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Art.1º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará IV - Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório
adota os princípios contidos nas Regras Mínimas para Penal e Hospital de Custódia e Tratamento
Tratamento dos Reclusos e Recomendações Psiquiátrico);
pertinentes, formuladas pela Organização das Nações
Unidas -ONU- e respeita as diretrizes fixadas pela Lei V - Casas do Albergado;
7.210/84 (Lei de Execuções Penais) e nas
Recomendações Básicas para uma programação VI - Cadeias Públicas.
prisional editadas pelo Ministério da Justiça.
Art.6º - Os estabelecimentos prisionais destinam-se ao
Art.2 º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará condenado, ao submetido à medida de segurança e ao
tem como finalidade a vigilância, custódia e preso provisório.
assistência aos presos e às pessoas sujeitas a medidas
de segurança, assegurando-lhes a preservação da Art.7º - Em todos os estabelecimentos prisionais será
integridade física e moral, a promoção de medidas de obrigatoriamente observada a separação entre presos
integração e reintegração sócio-educativas, provisórios e condenados, bem como a distinção por
conjugadas ao trabalho produtivo. sexo, delito, faixa etária e antecedentes criminais,
para orientar a prisão cautelar, a execução da pena e a
§1º - Configura-se, ainda, como finalidade do sistema medida de segurança.
penitenciário estadual, a fiscalização e assistência ao
egresso, garantindo-lhes a promoção de medidas de Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, deverá ser
integração e reintegração sócio-educativas. criado centro único de triagem, que promoverá a
necessária separação.
Art.3º - O Sistema Penitenciário, pelas suas
características especiais, fundamenta-se na hierarquia Art.8º - As Penitenciárias destinam-se aos condenados
funcional, disciplina e, sobretudo, na defesa dos ao cumprimento da pena de reclusão, em regime
direitos e garantias individuais da pessoa humana, fechado, caracterizando-se pelas seguintes condições:
b) trabalho interno industrial;
I - Segurança externa, através de muralha com
passadiço e guaritas de responsabilidade dos Agentes c) trabalho de manutenção e conservação intra e
Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria da extra-muros, na circunscrição da Unidade respectiva;
Justiça e Cidadania.
II - acomodação em alojamento ou cela individual ou
II - Segurança interna realizada por equipe de Agentes coletiva;
Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria da
Justiça e Cidadania que preserve os direitos do preso, III - trabalho externo na forma da Lei;
mantenha a Segurança, a ordem e a disciplina da
Unidade; IV - locais internos e externos para atividades sócio-
educativas e culturais, esportes, prática religiosa e
III - Acomodação do preso preferencialmente em cela visita conforme dispõe a Lei.
individual;
Art.11 - O Hospital Geral e Sanatório Penal destina-se
IV - Locais de trabalho, atividades sócio-educativas e ao tratamento do preso, em regime de internamento,
culturais, esportes, prática religiosa e visitas; das enfermidades infectocontagiosas, dos pós-
operatórios, das convalescenças e de exames
V - Trabalho externo, conforme previsto no art.36 da laboratoriais.
Lei de Execução Penal (LEP).
§1º - O preso acometido de enfermidades, conforme
§1º - Nos estabelecimentos destinados a mulheres, os artigo acima, deverá permanecer internado o tempo
responsáveis pela segurança interna serão, necessário à sua reabilitação, tendo retorno imediato
obrigatoriamente, agentes públicos do sexo feminino, à sua Unidade Prisional de origem logo após
exceto em eventos críticos ou festivos, garantindo-se, diagnóstico médico autorizando sua alta.
ainda, a obrigatoriedade de existência de uma creche
para a acomodação dos recém-nascidos das internas §2º - Os presos ou internados que apresentarem
neles recolhidos, nos 06 (seis) primeiros meses de quadro de sorologia positiva HIV, receberão
vida, prorrogável por igual período, se necessário. tratamento individualizado, a critério médico.
§2º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, §3º - Aos presos ou internados que apresentarem
suas finalidades serão, excepcionalmente, atribuídas quadro de dependência química em substâncias
às Cadeias Públicas locais, observadas as normas entorpecentes será garantido tratamento
deste Regimento no que forem aplicáveis, bem como individualizado adequado às suas necessidades,
as restrições legais ou decisões judiciais. adotando-se políticas públicas voltadas para esta
finalidade, nos termos da lei 11.343/2006.
