
de detesa, com as fortalezas de tra- mento, somava-se o uso do indígena. Como se percebe, fazia-se mister
formações subsequentes no sistema
a rede secular de fortificações o comando da guerra estar nas mãos de indivíduos conhecedores das
ço italiano (com bastiões) substituindo
a em favor da infantariá, O aumento manhas e engenhos” da terra. Resumindo a questão, o padre Antônio
medievais, o declínio da cavalari
s c sua profissionalização.” Vieira dizia que, para a guerra no Brasil, bastava um sargento-mor, “e
expressivo do contingente dos exército
e dessas novidades não se fa- esse dos da terra c não de Elvas ou de Elandres”. Mais ainda, o Bra sã]
No mundo colonial, onde grande part
e obtida pelas forças curopéias que tinha “tantas léguas de costa e de ilhas e de rios abertos” não ha.
ziam sentir de imediato, a superioridad
milação e de acomodação de tée- veria de se defender, “nem pode, com fortalezas nem com exércitos
fora garantida pela capacidade de assi
o-as aos contextos ecológicos € so- senão com assaltos, com canoas, e principalmente, com índios e muitos
nicas « estratégias nativas, adaptand ade dos cu- índios; e esta guerra só a sabem fazer os moradores que conquistaram
u que, de fato, à inabilid
ciais mais diversos. Thornton noto la, tal
ropeus em reproduzir na África o tipo de conquista cm larga esca isto, e não os que vêm de Portugal”.*
os teria convencido a levar à sério À longa guerra de restauração de Pernambuco (1645-1654) teve seu
como sucedido na América Central
ção locais: “como resultado deste reco- sucesso garantido, entre outras coisas, exatamente pela utilização desta
as armas, as técnica sea organiza o ar-
nhecimento, uma nova arte
da guerra se desenvolveu combinand forma adaptada de fazer a guerra no contexto colonial. Como mostrou
canas”. Ness e sent ido, a “gue rra bra- Cabral de Mello, existia uma homogeneidade brasileira da experiência
mas « estratégias curopéias e afri militar dos chefes da restauração. De fato, ambos os lados, holandeses
e ou luso-brasileiros, utilizaram-se de linhas auxiliares transformadas: ru-
La révolution
fundamental é a de Geoffrey Parker.
» Sobre a “Revolução Militar”",o livro mas a ediçã o francesa, pos de combate aclimatados aos matos € compostos, em sua grande
al, cem inglês, é de 1988,
mititaire (Paris, 1993). À edição origin crític os, parti cular mente às maioria, por indígenas ou sertanejos e matutos. Segundo o historiador
nde às objeç ões dos
além de estar mais atualizada, respo ean Society, 1550- após a expulsão dos holandeses em 1654, a guerra volante conhece um
Military Change mel Europ
de Jeremy Black (A Military Revolution?
Highl ands, 1991) Em 1995, David Eltis contribuiu para o debate com rápido processo de “arcaização”, Em outras palavras, a “guerra brasílica”
1800. Atlantic
Milita ry Revol ution in Sixtecnth Century Europe (Nova decaíra para uma arte militar adequada apenas às “áreas arcaicas, afas-
seu livro sobre o século XVI: The reunidos
mais importantes para o debate foram
York, 1995). Recentemente, os textos ution Debate . Rendings on the . tadas da marinha e das praças fortes, técnicas quase que só para serta-
s (The Milit ary Revol
« publicados por Clifford ). Roger quais O pio Notas de São Paulo e bugres c negros aquilombados dos sertões do
n Europe. Boulder, 1995), entre os
Military Transformation of Barty Moder ution , 1560- 1660”, aparecido ordeste”. No início do bséculo XVIII, uma especialização de funções
“Lhe Milit ary Revol
neiro artigo de Michacl Roberts. al, veja
militares no ultramar e no mundo coloni
cm 1957, Para as guerras € às técnicas of European Expar-
and Sail in the Early Phase
ainda o livro de Carlo M. Cipolla. Guas 4» +,
prado Cabral de Mello. Ofinedea restaurado. .., po 21748.
sion, 1400-1700. Londr es, 1965. in o
War in Angola 1575-1680". Comparative Sdies arta de Antônio Vicira ao rei d. João IV, 4/4/1654. Car i
À . , e . É s S Des go] a +] º Vet et

John K. Thormmton. “Phe Aro ta). Rio de Janeiro, 1949, p. 166. vs seleção de Novais Ibinei
tz

Society ane Iistory, 30(2):361, 1985.


== O TERÇO
192 O TERÇO DOS PAULISTAS DOS P z PAS 193
os bárbaros levantados intoinAmente o posto de governado geral,
se imporia: para as guerras dos sc rões, contra otr
ofer eceuo q Do
Domingos Jor-
rra do mato” : para fazer face dos es- E e Velh
niãoo dea pate
a nte
ponede o
ou os negros aquilombados, à “gue va o governad
euntão de add, com proeminê
or de um regimento a ser criado
militares científicas
trangeiros na marinha, as “regras em Dranco pas aee alo : quatro
ncias de mestre-de-campo “até :
de capitães e dois de ajudantes "roda
do soldos à dita s
adas do sertão js pree
A Guerra dos Bárbaros e as jorn PS
nchesse, E todas essas patentes v: I en.
SN e Co puribuídas para fazer
guerra aos negros dos
as soluções inicialmente pro- nome po
Depois da expulsão dos holandeses, ç ta, por sua vez, ofereceu a Matias Card
so
s para os conflitos passavam pela cias de morna pudor de um regiment
postas e encetadas pelos gov ernadore o com as mesmas “proemi no
ionadas nas fortalezas, ou ainda pela
utilização das tropas regulares estac
s em esquadras volantes. Estas ai isto 6 O queeRco
que partiu”. se of ercci a eram
ral post
mobilização das milícias das orden ança
É como vencos
er de0 sold
oficioaisdesd
dase tro
o diaeem
a a CXp eriência dos cabos e solda- Das pro
o a im 16á5 pio
improvisações, que levavam em cont Provimento, segundo o “regimie
imenn.
-
sempre parec cram o meio de repri-
dos na guerra “ao modo” do Brasil,
mir os levant es dos índios bárbaros.
Não obstante, tal situação evoluiu serviço como soldado por seis anos, no as EI do dOmest
Scre
re-dee-ca
nand
mpo,o eO
de força militar nativa: as expedi- quatro anos, no caso de sargento e alfere ;
para a consolidaç ão de um novo tipo o entanto, 0 pagamento
um evento no sertão. As “jorna- desse soldo não foi reconhecido imediata
ções organizadas expre ssamente para ment e pela Coroa e causou
“entradas” ou “bandeiras”, eram poricigações embaraçosas.
das do sertão”, também ch amadas de de
autoridade competente, fosse o - O deinter
po esse e à Dremê
csfos premnci
ência de utili;IZar estas tropas especializ
na verdade empresas patrocin adas pela ad:
provia com um título de caráter ex- na so milicar qusido esbarravam nas difi
governador ou O capitão-mor, q ue culdades ora
ou um cabo de uma esquadra e lhe O sonnaoro mm curso de
clusivamente honorífico um capitã o ormalização da atividad
e militar. Con o vio
passava um regimento definindo sua
tarefa e, sobretudo, sua jurisdição mos, somente + a Re: auração, | orcugal constituiria u vército ito per per-
manente é à jermos modernos. De faro, o cham ado rowi “ exérc
inadas à punição de grupos indíge-
especial. No caso das entradas dest ado “regi amento das fron-
o, n a verdade, significava a ga- ias So de agosto de 1645, que criou o
nas ou à captura de escravos, Este títul parro de vedor-geral do
termos d a lci de 24 de fevereiro » Objctivava estabelecer as bases d
rantia da legalidade da expedição, nos portuguesas deslocadas para as u a regu
E
lamentaçação ã das tropas
den
de 1587.º . a ,
À remun eração do serviços prestado
s poderia v ir a posteriori, com como diz oauditpróprio nomeai “y as d de Espa
asas ti tropas nha.
infanta ri ia Ao vedorcabi
ori Ro ficar e ac antar e mont adas a c ee
ou mesmo com à gar antia do butim fazer-lhess auditorOrla,
ia, assim
assim €
como justi
mercês e favor es da Monarquia acompanhar os gastos e Ào
obtido, fosse em €s cravos, fosse em
mantimentos. Geralmente, o go- pagamento dos soldos.** Esse regiment
o, apesa r de circu nsscri
circun
aa
Restauracão
vernador, ao prover u m capitão para
uma jornada ao sertão, poderia sódio da guer ra de
suficientes para abastecer a ex- era normal para de Rest S OSaura Cont postesua
extostinha
ção, s noadeImpé
riorevalid riodida,Et écomoo
expan “

fornecer armamentos e matal otagem servindo de regulam


.
.
.
9

era dc praxe. Com o desenrolar


pedição. O pagamento dos soldos não situa“ dose Bru para várias ques tões relativasSs ao su DUE,
ódios no Recôncavo baiano, al- infan taria . dos

da Guerra dos Bárbaros, desde os epis


1 .
, a
mente previ que po rasil. À hierarquia das tropasdição ares, nom
normalNi
uma juris regulporos
o

gumas exceções foram praticadas


pelos g overnadores gerais, mas sua,
| “O governador dis so encarregado geral de
o metropoli tana sempre resultava
validação no âmbito da administraçã de Barb acen a con: s armas. Segundo o gêncro da companhia,à, C mbém
Cstamos
1671, o visconde r
em confusões administrativas. Em
os aos ofici ais € soldados da tropa de Estêvão . Ma
cordou em pagar sold ni vio Panegurico funebre als Affonsoso E Furtado Castro do Rio
da Ressurreição, que ocupava,
SO
Ribeiro Baião Parente.” Frei Manuel à, Bahia,
Baroque Brasil. .., p. an
1676”, public: Schwartz. À Governor and His Image in
Teado por
- Carta, 14/10/1688. DE, 10:313-5,
sr ku

rada. . po 242 ec 245-7, Carta, 9/12/1688. DEL, 11:147-9,


2 Evaldo Cabral de Mello. Olinda restau /1587. Im
Índios que não pode m ser cativos e os que podem ser, 24/2 cja os capítulos Ita 16 do Regimento
das fronteirasas d de 1645, In: M. C. de Mendo
3 Lei sobre os dice II, p. 2224. n-
portugueses no Brasil. . apên ça (cd.) , Ratfzes
Georg “Thomas. Política indigenista dos
DES (A
te feform açao
cuelministr AMC eo Br astt. «cs vol. 2, p.
incl usas em Job. | 631-56.
e.

vão conqu istar os bárba ros”,


4 “Condições pelas quais os paulistas
194 o FERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 195
am as deno-
falando apenas das ocupadas dos eventos terrestres, variav No interior dos domínios senhoriais, cada engenho deveria ter seus “ofi-
o mestre -de-ca mpo, o alferes, o sargento ciais de engenho”, que tinham a obrigação de “passar mostra” (veri-
minações. Na infantaria, havia
(praças ). Na cavalar ia, o general de cava- ficar à presença) nos dias santos ou domingos (para não atrapalhar os
(oficiais), os cabos e soldados
cavalos (oficiais) c os trabalhos), e a falta nisso implicava multa de 1$000 réis para os
laria, o tenente-gencral de cavalaria, o capitão de obres
m o capi-
soldados (praças). Além disso, havia a artilharia, onde existia e 4$000 réis para os ricos; no caso dos soldados das companhias de ca-
eram proibid os) e as outras valo, a multa era ainda maior: 20$000 réis. Além disso, em cada fre-
tão de clavinas e os clavineiros (os alferes
onadas no territó rio havia
companhias específicas. No Brasil, estaci guesta o capitão era o responsável para que fossem mantidas as roças
, cuja renda dos
notadamente tropas de infantaria. Os postos de oficiais plantadas em conformidade com as necessidades de sustento das tro-
para os scus proprie tá-
provimentos (os soldos) cra de grande interesse pas. Ao sargento-mor cabia “passar mostra” em todas as companhias d
Don-
rios, podiam representar, em parte, apenas uma tençã honorária. ordenanças da capitania.” Es
dos postos,
de o regimento, neste particular, preocupar 08 proprietários Nesse contexto, poderíamos imaginar que as tentativas de frei Ma-
prin-
uma vez que o vedor-geral c seus auditores estavam interessados nuel da Ressurreição e de Marias da Cunha esbulhavam a regulamen-
cipalmente em deslind ar fraudes e suspender os rendimentos
dos au- tação tão preciosa dos reformadores portugueses. Daí a resistência que
sentes c desocupados. encontraram na Metrópole. Na verdade, tal como em Portugal busca.
pação.
Passados vinte anos, os abusos eram ainda motivo de preocu va-se um enquadramento da informalidade das linhas auxiliares (orde-
pedido ao govern ador-g eral, o conde de Óbidos , nanças) em regras mais estritas de um exército regular, apto ao escopo
Em 1664, o rei havia
tenentes
que averiguasse O excessivo número de mestres-de-campo, centralista do governo-geral da Bahia. Em outras palavras adequar uma
o de Pernam buco. Com efeito, o conde acha- realidade preexistente à normalização militar imaginada pela adminis-
e oficiais maiores do exércit
va que a “disciplina militar” excusava tais excessos. As ordenanças tração colonial. E, no caso das tropas paulistas, a novidade era ainda
podiam muito bem substituir as tropas regulares na defesa da terra e, maior, uma vez que essa “linhas auxiliares” vinham de um contexto
os próprios
deste modo, desonerar a Fazenda e, em última instância, em que as ordenanças tinham evoluído de uma maneira totalmente
nça para
moradores: “. . . em cada freguesia basta um capitão de ordena peculiar, especializadas que eram na “guerra brasílica”. A força especi-
a gente de pé e [para a gente] de cavalo, dois coronéis; que, se se ofere- ficamente paulista de organização destas expedições sertanejas sobre-
[ofi-
cer ocasião, o valor dos moradores, e não o número desses cabos por-se-ia no Nordeste aos arranjos militares tradicionais, implicando um
ade,
ciais das tropas regulares], os há de levar a obrigação de sua fidelid desdobramento, ou evolução, de suas disposições originais em face das
reedificar
e não será justo que, quando devem descansar em paz para novas funções em jogo.
eniente de obe- O recurso aos paulistas significaria a adoção decisiva da arte da guer-
suas casas e aumentar suas lavouras, padeçam o inconv
guerra
decer à tantos oficiais maiores como se ainda estivessem em ra colonial, apta enfrentar o modo de guerra dos bárbaros. A sua
as se-
viva”.*” No pós-guerra, as ordenanças haviam sido recstruturad institucionalização na ordem militar do Império seria, pouco a pou
25 de setemb ro 1654, passad o ao então governa - condição para o recrutamento. «
gundo o regimento de Peneo,
ia. Procur ava-se , através de um control e mais
dor-geral, conde de Atougu
armadas €
estrito, garantir a disponibilidade das tropas, sempre bem
inava que cada soldad o das ordena nças
treinadas. O regimento determ º Regimento de 25/9/1654, conde de Atouguia. D/f, 4:174-7. O regimento de Roque
z ou esping arda, um arrátcl de pólvo-
deveria possuir uma arma, arcabu da Costa Barreto, de 1677, que vinha substituir o de Tomé de Sousa, esclarccia que
ra, 24 bulas e o morrão necessário. Quem não tivesse este equipamento as companhias de Ordenanças da Bahia deveriam exercitar-se em suas Freguesias
6$000
deveria pagar multa de cinco tostões e, em caso de reincidência, todo o mês e fazer “alardos gerais três cada ano”. Os postos na Bahia passariam a ser
e “com-
réis. As companhias cram divididas em “companhias de cavalo” providos pelo governador-geral. À partir de 1704, os postos das ordenanças cm todo
como o soldad o se apresen tava. o Estado do Brasil passaram a ser providos pelo governador-geral c não mais selos
panhias de pé”, dependendo da forma capities-mores. Cf. os capítulos 15 « 16 do Regimento de Roque da Costa Barreto
23 171 677, publicado em João Alfredo Libânio Guedes. História administrativa do
Brasil. Rio de Janciro, 1962, vol. IV, p. 173-96; c Rodolfo Garcia. flistória política e
» Carta do conde de Óbidos ao rei, 18/3/1665. APEB, cód.
135-1, 1. 179v-B0. administrativa da Brasil (1500-1810). Rio de Janciro, 1956, p. tiZ2.
196 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 197
c polêmicas intermináveis. Outra vertente, derivada de Capistrano de
Paulistas e os “ares do sertão” Abreu, interpretava a bandeira como qualquer expedição destinada ao
sertão. Segundo seu “esquema”, existiam bandeiras paulistas pernam-
Os sertanistas da vila de São Paulo de Piratininga particularizavam- bucanas, baianas, maranhenses c amazônicas.** Hélio Viana, seguindo
se, desde o final do século XVI, por possuir um estilo militar perfeita- essa orientação, organizou uma cipologia do “bandeirantismo” na
qual
mente adaptado às condições ecológicas do sertão. Na opinião do pa- diferenciava “ciclos”: o de apresamento de indígenas, o de ouro de N
dre Antônio Vieira, eram os paulistas “os mais valentes soldados de todo vagem, 0 de sertanismo de contrato, o do ouro « o de povoamento. ?
o Brasil”.*! Essas “bandeiras” paulistas tinham uma dinâmica e um modo Fais soluções ecoam, ainda hoje, nos manuais escolares, mas serv
de operação ajustados para scus intentos de penetração nos sertões em mais à simplificação do que à compreensão da história Nada diss
d eve
busca do provável mineral precioso ou do infalível cativo indígena. Sa- nos interessar aqui, EBC
biam manejar a situação de carência alimentar e eram destros para a Quanto à distinção entre bandeiras e entradas, Jaime Cortesão

navegação nos matos fechados, nos cerrados ou raatingas. Como mos- mostrou que os documentos não estão de acordo. De fato bandeiras,
trou Sérgio Buarque de Holanda, “a arte de guerrear torna-se, em suas entradas, jornadas, expedições e conquistas tinham significados inter
mãos, um prolongamento, quasc um derivativo, da atividade venatória, cambiáveis e variavam conforme o contexto, De mancira reral es
c é praticada, muitas vezes, com os mesmos meios”** A mobilidade são termos igualmente comuns cm todas as capitanias e re) iões de Bras
característica dos paulistas estava condicionada à insuficiência do mcio: sil. “Bandeira”, especificamente, cra a forma como se designavam é m
“distanciados dos centros de consumo, incapacitados, por isso, de im- bém as companhias das ordenanças, isso por um motivo bem sim des:
portar em apreciável escala os negros africanos, eles deverão contentar- segundo o capítulo 17 do regimento de 1570, “cada um dos ca icãos
sc com o braço indígena — os «negros» da terra; para obtê-lo é que são das companhias” deveria ter a sua dandeira de ordenançã, « ue era e re
forçados a correr sertões inóspitos e ignorados”. Segundo o historiador, gada pelo tambor ou pelo alferes.* Donde toda à documenta ão, tal
com mais “liberdade e abandono do que em outras capitanias”, a colo- como demonstrou Cortesão, falar indiferentemente de bandeiras e co Dm
nização em São Paulo realizou-se “por um processo de contínua adap- panhias. “Entrada” e “Jornada”, como parece evidente, são denomi ao
tação a condições físicas do ambiente americano”. Nesse processo, 0 ções de expedições ao interior do país, que podiam ser levadas a cermo
indígena, seus costumes c técnicas tornaram-se seus aliados preciosos.* por um terço completo, ou por algumas companhias, ou bandeiras des.
A historiografia, de mancira geral, tem apontado a bandeira como tacadas para tal. Daí as denominações serem feitas por analo ias. Não
-

uma forma característica da organização militar que estruturou à socie- obstante, seria errado não perceber que a bandeira sertanista na sua
ae

Sliks
dade paulista. Designando como coisas distintas as entradas e as ban-
ra re

deiras, pretendia-se robustecer a idéia de uma especificidade regional. 5 .. ,


e

O bandeirismo paulista e o secuo do meridiano. São Paulo, 1936:


As primeiras seriam as expedições organizadas pelos colonos, por conta end”
Resumo da deseo
Históriatio
. ..
o capítulo 4 d
E

de São Paulo. São Paulo,


-

Ato, 1932,DIA, pop. 1853-222:


1355-520: 00 capitulo
: º

própria, objetivando a caça do gentio. Já as bandeiras seriam expedi-


cani l “ “Bandeiras
MET

citas é e
: :

, adas de seu livro O ouro


e a paulistânia. São Paulo, 1948, p, 28-34, Em arroubos
ções de caráter misto, meio civil, meio militar, que, além do cativeiro
. : . a . . . é y a
e danio gema mihir

duto. . . v g
patrioteiros, Ricardo Román Blanco tinha as bandeiras na conta
recta [eee ta

da “mas genial y
dos índios, se interessavam nas descobertas de metais preciosos.” Em graraordinaria organiza-ión bélico-militar, que la Historia de la Humanidad
conoce”
a redundante
redundante tesc
teses de de douto:
São Paulo, as bandeiras teriam moldado um modo de vida: o “bandei- doutorado, y entre€ outras coisas,
i procura mostrar
s as relações
relaçõ
catre us expedições dos sertanistas paulistas e a legião romana ou
tismo” ou o “bandeirantismo”. Alfredo Ellis Júnior foi, sem dúvida, o as falangus mac
o

dônicas (sic). Las Bandeiras, institnciones bélicas americanas. Brasilia,


paladino desta interpretação que alimentou numerosos outros estudos 1966
o squema das bandeiras + In: ). Capistrano de Abreu. Capítulos de história colonial
Er TR

+ e! epa e! ad eba!

&
. 1 , o :
ES

: eo us antigos e o povoamento do Brasil, Brasília, 1963, p. 338


e o Vianna. História do Brasil. São Paulo, 1965, vol. 1, p. 192-202, Para um
CE Pára

. . e . . , ,
balan , ,

“Carta ao marquês de Niza, 20/1/1648. In: Cartas [seleção de Novais Teixeira). Rio de
Ê . dem Paço “
So crítico da iscorioprafia Paulista, veja o excelente capítulo primeiro da
â -

tese de
Janeiro, 1949, p. 63. pn a mento de Hana Bla j. A trama dus tensões: o processo de mercantilização de Sião
1 Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras. Rio de Janciro, 1957, p. Id6. perto colonial, 1684-1721. São Paulo, 1995, p. 25-68
“ Sérgio Buarque de Holanda. Monções. São Paulo, 1990, p. 16. egimento
imento das ordenanças 8 de 1570.
570. In:In: M, CG.> de Mendonça te ta i
2 Aliatar Loreto. Capítulos de história militar do Brasil. Rio de Janeiro, 1946, p. 131-40. administrativa do Brasil... vol. 1, p. 162. Sa (ed) Rute lo formação
198 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS [99
feição paulista, resultou de uma evolução específica da instituição assaltos nossas povoações, casas, igrejas, lançando fogo aos ingover-
miliciana portuguesa, que, generalizada na sociedade do Planalto, con- nos, matando gente e roubando os bens móveis que podem carregar,
formou “um gênero de vida típico, próprio, específico da gente de São e conduzindo os gados, e criações e quando acudimos o dano está foi.
Paulo”. to. É eles [andam] escondidos entre os matos onde os nossos soldados
Segundo um papel anônimo, de 1690, a experiência havia demons- não podem seguir com a mesma segurança, instância € diuturnidade
trado, até então, que nem a infantaria, “nem ainda as ordenanças” ha- por [estarem] carregados de ferro e mochilas, em que carregam o seu
viam sido “capazes para debelar estes inimigos nas incultas brenhas e sustento que não pode ser mais que para quatro ou scis dias c [ao
inacessíveis rochedos e montes do sertão”; “só a gente de São Paulo é passo que] os bárbaros [têm seu sustento] nas mesmas frutas agres-
capaz de debelar este gentio, por ser o comum exercício penetrarem os tes das arvores, como pássaros, nas raízes que conhecem e nas mes-
sertões”. A razão disso era a forma como os tapuias faziam guerra nos mas imundicos de cactos, cobras, c caças de quaisquer animais «
matos, o que exigia uma tática e uma tecnologia especiais. Gregório
Varela de Berredo Percira, o autor de um “breve compêndio” sobre o
governo pernambucano de Câmara Coutinho (1689-1690), tinha para si . Ora, segundo ainda este autor, teria sido exatamente por isso que a
“que se este inimigo [os bárbaros) fizera forma de batalha, depressa Divina Providência” criou na província de São Paulo “os homens com
[seria] desbaratado”. Mas, como explicava, tal não era o caso, porque se um ânimo intrépido, que se inclinou a dominar este miscrável gentio”
tratava de nações “fora de todo o uso militar”, isto é, da forma européia Semelhantes aos inimigos silvícolas, pois viviam “sempre em seu se-
moderna de guerra, “porque as suas avançadas são de súbito, dando guimento”, acabaram por “ter por regalo a comida de caças, mel silves-
urros que fazem tremer a terra para meterem terror e espanto € logo se tre, frutas, e raízes de ervas, e de algumas árvores salutíferas « gostosas
espalham e [se] metem detrás das árvores, fazendo momos como bu- de que toda a América abunda”. É nos “ares do sertão” que suas vidas
gios, que sucede às vezes meterem-lhe duas e três armas e rara vez se se fazem “gostosas”, sendo que “muitos deles nascem, e envelhecem”
acerta o tiro pelo jeito que fazem com o corpo”. nos matos: “Estes são os que pois servem para a conquista e casti o
Outro papel anônimo, de 1691, também argiiia que as “grandes ex- destes bárbaros, com quem se sustenta, e vivem quase das mesmas e
pedições de infantaria paga, e da ordenança, com grandes despesas da sas, € 4 quem o gentio só teme e respeita”.“ Era exatamente o que
Fazenda Real e contribuições dos moradores” vinham resultando sem explicava, dez anos antes, o autor de um outro papel que sugeria o uso
efeito “não por falta de disposição dos cabos, nem de valor nos solda- dos paulistas para a defesa da colônia do Sacramento: “Porque são ho-
dos, mas porque, repare-se nesta circunstância, pela eleição do meio só”. mens capazes para penctrar todos os sertões por onde andam continua-
Isso porque, segundo o autor desse papel, seria “necessário para a con- mente, sem mais sustento que coisas do mato, bichos, cobras, lagartos,
quista destes gentios” adaptar-se ao seu “modo de peleja”, que era “fora frutas bravas e raízes de vários paus, e não lhes é molesto andarem pe-
do da arte militar”, pois los sertões anos (a fio] pelo hábito que têm feito àquela vida”,
Ao modo de guerra dos tapuias — “de ciladas e assaltos [que] é como
um raio que passa”, na expressão de Pedro Carrilho de Andrade —
flechas, entre matos, e arvoredos fechados, os nossos soldados em- deveria corresponder uma tática peculiar. A forma específica dus “re-
baraçados com espadas, carregados com mosquetes, € espingardas € gras paulistas” para o ataque aos índios, chamada de “albarrada”, era
mochilas com scu sustento, ainda que assistem o inimigo não o po-
dem seguir, nem prosseguir a guerra: eles a cometem de noite por s » , po .. .
Sobre os tapuias que os . paulistas
. ..
aprisionaram na guerra c mandaram vender aos
moradores do Porto do Mar, e sobre as razões que há para se fazer a guerra aos ditos
» Jaime Cortesão. Introdução à história das bandeiras. Lisboa, 1975, p. 50-69; € Raposo u tapuias (1691), Ajuda, 54 XI 16, 11. 162.
Tavares e a formação territorial do Brasil. Rio de Janeiro, s.d., p. 51-81. Ibidem.
* Sobre o gentio que se rebelou nas capitanias do Ceará, Ria Grande e Paraíba, c. 1690, anônima do Brasil,a.década de 1680. BNP códice 30, fl. 209. Para um retrato
su informaçãomande:
Ajuda, 54 XIL 4 52. esses “bandeirantes” em ação, veja também John Hemming. Red Gokl. The Conquest
of
8 “Breve compêndio do que vai obrando neste governo de Pernambuco o Sr. governa 5 the Brazilian Indians. Cambridge, 1978, p. 238-53.
dor Antônio Luis Gonçalves da Câmara Coutinho cte.”, RIHGB, 51:267, 1979. Memarial de Pedro Carrilho de Andrade, 1703. AHU, Pernambuco, caixa 16.
200 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 201

o sc fazia denanças locais, a utilização dos sertane; .


assim estabelecida em um regimento de 1727: a aproximaçã necessária, Avali URão COS * anejos
tosse nem espirros”, paulistas parecia solução
com cautelas indígenas, seguindo os rastros, “sem
até chegar bem próximo do inimigo e então, com um grito medonho deDiasOliveira Serpa EST esempenho
Lassos (1656 o»
das jornadas dos capictes Diogo
aspar Rodrigues Adorno (1651-54), Tomé
am, assim, o modo
para apavorá-los, fazer 0 assalto* Os paulistas imitav
de guerrear dos índios. Frei Vicente do Salvador
explic ava que os ín- Bartolomeu Dias Aires (1657), o novo governa-
dor-geral do Br:sas l 1 E Francisco
RN
seus con- Barreto, resolveu pela “contratação” d )
aldeia de
dios costumavam aproximar-se sorrateiramente da
trários, “de maneira que possam entrar de madrugada
e tomá-l os des- campo-general. e paulistas experientes. Como já foi dito, o mestre d
cuidados e despercebidos, e depois entram com grande
urro de vozes e bem as vantagens do use ra à Burra contra os holandeses conhecia
estrondo de buzinas c tambores que é espanto”. Mas
a tática dos de Pernambuco
castigar os capui logo após arte da guerra brasílica. Feito governador
a A caa expulsão
sampau- dos holandeses, havia mand: ado
d
paulistas previa também algunas negaças. Em 1676, 0 capitão ps tapuias do Rio Grande e “tirar a ocasião dos [destrui
m levantados
lista Manuel de Lemos quis enganar os topins que estava am OS negros dos Palmares." Quando escreveu ao capita mor
o-lhes que os paulis tas “não cram
na região do Recôncavo baiano, faland
JO-
penas ane
CC »
Para
Dara aperte
acertar um contrato com os paulistas, julgava que
seus parent es € que lícitas as pa-
brasileiros, mas um povo diferente, rbaros. Des cramiscas Po criam enfrentar com sucesso os
índios
seus filhos com filhas deles, e as fi-
zes] poderiam comer juntos, casar Barbosa Calhas aneia, os copiaP edição Capitancada por Domingos
me cra o de amedr ontar com
lhas deles com seus filhos” .* Outro costu
gos Jorge Velho com os
fortes ameaças aos inimigos, como o fez Domin inasgurou a presença dos paulistas nas guerras do cento
SED. o
Segun do João Lopes Serra, que
cracuís rebeldes do rio São Francisco.”
.
maneira a
incas
:
caneratados
fo .
sob Promessas de cativos, terras e, de
descrevia o modo genérico das táticas paulistas, combate nos rs so a participação dessas tropas treinadas para o
erutura milicar do Esto uia para maior formalização nos quadros da es-
[os paulistas]
“.. tão logo as bandeiras encontram os bárbaros, eles passa no governo ao jp do do Brasil. Com cfeito, é justamente o que se
sua
fingem que o capitão-mor está próximo com mais tropas € que
todos mortos pelas ar o enfrentamento e bencastro (1694-1702), quando as estraté-
rendição é necessária, caso contrário seriam gias para
esgotavam e a pró ea A os tapuias rebeldes na Guerra do Açu se
atirando em
mas de fogo — c o fazem entender o que isso significa Perigo imposto a presença do Império na região estava em perigo
coisa que assusta grande mente aos
alguns animais, que eles matam, rara O povoamento o mais pela longa duração da guerra, que degene-
os paulist as fizem- nos entend er que
bárbaros. Se eles se rebelarem,
os perseguirão mesmo que se espalh em pelo sertão” .“º dos combates. Para L at a nambucano, do que pela ferocidade
fazer guerra ao gentio”, Peastro, só esses homens” eram “capazes de
es” dos xando em poucos anos sao são haviam demonstrado na Bahia, “dei-
Como vimos no Capítulo 3, com a intensificação dos “ataqu oprimiam, extinguindo ssa capitania livre de quantas nações bárbaras a
te e o comple to fracass o das
bárbaros às fazendas e vilas no Nordes
investidas das tropas regulares ou das jornada s organi zadas com as or- haja nos sertões que c vas €e maneira que de então até hoje, se não sabe
Nesse
sentido, como vimos na capítulo anerioo algum que o habite”.*?
cretário do Estado do Bras; lOr, Seguindo os conselhos do se-
Calmon. Histó- uma co do pstado o ano é TES ga Ravasco, o rei ordenou em
% Regimento que se deu a Pedro Ecolino Mariz, 1727, citado por Pedro € o gov .
1959, vol. II, p. 721-2. .
ria do Brasil. Rio de Janeiro, um terço de paulistas para a guerra aos bárbaros
s [rei Vicente do Salvador. História do Brasil, 1500-162 27 (1627).
São Paulo/Belo Hori- do Rio ando + mise
de São o Paulo
P; c nas maisis cicircunvizi
izi nhas.“ Domingos
Ni a
zonte, 1982, p. 85 Jorge Velh
“lho, em
* João Lopes Serra. “Vida o paneguirico funcbre. . . 16767, p. 69-71.
Brezil situés sur de
E Bernard de Nantes. Relation de da mission des indliens Kariris du
0.
—— .--—
»
Sud a 7 degrés de ta ligne Equinotia te. 12/9/1702, e C:
grand flewve de 8. rançois du costé du . ara do condeJe de de Atouguiata para
pa o mestre-de-campo gencral Francisco Barre
UICec
eto 20/
manuscrito de coleção particula r, fl. 22 c ss. e QoS. DI! 3:265. o,
p. 71-2.€ tomo veremos no
ni
João Lopes Serra. “Vida o paneguirico funcbre. .. 1676”, cena
ara s de João
ALG de O
LencaDo
stro
s
“aa
do o govnsrne ud ur de e Perna
Dorme
mbuco, Eerna
fe
ndo Martin1 s Mas-
capítulo 6, o mestre- de-camp o Manuel Álvares de Morais Navarto ficou m arcado
dos paiacus da ribeira do Jaguaribe. a
arta régia ao governador-geral, 10/3/1695. DI,
pelo ardil com que agiu no massacre 11:252-4
O TERÇO DOS PAULISTAS 203
202 O TERÇO DOS PAULISTAS
pouco lasso das tropas de São do terço totalizava apenas 227 homens em armas. Para aymeêntar o nú-
ter um
1694, havia opinado sobre o cará
cer, às tropas com que iam “à con-
mero, Lencastro havia ordenado, em janciro de 1699, que Bernardo
Paulo até então. Segundo seu pare
mo sertão não [eram] de gente ma-
Vieira de Melo mandasse em auxílio do paulista quantos Arcos udesse
quista do gentio bravo desse vastíssi retirar das aldeias de Alagoas do Guaperu (Guajiru) € das Guaraíras.”?
e, nem obrigada por soldo, nem
ericulada nos livros de Vossa Majestad ns Além disso, lançou-se um bando que concedia perdão aos criminosos
“umas agregações que fazemos algu
por pão de munição”; antes, eram que fizessem parte da conquista dos bárbaros no Rio Grande. O mes-
servos de armas que tem e juntos
de nós, entrando cada um com os tre-de-campo, apoiado nesta decisão, fez ele mesmo um edital convo-
se praticara, a novidade cra que se
famos”.** Diferentemente do que cando os criminosos “metidos no sertão” a se apresentarem, sob pena
infantaria, isto é, de tropas regula-
tratava agora de erigir um terço de de serem presos c remetidos ao capitão-mor.* Lencastro ordenou ao
damente assentados e pagos. Na ca-
res, cujos postos deveriam ser devi o capitão-mor do Ceará que fossem dados os índios que Navarro pedisse
então apenas 08 terços da guarniçã
pitania de Pernambuco, existiam á c o terço dos das aldeias de Paranamirim, Paupina, Purangana, Guanacis c “três lo-
da, de Itamarac
da vila do Recife, da cidade de Olin tes da nação jaguaribara”.*” Como veremos, estes guerreiros índios de
terço dos Palmares c o da Guerra dos Bár-
Palmares, recém-criado.” O fato se agregaram ao terço mais tarde. Em sua configuração original, o
de formalização da “guerra bra-
baros eram representativos do processo terço possuía 44 oficiais (19%), ou “praças de primeira plana”, e 183
especificidade no sistema militar do
sílica” que se enquadrava cm sua soldados (81%), entre os quais onze cabos de esquadra c dez tambores
tidade particular, com uma le-
Império português c ganhava uma iden Os oficiais, além dos dez capitães de companhia (o mestre-de-campo
iam contratos para à remuneração
gislação própria. Essas guerras prev
li
HE: acumulava o posto de capitão de sua própria companhia), eram quatro
j les pagamento dos soldos, com
dos serviços que ultrapassavam 0 simp ajudantes (dois do número « dois supras, todos na assistência do mes-
legislação especial que garantia a
promessas de ativos e terras, e uma
com os inimigos. Isso porque, para
tre-de-campo), dez alferes, um sargento-mor e dezenove sargentos O
utilização de crucldade máxima para capelão, frei Antônio de Jesus, era irmão do mestre-de-campo e estava
s em uso nos matos e sertões,
além da natureza das técnicas militare com ele assentado. Como foi dito acima, durante a viagem os paulistas
guerra, estas tropas tinham auto-
típicos do modo “brasílico” da arte da haviam perdido vários soldados por conta de uma bexiga. Entre eles o
igos contra os quais clas haviam
rização expressa de assim tratar 08 inim por sargento-mor Antônio Ribeiro Garcia, o capitão Antônio Raposo Barreto
quilombolas, ambos tidos
sido mobilizadas: sejam eles bárbaros ou anto, do orbe cristão. dois sujeitos de “maior suposição”, o sargento Clemente de Cardoso e
inimigos do Império português e, port
infiéis c o alferes Domingos do Prado.” Para substituir Antônio Ribeiro Garcia
HE foi nomeado no posto o capitão-mor de uma das companhias, José de
Cabos e soldados Morais Navarro." Como não é provável que ele tenha acumulado os
| ior, para comandar o “novo postos, por ser proibido pelo regimento das fronteiras, sua companhia
| Como foi dito no final do capítulo anter
terço” do Açu, foi escolhido o sargento
-mor do terço de Matias Cardo- deve ter sido integrada à outra. Não obstante cssc detalhes, temos re-
Segundo a “lista dos soldados
so, Manuel Álvares de Morais Navarro. na companhia
dos assentados Carta de João de Lencastro para o capitão-mor do Rio Grande, 21/1/1699. DH, 39:20.
do terço do mestre-de-campo” e a “lista
e

amba s de 1698, quando o terço Bando do governador-geral para a capitania do Rio Grande, 1698, IHGRN, caixa 65
do capitão Manuel da Mata Coutinho ”,
livro 3, fl. 88v; « edital que o mestre-de-campo mandou lavrar, 18/2/1699. IHGRN,
dez companhias, como era de
foi formado c se reuniu na Bahia, possuía caixa 65, livro 3, fl. 90v,
No entanto, é claro que não Carta de João de Lencastro para o capitio-mor do Ceará, 21/1/1699, DH, 39:21.
regra, incluindo a do mestre-de-campo.
contrário. O contingente total de Pernambuco, 10/12/1698. DH, 38:455-
havia 2.500 homens inscritos, muito pelo Carta de João de Lencastro para o governador
6 e Carta de João de Lencastro para o Morais Navarro, 21/1/1699. DH, 39:6-11.
As guerras Carta patente 7/1/1700. AHU, Rio Grande, caixa 3, 43. José de Morais Navarro era
rei, 15/7/1694. Apud: Ermesto Ennes.
“Carta de Domingos Jorge Velho ao 1938, p. 205. O grifo É meu. de ordinária estatura, alvarinho, cara comprida, olhos e cabelos negros de idade de
sua históri a). São Paulo,
dos Palmares (subsídios para a 24 anos; sentou praça de capitão de infantaria de uma companhia do terço pago da
servem na capitania de Pernambuco, por
Relação dos oficiais de milícia pagos que 17. campanha do Açu” em 13/8/1698, com 7$640 réis de soldo por mês. No dia 11/7/1700
Pernambuco, caixa
Sebastião de Castro c Caldas, 20/6/1710. AHU, cada por Olavo de Medeiros Filho. passou a sargento-mor do terço, com 13$000 réis de soldo por mês. Certidão de fé de
e [IGRN, caixa 89 e caixa 65. À segunda foi publi ofícios, 4/10/1705, AHU, Rio Grande, caixa 1, 61.
1997, p. 122-9.
Aconteceu na capitania do Rio Grande. Natal,
O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS
204 205
dez companhias, seja na lista elaborada
pelo escrivão Fran- de soldados (92%), podemos obter um quadro étnic
ferências às e etário, além de
ado o terço , seja na lista dos as- informações sobre sua origem € fisiologia cEmeo
cisco Pinto, na mostra que diz ter pass
da Mata Cout inho , que che- etnia cra descrita em referênci
sentados na companhia do capitão Manuel
mest re-d e-ca mpo Manucl paiacu, pardo etc). Desaem referência
por xerlos 4 um prupo (negro da guiné, cariri
garam mais £ arde. Além da companhia do tinho, à um aspecto Esiológico da cor (alvo, triguci-
adas pelos seguin-
Álvares de Morais Navarro, as outras nove cra chefi agrupar
tes capitães: Bento Nunes de Siqueira, José Porra
te de Morais Castro, na Tabela 1 as descrições em termos mai (mos mais adequado
como “brancos”
, Antônio Raposo “índios”, “negros” e “mesticos”. d o us gencricos,
José de Morais Navarro, Manucl da Mata Coutinho so, An-
mos à descrição ori mal Io » dO Mesmo tempo em que mantive-
isco Lemos Mato
Barreto, Salvador de Amorim e Oliveira, Franc este item insom E . erca de trinta registros (12,3% do total) têm
on.”
tônio Gago de Oliveira e Manuel de Siqueira Rond gem são feitas s ou não declarado, de modo que as porcenta-
Uma das novidades insti tuída s pelo regi ment o das fronteiras era a ns as sobre o total incluso. O dado que mais sobressai é q
ntamentos de cada ter-
obrigatoriedade de sc manter um livro dos asse do contingente é formada por índios o. ne con.
os dos soldos c do dssertivas(54%)
indigena absoluea
ço, para que fosse possível o controle dos pagament
maioria que fazíamos acima, demonstrando que mesmo os os
capítulo terceiro do am formalizados nas tropas regulares, sendo provi
serviço dos oficiais e soldados. De acordo com o
Ipe
nos
rava “o dia em que come- postos de soldados. Havia queixas de que sua presença 4 Dna
regimento, nestes livros de protocolo se decla nas . t d.
cada uma em sua
caram a servir € as praças de primeira plana se porão
Vi a . o

declarando-se em cada as- se desconfiava de fund E dsumEncos devidos ão terço, de mancita que
lauda, e as de soldados da mesma maneira, cra or y mediant e a inscrição de “índios broncos” ,
al, e o nome do pai, c os sinais do cuja identificação
efeito, as desc a por vezes difícil dos encarregados
da fiscalizaçã
sento a terra donde cada um é natur Com
a ção.
que assentou praça”? , as descrições dos indígenas são sc
rosto, € estatura do corpo, c os anos de idade em na maior parte dasUU vezes
tam, « Dom Dodi Henas São sempre sumárias e se limi-
pauli stas do mest re-de-campo Ma-
O “livro do escrivão do terço dos vestre tES ao prenome. Assim, Gaspar, Miguel, Sil-
, isto é, O livro de asse ntamento deste
nucl Álvares de Morais Navarro” a or exemplo,
paulistas. e€ tinham
terra dos paulistas, eram “índios da terra”, isto é, d
a que desf olha do c dispe rso, nos arquivos sido assentados em 1698. Apresentar outro
terço, encontra-se hoje, aind
co do Rio Gran de do Nort e.” Além . G o M z | S I e “ p I ) P
do Instituto Histórico e Geográfi
p , s» . lro no lu sl d ]
.
mostra cinc ; ie nã R eo o
por vezes, ilegíveis. Não da Paraíto é anos depois, não era coisa difícil de se fazer. Os 27 earitis
disso, várias das laudas estão prejudicadas e,
vez que eu mpria à
obstante, é depositário de valiosas informações, uma a, que foram assentados no dia 22 de outubro de 1699 c rece.
e, pelo conjunto obti-
risca o estabelecido no regimento das fronteiras
, b , $866 ré s cada odcei am render no con nto g an-

ilaçõ es estat istic amente significantes. |


do de registros, permite-nos fazer q B , l t
mos recup erar, 19 de oficiais (8%) c 224
Dos 243 registros que consegui
pedia a manute
Ema eniasão nção rs doPEpagame
Josada p: ga nto,
ento, mes st:
esmo estando
agosto e outubro de 1698. DIF, 58:167
isti ndo em
eles assisti
? As patentes dos oficiais estão registradas, entre nação de a vezes, até u legalidade das guerras podia ser
-de-ca mpo Manuel Álvares de Morais
204. Lista dos soldados do terço do mestre contos a por conta do pagamento dos soldos. Em 1712,
na companhia do capitão
Navarro (1698). IHIGRN, caixa 89; e a lista dos assentados aj eh
> iNatal denuncciavam
os oficiais da
caixa 65. O quadro completo do terço a iavam o mesmo smo sargen
sarge to-mor porri interceder
Manucl da Mata Coutinho (1698). IH IGRN, der: :
su e visto no Anexo 5. favor dos panacuaçus, índios jurados de guerra, p
dos paulistas, no início de suas atividades, pode ne a s
14 a 16 do Regime nto das Frontei ras de 1645, in: M. €C. de Men- :- Praças c meias-p raças dede sol
s-praças soldados que lhe mandou
" Veja os capítul os
Rio de Janeiro, 1972, vol. 1, :
ndou pagar
pagar aa Futend
Fazendoa
ão adminis trativa do Brasil.
donça (ed.). Raízes da formaç
632.
sendo incorpor ado ao da
» IHGRN, caixa 34. Quando o terço foi dissolvido em 1716,
ntaç ão aí repous ou até que, nas pre Com efeito , osargent o- mor d O » ECIÇE
fortaleza dos Reis Magos em Natal, sua docume
. argento terço de dosh Açu, J ose
SE de de Mo ruas
“is No Navarro,
va BSCICVYCU
, escreveu d
do ri ctS
« lo Instituto Históri co c em 23 de janciro de 1714, di;
meiras décadas deste século, foi transferida para o acervo ad 4, dizendo que, como havia estabelecido o governador Sebas
do Rio Grande do Norte. Desejo aqui agradecer a Olavo de Mexeiros tados com e “ | is os patacus, ou “tapuios paiacunvenses”, que estavam ass .
tião de nasCastro
Geográf ico am assen-
estudioso da história potgu ar, pela ajuda inestim
ável durante mi se panhias do terço recebi:
am meio sol
-
» para, tale ,
Filho, esse grande ares
Palmares”, por serem muito fiéis tend Ido de paga, tal como “o gentio de
Fátima Martins Lopes o auxílio nã
nhas pesquisas neste Instituto. Devo a ele c» a Ocasião de umas perturbacõ s tendo lutado até contra seus próprios parentes. Por
transcrição de alguns documentos, que sc encont ram extremamente prejudicados. . * perturbações, em 1713, quando os caborés deram guerra dos mo
| siga
206 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 207
do mestre-de- campo Morais Navarro quisuis acei
aceitar a DADE sm
“Labela 1. Distribuição das etnias no terço %
€ peus
seus índios
índi acabaram matando o capitão “às
% ição
“descr número fechadas capeta cm consulta geral, o governo decidiu que
grupos de-
23,5% alvos 50 23,5% verim ser eapeur dos e I unidos apenas os culpados e que, sc os
brancos
índio (genérico) 37 17,4%
insiaeissem em se mar outros
indios 54,0% 3 B% cr evantados, todos deveriam ser punidos,
canindé 8
tam m -
27 12,7% sistentes, segundo a “provisão extrava
cantei " de 161 . + ISt)O
4 1,9% , em guerra justa,”
do silva
7,0% Fame de 1611
paiacu 15 Prática comum, instituída pelos paulistas ã
tapuia 24 11,3%
era manter a “bagagem” (como eram oa
amulatado 1 0,5% muco, o Serão de
mestiços 13,6%
33% dos capuias que acompanhavam as marcha
moreno 7 s) como refém e na
trigueiso 2 3,3% q o seguro + enquanto os gucrreiros cumpr
E 5,2% iam um recrutame o
pardo ado em al gopedição de guerra. Em 1689, a
caribora 3 14%
de minor ore Velho c o capitão-mor do contenda entre
8,9% — preto 19 o 8,9% Rio Grande, Agostinho César
negros de para « e que
213 100,0% segundo roubara a “bagagem” que o
Total 100,0% DO
as do mestre-de-campo Manuel Álvares de Mo-
ad xa o na aldeia dos jesuítas como
Fonte: Livro do escrivão do terço dos paulist e Menna O pb: is e maridos que “refém”
cais Navarro, THGRN, caixa 3 consigo levou para o serviço
Dad a E as cao Suas Marchas”. O paulista estava
Doe suo fado ra pnção d SE puias, caso muito
€ mceios-soldos, não
Real pelos tapuias de seu terço“, isto é, os soldos mos bro vindo os apuias levavam
soubessem da esparrela.?
lhe fossem honrados.” consigo suas mulheres e fi-
nas expedições milita- dos. mbém Podia . er problemas. Consta
Não obstante, o grosso da presença indígena capuias abandonaram oco por causa
que, em 1712, alguns
iros “aliados”, segun-
res era resultante da agregação informal de guerre das opressões que sofriam de
pagam ento de presentes e ouros soldados
soldadose e “da:
do à conveniência momentânea, fosse pelo
das nas de atrocidades [cometietidas contra]:
fos- tapuias
i
ar inimigos centenários,
ferramentas, fosse pela promessa de derrot
castigo ou outras violên- PorO Ou
outro efe,
|: s Paulist
se p cla simples coação, instigando temor de paulis as tambéÉm encontravam resistência o
re-
tamen to dos índios nas al- 108 da parte dos moradores, constantemente
cias. Como se p ercebe, geralmente o recru interes-
grand e violên cia c, por vezes, “sados na mão-de-obra.
obra. EEm 1704, uma carta Tégia esclarecia
deias “aliadas” era também momento de que não se
tre de 1677, por cxem- deveria tirar os índios das aldeias para “se ench
motivo de novos levantes. No segundo semes i
inho Pereira Bacelar
plo, o governo-geral ordenara o capitão-mor Agost que assistem no Açu, [...) pela aversão que os + is im fo Dao
necess ários para a jorna- paulistas, e que só das aldeias da Paraíba se é d
a “reconduzir” (quer dizer, recrutar) os índios ci alga De OS
Itape curum irim, Massacará já servido com os mesmos paulisstas
da ao sertão de Baião Parente nas aldeias do tas” . EÉ se
s alguns
leur índios
no o fossem
em recru-
rece
ras alguns índios , o prin-
é Natuba. Havendo recolhido nas duas primei
” tados iz e 4 J
o), não
P Pp
patente de capitã e

cipal da última, um certo Cristóvão (que tinha


pelag sua diligência Cc indústria , Cc jamais contrada ad su a vont a de 3 I JoT-
que desta vexaçção
ã se poderráá seguiri que muitoi s desamparem as aldeias
o

