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04.cap 5 Op Amb Urb 26maio
04.cap 5 Op Amb Urb 26maio
ARTIGO I
GENERALIDADES
5-1. FINALIDADE
a. Ao longo da história os estrategistas militares viram as cidades
como centros de gravidade e de fontes de força nacional. Tais aspectos
induziram a ações em ambientes urbanos a se tornarem cada vez mais
freqüentes. As operações urbanas servem para uma variedade de propósitos
táticos e estratégicos, dentre eles, neutralizar ou estabilizar uma situação
política volátil, derrotar uma força inimiga que utilizou a proteção conferida pelo
terreno urbano para abrigar-se, dominar um importante nó rodoferroviário, etc.
Este capítulo descreve as técnicas, táticas e procedimentos que os pelotões
podem valer-se durante todo o planejamento e a execução de operações
militares ofensivas e defensivas em ambiente urbano.
b. As operações em ambiente urbano são caracterizadas por uma
combate não linear e a curta distância, com domínio do emprego das pequenas
frações de infantaria, grande dificuldade na avaliação do inimigo e identificação
de seu valor, além da existência de muitos civis situados na área de combate.
c. Nas condições que se apresentam no ambiente urbano crescem
de importância a população e a mídia, levando a um maior nível de controle
político até mesmo nas ações de nível tático acarretando regras de
engajamento mais restritivas.
d. Além disso, para o soldado, continuará havendo uma combinação
de extremo perigo, rápidas mudanças de situação e condições de caos e
incertezas. Com a presença cada vez maior de civis não-combatentes, será
fator importante para o planejamento, conhecer posturas e peculiaridades da
população de determinada área. Por outro lado, as operações de inteligência
continuarão a desempenhar papel extremamente importante.
e. É importante ressaltar que as batalhas de desgaste estão
ocorrendo nas cidades e o inimigo pode se esconder junto à população, assim
cabe aos Cmt Pel tratar as cidades como “terreno com pessoas”, entendendo o
efeito disso em suas unidades, armas e operações. Destaca-se também que a
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inteligência deve ser a mais agressiva possível, sob todos os aspectos
(humanos e sinais), mas o mais importante é a busca de resultado pela
exploração da sincronização. As operações de informações, mesmo no âmbito
do pelotão, devem ser conduzidas para levantar as forças adversas, os não-
combatentes e os meios de comunicação existentes.
f. Dentro desse contexto complexo, assimétrico, dinâmico e
extremamente perigoso tem destaque o emprego de tropas mecanizadas.
g. Seja em uma operação ofensiva ou defensiva, no ambiente
urbano, em seu planejamento o Cmt Pel deve considerar os seguintes:
(1) nem sempre o ponto mais alto é o táticamente mais favorável;
(2) a importância das informações de inteligência;
(3) a necessidade de evitar danos colaterias;
(4) a previsão de se operar sempre com relação a uma ameaça
assimétrica; e
(5) O estudo da população local e a caracterização da área são
primordiais para o sucesso do Plj e Exec da missão.
ARTIGO II
OFENSIVA
Momento desembarque Tropa
5-2. OPERAÇÕES OFENSIVAS
a. Generalidades
(1) O Pel Fuz Mec pode participar de um ataque a uma
localidade seja compondo a força de isolamento ou a força de investimento.
(2) No primeiro caso, o Pel deve isolar a localidade em sua zona
de ação, conquistando regiões que permitam destruir as forças inimigas que
tentem entrar ou sair na localidade e apoiar a força de investimento.
(3) Durante a fase inicial do investimento à localidade, os
fuzileiros, em princípio, deverão realizar o ataque embarcados até a conquista
da orla anterior, onde irão desembarcar e prosseguir juntamente com as VBTP
por entre as edificações, proporcionando segurança e designando alvos para
as VBTP.
b. Características gerais do combate em ambiente urbano
(1) Em decorrência dos aspectos militares anteriormente
enumerados, o combate no interior de uma localidade se reveste de
características como observação limitada; campos de tiro reduzidos;
dificuldades de controle e coordenação; descentralização máxima, até os mais
baixos escalões de comando; dificuldade de localizar o inimigo (devido à
pequena visibilidade e à ampliação e reflexão de som nas áreas
edificadas);dificuldade de comunicações; predomínio do combate aproximado,
estando os contendores separados, muitas vezes, apenas por um muro (ou
parede); dificuldade de apoio cerrado de artilharia e aéreo (por ser pequena a
margem de segurança, devido à proximidade do inimigo e às dificuldades
5-2
Material Nec mobiliar Tropa
Tropa descentralizada para emprego "assimétrico"
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(4) A terceira fase consiste na progressão sistemática, casa por
casa, quarteirão por quarteirão, através da área edificada. Nesta fase, adquire
particular importância a coordenação dos elementos empenhados, sendo
necessário designar-se limites perfeitamente definidos e direções balizadas por
pontos inconfundíveis, além de freqüentes linhas de controle. Ademais, é
imprescindível que todos os prédios sejam completamente vasculhados, para
que a progressão possa continuar sem focos de resistência à sua retaguarda.
e. Designação de objetivos
(1) Quando o Pel integrar o elemento encarregado apenas da
conquista da localidade, enquanto outros elementos a desbordam ou isolam,
receberá objetivos definidos e limitados no interior da localidade.
(2) Quanto à sua posição relativa, os objetivos marcados pela SU
ao Pel podem estar situados:
(a) fora da localidade, em acidentes capitais dominantes,
para os elementos encarregados de fixá-la ou isolá-la;
(b) nas orlas anterior e posterior da localidade e, às vezes,
entre ambas as orlas, para os elementos encarregados da limpeza da área
edificada.
(3) No interior da área edificada podem ser designados como
objetivos:
(a) instalações de utilidade pública, tais como terminais
ferroviários, usinas de energia elétrica, estações elevatórias ou de captação e
tratamento de água, postos telefônicos, portos, aeródromos, pontes, etc;
(b) instalações militares, como quartéis ou fortificações;
(c) edifícios da administração pública;
(d) pontos dominantes; e
(e) edificações de importância para o cumprimento da
missão da unidade.
(4) A forma geométrica da maioria da áreas edificadas facilita
adesignação de objetivos. O objetivo da orla anterior permite ao atacante
reajustar seu dispositivo, cerrar à frente as armas de apoio e descentralizar o
controle, tendo em vista a progressão no interior da localidade. O objetivo da
orla posterior, caracterizando a ultimar a limpeza da localidade, possibilitará, se
for o caso, o reajustamento e os reconhecimentos para o prosseguimento das
operações.Os objetivos entre as orlas anterior e posterior atendem às
necessidades de coordenação, limpeza e segurança.
f. Linhas de controle (L Ct)
(1) Em virtude da extrema compartimentação da área edificada e
das conseqüentes dificuldades de observação e de ligação, o controle tende a
descentralizar-se até os menores escalões de comando, como Pel e mesmo
grupo de combate, transformando o combate em uma série de pequenas ações
independentes que exigirão dos Cmt o máximo de iniciativa e entendimentodos
objetivos da missão.
5-4
Emprego VBTP isolada
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(f) Separe não-combatentes de combatentes;
(g) Preserve a infraestrutura fundamental;
(h) Restabeleça os serviços essenciais;
(i) Entenda a dimensão humana; e
(j) Fortaleça o ambiente de informações (colaboradores).
(2) O ataque se desenvolve na seqüência das três fases que
comportam seu planejamento. Não há, quanto à execução, demora prolongada
entre a segunda e terceira fases. Uma vez conquistada a área de apoio e
cerrados os meios à frente, tem início a terceira fase, como natural
prosseguimento da segunda.
(3) Um plano de ataque detalhado pode ser confeccionado com
base em plantas atualizadas da cidade, por intermédio de informações
complementares fornecidas por desertores e civis que tenham vivido na
localidade, são fontes de extrema importância as imagens coletadas de
plataformas aéreas ou satélites. Emprego GCB
(4) A escala mais apropriada é de até 1:10.000 para o nível Pel
até SU devido a necessidade de planejamento e execução em detalhe, além
disso o risco da operação aumenta pois é comum em área urbana a
desorienteção das tropas quando se utilizam cartas ou imagens com escala
maiores. Tecnologia Pssb Pq Fração
(5) É importante que as cartas e imagens de satélites ou aéreas
sejam atualizadas, pois a configuração da área urbana muda rapidamente.
(6) Durante a progressão das frações em qualquer fase da
operação os elementos de ponta, que estão mais a frente, devem informar
continuamente ao escalão superior, mesmo que informalmente, da forma mais
rápida possível a situação das zonas de ação em que progridem. Como por
exemplo o soldado esclarecedor ao se deparar com uma rua obstruída deve de
imediato informar ao Cmt GC e assim por diante, essas informações serão
coletadas e concentradas no Centro de Operações Táticas(COT) da Unidade
onde após aprocessadas constituirão em dados novos para uma retificação do
planejamento, se for o caso.
(7) O atraso no envio e processamento das informações pode
acarretar enormes prejuízos para o escalão atacante frente a uma situação que
esta sendo envolvido pela força defensora.
(8) As operações em áreas edificadas tem a característica de ser
multidimensional, naturalmente sendo uma região vantajosa ao defensor.
Pode-se, algumas vezes, ultrapassar quarteirões fortemente defendidos,
progredindo por baixo dos mesmos, utilizando galerias, redes de esgotos,
metrôs ou outras passagens subterrâneas. Outras vezes poderão ser utilizados
o teto, terraço ou sótão dos edifícios. O processo a utilizar varia em cada caso,
pois se deve esperar que o defensor tome as medidas para bloquear a Via A às
suas posições.
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i. Conquista da área de apoio.
(1) Processa-se de maneira semelhante ao ataque a uma
posição organizada em qualquer terreno.
(2) A fim de neutralizar as vantagens do defensor quanto a
observação, campos de tiros e abrigos, a progressão para a orla da cidade se
fará sob a proteção de fogos intensos de metralhadoras, lança-granadas,
morteiros(pesados e médios), VBCCC e VBR, artilharia e fogos aéreos, se
disponíveis. Empregam-se fumígenos com freqüência, seja para cegar
observatórios, seja para encobrir movimentos em terrenos descobertos.
(3) Após a conquista da área de apoio, na orla, o escalão de
ataque deve ser reorganizado, de sorte a permitir:
(a) o reajustamento do dispositivo das pequenas unidades,
particularmenteno nível pelotão, visando a constituir as equipes de
fuzileiros/exploradores - armas de apoio - viaturas blindadas;
(b) deslocamentos das armas de apoio e das reservas para
a orla da localidade; FraçõesTmp: Fuz/VBUT30/VBAC
(c) reajustamento dos planos feitos para a terceira fase.
(4) A demora na área de apoio deve ser reduzida ao estritamente
necessário a essa reorganização.
j. Progressão no interior da localidade
(1) Nesta fase as ações se descentralizam para os comandos
subalternos até o Esc Pel e, muitas vezes, grupo de combate ou esquadra.
(2) A progressão é lenta e coberta pelo fogo. Se possível, o
escalão de ataque evita progredir pelas ruas, porque são batidas pelos fogos
inimigos. Sua progressão poderá ser feita através dos quintais ou dos
quarteirões, através dos prédios, por brechas nas paredes, ou pelos telhados.