§3º - Haverá em cada estabelecimento de regime
fechado o Centro de Observação Criminológico e de §4º - Na unidade de que trata o caput deste artigo
Triagem, onde deverão ser realizados os exames deverá existir leitos destinados ao tratamento de
gerais, cujos resultados serão encaminhados à mulheres presas.
Comissão Técnica de Classificação, que proporá o
tratamento adequado para cada preso ou internado. Art.12 - O Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico destina-se ao cumprimento das medidas
Art.9º - Os Presídios e as Casas de Privação Provisória de segurança e ao tratamento psiquiátrico
de Liberdade destinam-se aos presos provisórios, separadamente, devendo adequar-se às normas
devendo apresentar estrutura adequada que garanta aplicáveis ao tratamento das respectivas insanidades.
o exercício dos direitos elencados no presente
Regimento. §1º - O preso comprovadamente portador de doença
mental deverá ser imediatamente encaminhado ao
Art.10º - Os Estabelecimentos Agrícolas ou Mistos estabelecimento adequado para seu tratamento, lá
destinam-se aos condenados ao cumprimento da não podendo permanecer além do tempo necessário
pena em regime semi-aberto, caracterizando-se pelas ao seu pronto restabelecimento, atestado pelo serviço
seguintes condições: médico local.
Art.15 - Nas Unidades elencadas no artigo 5º deste V - Assegurar o normal funcionamento da Unidade,
Regimento, respeitadas suas especificidades, deverão observando e fazendo observar as normas da Lei de
ainda ser respeitadas as seguintes determinações: Execução Penal e do presente Regimento Geral;
XI - Realizar mensalmente reuniões com os servidores Art.19 - A(o) Diretor(a) Adjunto, compete:
da Unidade para estudos conjuntos de problemas
afetos à mesma; I - Assessorar diretamente o (a) Diretor(a) da Unidade
Prisional no desempenho de suas atribuições;
XII - Propor ao Coordenador da COSIPE a mudança de
lotação dos servidores da Unidade; II - Substituir, em seus afastamentos, ausências e
impedimentos legais, o(a) Diretor(a) da Unidade
XIII - Executar as determinações do Coordenador da Prisional, independente de designação especifica,
COSIPE; salvo se por prazo superior a 30 (trinta) dias;
XIV - Autorizar visitas extraordinárias aos presos, em III - Autorizar a expedição de certidões relativas aos
casos especiais, nos termos deste Regimento; assuntos da Unidade;
XIX - Realizar outras atividades dentro de sua área de III - requisitar o material de expediente e providenciar
competência. a redistribuição junto aos demais serviços do
Estabelecimento;
Art.18 - O(a) ocupante do cargo de diretor(a) de
Unidade Prisional, escolhido preferencialmente entre IV - providenciar a compra de matéria prima para a
os servidores de carreira da Secretaria de Justiça e fabricação do pão bem como a aquisição de gás
Cidadania, deverá satisfazer os seguintes requisitos: liquefeito para o funcionamento da cozinha;
XIV - organizar a prestação de contas dos suprimentos X - promover vistorias nos presos e buscas nas
de fundos destinados ao estabelecimento; dependências do estabelecimento, de caráter
preventivo ou sempre que houver fundadas suspeitas
XV - efetuar o controle diário das folhas e cartões de de porte ou uso indevido de armas, aparelhos
registro de comparecimento do pessoal em exercício celulares ou de objetos que possam ser utilizados para
na Unidade; prática de crimes ou falta disciplinares;
XVI - preparar dentro dos prazos estipulados os XI - manter atualizados registros e alterações relativas
documentos de controle de comparecimento e de aos agentes penitenciários;
alterações relativos ao pessoal, encaminhando-os à
COSIPE. XII - elaborar a escala do plantão e organizar a
Parágrafo Único. O cargo de Gerente Administrativo composição das equipes;
deverá ser ocupado por servidor de carreira da
Secretaria de Justiça e Cidadania. XIII - zelar pelo bom funcionamento dos
equipamentos e implementos necessários á execução
Art.21 - Ao Chefe de Segurança e Disciplina compete dos serviços de segurança interna;
gerenciar o setor de Segurança e Disciplina,
elaborando o plano de segurança interna do XIV - promover mensalmente em caráter ordinário,
Estabelecimento, visando proteger a vida e a reuniões com os agentes prisionais e
incolumidade física dos servidores de carreira, extraordinariamente quando necessário;
terceirizados e presos e a garantia das instalações
físicas, bem como promover o conjunto de medidas XV - propor ao diretor a lista de nomes para escolha e
que assegurem o cumprimento da disciplina prisional designados dos chefes de equipes;
e organizar, controlar e orientar os Agentes
Penitenciários no exercício de suas atribuições, XVI - assegurar o respeito aos visitantes enquanto
competindo-lhe: permanecerem nas dependências da Unidade;
I - orientar os presos quanto aos seus direitos, deveres XVII - manter em arquivo o registro das pessoas que
e normas de conduta a serem observados, quando de visitam a Unidade;
sua chegada à Unidade;
XVIII- comunicar, diariamente, ao diretor c/ou sanção disciplinar adequada à falta cometida,
substituto as alterações constantes no relatório de assegurados o contraditório e a ampla defesa, por
serviço diário; Defensor Público ou Advogado constituído pelo
interno.