"em q que estã o em grande dano do men serviço/ e dos moradores


desta capita
os paiacus se retiraram para uma * 2p
radores, como o sargento estivesse em Pernambuco, recomendado 30, 3
pelos jesuíta s. Como o padre respons
Vea ável havia
k : atente, 20/10/167
aldeia administrada de Sã . A parente do capitão dos índios garantia *
d: DII, s 13:17-8 e
desses índios no período que não estavam . nhum dos: cabos /1677.
governador que desse baixa nos assentos Partes forem renda ão ita outras quaisquer pessoas delaso que por
pedia que o rei considerasse que o pagamento fosse aquelas am com o d i t o capitão, n e
na companhia, o sargento-mor
aldeia - Parente, 9/4/1678. DF, 13:31-2 cito capitão, nem perturbem a gente da sua
can . '
se sem 0 saldo porque sem ele só po-
continuado, pois “não é possível sustentarem-
ia pelas serras € muito remontadas do arraial c sendo arta do arcebispo ao capitão do Ri
Grande,8) 27Di Ss« mo 10:369-71; ca carta
dem fazer andando a montar .
de . Domingos mor do Rio 27/8/16
Jorgs Velho ao arcebispo,
N, 10:159-62,
assim não podem estar prontos para O serviço”. RHHGR
de Pernambuco, 2/12/1712,
” s . md.

nador IHGRN
es
oficiais da câmara de Natal ao governador de Pernaml
. A
gover
o e Dé
ao
n OS

% s da câmara
Carta dos oficiai de Natal ernambuco, 2/12/1712.
, caixa 75, livro 5, 1). 101-102v.
IHGRN, caixa 75, livro 5, fl. 101-2v.
;
E
O TERÇO DOS PAULISTAS 209
H 208 O TERÇO DOS PAULISTAS
o nia, privando-se do benefício que recebem dos mesnos índios" Os oficiais grande, cor pálida, cabelo grisalho, estatura mediana € refoi. o
t | o da câmara de Natal haviam se queixado da falta de índios para o seu de cor-
po”. Já Brás Rodrigues Gato, natural do Es rito Sa “ refeitoanos,
dos “espigado de corpo, nariz acachapado ventas mande, car 32 cra
| tl serviço em razão de se achar a maior parte deles alistada no terço com muitos dentes menos assim debaixo como de cima” comprida, e
E paulistas, “o que se deveria remediar tirando-os do dito terço e meten-
Ei. do nele muitos vadios e índios do Ceará grande donde há quantidade e A idade média dos inscritos no terço era de 29 anos . disuibuici
il menos ocupação”5! Em 1706, consta que tamanhas eram as tiranias pra- era surpreendentemente homogênca.* O soldado mais jo o SDuçÃO
! E) ticadas pelos paulistas, que Francisco de Castro Morais, governador de tônio Leitão Arrozo, que assentou como cabo de esc vadia con cea Am-
! Pernambuco, disse que “lhe parecia scr mais fácil unirem-se lobos com . doze anos. É o ancião, Antônio Carvalho Maciel filho d Dio apenas
io ovelhas que os índios aos paulistas”. Em razão do que ordenava que lho, com 54 anos, “cabelo espesso e com [mechas] iobranc:
verruga ao pé do
RO Carva-
a cas, rosto com-
É | pio fosse suspenso o envio de índios do Ceará para o Açu, pois lhe parecia prido, olhos pequenos e uma

O que o melhor cra que os paulistas os recrutassem entre Os bravos € não “ Ambos cram de Pernambuco g assentados em 1699 “Ch Parto direita”,
ú | J entre os aldeados, a não ser em casos precisos.” + Outra informação de grande interesse refere-se aos motivos das bai
No terço de Navarro, apenas 9% dos soldados cram “pretos”, do gen- |. xas. Como se pode observar na Tabela 2, entre as razões das da - e bai-
f h E 129 assentamentos de que temos notícia, a esmagadora m: baixas nos
dao tio da Guiné, do reino de Angola ou de Pernambuco. Só um é descrito “- [2
q | claramente como forro: Lino Barbosa, soldado preto que era “crioulo *|-- deserção, isto é, o soldado sumiu ou fugiu (63 5%) Por outro ido,
ul forro de Pernambuco, do terço de Henrique Dias” c tinha crinta anos pouquíssimos deram baixa por morte (11%) ou por doen a (4.1 do.
' quanto tomou assentamento em 1700, o que não o impediu de fugir motivos mais prosaicos, como o caso do soldado Francisco M o) davia
n oito anos depois. À maioria dos tambores, espécic de ajudante que ia Sousa, que, em 21 de janeiro de 1715, depois de servir p pude ce
junto com o alferes c acompanhava a bandeira da companhia, cambém - anos, conseguiu sua baixa porque “deu outro por si” João Malhoics
cra de negros. Apesar da proibição cabal do Regimento das Fronteiras. á havia feito o mesmo em 1705, pondo “um homem
no seu lugar”
As fugas podiam ser combinadas: os negros Marcos
de se alistar um criado como soldado, os tumbores crim exceção, pois :: Ruiz Dionísi Pp
eira c Francisco Álvares, todos assentados no dia 28
não recebiam soldos. de junho d e LUA,
oram dados por fugidos na mostra de 27 de outubr
O capítulo 17 do Regimento das Ordenanças de 1570 estabelecia o do ano se in
C, dO passo que Antônio Velho, Cosmo
que o capitão da companhia “fará servir um criado seu [como tambor], da Silva, F rancisco Gon a Ives
Manucl da Costa estavam fugidos na mostra de
que para isso mandará ensinar, pelo honrado cargo que se lhe dá” — o 27 de setembro de
que podemos generalizar para as tropas regulares." Os mestiços eram 706.
muito poucos, ainda mais se considerarmos que as denominações “pa Tabela 2. Motivo das baixas no terço do mestre-de-ca
do”, “moreno” e “trigueiro” não necessariamente se referiam a mesti: mpo Morais Navarro
fo ços stricto sensu. O garoto de quinze anos José da Costa Pinheiro (filho oito número %
s do sargento do número, Antônio Pinheiro) cra “espigado do corpo, car . 82 635
Lo comprida, da cor morena, cabelo estirado, olhos pretos”. Francisco Mer 20 155
pi des de Sousa, natural de Igaraçu, 27 anos, tinha “olhos grandes, ca 5 10,8
5 39,
KiEi 3,9"
p 3
Wo se Carta da infanta de Portugal ao governador de Pernambuco, 18/7/1704. AHU, 129 24
! .. 100,0
257, 11. 138v-9, ânie: Livro do escrivão do ter so dos paulistas do
mestre-de-campo Manuel Álvares de Mo-
"Carta da infanta ao capitão-mor do Rio Grande, 13/8/1704. AHU, cód. 257, fl. 15dv;A is Navarro, HIGRN, caixa 34.
carta da câmara de Natal é de 5 de fevereiro.
“Carta do governador de Pernambuco 49 capitão-mor do Ceará, 19/8/1706. AHU,€
257, 11. 177v-8. Repete à mesma ordem, na mesma data, ao capitão-mor do Ge
;
i AHU, cód. 257, fl. 178. 1208 227 membros I i ntor; ade -
** da formê
Regimento das ordenanças de 1570. In: M. C. de Mendonça (ed). Raízes gd ;;
tenta e nove.
do terço dos paulistas,
pau
mistas,
+ há

i
f
O mMmuções sobre
ent
a idade de apenas

administrativa do Brasil. Rio de Janeiro, 1972, vol. 1, p. 162. .


O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 211
210
cerço dos paulistas, o rei, preocupado com o possível absenteísmo
Dinheiro e farinha destes, ordenou em carta régia de 3 de novembro de 1698 que se lhes
pagasse na mostra, mas no Rio Grande.” De nada adiantou, pois em
de vedor-
Como vimos acima, o regimento das fronteiras eriou o posto 1708, quando o provedor da Fazenda do Rio Grande foi pagar os
de mais nada, a fiscali zação do pagame nto soldos, percebeu que estava remunerando soldados que ou haviam
geral para regulamentar, antes
do soldo das tropas. Nesse momento, as mostras , como que um recadas - fugido ou falecido, fraude que resultou em uma ordem régia para que
com fiscali zação rigoros a, tornan- o mestre-de-campo restituísse o dinheiro.”
tramento, passaram a ser periódicas e
os presentes
do-se à ocasião do pagamento dos soldos. Só receberiam
Os soldos, como é natural, variavam de acordo com a posição do in-
e toda tentativa de burlar a fiscalização seria punida com multas, prisão divíduo. Ainda compulsando a documentação relativa ao terço de Ma-
EraCAPTA

Brasil, à função era desem- nucl Álvares de Morais Navarro, podemos apresentar um quadro des-
ou degredo. Como não havia vedores no
de acordo com o regi- tes valores e calcular o seu custo total em salários. Na verdade, o soldo
penhada pelos provedores. De fato, desde 1638,
Mascarenhas, conde da Lorre, na Colônia as era pago sem muita regularidade, donde as várias reclamações « pedi-
ESTE
o

mento de dom Fernando


que deveria conferir
mostras era feitas sob olhar do mestre-de-campo,
dos de liberação dos dinheiros, e seu resultado final cra uma conta de
com 0 provedor-mor.* chegada em que eram descontados todos os gastos e adiantamentos
os nomes no livro de assentamento, juntamente
no “dia da mostra”, e feitos pelo soldado. Além disso, havia uma outra dimensão importante
O pagamento dos soldados da infantaria era feito
pois a cobrança das na arregimentação dos soldados. Estes, apesar de valerem individual-
era comum haver queixas sobre o acerto das contas,
era “estilo pra- mente pelo recebimento dos soldos que lhes correspondiam, acaba-
dívidas dos soldados era feita simultancamente, tal como
a de evitar as quei- vam, por vezes, servindo como uma “reserva de renda” do mestre-de-
ticar-se em toda parte”. Esta parecia a única maneir
que há em que campo ou do capitão da companhia, verdadeiros “senhores da guerra”.
xas e, de toda mancira, não seria “tão grande a dilação
dá, à do sargent o que Contentes com poder se alimentar e vestir de sua atividade, ou mesmo
passe o dinheiro da mão do soldado a quem se
1690, preocu pado com o infelizes pelo recrutamento compulsório, é certo que os soldados deve-
está com ele na ocasião da paga”. Em |
Pernambuco, o governador riam, no final das contas, deixar grande parte do seu pagamento nas
descatabro da situação dos dois terços em
ordenou que a
“mucano” Câmara Coutinho” chegou ao cúmulo do zelo:
mãos de seus “senhores”, isto É, oficiais, ou mesmo faziam-se apenas
manda ndo lançar bando um dia constar, para que um capitão recolhesse para si os soldos. Era o que'
mostra fosse feita “na sala do palácio,
dado “na mão”, e “ali sc exa- denunciava, em 1700, o capitão-mor do Rio Grande, para quem o mes-
antes ao som das caixas”. O dinheiro era
não aparec e não tem nada”. - tre-de-campo paulista estava “comendo as praças de tapuias, que an-
mina o soldado que assiste e servc e o que
fraude s, como pessoa s que só : “ dam pelos seus ranchos e de soldados, alguns que nem na mostra apa-
Berredo Pereira revela que havia muitas
os alistad os, “filhos daque- " receram”,*! Era um típico caso em que o roto ria-se do esfarrapado.
: apareciam no dia da mostra, ou ainda menin
anos, com respei to ao Bernardo Vieira de Melo havia sugerido, três anos antes, que os vinte
les que serviam na câmara”. Passados alguns
soldados da fortaleza de Natal “fossem escolhidos f. . .] entre os natu-
ais c aqui pagos”.”? Em janeiro de 1698, sem perceber a patifaria, que
38. DI, 79:187-209. “a travestida de zelo público c um certo nativismo, o rei resolveu que
** Regimento de dom l'ernando Mascarenhas, 13/8/16
mo DIF SVDA-S. -ele tinha razão de dar preferência aos naturais para servirem de solda-
por possuir um grande nariz “que
” Este scu apelido fora dado por Gregório de Matos, dos nos presídios porque os de fora logo que chegavam tratavam de
Er

o que scu dono”. Além disso, o pocta o satirizava


entra na escada duas horas primeir
co”, acusando-o de ser “filho do
com seu preconceito: falava de seu “sangue mamelu
Bahia, 1968, vol. 1, p. Z01-
Espírito Santo e bisneto de um caboclo”. Obras completas. Varela de Berredo
Mello. In: Gregório
23. Apud: nota de José Antônio Gonsalves de
-

51:292, 1979. a Carta régia a João de Lencastro, 3/11/1698. AHUI, cód. 246, fl. 76v.
Pereira. “Breve compêndio. . .”. RIA
de assento: “vinte para os dois
Mandava, ainda, que fossem feitos vinte dois livros
a Carta régia 28/5/1709. AHU, cód. 257, fl. 235v.
»
a plana fisto é os oficiais] e outro para os artilheiros, par Carta de Bernardo Vieira de Melo ao rei, 6/6/1700. AHU, Rio Grande, caíxa 1, 49,
terços e um parta primeir
assento neles”. Gregório Varela de Papel de Bernardo Vieira de Melo, c. abril de 1697. AHU, Rio Grande, caixa 1, 42
por eles se continuarem as mostras, fuzendo novo
e

.”. RIAR 51:273- 4, 1979. ponto 6. o


Berredo Pereira. “Breve compêndio.
[Eve
fere por Terafp
212 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 213
terra
fugir, e os naturais eram “mais empenhados na conservação da governo-geral assumia a restituição das perdas dos moradores. Quando
onde nasceram”.”* Contudo, em junho de 1698, o governa dor-ger al governador-geral, Francisco Barreto ordenou que os mantimentos ne-
criaria um cami-
alertava que essa história de Bernardo Vieira de Melo cessários para a vinda da gente paulista ao sertão da Bahia se fizessem
nho para desvios fiscais, pois “os capitães-mores do Rio Grande hão de por conta da Fazenda Real.” A portaria de 16 de outubro de 1658 auto-
meter no número dos vinte soldados seus filhos, criados e escravos pela rizava a tomada das reses que fossem necessárias ao sustento da gente
conveniência da praça e dar-lhes baixa em findando o seu posto Dan- do sertão, para “que se suprisse a falta de baleia e bacalhau” que cram
do o braço a torcer, o rei respondeu que, “suposto que oque representais enviados da Bahia. O tenente-gencral da artilharia, Pedro Gomes, de-
que até agora
lera) mais convincente, se continu[asse]) com à forma do veria, ainda segundo esta portaria, passar recibo aos donos dos currais
sc usava”. O provedor da Fazenda do Rio Grande é que devia ficar discriminando também a qualidade das reses tomadas porque a satisfa-
encarregado de passar a lista do assentamento c fazer a mostra, confor- ção dessa dívida ficaria por conta da câmara da Bahia.” Mas, como o
des-
me o regimento das fronteiras.” “Tais práticas, como se percebe, leitor pode imaginar, a regra era que o prejuízo fosse dos criadores. Se-
militar, dando lugar à corrupç ão e gundo o padre João da Costa, quando Navarro e uma tropa de quatro-
moralizavam a hierarquia e o serviço
outras vilanias. Nesse sentido, descren te do potencia l do exército lu- centos homens chegaram à ribeira do Jaguaribe, no final de julho de
padre Antônio Vieira, no sermão da 1699, todos os moradores “fugiram dele e sc retiraram, seja pela injusti-
so diante do inimigo holandês, o
visitação de Nossa Senhora (Bahia, 1640), havia se queixado: Como ça com que lhe quer tomar as suas terras, ou por se não verem obriga-
as
havia de se restaurar o Brasil, se o capitão de infantaria, por comer dos a vender-lhe gados fiados, para nunca verem o dinheiro deles”. João
praças aos soldados, os absolvia das guardas e das outras obrigaç ões mi- da Costa, missionário do Oratório de Pernambuco, conta que as tropas
o do terço não comiam há dois dias c que o mestre-de-campo “estava
litares. ..27.%
Na rotina da vida militar em tempos de campanh as, o exército vivia determinado a dar licença [aos seus homens] para tomarem os gados da
, as-
dos mantimentos e recursos enviados pela administração colonial ribeira que quisessem”. Vendo tal disposição, temeroso de que “se ar-
sim como do controle e da repartiç ão dos recursos locais. Na Europa, ruinasse toda a ribeira c houvesse muitas mortes”, cle mesmo diz ter
este uso dos recursos locais, típico na dinâmica da guerra dos tempos pago o gado: “Fiz tanto por acudir ao exército de Sua Majestade, como
modernos, era conhecido pelo nome de Brandschatzung (dinheiro de por evitar os danos que se temiam”.'” No ano seguinte, quando os fa-
incêndio), isto é, o exército ameaçava incendiar ou saquear uma região mintos soldados do terço chegaram à barra do Ceará-Mirim, os morado-
se não lhe fosse concedido um tributo em espécie ou cm mantimentos, res, assustados, explicaram que não tinham mantimentos suficientes.
as coisas
como “taxa de proteção”.” Mudando o que devia ser mudado, O mestre-de-campo estava autorizado apenas a fazer “negócios particu-
sertões ocupado s pelas forças mi- -.- lares” para o sustento das tropas, desde que o povo não fosse preju-
funcionavam da mesma maneira nos
es de uma ameaça exter- à dicado."!
litares encarregadas de defender os morador
--
na”. As vilas, as fazendas e os currais entregavam gados e farinha aos :- Por vezes, impostos extraordinários (fintas) podiam ser criados para
que
seus “protetores”, acreditando que estes custos seriam menores do - fazer face aos custos das expedições contra os tapuias. A fórmula era
Em algumas ocasiões , O assim explicada por Francisco Barreto ao governador do Maranhão,
as perdas no caso de um ataque dos índios.
Pedro de Melo: “O estilo que nesta praça se observa nas ocasiões que
se manda fazer guerra ao gentio bárbaro é dar à câmara tudo o que se há
régia 16/12!
93
Carta do governador de Pernambuco. RIHIGRN, 10:129-30 « 134; Carta mister para a jornada, c pagá-lo o povo, pois em benefício dos morado-
Conselho Ulcrama- “e
1698, AHU, cod. 256, 1.278; seguindo a resolução da consulta do
rino, 23/12/1697. AFU, cód. 252, fls. 213-4.
RIHGRN, 10:135.
eat

Carta régia ao governador de Pernambuco 17/9/1698. AIU, cód. 256,


fis. 282v-d. * Alvará, 13/10/1657. DII, 4:55-6.
“Sermão da Visitação de Nossa Senhora, no Hospital da Miscricórdia da Bahia” (1640). “? Portaria que se passou a Pedro Gomes para tomar o gado necessário para o sustento
p-
In: Sermões do padre Antônio Vieira da Companhia de Jesus. Lisboa, 1690, sexta parte, da gente do sertão, 16/10/1657. DI, &:56-7.
408. Jo “ Carta do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699, AHU, Pernambuco, caixa 14,
Parker. La révolution militaire, da guerre et Vessor de "Occident, 1500-1800. % Carta dos oficiais da câmara de Natal ao mestre-de-campo, 22/11/1700. IFHIGRN, cai-
sz
Geoffrey
Paris, 1993, p. 95. = 4265, livro 3, 81. 97,
Pr”

214 O TERÇO DOS PAULISTAS O TERÇO DOS PAULISTAS 215

res, e por livrá-los das hostilidades que os tapuias lhe causam se faz tal “Tabela 3. Valor dasas contribuições
CO
segundo as companhias de ordenanças
: previstas s nana fifinta de 1654 para a j jornadado sertã
to sertão,
despesa”."? De fato, em 1654, para realizar a jornada contra os índios =
Companhias de ordenança. ..
que assolavam o Recôncavo Baiano, uma junta reunida na câmara de
valor (réis)
do capitão Manuel Garzo, no Paraguaçu 1308000
Salvador estimou que seria necessário providenciar a compra de bens do capitão Sebastião Brandão, no Paraguaçu 1708000
para serem dados aos índios que pretendiam recrutar € para O sustento do capitão Belchior de Araújo da Saubara, no Paraguaçu 248000
da infantaria. Para os primeiros, “300 machados, 200 foices, 500 facas, do capitão Antônio de Magalhães, no Sergipe do Conde 160$000
do capitão Felipe Barbosa, no Sergipe do Conde [505000
10 maços de velório, 10 caixas de pentes, 500 tesouras, 4.000 anzóis,
de Pernanmerin $000
1.000 varas de pano de linho, 20 vestidos para os principais e 100 ma- de Nossa Senhora do Socorro SOS000
chados”; para a infantaria, “20 facões, 500 mochilas, 500 alqueires de
Dagres
de Pace 605000
de Matoim 805000
farinha que se não pagarão mais de doze vinténs, 40 quintais de peixe, de Cutigipe 608000
pão, 2008000 réis para uma ajuda de custo para à infantaria, e outros de Paripe 60$000
2008000 para o cabo e seus capitães”."* Os custos destas partidas foram de Piraia 405000
de Taparica 305000
calculados e seu encargo seria lançado por finta a todos os moradores de Santo Amaro de Jaguaripe 30$000
de Salvador e do Recôncavo."! No dia 24, constatando que o rol dos de Jaguaripe (
gêncros necessários para a jornada orçava em cerca de 1:600$000 réis, a de Vitória e Eugia e
de Santo Amaro da Pitanga 605000
câmara repartiu os encargos pelas freguesias, c Os capitães das ordenan- do capitão Francisco de Melo, na cidade “de porta a porta” 704000
ças deveriam se responsabilizar pela cobrança dos valores de seus su- do capitão [ilipe Cardoso, na cidade “de porta a porta” 60$000
bordinados (veja Tabela 3). A maior parcela recaiu sobre as freguesias do capitão Nicolau Botelho, na cidade “de porta a porta” 005000
do capitão Antônio de Souza da Praia, na cidade “de porta a porta” 605000
de Paraguaçu, Jaguaripe e Sergipe do Conde, que haviam feito uma do capitão Antônio Pereira, “que é a dos bairros de porta a fora” 208000
petição para a guerra. Total 1:590$000
Quatro anos passados, a finta ainda esperava para scr lançada, pois a Fonte: ACS, 3:273-4,
expedição não havia emplacado. Em 13 de fevereiro de 1658, uma jun-
ta na câmara de Salvador resolveu que os moradores concordavam em
ser lançados, desde que com justiça. Além de que, de agora em diante, mação registrada no livro de atas da câmara de Salvador, o comissário
não assumiriam mais gastos sem serem consultados nem accitariam ser da Inquisição, o jesuíta Simão de Soto Maior, ameaçava com excomu-
a cles obrigados, pois tinham medo de que tal pagamento se tornasse nhão sc o governador-geral insistisse em cobrar o imposto dos familia-
“uma finta perpétua”.'* Algumas pessoas estavam excluídas natural- res, o que parecia um abuso aos olhos dos oficiais da câmara."” Alguns
mente do pagamento de tais taxas, como os pobres € os oficiais “que anos depois, em 1656, foi passada uma lei, reafirmada pela carta régia
trabalhem por seu braço”.'% De maneira geral, os familiares do Santo de 9 de dezembro de 1662, em que o rei estabelecia que “daí em dian-
Ofício conseguiam escapar da tributação destinada do sustento da in- te não se isentasse privilegiado'algum morador do Brasil por razão de
fantaria c às demais despesas de guerra. Como podemos ver na recla- hábito, qualidade ou ofício a pagar os donativos « contribuições para O
sustento da infantaria dos presídios”,!* Por vezes, a resistência ao pa-
gamento dessas contribuições irritava as autoridades. Em 1673, 0 go-
vv: 18/1/1663. DI, 5:188. vernador-geral Afonso Furtado sc exasperava com os criadores do Aporá:
wi T4/0/1654. ACS, 3:271-3.
Quando o gentio lhe tirava as vidas, roubava a fazenda e lhe comia os
MACS, 3:271-3.
vos ACS, 3:368-9. Ainda no dia 23 de novembro de 1661, os oficiais da câmara de Salvador gados, « davam por perdidos os seus cabedais, sofriam todos estes ma-
mandaram vir perante si os cidadãos para que fosse aprovada uma resolução de se les, e agora que se vêm livres de todos, uns se queixam de quatro vacas
|
fazer guerra ao gentio bárbaro que sc rebelara « causava estragos € fazia hostilidades
nas freguesias de Jaguaribe, Cachocira, Boipeba c Cairu, guerra “para que se extin-
guisse todos”. E “para se fazer a dita guerra queriam c eram contentes que sc tanças- o Carta, 9/5/1651. (88, 1:35-6,
em Ani 2. “|
se finta por todos os moradores dela. ..”. AGS, 4:91-3. Carta régia, 9/12/1662. In: Inácio Accioli de Cerqueira c Silva, Memórias históricas e
1» AOS, 3:271-3. políticas da província da Bahia. Salvador, 1940, vol. 2. p. 125.6.
216 o TERÇO DOS PAULISTAS
O TERÇO DOS PAULISTAS 217
que ferem ou matam, € outros negam até O mantimento para aqueles
Tabe o]: a f A
+. Valor dos | ] s
soldos no ter ]
, ] OS ata çO do mestre
qu Ccampo Morais s N itvarro & estimati-
que os foram livrar” !” Alguns anos depois, essa mesma destruição foi TT
Posto ” réis POA
Ci
causada pelos próprios soldados, que consumiam os recursos locais — Mestre-de-campo O
/ mês
oasogo
antidado
tado
>>
total
este, um dos motivos alegados pelo governador-geral para reformar as Sargen to-mor 13$000 Í 2+4$000
tropas de Antônio de Albuquerque Câmara c Manucl de Abreu Soares Capitão de companhia 75640 : I 138000
em 1690, Alferes 25666 o 765400
É certo que um grande atrativo para as tropas dos p aulistas era a pro-
ue ante 18866 3 268600
arpento 15866 : 7$404
messa de que lhes seriam cedidas as terras conquistad as aos índios. Se- Cabo de esquadra 18866 19 35H54
guindo o padrão do convite feito a Domingos Jorge Velho, o regimento Soldado O 8866 a (208526
— em e SHSSZE
do terço de Manucl Álvares Morais Navarro garantia aos paulistas à posse “Toul
ae mm AM Cosmo
DD
de todas as terras que conquistassem."? Como veremos, esse tipo de escrivãdo
Livro doHIGHN
Fonte:Navarro,
is er
do terço eus pa as do mestre-de-campo AHU, ManuelRio Álvares
Gran dee M Mo-
disposição resultava em conflitos com os moradores € proprietários, em 25/5/] ti di Certidão de fé de ofícios, 4/10/1705,
L 61: Certidão,
+61; €. io, 25/8/1696, AHU, Rio Grande, caixa 1, 60 o + Rio Grande, caixa
razão das incertezas quanto aos limites e dos abusos dos mestres-de-
campo, que nunca hesitaram em misturar currais c fazendas com terras
“devolutas”. Não obstante, o valor dos soldos não era desprezível. No in Como oO qaitor
lei pode » avalia
avali inhei ro gasto pelo terço cra alto, con-
o dinhei
caso do terço dos paulistas, o mestre-de-campo recebia 24$000 réis por dão do Rio Bando os e 2 o contrato dos dízimos de toda a produ-
mês.!! Além disso, Navarro acumulava, por ser fidalgo com hábito de So in iç nd à rematado em 3408000 réis, e chegara
a 900$000
Cristo, 150$000 de tença por ano, e mais outro soldo como capitão de ea das guerras. Uma
“relação do dinheiro que se t des
companhia, que equivalia a 7$640 réis por mês. Em um ano, recebia da penti o em E terço dos paulistas”,
assinada pelo provedor mor Ano.
Fazenda Real 5298680 réis. Os outros soldos seguian 1 os valores da Ta- noi pes So descrevia todos os BASTOS realizados
desde a formação
bela 4. Alguns deles poderiam variar, como o soldo do sargentos, que do tc sem 5 do auto até 1702. A Tabela 5 resume as informações
chegava a 28283 réis, ou O dos soldados índios, que normalmente eram » a cer e ! . + .

pagos em meios-soldos, isto é, a metade do valor grafado no livro de te, custos


dos nO caso
relativ
do os doo PR
pagamento
neo doss sole
dl los,
OS, auOS ni
mantimento
o s palmen
envia--
assentamentos; isto porque a outra metade cra, na maior parte das ve- Is é, dO rs » que fora formado em São Vicente, ao
frete,
zes, devida ao capitão do aldeamento ou aos missionários por eles res-- OBS VR E are de roda a gente. No frete foram
despendidos
ponsáveis, como qualquer outra atividade remuncrada de índios sob:
administração."? O custo total do terço, tal como se apresentou em 1698, TE. (20208480) pelos seus serviç
O os:
espião doca duase a metade disso
cra de 544$982 réis por mês, o que implicava a considerável soma de. tE5 Ee
Sena uma
e Trêspas
Reis Magos> faturou
fat ou bem
bx e ainda
inda recebe
recebeu udodo govern
pnarinador-
a de
6:539$784 réis ao ano. !º
iecomendudo do gone da Ri a Me so cratava de um
Ooão de Lencas Castrotro Quer
queria agradar. - Em
Er um a carta à de
de agosto
agosto dede L69B
169
v» Carta a Gaspar Dias, 19/7/1673. DH, 8:378. ia end to ssse po de favoritismo. Além desse obséquio,
dci
“e Carta de João de Lencastro para Morais Navarro, 4/2/1699. DI, SHIS.
AHU, Rio Grande, caixa |, 60. mentos,
posto de para
ajudan
que do éLerÇOo
te Vo : o afilha do mede descuid
vosmecé
2 “Jal situação persistiu até a dissolução do terço, ct m 1712. Uma portaria do governado!
€ não arci [Macha providenta-
do] acresc
dos seus o ao
. duas recomendações e conheça quão podero
do Rio Graf
de Pernambuco, anexa do “livro do escrivão”, ord lenava que o provedor sas são para comigo as
de desse baixa definitiva aos “meios soldos” que os tapuias inscritos venc iam.
Livro A Pagamento di dos s Focortos , isto é o dinheiro enviado para
do mestre-de-campo Manuel Álvares de Mora ou soldos,
do escrivão do “Terço des Paulistas alizavam 25:2 90$184 réis — valor bem de
Navarro, nota de 31/5/1712. IHGRN, caixa 34, 1. 138. à Projeção que fizemos acima, pois os 544$982
valor total dos; ê réis por mês
1 Cinco anos passados, apesar da diminuição do contingente do terço, o
soldos continuava praticamente o mesmo. Em 1703, foram pagos 12:57)
05800 réis
relativos aos dois anos anteriores, ou seja, 6:285$400 réis ao ano. C arta do gove rnadots y joraniroz IEB, cód. 4 A 25.
gu ral ao provedor da Fazenda de Pernambuco, 17/9/1703. DIF, 32:193-4. APEdo governador do Rio, 26/8/1698.
DI, 11:265-7.
| n DOS PAU Listas 219
CD C CO
TER DOS PAULISTAS O TERÇO
218 o . a . . ,
702), co
O período de quatro anos (16 8-1
Tabela 5. Dinheiro despendido com o terço do mestre-de-campo Morais Navarro, 1698-1702
estimados resultsariaam m, para paga
o ment o se fazia em p: Categoria Evento
eis. éEdé im interessan,te notar que EST Data Valor (réis)
26:159$136 reis.
e a mmaior delas só foi lib erada e em
reiro-geral man-a
1702, por cont Frete Antônio Veloso Machado, capitão da Navio Santa 1698 7008000
ce«elass desconcinuadas,
assento do conselho da Fazenda, quando o tes DS 0005000 Catarina de Sena c Três Reis Magos, cujo navio fora
fretado de rio para trazer os paulistas
a quantia :
doou enviarars se dO tesoureiro de Pernambuco anci
Antônio Veloso, por levar os paulistas da Bahia até a 1698 400$000
au 1701 estabele- Paraíba
Gonserto da aguada que fez o tanogiro
Isto porque, pesar de a carta TeRta de 1i de jan a à jurisdição de 1698 278700
cero r qu que :a capitani
ca a do RioE Grande e ; o Açu passava im ser providos :
amas
Pelo frete de 35 pessoas que à sumaca de Manucl 1698 106$000
e co IntAV onda Real.
com soldo Os Ferreira Raimundo levou de Santos para o Rio de
Pernambuco, O3 DOS tos militares Janeiro
| overnador-geral, e, portanto, pagos pela Irtz dicamentos e Pelo frete de levar Navarro com oito pessoas da Bahia 1696 54$000
até Santos quando ele foi levantar o terço
por €.6, tos, que incluem gastos com matalotagem, me
mantimentos» um O ráic Para Antônio Veloso Machado, uma arbitragem pelo 300$000
Ferramentas,Ads importavam em 1:363$039 rés dispêndios com aada alimen- frete
e
2 e
é natural, os
ados, como
E
dis De S
. Para Antônio Veloso Machado pelo frete de 29 pipas 204480
ão estão computados, - Em[Em tempos
tempos nor
normais, DSas e doze barris que trouxe do Rio Grande para a Ba-
acão as 108 todos.
das copas si ao longo desses anos «vam receber É bia
cm
nos presídios, costumavam e especial, À Aanucl Roiz Paiva, despensciro desta Fraga S$8SO
eae

opa regulares, acolhidas A João Roiz Buarcos, mestre da sumaca Nossa Se-
[E Dies

tropas
«
regule ..
straçã -
mandioci da administração pa
ar
ra O se!
seu sus
«e
;
SUStento; CU, E
e
A
;
vinda
al,
e
fari- ahora do Bom Sucesso, pelo frete de 32 soldados de
SUDO

de Dis perene: a uí-antã, ou farinha de munição, al na meta. Santos à Nha Grande


, nm Ni Antônio Soares, mestre da sumaca NS da Encarnação,
como era chamada.!? Na Bahia se estruturo
1508000
q : o suar por trazer vários capitães « soldados da Paraíba do
| 4 “q e culo XVII, uma divisão regional que fixou
a con é açúcar. À Sul à Bahia
Fretes e carretos de várias coisas
de o ntimentos, liberando o Recôncavo para à pro E s de Boipeba Frete c combeio do socorro que se remeteu da Bahia
364210
o od + Salvador estabeleceu um contrato com as vilas ento pará Para José Porrare de Morais Castro, pelo gasto que
6B$380
150$000
hi Catu é C; mamu para o fornecimento de Farinha, essa das guerras havia de Fazer com o alferes, sargento e mais gente
airuc Canté as guerras holandesase das A £ s
dl
que foram em sua companhia para comboiarem os 4
iizad: onta das guerras contos de réis
hárbaros. E Este AU, chamado de
de contrato “conchavo da farinha”,
i ascontra opos - oobáfbar , €
Lo Cgurinh: » tabela- Subtotal
o iva uma quantidade mínima de farinha aser enentregue
cao eGmtabela
1651, 2:0828620

E esupuli ro. Depois de lançada a primeira jornada q , a o fase mais , Mantimento Gastos de matalotagem c outros aprestos no Rio de 1698 785$385

do governo geral,O envolvido


Janeiro

0 rores preocupações fornecimento de +


Ferramenta que José Carvalho Pinto fez para os
paulistas
1698 475$840

|
SEU descaminho. Das
uma as º sua ape a o

. . a da guerra
crítica Os holandeses, ua
. contra ara : «di 79 arrobas e 28 libras de carne fresca para a mata- 1698 19$184
e as tropas, impedin o o sc sca . . lotagem
mandioca pari às Ero . à maiorior pxparte desesteaali- Para Pantaleão de Sousa Porto, pelos medicamentos
ano de Uia amu, Cairu e Boipeba . provinha 668580
] as de é RN ca
agora procurado por atravessadores que especula
. va o
, S que se lhe deviam
4 alqueires de sal para salgar a carne
“ome to
reço Ó q conchavo que fizera
- «em: or, constrangendo a venda de .. 5$600
o governad Quatro tachos de cobre 105450
|À 2.400 sírios de farinha no ano del 649, com
issionado por Diogo de Oli- Fo Subtotal
ros, , que, em
PAtermo “ck 1:363$039
. .
veira Serpa manecira aos morad orcs
desagradou sobreman - Soldo Socorro ao terço 12/1699 19750184
a de ú
c registrado no livro das atas da câmar : Socorro aos oficiais « soldados
da1 tado de fevereiro de 1652
6:000$000
t Soldos do mestre-de-campo 120$000
É Socorro 23/09/1701 4:000$000
Costia
igo dada Cost 1703.
ÃO
rare

10:137, carta de d. Rodrigo


em RN,
Consignação dos dízimos remetidos com socorro 1702 1:200$000
vee Carta Deh asia .de 1/1/1 irmadoRIHG
Reaf701. 11/1/1704. AHU, cód. 246, (óv. partir de o Socorro ao terço dos paulistas
nana

Is/u8/17OZ 12:000$000
pelos dízim os da copie e HGRN ,
terço dazo
Di aulistas deveria sec pago justamente da Bahia .
Subtotal AMB 25:290$184
dos da real
qu ç o que faltasse seria coberto pela fazen
Re Pp

Grande, sendo T ER
= Tetal geral 28:735$843 À
: Fonte: Relação do dinheiro que se tem despen
10:145-6 0 153. veja o estudo de >
Carlos
Sehmi
Borges“e Schmidt.
“0 “O I não da: dido com o terço dos paulistas de que É mes-
Ulhoa, Bahia, 19/8/
7 Sobre a farinha d a mandioca, tre-de-campo Manuel Álvares de Morais Navarro, por Antônio Lopes
sobra RAM, CLNV:A27-348. “IO2, TEB, cód. 4 A 25.
DOS PAULISTAS O“PERÇO DOS PAUL]
220 O TERÇO STAS 221
que,
que seiseja Ni necessessári
dimento, “que vinha ser qua- ário o mandá mandá-
-las
las vosmecê buscar violentame
Salvador, expunham a tirania de tal proce e re ciro de 1652, respondendo ao apelo
se um tácito estanque
”» 18
pa da câmaras, o
”, disfarçava o crescente ue 0 conchavo deveria ser mantido
Esta venda obrigada, “im tácito estanque eu es e aneira que à farinha deveria
“sem sei novar coisa
€ do esforço de guerra.
g 4 “

fiscalismo que implicava o aumento das tropas


é

ser entregue
+ v >». º i

m reclama.
' o , ,

Bo final : do ano
!

havo d a farinha”, adota- O: 4 quali


To alida
Vando,
dade,
de pois
poisIs eestava vindo
indo
0
Os povos, sentindo-se vexados por esse “conc
pouco
pouc cozidoida a e e grossa
pa ,
Cairu é Beipoios Ce fonde ameaçava
são fiscal. Yom efeito, 0 de Prisão os oficiais da cim a
vam soluções hetcrodoxas para €s apar à opres Cairu é Boipe :
série de medidas para con- não cumprissem imediatamente
conde de Castelo Melhor havia toma do uma início de 1 oa, povo Ho vernador o acert d nes Vo
as quais o envio do te- geral, o conde de Atougui O Fesoo
ter o desvio da farinha por embarcações, entre am ent as neo Lição que as três
com su a gente." À câmara vilas deviam em farinh pt Depoi
nente-gencral da artilharia, Pedro Gomes, incaa série E :ajustes S no “conc
com 250 alqueires é havo da farinha” ao lon od
de Camamu, à mais rebelde, se recusou à contribuir eu do dos Dos|
ado entre junho e agosto de “es m 73 uma ordem do governador-geral
de farinha para a jornada do sertão.*º Envi ca Ds a região para para : a produçãoã de mantimento
cons id o fnos
cumprir esta ordem € exigir i s: proibia Eaà cons
1651, Pedro Gomes deveria, então, fazer een seca plantação de cana nas três vilas enstrução
todavia, O conde mandava
explicações da câmara!!! Em 9 de outubro, d CF
“por serer o sustento
bili zand o o governador de Ilhéus endo eles [os engenhos] ser a ruín:
este recolher-se a Salvador, responsa dos
aC c

ahi do
DO: > » “e e »
, . ” n “

sm o foi reafi
,

mesm
já que cra sua à culpa pelo rmado em abril do ano
pelo recolhimento da tarinha do “conchavo”,
ano seguininto,te, cai
estipul. pata”
pena de perdimento” e um castigo de prisão
as que fizera às lanchas que por lá
des “aminho em razão das vistas gross
.'* + SStpulando uma
a na ação de modo a não come- ) ransporte da farinh : : a para os ; arraiaias is e c asq
passavam. Recomendava certa prud ênci
sertão
sertão onsinnque era
longí
produção, já que a Fazenda »r: motivivo o deé preocupaçããoo eex i esfor
ter muita violência que desestimulasse à o oo
exigia estacosionad s
tea
isavam as cropas."? Não 1 de mantimentos implicava a necessidad
não dava conta de pagar tudo do que prec re-de-campo e! dmanéncia no sertão. Em 1675, preoc
e de bra
de 12 de dezembro, do tenente de mest
obstante, em carta upado m que con.
ava-lhe que fizesse enten-. .siderava » princi princip pal
: problema dasascentradas”, , o governador
Gaspar de Sousa Uchoa, o conde recomend “Furtado, , ma nd lou Pedro geral
geral,
-geral , Af Afonso
on ;
remes ssa da farinha, “antes * z Gomesss fabricar
fabri
der ao povo das vilas que antecipassem a p arecesse mais s convenient niente
uma casa-forte
si no ] ugar que
e para armazém dos mantimentos,
* guas da Cachocira, com um cabo e Buarnição a 34
,

.. é 5, q -

suficiente. Comerciantes
na economia c olonial, veja o capítulo com : neressados deveriam ser contratados para coloca
us ACS, 3:132. Sobre a produção de alimentos - r em carros e em com-
Teixei ra da Silva. Marfologia da escusses: erises bolo
este título da tese de Francisco Carlos de Janeiro , 1680- to número de alqueires de farinha todos os
de subsistência e política econômica no Brasil
Colônia (Salva dor e Rin
ca orte”; meses s na n resma
forte”; dai
daí da a mandaria aria * “busc ar o« governador da conquist;
buscar
4790). Niterói, 1990, p. 122-77. i
de Cairu, 27/6/1651, DEL, 3:116. colta que era necessária por amor [por
uy Carta do governador-geral para os edis da vila temoi ] aos
a | bárba-
o
s deveriam ser enviad as a Camam u, de onde seriam em parte teme tos”.
.
de toda

Nos porto
Do Farda inaCacho cira
enoei ra hayhavia ou tro armazém com um “almoxar
EU Ecitas, as farinha ife
os índios aliados sob o comando do capitão | sq
tidas para a Cachoeira onde sc ajuntavam x; as freguesias do Recôncavo concorriam
que se, jam enviadas cento e cinquenta ama se
mor Gaspar Rodrigues Adorno. À carta ordena índios. À pressa da
sírios da dita fasinha, o que nos permiteimaginar o número dos tmo Era
índios cram “gente que não atura sem : 12/12/1651. DH, 3:143-44
ordem justificava-se pela certeza de que estes financiamentos E "Carta do governador-ger:
Gomes , 7/8/16 51. DE. 3:122, Outra fonte de geral para as trêstrês vi
comer”. Carta ao Pedro de “Peroasu
câmara nas freguesias * inês vilas, [9/2/1652. DIH, 3:149.50,
da jornada foi a finta lançada em 1650 pela 1651, pelo govema
ie na 5/12/1652.
Cartas, 25/4/16 DH, 3:189.90
:204-8, As
das três a (8600, » 2048, As farinhas deveriam continuar, então. a se fari
120$000 réis, e, em .
(Paraguaçu), 400$000 réis, e a de Jaguaripe,
sendo responsáveis os capitães Filipe “Carneiro Provido 0 sírios deveriam ser recolhidos) c o capitão A ênio do
dor nas fecguesias de Sergipe, 2005000 réis, Go
Barbosa, Antônio de Magalhães c Baltas ar de Araújo , c de Pernanmerim, 505000 réis... iutio de Jaguaripe, “par para que fosse aberto um caminho por terra de Ma de & De do

doa oct fator te” IA Di 28267 neo


d jo o dinheiro
. Os fintadores, cobra .
vilas . » impedi à condução
que sese impedia
Pá Para que no caso que d; « .Mapendipe ao
sob a responsabilidade do capitão Miguel 'Leles
reg á-l o ao tes our eir o cleito pelo governador de mado qu
dos moradores, deveria ent e
, esse pedir, por meio de um rol, o que foss fazê-lo por muitos inconveniente dedo o Ste rEspon-
o cabo da jornada, Gaspar Rodrigues pud ; sível
AL
67- 9.
necessário. Esto de acordo com o ter mo de 12/ 7/1 651 . AGS , 3:1 St Carta do,
Carta feparasse o caminho antigo, 17/12/ 654, DI,
do dmamaior
go 50º que se ordenou
, 3 1/8/1651. DI, 3:126-7. Reral aos edis da vila de Cairu, 271211673, DH
12 Carta do governador-geral para Pedro Gomes L6f10/1651. DI, 37-13
Couros G nador-geral aos edis das três vilas, 4/4/1674. BH Ra
122 Carta do governador-geral para Antônio de
armeiro,
O TERÇO DOS PAULISTAS 223
O TERÇO DOS PAU LISTAS
222
capi-
eria dar recibos para à satisfação dos
querque, que pass: t ei .
lhe entregar”. 3ste oficial dev e ar- pelos povos das capit recibo. Já os negros doe índios
seriam sustentad
d as quantias que entregavam. E dest onde ass
ties das mesmas freguesias ebe dor nadaNa sobrara da ' antas, à exceção dos Rio Grande » Onde quase
à casa-forte, onde um outro rec reli as plantações ou dos pados.!*
mazém se remetia a farinha até recebedor situação era bem Caro
alidade, àa situaçã
tea realidade,
primeiro almoxarife. Este N difícil. Manuel Á
passaria um recibo para a conta do sertão, avarro, quando fora sargento-mor da bandei anucl Alvares de Morais
etendo farinha para as tropas no
da casa-forte, por sua vez, da rem » ATTAa-
afirmava O governador-geral, que zoara longamente sobre as dificuld ido ap deisa de Matias Cardoso
conforme solicitação. Foi esse sistema, e perpetuar-se à con- onadas par ste ades do abastecime
“principalm das tropasas es-
sertõe do Rioo Grande e Ceará:astecimento
estas nos sertões
acionadas
Cem
e
entos e pôd
“facilitou a dificuldade dos mantim e vie- stas paragens das P; rd: ente por se-
várias nações que se desbarataram de planta, é
quista de todas as aldeias das e livr e”.! ? Açu,
de necessidade lhe ds mantiment s dede for: Jaguaribe incapazes
er longe”. dbSe-€
ram prisionciras à Cssa praça,
ficando totalment gundo ele,antido Ceará podia arir mantimentos fora, e de bem
almente
Em tempos de guerra, com o havíamos dito, estes gastos ger antimento para o arraial de Jaguaribe, dis
ava m for- tante de 30 léguas, mas de dis-
regiões conflagradas e imp lic
adiantava, pois “esta capita be,
recatam sobre os moradores das sem eles das mas de , nada
PeiPernambuco
serável que : deJele Pern: lhe “vai
vai todos os anos fari Sul capitania ,
€ tão
tão mi
mi-
05 soldados mobilizados, fos
necimento de alimentos pari - ald os farinha para o presídio
enanças. Não obstante, no caso das guer que nela tem”. Igual problema tinha o dis O ae de
era distante
tropas regulares, fossem das ord no sert ão Natal pouco m e de d e 30 É: '
léguas, mas arraial
como esta Açu,
do » que
cidade que cra
nada
a carência de mantimentos necer ! iependia nos
menos
ras contra índios no interior, dada
nha era imprescindível para o prosse-
semi-árido, o envio regular de fari ; i o Eno
do rio Sã de Pernambuco. Paradeo arraial
distante mais das biranl
80 léguas Alé tas am
as tam
Apesar de aqui e acolá ser possível farinhasO custo
EVA rancisco,
guimento das atividades militares. sfa- frete, , uma vez . s. Além disso
tanejos mais acostumados, ir sati sto do a proteçã
para NE
às tropas, notadamente destes ser
que :
. ..
ea a proteção de cada v
os achados nos matos, macand
o gad os ou sertam necessáriosrios : to menos [50 homens de armas, para vc A comboio
Zendo suas necessidades com de gra nde s inimigo” 8, para vencer tão dila-
rtos, à presença duradoura des de farinha.º Como vimos, do esto go, carregando grandes quantida
- tadas distâncias, por terras
sc alimentando de cobras c laga exigi a forne ci- '
do a prolonga dos sítios, S, CSTCS argumentos 58 serviaam, na ocasião,
i o, p: parao
contingentes, por vczes resistin deve ria rece- "- E dissuadi o Conselho Ultramarino da idéia de estabelecer
. Nestas condições, a tropa
mento contínuo de alimentos ment o do alm o- no sertãão, » estratég ia formula
as seis aldeias
istia, segundo o regi da, segundo seu opositores, d
€S det É

ber uma ração mínima que cons ancira in-


nha vam as tro pas de Estêvão Baião Pa- a equente pelos moradores do Rio Grande em un Detiçã
a petição ao rei.'3
xarife e o escrivão que acompa ha :
do sertão, cm “gm alqueirc de farin Ota o € que, no conte xto do ssertão à semi-ári
mi-árido, s em farinha não seria
rente em 1672 para conquista dia, e have ndo : :“possíveel l manter
a as tr tropas. Bernard
ra as
carne de vaca fresca, cada a o ViciIeira de: Melo
te bem sabia que da
cada mês, uma libra c m cia de se dará o que se, quantidade
quantidade dede Farinl
farinhas dependia a manutenç ão do presídio do A
ento fora dos nomeados
peixe ou outro algum mantim -. is
ordenar o dito govem ador” da expedição." No caso da Guerra do Açu, que fera aao Governador geral, também os bárbaros supunham
r uma ação - eo na resistir enquanto
Cunha resolvera organiza “tiver com que se sustentar”, e
quando o governador Matias da pula ra quea :
ar os, no início de 1688, esti a aa farinha, ficarão eles outra vez senhores das
mais coordenada contra os bárb s - Ss suas ter
ter-
os Custos de arm as, munições e farda
fas em i ate
mais confiados que na paz”
que vivem
Fazenda Real arcaria apenas com aras de Olin da,
600$000 réis. As câm
para os índios e pretos, NO limite de É
o de infantes das suas guarnições, te:
Itamaracá e Paraíba, com O envi mora do-
riam de arcar com a farinha para
o seu sustento. Como alguns ! Carta
Di de Mati
atias dai Cunha para
p;
interessados nas terras € currais” do Ri rapitã
o capitão-mor da Paraíl:
res de Olinda eram “também réis e às
g a 16945 Raio Navarra, no Arquivo do Estado da a 5 Ni
Bahia,To 4;oode OR
deveria contribuir com 300$000
livro ordens 4 ro -
Grande, a câmara desta cid ade
ettss1
, “95,301. 76-9. Apud:
pud: Afonso de : E.E. fã unay.
Tum
000 ré
Da contribuição de Olinda, 100$
A Guerra dos Bárbaros . RAM,

duas outras, com 75$000 réis. Albu


o em farinhas administr adas por Usctiçã
Ni dos oidaes adores da capitania
itani do Rio Grande, inclusa naa! ( “onsulta do Conse
eram para Matias Cardoso e o rest nhecimento peru * DI, as 120-2. Segundo Bernardo V loira Ravasco,
lho
cra de co-
n4
bimentos do E Leia e cem
E nenhum q desses
desses sertões
sertões podem estas aldeias plant;
de Pernambuco, gado Cao due tudo são campos improduzíveis de andinos e
d. Pedro de Almeida, governador sd ue a mtos bars
1 Carta do governador-geral para ' ra linha crnardo Vicira Ravasco ao conde de Alvor SIB/169 DI, BEAST,
fevereiro de 1675. DH, 10:107-5. 7H144 -8. sa) Jo governador-geral, 10/9/1696. D// 38:415-6,
nio Lopes Ulhoa, 22/4/1672. DH, 24. DM de 125-7
vo Regimento passado por Antô
"291 ap sojfus SSIeN(U sotajasaxa ap 034 AM US SOISIAMIA sSOJUSAOUW SOp sun] ensom
sou ediwumsa y -sopeuidisip 2 sopepmiso uma a32nbsous wn ap og3riado e estd soupssos
“SU SMUMUAOW SO DE jenb vu “PprZeuOIES EMONÍ Ep age run ÚEIAjosuasop snodasna 0: é
BIG NO
oiPal CpCRaperg
quo pó say bi mma
bi iyri na 7 pum que qd na pur
pencab ya myrue pda e dor,
pluares
á
sum biogem/ asrjuenf ones mos PGuemnd «nEA pre af mp
to PLA e qria, smpod é ru ro quali
i
+ epoae iaamiddo que pri rig prega dos pesd cg 0d prrryq ont
4 DAPPM APPIR O) dd MEIRA Op qr no
Ma mode puryqqtia mpfo
ur “tqna og as Puy puerof aa Ff; Pit CAR e > cy!
“top soepd pur dagiragbio anch o q87 quem ancioo pumpaçbis anne MEIAS CAOS Cp Dyy VITA

"SESI 'sued
"apos santa) onydesiaaso) & | QIASU |, SIPUY Op 034] OU edunssa “sturirqu so a spfediuey so
anus) suairapos sop mequioo, “sosonvadw à sojuajoa sonananf ap wesessed ogu * puang
Ep our, ewn ap sopisesdsop 'seuaiipur so 'nadoma seo o rsrg sonora 'sesgas was soLg
“WD QUO? sEpequasada! 0ES [isca] ou soipui so anus segont se (GAe|) 23494,1, 2P CIA ON
Y e e
Seg VIAVADONODI
226 IGONOGRAFIA

- 0
DNA ado
CACO as
pri é EA
:
a
A ,
din Ds
au do
9
= 4|
= :
;
Mestiços lutam ao lado dos |
tupiniquins, usando armas * 12

de fogo ou mesmo arcos: o ' . A “AMEo a,
A a RATEENS A

uma representação da ali- Pai pr. gro NT e


inalé «LA wa ADA -
ança com os povos indige- ADO
4 a . ..
f No Vdc
. E" ” .

nas, da incorporação de sua


tec-nolopgia militar, Detalhe $ :
a
ro
da estumpa “Combate com
Ve
i» |
os “Tupiniquins” de Théo- j -p
. . gama . t . tm :
tlore de Bry. Estampa feira e CART A medo cm) '
Neste mapa “nações” ;
do Brasil, as ne . .
mil a edição
para do Hans Stade do
de Viagem oito mapa + as “nações indígenas são grosseiramente localizadas, Note que os
ras! de Hans Staden tapuias” ocupam todo o interior, das margens do Pata ; a en 1
en. s
(1578) em fe Ihédtre du : Albernaz, o velho (1631). gens de Prata ao Amazonas. Mapa de João Teixeira
Nouveau Monde, 1592.
E
ie Fi
Ea
Fes
a

tree Mt
ns E
DE TE

A A -
P]

das tro-
Nas “guerras holandesas”, os índios estavam sempre presentes compondo à maioria O c—
a pas e exércitos. “Cena de Combate Entre Holandeses e Portugueses”, ólco de Gillis Pectcrs Demonstração da Barra de Santos seg
ra Eq
Arre rnantrr r
[EcacCren
aCREATESr 2

) (1640Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo, São Paulo, ao alto, a vila de São Paulo. undo João “Teixeira Albernaz, o moço (e. 1650). Vemos,
leci

EE
ICONOGRAFIA ICONOGRAFIA 229
228

Imageos como esta difundiam a idéia do


martírio dos missionários na Europa. O
enfício do padre Francisco Pinto, segundo
a estumpa de Abraham van Diepenbeeck
(1661 YBiblioteca Nacional, Lisbou/Brasif-
do Brasil, de 1624. Nicolas van € icelkerchen, Brasis: Cousas Notáveis e Espantasas (À Cons
São Vicente retratada no Livro de Viagem ao Reino ami Parece
lijke Bibliotheck, Haia/Nestor Goulart trução do Brasil, 1500-1825). Lisboa, 2000,
no Reys-bucek van het Rijcke Brasilien (1624)Konink p- 135 mer qria doscibeter o des us Larosre dos amos aucS
. São Paulo, 2000, p. 75.
Reis. Imagens de Vilas e Cidades no Brasil Colonial

,Portalefa de txpenia ioR


É detemt adae a de Santos.