(3) As ruas transversais, mesmo que não tenham sido
designadas como linhas de controle, apresentam, às pequenas unidades, uma
ocasião de reajustamento do dispositivo, antes de prosseguir para a conquista
do quarteirão seguinte. As reservas devem progredir o mais à frente possível
para maior segurança do escalão de ataque, não apenas nos flancos, mas
também à retaguarda, ocupando prédios já conquistados, para impedir a sua
retomada pelo inimigo. Emprego Caçadores e Sist
Optrônico e de riscos para o
(4) Esta fase oferece possibilidade de surpresa
atacante, não só pela existência de armas da defesa em locais imprevisíveis e
difíceis de determinar, como também, pelo abundante emprego, por parte do
defensor, de minas, armadilhas e demolições preparadas e ainda, pela
utilização de vias de acesso subterrâneas, ao nível do solo, através dos
andares dos prédios e, mesmo, pelos telhados.
(5) O atacante deve seguir de forma rígida as medidas de
coordenação e controle impostas na manobra, isso evitará fratricídio e
diminuirá a possibilidade de alguma fração defensora envolver ou desbordar o
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atacante podendo ataca-lá pela retaguarda ou isola-la do apoio das outras
frações.
k. Limpeza da área edificada
(1) Nas localidades fortemente defendidas, a limpeza é feita casa
a casa, quarteirão por quarteirão, pelo escalão de ataque, à medida que
progride, permitindo, assim, que a reserva esteja em condições de emprego
numa missão qualquer.
(2) Nas localidades fracamente defendidas, as subunidades de
primeiro escalão progridem rapidamente através da área edificada para
conquistar as saídas na orla posterior. As subunidades que seguem à
retaguarda(reservas) tomam a seu cargo a limpeza da área.
(3) Este tipo de ação deve ser bem coordenado evitando o
fratricídio e o ataque da força defensora nos flancos e retaguarda do atacante,
a fraca resistência pode ser planejada com esse objetivo.
(4) Quer se penetre num prédio pelo telhado, por um andar do
edifício (através de brechas nas paredes, por exemplo) ou ao nível do solo, o
vasculhamento deverá se processar da parte mais alta da edificação para a
mais baixa, salvo se isso tornar-se inviável.
l. Emprego da reserva
(1) Apesar do pelotão não estabelecer reserva seu Btl
enquadrante estabelecerá uma reserva em função da Z Aç atribuída à U (se
integrante de um comando maior), da expressão da localidade (se agindo
isoladamente), da resistência que o inimigo possa oferecer e dos reforços
recebidos, se for o caso.
(2) As restrições do combate no interior das cidades e as
dificuldadesde movimento, observação e comunicações, tornam maiores as
necessidades de reservas no escalão SU do que no escalão U. Em
conseqüência, areserva do Btl será, normalmente, menor que a do combate
normal e poderá consistir de apenas um Pel. Pequenas reservas de SU são
mantidas bem à frente e a reserva da U segue as SU do escalão de ataque
com um intervalo de um a três quarteirões.
(3) A reserva tem como missões básicas repelir C Atq e realizar
alimpeza das resistências desbordadas, podendo, ainda, receber missão de:
(a) proteger um flanco exposto;
(b) atuar no flanco, sobre resistência inimiga que detenha
uma subunidade do escalão de ataque, beneficiando-se da progressão da
subunidade mais avançada;
(c) substituir um elemento do escalão de ataque; e
(d) corrigir erros de direção.
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escalões superiores. Este parágrafo discute os métodos utilizados por um
pelotão de fuzileiros para progredir em áreas edificadas.
b. Independente do maior escalão envolvido, nas operações militares
em ambiente urbano, as principais tarefas coletivas ofensivas nos níveis de
pelotão até esquadra consistem em atacar e realizar a limpeza de edificações,
com a finalidade de isolar os objetivos neutralizando o inimigo, possibilitar o
avanço dos elementos de ataque, eliminar os inimigos nas edificações e
consolidar e reorganizar a força.
c. Mesmo com as inúmeras conformações das áreas urbanas,
existem seis requisitos inter-relacionados para atacar uma edificação
defendida:
(1) isolamento do objetivo;
(2) apoio de fogo;
(3) aproximação;
(4) assalto e limpeza;
(5) consolidação; e
(6) reorganização.
d. A correta aplicação e integração destes requisitos reduz a
ocorrência de acidentes e acelera a realização da missão. O tipo de construção
a ser assaltada, as regras de engajamento, e a natureza da área urbana vão
determinar o método de execução. Comandantes de pelotão e companhia
devem considerar a missão, a sua finalidade, bem como o método que
utilizarão para alcançar os resultados definidos pela intenção do comandante.
e. O comandante pode obter o controle de uma edificação, um grupo
de edificações, ou uma área sem ter que combater com o inimigo. Por
exemplo, se os inimigos tem moral baixa ou são mal treinados, mal equipados,
ou sofrem falta de liderança, eles pode ser convencidos a se render ou afastar-
se do local, simplesmente com uma demonstração de força ou com a utilização
de uma campanha de operações psicológicas.
f. No outro extremo do espectro está o inimigo bem treinado que
está disposto a defender e tem os meios para resistir. Neste caso, o
comandante pode decidir, se as regras de engajamento permitirem, concentrar
suas armas de fogo direto e indireto e outros sistemas de apoio de combate
para a área de objetivo a fim de neutralizar o inimigo sem manobras de tropas
de assalto. Esse tipo de ação visa diminuir as baixas do atacante porém cabe
ressaltar que o emprego de fogos mesmo que concentrado e em massa não
substitui de forma alguma a limpeza das posições pela tropa a pé.
g. Destaca-se ainda que a utilização de armas de tiro curvo pode
gerar grande quantidade de escombros impedindo ou restringindo o avanço da
tropa que assalta, principalmente de veículos blindados, além disso existe a
possibilidade de danos colaterais.
h. Ao conduzir operações ofensivas urbanas, o comandante de
pelotão, normalmente organiza a fração em dois escalões:
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(1) escalão de assalto; e
(2) escalãode apoio.
i. Se elementos de engenharia estiverem disponíveis, serão
integrados ao escalão de assalto em tarefas específicas de desobstrução dos
acessos às edificações, remoção de obstáculos como portas, grades e cercas,
destruição de armadilhas e arrombamento. Se não houver engenharia
disponível, o comandante do pelotão pode designar uma equipe de tarefas
especiais no escalão de assalto ou no escalão de apoio.
1º GC
2º GC
Pel zulu
Designar Cb Aux 1 (Cmt VBTP)
3º GC
Gp Ap
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armamento da VBTP, ficando sua esquadra a comando direto do Cmt GC, o
Cmt pel determina isso visando obter o máximo das capacidades da viatura
blindada de sua fração.
l. O escalão de assalto é desiganado para eliminar, capturar ou
forçar a retirada do inimigo do objetivo e pode ser constituído de um, dois ou
três grupos de combate.
m. Os comandantes de grupo de combate podem organizar suas
duas esquadras em escalão de assalto e escalão de apoio de fogo ou manter o
GC como um grupo de assalto único.
n. Cabe lembrar que as técnicas de entrada foram concebidas para
serem executadas pela esquadra padrão de quatro homens. Isso não significa
que todos os quatro membros devem entrar em um cômodo para limpá-lo.
Devido à escassez de pessoal, duas esquadras de três homens podem realizar
operações de limpeza de cômodos, mas as esquadras de quatro homens são
mais adequadas para esta tarefa. Utilizar menos de três militares para esta
tarefa aumenta consideravelmente o risco para a esquadra.
o. Em espaços confinados, típicos das construções urbanas, frações
maiores do que os grupos de combate dificultariam o controle.
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Constituição de Frações Tmp
Divisão de funções
5-12
Fig 5-3. Escalonamento dos grupos no interior da localidade
5-13
5-4. TÉCNICAS INDIVIDUAIS DE COMBATE EM AMBIENTE URBANO
a. Generalidades
(1) Antes do emprego coletivo os fuzileiros devem dominar todas
as técnicas individuais de progressão em localidade. As técnicas apresentadas
a seguir complementam as previstas no C 21-74 INSTRUCAO INDIVIDUAL
PARA O COMBATE e no CI 7-5/2 O PELOTÃO DE FUZILEIROS NO
COMBATE EM ÁREA EDIFICADA e devem ser praticadas em conjunto com o
tiro rápido, durante as instruções.
b. Técnicas de combate
(1) Observação pelo Processo Olhar Americano.
(a) É usado para se observar um setor, presumindo-se que
qualquer ameaça encontra-se a uma distância razoavelmente segura.
(b) Primeiro deve-se retirar o gorro ou o capacete para evitar
expor a silhueta do militar em demasia.
(c) Na sequência o militar deve se aproximar o máximo da
extremidade do muro ou abrigo que estiver ocupando, deitando-se de barriga
para baixo como se estivesse fazendo um exercício de flexão de braços, para,
dessa forma, impulsionar seu corpo para frente.
(d) Após a observação, deve deslocar-se horizontalmente
de forma a retornar para trás da parede.
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(e) Caso seja necessário realizar outra observação o militar
deve mudar sua posição.
(f) Por exemplo: abandonando a posição de joelho e
elevando um pouco mais seu corpo, ele pode realizar a observação na mesma
parede de uma posição mais elevada.
(g) Deve-se ter o cuidado de não projetar qualquer parte do
corpo ou do armamento antes de realizar tal técnica. Alem disto deve-se tomar
o cuidado do armamento estar sempre ao alcance do corpo e de ficar atento
quanto à projeção da sombra no chão que poderá denunciar sua posição
prematuramente.
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(4) Passagem de janelas e portas
(a) Para ultrapassar uma janela o militar não deve projetar a
sua silhueta. Para tal, deverá tomar sempre cuidado com o seu armamento,
pois, devido ao tamanho do mesmo, acaba sempre por ser projetado de forma
a denunciar a posição do militar. Muitas vezes o militar se preocupa com a
sombra do seu corpo e acaba esquecendo a sombra ou projeção da silhueta do
seu armamento.
(b) Para se realizar a transposição de portas e janelas
abertas, deve-se proceder mantendo-se o cuidado com a segurança. Para tal,
enquanto o primeiro militar passa por debaixo da janela, outro cobre os ângulos
da mesma tomando uma posição um pouco afastada e realiza a cobertura.
(c) Durante o posicionamento deve haver a preocupação de
não deixar o armamento ser projetado pela porta ou janela. No caso das
portas, o militar deve aproximar com o máximo de cuidado fazendo o mínimo
de barulho possível e, se a porta estiver fechada, um dos militares deverá fazer
a segurança enquanto outros passam rapidamente em frente dela. Se a porta
estiver aberta o militar deverá usar atécnica do “fatiamento”, que será abordada
logo em seguida.
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(c) maneira ideal é que se caminhe com as laterais dos pés
e, ao mesmo tempo, ir “fatiando os setores”, ou seja, realizando sucessivas
tomadas de ângulo.
(d) O militar deverá manter-se atrás do anteparo (parede,
porta, etc.) enquanto desloca-se vagarosamente mantendo sempre a mesma
distância do mesmo, e evitando projetar sua silhueta e mantendo seu
armamento próximo do corpo em condições de uso. No caso de arma curta,
realizará sua observação através da massa do armamento. Utilizando arma
longa, o militar manterá a posição de pronto 2, ou seja, visando o setor de
observação e com o armamento próximo da posição de tiro.
(e) No caso de repentinamente deparar-se com alguma
ameaça o atirador a enquadra em pronto 3 e realiza os disparos.
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(e) O militar que serve de base deverá segurar as pernas do
atirador, abraçando-as na altura dos joelhos e virando seu rosto para um dos
lados, ficando um de frente para o outro. Desta forma, o militar apoiado ficará
com as suas duas mãos livres para usar seu armamento, fazendo sua pontaria
sobre o muro no qual o militar que serve de apoio encontra-se encostado.