XIX - manter informado o diretor sobre quaisquer
alterações havidas na unidade; II - Conhecer os resultados de eventuais exames
criminológicos e acompanhar o perfil comportamental
XX - colaborar nas realizações de eventos de caráter do preso.
sócio cultural, esportivo e cívico do estabelecimento.
Art.24 - O Conselho Disciplinar, que será presidido
Art.22 - Ao Chefe de Equipe dos Agentes pelo Diretor Adjunto e nas suas faltas ou
Penitenciários compete: impedimentos, pelo Chefe de Segurança e Disciplina,
reunir-se-á tantas vezes quantas necessárias para
I - Conferir o relatório da equipe anterior; deliberar sobre as tarefas a seu cargo.
II - Conferir o material de segurança sob sua §1º Em caso de empate será considerado vencedor o
responsabilidade, bem como a frequência dos voto favorável ao preso.
membros de sua equipe, distribuindo as tarefas
relativas ao funcionamento da unidade entre os §2º - As decisões do Conselho de Disciplina serão
presentes; sempre coletivas e lançadas por escrito, sendo
tomada por maioria simples, observado quorum
III - Dar encaminhamento e supervisionar a execução mínimo de 03 (três) membros.
das determinações da Direção e do Chefe de
segurança e disciplina; Art.25 - A Comissão Técnica de Classificação, órgão
colegiado, deverá ser composta pelo(a) Diretor(a) do
IV - Comunicar imediatamente qualquer ocorrência Estabelecimento, que a presidirá, dois agentes
que comprometa a ordem, a segurança e a disciplina penitenciários, com larga experiência no
da unidade à Direção e ao Chefe de Segurança e penitenciarismo, um Psiquiatra, um Psicólogo, um
Disciplina, relatando, em seguida, de forma Assistente Social, e tem por finalidade aquilatar a
circunstanciada, por escrito; personalidade do condenado, para determinar o
tratamento adequado, competindo-lhe:
V - Em caso de emergência que comprometa a
integridade física do preso, autorizar transferência de I - Fixar o programa reeducativo;
alojamento no interior da unidade, diante da ausência
de seu superior hierárquico; II - Acompanhar a execução das penas privativas de
liberdade;
VI - Em caso de emergência que comprometa a
integridade física do preso, autorizar a saída III - Classificar o condenado segundo seus
temporária do mesmo para atendimento médico, antecedentes e personalidade, para orientar a
mediante escolta, diante da ausência de seu superior individualização da execução penal;
hierárquico;
IV - Propor as conversões e as regressões, bem como
VII - Exercer a vigilância, em conjunto com os agentes as progressões;
penitenciários de plantão, cumprindo e fazendo
cumprir as normas e regulamentos do V - Informar, caso seja solicitado, através de parecer
estabelecimento; técnico, o perfil criminológico do condenado para fins
de benefício;
VII - Elaborar relatório circunstanciado ao final de seu
plantão, registrando todas as ocorrências havidas. VI - Zelar pelo cumprimento dos deveres dos
presidiários e assegurar a proteção dos seus direitos,
Art.23 - O Conselho Disciplinar, órgão colegiado cuja suspensão ou restrição competirá a Direção da
formado pelo Diretor Adjunto, pelo Chefe de Unidade ou ao Juiz das Execuções Criminais.