+
Pedidas
As
.f.
nb raeerer
í Gáita de
A fortaleza de Vera Cruz de Hapema, diante da
vila de Santos, onde Manuel Álvares de Morais
Navarro havia servido por cinco anos como alfe-

Ed:
res, passando a capitão de infantaria da ordenan-


ça antes de ser nomeado, em 8 de abril de 1688, derecto de uma aldeia jesuítica quando de sua elevação a vila no final do século XVII “Vila
.
O
E Les º sasgento-mor do terço de Matias Cardoso de de Abrantes da comarca do Norte”, Bahia (c. 1794)/AHU, Lisboa/Nestor Goulart Reis. fma-
GET Lisboa. gras de Vilas e Cidades no Brasil Colonial. São Paulo, 20X), p. 63.
Almeida. Desenho no AHU,
2 30 IGCONOGRAF
INOGRAFIA .
ICONOGRAFIA 231

A capitania de Ilhéus no desenho de João “Teixeira Albernaz, o velho (1602-1666). À direita,


podemos ver as três vilas de Cairu, Camamu c de Boipeba, produtoras de farinha de mandio-
ca para o abastecimento do Recôncavo, da cidade e das tropas de infantaria aí estacionadas
(e. 163D/Ms. da Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janciro/lsa Adonias c Bruno Furrer. Mapa: - k ig 4
Imugens da Formação Territorial Brasileira. Rio de Janciro: Fundação Emílio Odebrecht, 1993, = Depois de derrotar os índios do Paraguaçu os portugu . ila de N S
3. 196. “t asi rarnhaf A a GU ueses criaram a vila de Nossa Senhora
/ + da Vitória, também chamada
Fo
im na de “Cachocira”.
- é Esta vila, . situada nas margens do rio Paraguaçu,
a t E entreposto comercial do Recôncavo baiano ao mesmo tempo
que servirá, até
E o do mis de Joaquim dA porta” daqueles sertões. “Villa de Cachocira” (c. 1792), ilustra-
- » R de quim de Amorim Castro.
«UStro, “Memória S
ória Sobre i j
as Espécies de FT Tabaco...”
- York Public Library, Nova York. PE (ibaeo..” New

dg
sB = ea a 2.

a ie 4

Lob od fodido
DO 17 Ui
+ maleta

“Rio Grande”, desenho de J. Vingboons/IAHGP, Recife/Nestor Goular Reis. Imagens de


Vitas e Cidades no Brasil Colonial, São Paulo, 2000, p. 125. .

“Perspectiva da Fortaleza da Barra do


Rio Grande” (c. 1609). Tustração do.
códice “Relação das Praças Fortes d
Brasil” de Diogo de Campos Motcno,%
existente no Arquivo Nacional “Torre do leza dede Nossa Senhora de Assunção EX.
“Yombo, Lisboa/Nestor Goulart Rei MuMova da Fo faleza
lls/Nova do Ceará (c. 1730)/AHU, Lisboa.
Imagens ele Vilas e Cidades no Brasil Colo:
foSE- Brasis:
210, Cousas Notáveis e E i . - .
Notáveis e Espantosas (A Construção do Brasil, 1500-1825). Lisboa, CNCDP,
miesl. São Paulo, 2000, p. 125. d
233
232 41CONOGRAFIA LEgNOGRAFIA

Um mulato Com suas amas: UMA tapicita


sem bainha (protogida com um sabugo de
milho), o arcabir de um cano (do tipo us
do para caça, portang não regular pura 28 [a
Pas) com fecho de poderei, sistema de
Pprrd br
fraca (acompanhado de um 5 aquitel de
ERRO

s” era a forma de combater utili- ver ape


scadas ou a “gucrta nos mato adaga, da equal podemes
A “guerrilha”, guerra de embo mpa, do início do século tas) e uma
pelos colonizadores. Nesta esta nas é pomo. Óle, de Ali a Eckhout, 16.
ada pelos índios e logo assimilada mulatos. M. Rugendas. Voyage
enas resistindo 4 uma tropa de
XIX, Rugendas retrata os indíg
1835.
pittoresque duns te Brésil, Paris,

ho pé d o a RR =.
“de ns X-voto, podemos ler: “Um dos especiais f;
“ea, a gu de seusus padrociros Damii tem reabido essa freguesta
: S. Cosme
: c éS * Damião,Dos deferdermna da Posto a que
foi o due

CS AR
ee
+
nó de TendoSI males
. Igaraçu de e aind:a que passaram
assa :
a Goiana
crnambuco, e durimm muitos 4nOS, começando
que infestaram à todo ] Darei
c a outras freguesi da esta de
Viagem z “se Endaran go ata por que sabem
e [que] 2 eu 3 pessoas “tasos adênt,
ari só6 é à 4 ino, nelas
mpa “Pernambuco” do Livro de
act:
ha de mandioca. Detalhe da esta vam bet Rijck e Brasil ica + = ano nda 1729 o des 5 a dura o pe tudo é notório. É para à mano do adm no
van Geclkerchen, no Rojs-becck
ao Reino do Brasil, de N624. Nicolas Reis. Imagr as de Vilas e Cidad es no Brasil 5 de| São G !
Damiãoc esmola. Ie Ia
Manuel de Ferrei
(1729)/Muscis : lho”. Exmose pertencente
pós este à igrejigrejá
Haia/Nestor Goulart
(1624)Koninklijkc Bibliotheck, . me e Damii ira de Carvalho”, E pre à +
Colonial. São Paulo, Z000, p. 75.
+ e 2! a
.
ICONOG RAFIA 235
234 AICONOGRAFIA
4

Esta tela é uma das poucas remanescentes dus que foram pintadas por Post no Brasil, Vemos
os índios tarairiús desembarcando na proximidade dod forte. “O Antigo
o Forte dos “Três Reis
seus armamentos, Com . Magos no Rio Grande”, Frans Post (1638)/M
O pintor holandês Eckhout representou um guerreiro tacairiú com (org,).
dardos c um propulsor, . c com outra, um acape decorado com Ne 9 Louvre,
Aostra do Redesco brimento: : o olhar distante. SãSão p, Paulo: Ass 5 Paris. : Nelson Aguilar
: !
uma mão, cle segura.. quatro
- . -
ais, 2000, p. 82 » Paulo: 500 Anos Artes Visu-
Associação Brasil
- enfeite plumário. O cobre-nuca que desce - y , p. 82.
incrustações de anéis (feitos de concha) c um
dizer “ema
pelas costas do índio é de penas de ema. Nhanduí ou janduí (que em tupi queria
Barléus nos
pequena") era o nome que se dava ao “tei” do tapuias, e a todos de seu grupo.
relata que esse enfeite cra empregado nas cerimônias realizadas por ocasião das semeaduras.
dos Bárbaros na
Na verdade, além dos janduís, os tarairiús — que protagonizaram as guerras
— compreend iam também os canindés e paíscus. -
sua segunda fase (Guerra do Açu, 1687-1704)
Ólco de Albert Eckhout, 1641.

(org). Mos-
“Licapes tarairiús/Muscu Nacional da Dinamarca (Copenhague)/Nelson Aguilar holand
tra do Redescobrimento: artes indígenas. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, ii Em outra versão desta paisagem, , Post dispõe
: sã o com
os5 tarairiúsS conversand : andeses.
.
- Estampa bascada em desenho de Erans Post, na História...de Gaspar Barléus (1647).
2000, p. 162.
vu sum, equasap
CH9D sogro sodseo ap
| 280,1 d + . $€, Wo Suprasta sedurass] SMEJUSIU
a Epe sape
Pepissoasou sensf 332 e
Ss Pp sp
apr pique ni E su
SOS sirive Es sou Lu
una a anhb SUNT E SOAC | so: UU DSSAMUAU O RE
Ol nsed MY
ap ENS
ESSE| SOLMU no seu FULOS ens € Eprp 'oprd op r umides ar p apepigory
y
0 puro aá TUGA Run ( puri:tais) Qouuumr H vubhad) MIS opaHU) Dou “mus a apuro “puro
om op
- 4; sAmAIÇ a
-
eprastg
ALHO) snopeg Jedseoy opreugaas CU 80 SULA PP OQUSAp 19
o ou0> 'ouriagus 133 2P
CdWIS | "SOSENPAU SEÍUCIE D SOJNUOD SOSIDAP NOSIJAQeIsa qenb
O SUR suundes sop
ataadeo PLN OlUOD japutf O PIpUDIUS sApuejopp USEI OP OpIsUeL)
9 apuris 01 Op cru
pdpuud op amou or eperosse 2 ogia Ep ENNSUManIa SAE “eta RUM
OP OLUNEH pu) (O)
«ajquo O sepeismbuos sezuendro onenh se ruvd sogsriq nouo HESSEN
CMRE dA USRo -
e
Pr
Stiaé AEINIA
dor va rampa
ustusrtpfraçoo
v CEC
ed “
.
L£L VIAVIDONODI] VIAVADONODL 9EZ
ICONOGRAF IA 239
238 ICONOGRAFIA

dios seguram tacapes decorados com enfei nes de plumas e também dardos com propulsores.
cer tamente um dos esboços que serviram ao ólco
O desenho desta mulher tarairiú sentada foi
imagem alegórica, contudo, a índia tapuia é representa-
de Albert Eckhout (à direita). Nesta
da como canibal. Para alguns cronistas, es tarairitis
, diferentemente dos povos tupis, praticavam
curopeu, essa cr à imagem da barbárie:
apenas o endocanit batismo. De todo modo, para o olhar
gentio bravo € comedor de came humana” /Staatliche Muscen zu Berlin/Ana Ma-
“o tapuia
Paulo: Objetiva, 1999, p. 99.
ria de Mores Belluzzo. O Brasil dos Viegjantes. S.

im
.
ver que os
1O$S tarairi ús. Podemos
Óleo de Albert Eckhout, 1654.
Dança dos ind
: : Ã Sã
(do Norte), seguida de sua Aagagm
“Tropa de soldados e índios sai em marcha no Rio Grande
s as mulhere s e crianças que à acompa nham com mantimentos. Estampa de
como eram chamada do Rio Gran-
(detalhe) do mapa 4 (capitania
Frans Post, meados do século XV Vinheta
as páginas 24 € 25 na Histéria... de Gaspar Badéus (1647).
de) entre
240 IGONOGRAFIA

KRATECISMO
CATECISMO
INDIC DADOUTRINA
DA LINGVAKARIRIS,
ACRESCENTADO DE VARIAS
Pravicas dimirinães,& moracs adapta-
CHRISTÃAA
das avjgenio, & capacidade dos Na Lingua Brafilica
Indios do Brafil,
viro PADRE DA NAÇÃO KIRIRI
tr. BERNARDO DE NANTES,
Capashinho, Prigadoro Miffimmario
Apofiolsco;
COMPOSTO 6
Pelo P. LUIS VINCENCIO
OVEERECIDO
Aco MUY Mo, E MUY FOLERCIO REU
MAMEANI, PAULISTAS x MAZOMBOS
Da Companhia de JESUS, Mifliona-

DOM JOAO V.
SN. QUE DEOS GUARDE,
tio da Provincia do Brafil

Manuer. ÁLVARES DE MORAIS NAVARRO e seus homens,


LISBOA,
Na Oilicina de VALEN'TIM DA COSTA LISBOA,
embarcados na Bahia no dia 1.º de setembro de 1698, enfrentaram rigo-
Desten los Empresfos de Sua Maseltade,
Na Oficina de MIGUEL DESLANDES, rosas tempestades que os impediram de navegar com conhecimento da
MM IMECIX imprefor de Sua Mapellade,
E ams telas ds GIRAS RECO ASO Com todas as licenças necefarias Anna de 1698 terra, pois não puderam parar em Pernambuco c aí tomar um prático
que os conduzisse até.a Paraíba, de onde marchariam por terra. Logo
manifestou-se um surto de bexigas que vitimou muitos, entre eles o
sargento-mor, Antônio Ribeiro Garcia, e o capitão Antônio Raposo Bar-
reto, dois sujeitos de “maior suposição”, além do alferes Domingo Pra-
do e do sargento Clemente Cardoso; e mais 25 soldados pelo menos.!
Navarro mandou, então, dois homens seus com uma canoa para que
“aa
Cora
as.
ap atri ada
a o A tda nam ge eguraiageas, da procurassem socorro em terra. Como a canoa não voltou, deram-na por
Ls
ae 4
tg e
etnrada
as.
foda q ima ceras erigir aut;
ne car a Ipeba aviso eteestrresama pena asa
quo dear orademo mesmo mas. 04
perdida c decidiram seguir com o navio. Tendo a viagem durado mui-
E!
mas song
Dr.
Ca Murtmo
e
to, passaram fome, pois tinham mantimentos para apenas vinte dias.
“Apesar de enfrentar várias alterações na infantaria, desejosa de ter em
terra, Navarro conseguiu acalmar scus homens. Quando a situação fi-
cou insustentável, permitiu que um bote com trinta soldados tentasse
chegar a terra; acabaram naufragando ce retornando, miraculosamente
salvos, à fragata. Dada a enorme confusão em que se achavam, conse-
guiram levar a nau até perto da costa c encalhá-la. Pouco depois, uma
jangada que passava lhes deu a notícia de que não estavam muito lon-
“ge do Rio Grande. Apesar disso, Navarro preferiu voltar à fragata e ten-
tar entrar na barra, onde por fim o navio sc despedaçou ao tocar uma
espanto acsamgo:. pedra. Já em terra c livres do perigo, muitos padeceram no entanto por
e A aEa nt o geram Mereço Sorrsotimas "
ps
Agraço, ereta
a e. eme

Primeira página do assento. E


. a > “da
DD mA Loiro Zago Natiatm das pazes cum os janduts de ! Carta de João de Lencastro parao governador de Pernambuco, 10/12/1698. DI, 38:455-
6; Carta de João de Lencastro para Morais Navarro, 21/1/1699. DH, 32:6-1t; e Olavo
reana cambio “pá ão gumo o 44,0 Fra
ao Dr tusigeãa ANS nes q.ema (a + 10 de março de 1692, Manus.
psi Am pre
Med o
erito do AHU, Lisboa. de Medeiros Filho. Aconteceu na capitania do Rio Grande. Natal, 1997, p. 122.
2
242 PAULISTAS X MAZOMBOS
PAULISTAS X MAZQMBOS 243
estarem doentes de bexigas. O capitão-mor, Bernardo Vicira de Melo, dependêncido
a capitão-mor do Rio Grande, Bernardo Vicira de Melos
& todos os moradores, nitidamente insatisfeitos com a chegada desta Como 0 paulista escolhera o Açu para seu arraial, o capitão-mor senti
tropa, se haviam metido nos matos para não dar socorro aos doentes, sua jurisdição ser maculada e, juntamente com os sesmeiros « morado.
abandonando-os à própria sorte. Navarro conta que cle mesmo teve de res, temia por scus interesses.“ “Todo o esforço para a construção de
um
erguer barracas para os doentes. “Tendo morrido mais de “sessenta e presídio no sertão estaria agora celipsado pela presença de um forte
co
tantos homens de seu terço” e, terminada a farinha, ele resolveu ir pes- tingente de forasteiros. Contudo, logo em agosto de 1699, um episódio
soalmente à Paraíba solicitar o socorro do capitão-mor, Manucl Soares envolvendo os paulistas e os tapuias paiacus missionados por um pad e
de Albergaria. No caminho, longe de 40 léguas, foi acometido de uma do Oratório de Pernambuco iria desencadear uma batalha jurídica cede
esquinência (amigdalite), “que lhe foi necessário ir se sangrando” (isto stástica que marcou a história do terço c a evolução dos acontecime
é, fazer sangrias). Fracassando em seu intento, acabou voltando sozi- da Guerra do Açu. nos
nho, “dormindo algumas noites por partes desertas”. Quando chegou,
teve informação de que os tapuias, animados com a notícia das desgra- -
O massacre no Jaguaribe, 1699
ças por que passava o terço dos paulistas, estavam todos levantados com
impulso de matar os moradores, os quais se haviam recolhido a uma No final de julho de 1699, o mestre-de-campo Manuel Álvares de
casa-fortc. Mesmo assim, Navarro marchou com o seu terço para a cam- Morais Navarro, acompanhado dos capitães “Teodósio da Rocha « Pedro
panha “a esperar a fúria e arrojo do tapuia”, fretando uma sumaca para Carrilho de Andrade, partiu de seu arraial no Açu com 130 infantes €
conduzir os incapazes de marchar por terra e levar as munições neces- cerca de 250 tapuias aliados da nação dos janduís, marchando em dire-
sárias. Marcharam cerca de 60 léguas e, não encontrando os tapuias, ção à ribeira do Jaguaribe. No dia 30, chegou às proximidades da aldeia
chegaram à ribeira do Açu, onde fizeram um arraial.? dos paiacus do principal Matias Peca, chamada também da Madre de
A tarefa do terço dos paulistas não tinha nada de específico, a não. + Deus e missionada desde 1697 pelo padre João da Costa, oratoriano da
ser policiar a capitania do Rio Grande c adjacentes, contendo os índios Congregação de Pernambuco. Esta expedição partira em busca dos
bravos c matando todos os que fossem “irredimíveis”. Era assim resu- - + caratiús (ou ariús), índios da nação dos tarairiús que habitavam mais
mida pelo governador-geral, em carta ao mestre-de-campo: “Advirto além no Ceará.” O padre João da Costa acabara de chegar de uma visita
vosmecê que se algum gentio estiver de paz c se rebelar, como costu- à outra aldeia de paiacus, do principal Jenipapoaçu, sita 25 léguas aci-
mam, faça pelas vias que lhe parecer toda a diligência possível para se - ma no Jaguaribe, onde havia, segundo uma sua informação, dado início
tornarem à antiga paz; e sc de todo o não quiserem, ou se conhecer o a uma igreja pequena na qual celebrou a primeira missa na festa de
façam por alguma velhacaria, lhe fará vosmecê guerra como lhe ordeno Nossa Senhora, donde Ihe ficou o título de Nossa Senhora da Escada.
no seu regimento”.* Nesse sentido, o Conselho Ultramarino conside- O paulista € suas tropas foram recebidos pelo missionário c pelos paiacus
rou novamente “justa” a guerra contra os bárbaros para que os paulistas Aquem solicitaram ajuda para a guerra justa que se faria contra os cara-
pudessem cativá-los c assim “ficar animados”.* Navarro tinha cotal in- tiús. Alguns dias depois, marcharam ao encontro dos índios de Jenipa-
Poaçu, que os esperavam para engrossar a tropa. Supondo o mesmo dos
tapuias, partiam cheios de segundas intenções.
2 Informação para Sua Majestade do sargento-mor, capitães, ajudantes, alferes e mais
Por volta das dez horas da manhã do dia 4 de agosto de 1699, o paulista
oficiais do terço de que é mestre-de-campo Manuel Álvares de Morais Navarro, atrai -
al do Açu, 3/7/1701. AHU, Rio Grande, caixa 1, 60. Certidão de Manucl Alvares de - sua gente chegaram ao acampamento desses paiacus, que, aparente-
Morais Navasto, Rio Grande, 20/11/1698. AHU, Rio Grande, caixa 3, 43. - mente, os receberam com grande festa e contentamento. Em frente
* Casta do governador-geral ao mestre-de-campo, 11/12/1698. DH, 38:459-61.
* Com o cuidado de que fossem cativados apenas os ditos bárbaros e que sc fizessem
arraiais de índios mansos, que funcionassem de anteparo aos atiques, porque “se : Carta de João de Lencastro para Morais de Navarro, 4/2/1699, DJ, 39:41-5.
pede melhor adiantar assim os progressos da guerra, com também a segurança dos. ; Cara de Lencastro ao capitão-mor do Rio Grande, 2/8/1699. DI, 39:67-9.
lugares em que assistem”. Consulta do Conselho Ultramarino, 24/10/1698. AHU, r Seguindo os passos de Iistêvio Pinto, Carlos Studare Filho se enganou em considerá-
cód. 252, fls. 228v-9; e carta régia ao governador-geral, 2/12/1698. AHU, cód. 246,11 E juntamente com os caratiús, como cariris. Os aborígenes do Ceará. Fortaleza, 1966,
82v. .
ECT

244 PAULISTAS X MAZOMROS PAULISTAS XY MAZOMBOS 245


caixa (o tambor), “Tamanho massacre seria apenas mais um das guerras dos bá
aos infantes, alinhados para a mostra € tocando-lhes a
os tapuias dançavam. O mestre-de-campo, acompanhado de alguns de no qual o ardil comandou a estratégia adotada do recontr Ê drbaros ,
seus tapuias, ficou ao lado do Jenipapoaçu observando os festejos. Um meros travados pelas tropas luso-brasilciras —, não fosse n ais dos a
clima de mútua desconfiança desagradava a ambos os lados e a ten- sódio que prefigurava o conflito entre a “nobreza” pernambu ao pr
são chegou ao seu maior ponto quando um grupo, liderado pelo irmão poder do governo-geral, no caso personificado no seu pre Oto, 65 e
&
do principal, se aproximou do mestre-de-campo. Repentinamente, tre-de-campo do terço subordinado à Bahia, Informados pelo o Cide
sem pestanejar, Navarro mandou parar à caixa c atirou com uma carabi- rio João du Costa dos horrores praticados pelos paulistas contra f dios
abrissem
na, matando o tapuia. Esta era a senha para que os soldados aliados e batizados, isto é, da injustiça da guerra nos termos do ndios
fogo contra os paiacus. Navarro, alguns dias mais tarde, contava cm uma 1611,0 capitão-mor do Rio Grande, Bernardo Vieira de Mclo $ a de
a
carta como havia preparado com cuidado a cilada: ao seu comando, dos, moradores c fazendeiros, assim como o próprio bispo de Pen ada
infantaria havia dado carga, “reservando 25 armas, fazendo frente para buco, moverão montanhas para punir e afastar os forasteiros das cerras
a parte onde tinha arrumado os nossos tapuias por me querer segurar, do sertão que, imaginavam, lhes pertenciam por direito. Embora esses
com vere-
se não valessem da ocasião”. Em outras palavras, temeroso, conflitos expressem, nas palavras de Maria Idalina da Cruz Pires “ q
mos, da traição dos seus próprios aliados janduís , dispuse ra que a fileira luta pela posse da terra e da mão-de-obra” (e esta era o opinião d Ba .
de infantes disparasse contra os paiacus, guarda ndo o fogo os 25 solda- rão de Studart), devem ser inteiramente compreendidos em sua di.
-de-ca mpo tinha perto
dos em frente do grupo de aliados que o mestre mensão política, no contexto mais amplo da “Fronda dos Mazomb o
ado. Mas, “como tivesse m
de si para se garantir de um ataque inesper tal como estudada por Evaldo Cabra] de Mello.” o o
ram com todo o valor c se-
mudado de intento, [estes janduís] avança
guiram aos que deram costas, matando quase a todos [os paiacus]”, en- Uma guerra injusta
mata-
tre eles Jenipapoaçu, que teve a cabeça quebrada. Os paiacus
€ “ferira m muitos com armas de
ram apenas dois homens do paulista Diante de tal sucesso, o padre João da Costa, em uma carta de 26 d
mortos às centena s. Para ser mais agosto de 1699, conta que logo começou à reunir os índios sobreviven.
fogo e setas”, ao passo que foram
si, mor-
exato, segundo vários testemunhos, que discordam pouco entre tes, que reclamavam da traição praticada pelos paulistas, mostrando “um
reram cerca de 400 nesta emboscada e outros 300 foram aprisio nados. maço de cartas de paz que o mesmo mestre-de-campo lhes deu e antes
os cômput o dos seus mortos, dele o capitão-mor do Ceará”. Persuadindo-os de que ele particular-
Navarro parccia mais modesto: “Fizem
em
achamos passarem de 250, fora os muitos de que tivemos notícia mente não tinha culpa nenhuma, conseguiu à promessa de que volta-
o o testem unho de um feri-
Jaguaribe foram morrer ao longe”. Segund riam para a aldeia se ele libertassc alguns dos cativos. Alugou, então
do, estavam quase todos mortos, « “como tivessem à bagagem [mulhe- : três cavalos e, com dois acompanhantes, foi ao Açu em viagem de nove
car-
res e crianças que acompanhavam as tropas indígenas) metida no dias. Ao encontrar o mestre-de-campo, arrazoou pedindo-lhe que liber-
que à caatinga ], esta teve - tasse alguns dos paiacus, mas Navarro foi irredutível e seus oficiais che-
rasco [espécie de mata pequena c mais áspera
s a
tempo de se pôr em fuga durante à peleja, que quando acudimo gararam a
mesmo a dio
ameaç:ar o missionário.
issionári Segundo o testemunho deste,
cla era tarde, c das que se apanharam coube a parte da infantar ia 230 iam] dificuldades cm tirar-me a vida os que tão inconscien-
[janduís )”. No;
e tantas cabeças, fora as com que sc ficaram os tapuias - temente a tiraram à tantos, mas eu tenho assentado de não desistir da
entanto, tão logo o padre João da Costa foi ter com ele no arraial do “empresa e de conseguir a liberdade dos inocentes, ainda que me custe
-
Açu, vinte dias mais tarde, disse que os poucos que escaparam haviam
passante de -
contado os mortos “nomeando pessoa por pessoa serem
ser gran-
quatrocentos mortos, fora os que esqueceram pelo número “? O barão de Studare dizia sobre os acontecimentos posteriores ao massacre no Jaguaribe
e

- em 1699: “no fundo estavam o ciúme do mando c o interesse pecuniário em jo r


de”
Vejua “introdução” dos “Documentos relativos ao mestre-de-campo Morais Navarro”.
RIHGO, J0:359, 1916. Veja ainda, Maria Idalina da Cruz Pires, Guerra dos Bárbaros:
caixa”:
* Carta do mestre-de «campo ao governador-geral, 25/8/1699, AHU, Rio Grande, resistência indígena e conflitos no Nordeste colonial. Recife, 1990, p. 102; e Evaldo Cabr:
1, 47. Há uma cópia desta carta no LEB, códice 4 À 25. de Mello. 4 fronda dos mazombos. São Paulo, 1996. , P co ADm
246 PAULISTAS x MAZOMBOS PAULISTAS X MAZOMBOS 247

a vida”.!º Navarro, cm uma carta ao rei de maio de 1700, contava uma conversa ele lhe “significou os intentos danados do
mestre-de-campo
história diferente (e um canto esdrúxula): João da Costa, homem que mas por termos tão escusos” que não pode percebê-los,
cuidava mais do “seu particular e da conveniência de alguns parentes”,
fora até o Açu porque ambicionava conseguir alguns cativos para um “E como ele se não podia explicar para que lhe não
levantassem
sobrinho seu. Diante da negativa do mestre-de-campo, tendo cm vista algum testemunho que o desacreditasse ou o obrigassem
a fazer al-
que a presa era da infantaria c não sua, ele “se enfureceu” e deu, jun- guma ação da qual depois lhe redundassem algum dano,
deu em
tamente com seus aliados, “sinistras c falsas informações” ao bispo de outra traça [ardil) para ver se podia atalhar as injustas mortes
€ cati-
Pernambuco." veiros que se intentavam, e me pediu fosse falar com o mestre
-de-
Com efeito, em razão desse seu fracasso, o missionário do Oratório campo e lhe pedisse se concordasse com o capitão-mor do
Ceará para
de Pernambuco resolveu apelar ao seus superiores « ao bispo, pedindo que este ajudasse ao mestre-de-campo no que pudesse c
se desse
providências no âmbito da Junta das Missões. À versão do missionário nos tapuias que o merccessem e se conservassem os mais que esti-
acusava Morais Navarro de vilania, impicdade c, acima de tudo, bruta- vessem de paz. O que tudo entendi se dirigia a que o capitão-mor
lidade descompensada, capaz de pôr em risco a missão cvangelizadora impedisse as mortes dos meus tapuias. Obedeci, fiz a diligência,
mas
das ordens religiosas no sertão, bem como a segurança dos moradores, mal sortiu o efeito em nada, porque o mestre-de-campo me respon
-
que cra, afinal, sua principal tarefa. João da Costa missionava já há al- deu que de nenhum modo se podia contar com o capitão-mor por ter
guns anos na aldeia da Madre de Deus. Como dizíamos acima, quando esse dito queixas contra cle”.!
voltava de uma aldeia nova de paiacus, no dia 30 de julho de 1699,
encontrou o mestre-de-campo do terço dos paulistas c sua gente “com - Conformado e ignorante das verdadeiras intenções do paulista, João
ânimo, ao que mc disseram, de matar os tapuias de minha aldeia e cati- da Costa até providenciou gado para saciar a fome de seu exército
varem-lhes os filhos”. Segundo seu testemunho, em uma conversa que -: como vimos no capítulo anterior). Ainda segundo este relato,
o paulista
teve com o mestre-de-campo, este se mostrou “muito escrupuloso (para a io i com sua tropa a 1 léguas acima da aldeia velha e 15 léguas abaixo
me enganar melhor)” acerca da guerra que vinha fazer. João da Costa. - “ida nova, e, mandando chamar alguns tapuias
:
desta (que ele, missio-
lhe explicou que a guerra que pretendia fazer aos da nação paiacu era ário, havia levado consigo “para aprenderem os caminhos”), pediu
injusta, “por cessarem neste gentio as razões que fazem a guerra líci Que ajuntassem todos os paiacus de ambas as aldeias, com seus filhos
ta”. Ao que ele lhe respondeu “que estivesse de todo sossegado”, por-. mulheres:
que aos paiacus “não havia de fazer mal algum, por ser expresso contra
o seu regimento e que aquela tropa ia dar guerra a outra nação a que, “Obedecendo os tapuias a este engano, vieram todos os que esta-
chamam caratiús, e chamando o principal da aldeia lhe fez uma prática : ivam ali mais perto, uns trabalhando nas fazendas, e outros em casas
assegurando-lhe muitas vezes que não vinha dar guerra aos da sua na e seus compadres, trazendo os meninos e mulheres, e no outro
dia
ção”. Quando o mestre-de-campo sc afastou, o capitão Teodósio da elas nove do dia chegaram os tapuias da aldeia de cima, cujo princi-
Rocha, “homem de boa consciência e grande entendimento”, demo; al era Jenipapoaçu, e juntos todos os deixam a receber os tapuias
rou-se para proscar com o missionário.!? Segundo João da Costa, nestã lo mestre-de-campo com uma dança; eles também vieram dançan-
do, uns com armas, outros sem elas”.

1º Carta do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699. AHU, Pernambuco, caixã.
“Quando vieram beijar a mão do mestre-de-campo, esse deu um
14. si-
"Carta de Manucl Álvares de Morais Navarro ao rei 6/5/1700. AHU, Rio Grande, caixã 4 disparando no que tinha diante de si “um bacamarte e atrás dele
1,51. oa pararam todos os mais soldados que me mataram mais de 400 ta-
2 Este capitão, apesar de integrar o terço dos paulistas, era natural de Pernambuco as .; outros fugiram, muitos ficaram feridos c foram feitos
morador do Rio Grande, « havia governado o presídio de Nossa Senhora dos Praze: 260 cati-
res, fundado por Bernardo Vieira de Melo, na ribeira do Açu. Papel de Bernardo
Vieira de Melo, e. abril de 1697, AHU, Rio Grande, caixa 1, 42; e carta do feia Bernardo do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699, AHU, Pernambuco,
caixa
Vicira de Melo, 15/1/1698. AHU, cod. 246, fl. 60v.
248 PAULISTAS X MAZOMBOS PAULISTAS X MAZOMBOS 249
vos entre as mulheres e crianças. Segundo João da Costa, a idéia de tal ribeira do Açu assinavam uma certidão, com dezesseis capítulos
investida dos paulistas — “este diabóli co consel ho

— fora dada por confirmava a justiça da guerra movida contra os paiacus ? Am ei ada
um missionário paulista, o padre João Leite de Aguiar. Este missioná- em 31 assinaturas, uma outra certidão sustentava ainda a história lo
rio do Hábito de São Pedro era velho conhecido de Navarro, pois fora paulist a e atestava que estes púíacus não mereciam nenhuma conf ne
apelão de Matias Cardoso. Depois da dissolução do terço em 1695, ça, pois eram “os que se aliavam com os flamengos”.!8 dom
assistiu cm aldeias no Ceará, onde foi acusado de “abraçar algumas con- A re: ção não demorou muito. No dia 23 de setembro do mesmo:
veniências mais temporais”, isto É, um curral de gado." Com
bnios se. tendo ouvido as queixas de João da Costa, o bispo de Pernambuco oi
paratistas, em 1696, havia proposto do Conselho Ultramarino a criação Francisco de Lima, expediu uma pastoral declaratória que exco mu a
de uma câmara no povoado pegado à fortaleza do Ceará, justamente va o mestre-de-campo e todos os que insistissem em manter cativos N
sara atalhar os abusos c o desgoverno em que se achava a capitani
pitania, capuias de sua missão.” Os paiacus de Jaguaribe, segundo o missioi a
entregue às vontades dos capitãcs-mores.!* O “plano” de Navarro, se- ro, receberam a notícia com grande júbilo, a ponto de que «quando
gundo o oratoriago, era primeiro matar os paiacus para depois conse- chegam à porta da igreja onde está pregada a carta de excomunhão d :
guir a assinatur a de todos os moradores de Jaguaribe em “uma certidão mandou o reverendo bispo, a beijam como relíquia sagrada” Além dis.
de guerra contra eles, para dar satisfação a Sua Majestade”. Contudo, so, levavam as cartas de paz, passadas pelos capitães-mores endura.
não lhe parecia que “os moradores tenham assinado ao mestre-de-cam- das no pescoço como talismãs. Já os paulistas c o governo da Bahia,
po a certidão”, porque lhe conheciam “o intento que é tomar-lhes as obviamente, receberam a notícia com grande apreensão. Os capitães
terras € esta só é a verdade que hão de levar as certidões”.!º No que em: Bento Nunesne de +. Siqueira
Q : - « " . ' de
e Pedro Carrilho, que foram à Bahia como
procuradores do mestre-de-campo, fizeram registrar no arcebispado vá-
parte sc enganava, pois, no dia 24 de outubro, dezenove moradores da
rios papéis em defesa dos paulistas, entre os quais recursos à pastoral
4 Ai » -
do bispo.”
t 2
Para
Dor
o prepósito da Congregação do Oratório de Pernambuco
“ a

Pe. João Leite de Aguiar, clérigo do hábito de S. Pedro, n atural da vila de São Paulo,
Tomás Consolino, o mestre-de-campo poderia inventar diversas razões
foi nomeado em 1689, pelo bispo da Rio de Janeiro, capelão-mor do terço de paulistas >
ir
e" “para sc desculpare desseCCI
horrendo crime,e
todas elas encaminhadas a
de Matias Cardoso que mandara levantar o arcebispo d a Bahia, quando governador, E SE tulpar os tapuias c seu missionário, mas bem consideradas são todas ou
léguas, por qu
Aguiar diz ter andado “pelo vastíssimo sertão do Brasil” mais de 900 é falsas ou frívolas e incapazes para corarem sua maldade neste caso, o
tro anos a sua “custa” “até que os paulistas se retiraram porque lhes faltou o necessário ar”.2 De f. :
, qu a todos deu quejue
“ésqual sentirsenti e chorar”.? De fato, ainda segundo João da
principalmente pólvora e bala, marcharam os paulistas para outras várias conquistas cg
de onde
uns para o Maranhão, outros para os Palmares e eu para Pernambuco,
reverendo bispo d. Matias de Figueira « Melo, me mandou que voltasse para a capi
EHP“ Certi
Ji Certidão
di dos moradores
! prece i de 16 capítulos, 24/10/1699. In: Barão de Seudart
“8 precedida
entê
tania do Rio Grande a redução de uns tapuias chamados jaguaribes”, provavelm E : ao o Ocumentos relativos do mestre-de-campo Morais Navarro”. RHIGE,
31:186-
anos, teve bom sucesso os reduzindo e aldeando;
paiacus. Conta que, depois de dois
a cinco léguas da fortaleza do Ceará. Diz ainda que esteve co!
nas tapuias janduís n9 Certidão dos moradores da ribeir: : i
tempo do governador Caetano de Méelo « Castro (1693-99) ,
não
e que nada consegui
queriam missão porss
7 = | mandam
mandar com pena
, de cecomanhdo
xcom RO aoarde
maior coex de facto
neo eia 50
mestre-de-campo
porque eram “rebeldes c absolutos ” e responde ram “que dos paulistas Manucl Alvares de Morais Navarro e aos capitães, cabos ou pessoas em
que os sacerdotes traziam consigo caruguaras, que no idioma brasílico que dizet É jo oder estiverem os índios ou índias e seus filhos pertencentes à missão do padre
doenças, ou mal contagioso. .. ” (em tupi, 4a'ruara — corriment o — quer dizer “ri ão da Costa, assim da aldeia velha como da aldeia nova do diserito do Jaguaribe
do Pe. João Lei os
ou enfermidade causada por feitiço; quebranto, mau-olhado"). Carta EEE sAsQuais estavam aldeados sobre a proteção
proteç; do ditoito missionário
missionári ”. Pastoral de frei Fran-
5/5/1696. AHU, Ceará, caixa 1, 46. Em 1694, João Leite de / 4gisco de Lima,a, bispo de Pernambuco, » 23/9/169
de Aguiar ao rei, 25 9. In: Barão de Studart (ed.) “Doc
fortaleza do Ceat
assistia do capuias jaguaribaras, aldeados sete léguas ao sul da RIHGC. SENTO 19
os tapuias não a sabliih E Cu ad relativos so mestre-de-campo Morais Navarro”.
padre Aguiar havia sido enviado por saber a língua geral, mas as E padre João da Costa, fibcira do Açu, 6/11/1699. AHU, Pernambuco, caixa 14
Havia reclamação de Feini 1 e Bento Nunes de Siqueira ao vigário do Ceará, 19/10/1699, In: Barão de
“sendo melhor fazê-lo (ensiná-los) pela portuguesa”.
Carrilho contra este padre que parecia ter desleixado de suas obrigações para tab 7 Pp
“studa: “ Documentos
. - : relativos
telati
ao mestre-de-campo Morais Navarro”. ” RIHIGC:
curral de gado. Consúltã/
ar algumas conveniências mais temporais”, isto é, um ão + 1917. “88€ dossiê teubou na coleção particular do barão de Studart «que o
Conselho Ultramarino, 22/8/1696. AHU, cód. 265, fls. 110-1. Gin o e publicou nas páginas da R///GC, 31:161-223
265, fls. 1-2.
1” Consulta do Conselho Ultcamarino, 4/9/1696. AHU, cód. e Tomás Consolino, prepósito da Congregação do Oratório de Pernambuco,
AHU, Pernambuco, caixa: ÉOrei 29/6/1700. AHU, Pernambuco, caixa 14,
“Carta do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699.
4

250 PAULISTAS X MAZOMBOS rauListas x maZONHOS 25]


Costa, a possível alegação que o mestre-de-campo poderia fazer, de que queles sertões, estando, muito provavelmente, presentes na fundação
os tapuias lhe preparavam uma armadilha, só poderia ser falsa “porque
daquela aldeia dos oratorianos.**
não haveriam de ter na aldeias mulheres c meninos”? Para evitar a Na longa carta que escreveu ao governador-geral, vinte dias passa-
reação dos inimigos, uma verdadeira conspiração convenceu o bispo que
dos do massacre, o mestre-de-campo explicava que tinhi! conhecimen-
to das cavilações de Bernardo Vieira de Melo desde qué partira do scu
o melhor cra fazer uma devassa que informaria o rei e o Conselho Ul-
tramarino de modo à garantir a consecução do intento que agora perse- arraial. Segundo Navarro, os janduís que iam com ele haviam sido ardi-
guiam: a dissolução do terço.” josamente mal informados por dois aliados de scu adycfsáfio, os capi-
Segundo Pedro Lelou, que havia sido capitão-mor do Ceará por dez gães Antônio da Rocha c Baltasar Gonçalves Ferreira, que 08 “fizeram
mescs (1694) c era agora sargento-mor de Pernambuco, o cabeça do
acreditar que eu [o mestre-de-campo]| os levava debaixo “e engano para
conluio cra Bernardo Vicira de Melo. Este, assim que soube do mas-
os mandar matar” para poder ficar com a sua “bagagem”: Conversando
sacre, teria espalhado por todas as partes avisos e cartas, acusando a
com os capitães dos janduís, Navarro os convenceu de su! lealdade e os
“eruel tirania e traição que tinha feito o paulista”. Havia, igualmente, desarmou de praticarem qualquer traição. Resolvida css! indisposição,
obrigado alguns moradores de sua facção e os oficiais da câmara “a con- ao chegar no Jaguaribe, fingiu nada saber das intenções dos paiacus de
firmar sua malícia”. Por meio da intervenção de “um dos homens mais Jenipapoaçu e os enredou na armadilha do dia 4 de agostº”
notáveis da terrii”, Francisco Berenguer de Andrade, que ecra seu tio e
O conflito deflagrado com o massacre dos paiacus no JaBu aribe, en-
cunhado de João Fernandes Vieira, o capitão-mor representou junto “ao tre paulistas c oratorianos, apoiados pelos “filhos da terra” CrUZAva com
senhor bispo de tal mancira que [ele] foi causa de tirar devassa do caso os sucessos relativos ao conflito interno do Oratório dé Pernambuco,
ou mandar tirar, como fez por um clérigo, « excomungar o paulista”. A “espécie de pré-guerra dos mascates por néris interpos!ºS” das pala-
versão de Lelou e do partido dos paulistas era de que o capitão-mor do vras de Evaldo Cabral de Mello.* De fato, nessa ocasiio» O sargento-
Rio Grande, junto com alguns seus comparsas, sabendo que o mestre- mor procurava mostrar o esdrúxulo da posição de d. Frantisco de Lima,
de-campo, pessoa da consideração do governo-geral, desejava substi- que confiava na representação de Francisco Berenguer de Andrade, um
tuí-lo, “induziu o gentio bárbaro janduí para que se unisse com à nação dos mais exaltados artífices da guerra clerical que sacudis Olinda e Re-
paiacu [e] se fossem oferecer ao paulista para irem com ele dar guerra cife naqueles exatos dias. Segundo Lelou, Berenguer tçfia sido quem
aos ariús”. Bernardo Vieira de Melo teria dito aos janduís que “apa- fomentara “frei Benedito a fazer o excesso que fez junto COM um letra-
nhando os paulistas em campanha os degolassem, afirmando-lhes que
se não faziam assim [. . Jo paulista os havia de matar e cativar a todos e B » Papéis de Bernardo Vicira de Melo apresentados em 1728, AHU. pio Grande, caixa
e dominação no prestl escravista. O
1,66; veja também Maria do Céu Medeiros. Igreja
senhorcar suas terras”. Com efeito, os Viciras de Melo tinham desde caso dos oratorianos de Pernambuco, 1659-1830. João Pessoa, 1993, p, pe FA, Pereira
o princípio um bom relacionamento com os néris. Em 1671, 0 paide da Costa. Anais Pernambucanos, Recife, 4:58-60, 1952.
Bernardo Vicira havia recebido terras no Ararobá. Juntamente com seu ? “Tanto que chegamos a Jaguaribe, soube logo o inimigo ser limitado O meu poder,
irmão Antônio, Bernardo Vieira lutou contra os xucurus (tarairiús) na: “ animando-se como saberem ter me faltado o socorro que pedi ão qará, que o man-
daram saber, pôs-se à minha espera. É como estes bárbaros não [HM dano senão
Pernambuco, caixa 14. debaixo de traição para melhor lhes facilitar, mandei dizer-lhes as P buscar debaixo
= Carta do padre João da Costa, ribeira do Açu, 26/8/1699. AHU,
“de toda a amizade e juntamente pedir-lhes socorro para dar nas outf* nações por ser
2 Osoficiais da Fazenda que estavam no arraial do Açu para fazero pagamento do terço :. -
limitado o meu poder. / Com este aviso se animaram muito, seguf!º depois [nos]
confirmavam que a guerra cra justa e que “todos os que querem contradizer essa — .
contaram os prisioneiros, para melhor executarem seu mau intento veio logo o prin-
verdade” estavam, na verdade, “buscando todos os meios para que o terço de deses- -
cipal buscar-me oferecendo-me teda a sua gente para me acompanh & como O cor
perado se recolha”, Certidão de Manuel da Silva "Teixeira, provedor da Fazenda Real, -* teio me dissesse as achara sem a sua família, lhes disse a mandasse
Manuel Fernandes de Melo, almoxarife, e Manuel Gonçalves Branco, escrivão da
ns fecolher, que de
-" Outra sorte cra darmos motivo de desconfiança, assim o prometeu, c PIE certeza de
Fazenda Real, 22/10/1699. In: Barão de Studart (cd.). “Documentos relativos ao mes-. : que os tinha recolhido marchci de madrugada. .. etc. etc”. Carta do Mestre-de-cam-
tre-de-campo Morais Navarro”. RIHIGO, 34:185-6, 1917. o
* Poao governador-peral, 25/8/1699. AHU, Rio Grande, caixa |, 47.
2 Evaldo Cabral de Mello. À fronda dos mazombos. São Paulo, 1996, p. 116-7; carta de.
:; Os membros da Congregação do Oratório eram também chamados df néris (em razão
Pedro Lelou a d. João de Lencastro, 17/12/1699, AHU, Rio Grande, caixa |, 47. Sobre
“doscu fundador, São Filipe Néri), ou de lóios, recoletos ou manigrepe* Evaldo Cabral
francisco Berenguer de Andrade, veja também E A. Pereira da Costa. Anais Permatt-
- de Mello. À fronda dos mazombos. São Paulo, 1996, p. 96-72.
bucanos, Recife, 4:341-3, 1952.
mm