(f) Não se pode esquecer que sempre que uma dupla for
executar esta posição deverá haver um terceiro militar fazendo a segurança da
mesma.
(g) Esta posição pode ser modificada para o tiro suspenso
alto que serão utilizados os ombros do elemento de apoio
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(e) Cabe lembrar que o militar não devera titubear ao
realizar tal movimento e que caso tenha que realizar disparos contra o alvo, em
seguida de devera buscar voltar para trás do anteparo.
(f) Esta varredura pode ser feita com qualquer armamento,
embora os mais indicados sejam aqueles armamentos que possuem pequeno
comprimento de cano apos a massa de mira. Evitando-se assim que seja
denunciado prematuramente o atirador por ocasião da realização da varredura.
(g) No uso de armamentos com cano comprido pode-se
colocar a parte da ponta, no caso do FAL o quebra-chamas, na quina do
anteparo deixando a boca do cano livre para o tiro, dessa forma não se projeta
o cano a frente denunciando a posição.
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Fig 5-11. Controle de cano e gatilho
5-20
Fig 5-12. Perfil de progressão
5-21
designação de alvos sendo realizada pelo pessoal desembarcado, esta técnica
de designação encontra-se descrita neste manual.
g. Nas operações em área edificada, o movimento das VBTP nas
ruas é protegido pelos fuzileiros a pé, que limpam a área eliminando os
inimigos equipados com armas anticarro, é bom lembrar que neste caso pode
também ser empregado o tiro da VBTP que utilizará técnicas de ação imediata
ou designação de alvos da tropa desembarcada para neutralizar armas AC. As
VBTP manterão o apoio aos fuzileiros com suas armas coletivas e possibilitam
o avanço do escalão de assalto.
h. As VBTP também podem fornecer obscurecimento com o
lançamento de granadas fumígenas porém, seus lançadores tem como objetivo
principal a defesa da VBTP. Para essa ação é muito importante observar a
direção e velocidade do vento assim como o gradiente.
Fig 5-13. As dimensões do terreno urbano (aéreo, topo, superfície, superfície interna,
superfície, subsolo e subsolo interno)
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Fig 5-13A. As dimensões do terreno urbano (aéreo, nível do topo, superfície, superfície
interna, superfície, subsolo e subsolo interno)
5-23
j. O escalão de assalto pode minimizar os efeitos dos fogos
defensivos do inimigo usando itinerários cobertos e abrigados para progredir,
movendo-se somente após o fogo do inimigo ser suprimido ou ter sua
observação obscurecida, progredindo à noite ou durante períodos de
visibilidade reduzida, deslocando-se por itinerários que não influenciem na
execução dos fogos de apoio amigo, transpondo áreas desabrigadas
rapidamente sob a cobertura de fumígenos e dos fogos do escalão de apoio de
fogo e movendo-se sobre os telhados não abrangidos pelos fogos do inimigo.
5-24
o. Para a ordem aos elementos de manobra podem ser empregadas
fotografias aéreas, imagens de veículos não tripulados aéreos ou terrestres,
fotografias coletadas por fonte humana e até mesmo imagens de satélites com
boa resolução com o objetivo de apresentar da forma mais clara possível,
objetivos de segurança e linhas de controle, além de outras medidas de
coordenação e controle. Utilização no nível subunidade, pelotão e abaixo de
cartas ou ortofotocartas com escala maior que 1:10.000 pode ser fator de risco
devido a pouca precisão que apresentam.
p. OBSERVAÇÃO- Ao empregar CC, juntamente com a tropa á pé,
os comandantes devem estar cientes dos efeitos de seus armamentos, das
consequências da fragmentação, da pressão da explosão, do tipo de munição,
do tipo de proteção do CC (blindagem reativa, sistemas de proteção ativa) e
como ela afetará os fuzileiros a pé.
q. Os comandantes de pelotão de fuzileiros devem repassar sua
manobra aos Cmt Pel ou Secção CC e vice-versa para evitar o fratricídio, é
ideal que até mesmo ensaios e matriz de sincronização sejam feitos em
conjunto para otimizar a coordenação e controle da manobra, estas atividades
são coordenadas pelo escalão enquadrante quando envolver dois pelotões e
pelo próprio Cmt de pelotão quando este receber uma Seção de carros para
operar em seu proveito.
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(b) Sempre que possível, a abordagem do ponto de entrada
deve ser feita em uma posição coberta e abrigada das vistas e fogos do
inimigo.
(2) Ordem de deslocamento
(a) O posicionamento de cada militar na formação tática da
fração, durante o deslocamento até o ponto de entrada, é determinada pelo
método de entrada e as suas ações subseqüentes. Este posicionamento deve
ser definido ou retificado no último local coberto e abrigado antes de chegar ao
ponto de entrada. O estabelecimento de uma ordem de deslocamento auxilia o
comandante no comando e controle da sua fração e minimiza o tempo de
exposição em áreas abertas e no ponto de entrada.
(b) Uma técnica que pode ser utilizada para definir a ordem
de deslocamento de uma esquadra é a numeração dos militares de um até
quatro. O militar número um deve ser sempre responsável pela segurança
frontal.O militar número dois pode ser o responsável pela condução de material
para arrombamento mecânico. O número três (cmt da esquadra) conduz
material para arrombamento explosivo, se for o caso, e o número quatro
conduz a espingarda Cal 12, além de seu armamento principal, esta
distribuição é uma sugestão podendo ser adptada para cada missão.
(3) Arrombamento
(a) Arrombamento Explosivo: é a técnica de arrombamento
que emprega meios explosivos para romper o obstáculo que obstrui o ponto de
entrada. A ordem de deslocamento sugerida para uma entrada com emprego
de explosivos sem o apoio da engenharia é a seguinte:
((1)) ordem crescente dentro da numeração dos homens;
((2)) o homem número um fornece a segurança no ponto
de entrada;
((3)) o homem número três (Cmt da esquadra) carrega e
instala a carga explosiva com segurança aproximada do número dois;
((4)) o número quatro fornece segurança à retaguarda;
((5)) após a instalação da carga explosiva, os membros
da esquadra retornam à sua configuração original e ocupam uma posição
abrigada atrás de escudo ou abrigo;
((6)) os membros da esquadra podem alinhar-se em um
ou em ambos os lados do ponto de entrada, se não houver proteção adequada
para a explosão.
5-26
Fig 5-15. Entrada com arrombamento explosivo
5-27
Fig 5-15A. Militar equipado com Kit arrombamento mecânico
e. Segurança
(1) Devido a ameaça multidimensional associada ao terreno
urbano, o grupo de assalto deve manter a segurança em 360º durante o
deslocamento até o ponto de entrada. Se o grupo de assalto parar nos
arredores do ponto de entrada para aguardar o homem ruptura completar sua
tarefa, o escalão de apoio de fogo deve fazer base de fogos para proteger o
escalão de assalto.
f. Ponto de entrada
(1) Entrar pelo topo e combater de cima para baixo é o melhor
método para assaltar um edifício. Isso força os defensores para baixo e para
fora do prédio onde o escalão de apoio de fogo pode envolvê-los. Este método
só é viável, no entanto, quando o acesso a um andar superior ou cobertura
pode ser alcançado a partir de janelas, telhados vizinhos, usando uma escada
ou aeronave de asa rotativa. Os telhados são considerados áreas perigosas
quando são cercados por prédios vizinhos mais altos, porque as forças
inimigas podem envolver o escalão de assalto. (Se estiver usando explosivos
no telhado, assegurar-se de que existe uma cobertura disponível para os
soldados.) Pode-se usar cordas ou outros meios para entrar nos pisos
inferiores através dos orifícios criados durante a ruptura.
(2) É crucial a observação que deve ser feita no local em que se
vai entrar e após a entrada no aspecto referente a minas e armadilhas que
podem ter sido deixadas pelo inimigo, é comum em operações no ambiente
urbano o defensor ao sair de sua posição deixa-la armadilhda com
acionamento remoto ou automático, isso é causador de muitas baixas.
5-28
(3) OBSERVAÇÃO- Os soldados devem considerar a utilização
de dispositivos e outras técnicas que lhes permitam o acesso ao nível superior
dos prédios sem o uso de escadas interiores. Esses dispositivos e técnicas
incluem, mas não estão limitados, telhados adjacentes, escadas de incêndio,
escadas portáteis e formações táticas de vários soldados enfileirados e
sobrepostos.
Fig 5-16. Escalão de assalto que entra através de nível superior utilizando escada
5-29
Fig 5-17. Entrada através de nível superior
5-30
Fig 5-17A. Entrada através de nível superior
g. Apoio de Fogo.
(1) O escalão de apoio isola o edifício com fogos diretos e
indiretos para apoiar o deslocamento do escalão de assalto até o ponto de
entrada.
(2) O escalão de apoio bate por fogos asvias de acesso ao
objetivo e as vias de acesso de blindados. Ele realiza fogos sobre o inimigo
neutralizando as posições inimigas dentro do objetivo e edifícios adjacentes,
para que o escalão de assalto possa chegar até o objetivo. O escalão de apoio
elimina qualquer inimigo que tente sair do prédio. A localização das unidades
vizinhas deve ser considerada na amarração dos fogos de apoio.
(3) Para encobrir o movimento do escalão de assalto o escalão
de apoio pode utilizar fumígeno. Se possível, a cobertura de fumígeno é
mantida até que o escalão de assalto entre no edifício.
(4) Dependendo das regras de engajamento, pouco antes da
manobra de ataque do escalão de assalto, o escalão de apoio aumenta os
fogos sobre o objetivo e continua até o escalão de assalto avançar. O escalão
de apoio realiza fogos nas janelas do edifício e continua até que o escalão de
assalto entre no edifício, em seguida muda os fogos para os edifícios
adjacentes para impedir a retirada do inimigo ou a chegada de reforços.
5-31
(5) Essa execução e mudança de fogos deve ser feita com muita
controle e coordenação para se evitar fratricídio.
(6) Se as regras de engajamento forem muito restritivas, o uso de
fogos de apoio pode ser restrito a locais inimigos conhecidos.
(7) O escalão de apoio também é responsável pelos civis
deslocados, prisioneiros de guerra e feridos.
h. Técnica de planejamento e designação de alvos segundo a
direção de assalto.
(1) Dada a necessidade de designação de alvos pelos fuzileiros
às VBTP ou aos elementos de apoio de fogo do pelotão, além da designação
por laser, infravermelho, por observação de tiro traçante ou por outros
processos, pode ser adotada a desiginação de alvos por meio da direção de
assalto.
(2) Nesta técnica, são atribuídos números às construções em um
padrão estabelecido conforme a direção de assalto. No exemplo mostrado
abaixo, as construções são numeradas consecutivamente, em um sentido anti-
horário. Além disso, as laterais dos edifícios são codificadas por cores de forma
consistente em toda a área do objetivo (BRANCO lado da direção de assalto;
VERDE lateral direita, PRETO lado da retaguarda; VERMELHO lado esquerdo;
AZUL telhado).
(3) Um edifício de forma irregular também é codificado seguindo
o mesmo padrão, apenas novas designações, BRANCO 1, BRANCO 2,
BRANCO 3, e assim por diante, da esquerda para a direita, foram adicionadas
para especificar qual parede vai ser atacada.
(4) As aberturas dos edifícios também são designadas
consecutivamente, com linhas e colunas, como mostra na figura abaixo. Por
exemplo: "OBJ 4, BRANCO, janela A1" é a janela inferior do lado esquerdo no
lado da direção de assalto do OBJ 4. Todas as designações são determinadas
em relação à direção de assalto.