Segurança e Disciplina, por um Assistente Social, um
Psicólogo e por um agente penitenciário de notória Art.26 - A Comissão Técnica de Classificação, para
experiência, tem por finalidade: obtenção de dados reveladores da personalidade dos
presos, poderá:
I - Conhecer, analisar, processar e julgar as faltas
disciplinares cometidas pelos internos, aplicando a I - Entrevistar pessoas;
II - Requisitar de órgãos públicos ou privados dados e Parágrafo Único - Toda entrada, transferência ou saída
informações referentes ao preso; de preso de unidade deverá ser comunicada pela
Direção a todos os juízos onde o mesmo responda a
III - Realizar outras diligências e exames. procedimento criminal.
Art.29 - As perícias criminológicas, eventualmente §3º - Após a abertura do prontuário, o preso receberá
requisitadas, deverão ser realizadas pela Comissão instruções a serem cumpridas, sobre as normas do
Técnica de Classificação. estabelecimento, sendo cientificado dos direitos e
deveres prescritos no presente Regimento, e da
TÍTULO V possibilidade de acesso ao mesmo sempre que
DO INGRESSO, TRANSFERÊNCIA E SAÍDA DO PRESO desejar.
CAPITULO I
Do Ingresso §4 º - Em todas as dependências e acomodações das
unidades prisionais deverão afixar-se os direitos e
Art.30 - O ingresso do preso condenado deverá se dar deveres dos presos, permanecendo o presente
mediante apresentação da guia de recolhimento, regimento acessível a todos sempre que desejarem.
expedida pela autoridade judiciária competente,
observando-se o disposto nos arts.105 a 107 da Lei §5 º - Os analfabetos serão instruídos oralmente.
7.210/84 (Lei de Execuções Penais).
Art.34 - Os pertences trazidos com o preso cuja posse
Art.31 - O ingresso do preso provisório se dará através não for permitida serão inventariados e colocados em
da apresentação dos seguintes documentos: depósito apropriado no Setor de Segurança e
Disciplina da Unidade Prisional, mediante contra
I - guia de recolhimento expedida pela autoridade recibo, sendo entregues posteriormente aos seus
policial ou judiciária competente; familiares, ou a pessoa por ele indicada.
II - comprovação de que o mesmo foi submetido a §1º - Os objetos de valor e jóias serão recolhidos ao
exame de corpo de delito; Setor de Pecúlio, bem como importâncias em dinheiro
serão depositadas em conta corrente do pecúlio
III - comprovante de identificação do preso junto à disponível, com preenchimento dos respectivos
Delegacia de Capturas; recibos.
IV - Informação sobre os antecedentes criminais do Art.35 - O preso será submetido a exames clínicos pelo
preso, com cópia do auto de prisão em flagrante ou Serviço de Saúde, devendo ser examinado por médico,
do mandado de prisão judicial. que fornecerá atestado sobre as condições físicas
apresentadas quando de sua chegada, e relacionará a
necessidade de ingestão de medicamentos SEÇÃO II
eventualmente trazidos pelo preso, sob prescrição Por Ordem Técnico-Administrativa
médica, bem como de dieta diferenciada.
Art.42 - À Coordenadoria do Sistema Penal compete,
Art.36 - Quando da impossibilidade de cumprir todas em caráter excepcional, e devidamente justificada,
as exigências enumeradas nos dispositivos anteriores, determinar a transferência do preso, de uma a outra
na data da inclusão, as mesmas poderão ocorrer nos unidade prisional nas seguintes circunstâncias:
três dias úteis subsequentes.
I - por solicitação do diretor da unidade, conforme
Art.37 - O preso que adentrar pela primeira vez na indicação da Comissão Técnica de Classificação e
Unidade cumprirá um período inicial considerado de demais áreas de avaliação;
adaptação e observação, nunca superior a 60
(sessenta) dias, durante o qual será observado seu II- no caso de doença, que exija tratamento hospitalar
comportamento pela Comissão Técnica de do preso, quando a unidade prisional não dispuser de
Classificação. infra-estrutura adequada, devendo a solicitação ser
feita pela autoridade médica, ratificada pelo diretor
Art.38 - Nos (30) trinta primeiros dias do estágio de da unidade;
adaptação o preso não poderá receber visitas de
familiares e amigos, podendo somente receber seu III - por interesse da Administração, com vistas a
advogado ou Defensor Público. preservação da segurança e disciplina.
Art.39 - Durante o período de adaptação o preso será Parágrafo Único - A transferência de preso condenado
classificado quanto ao grau de periculosidade, ou provisório será, no prazo improrrogável de 24
comportamento e antecedentes. (vinte e quatro) horas, comunicada, respectivamente,
ao juízo das execuções penais ou ao juízo responsável
CAPÍTULO II pelo processo.