PAULISTAS X MAZOMBOS PAULISTAS X MAZOMBOS 253


252
sentido, o sargento-mor do dos néris de Santo Amaro, que haviam sido expulsos, p.
do Davi de Albuquerque [Saraiva]? Nesse
milho ao bode, ajudan-
prevenia o bispo de que, com sua atitude, dava a ordem de sua readmissão, fora indicado justamente u: ro di Bo
do aos que faziam de tudo para desmoralizá-lo.
nedito de São Bernardo, da ordem de São Bento. É aqui e o o aa
tiva de padre João
A Congregação do Oratório, originada da inicia córias se cruzam. Este beneditino acabou se deparando so mi ds
Duarte do Sacramento em 1662, era no final do século a comunidade com a simpatia que o bispo de Pernambuco, frei Eranci ; od io
ima.
objetivo principal sem-
colesiástica mais numerosa da Pernambuco. Seu
tinha pelos néris da Madre de Deus. À sua revelia, no di: 0 Je sc
pre fora a atividade missionária, e João da Costa fazia parte de uma lon. bro de 1699, frei Bencdito foi à Madre de Deus cobrar a cadmnião
dos ao sertão para converter dos expulsos e foi recebido de forma hostil. Após algumas si Dos
ga tradição de dedicados catequistas envia
heresi a dos holandeses. Junta. frei Benedito excomungou os néris e, em resposta, o bis do ai bos co
o gentio, que se temia inseminado pela
casa pern ambu cana foi reco- comungando o beneditino. Segundo Cabral de Mello “as excom ant Ses
mente com a Congregação de Portugal, a
adas as regras -
nhecida pela Santa Sé em 1671, quando lhe foram outorg
tocadas entre o bispo e o frade paralisaram a vida religiosa da ca Sit
os. Os orator ianos maná-
de Valicella, a principal casa dos néris italian nia, agredindo um cotidiano dominado pelo sagrado, às vés ) ra di Do
udo, ao repous o |.
nham um hospício em Santo Amaro que servia, sobret |
rodo de festas religiosas de fim de ano”. Dessa forma, o conflic ele
Desde 1672, quando o padre Sacramento resolveu nerou pela gente da capitania e pelos religiosos de outras ordens que
dos missionários.
intervenção do pa- -
sêg

ora tomavam o partido do bispo, ora do beneditino. Entre os mais exal


adotar as novas regras de Lisboa, conseguidas pela
o entendi." tados no lado deste último estavam os capuchinhos c os terésios
dre Bartolomeu de Quental, seu mentor, às disputas sobre SU, que 3

mento da sua adoção dividiam os congregados. Coma mostrou Evaldo + juntamente com o advogado dos dissidentes, Davi de Albuquerque Sa-
desse assunto, quan-. ava espalhavam o motim em discursos c comícios na cidade.
Cabral de Mello, de quem nos servimos para tratar
eram transferir-se parao - s
omo mostrava Eelou, + por por trás
trás do rábula
ábula e e dede frei Benedito, e talvez
frei Benedito,
do padre Sacramento € outros religiosos resolv
Recife, a discórdia ganhou dimensão secular. Resum indo o argumento, - de toda a exaltação mazomba, estava o tio de Bernardo Vicira,a, Erancis
Francis-
a instalação
a no Recife visava intensificar a pastoral em área de grande co Berenguer, descrito como um “mau homem e diabólico em fazer
io em...
densidade demográfica, assegurando “o crescimento do Oratór manifestos falsos, sem temor de Deus, homem que traz 62 demandas
o”. Não obstante, o. empatando a todas sem pagar nem restituir d'alheio, um verdadeiro
Pernambuco mediante sua inserção no meio urban inte-
de Santo Amaro e mais : perturbador da república, semcando nela mil cizânias”.*! Exatos sete
núclco primitivo, ligado ao recolhimento hu, . 4 “ mu

a esta estrat égia identif icada: dias antes do início destes tumultos, o bispo não havia excomungado o
ressado na missionação, opunha resistência
que 0 novo conve nto da Ma: mestre-de-c
Mei (s
ampo do terço dos o paulistas, a pedidos do partido
com os mascates recifenses. Não era à toa
“FC, h : ,
que, ' ago-
doado por Antôn io Fernan des ais ta, buscava desmoraliz á-lo? Via-se então uma aliança circunstanc ial, na
dre de Deus fora construído em terreno q val tantoo osos “fi“filhos daa terra”
Com a morte do padre Sacra mento (1686) , que seria em bre: terra” como
€ os 3 “filhos do reino”
i uniam forças
dc Matos.
sado como novo bispo de Perna mbuco , o padre Luís Ribeiro
ve empos às.
tos relativos
ascendeu à prepositura. A partir daí, uma série de confli situação
EOBD Evaldo
Ev; abral de de Mello.
Cabral Me À fronda dos mazombos. São Paulo, 1996, p. 96-117. Segundo
crou em uma
regras e à política interna da congregação degen qa Davi de Albuquerque Saraiva cra “natural da Covilhã, descendente
que se alinhavam de acordo : seguiam oss exacrandos
que seguiam
eles juc mercê dede de]Deus tirar
cranc s ritoss da lei i velha, , que forara mercê
de confronto aberto entre dois partidos, se is da praça pára N sossego de seus povos”, Sobre esses conflitos, veja a cole
à
c os “filhos do reino
com a disputa que dividia os “filhos da terra” têtânea impressa para uso da Mesas de Consciênci
sons cia « Ordens: “Sumário
o do que pode aprendet 3 i das € Érsi s
Sem querer entediar o leitor com um resum bos;
-movidas
Vicas em em a Congregação
A d o Oratório
, ri de Pernambuco,
a impô
, “às às quaisquaisi sese iu Dôem último
impócm últim:
| da dos Mazom
| com minúcia no exato texto do historiador da “Fron Gesto, sim pelos ; decretos tos d da Sagrada
; Congregação de PropagandaA E ide como clo lo
a por separar 684
o que nos interessa é entender que o conflito acabar tuo Silên Oto pero do De Papa Clemente XI, com total extinção de todas e perpe
ificando, depois
oratorianos das missões e os da Madre de Deus. Simpl
I cio, - BNP ms.s. portugueses,
cses, cód.
có 28, fls. 361-8. Para a históri s
bater no papa e depois! brSato oratorianos de Pernamb A uco, vejaj também
ue im o oilivro de Mari;
Maria a do do Céué3 Céu Medeiros
i - faro
Medeiros. Zg; fere 7
de várias brigas e defecções, a querela foi dominação no Brasil escravista. O caso dos oratorianas de P,
avelmente pelo part. À João
Relação eclesiástica de Lisboa, que julgou favor Pessoa, 1993;3ck é Ébion dec Lim: Lima dl congregação. do Oratório. ernambuco, 1659-1830. 1980
no Brasil. Perópolis, João
É ** Carta La de Pedro Lelou : ão d e
o Lelou a d. João de Lencastro, 17/12/1699. AHU, Rio Grande, caixa
!
* Carta de Pedro Lelou a d. João de Lencastro, 17/12/16
99. AHU, Rio Grande, caixa 358
Hi
PAULISTAS X MAZOMBOS 255
254 PAULISTAS X MAZOMBOS
de missio- listas, pernambucanos, baianos ou “filhos do reino”. C “ri
para escangalhar os paulistas. João da Costa — que, apesar Capistrano de Abreu, vivia-se um momento de construção d cid
nada simpático tida.
nário interessado nos negócios do sertão, não parecia des locais, inspiradoras do nativismo que alimentou diversas
prestígio no
aos dissidentes de Santo Amaro — contava com grande revol as
no século que se iniciava. Não é muito improvável imaginar qu o de
em meio à tama-
establishment cclestástico pernambucano, à ponto de, volta a casa, onde as mulheres
apreciada blasonavam a covardia de seus
nhos dissensos, conseguir espaço para que stta queixa fosse diante dos estrangeiros, os rancores destes sertanejos «sãopaulista mo
mari | s
reuniã o aliás boicot ada pelos religio sos con-
pela Junta das Missões, em cheios de experiências conflituosas com os pernambucanos, cenha
o.”
trários ao bispo, que, afinal, O tinham por excomungad
possíve is conexõ es que revelam o ca- insuflado 0 nativismo de seus compatriotas que, como alguns deles
Podemos aqui aventar outras haviam se metido no novo negócio da colônia. Valorizando as cais e ;
com o massac re do Jaguaribe,
ráter político dos conflitos deflagrados nexões entre as diversas regiões da América portuguesa no final do é
da enviad a ao rei pela câmara
%ara Odilon Nogueira de Matos, a deman culo, podemos imaginar que se assistia no Rio Grande, não apenas à
o prenún cio da grande rivali-
de São Paulo, em 7 de abril de 1700, era mais um capítulo da “Fronda dos Mazombos”, tão minuciosamente es.
região mineir a « que desem-
dade que oporia paulistas € emboabas na tudada por Evaldo Cabral de Mello, mas também ao primeiro e visódio
os paulistas pediam
bocaria nos embates de 1708-1709. Nesta carta, da chamada “guerra dos emboabas” — em que, inversamente os es.
sido
exclusividade na doação das datas de terras nas minas, pois haviam trangeiros seriam os paulistas e os peticionários, os pernambucanos.
à custa das suas
“os descobridores e conquistadores das ditas minas,
a Real”.* Qua-
vidas e gasto da sua Fazenda, sem dispêndio da Fazend A devassa de João de Matos Serra
, no Rio Grande, os
sc simultancamente (mas invertendo os papéis)
emboabas cr. am os paulistas. Como se sabe, havia diversas linhas de -
colonos , fossem eles pau- |." Voltemos ao imbróglio no Rio Grande. João da Costa e seus prová-
clivagem, naqueles tempos, entre grupos de “|. veisaliados mazombos haviam conseguido comprometero bispo na alta
nos do Reci-
ts indagação do aso, de modo que o prelado resolveu fazer uma devassa
francisca
2 Segundo Evaldo Cabral de Mello, “os guardiães dos conventos . papa circunstanciar as suas decisões e as da
todos, negando-se mesmo, com 6 , + Junta das Missões. O vigário
fe « Olinda mostravam «se os mais exaltados de - do Ceará, João de Matos Serra, acompanhado
prior de Santa Teresa, 4 comparecer a uma reuniã
3 da Junta das Missões, marcada de um escrivão, partiu
com a explicação de esta- com à missão de anotar os testemunhos que confirmassem a versão de
para discutir a liberdade dos índios do Jaguaribe (Ceará),
proibid os de falar com o bispo € com os oratorianos”. Passados João da Costa. E oram inguiridos, segundo os autos, vários moradores
tem canonicamente
João da Costa seria tido porum dos mentores -
dez anos, feito propósito da Congrepa ção, “da ribeira do Jaguaribe, do Açu c da cidade do Natal, entre os dias 30
s em 18 junho de 1711, que culmina ra no atentadoa Bernardo
do levante dos mascate de outubro e 30 de novembro de 1699. Com efeito, todos os testemu-
inimigo figadal do partido- -
Vicira de Melo e sua prisão. O oratoriano se fazia, então, nhos colhidos confirmavam, na letra, a versão do missionário. Repetin-
Cabral de Melto, “o papel de.
dos mazombos. Com € feito, nas palavras de Evaldo
sempenhado pelos oratorianos ultrapassou
de muito 0 de meros coadjuvantes do . do-se de forma maçante, com pequenas variações nos parágrafos, os autos
movimento recifense, tornan do-se seu verdad eiro cérebro” . À câmara de Olinda te: da devassa revelam uma operação calculada para fornecer elementos
nha como certo o conluio entre João da Costa, “o congrepado-mor dos levantados”, que incriminassem o mestre-de-campo e convencessem o Conselho UL-
o capitão-mor da Paraíba, João da Maia da Gama, que reunia mais de três mil homens :
. Evaldo Cabral de Mello.
tramarino do desregramento das atividades de seu terço.” Encaminha-
incluídos muitos tapuias, para o socorro dos mascates d
Veja a carta da câmara
fronda dos meazombos, São Paulo, 1996, p. 115, 343 e 367.
capitão -mor da Paraíba, em que o acusam da cavilaçã o revelada pela prisã
Olinda ao 4 .
a por exemplo, parte do depoimento que Cristóvão Soares de Carvalho, capitão
das cartas para os capitãe s-mores das freguesi as c para João da:
de um negro, correio de uma companhia de ordenança da ribeira do Jaguaribe, solteiro, 45 anos, contou n
Memórias históricas da provínas
Costa, 26/6/1711, In: José Bernardo Fernandes Gama. : ecja da madre de Deus da missão de Jaguaribe: “Aos trinta dias do mês de julho
de Pernambuco. Recife, 1847, tomo IV, p. 77-85.
Buarque de Holanda Ng A dia o mestre campo do terço dos paulistas, Manuel Alves de Morais
de Mattos. “A guerra dos emboab as”. In: Sérgio
M
Odilon Nogucira Jango e rande parte a nene do seu terço muitos tapuias do Açu da nação
1, p. 297, 1968. A melhet
=

(org). História geral da ervilização brasileira. São Paulo, vol. Golden Agt Do chope SE a leia a Madre de Deus donde foi recebido assim pelo padre
cm seu livro The
crônica dos acontecimentos é a de Charles Ralph Boxer, nário como pelos taputas com muita cortesia € urbanidade tratando-se os tapuias
1695-17 50 (1962). Lisbou, 1995 (capínuto
Brasil. Growing Pians of a Colonial Society, due des panhavam odito mestre-de-cumpo com amor e amizade, [.. Jc já indo o
and Emboab as”), p. 61-83. Veja também o clássico estudo de J. Sou
NO. “Paulistas c-campo por essa ribeira acima publicando ia a fazer guerra no gentio cha-
o nativista . São Paulo, 1929.
de Mello. Emboabas, chronica de uma revoluçã
2560 PAULISTAS X MAZOMBOS
PAULISTAS X MAZOMBOS 257
da esta papelada no final de junho de 1700 para Lisboa, o bispo pedia vez que os testemunhos registrados,
sem exceção,
que os conselheiros julgassem o acerto de suas atitudes em face de “uma tir a versão do missionário. De acordo com Navarro
limitaram-se
ação tão ímpia e tão contrária às leis”. Como o leitor pode concordar, a sob constante ameaça de reprimendas €
ad vas aIn Fa feita
por testemunha de “hoj no
acusação de parcialidade dessa devassa não é de toda extravagante, uma ineptos c miseráveis”, tendo sido concluída em Natal n W
sentos do capitão-mor. Além disso, na opini s apo. áprio
ão do mestre-de-cam o
escrivão que acompanhou o vigário do Ceará
mado caratiús, chegando dettonte do presídio que está nesta sibeira por sua maior defesa,
, um certo Bale
a a Anti ,
era “homem maligno c revoltoso que está
daí mandou chamar a um capitão por nome gianpapusú [se], que era um dos que tinham satisfazendo d cg do que
primeiro dado a nova Aldeia dessa mesma nação dos paiscus, escrevendo-lhe amistosa-
se lhe deu para o Ceará, por um crime que come
teu l o od
m que dio
di-
mente « tendo-lhe muita amizade com consta de uma carta que lhe escreveu c ele teste. zem está julgado neste reino por banido, de furto de 1 a mo ça, que há
munha viu dizendo-lhe que fora com toda a sua gente para os ajudar a «ar guerra aos anos se furtou em Guimarães”.* É um O
caratiús, e obedecendo prontamente o dito tapuia capitão com os scus mais aliados, c Pedro Lelou, em sua defesa das ações do terço
chegando à presença do dito mestre-de-campo com seus saldados melhores « filhos dos paulist:
guntava se era crime passível de excomunhão
tudo, lhes os deixou o dito mestre-de-campo levar-se por quem os queria ver e dar algu. matar o inimigo infiel ,
mas dádivas indo os ditos tapuias humildemente prostrando-se aos seus pés rendendo-
“junto aos quais estavam “ ; ado
m alguns
esmo d designio
|eles S com o mesmo batizados, que se foram meter com
lhe [vassalagem], |... 0 dito mestre-de-campo, sem alguma piedade, matou ao dito capi- de degolar o paulist a; pois se
assim fosse
ss .

tão com uma carabina quando se lhe pôs fuos. . .] seus pés, sendo essa senha para os seus então deveriam estar: excomung unga
adosdos “ “todos ; os8 prínc
prin cipe
ipes s éc cabosds doda
soldados degolassem os mais tapuias paiacus, como antes lhes tinham dado por ordem “Europa”,
“a Euro 5a”,
ide atual
“onde: '
mente
+ » ve
sc degol.
de qua- am uns aos outros, sendo batiz:
segundo se publicou c mostrou o sucesso cm cujo conflito se diz mataram mais dos”. Além disso, , o argumento de equea
trocentos c cativaram outros tantos entre pequenos e grandes, velhos c mulheres, entran- que s: terras cram origin ri alment
sneee dos
dos
do nestes muitos batizados c os mais catecúmenos, túrania esta que escandalizou o todos
1
ndios c . qu Cc - O8 «
paulis tas quernam comá-las não se SUSten
t t: AVI
van a le fogica
g
os cristãos c deixou essa fibeiri em notável perigo, pois retirando-se logo para o Açu, | da política do Estado moderno. Como pode! sam dizer, , na Junta
[poderiam] os tapuías com facilidade « estimulados desta traição matar a todos os mora- - Missões, que “a terra é sua [dos índios] e não das

outubro .: podemos tomá-l:


dores desuuribeira .. etc.”, Além dessa testemunha, foram onvidas, no dia 30 de - tomou el-rei de Castela a Portugal, que possuiu tantos
de 1699 na igreja da madre de Deus da missão de Jaguaribe: Domingos Pereira Ramos, a 2E reino
de Nápoles, Sicília, Milão, em Espanha,
solteiro, 47 anos: Pedro de Sousa, capitão de uma companhia de cavalos de ordenança da Valença, Ara io N: varia é
. outras mais dominações que tinham legítimos
tibeira do Jaguaribe, solteiro, 50 anos; Antônio Velho de Brito, solteiro, 25 anos; Miguel herdeiros? E ; da sa nt
Percira de Abreu, solteiro, 60 anos; José Coelho, solteiro, 35 anos; Belchior Pinto,
capitão -.. - dade, o Ducado de Urbino, sendo príncipes
católicos?” E Lelou pros.
do presídio da ribeira do Jaguaribe, 48 anos; Marias Cardoso, casado, 40 anos; Manuel seguia seu arrazoado:
Rabelo, solteiro, 25 anos; Manuel da Costa Romeiro, casado; Antônio de Faria, solteiro,
25 anos: Gabriel Barbosa Mendes, casado, 48 anos; João de Sousa de Vasconcelos, tenen-” “p, arece
u- me que * mais1
mais aceitIO o será
será a Deus extin
te de uma companhia de cavalos de ordenança da ribeira do Jaguaribe, solteiro e 66 anos; .,- i guir esta vil cana-
Filipe de Sousa, solteiro, 36 anos; Manucl Ferreira da Fonseca, solteiro, 26 anos. Teste-
lha e povoar as terras com criaturas que o louva
m c levantam tem
munhas ouvidas no dia 30 de novembro de 1699 na ribeira do Açu: Francisco de Brito
Correia, casado, 50 anos: José Pereira, casado, 26 anos; Gabriel do Vale, solteiro, 22 anos,
Jerônimo Ereire de Carvalho, solteiro, 25 anos; Pedro de Albuquerque, casado, 27 anos,
O d: ma , crna

“Testemunhas ouvidas no dia 27 de outubro de 1699 na cidade do Natal: Gaspar Freire d


da
Carvalho, capitão de uma companhia de ordenança do Rio Grande, casado c morador
cidade, 50 anos; Bento Teixeira Ribeiro, sargento-mor das ordenanças da capitania do Rio
Grande, casado, 40 anos; Demingos Carvalho, casado, 40 anos; Manucl Trigueiro Soares,
alferes, casado, 35 anos; Bento Pimentel, casado, 30 anos; Antônio da Costa, alferes d
companhia da ordenança do Rio Grande, casado, 40 anos; Diogo [Pereira] Malheiros
capitão de uma companhia da ordenança do Rio Grande, solteiro, 40 anos; Manuel Go
mes de Araújo, solteiro, 45 anos; João Dias de [Melo], casado; “Teodósio [Graxismão)
capitão de uma companhia da ordenança
2
do Rio . Grande, casado. “Autos da devassa que;mt
mandou fazer o contr Manuel Álvares de Morais Navarro, outubro/novembro de 1700 eme
eme
AHU, Pernambuco, caixa 14. Car
: de prantel Álvares de Morais Navarro ao sei 6/5/1700.
“Carta do bispo de Pernambuco ao rei, 29/6/1700, AHU. Pernambuco, caixa 14. e edro
AHU, Rio Grande, caixa 1,5]
Lelou a d, João de Lencastro, 17/12/1699, AHU,
Rio Grande “caixa l 47.
258 PAULISTAS x MAZOMBOS
PAULISTAS X MAZOMBOS 259
Não obstante, o mestre-de-campo c os p autistas cram
acusados, nos sua loja com uma corrente no pescoço e grilhõ .
28 depoimentos transcritos nos autos, de procu rar tomar as terras não os, este Baltasar Goncalves er ço e grilhões nos pés”. Como sabe-
aos índios, mas aos moradores, forjando para tanto uma guerr a justa que ae ulado os tasas Gon alves cr dos que haviam, segundo Navarro
nto, suas, Uma vez que, uma Mo artaConsta, ainda, que passando pelo sítio cha-
lhes permitiria prockimá-las conquistadas e, porta ado Piancóo onde
cre-de-camp o ma da Costa tinha um curral de gado, o mes-
à posse de
como já foi dito, o regimento do terço garantia aos paulistas tudo o que tinha Dizia o Iuctmar e prendera o vaqueiro, tomando-lhe
ribeira do
todas us terras que conquistassem.* Um dos moradores da esse ter End Mig + Segun oa denúncia, “que quem naquele sítio
que desta
Jaguaribe, por exemplo, testemunhou que largamente se dizia q gado ou currais lhos havia de aforar, ou alugar, po “4
, “poré m não na ou-
vez o mestre-de-campo viera fazer guerra ao gentio aque-
a aos morado- las terras cram suas, c eu [rei] lhas tinha dado. É coma mesn Iv
tra [i.é, na próxima)”, pois “logo havia de vir fazer guerr cia imp edira ao mesmo capitão de cavalos daquela cam sanha, peru dn-
am despojar-
res, queimando-lhe as casas c 08 currais pois os n ão queri Alvares Correia, “aque não fosse povoar outras terras suas onde já havia
M ajestade”. Navarro,
se sendo dele as terras por lhas haver dado Sua
€ é
“tido o seu gado”.
segundo este depoimento , chega ra mesm o a colo car um edital na porta Estas brigas er:
stas brigas eram comuns 5 na Colôni
“olônia, notadamente neste
s momenento
t
da igreja da Madre de Deus, no qual orden ava que “nenhuma pessoa de LC
rápid a F aum ta nsolida
povoasse terras nesta ribeir a por serem su as”, > “pondo para isto graves ç dao dos I oderes . Joe AT 3

penas assim de gados perdi dos como de outros astigos corporais”* morial aque denunciava a violên amp
do Rio Grande se queixavam que ele: P contata das
"por d disputas
ante no
sertão do Rio Grande
Em outra oca sião, os moradores di as por terras.
: ;
Segundo o documento, a desirt:
com seu terço “se alojavam junto às suas terras c usav am delas , dizen- E-de naa disdistribui
ui ção das
das sesmarias
sesmarias se:
e« a confusão
sã dos s limi
limites entre
aro ada
elas
elas er
cram
do que lhe pertenciam na forma do seu contrato” De acordo com q deausa d a maior parte dos conflitos. Nesta
janciro de 1700, capitania, dizia o documen
opinião de João de Lencastro, em carta escrita ao rei em , a sujeito que possui 20 c 30 léguas sem
ter cabedal para as
o motivo da conspiração que se fez para destruir o terço não era outro povoar,
A V ar
fao“ passo
ae
que]Joe alguns q moradores desta capitania estão
terras sem ter
do que o de “Vossa Majestade haver concedido aos paulistas as emais disso [havia] uma grande confusão nas demarca
nia”*
que eles conquistassem dos bárbaros daquela capita a 7

Nesse particular, vários eram os abusos € vexações praticados por; 4] tes + Cs ,

Manuel Navarro, conforme denúncias su


bstanciadas em uma carta réjá: EE
ç têm por “eli
sa procedido
cstz causa
por esta :
muitas mortes”. Nesse sentido, + OSos edis
gia de dezembro de 1700. Como no caso do edital que o Bernardo Vieifa estariam ue 9 rei | envia
envias
sses o ouvidÍ or-geral para que tomasse “conheci
para que ninguém
de Melo pôs nos sítios do Agu, por ser sua jurisdição, génio cota matéria, vendo as terras que
há e as repartindo respectiva
levasse gado se m o registrar , “por haver queixa dos moradores, dos:& ente pelas pessoas desta capitania que tem
denúnci a do capitáozã servido a Sua Majestade
descaminhos e furtos que nisto havia” . Segund o tom tanto desvelo à su: a
que nã: Rss É
desvelo à sua custa em toda essa guerra do gentio bárbaro e
mor, Navarro “mandara tirar o dito edital e o rompe ra dizendo SataEtá atualmente suprindo
i com Ssuas fazendas”
zendas”.* ; sec :
e todos lhe haviam de obedece r”. Outrhis que fosse colocado em prática o estabelecido no alvará
Pedia-se, com efeito
quele sítio só ele governava, de 10 de feve.
de Melo mandou o capitão da ribeira os: feiro
abuso ocorreu quando Vicira Gti de 164. 5. Consider
ider:ando haver muita
i s terras devolutas
a gente € la sua compan hia (08 lei orde no Brasil
Açu, Baltasar Gonçalves, passar à mostra er er did E que
ae ã fossem bencficiadas em cinco anos
não
s que estavã!
mestre-de-campo não só sc recusou à entregar os soldado ver: stribuídas para quem melk hor pareces
dito capitão , manten do-o & IbisEApara o du que s se dever
deveriiam publicar
integrados em seu terço, como prendeu o : itais. Isto P já havia
editai O sido
ido ei
feitoano
al Capitao de de Barbacena, que, tendo notíci
a de que várias ter-
o Rio Grande estavam devolutas, mandou
, DEL, 39:41-5, publicar
* Carta de João de Lencastro para Morais Navarro, 4/2/1699
que mando! u fazei
» «Testemunho de Domingos Pereira Ramos”, Autos da devassa
contra Manncl Alves de Morais Navarro. AHU, Pernamb
uco, caixa 14. Airta
marégi
e 15/12/ I 700, AHU, códice 257, 1. 72v-3
JRAA-6. v.
de-camp o, GH 700. DEI, Eiras e Bravia de
“Carta de Lencastro para o mestre- tal endereçou ao rei, 2/7/1689, no 2.º livro
de registro
Lencastro ao rei, 7/1/1700 . In: Barão de Studart (cd.). “Documentos! ge dar PioE ç Ss do senatado
do da Câma
4 Carta de mara de natal, + dede 1673 à ; 1690, eicitad
, 1917. darlos
ves do mestre-de-campo Morais Navarro”. RHVGO, 35204-7 0. Páginas de história e pré-história. Fona
leza, 1966, p. 129. o Por aros
200 PAULISTAS X MAZOMBOS PAULISTAS x MAZOMBOS 261
a Goroa havia en- confirmações e cartas dentro de seis meses. No
novos editais para redistribuir as terras." Já em 1676, c aso de Pernambuco,
para verificar a ti- foi comissionado nessa diligência um desemb arga
viado o desembargador Sebastião Cardoso Sampaio dor da Relação da
conced idas no Bahia, João de Puga e Vasconcelos, que tomboJOU
tulação c as condições das sesmarias que haviam sido as terras da capitania,
de 1677, encom en- identificando os atuais proprietários c garantindo,
sertão da Bahia.º O regimento de Roque Barreto, assim, seus direitos
e patrimoniais.”
dava que o governador ficasse atento do povoamento € produtividad
constata do o não-apr oveitam ento das terras Na Bahia, a reação à devassa de João de Matos
d as sesmarias, caso fosse Serra veio em segili
donos e dá-las “a da. João de Lencastro acusava esse conluio dos sesmeiros de
dadas em sesmarias, deveria tirar as terras de seus pre o der
na forma do regim ento das sesmarias”. 4 desestabilizar a presença do terço no sertão. Em uma ca a se
quem as cultive c povoem
Rio Gran- mo e colega de Pernambuco, Fernando Martins Masca do dh s le Len.
Em 1697, Bernardo Vieira de Melo relatava a situação do
que há nesta capita nia sobre Castro, O governador-geral dizia que “o terço dos paulis
de, onde eram “tão grandes as confusões tas té > a! o ue
ejvil entre muitos com mor- tra SI todas as pessoas que na dita capitania do Rio Grande 1 em
terras e datas delas que tem sido uma guerra tortas
m muitos morad ores da de sesmaria conquistadas aos bárbaros”, João da
ws e demandas sendo coisa muito ilícita estare
a
: Costasta, por sua
sua y vez, in-
imo
sertões”. Esta nuava q que scus
: - sinuava us inte eram ououtros: “Os que vêm
interesses eram
Bahia e Rio de São Francisco senhores de todos estes a reduzir almas
guerra civil, com as muitas mortes que praticavam os baianos,
teria sido, não devem estabelecer currais”. Com efeito, os oratoriano
anoss cram co-o.
”, Como se perce- nhecidos por terem grande riqueza em terras no sertão
do seu ponto de vista, “a causa do levante do gentio e curra;
a força de seu natívis- tea
dos, doados em grande parte por fiéis ou mesmo com fados
be, o capitão-mor destilava aqui todo o seu ódio e co “ di
osa que, em se vendo nheiro das esmolas. Maria do Céu Medeiros sugere que,
mo. Para ele, esses baianos cram “gente tão revolt é Dm tan
ivand o atalhar esta si- sesmarias, o oratorianos provavelmente não as
naqueles sertões, vivem como régulos”.*” Objet podiam conservar to.
visando abrir das de mo o que também estartam sujeitos às
tuação conflituosa entre os moradores e, mais Importante, redistribuições.s! Fazia
ia, + Portanto, seu alinhamento com os moradores
oportunidades para os recém-chegados, João de Lencastro promov « o id S
ofere cendo sesmar ias aos in- o Do Com relação à decisão da Junta das Missõe
em 1699, mais uma publicação de editais s que declarado
jane ro de 1701 determinava a. à gue À nusta ã Jundamentara
teressados. Uma carta régia de 12 de com ferra exaltaçi
a pastoral do bispo,
dizia, Lencastro
Gran de.'* Dois anos depois, q nen uma junta ou tribunal poderia derrogar
redistribuição especificamente para O Rio
para que 0s' iva”. egundo ele, cra certo que Bernardo Vieira de
o rei mandou pôr editais em todas as *apitanias do Brasil Mel E
de terras aprese ntassem às meado dor prncandalosas no exercício de seu
sesmeiros ou donatários que tivessem datas -
posto, como haver no.
meado seu filho de dezessete anos, que já era jui;
inário (i o
oficial da câmara de Natal), como alferes da fortaleza,
Mais dada ainda
mande pôr editais sobre as . “h : d d n
“Alvará que ordena ao provedor da fazenda do Rio Grande
a 1 re ha “ ]
,
/
» -
.

terras que se têm dado de sesmaria, 13/9/1675. DH, 23:456-7


. ço”. Se tivesse provas,as, , m: mandarit:
dariai buscar-lhe
scar- “preso em ferros. . ,”S? Em
“pre
e po díticas da província da
1s CE Inácio Accioli de Cerqueira c Silva. Memórias históricas
Babia. Salvador, 1940, vol. 2, p. 56-7. “Cc
CE. M. C. de Mené : Consulta
su doé Conselho UI tramarino,
* Cf capítulo 24 do Regimento de Roque da Costa Barreto (1677). i 6/6/1720. . 2: i
(cd.). Raízes da formaçã o administ rativa do Brasil. Rio de Janeiro, 1972, vol. : da SULdiligência de João de Puga e Vassoneelos s s LN inelira na consulta
inclusa
donça de] ha a an no 30/87 1706, AHU, Pernambuco,
sia dodo Co Conse-
rativa do Brasil. Rio
p. 779: e João Alfredo Libânio Guedes. História administ Spa
caixa 16. João de Puga e Visconaata
181 ou cambém nos DII, 6. ouvidor geral cm Ankola pnees de ser nomeado
neiro, 1962, vol. IV, p. para a Relação da Bahia,
ordem que tomand
“O capitão-mor sugeria que o rei enviasse “um ses meiro com : sis emartal” no Brasil, veja o livro de Cost; if em
mento de tudo repartis se essas terras como é razão e pelos que tenha Paricular o capítulo 31, p. 93-13,
e sta Porco (Recife, 1965), em
bem conheci
m ento de todas as datas, termos é. ,
Ma rra de
p qnto ao Rovernador
2 E e s
de Pernambuco, 1/11/1699. DI//, 39:86-9
posses para as povoar, c O sesmeiro tomc conheci
e se façam as demarca ções como te rras de Vossa Majestade de£ o tedeiros. fgreja e dominação no Brasi sil escri ste. O
ções delas
demarca caso dos oraatori
3.000 braças e não de 2.500 braças como se medem as de donatári
o ”, Papel de Bernardogei e er deb, 1659-1830. João Pessoa, 1993 p.
63-4 orbta. Os dusoratorinos
1, 42, pontos 2ciz SA gundona de
so Lenc:
encastro de
Vieira de Melo, e. abril de 1697. AHU, Rio Grande, caixa
«
governador de Pernambuco, . 11/11/1699. Di), 39:86-92
ambi.

4
Carta de João de Lencastro para Bernardo Vicira de Melo,
DH, 39:5S-N6
22/3/1699. tinha feito uses o mor de Pernambuco, Pedro Lelou, o capitão-mor do Rio Gra e
S
cód. 246, 1. 71; e carta régia de tá E
x

ria alferao E , í ho Juiz, sendo rapaz sem ter idade, e juntamente o fez vossa se ha
carta régia a João de Lencastro, 10/10/1698. AHU, .
8.
Para escândalo geral, “quando [o garoto] anda
1/1701. AHU, cód. 246, fl. 127v. de juiz k leva vara
dra, e quando
4 €
TT

262 PAULISTAS X MAZOMBOS


PAULISTAS X MAZOMBOS 263
> sepe a

stro o ameaçou:
uma carta ao próprio Bernardo Vieira de Melo, Lenca Coal due ue cao puto bem feito castigá-los” 5 Este Pedro Fer-
continuar no ódio c má vonta de que mostra ao mestre- co, testemunhara que
“Se vosmecê á Ito de São Pedro que ia como capelão do ter-
mim o mais rigoroso
de-campo e seu terço. . . há de experimentar em
castigo. . ."* Lencastro escreveu também do bispo de Perna
mbuco, du- versava com o padre João da Co dias, quando o mestre-de-campo con-
pois tinha em mãos tomar” (isto é, o que Fazer para prosseguir do anão
vidando da veracidade da versão de João da Costa, ito padre“lhe facili tie oo o combate o oviarã
aos os de
caratiús
da Rocha, “em
uma carta escrita de seu próprio punho para “Teodósio
que não só aprova, mas persuade a que sc faça guerra
aos tais índios”* dolo que pr Ih CR 98 meios c disposições da guerra dize
Anexada aos documentos encaminhados pelos procuradores ao
arcebis- aldeia e, ainda [que] os da, dei não ir bulir naqueles que ali tinha na
po, esta carta era datada de 31 de julho de 1699, isto é, quatro dias an- com os outros, tudo ardesse | cla se os achasse lá por fora misturados
da aci- tar”? De manci ra que nestE voos ele missionário os não podia sujei-
rsa relata
tes do sucesso em Jaguaribe c um dia depois da conve a” O interesse caro + nesta versão, João da Costa como que “inven
-
ma. Sua leitura atenta é muito importante: mente teria à oia equético dos paiacus da “aldeia nova” e não so
caulistas casti dass o daque de 4 de agosto, como pedira que os
obra na ma-
“Peço a vosmecê [Ieodósio da Rocha) veja como se inobedientes € rebeldes cont própr 4 missão, “pois se mostravam mui
tenho escrúpulo -.:
téria do escrúpulo c m que ontem me tocou, que eu ndo pequenos”. Como queria oneentando-se que lhe deixasse ficar só os
o temor mui
de que se obre, mas de que se obre pouco, por estarem com
divididos, c como fugiram muitos, vendo-se pic
ados podem dar so... mestronde
«aoagem e-de-assiste Jaguarih
So do O Jaguar
campo, O a memissão los dos moradores simpáticos
ibe cra lugar selvático: “Na pa-
bre as fazendas e fazere m alguma destrui ção, c ficam levantados, veja-. elha”, assistem “bem Poucos o , Shamada erradamente de “missão
se o que se obra, que a mim me parece que só achando-se muitos ' ência à Igreja nem a Su Majes DS Ae, na verdade, não têm obe-
juntos se pode fazer ne les alguma coisa, e ainda assim é necessário:
esta ribei
logo logo outro golpe que corte O resto, € sc não ponha-se : Vários missionários confirmaram a versão do mestre-de-c;
ra em grande perig o” , arte deles, sintomaticamente, jesuítas e ligados à nro do campo; grande
ue era missionário na serra do Ibiapaba, quando a adia fissenso Gago,
preocu úco passou pelo arraial do Açu e certificou-se
Segundo a leitura do governador-geral, o missionário estava de que o esa
os paiacu s insubm issos, para o que havia mesmo pe
pado em debelar
a história , di;
dido a ajuda dos paulistas. "Teodósio da Rocha corrobora Certidão
de
popiiode | E Teodósio da Roc 1699; veja também a certidão de Pedro
Costa havia dit
zendo que, na frente dele c de várias pessoas, João da Noam ” RIHGES SL ISE O Carrilho.
do
H
e. Cl
mentos relativos 40 mestre-de-campo
. e ade: 1 oe!

não entendesse cor Morais


ao mestre-de-campo que “só desejaria [que] se lhe
so

nar e instry errtidão de Pedro


os tapuias que naquela aldeia tinha capazes de os doutri
“dra Fern
Fernandes, . 21 FO/1699,
, In: Barão de
te ativos Mano ide campo Morais Studarc (ed.) “Doc
poa
na fé e que [se] ainda desses se achassem alguns com os do Jenipa
Navarro”. RINGO ;SL 181 Togo umentos
o aaà ManuelAlvares de oraisMorais Navarro
va lá ir”. Peti Navarro : rei,i 6/5/1700
ardesse à tenha verde com à seca, porque ele os não manda
ao F1700 (outra).(outi AHU, ! Pernam-
É
guerra “at
guntando, no dia seguinte, se tinha certeza de que fazer apítulos
las ) dos moradores : Sdo A gu, 24/10/1699,
- In:An: Bar;
Barão de Studart
3
ou era cq (cd,).
gentio que se achasse fora da aldeia lhe seria de prejuízo

respondeu [Joã imo vimos seio ne de-campo Morais Navarro". RHHGC TESDO Op
injusta, presente o padre Pedro Fernandes, me br eles adotada a vu apoio dos Jesuítas da Bahia estava em sintonia
ias so bre ião a lei de 1.º de abril de 1680, Acostumado
com a! OsIÇÃã
aEmatiso que está à
ro não ercio que o leitor sinta algum embaraço
ao j k ar o
se quer mostrar militar anda com bastão”... Carta a d. João de Lencastro, e “bandeiras a do Cristo, há
tão pouco tempo em confronto abere
- lento es e se o o Paulo, É grande o o
1699. AHU, Rio Grande, caixa 1, 47. a bibliografia sobre o assunto, ma ; um
. DIf, 39:103. a John Hermano k nato entre | bandeirantes”
ss Casta de Lencastro a Bernardo Vicira de Melo, 9/1/1700 € jesuítas, no sul da Colôni: . está
ro do bispo de Pernam buco, À UULIGI O. DEI, FID2-A. 154.82, Vejo nd má 0 id 1 he Conquest of the Brazilian Indians. Cambridge
* Carta de Lencast 1 978,
do Jaguaribe, 31/7/1699. Len vista dai
ss Carta de João da Costa Teodósio da Rocha, Aldeia os capítulos 3e dido livro de Affonso de
E. “Taunay. His a
rei, 7/1/1700. In: Barão deSti Elo Adro Ada
autenticava o documento, “de sua letra”, em cartitao au o. dão Paulo, 1926; ca introdução de
Alice P Canabrava,
-de-ca mpo Morais Navarro”. RIHGO, II. São Paulo, 1967,
(ed). “Documentos relativos ao mestre ; eDAT a". In: In: J. A. Andrconi.
sua obra”. soni. Cultura
Cj e opulência
ia do Brasil,
ati
e 205, 1917.
264 PAULISTAS X MAZOMBOS
PAULISTAS
>» RPPN RA
x MAZOMROS 265
campo fazia apenas a guerra justa, confirmando toda a história da per- bordinada Aoao move
goverrno geral, nãonã seriai dali que deveriam
no-geral.
seguição do capitão-mor do Rio Grande. Segundo este jesuíta, Navarro nári S io y 4 ava essa
indi
vir os missi
sposição era o fato de que
havia favorecido os padres da companhia, pondo os paiacus (que sobra- uma ca
a ç a
ia 4 ecidira
e
que os missionários enviados
.ee e 1693, desde
ram) em duas aldeias, nas lagoas do Apodi (São João Batista) e do Jabuti
é

ao Rio Grand
1

receberiar a às Côngruas
: , :

dos dízimos desta mesma


(Nossa Senhora da Anunciação, no Jaguaribe). Outro jesuíta, João morador Mo m quase todos
provenientes de Pernambuco.”
capitania, cui o
Guinzel (ou Guedes), que chegou ao arraial em 12 de outubro de 1699, Vi Tao e ceu já citado papel de 1697,
a Ss * 4
Bernardo
pedia diretamente ao
: e!

vendo a situação de penúria e de falta de farinha por que passava a Ta des PAO s
. . .

plenos
,

OS , aproveitando : ps p; wa alfinct: ur os padres sda da Com-


gente de Navarro (“havia meses não tinha aparecido um só grão”), aca. ; p Jesus, que erradamente, segundo C
bou por adiar viagem e se deixou ficar por ali. “Vão logo a farinha che- No sua opinião insistiam a
4: “ ensinarda tapuias na
Os tapuias 1 língua dos mesmos índios” 5
gasse, o paulista se comprometera a conduzi-los aos paiacus, entre os ao aso dada ad aldeiaja de de Guara íras,s que vimo
Guaraíra
na o
+ à s no ecapítulo anterior, fica-
quais missionaria: “logo me verei entre meus queridos ec por tantos ca. clama nai Posição para
com os jesuítas. Várias vezes quei
minhos buscados paiacus”. Em uma carta em que pedia pela conserva- morte do roi Cans “SSCs
ado Missi onári
cion os,
ário s, resp
xou s
sponsabiliza ili; ndo-os, no fundo, pela
ção do terço naqueles sertões, Guinzel relata, com certa impudência, + em 1699, Depois de marchar com ela
sua posição: Melo (como vio companhando sua gent e pe
“los
Melosertões
(como do Açu, acompanhando a a exexpedição de Bernardo Vieira de
imos acima), Canindé tinha voltado
“E se bem nessa última guerra que fez o mestre-de-campo se dimi- para
', 8 ! peontrole dos jesuítas. Além para a aldeia ge
nuiu notavelmente o número deles, nem por isso duvido que se acha- | pre e de queixar-se do convívio
outrass naçõe
Indios de QU naçõess,, , osos jand
| : uísÍ s tinh: mmo o lugar por “in-
Unha
ção ainda bastantes para cu empregar neles o meu limitado zelo; e o la sua segundo Vieira de Melo, iy
“pelo sítio ser menos conveni
fruto que se tirará da dita diminuição será viverem os mais sujeitos : ou pela sua nº
atureza
ur
não
BO
acomodar fora do clima : do sertã ,
= N
serem mais capazes de receber a doutrina eristã. Eu confesso que quan-: E ivo, no ano de [OR o” “Talvezo por
a|
o aldeamento foi vitimado
do tive novas do estrago que sc tem feito nesta gente figuci notavel-'
a

por um
> í

ma aleit «acha.
: à orinai pão as, do do qual
ot

e Norreeram
raram sesete
:

t
«

morr ou oito
i crian nças
ças ee | juntamente
mente desconsolado; porém, como depois ouvi as razões que tinham eu prir coa pimado Canindé” jane
. Este foi o triste firá do o
obrigado o mestre-de-campo a dar-lhes guerra, não tive outro remédio, e 0 clécigo Bco parta de maio
de 1699, O capitão-mor denuncia
“rei dos
que conformar-me com a vontade de Deus, pois ele foi servido permi sado ao a ane j arrão de Oliveira, que o va
tir que cles mesmos dessem causa a esta sua ruína
” 62
tisha
ec que que exs bispo enviara, havia se
ar e os 108, O que fez , com que, “desgostos
Acha que ex,
4 os tanto do
entaram como da m ortc do se
Segundo Navarro, todo o rancor de João de Matos Serra era devid À uiqueassis
Pouca é otênci
sere a iaque Ao Dud
padree llhes
hes
i ip:
fazia
Faria, [fossem]
; | bus
busccan
andodoOo seseuao
cen-
ao fato de haver pedido missionários jesuítas na Bahia, de modo q Mente conveniados is
tão-mor foi pessoal- o sucedido, o capi
“não fizera dele [Serra] caso”.º* Como se percebe, tratava-se de um E todos Tá toi > à Ficar € se
estabelecer em outro sítio. mas
espécie de transposição celesiástica do mal-estar das questões de juris od us oi um ido embora por receio dos parecia
dição entre Bahia e Pernambuco, pois, como aquela capitania era sU a rodas do Ne es, como Já foi pauli stas. O que
mostrado acima, preferissem engaj
não
à no terç
dos s o avarro, , tendo sido corretam ar.
ameente assentados e incor-
Ht
Cestidão de Assenso Gago, serra do Ibiapaba, 5/3/1702. AHU, Rio Grande, caixa 1,60
" de João Guinzel, jesuíta e missionário nas aldeias do Rio Grande,
a João dé
Carta
Lencastro, Arraial do Açu, 29/10/1699. EEB, códice 4 A 25, Vinte anos depois, quanão Na à, verdade , metade da
É côn Btua era normalmente assent;
já era reitor no colégio da Bahia, o missionário relatou seu encontro com este “es FE; ra e bi Caonda dos mesmos
dizimos qu de our
i
grupo” de cativos a caminho de Pernambuco, onde serium vendidos. Suas palavris E derem Concinha, 23/3/1693. DH, 83:132.3 eada hos a do Estado,
são agora duras para com Navarro. Parecer do padre João Guedes, c. 1720. In: Virgink régia, IS OS
,
ade teto e
1607. AH U, Rio Grande, caixa |, 40, pont
Rau (cd.). Os manuscritos do arquivo da casa de Cadaval respeitantes ao Brastt. Coin fuso au U Rio Grando ds 6 os 9 c 10,
qm Carta de Bernardo Vieira de Melo ao
1956, vol. 2, p. 398.
[
Carta de Manuel Álvares de Morais Navarro ao rei 6/5/1700 (outra). AH U, Pernaml velho Vlad feira de Melo do rei, 20/5
caixa 14. /1699. AHU, Rio Grande, caixa 1, 46.
recomendava que foss O
em enviadas cartas telosas ao capitão-
260 PAULISTAS X MAZOMBOS
PAULISTAS X MAZONMBOS
na 267
Desde cedo alguns conflitos pela repartição dos índios surgiram temor, e sendo csta macéri; :
capitania, opondo moradores à estes missionários. Sobretu do tendo em faz nestasinforma,
Na mesmase ocasião partes
pelo intnecresse
caso, parte
ter dade
pouco men o Anatratos”.
de d seus consideração
n-
vista que os jesuítas, por privilégio real, tinham controle dos aldeame
tos próximos aos povoados, como Mipibu e Guaraíra s, onde residiam não se conservava “a proibição o de Pernambuco de que em Jaguar ibe
sobretudo tupis mais adaptados ao modo de vida da Colônia e, portan- aachado
um dosuma escopeta que su de se dar armas aos tapuias”, pois havia
L680, os jesuítas passa- tapuias do Sol a soldado daquele presídio havia vendido
to, mais aptos à faina das fazendas e currais. Em to ão cabo não fazer iso ço: Mandando O restituísse, estranhei
ram a controlar a repartição desses índios, o que motivou reclamação dos em que incorreram os a Comemoração, explicando-lhe
mui-
edis de Natal, que argumentavam que até então tal repartição se fazia, eu os encargos
janeiro de 1700, 0 moral c povam armas aos infiéis”. Em resposta
segundo o estilo local, pelos capities-mores e não pelos religiosos da Com- dis Navarro se inn a or geral pedia que o mestre-de-campo Mo-
em
panhia, Pediam ao rei que reservasse dos jesuítas apenas o governo es-
piritual dos índios das aldeias pois, “melhor seria se fossem catequizar Pessoas que venderam
Bentodas , autorizando-o
masDAPaos janduís c outro ger e vendem ar-
a prende , o
sus-
no sertão”. Como podemos perceber, estes alinhamentos c a disputa peito. Navarro alertou ão governo-geral em ma cats o qualquer
entre as várias ordens religiosas pelo controle dos aldeamentos orienta- Emue deos hos
janduís plancjavam
tom panciavam “ o q carta de maio de
matar todos os moradores deste senão
vam a leitura que faziam os missionários do sucesso de 4 de agosto. dos detas dare nu : y armas, para com mais poder «e melhor guarneci-
ué os índios conse peu arraial”, Em que pese certo exagero, era fato
Armas de fogo
es Na mesma ocasião, o Pulido dica e fogo roubando
os morado-
A acusação mais forte feita contra os mazombos, tendo em vista a rios haviam aparecido oferecendo cativos que alguns tapuias contrá-
pena capital em que incorria o culpado, era a de fornecer armas de fogo comércio que deveria ser impedido.” ca de armas de fogo,
|
aos tapuias bárbaros. O sargento-mor de Pernambuco, Pedro Lelou, es. provisão sobre as ordenanças de . .
creveu, na carta em que defendia as iniciativas de Morais Navarro, que, E ' necimento de armas de opa de Pi estabelecia regras para o for-
ao preparar a armadilha, Bernardo Vicira de Melo deu “algumas dez ou -. deveriam ser oferecidas a bons pre Os No B emanha ou Biscaia, que
doze armas com munições” para induzir os janduís a atraiçoar Os paulis-:; cceiros, tendeiros, entre outros, deveriam ter “polo,