(5) Essas técnicas de designação de edificações e alvos são
essenciais para a transmissão de informações e transporte de alvos para o
pessoal que esta embarcado, tanto para o tiro das armas coletivas como para
auxílio a navegação do carro.
5-32
Fig 5-18. Técnica de planejamento e designação de alvos segundo a direção de assalto
5-33
Fig 5-18A. Técnica rápida(expedita) de designação de alvos
5-34
f. Pode ser necessário criar uma cortina de fumaça com granadas
de mão fumígenas, com os cuidados de não cegar os fogos do escalão de
apoio de fogo, não obscurecer o ponto de entrada e não cegar o posto de
observação amigo.
g. Se possível, o assalto deve ser conduzido de modo a permitir que
o escalão de assalto continue o seu movimento sem ter que esperar no ponto
de entrada.
h. A simulação deve ser usada para confundir o inimigo quanto à
localização do ponto de entrada principal. Isto pode ser conseguido usando
granadas de fragmentação ou granadas de efeito moral em uma área que não
seja o ponto de entrada real.
i. O inimigo também pode utilizar dessa técnica para dissimular seu
real ponto de defesa.
5-35
(f) Posicionamento de carga: coloque as cargas
diretamente contra a superfície a ser rompida em uma altura que possibilite o
acesso da tropa de assalto, aproximadamente entre a altura do joelho e da
cabeça.
(g) Quando o fogo inimigo impedir uma aproximação até a
parede, pode ser utilizada a técnica de prender a carga explosiva a uma haste
ou poste e desliza-la até a posição de detonação na base da parede.Cabe
lembrar que os fogos de armas leves não detonam os explosivos militares, que
são ,em regra preparados para suportar.
(h) Enchimento: sempre que possível, os explosivos devem
ser adicionados ou cercados com material de enchimento para direcionar a
explosão e aumentar a sua eficácia.O enchimento pode ser feito com sacos de
areia, cascalho, mesas, cadeiras ou entulhos.Muitas vezes não é possível
colocar enchimento nas paredes exteriores devido ao fogo inimigo. Uma carga
sem enchimento requer aproximadamente o dobro de explosivos de uma carga
com enchimento para produzir o mesmo efeito.
(i) Além do enchimento para ampliar o efeito da carga pode
ser realizado o direcionamento. O direcionamento da carga pode ocorrer com a
utilização de água, ou outro líquido de densidade semelhante, entre a carga e o
local de ruptura, aumentando sobremaneira o efeito desejado.
(2) Rupturabalística: este método requer o uso de uma arma de
tiro tenso disparando um projétil no ponto de ruptura.
(a) Para paredes externas, o uso do canhão da VBTP
utilizando preferencialmente munição químicas como a especifica para essa
ação PELE( penetrador com eficiência lateral reforçada) ou as mais comuns
como HE(auto explosiva), HESH(cabeça esmagável) ou até mesmo HEAT(auto
explosiva anticarro ou CANISTER(antipessoal), se as regras de engajamento
permitirem. Importante é que não devem ser empregadas as munições
cinéticas como APDS(flecha) ou APFDS(super-flecha), pois não geram efeito
desejado, sua penetração ultrapassa várias edificações e até 400m podem
causar dano aos fuzileiros desembarcados pois se soltam da munição .
(b) As recomendações acima se prestam também para
abertura de brechas em muros e paredes possibilitando uma passagem nova
aos fuzileiros, esse tipo de atividade deve ser treinada pelas guarnições e pela
tropa a pé.
(c) OBSERVAÇÃO: Para todos os casos especial atenção
deve ser dada a onda de choque que é gerada pelo disparo de canhões de
30mm ou maiores, ela pode causar danos sérios no aparelho auditivo dos
militares se próximos do canhão. Essas distância de segurança variam de
acordo com as especificações técnicas de cada armamento.
(d) O armamento da VBTP é uma arma eficaz quando
realiza um padrão de disparos em forma de espiral.
(e) Para os fuzileiros desembarcados, o disparo de
espingarda calibre 12 é eficaz nas maçanetas e dobradiças, enquanto que
5-36
outras armas de pequeno calibre (5,56 mm e 7,62 mm) revelaram-se
praticamente ineficazes nestes casos e não devem ser usadas, exceto como
último recurso, devido ao seu potencial ricochete contra a tropa e possíveis
efeitos colaterais contra inocentes civis.
(f) A ruptura balística não é a forma mais adequada de
ruptura e não deve ser considerado o principal método para ganhar a primeira
entrada em uma estrutura pois não fornece a surpresa, a velocidade e a
violência da ação necessária para minimizar as perdas da tropa amiga na
entrada inicial.
(g) Em determinadas situações, pode se tornar necessário o
uso de ruptura balística como um método de reserva. Uma falha na ignição de
uma carga explosiva ou baixas sofridas pelo escalão de assalto durante a sua
aproximação para o objetivo poderá exigir a utilização da ruptura balística como
um meio de entrada inicial para a estrutura.
(h) Outro caso é em que o escalão de assalto, devido aos
fogos intensos do inimgo não consegue sequer aproximar-se do local da
ruptura o que força a mesma ser feita de uma distância maior.
(i) A ruptura balística deverá ser sucedida por uma granada
de fragmentação, luz e som ou efeito moral antes da entrada nos cômodos.
5-37
ímpeto da equipe de assalto, portanto após a realização da entrada inicial, as
rupturas balísticas com a espingarda Cal 12 podem se tornar o principal
método de acesso aos quartos posteriores dentro da edificação.
(k) É muito importante lembrar que as portas devem ser
consideradas um funil fatal, pois são geralmente cobertas por fogos, podem ser
armadilhadas ou estar com minas antipessoal de acionamento vertical.
(3) RupturaMecânica: este método requer um maior esforço
físico de um ou mais soldados utilizando ferramentas manuais, como
machados, serras, pés de cabra, aríetes ou marretas. A rupturamecânica não é
o método preferido para a entrada primária, pois pode ser demorado e
comprometer o elemento surpresa, no entanto, as regras de engajamento e a
situação podem exigir a utilização dessas ferramentas, devido à menor
probalidade de efeitos colaterais.
(4) OBSERVAÇÃO - Outra forma de ruptura não abordada neste
manual é a térmica, que vale-se de instrumentos de solda para abertura de
estruturas metálicas, sendo mais aplicada em operações de retomada de
embarcações.
(5) Local de ruptura: o sucesso do escalão de assalto, muitas
vezes depende da velocidade com que é aberto o acesso ao edifício. É
importante que o local de ruptura forneça ao escalão de assalto um acesso
coberto ou abrigado, uma entrada rápida e que possa ser apoiado pelos fogos
do escalão de apoio de fogo.
(6) Abertura de brechas- As brechas têm por finalidade fornecer
um meio seguro para a tropa se mover entre muros, paredes externas e pisos.
O explosivo plástico C4, pode ser usado para abrir brechas quando os meios
de ruptura mecânica falharem. O C4 vem embalado com um adesivo, ou
podem ser colocadas fitas adesivas sensíveis à pressão, que são ideais para
esta finalidade. As cargas devem ser interligadas com cordel detonante ou
circuitos elétricos equipados com espoletas elétricas para obter uma detonação
simultânea.
(7) Ruptura de paredes internas- As paredes internas da maioria
dos edifícios funcionam como repartições e não como suporte para a estrutura
dos prédios, por isso, cargas explosivas menores podem ser usadas para
rompê-las. Quando o C4 ou outros explosivos militares não estiverem
disponíveis, uma ou mais granadas de fragmentação ou uma mina antipessoal
pode ser usada para romper algumas paredes internas. Estes dispositivos
explosivos devem ser usados com enchimento para aumentar sua eficácia e
reduzir a quantidade de carga explosiva dirigida para a retaguarda. Deve ser
tomado extremo cuidado durante a utilização deste tipo de ruptura porque os
fragmentos podem penetrar paredes e causar baixas amigas. Se as paredes
forem feitas de gesso ou madeira, a ruptura mecânica pode ser mais eficaz.
(8) Cargas para ruptura de portas- Geralmente essas cargas são
flexíveis e lineares e podem ser utilizadas para romper as portas interiores e
exteriores. Estas cargas dão a equipe de ruptura uma vantagem pois podem
5-38
ser feitas com antecedência e são simples, compactas, leves e fáceis de
transportar.
(9) Janelas e entradas restritivas.-Independentemente da técnica
utilizada para realizar a entrada, se o local de ruptura restringe o movimento
para o cômodo ou edifício, o apoio de fogo aproximado deve ser utilizado até
que a equipe de assalto ultrapasse o obstáculo e consiga prover sua própria
segurança. Por exemplo: enquanto um soldado está transpondo uma janela e
entrando num cômodo, ele pode não estar em condições de executar fogos no
inimigo, por isso, em outra janela que tenha acesso ao mesmo cômodo deverá
haver outro soldado em condições de realizar fogos dentro do cômodo para
garantir a segurança do primeiro. O elemento do apoio de fogo aproximado
pode ser da equipe de limpeza do primeiro cômodo ou da equipe designada
para realizar a segunda ruptura.
5-39
motivado e sua capacidade de dominar e controlar a situação de combate com
o mínimo de efeito colateral.
c. Operações de limpeza.
(1) Enquanto os soldados se preparampara entrar no cômodo,
após o contato, durante a entrada do cômodo e engajamento do alvo e
enquanto os soldados se movem ao longo dos corredores confinados até todo
o aparelho estar limpo é necessário agir com rapidez e segurança. Os
membros da equipe de assalto devem mover-se taticamente, abordando
simultaneamente os corredores que acessam um mesmo cômodo.
(2) Para evitar a fadiga, o ruído e a interferência durante a
movimentação, a equipe de assalto deve conduzir somente os equipamentos
necessários para a ação, permanecendo o restante do material embarcado nas
VBTP.
(3) O grupo de assalto procura chegar ao ponto de entrada do
cômodo sem ser detectado, na ordem correta de entrada e preparado para
entrar em um único comando ou sinal.
(4) Deve ser estabelecida uma segurança fora do aparelho para
proteger a equipe de assalto que está dentro do cômodo.
(5) A equipe de assalto deve passar imediatamente para as
posições que permitam o controle total do aparelho e proporcionam bons
campos de tiro; eliminar todos os soldados inimigos dentro dos cômodos com
fogos rápidos, precisos e eficientes; conquistar imediatamente e manter o
controle da situação e de todo o pessoal na edificação; confirmar se as baixas
dos inimigos são feridos ou mortos; erevistar, desarmar, deter e reunir todos os
prisioneiros e feridos inimigos.
d. Procedimentos em uma entrada e limpeza
(1) No cumprimento das missões de entrada e limpeza de
edificações os soldados podem transportar e utilizar pequenas algemas de
plástico flexível para controlar os detentos civis ou militares capturados;
aequipe de assalto deve realizar uma revista superficial do cômodo e
determinar se uma revista detalhada é necessária; evacuar os feridos logo que
estiverem fora do alcance das armas de fogo direto do inimigo; evacuar todos
mortos amigos; marcar os cômodos limpos usando marcas simples e
facilmente identificáveis de acordo com a legenda utilizada.
(2) Algumas marcas comuns podem ser feitas com tinta de
pulverizador, fita reflexiva, giz, fita adesiva e painéis. As marcações podem ser
colocadas na parede externa de andares limpos em edifícios para mostrar às
forças amigas o progresso da operação ofensiva, se isso não for proporcionar
informações para ainteligência inimiga.
