Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
34 Vale a pena lembrar que, no auge do sistema de seringais, houve várias crises de
abastecimento de produtos agrícolas. Com a decadência dos seringais, o caboclo aos
poucos volta a cultivar a agricultura e a diversificar o extrativismo vegetal e animal.
35 É longa a lista daqueles que divergem dessa abordagem: uns associando o caboclo
apenas ao campesinato amazônico; outros questionando o próprio conceito em função de
tantas outras possibilidades (ribeirinho, pequeno produtor, interiorano, pescador, coletor,
agricultor de corte e queima, shifting cufivafion, etc.). De minha parte, afirmo que nunca
encontrei uma dessas categorias (desde que ele tenha um pedaço de terra) que não fosse,
ao mesmo tempo, todas as outras, dependendo da época do ano. Por outro lado, o agro
extrativista é apenas um tipo de caboclo entre os demais, como ainda há de se reafirmar
aqui.
36 Notadamente, não se trabalhará aqui a segunda fase, pelo simples fato de que, esse
processo ocorre no Acre, no Pará e no Amazonas, mas não em Rondônia. Aqui, a intensa
migração sulista avança pelos últimos redutos caboclos do Estado.
37 Pelo intenso comércio, no qual é a base do aviamento, pela intensa comunicação via
rádio ou regatão e pelas relações familiares.
41 Ianni (1988, p. 140), a esse respeito, mantém uma posição contrária a de Martins, ao
afirmar que no campo “atendência predominante é a proletarização”, sobre o processo de
proletarização (transformação da força de trabalho em mercadoria).
47 Grande parte dos colonos paranaenses, que emigraram para Rondônia, é descendente
de mineiros, capixabas e baianos, cujos pais emigraram nas décadas de 50 e 60 para o
Paraná. Participaram da abertura da fronteira Oeste desse Estado, mas não conseguiram
manter-se na terra e é na condição de expropriados que emigram novamente. Suporte
mais detalhado sobre as correntes migratórias e as condições de expropriação consultar
Martins (1982, p. 82-82), Becker (1990, p. 149), Silva (1975, p. 20), BRASIL (1976, p. 72-73).
49 Esse processo confirmado nas entrevistas de campo por Maciel (2004, p. 122), por
Sydenstricker (1990, p. 29-33), ao descrever a seleção para o Projeto Machadinho e por
Miranda (1987, p. 15-26).
Referências