à pesso” O comércio de somar o


gs para venderem
dores, » nor
tas.” O mestre-de-campo, por sua vez, recomendava que Lencastro
om a ve a > Olvora, ch

desse ordens para que, “com penas rigorosas”, se proibisse “na capita- d K atividade lucrativa e im : are Ro para
nia do Rio Grande que pessoa alguma possa dar armas aos tapuias que tenção do domínio Português. Em várias ocasiõ a Cn para à mant-
conosco estão de paz porque neles não tem estabilidade não havendo se em por
1675, garantir a produção
exemplo, de armas ar: EUDES À Coroa Preocupon- --
o Conselho ES Pe 4 à sua colônia americana. Em
espingardeiro Simão Fernandes, morador de Porco
mor € aos paulistas c que a junta das missões julgasse as at uudes do dito padre, que havia feito para
dm encomenda cem is
espingardas egreil a(no Reiio
Rei
Consulta do Conselho Ultramarino, 29/8/1699. AHU, cód. 25 2, fls. 226v-7v. Ainda, para Angola, não tinha interesse a
em 14 de dezembro de 1701 (data da carta ao rei), 0 então capitio-mer do
Rio Gran” : 20 socorro do Brasil. Foi firmado um contrato
para
de, Antônio de Carvalho é Almeida, se via embrulhado com a recusa dos canindés des
se fixarem no local assinalado pela Junta das Missões, c sua solicitação ao rei foi
na

Ul
respondida com um encaminhamento à mesma Junta. Consulta do Conselho 2,1 : Cara do mestre-c
"
tre-de-campopo oao
Carea, 8/1 [1700, DI, 39:96,
goverm:
gov EC .
o crnador-geral, 25/8/1699. AH U, Rio Grande, caixa 1, d7.
tramarino, 9/5/1703. AHU, cód. 265, 1. 168. Em 1704, sugere-se a incorporaçã
aldeia de dezesseis casais de caboclos, porque assistem nela “poucos índios”,
Canf HR "Carca
Ca .
Prova Num ARU, Pernambuco, caixa (4
régia, 9/8/1704. AHU, cód. 257, fl. 15lv. o ão das ordenanç; i ,
na cons de armamento « ue pedi, 1574. O “alvará das armas” de 1569, nos dá idéia dos vi
Carta do oficiais da câmara do Rio Grande ao rei, 4/8/1680, inclusa
Conselho Ultramarino, 31/10/1681. AHU, Rio Grande, caixa |, [de carta régia,
de fogo cram
aadarga o ares
ou estada tam espingarda;
di? ea equipar as pessoas em meados do século XVI. As armas
as defensivas, a celada ou capacete e a rode.
1682. AHU, cód. 245, fls. 78-78v. Em 1680, el-rei concedeu aos jesuítas à adminis
“armas de arremesso 5 ii draneas, que podiam ser qualguer espada de marca; e a
ção espiritual e temporal dos indígenas, o que causaria reação de vários
moradores em sso, Jucte, a lança, o dardo ca
c; besta. Vejacem
: ' , MC DS
+ E. de Mendon-
ii

26/8/1680. DI, 68:8-9. [o


[72 (cd.).145.5],
Rafses
dade formação
4 > o .
outras pú artes da Colônia. Carta régia ao governador-geral, administratica do Brasil, Rio de Janeiro, 1972, vol. | p
caixa 1,4
e
Cana de Pedro Lelou a d. João de Lencastro, 17/12/1699, AHU, Rio Grande,
208 PAULISTAS X MAZOMBROS
PAULISTAS x MAzonnOSs 269
a entrega, todo agosto de cada ano, de 600 espingardas ou mais, à se- exportável, 9 que não ocorria, como pode
rem levadas pela frota. Ao custo de 3$600 réis cada, as armas eram um mos perceber com a própria
proc ução das armas. Estas necessit
avam de fornos especiais x à a E
pouco rudimentares; de cinco palmos e meio de comprido, de bala de dição doo ferro,
derro, eé exigiam gran
.
ram de investimento em tecno ria.
arcabuz c com canos reforçados, “cm cor, por não criarem ferrugem, Tone do aado de arma
À vend Atas s aos
aos íníndio
a
dio s sempre foi Proibproibid:
ida. O e
regimento de
provadas e postas na cidade a sua custa”. À fazenda adiantaria, na assi- omé de Sousa de 1548 já deixava claro que ninguém, “de
natura do contrato, 500$000 réis. Como no Brasil os moradores tinham qualidad ide e ou ou condcon ição que seja”, J tinha perm qual
grande falta de armas e o seu preço alcançava aqui entre 7 e 8$000 réis, issã
ssão o parpara ddar “aos
aos índios
índios
do Brasil “artilharia, arcabuzes, espingardas,
o negócio parecia lucrativo acima de tudo.” As armas deveriam scr en- pólvora, ne unico eis
elas,s bestas
e as, linças
, lança s € c espad
espadas,as c punhais,o nem EU Vora ACM nem munições
viadas, inicialmente, para a Paraíba, onde João Fernandes Vicira cra ca- cabos de“pn pau, nem
manchis, foices para de
.
facas
esta
dagl. Alem
»
anha, nem outras seme o
lhantes, nem .
pitão-mor € se esforçava por equipar as companhias das ordenanças.” algumas outras armas de qualquer feiçã
,

"Temos ainda notícias de que foram enviadas cem espingardas, da fábri- o, que forem ofensivas € defen
sivas . À punição para os infratores cra sever
ca de Simão Fernandes, para o governador de Pernambuco, que as dis- a: “morra Por isso mort
natural, . “po
e perca todos os seus bens”.”* Nãoq obstante
e e e
isso não
,
eribuiu entre os moradores. Como não quis cobrar por clas, d. Pedro II "que, com o avançar das relações entre a impediu
E + do o c

luso-brasileiros « indígenas e à
lhe enviou uma carta exigindo a quitação dessas dívidas.” * conso tenção de algumas das alianças militares,
As balas ou pelouros poderiam facilmente ser fundidos 7x foco. Da fosse comum o arma.
mento das tropas de silvícolas agregadas
mesma mancira, o murrão (como era chamado o pavio) podia ser fabri-
nas expedições de guerra &
entradas no sertão. Dessa maneira, o regim q u

cado no Brasil. Em 1693, o governador Câmara Coutinho enviou para o ento dos governadores d:
capitania de Pernambuco, de agosto de
1670, circunstanciava e a
Reino algumas arrobas de amostra de uma “estopa de embira” — ex- bição limitando-a aos inimigos. Mandava que o gover
dio
graída da casca de uma árvore e muito usada no Brasil para a calafetagem nador tivess cui.
dado “de mandar proceder contra aquelas pessoas
dos navios — e que dava um “bom murrão”. A idéia cra exportar para o de quale ver q dali
dade ou condição que sejam, que derem ou
Reino. A estopa custava doze vinténs a arroba, que depois de limpa venderem artilharia armas
de qualquer sorte, pólvora « munição ao gentio
resultava em meia arroba de murrão, que custaria então 480 réis. O pro- que estiver de v, rm com
os meus vassalos”
blema é que não havia aí quem a “obrasse” em escala.” Já a pólvora rt em
- Uma das aracterísticas mais importantes
vinha quase toda do Reino. Como já vimos no primeiro capítulo, um da Gucrra do Açu, que :
diferencio u de todos os outros conflitos anteriores,
dos vetores da penetração dos sertões baianos na segunda metade do s las cra que vária
nações tarairiúus, os janduís, icós, paiacus etc.
século XVII foi a busca das minas de salitre, clemento básico no fabri- tinham grande art e dos
Seus guerreiros adestrada para as técnicas ocide
co da pólvora negra. Embora várias tentativas de produzi-la em quan- ntais de guerra e n n
damente, possuíam armas de fogo e habilidade
tidade tenham fracassado, tratava-se de uma tecnologia facilmente para utilizá-las. Gregório
Varela de Berrcdo Pereira, acreditava que
esses índios que antes ão
Sabiam atirar com espingardas, “hoje o fazem
melhor do que nós.
H Consulta do Conselho Ultramarino, 3/8/1675. DH, 48:44-5. Carta régia, 21/8/167 E pois de pacifi ados, os tapuias cram imedi
atamente desarmados o
AHU, cód. 245, fls. 23v-d. fanco que garantia o perdão a todos os paicus
: c icós, de 1701 proibia
* Carta régia 7/11/1675. AHU, cód. 256, fl. 13v. Plicitamente que usassem armas de fogo, pólvora
* Carta régia 8/11/1678. AHU, cód. 256, fl. 27 e carta régia 12/11/1679. AHU, cód. 25 e ch umbo, sob pena
fl. 32. :
" “[...)Jo murro se fazia de uma estopa que se tirava de uma casca de árvore chamad densa estava prevista no capítulo 3] do regimento de Tomé de Sousa (1548) c
embira, e que o murtão que se obrava dela fazia muito bom cravo, e que dura
bastantemente o fogo nele, e que desta estopa havia toda a quantidade que quises Cf. M. €.19 2de Mendo 23 do regimento
Do capítulo Paes de Roque da Costa Barreto (1677).
Janeiro, vil pensa fes duformação administrativa do Brasit. Rio de
sem que é com que se calafetam os navios”. Carta de 23 de julho de 1693. D
34:122-3. Segundo o Aurélio, a embira é “a designação comum a várias espéei administratioa do Brasil . Rio io dode Janeiro,
pair Todo Não Alfiedo Libânio Guedes. História
arbustivas da família das timelcáceas c do gêncro Daphuopsis, de Nlores inconsp fcuás, É
O capíeulo 14 do poi | J62, val. Iv, p. 181 ou também nos D/f, 6.
€ que se carzeterizam por produzir boa fibra na entrecasca”, Ainda hoje, nos estalçl até E egeral: 9 dapassado
1740,com“Inform:ação a Fernão de Sousa Coutinho, mas válido ainda
Breve capitania de Pernambuco”, ABA, 28:123, 1906.
ros ainda tradicionais da Bahia, como em Valença ou em Cajaíba (Camamu), à estopá
de embira é utilizada para calufetar os barcos € saveiros. ' tor
a
Antôni ç depot Val obrando neste governo de Pernambuco o sr. governa-
nio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho cte.”, RHIGB, 51:266, 1979.
270 PAULISTAS
STVAS X N MA LOMVB3OS PAULISTAS x MAZ
OMRO s 271
bmetidos a
” 811 4 . mentas.2 O fato é que mui
de serem Su quoê litava “três tratos de polé a braço o viva, De a tos dos índios Possuíam
que a guerra era tão ásper buzes e dever-se-ia tomar cui espingardas e arca-
Ressurreição acrec e y a c viva, | lo cle dado de n ão lhes deixar cair
lo fogo, e não lhe faltar pólvora, quand oe munições destinadas às tro em mãos as
es d pas no s crtão. Nesse sentido,
rem os' bárba ros dia, em 1688, que Manuel de Abreu Soares, . com pedia ao capitão-mor Amaro Se o arcebispo
rqueira que tomasse todos os
« ”» ,
não fabricam
Ane » xaminasse “donde lhe vem, ou quem DO a O com o comboio «ue deveri Wu arranjar cuidados
para o envio da Pólvora e
todo 9 silêncio, clareza que esta matéria pede me avise . Vol para Jorge Velho e Albuqu erque chumbo
Câmara, “por ficarem os
mesmo segredo . nitães envolvidos na guerra, Domingos Jorge o 0c costumados às armas de fog bárbaros tão
o com os nossos”.
Fazia ea de At aque uc Câmara, aos quais pedia que invesissem Em 1703, passado o moment
o
mais tenso do conflito com
Antônio “bos, d. Pedro II ordenou os mazom-
ce y ora não lhes faltou pólvora que o mestre-de-campo fic
por que ar o de que possa vir é que não nem bala para a sendo *- felação às not ass e ate nto com
percebo; no sm d ícias de que sc vendiam armas dos
Índios inimigos, por-
rem”. Pois o con fazem, ou lhe vai da nossa parte, ou e vem e : que acreditava, da leitura de uma
certo que eles as O governador aventava três hipóteses para exp ar a represent ação feita pelo procur
“do terço, o cap
itão José Porrate de M orais, qu ca sol ador
outra de fora! O Ê os índios as poderiam “ter tomado aos morad ores ução de que o ouvidor
origem dessas armas: ao os matavam c devastav da Paraíba deveria ir em diligêne ia todo ano
am aquela “capitania ; fiscalizar tal atividade cra
“insufic iente para atalhar tamanho dano.*” “Trê
do Rio Grande que o capitão-mor da fortaleza do ( A!, cará estava o :dor-geral mandou o desembargador
s anosdepois, o governa-
existiam boutos de dios e “lhes dera pólvora c munições it sirde algumas pessoas que mora Cris tóvã o Soar es Reimão “devassar
que ainda m no sertão, que vendem
merciando e bala aos tapuias noss armas, pólvora
e fim os janduís poderiam as os inimigos”. Além disso, Filip
e Bourel, missio-
lhes duran o o A Or vezes entravam no no Açuter (que
compcra
radonaveg
dos áre
pa E jário jesuíta, havia se queixado
ra “de que os moradores de
EsGoianinha compravam tapuias, Cunhaú e
vos e tasca
por embar caçõe s maior
ções maioreses por
po! distâaranciaauem
de oito
“esseéguas ) Era o que
s b árbaros É a troco de espingardas, e outros
ficaram tão havia cativado em guerra”. Para que os
devassar esse caso foi indicado
Fendi Bernardo so duo “SÓ por eles suspiram”, sendo cabares
s
E Manuel Velho de Mirand o ouvidor
a.”
amantes dos hol am k Mer outra nação que não for a portuguesa, dan
de se unir com qua e te são muito destros contra cla”.*la”. AÀ tese déE Da prisão do mestre-de-campo
se-lhes armas de a ercutia as explicações dadas tes dé à dissolução do terço
para a insolência d
uma ajuda si rolião mas parecia inverossímil, pois, segun “Na Junta das Missões, em
Pernambuco, havia sido disc
índios e o no º o ode ser tanta que suprisse por tão largo a riação do terço dos utido o crro
paulistas para o sucesso da conv
governador, “esta né di ao governador de Pernambuco que man bols-era considerado que o uso e rsão do pentio,
po”.** Desse modo, pedia : da força, “pelo grande medo e
sc “averiguar com certissima a iligência esta matéria”* Contudo, patê; Que têm [os tapuias) concebido dest temor
o cra vista grossa a esse tráfico. E a gente”, não só iria impedir que
Índios descessem do sertão,
cia que as à utoridade mas o despovoaria.”! Com efei
de Nil recriminavam o capitão-mor, a: , dos acontecimentos no Jaguarib to, cm
e, a frota trouxe uma carta régi
1689, os afici ca al o sor passar um salvo-conduto aos tapuias e pr fado a
nho César de amAndra de, p ue estes índios eram falsos amigos €Q
ã panati
“ão ,i porq ue era certo que es frecharia”, pólvora, chumbo e fel o Vo
parta dos oficiais a
da cânara de N atal ao capitão-
estavam trocando suas drogas por avtO 2,11. 125v-by, mor, 31/3/1689, IHGRN , Caix
a 2,
Cara, 6/ 12/1688. DIF,
40:35 I.
Fégia 3/8/1703, AHU, cód.
257, 11. 135v-6.
“o
ando do
Bando g
do governa :dor de Pernambuco sobre o perdão aos tapuias
JO DOS E! 1 30,
5/1701. IHGRÊ tá régia 15/ 10/1706, carta incl
usa do governador-geral ao gov
. NA 20/2/1706. AHU, cód. 257, 1. 198. ernador de Pernambe-
aixa 65, livro 3, 1. 11Sv-6v. sáda na consulta de * Conselho 9 (a carta de Francisco de Cast
ro Morais fo
DH, 4
iho à Manuel de Abreu Soares, 6/12/1688. fisul! ta do Conselho Ultr
Ultramarino, 1 1/10/1706. AHU,
cód. 265, fl. 198),
amarino, 12/2/1700. AHU,
que: Iscordava abertamente cód. 252, fls. 234v-5, Com o

a
Carta ViciraRusso
“arta d de Bernardo ia s ao conde » de de Alvor, , 5/8/1694. DII, 84:123-
Ravasco ij nambuco o governador-geral. E m outubro
de [70], o governador
tas ol. dava notici as do excelent
as
Cacta, 30/11/1688. DI, lho na red ução dos e trabalho do missionário pe. Mipu
jan duís, 9 que suscitou o come cl de
mM
Jarta, 12/10/1688. DIF, 10:325-6. ntário agastado de 1 «encastro
PAULISTAS àx MAZOMBOS 273
272 PAULISTAS X MAZOMBOS
o uando cram “bárbaros”
dav a o mestre-de-campo € seu terç não havi i
de 13 de janeiro de 1700 que man mais agoraa e às pazes,
Lencastro, desconso lado , dizia ao seu pro- c emrompido
haviam
e estava am : aldecados Jamaisà João
obediência da C quanto
sta. O
se retirarem do Rio Grande.* umen- to é que Mumia mancira se podiam levantar
que mandasse rapidamente os doc se quo o di
,
cegido, em carta de 6 de abril , 4

de seu serviço, bem com o as cert idões missionário o soubesse”, visto que cra uma “verdade ão pa a Bidadée do
tos que justificassem a utilidade pude sse envi ar um ai N vos sertões que nenhum morador “se vigia
. & a ag. Bee”

acima) para que


' ' é Se t ex-

dos missionários (de que tratimos di


to isso, cm desrespeito comple- s É los + POrqUe estes os avisariam com antece-
dossiê logo no retorno da frota. Enquan es pintão do parecerista era muito duvidoso qu
a-lhe para continuar suas atividad re de
to às decisões de d. Pedro Il, pedi admo cs- campo, acostumado a viver da “mechavelhice” tincri a 1
da Bahia” Recebendo a jo
no sertão, pois contaria com O apoio
or de Pernambuco, Lencastro respon- as desinformações de pessoas interessadas na destmi ã | dos tapuias,
tações de seu primo, O governad - Em segundo lugar, a desculpa apresentada de « ue “o p
em de retirar os paulistas do pe Jojo do
deu em maio que havia sim recebido à ord s o rei, Costa 0 persuadiu de que fizesse a guerra” era a I; is de ei '
Fazenda cesolvera consultir ante
sertão, mas que O Conselho da O obje tivo , como Não se podia presumir de “um sujeito de tantas letras é prud Sniada
mestre-de-campo.”
anexando as novas informações do ele que obrasse contra sua própria missão. Como o leitor se fem bra,
tão difíceis.
é claro, era protelar estas decisões a de desta acusação era a carta para Teodósio da Rocha, con a
e Miguel de Carvalho — um reli-
No entanto, no final de 1700, padr utas locais a do ju 10. Apesar de haver assinado uma certidão em 1699,
entemente, alheio às disp
gioso entendido do sertão e, apar fim ntcrpretação do conteúdo desta carta com
sobre o imbróghio que envolvia os
— foi chamado para dar um parecer da Con- nO culpa do oratoriano, em uma acareação na Trento do Dista
Nossa Senhora
paulistas c os mazombos. Cura da freguesia de de Perna ' nessa duo o ao, de Carvalho, o capitão Teodósio
escr ever a uma “descrição do ser- o
ceição do Rodel a, em 1697 — quando : que av:
esta va missionando entre os
ão do Piauíf?—, em meados de 1700 alho € Almeida, su- osta] se entendia para as nações dos
Antô nio de Carv cito ego Pude Moo a
janduís.* Este padre cra irmão de sava definitivamente Navarro, ou ainda, nas palavras de Car lho,
como capi tão-mor do Rio Grande
cessor de Bernardo Vieira de Melo
e
o mesmo termo que se. tivra da culpa o padre, se condena a coda o
a em ótima conta. Talvez por isso
entre 1700 e 1703, à quem o rei tinh : e mede campo! y
uência na decisão do Conselho Ultra partir desta investigação, suas recomendações fo-
seu parecer tenha tido grande infl paia ci ão va na A ém de aconsclhar que o ouvidor da Paraíba, fazendo
muito improvável que os
marino* Para Miguel de Carvalho, cra , a pitania do Rio Grande, passasse para o Ceará a fi
leva ntar contra 08 moradores, pois56
estivessem com intenções de se or Poa Esta matéria, parecia-lhe incontestável que é meses

em 6 de dezembro: “mais bom fora que a espad


a estivesse sobre ac abeça desses bárbã' o, mas pelas gravissimasc permiciosissinaas cons ade jaade do
porque cuida r-se que só com a brandura se hagille m ponderadas são as mais odiosas e às mais opa pas o ue
ros até que de todo se sujeitassem;
e sem essas experiências ficam, e irão os erros 6 e Evangelho que o demônio poderia mtas r cO aas maio
amansar é, foi, e será engano sempre, inventa mais cod
contrárias à
envol vidos com paixões particulares:
monte em monte, e principalmente qu ando
são Edade e justiça”.”
Pernambuco, 6/2/1701. DIF, 39:15
5-6.
Carta de [encastro ao governador de ia
al)este E side o rei i que este caso era “digno de toda a
246, 108.
Casta tégia 13/1/1700. AUU, cód.
6/4/1700. DII, 39:114-6. Nesta
o

campo, or de um exemplar castigo”. De pronto, a carta


o
Carta de Lencastro para o mestre-de- uma E
mend ava que o mestr e- de-campo escrevesse cle mesmo
Lencastro reco escre veu não uma, mas vári:
vimos , Navar ro
rei dando conta de sua obra. Com paulista já hai
tinha partido, mas os p apéis do +
Em 24 de julho, a frota ainda não 1700. DH,; e decumen y o .
stro para o mestre-de-campo, 24/7/ ag desordens” "4 segundo Evaldo Cabral de Meito, cle “não poupava ninguén
chegado. Carta de João de Lenca ambu co, 7/5/1 700, DH o
povemi dor de Pern re os paulistas endereça um ponto de vista egiiidistante, Seria essa informa do
Carta de João de Lencastro para e 9: Carta de Lena vao
ç ) 4 do mesmo secretário? Evaldo Cabral de Mell 0. A fronda
São Paulo, 1938, p. 370-8 Mazombos. S5
=


Ernesto Ennes. As guerras dos Palmares. 39:155-6; e AL IU, Pernambuco,
& ação d o Paulo, 1996, p. 121.
>

6/12/1701. DI, ç tda


ao governador de Pernambuco, de informante; o padre Miguel de Carv;
mesmo Migucl Carvalho (espécie o
de Teodósio da Rocha,
RIHGRN, 10:138-9, De fato, esse sobre4 Sh5) de Studan A) Deuino certidão
Monarquia) escrevera em outubro
do mesmo ano, uma
Paim,
infor
secre
mação
tário de Escadol
pa Úligo, In: .Barão
is Navarro”RIHO; 31:192.5 e 182.4, 191900 OS to mestre-de-campo
Rogu e Monte iro É
do Oratório em Pernambuco a
274 PAULISTAS X MAZOMBOS senadora PAULIS ASTTAS
AS X x MAZ(OM
!, OMBOS BOS 275
ao ouvidor-geral da Paraíba, d estu na cadeia da cidade de Olinda,
régi a de 15 de dezembro de 1700 ordenava ,
o mestre-de campo andava sol-
a”, que largasse seus afazeres e
Cristóvão Soares Reimão, vulgo “Goti . nto Nesse
pres
sentido, o rei rei cobr
e ou do gove
governad
rn: or-g
or-geral
eral que
re-de-campo e remetê-lo ou de fa ; ' anti
fosse ao arraial do Açu para prender o mest E o informasse melhor da situ ação pois 0 crime de Navario
“onde entenderdes eraa tital au c da
para a c: ideia de Pernambuco ou para a Paraíba, ele “pod
e e mere
merecer cer sesentença de mort
morte e natur
natuco
al”, O OA
o risco de fugir, c com o escrivão que contra ie pr cesso
que pode estar mais segur o com morava, pois Soares Reimão não cons
egui ra sen ibilizar,
mento aos culpados
vos parecer tireis devassa do dito caso, c darcis livra Corte”.“8 Conside- PA aa 8
N or-geral de » Per
SPO: .
nambuco para que. fossem “Eni erpela, Í

ação para a casa de suplicaç ão desta ss as rest inhas do caso "* Muito provavelmente em
nela com apel a: ão dig
a Os “tapuias da nação paiacus”, p
rando ser injt sta a guerra movida contr » 0€es deste caso, o ouvidor de Pernambuc
o fi O anti,
dor pusesse imediatamente em o
outra carta régia mandava que o ouvi stro
nomeado como Pam “juiz
Juiz privprivati
ativo de todas as. causas dos dos índios
DO eante
capuias
cobrava de João de Lenca s
liberdade os cativos” Na mesma data, o rei 2ssa capitania”, nt, com exprexpressa
es s ordens s dede defedeferi
ririe “bre
“breve
evee
a exccuç ão de suas ordens de extinguir o terço dos paulistas “e fazer = sumariamente” os assssuntos — daí í sua responsabilidade de
do Rio Gran de as terra s que o dito mestre-de- do julgamento do paulista," ocupar-se
restituir aos moradores ção da ..:
tom ado”.* * Lencas tro perdia, ainda, a jurisdi A despei to de der o
campo lhes tivesse f toda esta mixórdia, as hostilidades dos- tapuiasalé | e-
do Açu, agora sujeitas ao governo oh
-apitania do Rio Grande e da região H vantados prosseguiam. Dessa forma, as trop
as deveriam permanecer
pel a grande distância que ficam da unida
nie s sob2 o6 coma
de Pernambuco, “atendendo a que comandndo
o temporário do sarge nto-mor,
tem

José
) ,

as desordem que ali Navarro, é parti para O pertão entre o Is


Bahia não é fáci | que daquela parte se acudam a ao Cear á c o rio rn b ope ra
o do terço, que lhe escapav a
podem acontecer”.!? Já sem à jurisdiçã da .
cima ia guerra aos “tapuias parambeses”, a fim
constem ado, escreve u ao ouvidor
comando, Lencastro, certamente
prendesse Navarro e o reme
Paraíba, em abril de 1701, ordenando que “Maranhão”. e Passados do alguns s meseses, o goveaa
s, ox rnadorà dede Pern: Pq o do
ou à da Paraíba, com muita diligência Deo do pe er Papel deslocar os paulistas
tessc à cadeia de Pernambuco assim por sda “das
as alte
altera-
no terço. Mandava, dos do gene ar
para que não houvesse a menor inquietação em que pe
o io Grande. Ao consultar a Bahia, recebeu
que entregasse na ocasião uma carta ao mestre-de-campo pará
à tra aan DSI STTO, na qual ele lavava as mãos, pois
€ dizia que a prisão cra à oportunidade do mais TRE as
dia crangiúilidade ao amigo adição do Rio Grande para Pernambu
co e
no ca so.'2 Apenas em 8 de To do Pavão cabiaOm ar lecisões.
que demonstrasse seu leal procedimento Como a extinção do terço ainda
HH] julho, o ouvidor da Paraíba dav a notícia
de ter ido até o Açu e pro EA an a pa tarcfa passava agora para Pernambu
NH denciado a soltura dos paia cus que
quando então prendeu o paulista. 13 Apesa
se encontrassem
r disso, em
cativos
setem
dos
bro,
paulistas
em vez
o do
a o P
deu prio de crnambuco havia enviado,
talve z por
co. Em
solicita-

II
ra a parta ao rei em que dizia não ter
MRE era oo algun rece bido da
s e à deposição do terço de Navarro, ao
qu
E em Para tanto, poderia levar consigo seis homen
s de vara, e os seus oficiais, e “aque g explicações. o No ano seguinte, o novo gove
rnador

|
pa sa vos acompanhar, a qual pedirei s ao go;
infantaria que entenderes vos necessária
vernador de Pernambuco e ao capitão-mo
r desta capitania da Paraíba”. Por essa Carta régia 14
a SO 12 a A - y U, cúd. já 257, fls. 80-80v. O carcereiro, por sua vez, foi
réis por dia, o escrivão, dois cruzados, fora a sua jo E
são, ganhariam o ouvidor 24000 o dia que safre
réis n cnado a dois anos de degredo para fora da
vil; e
vara 250 réis, desde
crita, o meirinho dez tostões, c os homens de cera Vaio nam 8 relaxamento das prisões
dos poderosos em conch jo com os
volta a cla, “pago tudo à eusta dos culpados, e não tendo estes bend 68 pronis en dis foram promulgadas visando coibir esses
Paraíba até a abusos: à lei de 30 o

| |
1700, AHU, cód. 257, fl. 72v-3v. éST e finalmente,
custa da Fazenda Real”. Carta régia 15/12/ apiennis em qitão do sua inaplicabilidade foi reeditada a
a, 15/12/ 1700. AHU, cód. 257, fl. 74; cà é degrdo,
Carta régia para O ouvidor da Paraíb em DOT
, s ada de no
* deP ovo, com
,
penas
Mrs ad
ainda maisy duras (como pri-
carta régia, enviada para O governador
.
Paraíba, caixa 4. A cópia desta mesma
10:136 -7. sa. Bahia,
Bneiro,
nambuco, está impressa em RIHGRN, O rei nomeou
o ouriço e I para & mesmo
es posto o corregedor da cidade e. i
DIF, S4:118-9.
we Carta régia ao governador-geral, 15/12/ 1700. indo Marins Pa da capitania Carta régia ao governador de Persona fre
régia ao gover nador de Perna mbuco , 11/1/1701. RIHGRN, 10137. giadi do nhasà de Lencastro, + 5/11/1700,
1 Carta 5/11 AHU,
: & Or
a, 8/4/1701. DI, 39:138-41. Cara do LEncastro ao ouvidor da Paraíba, 8/4/1701.
1 Carta de Lencastro ao ouvidor da Paraíb Conselho Ulá DIf 39: Bo 6
cci (inclusa), 8/7/1701, consulta do E:Fe régia do go ro ao governador de Pernambuco,
w% Casta do ouvidor da Paraíba ao 16/9/1701 DH, J2SA 2
sino, 8/11/1708. AHU, Paraiba caixa 4. ; crnador de Pernambuco, 4/1/1702. AHU cód 257
+ cód. 257, n 1. 9% 93v.
2760 PAULISTAS X MAZOMBOS PAULISTAS X MAZOMBOS 277
de Pernambuco, Francisco de Castro Morais, que alimentava uma (na ribeira do Ceará-Mirim), São Paulo (na ribeira do p Dc Sã
“desconfiança pela causa” dos paulistas, apostava na sua dissolução, João Batista (na ribeira do Gunhaú)."? No início de
1703, in ne o
Afinal, para que tantos gastos numa situação de aparente calma? Em mor havia pedido autorização para mudar o arraial do lu rd
nd o es ao
uma carta de dezembro de 1703, o governador-geral, d. Rodrigo da vam há três anos, para o sítio em que estivera Matias Cardoso 13 À inio
Costa, tentava convencê-lo a aceitar a manutenção dos paulistas no ciativa era motivada pelas dificuldades do clima c à falta dá ua AL
sertão, pois “o valor dos pernambucanos é muito para ser estimado, guns meses depois, em setembro, o sargento-mor iria pedir licem
a p: a
mas sempre é boa a desconfiança”? Rodrigo da Gosta, que tomou se retirar em razão dos “achaques que padece”. O governador
ceral
posse em julho de 1702, manifestou sua simpatia pelo mestre-de-cam- achava pouco conveniente abandonar o arraial, ainda mais porque
Seri
po e diligenciou por pagar os soldos atrasados c manter à unidade da necessário convencer a Junta das Missões. Em junho de
1703. ua do
tropa.Hº ainda estava “preso”, Navarro recebera carta branca de d Rodi y ; ka
Com a saída de Bernardo Vieira de Melo, aos poucos os paulistas Costa para que, nos casos relativos às guerras do gentio “que necessie
.
voltavam a coser suas alianças com os agentes locais da Coroa. Alguns rem de remédio pronto”, resolvesse com seu parecer
e de alguns cabos
sucessos, como a prisão de uma liderança dos janduís, o “régulo Loyo”, mais inteligentes “o que for mais conveniente à segurança e ui
« ão
em agosto de 1702, eram festejados pelo novo capitão-mor do Rio Gran- dos moradores do Rio Grande e das mais circunvizinhas” 1º Navarro
de, Antônio Carvalho de Almeida." Mais importante, sem dúvida, foi ficaria preso por pouco mais de dois anos."º A documentação
não nos
o “protesto de fidelidade” assinado por todos os “governadores c gran- permite saber qual o destino do processo, que se encontrava eng: vet k
des da nação janduí” das três novas aldeias: Nossa Senhora de Aparecida na Relação da Bahia.!” O mais provável é que, passados os moment
q
de mator animosidade, c muito em razão da mancira como
o terço se
acomodou na estrutura de poder da Colônia, tudo dar-se-i
a por ed e
cido. Em setembro de 1703, Rodrigo e Costa parabenizav; Ni
v” Carta de d. Rodrigo da Costa ao governador de Pernambuco, 2/12/1703. DIF, 39:
2001. ro pela
noticia “de estar solto e livre”.!!3 “ava IMavarro pela
“o [Em agosto de 1702, quando já era governador d. Rodrigo da Costa, este mandou 33
mil cruzados ao terço, comandado pelo sargento-mor €, cm carta do Navarro, lamenta-
va muito o seu impedimento. À ordem para pagar os atrasados dos soldos vinha de
Portugal e fora passada para Pernambuco, cujo governador a comunicou em junho - MR Protesto
S de fidelidade cao
: rei: i d. Pedro
l II, de todos oss governadoresc grandes da naçã
a Bahia, Carta de d. Rodrigo da Costa ao mestre-de-campo do terço dos paulistas, mu janduí, Natal, e. 1702. IHGRN, caixa 65, livro 3,11. 127-127v
prandes da nação
pita

18/8/1702. DH, 392:162-4. ú Ea de a Rodrigo da Costa do governador de Pernambuco, ITA TOS. DIV, 3X172-4
n Ga de õ Rodrigo da Ç cost a José de Morais Navarro,
Carta régia dos oficiais da câmara de Natal, 9/5/1703. AHU, cód, 257, N. 121y, Bernardo -
DST

17/9/1703. DEI 39:189


Vieira de Melo foi capitio-mor do Rio Grande até 14/8/1701, quando foi substituído :
”“* DACartaSPAS
de D, Rodrigo da Costa
sta ao mestre-de-c;
stre-de-campoI do terço autistas,
terç dos s paulistas, 15/6/
paulistas 15/6/1703,
TS

por Antônio de Carvalho e Almeida. Cumpriu dois triênios, por pedido dos morado-*
res « anuência da Coroa. Em 1707, candidatou-se ao posto de capitão de infantaria * *A ia certidão
errei
que * passou
NSs
paca
.
o sargento-mor, Navarro conta que “em tempo de mais
dos terços de Pernambuco, sem sucesso, c, um ano depois, ao posto de sargento-mor e ois anos que estive preso”, aquele o havia substituído com
o 2] q e LAN ” +
selo. Certidão, arraial
n eg . e .

do terço dos Palmares, sendo nomeado pelo rei cm 14 de muito de 1709 (carta patente u N Açu, 8/1/1704. AHU, Rio Grande, caixa 3, 43,
,
25/9/1709). Depois de canalizar seu nativismo e sua felonia contra o governador de in de 1700, o rei pedia que o chanceler da relação da Bahia lhe
mantivesse
-
Pernambuco, Sebastião de Castro e Caldas, na “guerra dos mascates” (1710-11), onde g para a da sentença sobre o dito agravo. Carta répia para o chanceler da Relação
da
se imaginou que clamara por um república ad instar dos venezianos, acabou sendo m e ta, 15/12/1700. AHU, cód. 246, 140v. '
do Li e a de á epuiiso da Costa ao mestre-de-campo do terço dos paulistas,
preso junto com seu filho André, em 1712. Enviados para Lisboa, na prisão 17/9/1703
morreram em uma noite fria, sufocados pela fumaça de um fogareiro de car- :o PH, 92.187. Quaam
nto f
às terras que reclamavam oss paulistas
paulistas como paga por seus servi-j
mociro,
vão, antes de receber sentença ou “aproveitarem os favores da anistia”. Consulta do “Y j dadas o peu déria de julho do mesmo ano, resolvera que as sesmarias
Os. a e! e e

que estavam
a a
! servi

Conselho Ultramarino, 7/8/1697. AHU, Rio Grande, caixa |, 42; a provisão


0% ns ovoadas anteses dodo levante seriam ] restiruídasdas aos Jos seus
s antigos
igos donos que as
Da

caixa | a
reconduzindo ao governo do Rio Grande é de 7/1/1700, AHU, Rio Grande, abandonado, e que aquelas terras livres seriam distribuídas entre os
oficiais e
66. Consulta do Conselho Ultramarino, 15/7/1701 e Consulta do Conselho Ultrama- ela os a terço para que eles as povoem, “como se fez ao terço de Domingos Jorge
Melo
rino, 18/1/1708. AHU, Pernambuco, caixa 17; papéis de Bernardo Vicira de
ARO TOS almares”. Carta
Dna

régia 4/7/1703. AHU, cód. 257, A. 136. Luiz Felipe de


apresentad os em 1728. AHU, Rio Grande, caixa |, 66: Evaldo Cabral de Mello. DO ao tratar da demanda por terras de Domingos Jorge Velho, discute as
fronda dos mazombos. São Paulo, 1996, p. 285; e TVárcisio Medeiros. “Bernardo Vieira “epa a sedentarização dos paulistas. Os tuso-brasileiros em Angola: constituição do
: o econômico brasileiro no Attântico Sul, 1550-1700. Cam Pinas,
de Melo e a guerra dos bárbaros”. RIVIGRN, 59-61:34-6, 1967-1969. 1994, p. 127-31
278 PAULISTAS X MAZOMBOS
PAULISTAS x MAZOMBOS 279
Quando Francisco de Castro Morais tomou posse como po vernador do aos paiacus, as dificuldades em mant
er missionários cm um sertão
de Pernambuco (3/11/1703), teve notícia de que os icós Ctarairtúis) ae tão afastado, levou os jesuítas a trans
ferirem os índios pacificados para
viam matado dezoito moradores da ribeira do Jaguaribe, ao que encar aldeamentos mais próximos do litoral.
Os do Jaguaribe foram levados
regou o terço dos paulistas de fazer-lhes guerra. O governar or nu pena pelos missionários João Guinzel é Vice
nte Vicira para o aldeamento de
que tinha respaldo da Junta da Missões, mas foi duramente c Ei 0 Urutagui, na Paraíba. Já os paiacus do Apodi, foram
pela Coroa a “enviar os votos”, isto É, a comprovação é esa c ceisão, Bourcl c Manuel Dinis para uma nova levados por Filipe
missão de Nossa Senhora da
coisa que não parece ter feito.” O governador da dabia OO StTOU Encarnação, no lugar da antiga aldeia
potiguar de Igramació no litoral
sua preocupação; afinal, até então a Junta das Missões vin n sis o ati- sul do Rio Grande (atual município de Vila Flor
).
camente impedindo as operações do terço dos paulistas IM eu a Com o abrandamento dos conflitos
com os tapuias, os paulistas sc
De toda maneira, segundo uma certidão do padre Filipe ouro , no + ia viam cada vez mais embaraçados pelos interesses
€ razões particulares
11 de novembro de 1704 0 terço saiu em campanha para fazer Buerra dos moradores daquelas capitanias. Em | 707,
quando Sebastião de Cas-
aos ditos tapuias, que diziam estar confederados com es cariris e palacus tro e Caldas assumiu o governo de Pernambuco, o
Depois de longa marcha, deram no alojamento dos in ios, ma u ) ros
governador-geral,
Luís César de Meneses, pediu que averiguasse
e aprisionando todos, não tendo escapado mais que dois ou três o º o terço dos paulistas,
preocupado que estava com o descamin
ho dos pagamentos. Segundo
tre-de-campo ficou ali, cuidando dos feridos « dos pristoncicos, er duan O ele, “até 0 presente não tem vindo nenh
uma clareza nas pedidas, nem
José de Morais Navarro corria com sua gente atrás 0 restam e Ú ste “ onúmero de praças [em] que o dito terço se acha,
c me consta que dele
puias. Cinco dias depois encontrou os confederados , que se ha iam só existem alguns capitães € oficiais c que há muito
juntado aos guergues. Na batalha que sc seguiu, morreram I adPuias, c grande descaminho
nas pagas que se fazem”! Como em 1704 0 mestr
entre os quais o principal dos icós. Ao que parece, cata teria dido a e-de-campo pedira
licença “por tempo de um ano à São Paulo”, “por
tima grande expedição “pacificadora do terço de avarro. Nas pa lhe morrer sua mu-
lher”, passados dois anos, o rei, insatisfeito com tantas queixas
vras de Bourel, “com a notícia dessas vitórias, temidos os mais gen Is * radores do Rio Grande, que lhe pagavam dos mo-
buscar o dito mestre
os soldos mesmo em sua au-
habitadores dos sertões daquelas partes, vicram sência, havia mandado verificar se o paulista “reside
no seu arraial”;
de-campo dando obediência e prometendo inteira deidades va Ma “ caso contrário, ordenava a sua baixa imediata
jestade”.”! Sinal mais importante do fim das nostilica os NM reco: . Não obstante, em no-
-vembro de 1709 q pagamento continuava sendo enviado,
apesar dos
mendação de Francisco de Castro de Morais, governador de Per “sepetidos protestos do governador-geral,
que dizia ter notícia de que o
buco, que em carta ao rei de 20 de dezembro de 1705 propunha extinção n
do forte real de São Prancisco Xavier na ribeira do Jaguaribe.!* Quan- |
, Situado 14 léguas acima da barra do
rio Jaguaribe, foi necessário para fazer
dos sertões c respeito aos tapuias, “poré Fronteira
m hoje não servia aquele presídio para
: -Saalguma, por se achar Já a dita
1. » . + coi-
NA ribeira povoada com muitos moradores, mais+
.
infanta de Portugal escreveu-lhe,
sereve :, em
E 18 de :)julho de * 1704,17 | pedindo! e
explicações,
pesos . 2100 léguas de 80
para o sertão e Porque o dito presídio não pode
sobre a guerra que mandara fazer “aos tapuias do corso, gentio bravo, e í a ficar a 14 léguas...” De tato, o fortim toi
defen der a barra por
abandonado em 1707, GF. Carlos Studar
tados” ordenando enviasse os votos de todos os membros da Junta das issões Filho. Páginas de história + prébistória. Vortal t
eza, 1966, p. 202-5. Sobre a fundação
Pouco mais tarde, o rei dizia que, apesar de o governador haver insinuado, em . + do presídio, veja consulta do Conselho
Uleramarino, 13/8/1696. AH, Pernambuco
de 27 de setembro de 1705, que enviara os votos, estes, contudo, não haviam chega
t ç OS Y o e a he C|
"caixa 12. ,
& ST vezVEZ! ao Conselho
“one! ” Fino.
do, de modo que deveria novamente remetê-los, desta ao 8 A missão do Apodi foi retomada em 1706 e novam
ente abandonada em 1712. Somen-
€tarta da infanta de Portugal para o governador de Pernambuco, E rancisco e co, te em 1725, os capuchinhos italianos recuperari
am a missionação naqueles sertões.
Morais %y 18/4/1704, ALU, cód. 257, f1. 139. Carta régia ao governador de Pernambuco, É CE Fátima Martins Lopes. Afissões religiosas: indios, colonos e missionários
28/9/1706. AHU, cód. 257, tl. 139; certidão do governador de Pernambuco explican do da capitania do Ria Grande do Norte. a colontza-
Recife, 1999, p. 153.4,
do aa situação
situação da«da giguerra aos icós, 27/12/1705. AHU,
Í Rio Grande,ON caixa
TTOL 1,DH60, 02d Carta do governador-geral a Sebastião de
Castro e Caldas, I2/YNTO7. DEL, 3Y:237,
1 Casta de d. Redrigo da Gosta ao governador de [ ermammbuco, ) . DHT, É 2 Carta régia, 4/11/1704, In: Barão de Studa
rt (cd). "Documentos relativos do mestr
14 Gertidão de 1/11/1205. AHU, Rio Grande, caixa 1, 60. Ja u
kh,
de-campo Morais Navarro” . RIZIGC, 3/:219-20, 1917; carta régia 18/9/170 e-
122 pio fundado em 1696 com vinte soldados, comandados por João da Mo Peód. 257, f1. 121, baseada na cons ulta do Conselho Ultramarino, 4/9/1706. 6. AHU,
Jjá contara com mais de trinta soldados negros para garantiri a eee ame
segurança daql: popu lação.
q : Grande, caixa 1, 63. AHU , Rio
e

280 PAULISTAS X MAZOMBOS


PAULISTAS X MAzOMBOS 281
som! o que aacumulara
terço “está muito diminuto de gente e que o seu mestre-de-campo fora
"

ac . Sra :nestes s anos


anos de
de guerras, c o mais ,
"é Em 1710, o rei
para as minas do ouro a tratar de suas conveniências” senhor de engenho e r Mais que obtivera
Ter alinas, tornou-se então do el morador.
espeitá
ordenou ao ouvidor da Paraíba, o “Cotia”, que se informasse dos deli- PoE endo isi o provedor
en . :
daasSanta Casa é juiz da câmais
man-
tos do mestre-de-campo e, constatada a verdade das denúncias, seu engenho
em cin; de Paraiba NAS de Olinda, cle
n 4 vizi
dasse prendê-lo nova c imediatamente. Na carta resposta de 3 de maio qu
quela cidade 1745,
cidade em(hoje
clak cidad j município de Paulista). '!SUATDa,
Se ieinhançasAS da-
anos que Morais . Navarro, será capitão-mor -— Seu de filho, Domingos ' de
do Ri Rio ( Grande
de 1710, o ouvidor dizia que “o mestre-de-campo havia dois é - 3
se fora com negócio para as minas do ouro”, de modo que ordenava
ao duzido os acontecimento de 1701, o terço
DesdePermanana »rande de 1728 a
teve seu continio ,
que se ele não sc apresen tasse no seu ter.
governador de Pernambuco incorporado a 0 cendo assim até à sua extinção em 1716 quando
5 a
é, sua
ço que se guardasse o que dispõe o regimento das fronteiras, isto Magos, nã ENT regimento, à guarnição da fortaleva de O seria
baixa imediata c desonrosa.!” duidas ne e o Natal. Em 1701, as dez companhias estava Reis
do é o CStdvi ja
Passados três anos, o rei, ainda constrangido com o absenteísmo Hr
asas: Francis
Siqueira, to po stre-de-e
re-de-campo, as dos capitães Bento Nu es do
mestre-de-campo, ordenava que el e se recolhesse ao seu terço com yr dos de medio li emos Matoso, Antônio Gago de Oliveiraà, Sal
São ce
odlva-
gência, o que foi publicado nas capitanias da B ahia, Rio Grande, . c se enc
iveira,: que sc encontravam qi.
Morais Cas ntravam no arraial do Açu, e ;
%aulo « Rio de Janeiro."* diam Olinda de e pn
de Joséem Porrate Litro e Luís Lobo de Albertim que res,
Em 1715, o Conselho Ultramarino chegou à recomendar novamente: 1, 4. Passados dez . anos,8 o fesrei pedia: providênci
4 providências
, 2
par:
nã ocorreu. Em 1732; q e onho o terç ha ?
a sua prisão ca do sargento-mor." O que, porém, não eorganizar 1 SO, pordue lhe constava que estava impossibilitad ; de
em uma petiçãoão. , ÀManuel Álvares de Morais Navarro pedia a desobriga Sugeriu-se então soldados pela precariedade das condições no ar ai L
da exigência da devoluçi ão das armas de fogo que lhe haviam sido pas-:
cómo oo dosS Palr » que fosse fosse mudado
este reduzido local e que o ter ão»> tal
e mais deprofissionalizad tal
sadas durante a atividade do terço. Pouco a pouco o p aulista se integra somo Palmares,
ra, paradoxalmente, na “nobreza da terra”, tendo
até mesmo se casado; pr a postos para uma eventualidade. Com efeit o, enem U 7
Pe º ando:
com “Teresa de Jesus Lins, desce ndent e dos Wander leys e dos Lins; raria do rm: *
mbuco .” erço dos Rorernador de Pernambuco, anexa ao “livro do escrivão do
famílias dos pró-homens de Perna ias 133 paulistas”, informa que este ficara: red uzido
hias.! Zid a duase compa-O
No ano seguinte
insolência PINTORA datais Tciai a
1% Carta de Luís César de Meneses ao governador de Pernamb
uco, SUI/1709. DHT, 3924256 da câmara de Natal, incomodados com a
1 slealdade” doss Etapuiasas Incorporad
i re , '
Com efeito, desde a proibição de 1701, havia uma preocupaç ão de observar as ordensE . , I OS do terço, pc .
Pernambuco o ouvidor de Pern:
do rei “para que não haja comunicação alguma dessas capitanias de iltada a a Ro UCO que mandasse retirá-los da capitania Cam
poderem introduzigé
Bahia com as minas de ouro de São Paulo, nem de uma e outra se eso PA ue issões, a resposta veio em forma de bando em
DH, 39:185. À carái;
nelas gados, escravos ou outros quaiseuer gêneros”, 20/7/1703 . . di odos os moradores i *ssem consi eo .
régia de 7 de fevereiro de 1701 ao governa dor de Pernamb uco resolvia que aaá
anduís, caborés ou capelas, que
a » quQUE tivessem consigo tapuias
sertões com as minas de São Paulo, nem dé .. “Is, ] os remetessem para Per t
capitania não devia se comunic ar pelos de seguiriam para o Rio de Janci = à Pernambuco, de
a esta sobredita cap
ditas minas se possam ir buscar gados ou outros mantimentos
dela trazerem -se as minas”. “Informação ge iftditam então que o bando foss: nero. Não era para tanto. Os oficiais
Hemiprejuízo para os mo ndo fosse cancelado, pois tal medida resultari
nia de Pernambuco, nem também
capitania de Pernambuco”. AB N, 28:200, 1906.
12 Carta régia 12/12/1710, AHU, cod. 257, 11. 290v. Apesar
disso (o que demonst s moradores
escravos, » po Porque conf“não
os tinham que consentem na ida. c vend a dede
de Studart, Navarro do que, quase todos são fêmeas orme a or i
dem de Sua Majestade,
dificuldades da burocracia do Império), segundo o barão
Serro do Frio, no context
sido nomeado, em 17LI, para governar o distrito do
Antônio de AB eira= alguma, ao contrário, se cas e, mesmo que fujam, não farão
atividades apaziguadoras do novo governador do Rio d e Janeiro, t0, SCErvem nas residências como chamariz aos
querque Coelho de Carvalho . Provisão do governa dor do Rio de Janeiro, 6/2/83 a 6 ai

Barão de Studast (ed.). “Docum entos relativo s ao mestre-de-campo é


la: “ ,
Navarro”, R/HGC, 31:220-1, 1917,
oh o de E. Tauna
dos que assinaay.r.“A Guerra Bárbaros”
f dos s Bárbaros”. RAA/, 22:283-5, 16
12% Carta régia, 20/3/1714. AHU, cód. 246, fl. 359v. Erégia do assinaram a certidão de 3/7/1701. AHU, Rio rindo ei 41,60
1 Consulta do Conselho Ultramarino, 8/4/1715. DE, 98:250. dE o Bovermador-peral, 24/4/1711. AHU, cód. 246, 1.202.
rchia pernambucan ai
“e Gt. Antônio José Vitoriano Borges da Fonseca. “Nobilia terço dos paulistas d estreede-rimo A :
aMoriio Navarro, nota de 31/5/1712. IHGRN caixa 3 Tao Manuel Álvares de
ABN, 47:365-6, parte 1, 1925.
'
282 PAULISTAS x MAZOMBOS las estão cas
las que que ainda estão nos matos e porque algumas “o foi definitiva.
tapulas dd Guiné”. Em junho de 1716, o te Composto
pelas
manto extintos sendo substituído por um regimento,
duas companhias."