(3) É necessário manter a segurança em todas direções
continuamente e estar preparado para reagir a um contato com o inimigo a
qualquer momento(deve ser dada prioridade à direção de ataque, mas a
segurança da retaguarda não deve ser negligenciada nunca).
5-40
Fig 5-20. Legenda de marcações em edifícios e cômodos
e. Regras de engajamento.
(1) O respeito às regras de engajamento estabelecidas pelo
escalão superior pode ser o fiel da balança na decisão de uma guerra. Apesar
destas regras serem elaboradas e estabelecidas pelos altos comandos,
normalmente suas violações ocorrem nos pequenos escalões e podem
ocasionar consequências catastróficas.
(2) O tempo de uma imagem ser disseminada via internet pode
demorar somente alguns minutos e alcançar efeito global.
(3) Além disso no combate contemporâneo é muito raro se
verificar a evacuação de uma cidade, em regra elas ficam habitadas, e o apoio
da população para se obter o sucesso no transcorrer das operações é
5-41
essencial por isso as regras de engajamento devem ser seguidas por todos e
supervisionadas até os menores escalões.
(4) Técnicas de limpeza especiais podem ser necessárias
quando regras de engajamento altamente restritivas estiverem em vigor. A
presença de civis não combatentes pode exigir que as unidades executem a
limpeza de apenas alguns edifícios selecionados especificamente para cumprir
a sua missão ao invés de usar o poder de fogo para neutralizar os edifícios
próximos ao objetivo.
(5) As razões para uma regra de engajamento altamente
restritiva são diversas, mas dentre elas podemos destacar:
(a) o uso de apoio de fogo pesado e demolições causariam
danos colaterais inaceitáveis;
(b) a população continua na localidade impedindo o uso de
armas de tiro curvo e de apoio do escalão superior, forçando a limpeza das
residências de forma sistemática; e
(c) o risco de fratricídio requer regras de engajamento
restritivas.
(6) Em uma situação onde as regras de engajamento não forem
restritivas, deve ser utilizado o poder esmagador dos fogos diretos e indiretos,
demolições e granadas de fragmentação valendo-se de tudo o que for
necessário para neutralizar o inimigo.
5-42
objetivo e telhados de prédios vizinhos que possam servir de pontos de
passagem ou condução de fogos para o objetivo.
f. Depois de conquistar um andar ou prédio, membros do pelotão
devem ser designados para cobrir rotas de possíveis contra-ataques inimigos.
A prioridade deve ser dada inicialmente para garantir a direção do ataque.
Elementos de segurança do pelotão devem dar o alerta e disparar um pesado
volume de fogo sobre as forças inimigas que se aproximarem da posição de
consolidação.
g. A reorganização ocorre após a consolidação e compreende ações
de preparação do pelotão para continuar a missão, preenchimento das funções
de comando, recarregamento das armas, redistribuição de equipamentose
evacuação de mortos e feridos amigos, essas duas últimas atividades podem
não ser realizadas pelo próprio GC ou Pel Fuz, tendo em vista pouco tempo,
dificuldade de deslocamento em área urbana, necessidade de manter a
impulsão do ataque e o efetivo que pode estar muito reduzido. Assim o local
dos feridos e baixas deve ser balizado e informado ao Esc Sup sua posição.
h. Após a consolidação, os comandantes devem assegurar que
ocorra o ressuprimento e a redistribuição de munições; refazer as marcações
de edifícios que tenham sido apagadas; tratar e evacuar feridos amigos; com a
área do objetivo segura, começar a evacuar os civis, inimigos e feridos; reunir e
proteger os civis; restabelecer a cadeia de comando, substituindo eventuais
baixas; e reportar ao comando da SU as condições do pelotão para
prosseguimento.
i. Com o início dos combates existe a possibilidade de uma saída
em grande quantidade de moradores do interior da localidade, deve ser feito
um planejamento nos escalões SU e acima para providenciar eixo de
evacuação para essas pessoas assim como uma triagem já que entre elas
podem estar exfiltrando combatentes inimigos ou sendo levado suprimento as
posições inimigas a retaguarda do dispositivo do atacante, isso é importante
pois o Pel Fuz no escalão de assalto não terá efetivo para também, além de
sua missão, realizar essa atividade.
5-43
ARTIGO III
DEFENSIVA
5-44
j. Outro fato importante é o conhecimento detalhado do defensor
com relação ao terreno defendido em contrapartida ao desconhecimento e falta
de familiaridade do atacante.
5-45
emprego de gestos, sinais de luz, símbolos, luz estroboscóbica e senhas
também é relevante.
i. É importante lembrar que o caçador além de ser utilizado contra
pessoal também pode ser empregado contra material ou contra viaturas
blindadas, para isso deve ser instruído das vulnerabilidades existentes no carro
passíveis de serem afetadas por armamento de menor calibre, como por
exemplo os periscópios.
j. O Pelotão pode receber uma ou mais peças de CSR em reforço,
porém o mais comum na defesa em localidade é o emprego por parte da SU de
suas peças AC de forma combinada (como seção) em Aç Cj a SU, com
prioridade de fogos para a fração que defende a frente principal.
k. As peças poderão ainda ter a missão de “caça-carro”, ocupando
posições previamente reconhecidas para cada fase da defesa. Os itinerários
para mudança de posição e retraimento devem ser reconhecidos e preparados,
valendo-se de passagens previamente abertas no interior das edificações.
l. Cabe lembrar que o trânsito das peças de CSR dentro das
posições do pelotão e da SU tem grandes chances de ocasionar fratricídio,
portanto deve ser muito bem planejado e ensaiado em todos os níveis. O ideal
é que o equipamento anticarro a ser empregado seja especial para emprego
em espaços comfinados.
5-46
g. O comandante de pelotão pode adotar também um ponto forte de
segurança dentro de sua área de atuação ou, de acordo com autorização do
Cmt SU, até mesmo fora de sua área, este local serve de apoio para suas
frações subordinadas retrairem em caso de emergência e permanecerem em
segurança. Essa posição segura pode ser determinada pelo Cmt SU e
mobiliada por outros pelotões.
5-47
(5) Em todaas as posições previstas para serem ocupadas pela
viatura devem ser preparados itinerários de retraimento que possibilitem uma
saída segura para o carro e a guarnição.
(6) As viaturas podem ser empregadas em apoio ao GC da qual
é orgânica e ainda de forma mais centralizada, de acordo com as ordens do
Cmt Pel, sob ocontrole do Adj Pel para executar fogos ou para manobrar
realizando uma ação dinâmica de defesa, nessa situação deve haver um local
seguro para a reunião dos carros.
5-48
(6) Algumas das posições mais comuns na defesa rápida em
área urbana são cantos de prédios, atrás de paredes, janelas, buracos em
paredes ou seteiras e no alto de telhados.
5-49
podem ainda ser designadas frações com missào espefífica de segurança dos
itinerários.
(9) Com o passar do tempo o pelotão continua a melhorar as
suas posições de defesa rápida, podendo tornar-se uma posição defensiva
sumariamente organizada ou organizada. O Cmt Pel Fuz Mec juntamente com
seus Cmt GC deverão fazer ajustes contínuos de sua área de defesa, com o
objetivo de minimizar os danos, em caso de ataque inimigo, que porventura
poderiam resultar na queda do núcleo defensivo do Pel como um todo. A
prioridade dos trabalhos servirá de guia para melhorar a defesa, e os Cmt
Pel/GC deverãorealizar as seguintes tarefas:
(a) Escolher as melhores posições possíveis para as VBTP
e as armas do grupo de apoio de fogo.
(b) Construir barreiras e obstáculos.
(c) Construir posições individuais suplementares e de muda.
(d) Treinar ações de contra-ataque, se possível inclusive
com os carros, e as seqüências do reposicionamento na hora do engajamento.
(e) Melhorar a mobilidade.
5-50
de cada edificação a ser defendida ou adjacente, e as característicasdosistema
de armas orgânicos do Pel Fuz Mec.
b. Prioridade dos trabalhos de OT na defesa em ambiente urbano
devem atentar para:
(1) Escolha de posições vantajosas para as VBTP e armamento
coletivo do pelotão, com a finalidade de cobrir prováveis vias de acesso
inimigas. Deve-se atentar para que as armas se apoiem mutuamente e que
prestem cobertura de fogo para os Pel Fuz Mec adjacentes.
(2) Para bater as vias de acesso para CC as VBTP ocuparão
posições que possibilitem o apoio mútuo das Armas AC recebidas em reforço
pelo Pel.
(3) As Metralhadoras podem ser posicionadas tanto no nível do
solo, para aumentar os fogos rasantes, como no alto das edificações,
principalmente se escombros no solo impedirem os tiros rasantes, para ganhar
observação e alcance na cobertura das vias de acesso de tropa
desembarcada.
(4) Retirada dos civís da área de operações antes da
ocupaçãoda posição, se for possível.
(5) Limpeza dos campos de tiro, preparação de seteiras em
paredes, visando a surpresa dentro de um setor de tiro. Construção de
posições com cobertura aérea camuflada(interior e exterior das edificações).
(6) Identificação e reconhecimento de vias subterrâneas de
abordagem(esgotos, porões), bem como escadas e telhados.
(7) Estocagem de munições, alimentos, equipamentos de
combate a incêndios, e água potável.
(8) Construção de barreiras e obstáculos para canalizar retardar
ou barrar o avanço do inimigo nas passagens subterrâneas, vias de acesso
frontais e de flanco. Bater por fogos as barreiras ou obstáculos. Ocultar os
obstáculos da observação inimiga, quanto possível. Empregar os obstáculos
em profundidade(se possível) para quebrar a impulsão do ataque inimigo.
5-51
Fig 5-23. Obstrução de vias de acesso com obstáculos
5-52
(2) Proteção
(a) Selecionar edificações ou locais que ofereçam uma
proteção contra tiros diretos e indiretos. Construções de concreto com três ou
mais andares fornecem proteção adequada, enquanto os edifícios construídos
de madeira, tapumes, ou outros materiais leves devem ser reforçados para
proporcionar proteção suficiente.Se possível, usar materiais improvidadas do
próprio ambiente urbano para reforçar a cobertura do edifício contra o ataque
de morteiros, de artilharia e aéreo. Preferencialmente não ocupar o primeiro e o
segundo andar de edifícios, pois estes andares serão batidos pelos fogos dos
CC inimigos devido a inclinação máxima de seu canhão. Sempre que possível
deve-se ocupar posições de ângulo morto para os canhões dos CC inimigos,
como por exemplo, porões e andares mais elevados.
(3) Dispersão
(a) A posição do pelotão não deve ser estabelecida em um
único edifício, se possível ocupar dois ou mais edifícios que permitam apoio
mútuo entre as posições. Uma posição em um prédio sem o apoio mútuo é
vulnerável a desbordamento, correndo o risco de isolamento da fração e
posterior destruição por parte do inimigo.
(4) Ocultação
(a) Não selecionar edificações que são óbvias para as
posições defensivas(facilmente alvejado pelo inimigo). Se ascondições de
segurança e campos de tiro obrigarem a ocupação de edificações expostas,
será necessário ao pelotão adicionar materiais de reforçopara aconstrução de
uma proteção adequada para as tropas que ocupam essas instalações.
(5) Campos de tiro
(a) Para evitar o isolamento individual das VBTP as
posições defensivas devem ter apoio mútuo em todasas direções. Quanto aos
5-53
camposde tiros, se possível, deve-se manter a aparência natural da área
circundante para que seja dificultada a identificação de nossas posições pelo
inimigo porém, pode ser necessário remover objetos ou entulhos que interfiram
no campode visão dos fuzileiros.