DA TRANSFERÊNCIA
SEÇÃO III
Art.40 - A transferência do preso de uma unidade A Requerimento Do Interessado
prisional para outra, dar-se-á, nas seguintes
condições: Art.43 - O preso, seus familiares ou seu procurador
poderão requerer sua transferência, ao diretor do
I - por ordem judicial; estabelecimento respectivo, para unidade prisional do
mesmo regime quando:
II - por ordem técnico-administrativa; e
I - conveniente, por ser na região de residência ou
III - a requerimento do interessado. domicílio da família, devidamente comprovado;
III - para tratamento psiquiátrico, desde que haja III- informações detalhadas das condições de saúde,
indicação médica; trabalho, instrução e conduta prisional;
b) leitura de livros, jornais, revistas e demais d) condições para que possa permanecer com seu
periódicos, editados no país, em língua portuguesa, filho pelo período mínimo de 120 dias após o
desde que não contenham incitamento à subversão nascimento, prorrogável por igual período, em local
da ordem ou preconceito de religião, raça ou classe adequado, mesmo que haja restrição de
social e não comprometam a moral e os bons amamentação;
costumes;
e) condições para que possa permanecer com seu
c) acesso a aparelho de rádio receptor individual; filho pelo período mínimo de 180 dias após o
nascimento, prorrogável por igual período, após
d) acesso coletivo a programa de televisão; avaliação médica e de assistente social, em local
adequado, quando estiver amamentando;
e) acesso a sessões cinematográficas, teatrais,
artísticas e sócio-culturais, de acordo a programação XVI - reabilitação das faltas disciplinares;
da Unidade respectiva.
XVII - Em caso de falecimento, doenças, acidentes
VII - acomodação em celas ou alojamentos coletivos graves ou transferência do preso para outro
ou individuais, dentro das exigências legais, havendo estabelecimento, o Diretor comunicará
trocas de roupas de uso pessoal, de cama, banho e imediatamente ao cônjuge ou, se for o caso, a parente
material de higiene, fornecidos pela Unidade Prisional próximo ou a pessoa previamente indicada;
ou outros setores devidamente autorizados;
XVIII - O preso será informado, imediatamente, do
VIII - solicitar à Diretoria mudança de cela ou pavilhão, falecimento ou de doença grave do cônjuge,
que poderá ser autorizada após avaliação dos motivos companheira, ascendente, descendente ou irmão,
e da capacidade estrutural da Unidade; podendo ser permitida a visita a estes, sob custódia;
IX - peticionar à Direção do Estabelecimento e demais XIX - Em caso de deslocamento do preso, por qualquer
autoridades; motivo, deve-se evitar sua exposição ao público, assim
como resguardá-lo de insultos e da curiosidade geral.
X - receber visitas do cônjuge, da companheira, de
parentes e amigos em dias determinados, podendo XX - igualdade de tratamento, exceto quanto à
ser suspenso ou restringido tal direito por ato individualização da pena.
motivado do Diretor da Unidade, no caso de
cometimento de falta grave; §1º Os direitos previstos neste Regimento não
excluem outros decorrentes dos princípios por ele
XI - proteção contra qualquer forma de adotados.
sensacionalismo;
§2º - Nos casos de prisão de natureza civil, o preso
XII - receber atestado anual de pena a cumprir; deverá permanecer em recinto separado dos demais,
aplicando-se, no que couber, as normas destinadas
XIII - assistência jurídica integral desde sua inserção no aos presos provisórios.
Sistema Penitenciário, prestada por advogado
constituído ou pela Defensoria Pública Estadual; CAPÍTULO II
DOS DEVERES DOS PRESOS
XIV - entrevista reservada com seu advogado
constituído ou Defensor Público, no parlatório, Art.51 - São deveres dos presos:
individualmente, nos dias úteis e no horário de
expediente da Unidade. I - respeito às autoridades constituídas, funcionários e
companheiros presos;
XV - à presa, em caso de gravidez, são asseguradas:
II - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da XVI - devolver ao setor competente, quando de sua
sentença; saída ou da eventual transferência, os objetos
fornecidos pela unidade e destinados ao uso próprio;
III - informar-se das normas a serem observadas na
Unidade Prisional, respeitando-as; XV - abster-se de desviar, para uso próprio ou de
terceiros, materiais dos diversos setores da Unidade
IV - acatar as determinações legais solicitadas por Prisional;
qualquer funcionário no desempenho de suas
funções; XVI - abster-se de negociar objetos de sua
propriedade, de terceiros ou do patrimônio do Estado.