EPÍLOGO

Fr R: FREADA em 1704,
* -. à Guerra do Açu sobrev
douros. Contudo, Para além de uma iria nos anos vin-
pelo jovem rei, d. João Pretensa guerra tot
V em 1708, ou a Buerra al procl amada
" janduís (chamados justa movida contra os
de caboré
s capelas), em 1712-13,
nhum outro grande com não eclodi ria ne-
bate em cscala nos
do Brasil.' Nesse sentid sertões do norte do Est
.
o, podemos dar Por enc ado
das revoltas indípenas errado o grande ciclo
da Segunda metade do
avaliação de um missio séc ulo XVII Segundo a
nário do sertão, o padre
clérigo do hábito de Antônio de Sous: | Leal,
São Pedro, estes Fec
tapuias estavam longe ontros entre luso-bras
da guerra Justa” mov 4. ileiros c
obstavam a expansio ida contra os bárbaros
da fé e a Propagação» «que
viam degencrado na pur dos gados pelos sertõe
a satisfação das ambiçõ s; ha-
eus capities-mores, “po es dos moradores e
rque todos são intere de
pobres dos índios”. ssados nos cativeiros
Escrevendo em 172 dos
éferia-se a “muitos cas 0 para o Conselho
os de guerras não só Ultramarino,
Muitas mortes « utivei injustas mas alciv Osas
ros feitos debaixo de €
Mados os índios de Propós Paz e amizade, sendo
ito e convidados com cha-
Ósia € mortos a sangue enganos para esta alei-
frio aqueles que são
pataa seu salvo lhe cat capazes se tomar as arm
ivarem as mulheres as
“Em dezembro de 171 e filhos”,2
5,0 Bovcrnador-geral,
sia O Cumprimento marquês de Angeja,
da ordem de d. João V Para aut ale-
orizar a um certo
bar
19/3/171de3; Ná
C
tais da câmara ermami bué “0,
de Natal ao goverma: dor de » E Pernam “mara
à câmara atá ço
dor qde Pernaa e ; 24/5/1713; e carta dos oficiais d Ss.
do governado
dopas 130-1304/f, Parta régia ao Bovern
ao mover, le Pernambuco,. 29/7/1713 3. IHGRN, caix ador de *ernambuco,
, a 75, livec Ita aq Bovernador-pera 20/4/1708. AHU, cód.
1 a LSGLT do l,
1708, D/! S$298-9, Sob 20/4/1708. AHU, cód. 2146,
257, fls. 214v-5;
135-13
5w, c da década de 20, estas pelada eo mer ra aos aborés e cupe 240v; e carta resposta, 28/7/
re àa guer
'* No início CE o Ve ate,
anhias achavam-se aquarf” s not
tenho Ole
SObrE
AHU, cód. 257, 1, 341; consulta do Con cab oré l:
s e apelas, vejaja car
cartaa régirépiaa à3/4/1712
ngenho
155;. cont Olaw selho Ultramarino, 18/7/171 .
Ferreiro “Torto, próximo de Natal, ende : Su a NE 199 j.» ÉSNa atas da Junta das Missões 3, DEI, 98:
Medeiros Filho. Acontecem na capitania do dio Greee. Natal DGI NO 8 leção Pombalina, códice de S/H TAZ , 3/M/ITI3, 13/4/1713 c IH2ANT - BNL 206-07.
1723, AD, Rio Grande, caixa & d3:ec carta da PRA
Ta
*OnSulta do Conselho
115, 1]. 36v, 1. 37.9,
fldZ-dI3ve fl.50m., res
IS ,,
Ult ram arino, 29/10/1720, pectivamente,
RN 16/2/1720. HHOGRN, caixa 99, livro 6, (1. Lº . Po
AI TU, Ceará, caixa
283 1, 93.
284 EPÍLOGO
EPÍLOGO 285
Manucl Alves de Sousa, capitão-mor da freguesia da Barra
do Rio Gran- Guinzel (ou Guedes) —
de, que fizesse “toda a guerra ofensiva que puder , cativ ando a todos paiacus. Quando era mi 4UC, com vimos, havia missi
ônado entre os
em praça “ ahara as apárl 9 era missionário no Maranhão, » CNCrCSsi
[os bárbaros] que nela aprisionar, Os quais serão rematados ara um “bárbaro folguedo”
do” promov id ' Outras, tes
às, testemu-
U
. pelo mes tre -de -c:
pública para se tirarem os quintos de el-rei”.* Par a remédio destes e ouv da r Cun
nio ido ! to Maio
To ha o de Pou
ido
Ai r. Reunin do os amigos C-campo Antô-
outros abusos, o padre Sousa Leal sugeria que fosse criad
a uma ouvidoria
. Versão”: mund anhão, Luís Pinheiro — Souto Maior org €, entre cles, o
no Ceará € que o rei proibisse a guerra dos tapuias que não fosse defen- ANIZO)u
umaa
ua:
di-
:; mandoti
[ele] tinh- a pres
seus
o obri oa o TenS soltarem uns tapuias anapur “De e

siva, “e que esta defesa seja somente dentro dos limites da tutela gus “que
gando-os a correr”; depois, eleedo Cus amigos
gues da Costa, que valgando atrá del , “ca-
inculpável”. O parecer do conselheiro An tônio Rodri : ão a Tás c e is qr iavam-lhes a cabeça” Um
que “a liberdade de * SEUS compar s
ecoa os argumentos do padre Sousa Leal, entendia Iomás do Vale Po nugal, “oti parsas,
. ão Queque sese tinha por grande corre
guerrear os tapuias se desenfreara de tal mancira que os capitães e par. :
f. preferia perseguir os tapuias |
ticulares o faz iam indistintamente, mesmo contra os mais pacífico
s me. . a Fevolta dos > ap IT OS tapu iasmena tepé. idaênci
“Talrimviol a ou corredor,
comlevrefore a euma Brande
tIpUIS, pronta rep
tidos nos sertões, só para os cativar”. O missioná rio claimava por um ços vindos de
ses, que praticav am uma guerr a sem leis...
freio à barbárie dos portugue : À justiça
distância faria senti
d'el-rei sósó sese fari
daqueles
e

a guerra ofensiva, ser se faria sentir em 1733, quando, considerand


Nas suas palavras, se a Junta das Missões autorizasse
homens e não como homens a feras, Maranl doão frio,
que fosse feit a “como homens a outros enviadas
nlgasse sumaria que desatino
explica s aes ParaDES CO o ouvidor-geral da docapitania
do ouvidor foram
nas guerras que fazemos aos índios” +.
que é o que às vezes praticamos
Ei

ado no Piauí, sição d nte os casos de cativeiro injusto


O relato feito pelo padre Sousa Leal do que se tinha pass “posição da Junta das Missões.” A situação d to € € não
ao aesperasse
do Cearáq
1700 e 1720, servia como base de suá
no Ceará c no Rio Grande, entre atapuias. No mesmo «rn: “o cri de completa débã ;
petição por mais justiça. Este documen to impressi ona pela narrativa “Pereira Tibau odia infi 9 Bovernador de Pernambuco Duarte dos
miú da de uma série de violências e abusos praticados contra os índios qu : s dl nformar a
as que “ultimamente estamo nho m o s se « s pe das
Sou Bi osterras,
Nuas
achas, osque soh 9 todas povoadas deles quando as descobrir das
que se tinham, à princípio, como aliados e pacíficos. No Piauí, Elm 400 léguas do ores delas
e eles extintos, porque há a eras ELOS,
Leal ficara sabendo de episódios hediondos. No Ceará, piores: “nã ir guas de terra da costa do mar E. “ apenas dl aldeias
cabiam neste papel os muitos males que nela tinham sofrido assim 8 Com efeito, quando a “ 9 mar, fora os sertões por ele ad
língi
índio aldeado da língua geral como a tapuia de várias nações da Géará,a os povos indíge paz voltou
genas, Ouderrotados c reduzidos. ade e
ao sertão nãdo Rio9 Gr:Grande
à E
O fato éé que “ndgis
O

travada, dos capitiics-mores, soldados c moradores”. a uma ameaça geral. 5, NãO mais Feprescn-
nem des
era o gentio senhor de sua liberdade, nem dos seus bens, U sertão mais próxi AVI ace;
mulheres e filhas, nem sequer de suas vidas, pois era opinião
gcial nã
a preferi trampróximo
oSijue ficava noassim
refugiar-se devassado e... despovo: ;
interior da mata
quele sertão que era lícito matá-lo, porque não era cristão nem se via dos pouco > mapa rodo:: Afora
Ce foi aldeada. Com oprocesso
amazônica, i
Fação a dcos do Dreviventes de a maior
José:
Deus”. Em certa ocasião , segundo conta o padre, um certo capitão aiç a presa colonial,
é
» fosse por meio da fosse : e ociden-
de “Vidg ação
Nunes chamou a sua estância os tapuias amigos, chamados ais na região das minas, fosse pela circulacã formação das vi
das vilas e
Ibiapã
e Anexis”, e, depois de os receber, fez vir os índios aldeados de ; SH Minhostiasdo sertão, , a violêncicia paraPeracomctrculação
o: das mercadorias
í pelos
portaié . S gr i , '
para matá-los, dizendo que aqueles tapuias estavam na sua j flémica, implicando uma dinâmica de . BrUPOS indígenas tornou-se
NUf
intenção de vingança. Depois de matarem muitos tapuias, José Eiúttanto
a os negros dos Palmares de atrito
mica como os tapuias fi
1 d Ao o fimeao
permanente,
presas para que não fugissei s trredentos foram
os abrigou “a matar também as mulheres 8
forarmiteli
Ro

e viessem a se multiplicar”.* Outros exemplos de violências


p <a, çã s: e e a: 2
penas é e poderosas
t
o padiê
g

tados pelo agora reitor do colégio dos jesuítas de Olinda, 1 ,

9/12/1715. DH, 54: É


* Carta do marquês de Angeja a Manuel Alves de Sousa, efo do padre João G ucdes, c. 1720. In: Viruíni
Ultramarino, 29/10/1 720. AHU, Ceará, caixa 1, 93. O gil EMEp] (e
íniaa Rau Jo fed). . do arqui-.
4 Consulta do Conselho fesa do
régia 1 Sni aal resp eita t
ntesamo ao 20.
Brasi In:
l. Virg
Coi mbr Os manuscritos
Rau (cd. CA
s padre Antônio de Souza Leal, c. 1720.
Exposição do In: Virgínia
33. AHU, Ceará, caixa 2,7900000 VOL 2. 394400,
sos da arquivo ea case de Cudircal respeitantes ao Brasil.
Coimbra, 1956, vo 2 B
flo o o gove rnador de Pernambuco, 9/0/1733. DH, 100:87. O prifi
* FEEOA OU grifo É meu.
286 EPÍLOGO
em razão de sua frag-
qiívela resistência, fosse ela interna ou externa, rá no Pará tant
E os s portugueses quanto são
os bárb aros
sob rev ive ram ao extermínio, : os
qu
que ne
.
hoje- svi-
mentação ou dissoci ação. Os tapuias que matos, como
Nos ms
ver m e nósa vIv.
emos alguns tempos”. 1º
a dent ro dos limites dos
submetiam-se a uma dominação deletéri
aumentava proporcio- Nesses termos, à idéia de cateques
aldeamentos, espécie de prisão cuja gravidade e dos índios, da salvaç
mas e expansão ão das al-
nalmente à violência dos sertões. civi
são dadi fé foiot substitu
i i: :
lização”. À disjun dubstituída paulatinamente pela idéia Jeig:
políticas
Uma viragem importante ocorreu na metade do século. As representada ná a çé 9 fundamental entre índios mansos. . bico de
, futuro marqu ês de Pomba l, nos marcos
ilustradas do conde de Ociras
raram
de uma nova situação criada pelo “Tratado de Madri (1750), procu povos autóctones em tupis ou aptas
)

e naDSformI a ação
ulação eda no ção dos árie
da barb , que implicava a guer PN justa, se
leis
incorporar definitiv amente as populações indígenas ao Império. As io
subs : por uma nova política integracionista é » “Tra
um: . er
om bro
para o Estad o do Grio- Pará e , Ç DO 0 espaço da “civilização”, e nãe
de junho de 1755, válidas inicialmente nais como o po na
de
Maranhão, resultaram no “Diretório Geral dos Índios” de 7 de julho tão. Pombal
imaginava asse na Doris o com
1757, que reformulava a política da cateq uese indíge na, pratic amente dess N
e PAI envolvime
diento
ento çãs asseárico
d:d d Amér gurar Port aisdefes;cris
umauguepopulação razoo ável o ara
ren ica sa. o que impli a va à Sa
conde
liquidando as missões ex istentes. No ano seguinte, o vice-rei, ! as a ils entre índios
Ga .
as deMIde exte ínio S € port eo refi
dos Árcos, foi comunicado da sua aplicabilidade no Estado do Brasil, A guerras
guer rr
ugue
o RDOlIÇÃO ses
Doarou
iva a-lT o ca Telre das
ras O . duque ql ament o
a

a Il, teve A de Silv ao


e sujeitos às leis co.
declarados livres > aeredicava que os eve grande
é . é a —— IC, SC dus
partir de então, os índios cram
R

influência no pensamento d
losa s foram alçadas em vilas ad
muns dos vassalos. As aldeias mais popu Da Ce ,a”. H Emeis cara
A

de :Portugalsa poderiam “ter no Brasi


dess a mancira, o poder dos
1 as l N1) poda to
com governo político próprio, reduzindo-se, Brancos, negros A carta do ministro português, opinava:
rtp

onça Furtado, “M tos


missionários.” Em uma carta a Francisco Xavier de Mend São bons do eos 3 a
'
a SsT 2 todos servirão, todosaa são homens
define com.
seu irmão e governador do Grão-Pará c Maranhão, Pombal hares de S, Lona
4 s
é de desenrnaudos dh 1 Àd A populaçãção
os * 1...) o a Éé tuc a os
i men
clareza as bases da nova política relativa aos índios:
VI : da por CEN
siyia ; arva
TRO rtosao são
lho c dRpeMelo comiInút
ssár
miss
eis"
ário
raa “se
i .p À cart simaos” ea
secrOetisnutt
s bárba ê ado
“Até agora não se achou outro modo de dominar as naçõe “dásad fronteiras com
ETE

c poZen. PortFrei para a dema


clas:
panha ao sul, Gomes uguêres de And ada rcaç ã
ras e ferozes que não fosse o de civilizá-las c de se aliarem com
Ee,
” . dera, de iníci “ . ondrada, é
istad ores e os conqui stado! e a riqueza de todos o países
os que as dominam: vivendo os conqu (Cons ”, oprin
abitaiste
Pont
quecipa cio,
fai etece no
se lmen
que cr “a força
das mesmas, no número e na multipli caçããoo d da nte » o UE
debaixo da união da sociedade civil, c da obediência
=

a ee e ea ainda mais importante para q dema


co sem distin ção algum a. [Se n rcação ede
leis, formando um só corpo políti
que aqu
Brasil] sc praticar com esses miscráveis índios o mesmo OMO csse grande número d «ção car
no

limanir ame
oli todnte est deste rein
sairrenç
aa dife a entre porn o e ilhas
Ds aadi;Jacentes o , cra dra fun
função
damentPode
é

tempo havé al
[em Portugal] praticaram os romanos, dentro de pouco
aa ni

ando
fegun dos e* decl
distinguindo os primeiros fan 1 raos
decl:arando que : os filhs sa quan a o do pasa m[isto com
casarerem c é indi
us os],
T sprivi
filha dos-
DR

ai s deste reino O Ge mel nios serã


ro

os por naturais d SEC rein ante matrimônios


2 Alvará estipulando que os vassalos cas ados com
índios não sofrerão infâmia o e nele hábeis paras ofícios
dignos da atenção real e serão pre feridos nas terras em que se estabelecerteff S chonrasas”,
” 1
farão
seus filhos « descend entes serão hábeis para quaisquei
para ocupações e postos, €
4/4/1755 ; Lei da liberdad e dos índios, 6/6/1755 ; e Alvará estabelecendo arta de Pombal a M :
postos, Hioal . endonça Eurtado, 15/5/1 cr .
por governadores c|
os índios do Pará c Maranhão serão governados no temporal edéric Bechell (ed.).
Mauro. “Por-
s com inibição dos regulare s, 7/6/1755 . O Diretório que ses ty ú Dia dat
ro a moranização
q de rica do Império raiaSO IBM : In: | Leslie
Latina. São > P, Paulo,
cipais c justiças seculare izFelipe Alencastio,
enquanto Sua Majestade nã “OE 1998, vel. 1, p. 485.
observar nas povcações dos índios do Pará e Maranhão mehr ti
ardo dos bacharéis”. Novos Estu
o, de 7171175 7, foi publica do cm Lisboa, na oficina de Miguel Rod ibro de 1987, dos Cebrap, 19:68-72
daro contrári
Rita Heloísa de Almé
êsdodedugue de Sli
Silva-'|: arouea
1758. Sobre esta nova legislação e seus impacto s veja
P, à Pombal, 12/8/1752, cit: ,
Brasil do século XVIII. Brasília;
Diretório dos Índios: um projeto de “civilização” no E certeiro, poradoxo do iluminismo. Rio de Janeiro: o TD », p.Kenneth Maxwell,
eram vassalos : colonização e relações de b EE para G 5d.
c Ângela Domingues. Quando os índios Ee à de Carvalhoe Melo
ervi
Norte do Reasil na segunda metade do século XVI. Lisboa, 2000. Rita de Almeid mento às instruções que o para Gomes Freire de Andrad;
fode Madri, 21/9/1751 que he Coram enviadas sobre à forma, qui ui do de
ca, em anexo, um fac-símile da príncep s do Diretóri o.
cth Maxwe
Apud; Kenneth à da execução do. “Tra-
tras BrasilANEST
ra: EP
mineira: Maxwcll. ,
e Portugal, 1750-4808. Rio de J ncia ad |
: » 1995, p.dee
31. A ineon
288 EPÍLOGO
EPÍLO
. GO 289
Segundo a historiadora Ângela Domingues, esta nova política era su- dos
de os curi
uribboca
os s, mestiços, cabras %y afus
€ mais c; TCS de Que à terra
portada por uma ideologia colontal que tinha por base o reconhecimen- é abundante”, O resultado seria un
ha violência endêmica tu

como “elemento vital para a sobrevivência4 do Reino c [a] : à tetra s6
to do Brasil
necessidade de detender a soberania portuguesa e a integridade do ter- O perjúrio, os homicídios, a infide
lid ade
, a vinganço atra)
citório”. Neste sentido, a Coroa teria, por meio do est a belecimento das prodéstia são as paixões do çãoca
minantes no país, ou de s
fronteiras políticas com as potências vizinhas, se empenhado em defi- esde meninos se habitu
am a matarcs 4 per
ver mat
matar
idores.
ar ço
coms UEfregiência
nir um espaço territorial no qual pudesse construir sua soberania ju- toda a sta de animais, perd
em insc Sivelmente à
com pai xão e pra-
risdicional. Vale lembrar que tanto o Tratado de Madri como o de Santo ce doao dep
ticam, de Doi
oiss, Jem
sc Sitific
teulda de com os indivíduos da
Idelfonso (1777) reeuperavam o princípio do direito romano do us; apéne o mesmo q sua mesma
' : empre costumaram
cieião é do com as demais. Faltos de
passidetis (como possuiís). “E, para concretizar esse objetivo, havia que a, desconhecem a gravidade
ção. Indóccis por natureza e do perjúrio e d: tr:
fazer do índio um vassalo europeu, através de um processo cultural de falta de instrução, sc arroja
m à co meter
assimilação e integração”. Bascada na idéia de que “os índios não eram todo o delito, . "tó cometer
ferozes por natureza, mas pelas más persuasões ou violências que os
luso-brasilciros lhes faziam”, identifica-se claramente uma exigência da Às AS novas vilas s do sertão
sertão foram,
for: sem demora, controladas
Coroa de que “a benevolência expressa através dos órgãos do poder nistradores
lorc recrutados entre os membros s ! das Clit
, SHIS Por admi-i
es vizinhas, grandes
central encontrasse correspondência na «humanidade» com que os sú- sesmeiros ou seus prepostos, e as popul ações indíge
nas paulatinamen-
ditos luso-brasileiros deveriam tratar os seus pares indígenas”.! Tudo te marginalizadas do convívio
“urbano” ou submetid
nas letras, é claro. sõe
ões ede opre
presssã
s io. Vári
ários
os grupos ; ou indi s sttua-
indivídu
víduos optariam
am, corta
coro mente,
Como sc sabe, não obstante esta política, a violência não deixaria tão | por estratégide
» e
a incorporação, negando para
» e . ' ”,

ta 5,5 à identi-
a.

- dade escu passado indígena. Depo


:

cedo de caracterizar as relações entre os moradores c os povos indíge-


e

is de um :sécul dee guegucria


rras s sisem quar-
nas remanescentes no sertão norte do Estado do Brasil. Como conside- tel, de massacres programados, de
a AL

e scravidão c violências,
LU
. - o

rava o ouvidor do Piauí, Antônio José de Morais Mourão, na sua descri- tavam muitos tapuias no que fora o não res-
: e s eu país. Colocando às ilv
ção daquela capitania, feita em 1772, os índios, mesmo os que foram “ju lgamento essas o
a a Autor do DO um típico representante da Hustração port
pacificados, “sempre vivem com violência, esperando ocasião oportuna
para se levantarem”, Ao olhar do magistrado, o sertão cra o “receptácu- “verdadeiros bárl eo do Maranhão”, tinha os luso-brasileiros matos
lo de tudo que é mau”. Lugar da mistura c confusão de povos, cujo * sua cólera diante des Registrou, na segunda metade do sécdor ulo XVIII,
es” que
haviam entreg ue tir . indignos e tão bárbaros conquista
ão mic pre re: er;
obcioso,CAdOque
aráter era duvidoso. Depois dos primeiros descobridores, uma casta , rio “países$ vazios dodo maisdei
COS á dasissinaao dos Impé
os, assa ssin : vazios
de “criminosos, insolentes c os falidos” teriam bus ado aqueles para-
+05 Índi em suas sanguinolentas ban á
ras e o que am cram
v im paro
gens, “não tanto para o seu aumento [progresso!, mas para nelas oculta- s nos fra
y j s o do
s vei
vt

rem com segurança suas maldades c desregramento”. Os índios, a0.,*':; dasdadref


osa oci eridasN Au
es” , m todpar
ivA
nações as a ainser testem
damoscheias temas
de unh or dos maierá
das mis rcs-
mesmo tempo que se iam “domesticando”, mantinham “seus antigos o s
S . À INas sua palaavras, estestes capitã vras,
itã às mais violentas
2. iam a fazer es 8, em» guer
suas gue rra s, “e“ex-
ras.
vícios e costumes que nunca largavam”. Os negros chegavam cativos”: uma
nacõ es, que vir
m Buir:ram
ngui mui as naç
tas ões
bes, a q gran
“imo Estado, e das q uais hoje até faltam os próp ! de parte d O
. er
ou fugidos. Poucos eram os reinóis, mas mesmo assim “tomavam com rios nomes” do
-S-
es
facilidade os vícios da terra, a que não podiam resistir, arrebatados, como
se uma torrente os submergia”. Mourão declara seu horror à miscigena
se “um,
ção, pois, para ele, nesta mistura e confusão dos sertões, formava-
só povo de nações tão diversas em que sempre se respira serem os mes
mos vícios de cada uma delas realçada”; “são esses demônios encarna: U
“np oscriçãomu
da capit. ania de São José do
à porão Piauí pelo ouvidor Antôt nio
+ Oiciras do Piauí, 15/6/1772. AHU, José de Morais
Piauí, cuix 43, publicado em
“ Ângela Domingues. Quando os índios eram vassalos: colonização e relações
de Praufcolonial: População,
cconamia e sociedade. Veresina Luís Mot
211. Roteiro do Maranhão a Goia 1985, p. 22-33.
Norte do Brasil na segunda metade do século NVHE. Lisboa, 2000, p. 131, z pela capitania do Pi abui”. RIVI
GR, ENTE9O-1, 1900,
ANEXOS

“- Anexo |
; Quadro cronológico
1. A GUERRA NO RECÔNCAVO
1651-1654 Jornadas do sertão
1651 Diogo de Oliveira Serpa
1651-1654 Gaspar Rodrigues Adorno
1656 “Tomé Dias Lassos
“1657-1659 A Guerra do Orobó/ paiaiases, topins .
1657 Pedro Gomes, Gaspar Rodrigues Adorno, Luís Alvares, Bartolomeu
Aires
1658 Domingos Barbosa Calheiros, Bernardo Sanches Aguiar, Fernando de Camargo
1662 “Tomé Dias Lassos
. 1669-1673 A Guerra do Aporá / paiaiases, topins
4/3/1669 Mesa grande na Relação da Bahia aprova proposta de Alexandre de Sousa Freire
1669 Agostinho Pereira localiza as aldeias dos topins
“1671-1673 Estêvão Ribeiro Baião Parente, Brás Rodrigues Arão
1674-1679 As guerras no São Francisco / anaios
67 Francisco Dias «Ávila, Domingos Rodrigues Carvalho, Domingos Afonso Sertão
1677 Agostinho Pereira (morto)
Rogue Barreto informa que os índios estavam em paz
2.A GUERRA DO AÇU «
1655-1687 Levantes isolados
15/2/1687 Levante geral dos tapuias do Rio Grande
1687-1688 A campanha de À, de Albuquerque Câmara, D. Jorge Velho e Manuel A. Soares
A guerra é declarada justa na Bahia
Plano de Matias da Cunha: Albuquerque Câmara c Abreu Soares (Norte) / D.
Jorge Velho (centro)/ Matias Cardoso (Sul)
Proposta de José Lopes Ulhou
A. César de Andrade faz pazes com parte dos janduins, moradores reclamam
Memorial da câmara de Natal pede a guerra ofensiva
O sargento-mor de D. Jorge Velho, Cristóvio de Mendonça Arrais captura Canindé
A campanha de Matias Cardoso de Almeida
Reforma das tropas de Albuquerque Câmara é Abreu Soares pelo arcebispo;
Domingos Jorge Velho é mandado para os Palmares —
Matias Cardoso, João Amaro Maciel Parente, Manuel Álvares de Morais Navarro
Carta régia revoga a guerra justa
Canindé posto em liberdade por Domingos Jorge Velho
291
T

92 ANEXOS
Cardoso faz retirada do Ceará para o Rio Grande Anexo 2 ANEXOS 293
“ ias écapiticsamores o
(embaixada
* (embaixada deé Canindé à Bahia) y
Reis, governadores
544/1692
1692 rendição dos
A ação ):
dos jans o nã
o ão de Lencastio (1694-1702) fis, over idores
AO Retirada definiciva de

A
5/8/1694 Pepe
Carta dedm de NiViciraid“sobre
Bernardo de Teto PR
osaoinconvenientes ONIZHO4O O6/11/1656 João Iv (Duque de Rrag nça) (1604-1656)
tod. Cama Merardo e Vira Ravaco conde de Alvorde pôr seis: aldeias
ar 29/00/1662
06/11/ 1656 23/11/1667
+9H06/ l662 d. ALeísa
os de Gusmão (regência)
(1643-1683)
283/1095
1608 Nova do
decisão
a do CaGonse lhoMH ordenando o levantamento
Ultramasinos do terço
a criação do terço de paulistas
c a guerra Justa o |. 1 2 to6?
2341 os von 706
OZ TOS a& Pelo
pedro H a) ia
o “cordão de aldcias .
aprovamfundam 1. 09 e : !
16/7/1695
NITGOS Bernardo ÀVieira
esando câmara de Natal
jo aa AgMaso de“aAlbuquerque Maranhão presídio na ribeira Governadores-gerais (e vicereis) do Brasi LEAD
do Açu nas ara dissuadi-los da guerra ofensiva Jorge |
o PR vd di a d Fensiv l 21/06/1640 16/04/64 vice-rei (1) Jorge Mascarenhas, marquês de Montalvão
20/9/1695
DNS e“[ratado
ibiticação paz com os janduis
“Retificação dad da paz
“Retificação
a de paz comcom as ndo
os ariús
anús a iba
peqpequenos”Bi do Açu” SN 16/04/1641 30/08/1642 Junta
balho Provisória: bispo d. Pedro da Silva de São Paio; Luis Bar.
Bezerra; e Lour enço de Brito Correia
o LIA O ana da nestre-de-campo Manucl Álvares de Morus avaro
30/08/1642 20/12/1647 Antônio “Teltes da Silva
20/5/1696 Patente de Morais Navarro 26/12/1047 10/03/1650 Antônio Telle
10/03/1650 s de Mencses, conde de Vila-Pou
1/8/1698 Chegada à Balia a 06/01/1654 João Rodrigues de Vasconce ca de Aguiar
OG! Partida para a Paraíba no . oro llos « Sousa, conde de
lhor Castelo Me.
1018/1699 Chegada de Manuel da Mata Coutinho e do reforçe 06/01/1654 18/07/1657 Jerônimo de Ataíde, conde de
Massacre no Jaguaribe / Jenipaposça inciso de Lima 20/07/1657 Atouguia
4/87 1699 24H06/1663 ancisco Barreto de Meneses
23/9/1699. Excomunhão dos paulístas por frei Francis 29/06/1663 13/06/1667 .
É vice-rei (2) Vasco Mascaren
has, conde de Óbidos
: 08/05/1671
| q 1/1699 Devassa de João de Matos Serra ac Alexandre de Sousa Freire
13/1700 Carta régia ordena a retirada domo 26/11/1675 Afonso Furtado de Castro
do Rio Mendonça, visconde
9n1 HI700 “Informação” do padre Niue Canvas bacena de Bar-
Carta régia ordena a prisão de N: 15/03/1678 Junta provisória: Álvaro de '
15/12/1700. Azevedo; Agostinho de Azev
8/7/1701 Prisão de Navarro ) teiro (Cristóvão de Burgos edo Mon-
23/05/1082 Contrei us); e Antônio Gued
| Guerra contra es icós o acabo Roque da Costa Barreto es de Brito
ONO GBA
W1211708 Proposta a extinção do forte real na ribeira do Jag Antônio de Sousa de Mene
ses, o “Braço de Prata”
04/06/1687 Antônio Luis
6/1716 Extinção do terço de Sousa “Teles de Meneses, marq
24/0688 Matias da Cunha (faleceu) uês das Minas
08/10/1690 Junta provisória: arcebispo d,
frei ManUel da Ressurreição;
nuel Carneiro de Sá e Ma-
22/05/1694 Antônio Luis Gonçalves da
03/07/1702 Câmara C outinho
João de Lencastro
08/09/1705 Rodrigo da Costa
03/05/1710 Luís César de Meneses :
04/10/1711 Lourenço de Almeida '
13/06/1714 Pedro de Vasconcelos
21/08/1718 Sousa, conde do Castelo Melh
vice-rei 63) Pedro Antônio or
de
conde de Vila Velde e marquês Noronha Mbuguerque “ Sousa,
13/10/1719 de Angeja
Sancho de Faro € Sousa, cond
e de Vimieiro
ermadores de Pernambuco, 1648
09/1648 .1718
26/03/1657 Erancisco Barreto
11657 26/01/1661 André Vidal de Negreiros
05/03/1664 Francisco de Brito Freirç
31/07/1666 Jerônimo de Mendonça Furtado
13/07/1667 (deposto)
André Vidal de Negreiros
28/10/1670

EE
Bernardo de Miranda Henr
17/01/1674 iques
Fernando de Sousa ( “outi &
14/04/1678 nho (faleecu)
Pedro de Almeida -
. 21/01/1662 Aires de Sousa de Castro
“13/05/1685 João de Sousa
àd - 29/06/1688 João da Cunha Souto Maio
: 09/09/1688 r
Fernando Cabral (faleceu)
- 25/05/1689

rate
bispo d. Matias de Figueiredo
e Melo

FsRa
294 ANEXOS
25/05/1689 05/06/1090 Antônio Luís Gonçalves da Câmary Coutinho ANEXOS 295
05/06/1690 13/06/1693 Antônio Félix Machado da Silva e Castro, mnquês de Montebelo
13/06/1693 05/03/1699 Caetano de Meto de Castro TL sou = — a
05/03/1699 03/1703 EFemando Martias Mascarenhas de ELencastro “20]º a. ejumlajelZ aa) alelo
03/0/1703. 09/07/1707 Francisco de Castro Morais
09/07/1707. OHUATÃO Sebastião de Castro € Caldas (deposto) s “
ISFUATÃO AO HOAZUL bispo do Manuel Alves da Costa E ss ?
IOMONZIT 01/06/1715 Félix José Machado de Mendonça liça Castro c Vasconcelos Ss Sa $
01/06/1715 23/07/1718 Lourenço de Almeida 53 EE - 5
Capitães-mores do Rio Grande, 1654-1718 e Ea É Ss E —
x2/02/1654 04/12/1663 Antônio Vaz Gondim a Es) g $ 88 Ea s é $
05/12/1663 06/12/1669 Valentim Tavares Cabral Ê 88] é o 2% S 45 5
06/12/1669 21/06/1673 Antônio de Barros Rego Ê C gls E “E E 5 g &
21/00/1673. 21/05/1677 Antônio Vaz Gondim c Sêéloc = se é Le E
2/05/1677 02/11/1678 Francisco Pereira Guimarães (faleceu) a SEA Z Es E Es s
021678 03016079 governo do senado da câmara £ os e es 5 a 8 & É a
03/04/1679 0309/1681 Manucl Muniz s Sul é E” E E a '£
03/09/1681 xx/10/1681 governo do senado da câmara 4 Apa A As a 2 Z A
xx 10/1681 25/05/1682 Antônio da Silva Barbosa < . o ,
25/05/1682 xx/08/1685 Manuel Muniz o = = E É = <|< <a] wa «lee
JO/08/1685 xx/06/1688 Pascoal Gonçalves de Carvalho vt. > es ts e o ejsjae ja m|m)cá
xx/06/1688 22/08/1692 Agostinho César de Andrade dr x & vs | o
22/08/1692 03/10/1693 Sebastião Pimentel (faleceu) . a o S seunL lala = Vo Sith
03/10/1693 06/10/1694 governo do senado da câmara F =I3S82ºeF |agzie |8 ES slgjajajre gesso)
B6/0/1694 29/06/1695 Apostinho César de Andrade x 3 TREcas |[EÍSIS | Ec R 8 £ =| £ E ER R|2]s
29/00/1695. 14/08/1701 Bemardo Vieira de Melo u “ “o
15/08/1701 xx/12/1705 Antônio de Carvalho e Almeida o e. É o e e
xx/12/1705 30/12/1708 Sebastião Nunes Colares E E B se ã
30/1/1711 20/06/1715 Sulvador Álvares da Silva Flccoç8E |coalP 2E E
2 515
20/06/1715 03/07/1718 invos Amado
Domingos : %g £EE es É
ss sj E
É É Eli. Êe 35 É E g 2 £ £e elels £

Capitãies-mores do Ceará, 1645-1718 plsesvss 8 |[SEGlsSL2THE Slalal8|E EE. Bol Blz


14/07/1645 20/05/1654 Diogo de Albuquerque Jo|RiEsia [BEBA SHAFER elslsje|s28/EB|Slgls
20/05/1654 Álvaro de Azevedo Barreto mjScus do |U b GLS] dus elsssjscsselêlals
13/09/1655º Domingos de Sá Barbosa 2 DELSIS| e
14/12/1663 Diogo de Albuquerque 8
19/12/1663 João de Melo de Gusmão P e
22407/1666º João Tavares de Almeida 6 8 es E 2 E
05/08/1670º Jorge Correia da Silva E|ê 2.é = &lal |£ SE
O200/1673º João Tavares de Almeida 2 E cs as el é s «É s ”
29/04/1678º Sebastião de Sá E Ee So a =; ç B| &|3
29/05/1681 Bento de Macedo de Faria : : “u vi vi Ê Z 2 e T 5 : q
26/12/1684* Sebastião de Sá a , e |9 dE
19/07/1687º “Tomás Cabral de Olival :O
[1/12/1693 14/11/1694 Fernão Cartilho e
AHTIGDA xx/08/1695 Pedro Lelou (deposto) 8 » w ê o
07/07/1699º 23/09/1699 Fermão Carrilho E 5ES vês RI
23/12/1702 25/09/1704 Jorge de Barros Locite 0 [E ER |JEES 385)clE ll. | EE
25/09/1704 João da Mota EIs 5a [55% sesslal |E|E E BlE
11/08/1708 25/08/1710 senado da câmara g ES) 9] = 8/8 CG dz
2S/08/I71O 30/09/1713 Francisco Duarte de Vasconcelos (deposto) a az
OBMOIZIS 308/1715 Plácido de Azevedo Falcão 8 E o e|2 a
30/08/1715 OJ/MI/1718 Manucl da Fonscea Jaime :
maes 0to | SE
o: lo5 E) 2 gt É -| É El&
G1é |89 .s8
* data da nomeação. E &8 sea 5E eE 3
ce 3
so ElBls
Ela) 3 e
“is
£e|l
8Elsisa
| É asa 5 s La pn Elalsl=i= SB v| 3]3

E|
“a ES |& Eà |IBE
|4E ÉE alalãlãla
SjojójdiS als
sS|S |5ls|s
|S/6]E
a o da la ôlelelelo Is lzlsls
- R Ts :
14. Ilha do Cavalo — caricisei N.S. da da Natividade carmechin
lita hodescalço
A Norio São Francisc o c Mm3
capu 1702
1706 B
d: xS
- BA Norio São Francisco
15. Ilha do jacaré aramurus 8. Pedro capuchinho
5. carmelita descalço 02 >
1702 ————
T » 1687 BA Norio São Francisco b =£
16. Jrupua capuchinho À 1702 c
cariri : ônio e
carmelita descalço
Hha do Irspoa cariri q Pa capuchinho italianos
é PE No sertão do Cobrobó, freguesiaau k o
Tha do Irapuá 1746 PE NS da Conceição dos Rodelas de x
carn o

17. Itapicuru R 4 . da Saúde ed o


franciscan 1689.1834 BA -
f
tupinambá NS. da
18. Jucobina í Bom Jesus er 1706-1859 BA f
paracá franciscano
UR 1698 a
19. Jeru N.S, do Socorro jesuíta BA
20. i
Juazeiro amaqgueri anciseano 1706-1843 f
tama NS, das Grotas francisca BA
: jesuíta 1698 a
inhos BA
EL Mongul
22, Massaracá : ariti 2a
N.S. da
Sr. Trin Trindade jesuí 39 BA
francta
carr , dade 1689.1854: a
Alussacará cariri-cimbre iscano
aca
(cariri)
St, — 1698- - de Sour
N.S. da Conceição BA Erera como vila de
23. Natuba jesuíta 51599
2 St. Amaro BA
24. Palmares abs franciscano 6 AL f
caboclos St. Amaro franciscano No distrito da vila de Alagoas
k
St. : - !
1677 ÍBA
25. Pambu . capuchinho í d
b
capuchinho 1687
can
capuchinho k ssa a
a anCices u
tamaqueú / N.S. da Conceição franciscano / carmelita
a 1202 e
niri o . remesia de e
iba ie]; 1746 PE No sertão do Cobrobó,
Ilha a do do Pamb
P; u pi N.S. da Conceição capuchinho italiano
frepuesii
NS da Conceição dos Rodelas

26. Patacuba . capuchinho | ca? BA E


Pacatuba E. Santo armelita descalço c
- cajagôs F. Santo - :
2 mm
capuchinho 1682 BA Nori São Francisco
27. Poch
o im . 386 d
sé caboclos capuchinho 1687 b
. -
. capuchinho 16
98 BA q
Sig Joid jesuíta / carmelita 1702 c
sdescalço

1677-1681 BA No rio São Francisco


d
* capuéhinho 1698
nm capuchinha 1672 BA
a
procárodela
jesuíta 1687 d
S.J. Batista franciscano 1697 b
jesuíta
3!, Saco dos (cariri) 1698 f
Morcegos N.S, da Ascensão jesuíta a
1698 BA Ereta como vila de Mirandela
32. Saí cariri-cimbre a
N.S. das Neves franciscano
33. Salitre cariri 1697-1863 BA
S. Gonçalo franciscano f
34. Sr. Antônio 1703 BA
St. Antônio franciscano r
35. Vargem cariri 1698 BA
capuchinho 1687 a
Uha da Vargea capuchinho BA
porcáz e 1698 b
brancarurus capuchinho italiano 1746 a
. PE No sertão do Cobrabá, fregu
ttapuia) esia de E
NS da Conceição dos Rode
36, Aldeia da Mata. las
jocuruz
(tapuia) oratoriano 1700 PE
37. Ararobá In
sucurus oratoriano 1672
oratoriano PE A 80 léguas do Recife Na
jocuruz (tapuia) 1683 freguesia de Ararobá o
chururú (tapuia) oratoriano 1700 £
38. Coripós Oratoriano
tapuia N.S. do Pilar
17246 En
Ilha dos Coropos coripós franciscano 1702-1761 PE k
N.S. do Pilar franciscano
39. Ipojuca caboclos 1746 f
caboclos oratoriano 1700 K
N.S. da Escada oratoriano PE Nas margens do rio Ipojuca,
40, Limocira tapuia 1746 14 En >
léguas da cidade
caboclos 1688 k z
Oratoriano PE Na freguesia de S. Antônio
4. Pontal casiri 1746 de o E
N.S. dos Remédios Trucunhaem, Igarasst
franciscano 1705-1761 k é
liha do Pontal PE No sertão do Cobrobó, fregu
tamaquitiz N.S. dos Remédios esia de Ff
franciscano NS da Conceição dos Rodelas
(tapuia) 1746 No
k o
=

Dist ineo remar


Rea SEE]
2 imad
ad:
aratoriano 1679
- PE
32. Queimada . a mm
+43. (Rodelas) oratoriano

86
1670-1679 a
PÉ My No! rio! São
do E Francisc A
44. - 1679 PE
[OSanto Antônio Stutoriano m
45. Sorobabé tapuia : A ancisc: PEN
Nosernãtão do !Cobrobó. » freguesia de

SOXINV
N.s. do O 1702-1761 PE £
franciscano
NS da Conceição dos Rodelis '
[lha do Sorobubé porcáz e bran- A ancise: k
N.S. do O franciscano 1746
carurus (tapuia
46. Tapessurama aratoriano ,
1679 PE m
1704 ç
o. ancisc: = 1761
as ,
47. Unhunhum tapuia N.8, da Piedude 1705- PE ser; o do Cobr
No sertã ) abó,, freguesia de
franciscano , NS da Conceição dos Rodelas
ha do cariri N.S.o da Pied
. Anciso: :
ade franciscano 1746
henhum
= = Ts
. Boldrin capuchinho 1670-1677
==
= PB d
49. Curiris ariri N.S. do Pilar Tnz T
carisi franciscan
a)
taypú (tapuia
Nida capuchinhoo 1705-1724
1746 PB
o k
esta 1679
50. Guujiru Potiguara RG lagoa de Guajiru
S. Migue J “
panati 1689
fundiu 1689
51. Guarafras posguara 1678 RG lagoa de Guaraíras
(Çorahiras) teu
caboclos, 1704 y
canindé '
o, :
S. João Batista jesuíta Erct:
52. Apodi
1746-1760 q como .ia Niiss
de Arez (1760)
ões, aros Ú
paiacu S. João Batisistota tesuit;:
Jesuita 1700 RG No córrego das Missões, lago:
e do Apodi
patacu ésiio
terés 1746
.. NS. da Piedade
53. Ceará Mirim ” ces
panacu-açu
as 3. 1702 RG = k
- s a Ui 1€d: Naribeira do Ceará Miri m
54. Cunhaú canindé 1702 RG Na Lagos de São João t
canindé
S. João t
N.S. do Amparo 1704
1706 r
55. Goianinha .. Ê
São João Batista jesuíta .
1704 RG t
!