(6) Caminhos desenfiados
(a) As posições defensivas devem ter pelo menos um
caminho coberto e desenfiado para a infantaria desembarcada, que permita o
resuprimento, evacuação médica, reforço ou ainda a exfiltração do edifício sem
ser detectado. No mínimo ele deve oferecer proteção contra armas de tiro
tenso. A rota pode ser estabelecida através de sistemas subterrâneos, túneis
de comunicação, ou buracos nas paredesdos edifícios que permitam tais
movimentos. Os veículos do pelotão também devem ter caminhos desenfiados.
(7) Observação
(a) As posições em edifícios devem permitir a observação
das possíveis vias de abordagem inimigas e setores defensivos adjacentes.
Andares superiores oferecem a melhor observação, mas também podem atrair
o fogo inimigo. Podem ser instalados, quando disponíveis, equipamentos de
observação com controle remoto, utilizando esse material o operador pode se
manter em posição segura.
(8) Perigo de incêndio
(a) Se possível, evitar selecionar posições em edifícios onde
existam riscos de incêndio. Se essas estruturas com risco forem ocupadas,
deve-se reduzir o perigo de incêndio pelo umedecimento do assoalho,
colocando também de 1 a 2 (um a dois) centímetros de areia no chão, e o
fornecimento de extintores e equipamentos de combate a incêndio aos militares
que estiverem ocupando este cômodo ou edificação. Assegurar que cada
defensor esteja familiarizado com as rotas de retraimento em caso de incêndio.
(b) Lembrar que que esses locais com risco de incêndio
podem servir para se atrair o atacante e logo após ser iniciada a queima do
local, também podem ser preparadas edificações com esse objetivo, no entanto
deve se atentar para o controle do fogo gerado que pode se alastrar
rapidamente de acordo com o vento e proximidade de outras construções.
(9) Tempo
(a) O tempo é um elemento dentro do estudo da situação
em que o pelotão e os seus Cmt não tem nenhum controle. O fator mais
importante a considerar ao planejar o uso do tempo é oferecer aos Cmt GC
dois terços de todo o tempo disponível. A subunidade emite ao Cmt Pel Fuz
Mec uma Ordem de Operações com suas prioridades e intenção do comando,
quando o tempo não permite um planejamento ou uma emissão de ordem
detalhada. O pelotão irá completar a preparação defensiva tendo em mente as
prioridades operacionais e a intenção do comandante, de acordo a ordem de
operações ou ordem fragmentária recebida.
5-54
d. Preparação
(1) A preparação das posições individuais de combate do pelotão
será realizada no interior dos edifícios localizados na área de defesado pelotão,
além de poder abranger também os acessos dentro da localidade, como ruelas,
becos ou ruas para dificultar a mobilidade inimiga. Como em todas as posições
defensivas, a primeira tarefa do Cmt é estabelecer a segurança. Esta será
normalmente sob a forma de um posto de observação(PO). O PO deve ser
mobiliado com pelo menos dois militares, ou com equipamentos de
monitoramento remotamente controlados. Os Cmt GC, em seguida, distribuem
setores de defesa para cada homem, visando cobrir adequadamente toda a
área de responsabilidade do GC. O Cmt GC irá posicionar-se onde possa
melhor controlar seu grupo. O Cmt Pel designa o nível de segurança a ser
mantido. O restante do pessoal continua a trabalhar na preparação da defesa,
melhorias devem sempre ser realizadas conforme o tempo permitir.
e. Outras tarefas típicas
(1) Tarefas adicionais de preparação defensivas podem ser
exigidas nos porões, no piso térreo e nos andares superiores.
(2) Subsolos e térreo
(a) Porões requerem uma preparação semelhante a do piso
térreo. Qualquer sistema de metrô não utilizado pela defesa que pode facilitar o
acesso do inimigo às posições defensivas, deve ser bloqueado.
(b) Portas não utilizadas devem ser armadilhadas, pregadas,
bloqueadas ou reforçadas com móveis, sacos de areia ou outros expedientes
de campanha.
(c) Corredores se não forem utilizados para o movimento do
defensor, devem ser bloqueados com móveis, concertinas e armadilhados com
cordéis de tropeço.
(d) Escadas não utilizadas devem ser bloqueadas com
móveis e concertinas, armadilhadas com cordéis de tropeço ou removidas. As
escadas utilizadas para a locomoção dos defensores devem ser removidas ou
armadilhadas após seu uso.
5-55
Fig 5-25. Bloqueio de escadas e corredores
5-56
cômodoou de um prédio. Buracos devem ser feitos através das paredes entre
os cômodos para permitir acirculação entre os quartos sem que seja
necessário utilizar os corredores. Os buracos deverão ser marcados para os
defensores localizá-los facilmente tanto de dia como à noite. Deverão ser
realizados ensaios para que todos se familiarizem com os itinerários interiores.
(5) Prevenção de incêndios
(a) Os edifícios que tem o chão,tetos e vigas em madeira
exigem medidas de prevenção intensa contra incêndio. O piso do sótão e
outros pisos de madeira devem ser cobertos com cerca de 1 a 2 centímetros de
areia ou terra.Devem ser posicionados materiais de combate a incêndios(terra,
areia, extintores de incêndio, cobertores,baldes de água) em cada andar para
uso imediato.A energia elétrica e o gás devem ser desligados.
(6) Comunicações.
(a) As operações urbanas exigem planejamento centralizado
e execução descentralizada, e as comunicações desempenham um papel
importante neste processo.
(b) Estruturas que estejam em uma elevada concentração
de linhas de energia elétrica podem prejudicar as comunicações em ambiente
urbano e afetar a capacidade do pelotão enviar e receber mensagens.Muitos
prédios estão construídos de tal forma que as ondas de rádio não irão passar
por eles.
(c) Sinais visuais podem ser utilizados, mas muitas vezes
não são eficazes por causa dos pequenos ângulos de observação e pela
proximidade de uma instalação para outras das edificações e muros. Os
sinaisconvencionados devem ser taxativamente ensaiados, amplamente
divulgados,e entendidos por todos.
(d) O aumento do ruído do combate em ambiante urbano faz
com que o uso efetivo de sinais sonoros fique prejudicado. Sinais verbais
podem denúnciar a posição da fração e as intenções ao inimigo.
(e) Mensageiros e fio podem ser usados como outros meios
de comunicação. O fio deve ser considerado um meioalternativo e seguro de
comunicação se os meios ativos estiverem indisponíveis.
(7) Demolição parcial
(a) A demolição de partes da edificação pode proporcionar
uma cobertura adicional à ocultação do posicionamento das armas automáticas
ou servir como um obstáculo contra o inimigo.
(b) Devido ao perigo inerente associado a essa modificação
estrutural de uma edificação, os engenheiros devem executar essa tarefa se
não for possível poderá ser feito por elementos de manobra, mas sempre com
autorização do escalão superior.
(c) O Cmt Pel deve limitar esse tipo de procedimento entre
seus subordinados, de modo a não impedir o seu próprio movimento dentro do
ambiente urbano. O pelotão deve receber a permissão do escalão superior
5-57
antes de começar a demolição deu uma ou mais edificações no seu setor
defensivo.
(8) Telhados
(a) O Pelotão deve posicionar obstáculos sobre os telhados
dos edifícios de topo plano, para evitar que helicópteros desembarquem tropas,
permitindo o acesso para a edificação pelo telhado.
(b) Cobrir os telhados que são acessíveis pelas estruturas
adjacentes com concertinas, e ou outros expedientes de campanha e vigiá-los.
Bloquear as entradas de edifícios e dos telhados, se compatível com o plano
geral de defesa.
(c) Remover ou bloquear qualquer estrutura no exterior de
um edifício que poderia ajudar o atacante na escalada do prédio para ter
acesso aos andares superiores ou para o telhado. Inclui-se neste sentido a
demolição de tetos feitos de concreto, para dificultar o eventual desembarque
de uma tropa aerotransportada.
(d) Como edificações de teto plano (laje) próximas umas das
outras possibilitam a utilização de seu teto como via de acesso, pode-se
preparar armadilhas nestas posições tais como concertinas, ouriço ou a própria
quebra do teto nas suas partes adjacentes as outras edificações, ocasionando
a queda do inimigo ao abordar a próxima edificação.
(9) Obstáculos
(a) O posicionamento dos obstáculos deve ser adjacente
aos edifícios para torna-los mais eficientes na tarefa de canalizar, impedir ou
retardar o movimento de veículos blindados e infantaria desembarcada.
(b) Para economizar tempo e recursos na preparação da
defesa, os Cmt Pel/GC deverão valer-se de todos os materiais disponíveis na
localidade, tais como automóveis, motocicletas e entulhos em geral, para criar
obstáculos.
(c) Os Cmt Pel/GC devem supervisionar a construção de
obstáculos para garantir que estejam vinculados as edificações e áreas de
entulho, aumentando sua eficácia. Os engenheiros que estiverem em apoio
direto podem dar assessoramento no emprego de obstáculos e minas.
(d) Os princípios de emprego de minas terrestres e de
obstáculos não mudam na defesa em um ambiente urbano, no entanto, as
técnicas mudam. Por exemplo, enterrar e esconder as minas nas ruas é difícil
devido ao concreto e o asfalto. Minas podem ser colocadas em boeiros, portas,
entulhos lançados nas ruas, em sacos de areia porém, sempre com uma
técnica correta de camuflagem.
(e) Equipamentos e materiais de construção civil devem ser
localizados e inventariados. Estes equipamentos podem ser usados como
materiais de engenharia ativos (se a tropa não tiver a sua disposição
equipamentos de engenharia militar) ou em substituição de equipamentos de
engenharia militar danificados. Se a defensiva está se desenvolvendo em solo
5-58
dos países de nações amigas, a coordenação e a autorização para o uso
desses materiais deve ser feita antes do uso para com os donos desses
equipamentos civis.
(10) Campos de tiro
(a) Os campos de tiro são áreas de uma arma ou de um
grupo de armas que podem cobrir de forma eficaz pelo fogo uma frente
defensiva, de uma posição determinada. Após as posições defensivas serem
selecionadas e os indivíduos terem ocupado suas posições designadas, o que
vai determinar o distanciamento entre as posições é a maximização do poder
de fogo deste campo de tiro.
(b) Os Cmt Pel/GC, individualmente deverão observar os
seus campos de tiro a partir de suas posições e também do ponto de vista do
inimigo. A limpeza dos campos de tiro deverá ser seletiva de forma a melhorar
a posição e não comprometê-la. Se necessário, a posição deverá ser mudada
para atingir uma maior eficiência do campo de tiro.
(c) Dentro de seus campos de tiro, os Cmt GC irão designar
um setor primário e um setor alternativo de tiro para cada sistema de armas.
Cada sistema de armas tem requisitos específicos para seu setor de tiro, e o
Cmt Pel juntamente com os Cmt GC deverão garantir que estes requisitos
sejam cumpridos. Cada posição é verificada para garantir que os campos de
tiro possam fornecer o máximo de oportunidade para o engajamento inimigo e
cobrir com fogo qualquer ângulo morto dentro do setor de tiro.
f. Posições de armas anticarro
(1) É necessário empregar armas anticarro em áreas que
maximizem as suas capacidades. Posicionar as armas AC em andares
superiores ou em porões e em apoio as VBTP quando possível.
(2) A necessidade de um posicionamento coberto e abrigado
poderá exigir que a guarnição da arma se posicione e dispare de dentro de um
edifício, ou por trás da cobertura de um edifício.