V - manter comportamento adequado em todo o
decurso da execução da pena, progressiva ou não; XVII - abster-se da confecção e posse indevida de
instrumentos capazes de ofender a integridade física
VI - submeter-se à sanção disciplinar imposta; de outrem, bem como daqueles que possam
contribuir para ameaçar, ou obstruir a segurança das
VII - conduta oposta aos movimentos individuais e pessoas e da Unidade Prisional;
coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou a
disciplina; XIII - submeter-se às normas contidas neste
Regimento Geral, que disciplinam o atendimento nas
VIII - zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhe áreas de:
forem destinados, direta ou indiretamente;
a) saúde;
IX - ressarcir o Estado e terceiros pelos danos
materiais a que der causa, de forma culposa ou b) assistência jurídica;
dolosa;
c) psicológica;
X - zelar pelo asseio pessoal e assepsia da cela,
alojamento, corredores e sanitários; d) serviço social;
XXII - abster-se de utilizar quaisquer objetos, para fins III - Quando do ingresso de bens e valores através de
de decoração ou proteção de vigias, portas, janelas e familiares e afins, serão depositados no setor
paredes, que possam prejudicar o controle da competente, mediante inventário e contrarrecibo:
vigilância;
a) o saldo em dinheiro e os bens existentes serão
XXIV - abster-se de utilizar sua cela como cozinha; devolvidos no momento em que o preso seja
libertado;
XXV - submeter-se à requisição das autoridades
judiciais, policiais e administrativas; b) caso de transferência do preso, os valores e bens
serão encaminhados à unidade de destino.
XXVI - submeter-se à requisição dos profissionais de
qualquer área técnica para exames ou entrevistas; Art.53 - Em caso de falecimento do preso, os valores e
bens a estes pertencentes, devidamente
XXVII - submeter-se às condições estabelecidas para inventariados, serão entregues aos familiares,
uso de aparelho de rádio e/ou aparelho de TV; atendidas as disposições legais pertinentes.
XXIX - submeter-se às condições estabelecidas para as Art.54 - As recompensas têm em vista o bom
práticas desportivas e de lazer; comportamento reconhecido em favor do preso
sentenciado ou do preso provisório, de sua
XXX - submeter-se às condições impostas para colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao
quaisquer modalidades de transferências e remoção trabalho.
de ordem judicial, técnico-administrativa e a seu
requerimento; Art.55 - São recompensas:
IV - participar de atividades coletivas, além da escola e Art.65 - Os atos de indisciplina serão passíveis das
trabalho, em horário pré-estabelecido de acordo com seguintes penalidades:
a Unidade do Sistema e Direção;
I - advertência verbal;
V - participar em exposições de trabalho pintura e
outros, que digam respeito às suas atividades; II - repreensão;
Art.59 - O preso no regime semi-aberto, poderá ter VI - inclusão no regime disciplinar diferenciado,
outras regalias, a critério da direção da unidade mediante decisão fundamentada do juízo
visando sua reintegração social; competente.
Art.60 - As regalias poderão ser suspensas ou §1º - Advertência verbal é a punição de caráter
restringidas, por cometimento de falta disciplinar de educativo, aplicado às infrações de natureza leve, e se
qualquer natureza ou por ato motivado da direção da couber as de natureza média.
Unidade Prisional.
§2º - Repreensão é a sanção disciplinar na forma
TÍTULO VII escrita, revestida de maior rigor no aspecto educativo,
DA DISCIPLINA E DAS FALTAS DISCIPLINARES aplicável em casos de infração de natureza média,
CAPÍTULO I bem como os reincidentes de natureza leve.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.66 - As faltas leves e médias, aplicam-se às
Art.61 - No aspecto administrativo-disciplinar, este sanções previstas nos incisos I, II, III do artigo anterior.
Regimento aplica-se aos presos de ambos os sexos
recolhidos na mesma ou em Unidades Prisionais Art.67 - Às faltas graves, aplicam-se as sanções
diversas. previstas nos incisos IV a VI do artigo 65 deste
Regimento Geral, não podendo qualquer delas
Art.62 - Todos os presos da Unidade Prisional serão exceder a 30 (trinta) dias.
cientificados das normas disciplinares, no momento
de seu ingresso na mesma. §1º - O isolamento será sempre comunicado ao Juízo
da Execução.