56. Mipibu Potiguara N.S. do Ó


(Mancbu) 1704 RG
caboclos S. Ana capuchinho
.
1746
hu
57. Potengi eurema (capuiu) S, Paulo k
38. (Subaiúna) paiacu 1702 RG Nuribeira do Potengi
NS. da Incarnação jesuíta t
59. Canguagá Caboclos 1704 RG Rio Sabaina
oratoriano p
60. Jaguaribe paiacu 1700 CE
Madre de Deus oratoriano In
(aldeia velha) 1687 CE Na ribeira do Jaguaribe
61. Jaguaribe paiacu In
NS. das Montanhas oratoriano
(aldeia nova) 1700 CE Disanc 4 léguas da aldeia velha
Fontes: 4) “CCU sobre o estad ln
o das missõesno sertão da Bahia e informando
Párocos c missionários, Lisboa acerca dos remédios apresentados
18/12/1698,
assin ada Pelo conde dos Arcos, Migu para
“representação anônima e
do secretário, Roque Monteiro el Nunes de Mesquita e Franc evitar os danos provenientes da falta de
no Arquivo de Marinha e Paiva”. In: Eduardo Castro isco Pereira da Silva” acrescida
Ultramar de Lisboa. À BN,
34,
de Almeida. Inventário dos
docu
de uma
Bretague toucham leurs missions 190902); 4) Abrege de ta relati mentos relativos ao Brasil
on du pêre François de Luce,
E RN

du Brési existentes
na região do São Francisco. Separ l 16872), publicado por Francisco Leite de Faria. O padre capucin de ta province des capuc
Es

ata do |º Colóquio Internacional Bernardo de Nantes e as Aiss ins de ta proc. de


Carmelitas descalços tinham toma de Estudos Luso-Brasiteiros, Coim ões dos capuchinos Francese
do ou iam tomar Posse, enviada a d. Pedro [1 Pelo bra, 1965, D. s
45-46: 4) Lista dus nove missõ
Nantes. Reiasion succinte er sincer pe. André es que os
o de la misssion du Bert...» pródi
Perier, 1706; e) Relazioni dele catenr capucia, missionaire apost de S. J. Batista, 20/9/1702. AHU, Bahia, caixa 90; «) Martin
missioni dei cappuccini del' Ameri olique dans te Bresil Parma des indie de
Nossas missões entre os índios ca, 12 luglio 1731, APE SC Amer ns appélies caritis, Quimper: Jean
cariri ica Meridionale 2, f. 3081-153v;
Antônio do Brasil através das Suas s, 1681-1863. Santo Antônio, 2, 1953, 1 e 2, 1954 e 4, 1955 /) Fr. Venâncio Willeke. As
NR

estatísticas, Srudia, 15:173-207, c Fr. Venâncio Willeke. A Proví


Carta régia a Cristóvão Soare agosta 1966; £) Parecer do Cons ncia
s Reimão, 8/11/1 704. AHU,
régia a Cristóvão Soares Reimão, cód. 257,1
elho Ultramarino. 4/3/1683, AHU, Franciscana de Santo
27/10/1706. AHU, cód. 257, A.
1. 167; 1) Carta régia a Crist
óvão Soares Reimão, 8/4/1704. cód. 256, 1. 471-8; 4)
Paraíba sujeitos à junta das 200; 4) Relação das aldeias que AHU, cód. 257, 1, 1361: 4)
Cara
missões deste bispado, em
1746 (circa). Informação geral há no distri to deste gove rno de Pernambuco e Capitania
O que sucedeu na Congrega da capitania de Pernambuco, da
ção de Pernambuco desde p. 31 9.22: 1) Manifesto em que
oratório segundo a CCU 247] 1/167 a sua fundação até o Presente se relata tudo
9, AHU, Pernambuco, caixa ctc,, circa 1700. AHU, Pern
30/6/1700. AHU, Pernambuco, 9, 2: u) Relatório de Tomãs Conso ambuco, caixa 1H; 07) Lista
caixa 14: 0) Papéis de Francisca lino, prepósito da Congregação das aldeias do
Pernambuco. Apêndice à Nova de Brito Freire analisados por do Oratório de Pernambuco,
Lusitânia: tistória da guerra brasí José Antônio Gonsalves de Alell
q) Certidão, 11/7/1704, AHU, lica (1675). Recife, 1977; 2) Certidão, 26/5/1704 e 26/6/ o. Brito Freyre, sua históriac
Rio Grande, caixa 3, 43; 1)
Carta de Cristóvão Soares 1704. AHU, Rio Grande, caixa >
Portugal ao governador de Reimão à infanta, 8/4/1704. 3, 43;
Estima Martins Lopes. dfissões
Pernambuco, 28/7/1704, AH
U, cód. 257, . 145: 4) Olavo AHU, cód. 257,11. 1460; 8) Carta da infa z
religiosas, Recife, 1999, de Medeiros Filho. Aconteceu ntade mn.
na capitania do Rio Grande.
Natal, 1997;4)
2
66c
300 ANEXOS
ANExXos 301
Anexo 4 m nina
na ou
qu ninsminas de de quo rata
ata, ferro,
fe i
Dreciosas, ou ele outra qualquer outra
u espécie , OU notícia
e acharei
Tratados de paz, 1692-1697 governador e capicio-pencral do Es ado com as
amostras do
Assento das pazes com os junduís, 10/4/1692 «1º 7º Que
Que todos
tor os currais que estavam na capitani:
apitania do Rioio Grande
G nas ter; - eles
im os cinco de abril deste referente ano, chegaram a esta cidade da Bahia José de Abreu
e Miguel Ruerra, ele « os ditos principais, são contentes que Se coa ç les pos”
Vidal, tio do Canindé, rei dos janduís, maioral de três aldeias sujeitas ao mesmo rei, Mas que que semseio ep go de os senhores governadores-perais deste Estado
de três aldeias sujeitas também do mesmo Canindé, e com Dado oças tere
Pereira Guajiru Pequeno, maioral sesmarias a diversas pessoas até o tempo da guerra; declaram
que sempre ficarão ad
eles o capitão João Pais Florião, português, em nome de seu sogro putativo, chamado Nhangujé, pan o | ustento e conservação de cada aldeia dos janduiís, por serem muito Doi
maioral da aldeia Sucuru da mesma nação janduí c cunhado recíproco do dito frei Canindé, a m gas, dez léguas de terra de cada banda, ainda que nelas
entrem as dit macias
cuja obediência e poder objetivo está sujeita toda a nação janduí, difundida em vinte c duas concedidas até O Presente; é as que daqui por diante se
concederem, levarã a
Eamaracá, Paraíba c Rio Gran- uso é
aldeias, sitas no sertão que cobre a capitania de Pernambuco, condição para não prejudicarem a dita terra reservada a cada
aldeia:para que sem 1
armas de su a i
de, em que há tecze para quatorze mil almas c cinco mil homens de arco, destros nas sento de io Pa pcaente as aldeias e tenham em que plantar seus
mantimentos ; 10
fogo. + É que também lhe serão livres, nos rios & prias, às pescar; uno
E vindo estes maiorais nomeados com mais quinze índios e índias que os acompanhavam costumavam fazer. PHS, 98 Pescarias que
a presença do senhor Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, do Conselho dºel-res 8.º Que nenhum governador, capitão-mor, nem justiças lhes poderão
fazer violênci
nosso senhor, comendador das comendas de São Miguel de Bobadela, Santiago de Benfé, São ma, antes os conservarem sempre na sua liberdade; e nesta paz e quicea
doc E quo cs
Salvador de Maiorca, almotacé-mor do Reino e governador-geral e capitão-pgeneral do Estado dem viver. Mas que sendo necessário aos moradores daquelas partes alguns
não bem % dios anduds
do Brasil, lhe representou o principal José de Abreu Vidal, em lingua portuguesa para suas lavouras, currais, pescarias ou engenhos, os pedirão a quem goverts
a aldei nus
falada, e pelo capitão João Pais Florião, seu intérprete, que eles vinham de trezentas c oitenta co ie seu trabalho, conforme é uso « costume naquelas partes,
assim € da mancia que o
léguas a pedir e estabelecer com o dito senhor, em nome do rei dos jandués, Canindé, uma paz Md o aa
o e o
puerto.
e! 7| pe e
que » sendo
|
Caso que o tal morador lhe o não queria pagar,
'
ocapitão.
perpétua para viver essa nação « a portuguesa como amigos. E mandados levarem para depois
d

proposi-
se conferirem as condições da proposta de paz cinco dias, a trouxeram vocalmente as 9.º Que também se obrigam a que ndo pon eo sra res im peida
ções seguintes, de modo que mandamos proferir na sua língua c explicaram-nas nossos intér. Grande alguns índios das aldeias dos janduís, lhe dêem ox princi aid da nilera S o
pretos. que o capitão-mor lhes pedir alternativamente, por ser serviço dele À tor vio
a indios
Primeiramente. Que o dito rei Canindé c os tês maiorais, José de Abreu Vidal, Miguel Mas pão he poderão as capities-mores fazer vexação alguna EMO tSBpO que servirem,
Pereira Guajiru Pequeno « Nhangujé, em seu nome, reconhecem ao senhor rei de Portugal, JO É so bretedo que nenhum governador ou cabo dos paulistas os
possi i
dom Pedro, Nosso Senhor, por seu rei natural c senhor de todo o Brasil e dos territórios que as quieta dem ga guerra € deles seja livre e isenta geralmente toda a nação dos
jon er
ditas 22 aldeias ocupavam; e lhe prometem agir como submissos vassalos com obediência s que ao senhor governador e capitão-mor parecer, pasa que vivam
para sempre, e aos mais senhores que lhe mandava a coroa de Portugal; e o dito rei Canindé, tentos € estejam prontos para o serviço d'el-rei nosso senhor. * PERUS vivam con-
É os outros maiorais, € todos os mais desta nação prometem e juram, em nome de todos os mto que tudo visto é ponderado pelo dito senhor Antônio Luís Gonçalves da
Câmara Cou-
seus descendentes, a tal obediência, vassalagem e sujeição a suas leis, como a seu rei e se- À e governador e capitão-gencral deste Estado, atendendo do particular servi t o
nhor; rei caninde, os mais principais acima nomeados faziam a el-rei
c fazer- nosso senhor em todas ds
2.º Que o dito senhor rei d, Pedro, « seus sucessores, sej am obrigados a guardar-lhe pr op a erectam para se lhes conceder à paz e se ficarem evitando
eram e as despesas é
lhe guardar por seus governadores c capitães-generais a liberdade natural em que nasc contingências é do css e uma guerra que havia tantos anos continuava em parte
los portugueses; « do tão
em que pelo direito das gentes devem ser mantidos, como os mais vassa a ER à ração jan luís, que é a mais valorosa « pertinaz na sua defesa e ódio
oa d
mesmo modo a liberdade de suas aldeias; e que nenhuma em cempo algum possa scr pess gueses; sobre cujas hostilidades havia já a serenissima senhora
rainha regente, escrito so
alguma de qualquer sexo, maior ou menor, da nação janduí, escrava nem vendida por qual- “gov
governador c capitão-g itão-geral
eral Francisc Franci o Barreto, carta de 9 de
junciro de 662, , encarregando-l! he
quer título, motivo ou ocasião que seja passada, presente ou futura. a
e ui sa dos Dassalos aquela capitania, donde têm sido sempre
nm ao! ET o! o a! a]. el It: ' io 1
os janduís os mais atrozes
ditas
3.º Que ele dito rei Canindé c todos os principais de sua nação c pente de todas as E que p c 10 se se ficava
ficava dispond dispondo mais À facilme nte a introdução
i ção ã da da doutri
doutrina evangé Elilica
ser batizados e seguir a lei cristã dos portugueses ; sendo para esse fim trata
aldeias desejam “qualq gentilidade; e as armas de Sua Majestade com cinco
> mil arcos a scu favor, , ia
ra . . .
dos como pente livre, « não oprimidos contra sua vontade; Qualquer nação ultramarina ou brasílica que invadir por mar as
praças das capitaniass do Nort Cc
4.º Que o dito rei Canindé e os ditos maiorais e todos os mais principais das outras ladeias ou seus habi itadores pelo sertão. ertão. EE que que sendo as terra dele vastissimas, pediam necessar
ia
se obrigam a guardar toda a fidelidade ao senhor rei de Portugal c sucessores de sua coroa, mente para para a conservaação ção de de cadacada aldeia,aldei a que poderiad ser suficiente as suas lavouras. E
praça
como os mais vassalos. E que sendo caso que alguma armada inimiga venha invadir essa sobret udo que se se e lhes não ê concedem as condiçõ ições propostas, sendn todas tão justas c tão
dos portu-
da Bahia ou a de Pernambuco, Itamaracá, Paraíba ou Rio Grande, porão em defesa =: comia
Cenvenieee nte: s Jo serviçoErvh de Sua Majesta ajes de e sossego daqueles povos; poderiam desgostados
c capitão-general ,
gueses cinco mil homens de armas, todas à ordem do senl hor governador : ações bárbaras, e continuar-se a guerra com novo detrimento dos
vassalos de
aque for deste estado, para com aviso seu marcharem a qualquer hora e tempo àquela praça à ua Maj jestade, rd: dad: suax
perda sa) Fazenda
1:
Real à
e inquietaçi ão das capitanias do Norte; ! além das
que cle os mandar; e para esse efeito estarão sempre bem prevenidos
de frecharia c arcos. iinais suposiç
posiçõe õe s consequentes lentes aa se se tornar as armas, cujas
r nação j contingi ências se não deviam segu
5.º Que do mesmo modo se obrigam a fazer guerra à tod os os gentios de qualque eh co fimd
Ei fuercas E Cra a paz
enta paz i a que se dirigiairigi m, e agora se Jhe pedia se resolveu o dito
Estado; « prometem
que seja à quem os portugueses a fizerem por ordem do governador do ams dna ador « capicio-gencral a conceder em nome d'el-rei nosso senhor
à paz ofereci
à nação dos
ser amigos das nações de que os portugueses o forem; e inimigo das contrárias ez proposições com que o dito rei Canindé e maiorais que em seu
nome a vieram
reciprocame nte os governadore s-gerais, mandando 08
portugueses; o que também guardaram buscar a pediram.
ajudar contra seus inimigos por ser benefício dos porcugueses. É “E de E fatdo lhes prometeu
inté stc] guardá-i-laslas inviol
lgumã invi avelmente, assim, c da mancira que nelas se
6.º Que também se obrigam a que aparecendo nos sesros das terras que possuem a chaixo das ditas condições aceitar. De que me ordenou fizesse
este assento
302 ANEXOS ANEXOS 303
pudessem
sc pusless par.
aldeare e para . ..
Aligue! Pereira e João Pais Florião, ando nte
dame un em aldear Maior capacitá-los lhes deu logo alguma ferramenta, man-
que formou com os ditos E principais José de Abreu Vidal, .
e as mais pessoas que se acharam presentes vo o s pessoa que os fosse acomodar na parte mais conveniente, e par:
português, genro putativo da principal Nhangujé da constusse tudo o tratado acima mandou o capitão-mor nomeasse homen "pen que bem
casa de Sua Majestade, aleaide-mor : ranco mais seu
a este ato. É cu, Bernardo Vieira Ravasco, fidalgo da nesta cidade do confidente que por sua parte aceitasse as condiçõ
es impostas € assinasse
Brasil, o fiz e escrevi
secretário do Estado e Guerra do explicado pelo melhor este tratado com
testemunha de tudo o sobredito, que lhes foi lido e
capitania de Cabo Erio,
Santos, em os dez dias do mês de abril, ano de mil seiscentos e
Salvador, Bahia de “Todos os para que pudessem entende r, para o que nomeou o dito chamado rei ao é mo o possível foi
do maioral José Vidal, cruz
nov enta e dois. Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, cruz Freire de Carvalho, que com o dito capitão-mor assinou perante muitas capitão mor Gaspar
Florião, Brás da Rocha Cardoso, André seus intérpretes que com “eo cssons que presen-
do muioral Miguel Pereira Gu ajeru Pequeno, João Pais tes estavam c do mesmo chamado sei e dos
Cusaio. Bernardo Vieira Ravasco fassinadol. -mor fã savam e mais
capuias que em sua companhia vieram. E de tudo mandou o dito capitão
João de Abreu Bertedo r no este assen-
Ermesto Ennes. Às guerras nos Palmares, to € que se repistrasse donde toca, Die ut supra.
AHU, Pernambuco, caixa 1H; publicado também por seiscentos c noventa e cinco. Bernardo Vicira de Melo, cruz de “Tava Acu G: Ná ano de mil
São Paulo, 1938, p. 422-6.
Carvalho. Ó eutal eu Manuel Eusébio da Costa transladdeste ci bem e fielment
governo e ) de
do Rio do pepróprio de
peito que
ia
da Ribeira do Açu, 20/9/1695 está lançado no livro segundo dos registros da secretar
Retificação da paz feita com os tapt sas junduís cento É quinze a que me reporto. io Grande a folhas
Aos vinte dias do mês de setembr o « leste presente ano nesta cidade do Natal na capitania
de morada do capitão mor dela Bernardo Vieira de Melo c em sua
do Rio Grande nas casas
nome “Laya Açu o epual disse AHU, Rio Grande, caixa 1, 40.
presença se achou também o chamado rei dos tapuias janduís por
vinha com sua própria pessoa retificar a paz que pelos seus principais tinha mandado
que enviando-lhe em
mandado assegurar, Tratado de paz feita com os tapuias ariús pequenos, 20/3/1697
fazer visto que de novo lha havia o dito capitão-mor Rio vosOS vinte
VIC dia
«do més ce de . março deste
em pessoa não só à retificar a mesma paz
q «DFES eres
presente
E
ano nesta cidade
E
do Natal na capitania do
sinal desta um seu bastão e obrigado com isso vinha haveria mais us casas de: morada do capitio-mor
tempo por si nem por outrem des seus ã dela Be imundo Vicira
ici de Mel
se não a assegurar que em nenhum
brancos c se obrigava a ir em nossa companhia a fazê-la a tados os aqueles que presença se achou também o chamado rei dos capuias ariú me Peça que
guerea com
do mui justo, invicto c habitammnnos confins ! desta capitania no mais
a Pd des sesà sento sertões o que
que disse que vinha
não quisessem admitir à nossa amizade, e prometia scr fiel vassalo é
Vi qa ue
a que prometia servir c obedecer e d0s seus sua própria pessoa ajustar a paz por estarem todas as nações mais vizinhas e que residem no
e! eee +! e] e º po 1 e com

poderoso Senhor Rei de Portugal, nosso senhor,


deve c é obrigado. IE da sua distrit desta capitania unidas na mesma paz e nossa amizade, o que disse que em nenhum
governadores e capitics-mores com pronta obediência como E: po T p si nem por outrem dos seus haveria
pelos quais prometia não só con- mais guerra com brancos c se obrigava a fazê
parte pedia perdão da desobediência e seus erros passados a: do s os aqueles
equi que não quisessem
ses mitir a nossa amizade,
admiti
descender à que se povoass em os sertões que à scu respeito se despovoaram, senão que com i e prometia
bitic se alo
princípio com os gados que agora do mui justo, invicto c poderoso Sen! hor Rei i de Portugal, + nossnosso senhor, soraia u que Ser
prometia servi
de i visado
seus soldados ajudaria a fazer currais c casas como já dera e pede. e pos seus governadores € capities-mores com pronta obediência como deve e é
os haviam trazido constava
haviam chegado do Ceará ao Açu como dos mesmos homens que
o + a eg e po e] i ma

feitos na paz tratada com os seus enviados, que são os bripado. É da sua pasto pedia perdão da desobediência e seus crros passados pelos quais
o que estava perto dos ditos capítulo s
promet não só com escender a que se povoassem os sertões que a seu respeito se despo-
que abaixo se declaram: vos am 6enã que com seus soldados ajudaria a fazer currais c casas para se meterem gados
trazer armas mais até O sítio
|.º que descendo dos sestões às nossas p ovouções não poderão nas terras e na e ha bitam, como o haviam feito os do Açu. E com isso o dito capitão-mor lhe
do Jacu, e vindo pela praia até à barra do Ceará
que chamam de Paupã ou da Pirutuba ou deu p dão dos seus cos passados e lhes segurou a paz que pediam tudo em nome do gover-
Mirim; dor e es Pp ú peenera este Estado, dom João de Lencastro, c conforme sua ordem que
para donde eles habitam a enviar
2.º que com os brancos qu e vão para o sertão do Açu ou pa isto té da on m com as condições contidas nos capítulos seguintes:
c os ajudarão para os benefícios dos mesmos gados € -
seus gados terão toda a confo emidade a q e descens O o às nossas povoações, não poderão trazer armas mais até O
condução deles pagando-lhes o seu trabalho; o o a
com os brancos a fazer-lhes : Paupã ou da Pirutuba ou do Jacu, i eRA]vindo pela
ela praia
prai até a barra do Ceará i
3.º que se alguma outra nação se rebelar ou desobedecer, irão
guerra até os reduzirem à nossa obediênc ia;
fugidos dos moradores, antes os ci a com os brancos
2º que m
que voa para
:
e : sertão
n
do Açu ou para donde eles habitam a enviar
4.º que não consentirão em sua companhia os escravos . Ss Lori a a conformidade e oss ajudarão para a os os benefícios
a; i
prenderão e trarão abaixo € se lhe pagará a sua diligênci condução deles pagando-lhes o seu trabalho;
:
st nação, machos « fêmeas, já domés- dos mesmos gados e
5.º que, porquanto entre nós vive alguma gente da
não preten derão levá-los consigo para o sertão por não ser e
-º que se alguma outra nação ssc rebel:
belas ou desobedecer, iirão c 5 br: sa
o
fa;
ticos, catequizados e batizados, que
smo de que saíram maiormente guerra até os reduzirem à nossa obediência;
justo que sendo batizados € filhos da Igreja tomem ao barbari
com 65 brancos a faterhes
e contente s € satisfeit os na companhia dos brancos. 4.º que não consentirã
ntrão
' em sua companhiai os bs escravos
c i
fugidos dos moradore
porque estão todos volunta riament
dito perdão c paz que pediam tudo prenderão € trarão abaixo c sc lhe pagará a sua diligência; ' oradores, antes os
E com isto o dito capitão-mor lhe deu à segurança e o
João de Lencastro, c conforme - joao e porquanto entre nós“ vive
. '

general deste Estado, dom alguma gente da sua nação, machos e fêmeas, já domés
em nome do governador e capitão-
por carta sua a seu antecessor o capitão-mor nto au c quicas
gi os seç tizados. que não
batls: nº pretenderão
tes a levá-los
i consigo
'
para. o sertão ºpor não ser
a sua ordem que sobre este particular achou
admecstado o muito que on do batia os e filhos da Igreja tornem ao barbarismo de que saíram maiormente
Agostinho Cé'ésar de Andrade, c logo pelo dito capitão-mor lhe foi
se sujeitara m à obediênc ia de vassalos de Sua Majestade, que Deus Ec saão tados s | voluntariamente
a , contentes e satisfei
satisfeitos na: companhiaà dos brancos.
lhe convinha assim como € aceitar o sacerdote que hes port Mi caio sa pode haver alguma incapacidade de aceitarem estas condições
espiritual , querendo aldear-se
guarde, e abraçarem juntamente a paz
cristã, ao que respondeu o chamado oe socio eo apitão-mor
Capitão que rnomecassem um branco
mor que a seuse amigo
i « confidente para em scu
lhe administrasse os sacramentos e ensinasse à doutrina ad
na Ribeira do Ceará Mirim desta tar as ditas condições c prometerem a observância delas, o qual clege
rei, falatia com todos os mais past se aklearem dando-se-lhe apitã
pudessem fazer suas plantas por serem as do Açu muito secas pafa tônio Alvares> o reias seuu condutor ora: quem
Correia, e buscaram por ser seu4 conhecido antigo per
conhecido antigo por ser
ter
capitania terras donde
capitão-mor lhe prometeu dar- lhe terras donde eles como a habitação e haver nelas tido gados que com o levante da guerra do dito
nelas sc plantar [ilegível] c o dito
304 ANEXOS
to se destruíram, o qual vendo. stem as condiçõe ições todas racionais e toleráveis as À aceitou ANEXOS 305
mentio sc do em seu nome serer 5s tod; . 20 o ditodito rei
em que também assinou como um nadoucruzo dito te Peca é
capitão-mor
e assinon este
um seucu irmão itão João Pinto Correia. E de tu Anexo 5
irmã por nome o capitão . Joi : y ano de
Se
uZer este assento se registrasse « donde
ce que que se do toca. Manuel 1 Eusébio Eus da Costa o fiz no an O terço do mestre-de-campo
Rios Áelo, cruz4 dodo Peca, id, cruz de6 João ão Pi Pinto
Nr seis
mil ciscentos o e noventa e sete. Bernardo
Vicio de eta
IT Manuel Álvares de Mor
“orrei: ôni io Alvares
ares Corre . O
equal: qual cu Manuel Eusé
Ma I
da Costa transladei bem c ficl-
al As :
ais Navarro em 1698
:
resistros da secretaria deste
secretaria des a. (1) companhia do mestre
ente O DSG no que está lançado no livro seguindo dos registro
do próp governo -de-campo Manuel Álv
a º a ! ares de Morais Navarr
do o RioRio Grande
Gr: a folhasS cento c quinze e verso a. que . me rep
eporto. beiro Garcia (argento-
mor, substituído por o: Antônio Ri-
(capelão
), Francisco Fajardo José de Morais Navarro), frei Antônio
Barros (ajudante do núme de Jesus
a mero), Manuel Nunes ro), Roque Nogueira
AHU, Rio Grande, caixa |, 40. de Azevedo (ajudante (ajudante do nú-
mingos do Prado (alferes, supra), Inácio de Távo
morto), Dom ra (ajudante supra), Do-
cisco Nunes de Siqueira (sar ingos «das Neves Ribeiro
gento supra), João do Prad (sargento do número), Eran
(tambor), e os soldos: Dom o (cabo), Salvador Dias (cab -
ingos João, José de Sous o), Jacinto
Rodrigues, Antônio Ribe a, Domingos de Morais
iro, Manuel da Costa, Navarro, João
Nogueira, Damásio Rodrigue Francisco, José Leite,
s, Francisco Mendes, Lou Manuel Simões, Inácio
bastião Gago, Ascenso Ferreira renço Barbosa, Inácio Ferr
, Leonel de Abreu. eira, Se-
(2) companhia do capitão
Bento Nunes de Siqueira
de Carata (sargento do : Simão Ribeiro (alferes),
número), Marçal Galh
ardo (sargento supra), Manuel
Francisco
donça (cabo), Antônio Nobre de Men-
Caumbor, e
os soldados: 'Iomé Nune
Pereira, Gonçalo Gomes, Gonç s, Geraklo de Carvalho
alo Rodrigues, José Alves, , Cirilo
André de Bitancor, Antônio
() companhia do capitão José Nunes.
Porrate de Morais Castro:
Antônio Cabral (sargento), Antônio
do Conto Gargento), André (ta Manu cl P cdro so (alf eres),
“galo Mendes de Morais, Manu mbor), « os soldados:
cl Rosado, Domingos Ros ado, Gon-
Bernardo, Francisco do Couto. João Pires, Sebastião
Nunes,
: (4) companhia do capitão José de Mor
«hho Góis Meneses (sargent ais Navarro: Francisc
o do número), Bento Meir o Antunes (alferes), Agos
ti-
E Rondon (cabo), José a Barros (sargento supra),
Dias Duarte (cabo), Fran
cisco (tambor), Agostinho
Senta , Anastácio Álvares, Man « os soldados: Francisco
uel Marques, Francisc da Cos-
ÉS Luís, Francisco de Agui o Alvares, Manuel, Dom
ar, Manucl da Costa Vian ingos Soares, José
+Fealvador Rodrigue a, João Barbosa, João Mend
s Góis, João Rodrigues, es, Afonso Dias
Salvador Álvares, 8 chbastiã ,
o Pereira Lobo
(5) companhia do capitão Man
Manuel do Prado Gargento
uel da Mata Coutinho: Marcelino de Oliveira
), Estêvão
de Barcelos Machado (sarg (alferes),
desconhecido” (tambor), « ento), Manuel Cabral
E. os soldados; Sebastião Gonç (cabo),
Jomingues, João- Antunes, MT alves, Ambósio de Avânio,
Simão da Cost
"
a, Manu el Y Miguel
ic rges do Prado, Amaro da Costa Ao
, Antônio da Cunha, Fran .
.
Lopes Maciel, Gaspar
Gomes, João cisco
freira da Costa, Jerônimo de Góis, Luís Gomes,
de F rança Gaia, Roque da Francisco
ifitônio Pais Barreto, Alberto Costa, Pedro dos Santos
Rodrigues, Adtônio d as Nev Resende,
fAlitônio Tavares de Oliv es Loureiro, Brás Rodrig
a eira, Lucas Antunes, Dom
Pedro.
ues Gato,
6 ECompanhia do capitão Ant
ônio Raposo Barreto: Dio

“DEE E
É ira (sargento), Clemente go Barb osa (alferes),
de Cardoso (sargento, mort Marcos de
a (cabo), Manucl Raposo (tam o , José Ribeiro (cabo),
bor), « os soldados: Diogo Manucl Men-
g Etancisco Barbosa, Fran Moreira, Gonçalo Silva,
E] E aL Hc
EE
cisco Pires, João de Cuba João Mar
UZ da Apresentação, s, João Lopes, Apolinár
Eliseu de Macedo, Láza io Martins, José
ro, Antônio, Amaro, Fran

UTIL Rar,
cisco, Antônio.
mpanhia do capitão Sal
vador de Amorim e Oliv
fio Pinheiro (sargento
do número), Silvestre
eira: fancisco Ribeiro (alferes),
R9F), € 08 soldados: Doming Marques (sargento supr
os E Francisco da Silva, a), “desconhecido”
gua. ilva, João de Sousa Antônio Gonçalves Mac
da F onseca, Pascoal Gonç hado, Antônio q
: Rel de Aguiar, Bent alves, Mateus Marinho,
o Rodrigues, João Nun Mateus Gonçal-
podrigues Dias, Gregório es de Siqueira, José
Barbosa, Leandro da Raposo, “Tomás do
d; abricl, Baltasar, Valent Cunha, Antônio da Silva,
im, Domingos, Domingos. Domingos da
306 ANEXOS = =.
. apitão Francisco Lemos Matoso: Antônio Simões Moreira res
(8) companhia do cap ento de número), Manuel Pereira da Costi Gargento su a à Antôni
Francisco Antunes ANN de Lemos, Antônio de Azevedo Raposo, João e bed a,
Sobrinho, João de Lemos do Prado, Manuel Soveral, Ma nio
Manuel
O Deda a
Delgado, João Nunesdes . Francisco Preto Rondon, Gaspar Rodrigues, António oncte,
de Mesquita, Manuel a Diogo Lobo de Oliveira, João Lobo de Oliveira, Domingos
de a e audi Cardoso,
de Morais,
Lized a Miguel Cardoso de Siqueira, Manuel Ferreira, Fran.
de Lino REM
o
cisco
“isco de de itão Bonete.
) Marcelino
Candia,
Antônio Gago de Oliveira: Salvador
de Siqueira Rondon (alto
(9) companhia do capis (sargento do número), Martinho Vaz (sargento supra , 4 mM nes
res), Manuel Luís Correia , Gaspar (tambor), e os soldados: Antônio de Siqueira, João ateus FONTES E BIBLIOGRAFIA
nha ,Silvestre, João Dias, Celestino da
Dias, Antôniofuel. Costa, João de
Rondon,
do ado B:
João Ea panda Ds De
Almeida, José de Andrade, José Dias, Simão de Brito, Migue
. » Siqueira Rondon: Antônio Percira Brito (alferes), :
do aba + Mona lo rambor, e us soldados: Bernardo natisra, Do- -
ud ii
a ncor Francisco Martins Pereira, Manucl de Góis Uomem, anual
André e avapo
Can do Go 16) ão Pereira, Antônio Gonçalves Pereira, Pedro da Silveira. o Ridord a 1. Fontes manuscritas
Domingos de Araújo, Sebastião Correia, 1 au lino isca do, :
Ni Rana À Paio a Pereira
Lázaro tosta, Salvador
Gomes, Sim: do Cota
ue é Pequeno, Diogo, Pedro de Siqueira, Inácio Delgado. Arquivo Elisrónrico UirramaRiNo
Di (AHU) 7 Lisnoa
Códices: 49; 83; 85; 86; 93; 95;
112; 118; 119: 120; 122: 123;
257; 258; 265; 266; 275: € 276. 12H 245; 246; 252: 253; 256;
do mestre-de-campo Manuel Álvare
Fonte: Lista dos soldados do Tia s de Morais Navarro
des assentados na companhia do capitã Papéis avulsos (caixas): Bahia, 2
98). o Manuel da Mata c 3; Rio Grande do Norte, 1,203
THGRN, caixa 89,ca [its “ Je 2 Piauí, |; Pernambuco, 9, ; Paraíba, de 6; Ceará,
Ugo) 10,1 DIZ 13, 14,15. 16, 17,180
Coutinho (1698), JHGRN, caixa 65. : 20.
Arquivo PúBuio Do Estado DA
BAIA (APEB)/ SALVADOR
Códices da seção colonial: 147 tcarta
s do governo a várias autoridade
1663); 148 (car do ta s [registros], 1613-
govers
no a várias autoridades [da capita
e 135.1 (cartas do governo a Sua Majes nia da Bahia], 1697-1704);
tade, 165.4 1665).
HIBLIOTECA NACIONAL DE Listoa (BNL
)/ Lissoa
eção Pombalina: códices 115 (“Liv
ro dos assentos da Junta das Missõ
nárias, ordens « bandos que se es, cartas ordi-
escreveram em Pernambuco ao
Félix José Machado”, 1712-1 715) tem po do governador
e 239 (portarias, ordens, bandos,
overnador d. Antônio Félix editais etc. sendo
Machado, marquês de Montebelo,
1690-1693),
MBLIOTECA DO PAL.ÁGIO DA AJUDA (AJU

E
rcumentos relat DA) / Lisuoa

no AR TE
ivos ao Brasil: 51 V 42: 54 XIII
IGe SIX 452
Elóreca NacionaL. DE Paris (BN
P) / Paris

TEog I euaçre
Seritos portugueses: códices 28 c 30.

Tt TO Histórico E Grognáric

Sad TITESTE
o Do Rio GRANDE
NATAL DO Norru (IHGRN) /
+ 2734, 65, 75, 89, e 99,

DE Estunos Brasimemos
(TEB)/ SÃO Pauto
6 Yan de Almeida Prado:
códice d AZs.

Te
EarTur CERTA
ÚTECA Sr. Jos MinDuin / São PAULO
Onde la Mission des indiens
Kariris du Brezi) situés sur le
Grand euve de S.
BIBLIOGRAFIA
FONTES E BIBLIOGRAFIA
308 FONTES E 309
Equinotiale. Lc 12 seprembre 1702, COUTO, MA , Domingos
" gos de c Loreto.2 Desagravo
Drs ez do Brasirastl e glórias
rio de Per;
Erançois du costé du Sud 4 7 degrés de la ligne b o mdação de Cultura Cidade do Recife, 1981.
naire aplique. cPerummbnco (1757), Rei
pour | Bernard de Nantes, apucin predicateur missio A ILHA, «Ma
Manuel (OPND. NarraticaAgrrati dia dede
de custódia uti ;
Petrópolis: Vozes. 1975. nto Antônio do Irasil 15. 1621.
DE * LART
LAR, Johannes.
Johannes. Mistória
Zistári ou aneisÀ eos5 feitos
fei die Con, dia Privilevi
2, Pontes impressas )
Orident ais GOD a.Trad. port. José Higino so. Ê cumpendia Privile
& Pedro Souto Mai
; /

2, 1912-1919/20. Maior. ABN, ; SO, a 33,alas38fia


e 4.
Prefeitura Municipal, 1914-, vários vols.
Atas da Câmera da Vila de São Panto. São Paulo: es ária que
Diretório que sse devee observar
absence nas povoações si,
õ dos indios do Pará e Maranhão en
ABBENHALE. Claude d'. Histoi re de da mission des peres copucins en Pe de Maragnon p Jestade não mandaro contrério. Lisboa: na oficina de Mi gucl Rodriga
;
as Dur Ma
terres circoncoisines. Paris, 1614. OCH: euntação
ti ultramerina
q 7 portuguesa.s Visboa:
y Centro
de suas capitanias (158. In: Cartas, infor.
: de Estudos Elise nes,
je 178UU
NCHHTA, José de, Informação do Brasil e nos, 3 vols., 1962,
«sermões. Belo Horizo nte/São Paulo: Ltutiaia/E dusp. 1988, tudos “istóricos Uliramari-
mações, fragmentos histório L Durumentos
u eutos históricos
históric do Arg urcoer Municipal.
et, Mas da câmera e cartas do se 3
p. 310. reteitura do Município, 1947, vários vols + senado, Salvador
eto Brasil, Conub Antônio Mar
Air da go américa da fingoea mais usada ne costa Documentos g bestóricos da 4 Ritiliotera
Bibl éNacional.
aciona +. Rio
Ri io de Janciro:
j Bibliotec; i
1955. HO vols. Janciro: Biblioteca Nacional, 1925-
1595.
ia do Brasil, por sues drogas e minas, ete.
ANTONIL, Pe. André João, Cultura e opulênc Dais
q in dios
tos
notáveis
DV
é . parentes
. . e
próximos
Avi
(cartas de Pari e Camarão). Ediçã
Lisboa: Oficina Real Deslan desian a, 1711.
asboa: na otficina de Pedro Souto Maior. RIAL 26:601-72, 1912 rEoh Ethçãoe tra. port
ARAUJO, Antônio de. Catecis mo drasílico da dontrine cfaistã (VONS). l ) is, , TOLO
EVREUX, Yves s d do. Suite
Suite de Phistoire
"histuire desdo É choses
n feses plus y
pítes meémurabios
viles adventes
+ ésp Mearagnon.
ML Deslandes, 1650.
DE STUDART ted). Documentos relativos ao mestre-de-campo Morais Na-
BARÃO 7 SECA,
Taos Antônio oséJosé Vitoriano
FONSECA, Vitor
cearense. RIHGO, 30:350-04, 1916 €
Borges.
pes. Nobiliarchia
Nobiliarchi: pernambucana (748). ABA,
varro. Notícias para um capítulo novo da história
34:1602-223, 1917. FREYRE, + Francisco
de, Josi de Bririto. Nova
; «Hs rent
brancis
Calçado 678 Lnstteinia:
ados durante oito anos no Breasil e nou- Bistási da guerra
cdistário Nas
drasifica. Visbou:
re brasitica. ici
Oficina
BARLEUS, Gaspar. !listória dos feitos recentes pratic ,
io conde de Nassan 1647). Lrad. por.
tras partes sob a governo do ilustrissimo João Mauríc GUERREIRO, à RO, , Ferrão.ão. Refoçam
R Red anual das'S cons
COHSAS que feseram os k
Jtatia ia/Edu sp, 1974. À
Belo Horizonte/Sã o Paulo: jesus mus partes da Índia orientale no Brasil, Angola, Zi Verde Cine da Ciompantia de
(1647). "Vrad. porc. Belo Horizonte/
BARO, Roulox. Relação da viagem do país dos tapuins H 1603. Lisboa: Pedro Cracsbeck, 1605 o EM trt memos e LOU
São Paulo: Hatiaia/E usp, 1979. ENA + Elias.
sRC
ERCKMAN, Blias. Descriçã
Descrição geral da capitania
Barbados, 8/10/1654, RIHIGO, 82:195- I dada Paraíba
Paraíl: (1634). ti“Trad. port. R$AP
BECK, Matias. Carta de Beck que trata do Ceará,
6, 196. HULK, ee |Gerrit
Pere (rerbrantsa.
Gerbrantsz. Ee korte beschrijvinge,
“en àjvi
des grandezas do Brasil (1618). 2.º cd. inte- vande Staponjers in Brasiel, V
BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. D jálovas da e en, von. Houwclijck ende wonder Wercken (1635) (Uma brev des rição
fo de Leiden , aumentada por José Antônio Gonsalves de Mello.
gral segundoo apógra apuias nno Br;E «daa sua
dos tapui vida, Daris
sua vida batismo, matrimônio imôni e feitos ve descriçã
. milagrosos), par feto
Recife: Imprensa Universitária, 1966. q e publicado por Frans Leonard Schalkwijk. “Tápuias no Ri G ande do
de fiberdade (1048). Belo Horizon-
CALADO, Erci Manoel. O caleroso lucideno e o triunfo porte no tempo dos flaimengos. RIAL LVHHH305-20, 1993 'o fEtrande do
te/São Paulo: Hatiaia/Edusp, 1987. JABOR
n
BA
O, .
a daa qcapitania
fre 2.
de Pernambuco (século
esti c: apitania da Bahia (1759). Revista do XVII.
. : a
ABA. 285. 1906
CALDAS, José Antônio. Notícia geral de toda OATÃO, Frei Francisco St. Maria. Ordhe serafico novo brasília Lislisboa: o Offici
29:3-444, 1931. a E SL. .
tustituta Histórico e Geográfico dia Bahia. L Antônio Vicente da Silva, 176]. f tuto. Lishoa: Oficina de
Brasil (1590). São Paulo/Belo Horizonte:
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do EME,, o» Pedro 'I: aques de Almeida i Pacs. . /nfo. rmaçãof sobre as j sã
Edusp/latiata, 1980. São Paulo: Melhoramentos, sd. f cumes ee ão Pando (1772)
o de Carvalho. R/AB 68:281-305, 1906.
Cartas tupis dos Camarões. Trad, port. Alfred o « éVobifiarquia panti:istana histórica fstóri e “ genentóvica.
ou relação kistórico-geug ráfica do Reino do ierca. SãoSão Paulo:
P: à i
Eduspfltatiaia, 1980, 3
CASAL. Manuel Ayres do. Corografia brasítica
Brasil (817. São Paulo: Ediçõe s Cultur a, 1943. Livro primei
prt eiro” dh o governo
% 7 ; (1607-1633). Rioi de Janciro: Ministério das Relaçõ
franc. Paris: Editions Domenique Martim, E da Brasil
Catechisme du Concile de Trente 566). “Ltad. exteriores (edição diplomática), 1958. né Relações
Morin, 1984. EA ,,s SUS
l rreompiludas por mandado d "el-rei D.
SAT , frei Ga àSSpalr.
1% . 1 CH 4 OSS
mk Hd Petra
pP. Were distór
À ter
7 eu tupieanta
Códiso Vilipino ou ardenações e dei do Reino de Portuga
4 pi / de 4.. Virente,
/ hoje
chamada São Panto (1797). São PaulofBelo Horizonte: Jeatiaia/Edusp,
por Cândid o Mend les de Almeida. Rio de Janeiro, 1975
Phelipe 1. 14º edição preparada
3 MA tu tz Vicen; » o
ANI, Luiz icenzo. dete de gramettea» eta fin intuea
b sastic
ja fu
1870.
“Vypographia do Lostituto Philomatico; 2 vols.
“a da Haçeam kir tt. E EASDOa:
!
Officina de Miguel Deslandes, 1699.
Lisboa, 1740.
CONCEIÇÃO, Erei Apolinário da. € “uustro franciscano.
E Ca - - “a. .
E Pretta, . es. a. . ço a
Loddi Fecist; no edi E df doniriea
efeito, ch christde
Ste ne me; ht lente
ee b, Dreastit
Primeazia serdifica na regiam ea dunérica. Lisboa, 1733.
A fica da Haçam
e t É su . Lisbo: 5. of h cinan

s (1598-1612). ABN, 57:29-8h-


. de Miguel Deslandes, 1698
Correspondênei a do governador D. Diogo de Menese MELLO jonsalves de (cd). E
+ J. À. Gonsalves de (cd.). Fontes para a história do Brasil Holandês.
(Val. À Eco-
1935.
FONTES E BIBLIOGRAFIA SU
30 FONTES E BIBLIOGRAFIA
ta). Trad. port. Recite: MEC/ SOUSA, Gabricl Soares de. “Tratado descritivo do Brasil, em 1587. RIHGR, XIV: -330,
nomia açucareira) e [Vol 2 A administração da conquis o 851.
Memóri a. 198] ce o
SPHAN/E undação Pró-Memória, 1981,
: Min ei
o pernamb ucana (1738 e 1802). Recite: Enstitu- STUDARE, Barão de ted). Documentos relativos ao mestre-de-campo moraes Navarro.
Prês roteiros de penetraç ão do territóri
Notícias pará um capítulo novo da história cearense. RAFÍGO, J0:350-6+4, 1916 027: 162-
to de Ciências do Homem, 1966. 223, WI7.
entre halundeses e portugueses (VOS),
MOREAL, Pierre. Histórico eus tilrimas fitas no Brasil o — +. Documentos para a distória de Martim Soares Morena. Fortaleza, 1905.
e
trad. port. Belo Horizonte/São Paulo: Iatiaia/E dusp, 1979.
Vasbos na atficina de Valentim —— —— Documentos para a História do Brasil, e especialmente e do Ceará (1608-1625). Vor-
NANTES, Bernardo de. Aatecisaro ineticu da língua kariri. taleza: s.c., 4 vols. [904-21.
o o
da Costa, 1707. três durumentos edu Ceará Colonial, Voraleza: Jastituto do Ceurá/Departamento de Im-
n du pere. pridicateur copucia,
NANTES. Martin de. Refation suecinte el sincere de ta missio prensa Oficial, 1967. Contém uma relação do Maranhão (1608); a relação do Ceará de
appétles eariris. Quimper: Jean
missionaire apastulique dans de Brezil parmy des indiens Martim Soares Moreno (618) ca Diário de Marias Beck (1649).
“ener 1706.
LLEN, MM. van. Breve discurso Uma Assembléia de fadios cm Pernambuco em 1645: documento inédito. Ediçãoc trad,
NASSAU VM de: DUSSEN, Adriaen van der & CGEU port. Pedro Souto Miator. RIAL 45:61-77, 1912.
as de Perna mbuco, Hamaracá, Paraíba
sobre o estado das quatro capitanias conquistad VASCONCELOS, Simão de. Crônica de Compenhia de Jestis (1663). Peruópolis: Vozes,
as na parte setent rional do Brasil, escrito por... (1638). In: J. À.
e Rio Grande, situad 1972, 2 vols.
Brasil Hotand ês. Trad. por. Recife:
Gonsalves de Mello (cd). Pontes para « história do N VIGENTE DO SALVADOR, Frei. História do Bracit: 1300.1627 (1627). São Paulo/Belo
Pró-M emóri a, 1981, vol. 1,
SPHAN/E undação Horizonte: Edusp/ltatiata, 1982.
ma e terrestre du Brasil (1682). Trad. port.
NIEUHOEE, Joan. Memorável viagem mariti VIEIRA, Pe. Antônio. Relação da missão da serra de Ibiapaba. In: Vozes saudosas da elo-
Waciai a/lEdu sp, 1981. no
Belo Horizonte/São Paulo:
onte/ São Paulo: Itatin ia/lodusp, 1988. quiência. do espírito «do zelo e eminente sabedoria da padre Antônio Vieira da Companhia de
NOBREGA, Manocl da. Gartes do Brasil, Bela Horiz
mbuco acerca da sua congregação Jesus. Lisboa: officina de Miguel Deslandes, 1688, po 3-89.
Notícia que dão os padres da Congregação de Perna « Sermão da visitação de Nossa Senhora, no Hospital da Misericórdia da Bahia
desde a sua ereção (séc. XVHD. Edição c introd ução por José Antônio Gonsalves de
. (1640). In: Sermões do patrr Antônio Vieira de Companhia de Jesus. Lisboa: officina de
: VAR SA SAS, 1984.
éticas (1773) . Publi cado por José Miguel Deslandes, 1690, Sexta parte, p. 386-H5,
BENTO DO JSÁRIO, pe. Manuel da. Questões apolag «Cartas do padre Antônio Vieira (ed. J. L. de Azevedo). Coimbra: Imprensa da
ABN, H13:7-62, 1993.
Percira da Silva. Lingua vulgar versus íngua portuguesa. Universidade, 3 vols., 1925-26.
compê ndio do que vai obrando neste
PEREIRA, Gregório Varela de Berredo. Breve ———. Curtas |scleção de Novais Teixeira). Rio de Janciro: Wo M. Jackson Inc, 1949.
mbuco o sr. gover nados Antôni o Luís Gonça lves da Câmara Coutinho
governo de Perna ——. Escritos instrumentais sobre as Índios. (1655) São Paulo: Fdue, 1992.
1979, . o ,
etc. (1690). RIAL 54:257-300,
iações de Pernambuco 1593. 1595), WAGENER, Zacarias. Zoobiblion fivro de aninmais do Brasil (634-1681). Trad], port. São
Primeira Visitação do Santo Ofício às partes do Brasil, demunc Paulo, 1964.
nça. São Paulo: Ed. Paulo Prado, 1929. o
pelo licenciado Heitor Furtado de Mendo
Os menuse ritos do arquiv o da casa de Cadav al respeitantes ao Brasil,
RAW, Virgínia ted.)
. N indi 3. Livros, teses e artigos citados
Coimbra: UC, 1956, 2 vols. ,

no das praças conqu istad as ou que forem conqui stadas nas Indias
Regimento do gover o
1886. o ABREU, J. Capistrano de. Capítulos de história colonia! (907) E Os caminhos antigas e o
Ocidentais (1629). “Trad. port. RIAR 3/:289-310,
a Munici pal de São Paulo. São Paulo: Prefei tura Municipal, 1917- povoamento do Brasil. Brasília: Editora da UNB, 1963.
Registro Geral da Câmar
: ABRELI, Sylvio Fróes de. À vigueza mineral do Brasil. São Paulo: Gia. Editora Nacional,
2 ols.
uesa desde o ano de 1500 de seu 1937.
ROCHR PITA, Sebastião da. História da América Portug
Edusp/l taciaia , 1976. “ABREU, Sylvio Hróes de. Recursos minerais do Brasil. Vol. |, 2º ed. São Paulo: Edgard
descobrimento até ao de 1724 (17303, São Paulo:
pela capitani a do Piahui (século XVIID. R/HGB, LXIF60- * Blucher, 1973.
Roteiro do Maranhão a Goiaz
: ACIOLI, Vera ] ícia Costa. Jurisdição e conflitos: a força política do senhor de engenho.
t61, 1900.
1500-1627 (1627). São Paulo/Belo Ho- - Cadernos de História 7. Recife: Universidade Federal de Pernambuco/ Departamento
SALVADOR, Frei Vicente do. História eo Brasil, .
1 - Edusp-itatiaia,
Edus atiuia, 1982
1982. . “de História/ Divisão de Pesquisa Iistórica, 1989.
rizonte: do Rio
paneguírico funcbre al senor Affonso Furtado Castro ADAM, Lucien. Meaterianx pone servira Vetablissement «une gromnaire comparie des eindectes
SERRA, João Lopes. Vida o
Schwartz. À Governor and His Imageim de la familte kariri. Paris: J. Maisonneuve, 1897.
Mendonça, Bahia, 1676. Publicado por Stuart
Funlogy of Afonso Eurtad o de Castro “tu Rio de Mendonça by. ': ALBUQUERQUE, Clconir Xavier de. À remuneração ee serviços de guerra holandesa (a
Baroque Brazil, the Funeral
University of Minnesota Press, 1979, p. 31-156. o. “ propósito de um sermão de padre Antônio Vieira). Recife: UFPE, 1968.
Minneapolis:
ntos part a história da conqu isa c, LDEN, Dauril (org). Colonial Rovts of Modera Brazil. Berkeley: University of Califórnia
SILVA, Manuel Cicero Peregrino da (ed), Docume
Z6, 1905. box “Press, 1973,
colonização da costa leste-oeste do Brasil. ABN,
legistação portuguesa. Lisboa: edi- ALENCAST'RO, Luiz Felipe de. O fardo dos bacharéis. Novos Estudos Cebrap. São Pau-
SIMA, 1. Justino de Andrade e. Coleção cronológica du
lo, 19:68-72, dezembro de 1987.
ção do autor, 10 vols. 1954-59.
FONTES E BIBLIOGRApTA 313