(3) O Cmt Pel Fuz Mec deve fazer todos os esforços para
empregar as armas AC dentro da seção para que o mesmo alvo possa ser
engajado de duas posições diferentes.
(4) Outra consideração é a segurança oferecida pela tripulação
das VBTP as peças AC. Isso énecessáriopara permitir que o atirador se
concentre em localizar e combater as ameaças blindadas inimigas.
(5) É melhor que se utilize armamento AC específico para
espaço confinado pois sua área de sopro é menor e não causa danos aos
componentes da peça AC.
(6) Para a escolha da posição correta das peças AC deve-se
estudar a angulação para cima e para baixo máximas que as viaturas inimigas
admitem isso diminuirá ou anulará a possibilidade de o atacante atingir com
seu armamento principal a arma AC do defensor.
5-59
(7) Quanto a posição das armas AC devem ser escolhidas
posições principal, suplementar e muda, além disso deve-se ter um itinerário de
retraimento previsto para exfiltrar a peça já que ela é um alvo compensador.
(8) Outra questão importante sobre as armas AC é que elas não
necessariamente ocuparão uma posição fixa, ou posições alternativas, as
peças podem ter suas posições como previsto anteriormente mas podem estar
com movimento livre na área de defesa do Pel, SU ou escalão superiores, e
mediante ordem ocuparem suas posições.
(9) Essa forma de emprego deixa as peças AC como caçadoras
de veículos blindados, cumprindo a missão pela finalidade sem posição fixa no
terreno elas terão acesso à uma área onde, com trânsito livre, podem destruir
mais carros inimigos e serem mais flexíveis no seu emprego.
(10) Para a realizaçào da atividade acima é necessário dotar as
peças com equipamentos de comunicações assim como adotar medidas de
coordenação e controle dentro do Pel e SU para evitar o fratricídio contra essas
peças e manter o controle sobre elas.
g. Posições do caçador
(1) Os caçadores são diretamente subordinados ao comando da
OM porém, quando em reforço ao pelotão são uma força multiplicadora do
poder de combate, fornecendo capacidade de observação e de comando e
controle para localizar e atingir alvos inimigos.
(2) Caçadores operam normalmente em equipes de dois
homens, o que provê ao caçador uma maior segurança e outro par de
olhospara observação e para localizar e identificar alvos, entretanto em
localidade pode-se acrescentar mais um elemento de segurança com a missão
de proporcionar segurança à retaguarda durante os deslocamentos dentro da
localidade, abordagens das edificações e na tomada de posições de tiro.
5-60
(3) Os Comandantes devem permitir que os caçadores
selecionem suas próprias posições. Os caçadores devem escolher posições
onde não sejam facilmente identificados, e onde possam proporcionar o
máximo de benefício ao Pel ou a SU.
(4) É importante não confundir o caçador recebido pelo Pel da
SU ou Unidade com aquele elemento de cada esquadra que esta equipado de
fuzil com luneta e pode realizar tiro com maior precisão, esse trabalha em prol
da esquadra e GC e tem menos flexibilidade para execuar suas missões, mas
mesmo assim o Cmt pel, quando a situação exigir e permitir, pode montar
provisóriamente equipe de atiradores de precisão dentro de sua fração, para
isso utilizará os atiradores dos GC.
(5) As equipes de atiradores, ou turmas de atiradores provisórias,
do Pel servem para dar uma maior flexibilidade e multiplicar o poder de
combate do pelotão aumentando sua capacidade de observação, busca e
engajamento de alvos, elas não tem constituição padrão mas devem ser
constituídas, no m,inimo pelo atiradore de precisão da Esq mais um militar. As
equipes de atiradores de precisão do Pel recebem missões determinadas de
neutralização de alvos específicos, realizam missões de neutralização de alvos
de oportunidade, podem manter observação sobre um determinado local na
localidade ou buscar informaçòes mais precisas e oportunas na área do Pel.
(6) A ação das turmas de atiradores se limitam a área do pelotão
podendo atuar também na área da SU e até da Unidade, se for necessário de
acordo com a missào e a necessidade de emprego de caçadores na localidade.
Nesse caso assim como no emprego descentralizado de armas anticarro deve-
se adotar medidas de coordenação e controle especiais além de equipar com
rádios os componentes da equipe.
(7) Outro aspecto importante é que o caçador também pode ter a
missão antimaterial, além da antipessoal, o que ocorre é que ele não tem
capacidade de destruir veículos inimigos porém com a instrução correta ele
adquiri conhecimento que vai o habilitar para neutralizar ou pelo menos causar
danos graves aos veículos inimigos, como exemplo disso pode-se citar a
execução de tiro de fuzil 7,62mm contra periscópios e visores de optrônicos
das viaturas blindadas, no momento em que acertar esses alvos o atirador vai
estar diminuindo a capacidade de combate do blindado atacante.
5-61
Fig 5-27. Posição de caçador
5-18. CONTRA-ATAQUE
a. Pode ser dada a um pelotão a missão de contra-atacar para
retomar uma posição de defesa, para destruir ou retirar um ponto de apoio do
inimigo ou para desorganizar um ataque inimigo, desgastando seu flanco e
forçando-o a parar o seu movimento e estabelecer uma defesa sumária.
b. As tropas de fuzileiros mecanizados são especialmente aptas ao
cumprimento de missões de contr-ataque devido á sua proteção blindada,
mobilidade e poder de fogo.
c. Em um contra-ataque o pelotão estará enquadrado no nível da SU
para poder combater cada provável penetração inimiga. Ele deve ser bem
coordenado e executado violentamente. Contra-ataques devem ser
direcionados para o flanco do inimigo e apoiado por fogos diretos e indiretos.
d. Se possível os fuzileiros devem combater em conjunto com as
VBTP e as VBC.As VBC devem liderar o contra-ataque, pois tem como
características a mobilidade, o poder de fogo, e relativa proteção blindada,
mais acentuadas do que as VBTP dos fuzileiros, tornando-se capazes de
executar a missão de um contra-ataque. Elas são ideais para destruir blindados
inimigos, armas anticarro,e algumas fortificações com sua arma principal e o
poder de engajar a infantaria inimiga com a sua metralhadora coaxial. Esse
recurso ajudará a infantaria na execução de parteda sua missão.
e. A missão de contra-ataque é planejada e coordenada como parte
da operação defensiva. Cabe salientar que pelo fato do pelotão defensor
conhecer o terreno, haver ensaiado os contra-ataques e pelo inimigo já estar
desgastado e sofrendo pressão, o pelotão pode contra-atacar até um pelotão.
f. Considerações para o planejamento de um contra-ataque podem
incluir:
5-62
(1) localização de frações amigas;
(2) localizaçãode civis;
(3) identificação da região capital de defesa da SU;
(4) identificar as hipóteses de emprego da defesa;
(5) identificar os locais e os momentos de início dos contra
ataques;e
(6) identificar quem determina ou inicia a execução do contra-
ataque.
g. As medidas de coordenação e controle necessárias para a
realização do contra-ataquei incluem:
(1) zona de reunião ou uma posição de bloqueio;
(2) ponto de partida, via de acesso/eixo de progressão,e ponto
de liberação( se necessário);
(3) posição de ataque;
(4) linhade partida ou linha de contato;
(5) zona de ação, a direção do contra-ataque;
(6) objetivo; e
(7) linha limite de progressão.
ARTIGO IV
MULTIPLICADORES DO PODER DE COMBATE
5-19. GENERALIDADES
a. Uma importante lição aprendida a partir de recentes operações em
área edificada é a necessidade de um sistema combinado de armas
completamente integrado.
b. A natureza das operações em área edificada é a essência da
infantaria. No entanto, o combate em ambiente urbano nunca deve ser
exclusivamente um combate de infantaria.
c. Um poderoso sistema de armas combinadas adequadamente
empregado em uma área edificada irá reforçar o cumprimento da missão.
d. Além do soldado fuzileiro é necessário defender uma área
edificada, a integração com as viaturas blindadas, o emprego criterioso da
engenharia, a total integração com a aviação do exército e força aérea, meios
de apoio de fogo da OM e do grande comando enquadrante, judicioso emprego
das comunicações, e uma rede logística eficiente em todos os níveis.
e. Este artigo aborda os multiplicadores de combate mais comuns
que podem ser disponíbilizados para o pelotão de Fuz durante a execução do
combate em área edificada.
5-63
5-20. CARROS DE COMBATE VBUT30 - VBAC
a. Com base nas considerações da análise do estudo de situação e
das regras de engajamento, pode surgir uma situação que exija a colocação de
carros de combate (CC) em apoio direto a missão dos fuzileiros mecanizados.
b. Este parágrafo discute táticas e técnicas utilizadas por tropas de
fuzileiros quando trabalham em conjunto a carros de combate, esse conceito
aqui abrange sobre rodas e lagartas.
c. Organização do emprego de VBCCC em operações mecanizadas
(1) Manobra
(a) os comandantes devem compreender os princípios de
emprego das forças de fuzileiros e carros de combate para maximizar as suas
capacidades e assegurar o apoio mútuo.
(b) Na manobra de fuzileiros reforçada pelo apoio de carros
de combate, os fuzileiros apoiam os carros de combate infiltrando-se na área
edificada, informando a presença de obstáculos, identificando as principais
posições inimigas e desorganizando sua defesa.
(c) Os fuzileiros oferecem segurança para os CC destruindo
e eliminando armas anti-carro e designando alvos compensadores para CC e
VBTP.
(d) Os CC apoiam os fuzileiros progredindo junto com eles
ao longo de uma via de acesso para proporcionar apoio de fogo com seu
sistema de armas.Também fornecem o transporte de tropas quando a situação
inimiga permitir. Carros de combate nunca devem progredir e manobrar
individualmente. O menor nível de emprego da VBCCC é uma seção (dois
veículos).
(e) As viaturas blindadas são meios eficientes no emprego
para bloquear rua e isolar áreas impedindo a exfiltração do inimigo.
(f) Experiências no combate moderno demonstram que não
se devem empregar carros de combate isoladamente pois os mesmos
necessitam de apoio na execução de fogos e observação, assim como em
caso de exfiltração por neutralização, pane ou impedimento em uma VA.
5-64
Fig 5-28. CC em apoio direto aos fuzileiros
5-65
Fig 5-29A. Seção CC progredindo com fuzileiros cerra a frente, o segundo carro cerra a frente
5-66
figura 5-18 mostra a diferença nas capacidades da VBTP e do CC no que diz
respeito aos setores de tiro em área edificada. Observe que uma VBTP pode
atingir um alvo no 9º ou10º andar de um prédio á 20 metros de distância,
enquanto que um CC precisa de 90 metros para atingi-lo.
(e) Esses dados são genéricos, deve-se estudar os
equipamentos inimigos para verificar as angulações máxima e mínima que os
tubos dos canhões podem atingir.
(3) VBTP
(a) A função primordial do sistema de armas das VBTP em
área edificada é proporcionar apoio de fogo aos fuzileiros e romper paredes
externas. O sistema de armas da VBTP pode ser muito útil em área edificada
porque, dependendo do armamento pode penetrar paredes de concreto de até
16 centímetros (Can 30mm) de espessura e pode facilmente penetrar
estruturas residenciais comuns. Confirmar este dado
(b) Tanto o Can 30mm como a Mtr .50 são eficazes contra
estruturas de terra e de areia reforçada. A VBTP dotada de Mtr.50 ou Can
30mm pode executar tiros com elevação de seu sistema de armas entre 60º e -
10º. O sistema de armas pode ser usado eficazmente contra edifícios ocupados
pelo inimigo e fortificações.