Art.63 - As normas deste Regimento serão aplicadas
aos presos, quer dentro do estabelecimento prisional §2º - A autoridade administrativa poderá decretar o
e sua extensão, quer quando estiverem em trânsito ou isolamento preventivo do faltoso pelo prazo máximo
em execução de serviço externo. de 10 (dez) dias, no interesse da disciplina e da
averiguação do fato.
CAPÍTULO II
Da Disciplina §3º - O tempo de isolamento preventivo será
computado no período de cumprimento da sanção
Art.64 - A ordem e a disciplina serão mantidas com disciplinar.
firmeza, sem constrangimento, sem impor maiores
restrições que as necessárias para manter a segurança
Art.68 - Aplica-se o Regime Disciplina Diferenciado, na SEÇÃO I
hipótese de falta grave consistente na pratica de Das Faltas De Natureza Leve
crime doloso que ocasione subversão da ordem ou
disciplina interna, e tem as seguintes características: Art.72 - Considera-se falta disciplinar de natureza leve:
I - comunicar-se com o outro preso em regime de
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem isolamento celular ou entregar ao mesmo qualquer
prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave objeto sem autorização;
de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena
aplicada; II - manusear equipamento de trabalho sem
autorização ou sem conhecimento do encarregado,
II - recolhimento em cela individual; mesmo a pretexto de reparos ou limpeza;
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar os III - adentrar em cela ou alojamento alheio, sem
filhos menores de quatorze anos, com duração de autorização;
duas horas;
IV - desatenção em sala de aula ou no trabalho;
IV - o preso terá direito à saída da cela por duas horas
diárias para banho de sol. V - permutar, penhorar ou dar em garantia objetos de
sua propriedade a outro preso sem prévia
§1º - O regime disciplinar diferenciado também comunicação da direção da unidade respectiva;
poderá abrigar presos provisórios ou condenados que
apresentem alto risco para a ordem e a segurança do VI - utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de
Presídio ou da sociedade. forma diversa para a qual recebeu;
§2º - Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar VII - executar, sem autorização, o trabalho de outrem;
diferenciado o preso provisório ou condenado sob o
qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou VIII - responder por outrem as chamadas
participação, a qualquer título, em organizações regulamentares;
criminosas, quadrilha ou bando.
IX - ter posse de papéis, documentos, objetos ou
§3º - A inclusão de preso no regime disciplinar valores não cedidos e não autorizados pela Unidade
diferenciado, deverá ser requerida, após deliberação Prisional;
da comissão disciplinar, por meio de parecer
circunstanciado, pelo Diretor da Unidade ao Juízo X - descuidar da higiene pessoal;
competente, sendo imprescindível a decisão
fundamentada da autoridade judiciária para a XI - estar indevidamente trajado;
imposição de tal sanção.
XII - proceder de forma grosseira ou discutir com
Art.69 - A suspensão e restrição de regalias poderão outro preso;
ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, na prática
de faltas de qualquer natureza. XIII - usar material de serviço para finalidade diversa
da qual foi prevista;
Art.70 - Pune-se a tentativa com a penalidade
imediatamente mais leve do que aquela XIV - deixar de frequentar, sem justificativa, as aulas
correspondente à falta consumada. do curso em que esteja matriculado;
Art.71 - As faltas disciplinares segundo sua natureza XVI - portar ou manter na cela ou alojamento,
classificam-se em: material de jogos não permitidos;
XXVII - tocar instrumentos musicais fora dos locais e XV - fazer qualquer tipo de adaptação nas instalações
horários permitidos pela autoridade competente. elétricas ou hidráulicas da Unidade, sem a devida
autorização;
SEÇÃO II
Das Faltas De Natureza Média XVI - concorrer para que não seja dado cumprimento
a qualquer ordem legal, tarefa ou serviço, bem como,
Art.73 - Considera-se falta disciplinar de natureza concorrer para que seja retardada a sua execução;
média:
XVII - interferir na administração ou execução de
I - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos ou qualquer tarefa sem estar para isto autorizado;
causando embaraços à administração;
XVIII - simular doença para esquivar-se do
II - provocar direta ou indiretamente alarmes cumprimento de qualquer dever ou ordem legal
injustificados; recebida;