vONTES E MI BLIOGRAFIA ibéri


To tbérica (USTO-ITTO). ' Vrad. port, ' Lisboa:
312 , Campinas: 1 - Unicamp, BOXER,
ER, Charles
lists s RalRalph.
E 0, TOBL À fera
(1960), ex,
ja / e aea expansão
onização. Economia é Sociedade
2 O aprendizado da col
1:135-62, 1992. sileiro. In: Antônio . e pu in Brasil, 1624-1654. Oxford, 1959
s na for maç ão do me rcado de trabalho bra . The Golden Age of Brazil. Groacing Pi s ofa Coloni
lr este e mostandade , p. 33-5.
vador: MADE, 1997 ntico Lisboa Carcanet Press/ ECG, 1995 & Mans of a Colonial Suctts, 1695.1750 (1962)
enção do Brasil. Sal anômico brasileiro no Astâ
Risério (org. >» Inv do do espa ço ee — the
te Portuguesesea Senrhorne der“empire
re LAL3-1825.
5
em Angola: conStinI Londres: hã
—— Os Jaso-Dresileinos Campinas:Unicamp. 1994.
de livre-docência. os. RHHGB, o Setenador de Sá calata pelo Bresile Angola 1602-1 686 a por é o
Sul, 1350-1700. Vese eração dos Casiris
ou Guerra dos Bárbar " rara Nacionalfledusp, 1973. . » trad. port. São Paulo: Ch
Hor áci o de. Con fed
ALMEIDA, Wi
ANDÃO, , Carlos s Rodrigues
gues. Leentideade
j ; : construçãonção da pessoa e resistência pessoal.
S16:407-33, 197
7. Universitária, 196%. São Paulo: Brasiliense, 1986 ntialude e ente:
João Pessou: Imprensa ” no Brasil do
e História da Pere fes. rio dus É fnel ios: um projeto de “rivilização matériele,
j ma 7
érielte, éóconomieje etet capitalisme,
capital AVe-NViIe
U stécte. Pa- |
oisa de. O dir etó BRAUDEL,e SL, Fernand.
Co Civil 3 “ion
Civilization
and. 1979
ALMEIDA, Rita Hel
ia: EDUND, 1997. ps primitivos
século AN E. Brasíl
. His tór ia da Pro vín cia da € “enrá. desde us tem (1367), mm
Ta O Mediterrâneo v eo mundo mediterrânico.
iterrânico. ViTrad. port. Lishoa: Martins Fontes, 1984
ARARIPE, Uristão
de Mencas José Aurélio Câmara
“Vyp . Min erv a, 2.º ed. Anotad a por
até 1850. Fortaleza :
sofia do BROCHADO,
) 0,].). ; 7 Model of the5,
J.J. Proenza a. Au Eicological 5, ) | |
1958. to: Faculd ade de Filo
Gom es de. Pov uam ento do Cartei. Cra Cal VIM Soul America, PhD. thesis. Urbana: A
ARAÚJO, Antônio
de Fomento du Produção , Pa de Janeiro:Editora
a istória da Casa da Torre. Rio Olympio 1959 to Edi
José Olym editora, 1939,
Crato, 1973. tre na Bahia, Hatetim da Divisão ca DUE RAS a Pasto Rio de Janeiro: José
ra e 1. Sali
ARAUJO, 6. Olivei , aAL, imp 4 TOUS Às mt) nas do Brasil
+ João Pandiá. islução. Vol.
usil ee a sue legistação. Vol. U. Rio de Janciro:
Mineral. 66, 1945. , São Paulo: Ática, 1980
de And rad e. O Brasil no comércio rotonial ista de € srog rafi a,
son etim Paul
ARRUDA, José Job mentos de índios. Bol /
fu rudução7 às línguas prredti
de. Aldeias e ale Ica a Je. ). Mattoso.
SÂMARA SOS indígenas brasileiras. Rio de Janeiro: Mu-
AZEVEDO, Aroldo
1959 demográfico de
São Paulo, 33:26, Os índios co censo 4
O, Mar ta M. & FONSECH, Gistúinc. Nas, RAVA, Aliceer E , João ntônio
CANABRAVA, Yr
éAntôni Andreonie sua obra.
sua obr: In: : ANDRE S
AZEVED 30, 1998. 171 ! . 8.º ed. São Paulo; Companhia Editora Nai Dag
, Campinas, 29:15- de Mipibn. Rio de CARdE pi o fra
1991. Boletim da ABA História do município de São José RARA JU o o quilombo dos Palmares. São Paulo: Editora acionado OB
berto Guerreiro.
BARBALHO 3, Gil 1960. , “resto Carrara Júnior &MEIRELI :S, Heli ai ;
Janeiro: Grátic e
Editora NAP Salvador: Imprensa
a
€ sertanistas terhianos. quimica
, Era nci sco Bor ges de. Bandeirantes CARY ÇA asi, 1500-1889. São Paulo; otavio o
BARROS , FRANCO, Jrancisco de Assis. Dici j dei E seram
Oficialdo Estado,
1919. do Estado, 1934.
or: Imprensa Oficial CARALHO A Horizomeidão Paulo: Iratiata/E, USP 1989 Memeiremts e sertanistos do
Mar gem da hist órias desia net. Salvad tal eza : Imprensa Universitári
a
——
tav o. A mar gem da história do Ceará. For EC 1999. Alfredo de. Avente uras e aventureiros Brasil. RiaRã de Janciro/Paulo: Pongetti
iros nono Brasil,
BARROSO. Gus
750. Revis-
do Ceará, 1962. sil Colonial, 1870-1
a Eib era lh. Pol íti ca indigenista no Bra eso
CASCUDO, Luís da Câm:nara. Geografia do Brasil) holandês. Rio de Janeiro: José Olympio
RELLOTO, Uelois Paulo, 22:49-60, 198
8.
udos Brasileiros, São tica indigenista no Bras
il. São
ne do Instituto de Est s elis mis sõe s — poli Nº i
Rioi de Janciro: i
Ministério da Educação e Cultu- |
ar. Leis € reg ime nto . História do Rio Grandedoo Norte.
198
BEOZZO, José Osc Una o
Paulo: Loyola, 198
3. s, salunjes y primitivos.
CO NT RE RA S, Jesús. Bárbaros, pagano CASTELLO
os al BRANCO,10, JoséJosé Iv Moreira
José Moreia a Brandão,
É Brandã Rioio Grande
OG e Açu, RHHGB, 232:167-84
BESTARD, Joan &
Barcanova, 1987. “+
ologia. Barcelona: port. São Paulo: Edusp,
introducción e det antrop Amé ric a Latina (1984). "frad. Viveiros de. O. mármore e :
do B. B. Vivei a: cal ânci |
(ud ). His tór ia da CASTRO, , EEduardo
BE THELL, Leslie Revista de Antropologia, São Paulo 352 74, 199%, 1 inconstância dh alia
Latina Colonial). CEE
1998, vol. 1 (América RIHGC, XVI, 1902.
Alg umas origens do Ceará. Enropeau Society, 1550-1
800. agi h E,BIO valo delle missh
Rocco da. Storia Paris: P. Lethiclleux, Librajo-
cappuecini. Paris:
issione dei ; cappuecint.
BEZERRA, Antônio. olu tion? Military Change and
emy . À Mil ita ry Rev
BLACK, Jer ernadional, 199 1.
fHumaníticos Press Inc ! auto colonial, 1681- LLA, , Carlo M. . ei
O Guas ane e!Ra
Sail the Early
Sail inà; 196, P;
À) arty Phase '
of European X /
Expansion, !IU0-1700.
Acantic Highlands: proc esso de mercantilização de São
À tra ma dus tens ões: 0
BLAJ. Uan a.
lo: USD, 1995. .:
toramento. São Pau Indians in the Pictonal
CLAS Enc.
l RES , H élênc. ter Vav sem
sem mel, a profetismo tupr 7 EUANARA. Trad. port S d jo E aulo e
4724. Vese de dou Pro gre ss of Colonial € sivility
E. van den. The Slo w eu da Feu rop a Mod erado
BOOGAART Ç jmagen del indi o
il, 1637-1 44, In: La 389-403. COHEN, R. & MIDDLE Mi VETON, J. Comparative
k Political Systems: Studies in the Polítics of
Record of Dutch Braz est iga tio nes Científicas, 1990, p. Pre-industri
ndustrial Societies. a,Garden City: ' Natural Nistory Press, , 1967. . ArtigoArtigo dede Sahlins.
Sahlin
sej o Sup eri or de Inv s van Nassean-Siegem
Sevilha: Con rit
st Prin ce in tou rap e ane Brazil. Johan Man e Hague: The * COMBÊS, à Esabelle.
Isabelle. 1.4La tragódie
tragédio canibale
cani ches des ancieus tupi-guaranis. Paris: PUF, 1992
—— (ed). À Humani ary of His Death. “Vh
67p . dess ays om he Orcasion af the Herventen CORDEIR 0,]. E Leite.
site, Sã Paulo e a invasão holandesa no Brasil. São Paulo: s.€
São 1944
1604-1
cgen Sricheing, 1979.
Johan Mauries Nassau-Si
314 EONTES BIBLIOGRAFIA E
FONTES E BIBLIOGRAFIA
. 4
.
CORDEIRO, : no Siard:
indios no
José.2. Os (Os fudios Si massacre, e resistência.
istência. Vestaleza:
Vostaleza: Hoje, J 1989. l
ML Listas: , FARIA, Francisco Leite de. À situa 315
pimento

portugueses tos sérulos AM ção de Angola apreciada em Madr


CORTESÃO. Armando. Corragrafia e cartósrafos || sulem rica. revista entrural missiondria, 2 2.º id é 1643. 7,
Ed. 1935, 2 vols.
jovi, 1935,
us Seara Nova, co ata . 975, m 164. Portu
—. Vrei João de Santi BO €
icone, 7 sua relação sobre os capuchinhos
CORTESÃO, Juime. Lutrudução à história das Bandeiras. | ásbou: Livros africa. revista enttural missinneiria, n 0 Congo. Portugal em
—. Raposo Tavares ea forntação ternitorial do Brasil. Rio de Janeiro: MIC, s ' = 2º série, IN I9S2e X 1953
+ Os barbadinhos franceses c à
Rest auração pernambuc
CU STA EA. Pereira da. À Ordem Carmelitiana em Pernambuco. Recife: Arquivo Público ' INA3-131, 1955. nbucar
ana, Brasília, Coimbr
a,
“ Estadual/Sec retaria dada Justiça,
Estadual/Secretaria Justiça. 1976. =" o O ostss
« Os barbadinhos italianos em
a ; » ; São Toméde 171441 794. Po
==. Anais Pernambucanos. Recife: Arquivo Público Estadual, 10 vols. cultural missionária, 2.º série,
NL 1954
riugal em África, revista
1955.NH,
CL STA Luís Monteiro da. Va Bahia colonial, apontamentos para história militar de cteleede - O padre Bernardo de Nantes
ade
at
de Satvador. Sacada
Salvador: Liv raria Propresso,
Salvador: : »d!1958. ivrat o s o, 1958
oo o
do rio São Francisco, Actas
e as missões dos capuchinhos
do | Colóquio Inte
franceses na repiã
COUTO, Jorge. À construção da Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, da início do povo Coimbra, vol. 1H, p. 4:49, 1965. rnacional de tistudos | et -Bra
sih os,
,
amento a finais, de Quinhentos.
|' Lishoa:
à «e Telicões Cos J98 hi
Hidições Cosmos, ç 1 “Us. 1 - Os capuchinhos em Portugal e . cenlnastiros,
isboa: Agencia no Últramar português” «drtas
CUNHA, Amadeu. Sertão e fronteiras no Brasil. noticia dia epoca colontal, guesa de História. Lisboa, 1979, po 61-8 da Academia Portu-
o o o 0,
Geral das Colônias, 1935. FERGUSON, R. Brian & WI IFP
EHEAD, Neil E. (cds. Hari the Triba
al NI IA, Manucla Carneiro da (org). Mistério dos índios no Brasil. São Paulo: Fapesp/ Srates anel Indigenous Warfare. New l Zone: Ex andin
o = Mexico: School of American Re
SMC-SPY/Cia. das Letras, 1992, dc earch Preso 1992
. ' " EM . . a 2
PERLINI, Vera Lúcia Amaral.
' .

' o Terra, trabalho » poder. São Paulo: Brasiliense


aa Antropologia na Brasil São Paulo: Brasiliensc/IEdusp, 1986. a FERNANDES, Florestan, À
saciedade escravista no Brasil 1988,
D'AI ENG 'ASTRE Pereira. Memória cronológica, histórica e corcográfica da província ro: lo: Hucitec, 1976, p. 11-63. In; Circuito fechado São Pau-
Piauí
O Piauí
(1855). RHVICGB. 20:
to (1855 B. 20:18-9, , 1857. o . o o le « Os tupi e a reação tribal à conq
uista. In: d mvestização cinológi
o
D R N EMBRO, Metodio (OEM
4 .. + cap). Soria delPatticir misstoneria dei Minori cappuecini Petrópolis: Vozes, 1975, ca e outros ensaios.
) Yo
1938-1889. Ensti
Roma:a: Enstitutum Hiscoricum
tistoric Ordinis Fratrum Ainorium
net Brasile, ir: «À Resultad
dovi os de um nto balançoRraeil
crítico sobre à contribuiçã
Cappuccinorum, 1958. E a ] . ni A etnologia
Ei e à soroloutgia no Brasil: ensaios do cinográfica dos cronistas,
: sei 958

DEMARQUE!T, Sônia de Almeida. Apontamentos para o estudos da política indigenis


, a . ”
vos sobre
sobre aspecto
y s ea formaçãoFa e do desenvoloi-;
mento das Ciências Sociais na Soriedade brasileira. São Paulo:
ta no Brasil-Colônia, séculos XVENVIL Nordeste Indígena, Recife: Funai, 4:13-30, . ————. À função social da enerr
a na sociedade tupinambr. São
Anhembi, 1958, p. 79.177
1988. - « A organização social dos mupinambéá Paulo: Pioncira/lid usp, 1970.
. - re É 2 Madison:
DENEVAN, Willian (org). The Nattee Popalations of the Americas tn 1492. Madison: The
o s. São Paulo: Difel +» 1963,
FIGUEIREDO FILHO, José
=" de. História elo Cariri, Crato:
University of Wisconsin Press, 1978. “FIGUEIREDO, Lima.
fudios do Brasil. São Paulo: Cia, Editora
Veritas, 1966.
DIAS, A. Gonçalves. Catálogo dos capitio-mor e governadores da capitania do RGN. ! EIREDO, Luciano R. de
FIGU Nacional, 1939,
. Almei; da. Revalt
k as, fiscatin dade e identidade colonial
RHHCGB, AVIF 22-56, 1854. rica portuguesa: Rio de Janeiro, Babia e na Amé-
Minas € teruis, L6SU- 1761. Tese de dout
DIAS, Eduardo. Para a história dos À vila da Bahia, Agais do t.o Congresso de História da *: São Paulo: USP, 1997. oramento
ja. Vol. H, Salvador, 1950. o. . ns Ear
FREITAS, Affonso A. de. Dist .
ribuição geográfica das tribos
DICRASON Olive Patricia. The Afyth af the Savage and the Reginnings of French Colonialisi RIHGB, 'lomo especial 2:491-510, na époc a do desc obrimento.
i i y rea Press. 14 . Rio de Janciro. 1915.
in the Americas. Edmonton: University of Alberta Press, 1984. E FREITAS, Décio. Palmares. a
guerra dos escravos. Porto Alegre:
DOMINGUES, Ângela. Quando os índios eram vassalos: colunização é relações de poder pos eae FREYRE, Gilberto. Casa-grande €E senza Movimento, 1973.
E
la (1933), 6.º edição, São Paulo:
Norte do Brasil na segunda metade du século XVHE. Lisboa: CNCDP, 2000. amas “Editora, 1950, José Olympio
qeu: encersiou des indiens
DUVERGER, Christian. La conversion des indies de deNotrvelte
Nouvel e Espague.Bispag Paris: Êditionsd
niSê ==—. Nordeste, São Paulo: José Olym
pio Editora, 1951.
RURTADO, Ceiso. Formação econ
ômica do Brasil (1959), 3.º ed.
“de Cultura, 1961. Rio de Janciro: Fundo
uista em terras babianas. Salvador: Centro de Estudos Bahianos, asa do Pau SAN BINI, Roberto. Espelho índio
: os jesuítas e a destruição du alma
ELLIS JÚNIOR, Alfredo. O bandeirismo paulista e o reco do meridiano. logia Esto: Espaço e “Tempo, 1988, indígena. Rio de Janei-
Editora Nacional, 1936. o AN DIA, Henrique de. Francisco
de Vitoria y e! Nuevo Mundo. Buenos
O ouro e a pantistânia. São Paulo: Boletim da FFCL, 1948 LIZ ci EEkin, 1952. Aires: Ed. Vase;
- Resumo da história de São Pauta. São Paulo: Tipografia Brasi , E Sisal FÉ Jose Olympio Edi? ni cadministratstrou
h do Brasil/ (1500-18
ENNES, Ernesto. As guerras dos Palmares (subsídios para a sua história). vol. |. SÃO das, . 10). Rioio de de Janci
Junci-
Editora Nacional, 1938. . . ENDER, Jacob. O escravismo colon
ial. São
Paulo: Ática, 1985.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro ILART, José Alípio. O Brasil do
va ni e do couro, Rio de Janeiro:
Alegre: Globo, 1976 (1958). = "O cavalo na formação do Brasil. GRD, 1965, 2 vols.
q coli RRNEON EIONI, Luiz Donisete Benzi Rio de Janciro: Editora Letras
FAR AG |, Nadia. ds muralhas dos sertões. Os povos indígenas no rio Branco

er acita
e Artes, 1964,
À (org).
E Eade Cultura de São Paulo, 1992 " 2d. fueti n l.tSSão O P; Paulo: * Secre
Luetios no Brasi art:i Municici“=
Rio de Janciro: Paz e Terra/Anpoes, 1991. Secret
taria
E BIBLIOGRAFIA FONTES E BIBLIOGRAFIA 317
316 FONTES
naire. Soriétés indigênes et vccilentalisation Mito. Vicente
LEMOS, Men de. « Cupitdes
upudes-mares ee grvernadores
Copidesmores geo y do Rioo (3Grande do Norte. Rio
| de Janei-
GRUZINSKI, See. 14 colonization de Vimagi
1988.
dans te Mexique espeagnol. Paris: Gallimard, LES PRENGANT. Erank. Le cantbeal. Paris: Pavard, 1994
istratica do Brasil. Rio de Janeiro, 1962,
GUEDES, João Aliredo Libânio. História aemin Litrle,
Justice in the Conquest of Amerira. Boston: ——==. . Er dadusmeno re et te sauvage,
es Llmnériqne
4 et du co utroverse col / sá
HANKE, Leuis. The Spanish Sirugute for 1 o tu des religion. 1535-1599. Paris: Aux Amateurs des Tui po
Brown and Company, 1965. to
dge: Harvard AMASo INHO, Barbosa.O devassamento
HEMAING, John. Red Gold. The Conque est of the Brasilian Indians. Cambri dez, jant. São
eto Piaui. São Paulo:
Paulo: Cia.
Cia. | Editora Nacional,
University Press, 1978. .
do E eviathan. Instituições e poder político. Por. NH nn de. A Cnremtçado «to Oratório no Brasil. Pecrópolis, 1980,
HIESPANHA, António Manoel. ds Vesperas + BN SO,
ILSDirceu.Vo
ira Artes Gráficas, 1986. Ná aldeia de Ta-tilháhá (crnografia
(e afia dos
dos índios
índios tapuias do Nordeste).
mmgal séculos NVI-XUHL. Lisboa: Pedro Ferre
o e Evang elho: ética da colonização espanhola no Século de
HÓFENER, Joseph. Colonizaçã PIS Francisco. Vide do Padre Vieira. Rio de Janeiro: Wo M. Jackson Inc., 1949
Ouro. "Vrad. port. Rio de Janeiro: Presença, 1977. São Francisco. RNP (2, “OP IS, tima Murer, Missões religiosas: índios, colonos e missiondários ma colomiza do ed
HOHENTHAL, WD. As tibos indígenas do médio c baixo
oi o Rio Grande do Norte. Dissertação de mestrado. Recife: UPPE 1999 A
1960.
1696 on the rio São Francisco, in ORENA ória militar
TO, Aliacar. Copétulos de história militar usil. RioRio de Janciro:
da Brostl. ci inistéri da
Lite Knowo Groups of Indians Reported in Ministério
. Journ al efe da Soriet é des Améri canis tes, Paris, AQESI-4T, 1952,
Northeastem Brazil . RIZA
de Ararobá, Pernambuco, Brazil LOURO TRA, + Cestmir.
Gestmir. Les
Les lan langues non-tupi i du Brésil di Nord-es
———.. Notes on the Shucurá Tndians of Serra
is V
Lc Cro Internaciunal de Americanistas. São Punto, 195S ee At lo AXN
au3-Lod, 1954.
hos e fronteiras. Rio de Janeiro: José Olympio ed, TDIO Robert HH. "The Cariri11). Handbook ofof Sowth
SOWIE, Ss: nerican Indians.
American 7 Washington, 1:557-
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Comin
1957. CRETA he ari unlood of South American Indians, Nashington, 1:543-56, 1946,
1990.
Monções. 3.º edição ampliada. São Paulo: Brasiliense,
São Paulo: Brasiliense, 1986. a O
+ peu
Augusto dvaros de.
Tavares de. OO domínio
domínio holandês s nono Brasi
Brasil, + especialmente
especi nte nono Rio
Rio Gran-
O Extremo Oeste. 80
José Olympio cd., 1984, o Congresso de História Nucioneal. RJ, 1HGB, 1916, vol. 1,
Raízes do Brasil, (1936), 17: edição. Rio de Janeiro:
(1958), 3.º edição. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1977.
Visões do Paraíso OMARGR, 5:Sabine. . The : H Hear Has fts Reasons:
brasileira. São Paulo: Ditcl, vol. Lc 2, 1968. MACCOMARCR, Predicame issi
(org). História geral dia civilização
do et alh. História da lereja no Brasil. Vomo 2. Petrópolis: Vozes, Christianity in Early Colonial Pero. JLAFER, 65:446-8 1985, taments of Missiontary
NOORNAERT, Eduar
IA ai 4 suça da Lagos Santa. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 194]
1971.
the Portuguese Wortd in the Times af Camões, AGAL. 5, Basílio de. Fxpansão geográfica do Brasil Colonial. Rio de J: ciro: Ci
HOWER, Alfred ted.) impire in Transition:
1985. Editora Nacional, 1935. E danetro: Cia
Gainsville: University of Florida Press,
custódia de Santo Antônio do Brasil: 1584-1621. MAE iodo Nrianne. Rartolume de Las Casas es te drait des indiens. Paris: Payot, 1982
H.HA, Manuel da (OEM). Narratica da +. Pedro Souto, Fastosi pernambucanos.
, . R/HGB, » LXXV:259-505
LANV:259-505, 1912.
9
Perrópolis: Vozes, 1975.
ISRAEL, Jonathan Irvine. he Dutch Repu
dir and the Hispanic Worttl, 1606-1661. Oxford MANUEL DA LI IA (OFAD. Narrativa da custódia de Santo Antônio do Brasil. 1584
1621. Petrópolis: Vozes, 1975. roi 160
Clarendon Press, 1982.
Rio de Janciro: Jornal do Commercio, 1892. 'MARCHAN'I,
1 Alexande Do escamba àq escravidão:
ANT, Alexander. / as relações econômicas de portugueses e
JOFEILY, Irineu. Notas sobrea Paraiba. i
Medieval Europe. Comparative Studies
JONES. W. R. The Image of che Barbarian in
índios na coloniza, a «to de da Br “Ss, / f « I Tad. por t. Ss odo Pp: Pulo:
l ( Gra. Ê É ditora aciona
N ac) na E 1980.
:MARTIUS, Carl E 2 Von. Beitráge sur Hshnographie und Sprachenkunde Ameritas. À cur
Society and History, 13:376-407, 1971. 28:
i n Brazil. The American Benedicine Revicos, Eshnographie, [1 zur Sprachenkunde. Leipzig, 1863-1867.
KAPSNER, Oliver. Vhe Benedictines A
dm, Estado de direito entre os autórtones do Brasil. 'Vead. port. São Paulo/Belo Horozonte:
113-32, Junc 1977.
o's First Legislativo Attempts to So pdusp/Itatiaia, 1982.
KLEMEN, Mathias €. The Conselho Ultramarin
ca, 1643- 1647. The Americas, 1H3):259-71, January 12 URO, Pigona ha de O. Ser escravo no Brasif. São Paulo: Brasiliense, 1982.
the Indian Question in Ameri
Region, 1614-1693. Washington: Cath 980 , "Pxpansão européia, 1600-1870. Trad. port. São Paulo: Pioncira/Edusp,
“The Indian Policy of Portugal in the Amazon :
University of America Press, 1954.
du cingua ntenei re de la eréati on en Bretagn e. -, poco História e Nova Mundo. Trad. port. São Paulo: Perspectiva, 1969.
La Bretagne, te Portugal, Le Brésil: actes sité de Bre E La o Brasi º Adtântico (1570-1670) Trad. port. Lisboa: E stampa 1 989, 2. v.
Bretagne/Univer
Fenseignement du Portugais. Université de Haute : sl, Kenneth. À devassa da devassa. À inconfidência
le/Un ivers ite de Nante s, 1977. mi ira: 1 ugal,
Occidental s de 1537 1708. Bull
ce Vescl avage des indicn
LAFAYE, Jacques. Égtise catholique Ta, 08.1 fai.
E« puta
Marquês port.
de Pombal: Rio de
ombal: paradoxo
par, Janeiro: Paz « er
do iluminismo.
umini:
1995 rinedra: Brasil e Portugal
burgo, 7:691-701, 1965. “Trad.
"Vad. | port. Rioi de Janciro: Paz e
ta Enente des Letres de Strasbonin, Estras
índios no Brasil. Ocidente, 1H5%:177-80, 193 :
LETVE, Serafim. A liberdade dos
Lisboa/Rio de Janciro: Civilização QDER,
: Dra neÊ Indios ; da Nordeste, levantantento sobre os remanescentes tribais do Nor.
História da Companhia de Jestes no Brasil. + Frad. pore. Brasília: Summer Institut of Linguistics, 1978.
sileira, 10 vols, 1945.
E BIBLIOGRAFIA FONTES E BIBLIOGRAFIA 319
318 FONTES
do Nordeste. RIHGB, MK IN VEI Rt ), John MM. (Corpo). Gus de fontes para a história indísena e do indisenisto. São
MEDEIROS FILHO, Olavo de. Os tasairius, extintos tapuias
Paulo: NEHI-USP/Papesp, 1994 Ê
339:57-72, 1088.
Indígena,
“Os taraírius, o Rio Grande do Norte e a Guerra dos Bárbaros. Nordeste . Brasil indígena no século XVE dinâmica histórica tupi c as origens da sociedade
2:83-6, 1991. colonial, Ler dlistórica, 1914-103, 1990,
Recife: Eunai,
—. Acontecem ma capitania do Ria Grande. Natal: Departamento Estadual
de Impren- - From Indian co Slave: Forced Native Labor and Colonial Society in São Paulo
During the 17h Century Siavery anel Abolitian, K2Y10S-27, 1988
sa, 1997.
uia do Açu e Serido. Brasília: Editora do Senado, 19H84.
— Hupis, tapuias c a história de São Paulo — revisitando a velha questão guainá
Novas Estudos, São Paulo: Cebrap, 34:125-35, novembro 1992,
No rastro dos flamengo. Natal: Eundação José Augusto, 1989,
O terço dos paulistas do Mestre de Campo Manoel AMvares de Moraes Navarro e 4 . As populações indígenas do litoral brasileiro no século XVI: transformação € resis-
rência. Brasil — mas vésperas do mundo muderno. Lisboa: CNCDP, 1992 p. 121-36
Guerra dos Birbarms. Mossoró: se. 1987.
dos oratorianes «Negros da terra. São Paulo: Cia. das Letras, 1994, o
MEDEIROS, Maria do Céu. Igreja e dominação no Brasil escravista. O caso
Pessoa: Idéia, 1993. ate RS Da Richa 1d AL (ed). The Bandeirantes: the Historical Role af the Breccilian 1 *athfinders.
de Pernambuco, 1659-1830. João
RIHIGRN, 59- Nova York: Knopf, 1965. o
MEDEIROS, Várcisio. Berardo Vicira de Melo c a Guerra dos Bárbaros.
614:25-51, 1967-609, MO TI, Luis. Os indios c a pecuária nas fazendas de gado do Pisuí colonial. Revista dr
viço de Doçu- dntropolugia, São Paulo, 22:59-78, 1979,
MEIRELES. Mário M. 4listória da Maranhão. Rio de Janeiro: DASP-Ser RAS —- : . Quo
mentação, 1960, « Piantcolontal: população, economia e sortedede Teresina: Projeto Petrônio Portela
Paulo; se, 1985. o
MELLO, Alexandre & Nilva Ro Paslistas nas futas coloniais ea Nordeste. São
MOURA, Clóvis. Rebeliões na sensata, São Paulo: Ciências Humanas, 1981
1986.
MELLO, Ceres Rodrigues. O sertão nordestino e suas permanências (stc. AVI-XIN), NARDI, Jean- Bapti ste. ! «e teto brésilien et ses functions das Pancien systême colonial portugais
RIHOGR, 456:283-437, 1987. 1570-1830. These 3.º"º cycle. Aix-en- Provence |, 1991, o
MELLO, Evaldo Cabral de. 4 fronda dos mezambos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996, N EMBRO, Metódio da. Storia det eatticita missionearia dei cappuecini nel brasile. 1338.
of) e. el . . “a. . . º º ”
t
O name co sangue. São Paulo: Cia. das Letras, 1989. 1889, Roma: tascitutum Elistoricum Ordinis E ratrum Minorum Cappuccinorum, 1958.
“einda restanrada. Rio de Janciro: Forense/Edusp, 1975. NEME., Mário. Fórmutas políticas no Brasil halandês. São Paulo: Difusão Européia do
“Rubro veio. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1086. Livro, 1971, a
Câmara Coutinho
MELLO, J. A. Gonsalves de. Pernambuco ao tempo do governo de
NEVES, Hernanda 1. Fontes para o estudo ea história do Nordeste. Recite; Pundarte, 1986
(1689-1690). RIAL, 514, 1979. NENVSEs, Luísie Felipe
beline
Bacia.
Dur:
O combate
y
eos solelados de Cristo
p
na terva. dos ,papagaios;
, .

de Brito, Noca colanialismo e repressão entiural, Rio. de Janeiro: Forense/Universitária, 1978.


« Brito Freyre, sua história e Pernambuco. In: EREYRE, Francisco o , , . . . cosa '
Lusiténia: História da guerra brasílica. Velição fac-simila r. Recife: SEGIGE PL, 1977, NIMUENDAJU, Gurt. Idiomas indigenas do Brasil. Revista de Bitnologia, Universidade
Nacional de Tucumán, 2:543-618, 1952, o
« Gente da nação. Recite: Fundaj/Massangana, 1990.
Henrique Dias, governador dos negros, mulatos e crintos. Recife: PundajfMassangana, Mapa emo-histórico. Rio de Janeiro: IBGE, 1981,
ie
NOVAES, Adauto (org). À descoberta do 4 homem e do mundo. São Paulo: : Cia.
Cia. dasdas Letras
Letras,
1988.
“João Fernandes Vieira. Recife: Universidade do Recife, 1954, 2 vols.
Tempo dos flamengos. Recite: BNB/SEC, 1947, 1979. NOVAIS, E emando A. Colonização e sistema colonial: discussão de conceitos c perspec-
São Paulo: São Pau- tiva histórica. Inuits do IV Simpósio da ANPUB, 1969.
MELLO, ). Soares de. fmboateas, chronica de uma revolução nativista.
lo Editora Limitada, 1929. —s O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. In: Carlos G. Mota org). Hra-
Labor Force silem Perspectiva. São Paulo: Difel, p. 57-63, 1974, :
MENARD, Russel R. & SCHWARTZ, Stuart. Why African Stavery?
in Brazil, Mexico and the South Carolina Lowcontry . In: Wolfgang Binder, - Portugal eo Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808) (1972), São
“Eransitio ns
(ed). Stuvery in the Americas. Erlagen-Nirmberp : Kúnigsha usen & Necumenn , 1990, Paulo: Iucitec, 1979. a
NUNES, Odilon. Pesquisas para a História do Pianr, São Cristóvão: : Artenova, + 1975,1975, vol. vol. | 1.
p. 89-114,
atrva do Brasil. , 0 OLIVEIRA, João
ão Pacheco
Poachec
de.. Fronteiras
Jo tras Cetni i )
étnicas e identidades
MENDONÇA, Marcos Carneiro de (cd.). Raizes da formação administr emergentes. tempo e Pre.
C, 1972, Zvols. sença, São Paulo, 270:31-9, 1993,
Rio de Janeiro: IHGB/CE
Journal de da Société dl RA, Roberto Cardoso de. fdentidade, ema e estrutura social. São Paulo: Pioncira
METRAUX, Alfred. Les migracions histonques des tupis-guarani.
des Ameéricanistes, Paris, 19, 1927.
h. o
La civilization matérielte des tribos tupi-guarani. Paris: Librarie € 9rientali
ste Paul - OTÁVIO, , Radri igo. ;
Os selvagens 7 Z perante o etreito.
americanos j » SãoSão P Paulo: Companhia
a ia |:Edi -
. ra Nacional, 1946. panhia fio
Geutbner, 1928.
Vide Memoria Rerti. Roma: É
oT
' Carlos E Vestígios de cultura indígena no sertão da Bahia. Salvador: Secretaria de
. ., oo r .. . . . -

METALER, Joseph (cd). Sucrae Congregationis de ! rupaganda


(1622-1700), 1973, e vol. 1H (1700-1815), 1975. PAGDENO « Saúde (publicações do Museu da Babia 5), 1945,
Herder, vol.
Brasil. Re cife:
MIRANDA, Maria do Carmo “Tavares de. Os franciscanos e a formação do EN, Anthony. La caia del hombre natural. dl indio americano y tos orígenes de la
etnologia comparativa. 'Nead. esp. Madri: Alianza Editorial, 1988.
UFPE, 1969.
320 FONTES E BIBLIOGRAFIA FONTES E BIBLIOGRAFIA 321
. . ds Dettónolis: Vozes. 1966.
Vote! no - Tupi ou não mpi?. In: Antônio Risério torg.). Iuvençã
PALAZZOLO, Jacinto de. Crônica dos rapuchinhas no Rio de femeiroÀ európotis o do Brasil, Salvador: Made,
Maria
FALSO, Maria
PARAISO, [ l
Dilda i i si
Banqueiro. O c Avriri
Asriri Sapuvee
Capuvea de
dh Pedra Branca. Salvador: Centro 1997, p. 49-55.
de Estudos Babianos da UEL Ba, 1985. 1650 1977 = À uttsera sorte: a escravidão africana no Brasil Holandê
s e as guerras do treífico no
ER,
PARKER, Geoffrey. E
Geoffrey. Liurupran Soledtess
am Solediers 1 1330-1050,
x De . USOU. ISO Datis: Gallimard, «etntico sul. 1021-1648. São Paulo: Hucitec, 1999,
a récolution militaire da guerreet Fessor de POceident, 1500-1800. Paris: RAMINELLA, Ronald. foegens ela colonizar do: represe
ntação do índio de Caminha a Vieira.
. ed Colônias. 1940, São Paulo: Edusp/Zahar, 1996.
1993.
aa REGNE, Pietro Vitorino. Os capuchinhos mea Bahia.
PEIXOTO, Afrânio. Martim Sacres Moreno, Lisboa: Agência Geral das é tolônias. Salvador; Porto Alegre: Casa Provin-
ensato his cial dos Capuchinhos/liscola Superior de Teologia
PE RDIGÃO MALHEIRO, Agostinho Marques. 4 escravidão no Brasil: São Lourenço de Brindes, 1988, 2
.
jurídica-sorial (1866-1867). São

Paulo: Ed.
e Cultura,
, ! 194,
€ 2x e echo KV Recinto du vols.
AVE. ; REGO, A. da Silva. Les missions portugaises aperça gênéral.
PERRONE-MOISES. Beatriz. A guerra justa em Portugal no século Lisboa: Agencia Geral do UI-
.
Soricdade; Brasileira de Pesquisa ; Histórica,
Petry São
st Paulo,
. 53.a. 10,1 q290, e mestrado. Cam tramas, 1958.
Lexistação indigenista colonial: inventário
«Lets e indices Dissertação de mestrado. E REIS, Antônio Borges dos. Os indígenas da Rubia. Salvador
: Lit. c Typ. Reis, 1916.
pinas: ERCH/Unicamp,
a - O Vade:
| V9O. . e e ua RESINES, Luis. Comecismos americanos del siglo NVL. Salaman
ca: Janta de Castilla v León,
PETRONE, Pasquale. Adramentos pautistas. São Paulo: Edusp, 1 95. 972 3 tomas 1992.
PLERSON, Donald. O homem do São Francisca. Rio de Janeiro: Suvale, 1 inn F 'o RIBEIRO, Darcy. Os Brasileiros. (!. teoria do Brasil). Petrópol
is: Vozes, 1978,
PINTO, Estevão. figrologia brasileira (fulniô -— Ox diltimes taputes). São Paulo: Gia. e - Os fudios e «a civilização. À integração eles populações indígena
s no Brasil Moderno.
ra Nacional, 1956, ls a São Paulo: Cia. das Letras, 1996,
Os indígenas do Nordeste. São Paulo: Cia, Editora Nacional, | 235. Ea Ciueria dos RODRIGUES, Aryon Dal lgna. Notas sobre 9 sistem
a de parentesco dos índios Kiriri.
PIRES, Maria Idalina da Cruz. Resistência indígena no Nordeste colonial: a Enc RM 2193-205, 194,
anal 4:67-74, 1089,
scife: Funai, o e « O artigo definido c os numerais na língua kiriri. Arquivos
ár
sárbaros. Nordeste Iuelíge:
Indigena, Reci do Musen Paranaense,
Cuerra dos Bárbaros: resistência imeigena e conflitos no Nordeste colonial. Recife: Curitiba, 2:179-201, 1942,
1990. . E o « Linguas brasileiras — para o conhecimento das línguas indígenas
“undarpe, . São P aulo: Lovola,
POMPEU Sobrinho, *“Lhomas. Contribuição para o estudo das afinidades do kariri, 1986.
1939, . e . ROGERS, Clifford J. (cd). The Military Revolution
165, 33:221-35, Debate. Reading on the Military
nas capuias desconhecidas do Nordeste, alguns vocábulos inéditos. Rotetim frunsformation of Barty Modern Europe. Boulder; Westvie
w Press, 1995, ,
Autropolagia, Voraleza, A), 1958. . e | 1 quo, ROMAN BLANCO, Ricardo. [es Buneleizes, insfituciones béficas
americanes. Brasilia: Edu nb,
ni e tapas do Nordeste c a menografia de Elias Hedkman. R///G6, 48:7-28, 1966.
1934. ROUSSEAU, Era nçois, Vidée missionaire aux NVP er NVIE sieles, Les edoctrines
, les méthudes,
. Pré-história cearense. R/HGO, 66:36-181, 1952, au des conceprions «"organisarion. Paris: [É Editions Spes, 1930.
+ As ongens dos índios cafiris. REG, LNH 4-9 ), 1950. 1047 ROWER, Basílio (OFM). Páginas da história franciscana
no Brasil, Esboço histórico e docn-
Sistema de parentesco dos índios carisis. R/H/GC, PXEVOS-RO, 4 o ) mentado de todos os conventos e hospírios. deste 1591
« | 158, e das aldeias de indios admi-
& DAN TAS, Beatriz Gois (os À nistrados. desde 1692 à 1903. Petrópolis: Vozes, 1957.
PORTO ALEGRE, Mari Sylvia, MARIZ, Mardene
Documentos para « história indígena do Nordeste, Crarti, Ria Grande do Norte e Sergipe. “SALGADO, Graça (cord.). Fiscais e meirinhos: à cuiminis
tração no Brasil Colonial, Rio de
São Paulo: NHH-USP/Fapesp, 1994. a Janeiro: Nova Pronteira, 1985,
“VO, Cost: O sÃsi sie
sisteme sesmaria! no Brasil (1965). Brasília,
, oB0.
1980, = - SANTOS Filho, Lycurgo de ( Zastro. História geral
PORTO, Costa. da medicina brasileira. São Paulo:
1987) Hucitec/Edusp, 1991, 2 vols.
Portugal, Brésil, Vrance: histoire et culture, Actos du Coloque (Paris, 25-27 mars
ECG :
is: FCG — Centro > :
Gultural ruês,
Português, 1988. . Ldeão bato: Ed - SCHALKWIJK, Erans Lconard. Índios evangélicos no Brasil
Paris: Ilolandês. 4, inhos, revista
PRADO JÚN IOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo (1942), 4: ed. São Paulo: Ed Brasileira de Etnohistória, Recife: NEA/NEI, 1:29-56, 1996.
Brasiliense, 1953. l . o beca: + Tapuias no Rio Grande do Norte no tempo dos flameng
as. R$AP LVH[:305-20,
PRADO J. EE de Almeida. À conquista da Paraíba (séculos AVI a X Vt11). São Paulo:
Gt 1993.
1964. . Ditão Eicora Nai ———. Igreja e Estudo no Brasil Holandês, 1630-1654,
Editora Nacional, Recife: E undarpe, 1986,
SCHMIDT, Carlos Borges. O pão da terra. RAM,
à Pernambuco e as outras capitanias do Norte do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Na CLNXV.AZI-348,
SCHWARTZ, Stuart. Indian Labor and New Word Plantations: Europea
oral, 1939, n Demands
1530. São
1SUO- 1530,
. Primeiros povoadores da Brasil,if. | SVO- Editora Nacional,
Cia. Editora
Sã Paulo: «Cia. Nacional, 1939555: «and Indian Responses in Northeastern Brazil,
American Historical Review, Washing-
M. de. Capuchin hos em terras de ;
Santa ru
Cruz nos N O S séc!
séculos ! XVitHe;
XVI, ton, 83(1):43-79, 1978,
PRIMEIRO, Fidelis
1940. DR é -—, Burocracia e sociedade no Brasil Colonial:
XVI São Paulo: Martins, à suprema corte da Bahia e seus Juízes,
as . J609-1751. “Trad. port. São Paulo: Perspectiva,
PUN'TONI, Pedro. À Confederação dos "Tamoyos de Gonçalves de Made 1979.
São Paulo, 45: A * Segredos internos, engenhos e escravos na saciedade
da história e a historiografia do império. Novos Fistuetos Cebrap, colonial. "Vtad. port. São Pa ulo:
Cia. da Letras, 198H,
julho de 1996,
nc
no FONTES E BIBLIOGRAFIA 323
a
22 CONTE E BIBLIOGRAELA

ra ta ar e DA a
l, the Puner al PREDEASES Allen Mo Dutch “Treatement of the American Indi
; UEL ne Mis Image in Baroque Brasi capolis:
e a n, with Particular
(ua, (ud. introdução € notas). 4d Gevernor
—— AA 4 Rd elefp) ça by
ed çea
f eneton ue t
Reference to New Netherinad. In: Howard Peckhan & Charles Gibson
(org) Agitudes
R
so 2, F Prurtadeti «te "És
t eh € Stro ef
of Coluntal Poxers Toward the American Indians. Salt Lake City:
FFa 77/74 PATAS
nt er RL)fon o, ts o. real de Portugal, University of Utah
. cv ol Ninnesota Pres
compêndio dl deAntero
ar: compêndio história militar e me
ss Press, 1969, p. 47-59, :
omni? De ces0 A VA

Carlos ug
rtusal militar: orador ado Ceará "
SEVAGEM.
isboa:
ºEC
StELVAGEM, e Nacional
Carlos. form
Imprensa — a 931) O To
“PRIGGER, Bruce. Les indiens, ta fourente et tes blams. Français e amérindicu
s en Amérique
seretaça da Cultura do Guardo du Nord. Louisgville: Boréal-Scuil, 1990,
(elistriDAiÇÃO sent ortal
, cre rn renes ea cris : dm isténc
sai e Doliafíttea FRUJILLO FERRARD
a
SESIATÍES 8 “Teixeira váficet).
COUTENSES la istribuiçã da. VN
Morfologia de
OETAbCAA: + EsCESSES:
«se de . Os kariri, o crepúsculo de um povo sent histór Publicações
: . ce: re sarios Emod MB,2). º.
he avulsas da Revista “Sociolugia”, 3. São Paulo: EPSP
e Rio de Janeiro, 1680-1790). 1957.
Li
i is
econômica
onônne o Biravast lt olônia , (Salvador
no VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. istória geral eo Brasil — antes de
sua separação e
; tia.
eia oda Bahi
açã
: to. Niterór: aido ; € et terqueira e. Menóricofess hist óric
histór ticass da red
i as e política ocin independência de Portugal (1854-579) 9.º ed. 3. vols. São Paulo: Melhorame
ntos, 1975.
i e Ofic ial do bestado, , VIANA, Lrbino, Bandeiras e sertenistas babianos. São Paulo: Cia. Editora
| al. Salvador: Imp ren sa Nacional, 1935.
FE1 çãos anotuda da | Dor ras é do Amar
2, esliido ,
VIANNA, Hebe, História do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1965,
o
da Nova
à 1910-1940.
da. O Império Lusa- bruas iteira, 1TSU-IS?? tealume VHI VIANNA, Oliveira. Evolução do povo brasileiro. São Paulo: Cia. Editora Nacional,
1933.
Maria Heac riz Nízz a Marq ues) . Lisboa: - Populações meridionais da Brasil. São Paulo: José € Aympio Editora, 1938,
SILVA, Serrão e Oliveira
uguese, Mnpie la pos Jock
. História de Pexpansdo Port WÁCEITEL, Nathan. La vision des vaineus. Les indiens du l 'erou devane te conquete espagnole,
55.
Estampa, 1985, p. 85-1 a econômica do Brasile SQU/
IS2U U9IT, 8.º cd. 1530-870, Paris: Gallimard, 1971.
rane. História
SIMONSEN, Roberto Coch in
WALLIERSTEIN, Imanuel, 47 moderno sistema mumetial. Vead, esp. Madri: $ Silo NNI, 2
Nacional,
são Paulo: Cia. Editora s e
ViBrasil no regime colon O, dxais du Terceiro
DSial. vols., 1084.
Mac edo . | ua
). €. deitória Nacional, Rio de Ji E MIGR 194 25289.
tdA
oSOA RES
ta de WHPPEHEAD, PJ PS BOESEMANÇAL Um srirato do Brasil holandes do século NVIA,
Bra
Rio de Janeiro: Civilização animais, plantas e gente pelos artistas de Johan Mantits de Nessan. Rio de Janciro: Kosmos,
RE,
DRE é naNe
, Ne Nelso e dt Mistória militar do Brasil 1989.
SOD
f
En: Idem (ud),
, fervery
Sluve ry ane the
te Rise 0 WILLERE, |r. Venâncio, À Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil através
Colonization.
Slavery y and
,2.
p. 21-9 4 das suas estatísticas, Studi, 19:173-207, agosto 1966,
Presss.. 19+91
1 a E. Do. OT
4 Won arian
à Univiver ty Pres
ersisity
je: da York: Cambridge zont e: Edusp/ » Às nossas missões entre os índios caricis, 1681-1863. Santo Antônio, 2, 1953.
São Paulo/Belo Hori 1 c2,
SOUMETHE o t.
NY, RobRober a di ár do Brasil. “Hrad. port. 195d e 4, 1955.
ftaitata, 1981, 3 vols. ização, sécul Fx I, |
Sé0 os AVVIV E — Alissões franciscanes no firasil, LSOU-L97S, Perrópolis: Vozes, 1981.
e. O tsinferno atlântico: demonologiaj e colun poesçalo
SOUZA, Laura de Mello 5.
d + Livro dos Guardiões do Convento de Santo Antônio da Paraíba, 1589.1885.
s,
são Paulo: Cia. das Letra South American Judians. Nova York:
Cooper Síudia, 19:173-207, dez 1966.
(org). Handbook of
Julian UH.
STEWARD, E: WITTE, Charles Martial de. [es bulles pontificiales ct expansion portugaise au XVeme
o
Square, 1965. ' : Instii tuto do Ce
Editorra
leza: : Edito É sitele (extrair de la Revver dl Histoire Pielestastique). Lovaina, 1985,
HO, Carl os. Us aborígenes do Ceará. Forta
SUUDART FIL « Les lettres papales concernant Pexpansion portugaisc au XVleme siêclc. Momvelle
'cará, 1966. à Revue de Scirnce Missionaire. nuneuse, 1986.
a: Instii tuto do Ceará, 1966
ria“a e pré-hHEistória . Fortalez
e Coro E; ;
: nel Diasias de de ÁvilaÁvila. RIHGRIHOG WOJTAL WICZ, Paul. "The Junta de Missões/Junta de N
a e Martin de Nantes € 0
tones; à Comparative Study
STU DAR E do
Bar:o d
de . O padr
Sad ?. of Peripheries and Imperial Administration in E ightcenth-century Ibcrian Empires.
. . cê
NE I:37-52.
MEI RO, EM. de. Miss ioná rios capuchinhos no Brasil. São “Colonial Latin American Revici, 8:225-40, 1999,
MR. dede & PRI ;
TAUBATE,2 MR. , DIST 1936. E AENHA, Edmundo. O município no Bewstl, 1532-1700. São Paulo: last.
Progresso Eídito-
aula: Imaculada Conceição, 1929. ja:
aros. RAM, 22:14-331,1
96:
de E. A Guerra dos Bárb
t A
AN a, lisas
i s t a s . Sã on,
:anton,
São Paulo: H. L.. Cant LH vols.
ir as paulista s.
História geral das taneteir
92€ ) .
al
Et. tu d. xSão
ate ! Foatitde P:24 ulo :. Id Cca l, 1 92
ra setsti ela ur th es di e + Seo
srél mlistea ah
eme, e Esto
8 t. Eort ale
provincia da Cen
bistórico sobre “
i Hi BERG , h cedro. Estoço al (anotada por E
- ESA
orto C t romoção SOC
riqueta Cialenof ssccretana de € ultura, Desp el ad. por Sioi
“oriano Sobrinho), 1973. .
ugue ses mea Brasi l. Pp
TY “ IOMAS o
UC Política ineigeniste elos port die .

Lovola 1982. 17.


es +
di ee Sun A
paratr
a
War in Angola 1575 - 1680 . € aum 4), preto
. k l O A AT f of n a Hi
. -78, 1988. Cio
.
st and Sureica l: a Populatto:
TY l OR NTON . a sel. sn rar Ineltam Holocau aa .
E

of Okl aho ma Press, 1987


4

1492. Normam: University


Título A Guerra dos Berbaros: Povos Indipenas e 4 Colonização
du Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720
dntar Pedro Puntoni
Produção Hucitec/Edusp
Integer eles Copas Dança dos Índios Turairitis (óleo de Albert Eckout, 1654)
Projeto de Copas Luis Diaz
Projeto Grafico Equipe Hucitec
Htitaração biletrônica Ouripedes Gallene
Revisão de Texto e Provas Equipe Hucitec
Artefimal Julia Doi
Andrea Yanaguita
“Pereza Harumi Kikuchi
Divulgação Regina Brandão
Daniel Maganha
Guilherme Maffei Leão
Secretaria betitorial Eliane Reimbergy
Porto 4x 21 em
Tipologia Casablanca 10,5/12
Papel Cartão Supremo 350 gfmº (capa)
Pólen Rustic Arcia 85 g/m? (miolo)
Número de Páginas 328 ,
Firagem 1500
Lasscrfitm Hucitec
Fotolito NT) Fotolito
Impressão e Acabamento Imprensa Oficial do Estado
á

:
ki;
re
Cat
grupos e sociedades indígenas contra morado-
res, soldados, missionários e agentes da Coroa
portuguesa. Não obstante, do lado português,
a homogeneização dos povos do sertão (os “ta-
puias”) — em oposição não só ao mundo cris-
tão europeu, mas aos povos tupis, habitantes
Estudos Históricos
do litoral — foi um dos elementos mais impor-
tantes para uma percepção unitária dos con-
flitos ocorridos no Nordeste. De fato, a exten-
sa documentação colonial refere-se ao conjun-
to de confrontos e sublevações dos grupos ta- Através desta coleção, visa-se a dar maior divulgação às mais
puias do sertão nordestino como uma “Guerra recentes pesquisas realizadas entre nós, nos domínios de Clio,
dos Bárbaros”, unificando, dessa maneira, si-
tuações e contextos peculiares, isto é, os luso- bem como, através de cuidadosas traduções, pôr ao alcance de
brasileiros viam-se enfrentando um levante um maior público ledor as mais significativas produções da
geral dos povos tapuias. historiografia mundial. No primeiro caso, já foram publicadas
A Guerra dos Bárbaros foi uma das mais
várias teses universitárias, que vinham circulando em edições
longas, concorrendo com as guerras dos Pal-
mares (1644-1695), da mesma época. De ma- mimeografadas; no segundo, traduções de autores como Paul
neira diferente, não se tratava aqui de defen- Mantoux e Manuel Moreno Fraginals. Entre uns e outros, isto
der uma opção de resistência à escravidão e é, entre a historiografia brasileira e a estrangeira, a coleção
uma comunidade de escapados, mas a sobrevi-
vência de culturas seculares, ou mesmo mile-
também procurará divulgar trabalhos de estrangeiros sobre o
nares, no território que sc via invadido. Apesar Brasil, isto é, de “brasilianistas”, bem como estudos brasileiros
de a Guerra dos Bárbaros configurar-se como mais abrangentes, que expressem a nossa visão de mundo. Em
um conjunto complexo e heterogêneo de ba- outras etapas, projetam-se coletâneas de textos para o ensino
talhas, esparsas no sertão, podemos dividi-la
entre os acontecimentos no Recôncavo baiano
superior. À metodologia da história deverá ser devidamente
(1651-1679) e as guerras do Açu (1687-1705), contemplada. Como se vê, o projeto é ambicioso, e se destina
na ribeira do rio deste nome no sertão do Rio não apenas aos aprendizes e mestres do ofício de historiador,
Grande do Norte e do Ceará. mas ao público cultivado em geral, que cada vez mais vai
sentindo a necessidade e importância dos estudos históricos.
Nem poderia ser de outra forma: conhecer o passado é a única
maneira de nos libertarmos dele, isto é, destruir os seus mitos.
Pedro Puntoni é doutor em história social pro-
fessor de História do Brasil na Universidade
de São Paulo. É também pesquisador do Cen-
tro Brasileiro de Análise e Planejamento (Ce-
brap). Publicou, nessa mesma coleção, o livro
A M&era Sorte: a escravidão africana no Brasil
Holandês e as guerras do tráfico no Atlântico Sul,

mi
1621-1648.

91788527/10568
pedr
MRFAPESP EDITORA HUCITEC

Você também pode gostar