5-67
5-21. ENGENHARIA
a. Normalmente uma SU receberá em reforço um grupo de
engenheira de combate, podendo chegar até um pelotão de engenharia de
combate. A maioria dos trabalhos manuais de engenharia, como a preparação
das posições de combate, deverá ser realizada por unidades de fuzileiros,
apoiadas por elementos de engenharia que fornecem supervisão técnica e
equipamentos pesados.
b. Quando receber elementos de engenharia o Cmt pel deve realizar
um criterioso estudo para seu emprego e principalmente para a localização dos
materiais de engenharia, experiências no combate moderno demonstram que
uma das maiores dificuldades das tropas que combatem em localidade é o
deslocamento de elementos e tropa de engenharia no interior da área urbana.
Vtr dotação?
c. Durante as operações ofensivas, a equipe de sapadores do
pelotão de engenharia pode ser passada em apoio ao pelotão de fuzileiros que
estiver designado para realizar o ataque principal. Esta equipe pode utilizar
explosivos para destruir fortalezas e pontos fortes que não podem ser
destruídos com o armamento orgânico da unidade de manobra, localizar e
remover minas, armadilhas e explosivos improvisados que dificultam o
movimento da unidade de manobra, e realizar missões de ruptura.
d. Durante a defesa de uma área edificada a engenharia pode apoiar
o pelotão de fuzileiros construindo sistemas complexos de obstáculos e
auxiliando na construção de posições defensivas e pontos fortes.
e. OBSERVAÇÃO- Ao empregar explosivos juntamente com o
escalão de assalto, os comandantes devem estar cientes dos efeitos e
conseqüências da fragmentação destes explosivos, bem como da pressão da
explosão, e como ela afetará os fuzileiros no terreno.
5-22. MORTEIROS
a. Os morteiros são os principais responsáveis pelos fogos indiretos
disponíveis no batalhão. Sua missão é dar apoio de fogo imediato às unidades
de manobra. Morteiros são adequados para o combate em áreas edificadas
devido à sua elevada letalidade, ângulo acentuado de queda, e reduzida
distância mínima de emprego. Os comandantes devem coordenar o plano de
apoio de fogo de morteiro com a artilharia, como parte do sistema geral de
apoio de fogo.
b. A missão do pelotão de morteiros é desencadear fogos para
apoiar a manobra, especialmente contra a infantaria inimiga desembarcada.
Morteiros também podem ser usados para obscurecer a observação do inimigo
e para iluminar a área de alvos durante a noite. A integração efetiva das peças
de manobra com os fogos de morteiro é a chave para o sucesso do combate
em ambiente urbano no nível companhia e pelotão de fuzileiros.
c. A seleção de posições de morteiro depende do tamanho dos
edifícios, do tamanho da área edificada e da missão. A utilização de estruturas
já existentes (por exemplo, garagens, edifícios de escritórios ou viadutos) para
5-68
esconder as posições é recomendada para proporcionar a máxima proteção e
minimizar o esforço de camuflagem. As peças de morteiro não devem ser
montadas diretamente no concreto, no entanto, sacos de areia podem ser
usados como um assoalho. O assoalho de sacos de areia deve ser constituído
de duas ou três camadas, ficar perfeitamente encostado em uma calçada ou
parede, e estender, pelo menos, um saco de areia além da largura da placa
base. Os morteiros normalmente não são colocados no topo de edifícios pois a
falta de cobertura os torna vulneráveis, o efeito da pressão nos andares abaixo
pode vir a ferir pessoas e o choque no chão pode enfraquecer a estrutura do
piso do teto do prédio. Morteiros não devem ser colocados no interior de
edifícios com telhados danificados, a menos que a estabilidade da estrutura
tenha sido verificada.
d. Durante o combate em ambiente urbano o tiro de morteiro com
munição HE é mais usado do que qualquer outro tipo de arma de fogo indireto.
O uso mais comum e valioso de morteiros é na execução de fogos de
interdição. Uma de suas maiores contribuições é neutralizar outras armas de
tiro curvo inimigas, interromper o suprimento, os esforços de evacuação, e os
reforços na retaguarda do inimigo. Embora os fogos de morteiro sejam muitas
vezes dirigidos contra estradas e outras áreas abertas, a dispersão natural dos
fogos indiretos poderá resultar em muitos danos para os edifícios e para a
população civil. Os comandantes devem ter cuidado ao planejar fogos de
morteiro durante o combate em ambiente urbano para minimizar danos
colaterais. Munições auto-explosivas com espoleta de retardo, especialmente
de cal 120 mm, apresentam bons resultados quando usadas em estruturas de
construção leve dentro das cidades, mas não tem um bom desempenho contra
o concreto armado encontrados em grandes áreas urbanas. Ao utilizar munição
auto-explosiva no combate em ambiente urbano, normalmente as espoletas de
retardo são empregadas contra inimigos dentro de edificações. O uso de
espoletas de proximidade deve ser evitado porque a natureza das áreas
edificadas faz com que as espoletas de proximidade funcionem
prematuramente. Espoletas de proximidade, no entanto, são úteis para atacar
alvos como Postos de Observação nos topos de edifícios. Durante a Segunda
Guerra Mundial e nos recentes conflitos no Oriente Médio, fogos de morteiros
têm sido amplamente utilizados durante o combate em ambiente urbano para
negar o uso de ruas, parques e praças para o inimigo. No contexto de fogos de
interdição empregam-se espoletas de percussão.
e. Nas operações ofensivas as munições iluminativas são
empregadas para iluminar o objetivo, já nas operações defensivas, a
iluminação é realizada atrás das tropas amigas para colocá-las nas sombras e
colocar as tropas inimigas na luz, isto porque os edifícios reduzem a eficácia da
iluminação, criando sombras. A iluminação contínua exige uma estreita
coordenação para produzir o efeito desejado. O emprego de granadas
iluminativas deve ser estabelecido pelo comando da OM, que em seu estudo
de situação avalia as vantagens e desvantagens do emprego deste tipo de
5-69
munição. Caso nossa tropa possua grande quantidade de meios de visão
noturna e o inimigo não possua, é mais vantajoso combater sem iluminação.
f. Ao planejar o uso de morteiros os comandantes devem considerar
os fatores abaixo:
(1) Posicionar observadores nos níveis superiores dos edifícios
para que a designação de alvos e o ajuste de fogos possam ser realizados de
forma eficaz A tarefa de tomar posição correta e conduzir tiro curvo em área
edificada é extremamente difícil exigindo treino dos observadores avançados.
(2) Os comandantes devem compreender os efeitos da munição
corretamente para estimar o número de rajadas necessárias para a cobertura
do alvo específico. Os efeitos do uso de granadas fumígenas podem criar
cortinas de fumaça indesejadas ou condições de visibilidade limitada, que
podem interferir na manobra do pelotão e até da SU como um todo.
(3) Observadores avançados devem ser capazes de determinar
os ângulos mortos. Ângulo morto é a área em que os fogos indiretos não
podem alcançar o nível da rua por causa dos edifícios. Esta área é um refúgio
seguro para o inimigo. De forma expedita, para os morteiros o ângulo morto é
cerca de metade da altura do edifício.
(4) As peças de morteiros devem proporcionar sua própria
segurança.
(5) Os comandantes devem dar especial atenção e coordenar
muito bem os deslocamentos das peças de morteiro para que não interrompam
o apoio de fogo ás operações.
(6) Assim como as peças anticarro, as peça de morteiro também
deve prever no mínimo mais de uma posição para execução do seu tiro, além
disso, deve prever também itinerários de retraimento para uma posição segura.
Deve-se dar especial atenção ao local onde serão armazenadas as munições
pois os danos causados por uma explosaão em localidade podem ser severos.
5-23. ARTILHARIA
a. Durante o combate urbano a artilharia de campanha presta apoio
direto, apoio geral ou em último caso é passada em reforço as Unidades de
Infantaria. Caso se tenha certeza da saída de civis da área edificada, deve-se
empregar a artilharia de forma maciça.
b. Quando a artilharia de campanha apóia o combate em áreas
urbanas deverá ter especial atenção quanto à segurança, devido à proximidade
das frações amigas com a posição inimiga e os danos colaterais a população
civil. Ao planejar o apoio de fogo, os Cmt devem considerar os itens abaixo:
(1) a limitada observação de áreas é em áreas urbanas;
(2) correções de tiro são difíceis de realizar, pois os edifícios
bloqueiam a observação e consequentemente o ajuste das concentrações;
(3) designação de alvos é difícil em terreno urbano, pela
existência de muitas cobertas e itinerários desenfiados;
5-70
(4) os observadores avançados devem ser capazes de
determinar os locais de ângulos mortos.
c. Para a coordenação de fogos serão utilizadas medidas de
coordenação permissivas e principalmente medidas restritivas como "área de
fogo proibido", com a finalidade de proteger os civis e instalações críticas de
valor histórico ou cultural.
d. O emprego da artilharia no modo de fogo direto para destruir as
fortificações deve ser considerado, especialmente quando as posições inimigas
de defesa são bem preparadas.
e. As VBCOAP M 108/M109 são extremamente eficientes em
neutralizar alvos de concreto pelo tiro direto.
f. A perfuração no concreto dependendo da munição do M109 155
mm, pode ir de 36 centímetros até 2,2 metros de penetração.
g. Ao empregar a artilharia no modo de fogo direto na área urbana, é
importante que a infantaria possa atuar conjuntamente, oferecendo cobertura,
pois os obuseiros AP, possuem baixa proteção e só atiram parados.
h. Um observador avançado poderá ser recebido pelo Pel Fuz Mec,
para que este militar faça as correções necessárias dos tiros de artilharia, para
o tiro indireto.
i. Poderão ser empregados, no ambiente urbano, sistemas de
designação de alvos que facilitam o emprego de armas de tiro curvo, como por
emplos a designação por sistema de grade e de numeração de edificações.
5-71
b. Os helicópteros de ataque fornecem informações de
reconhecimento em tempo real através da visada direta da área de operações.
Isso facilita a capacidade do Cmt de pelotão de efetivamente coordenar e
integrar todos os aspectos da sua missão. Os helicópteros de ataque também
podem auxiliar os trabalhos de inteligência, vigilância e reconhecimento
integrado com as comunicações. O controle operacional dos helicópteros de
ataque permanecerá no nível do batalhão ou superior, no entanto, helicópteros
de ataque podem auxiliar diretamente do ar a coordenação com as companhias
e pelotões durante operações de combate no solo.
5-72
a. Algumas das limitações de emprego é o deslocamento após o
engajamento, a possibilidade do engajamento de fogo em profundidade, mais
os obstáculos do terreno, o aumento das zonas de riscos e a preocupação com
a segurança em torno das peças.
5-73
portanto é proibitiva a utilização de AC dentro de um cômodo com extensão
menor que 5 metros.
5-26. CAÇADORES E ATIRADORES DE PRECISÃO
a. Os caçadores são um importante e eficaz multiplicador do poder
de combate. Ao conduzir operações defensivas em áreas urbanas, o caçador
pode ser usado como parte dos elementos de apoio para fornecer informações
precisas dos campos de tiros de longo alcance através da sua capacidade de
observação. O Pel Fuz Mec poderá receber uma turma ou um grupo de
caçadores do Btl, a fim de realizar uma tarefa de missão específica.
b. Como já citado nesse capítulo podem ser formadas por ordem do
Cmt SU ou Pel turmas de atiradores, utilizando os atiradores de precisão dos
GCs, essas equipes terão liberdade de deslocamento em uma certa área de
atuação e poderão receber missões específicas ou de oportunidade do escalão
enquadrante.
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