III - deixar, sem justo motivo, de responder às revistas XIX - introduzir, transportar, guardar, fabricar, possuir
ou reuniões em horários pré-estabelecidos, ou bebidas alcoólicas ou qualquer outra substância que
aquelas para as quais ocasionalmente for cause efeitos similares aos do álcool, ou mesmo
determinado; ingerir tais substâncias, ou concorrer,
inequivocamente, para que outrem o faça;
IV - atrasar-se o interno do regime aberto e semi-
aberto, para o pernoite; XX - introduzir, guardar ou possuir remédios, sem a
devida autorização da Direção da Unidade;
V - atrasar-se, sem justo motivo, o interno do regime
semi-aberto quando do seu retomo ao XXI - solicitar ou receber de qualquer pessoa,
Estabelecimento Penal no caso de saídas temporárias vantagem ilícita pecuniária ou em espécie;
autorizadas;
XXII - praticar atos de comércio de qualquer natureza,
VI - envolver, indevidamente, o nome de outrem para sem a devida autorização, com outros internos,
esquivar-se de responsabilidade; funcionários ou civis;
XXX - permitir o interno que seus visitantes, sem III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de
autorização de autoridade competente, ingressem nos ofender a integridade física de outrem;
alojamentos ou celas ou acessem local não permitido;
IV - provocar acidente de trabalho;
XXXI - comportar-se, quando em companhia de sua
esposa, companheira ou diante de outros visitantes, V - descumprir, no regime aberto, as condições
de forma desrespeitosa; impostas;
XXXIII - permanecer em alojamento diferente do seu, VII - não executar o trabalho, as tarefas ou as ordens
sem a devida autorização da Administração ou o recebidas;
consentimento de integrante do local;
VIII descumprir, injustificadamente, o condenado à
XXXIV - transitar indevidamente por locais não pena restritiva de direitos, a restrição imposta, ou
permitidos ou em desacordo com o respectivo estágio retardar o cumprimento;
em que se encontra;
IX introduzir, receber, vender, fornecer, ainda que
XXXV - comunicar-se, de qualquer forma, com gratuitamente, fazer uso, ter em depósito,
internos em regime de isolamento celular ou entregar transportar, trazer consigo, guardar ou emprestar
aos mesmos quaisquer objetos sem autorização da telefone celular ou aparelho de comunicação com o
administração; meio exterior, seus componentes ou acessórios;
XXXVI - promover barulho no interior do alojamento, §1 º - O disposto neste artigo aplica-se, no que
celas ou seus corredores, durante o repouso noturno, couber, ao preso provisório.
ou ainda, a qualquer hora, fazê-lo de forma a
perturbar a ordem reinante; SEÇÃO IV
Das Atenuantes e Das Agravantes
XXXVII - disseminar boato que possa perturbar a
ordem ou a disciplina, caso não chegue a constituir Art.75 - São circunstâncias atenuantes na aplicação
crime; das penalidades disciplinares:
Art.76 - São circunstâncias agravantes, na aplicação Art.79 - O conselho disciplinar realizará as diligencias
das referidas penalidades: indispensáveis à precisa elucidação do fato, inclusive
solicitação de perícia técnica, quando necessário, para
I - reincidência em falta disciplinar; formar seus elementos de convicção.
II - prática de falta disciplinar durante o prazo de Art.80 - Será propiciado ao detento submetido a
reabilitação de conduta por sanção anterior; julgamento pelo Conselho Disciplinar, o mais amplo
direito de defesa, seja por advogado constituído ou
SEÇÃO V por Defensor Publico do Estado lotado na Unidade
Das Medidas Cautelares Prisional respectiva.
Art.77 - O diretor da Unidade Prisional poderá §1º - Caso não possua advogado constituído ou não
determinar, por ato motivado, como medida cautelar, saiba declinar os dados necessários para a intimação
o isolamento do preso, por período não superior a 10 do mesmo, na data da audiência de instrução e
(dez) dias, quando: julgamento, o faltoso será assistido pelo Defensor
Publico do Estado lotado na Unidade Prisional
I) pesem contra o preso informações, devidamente respectiva.
comprovadas, de que estaria preste a cometer
infração disciplinar de natureza grave; §2º - Caso não haja Defensor Público do Estado lotado
na Unidade Prisional respectiva, deverá ser intimado
II) pesem contra o preso, informações devidamente para o ato o Defensor Público lotado na Vara de
comprovadas, de que estaria ameaçada sua Execuções Criminais com jurisdição sobre a referida
integridade física; Unidade.
III) a requerimento do preso, que expressará a Art.81 - Ao preso será dado conhecimento prévio da
necessidade de ser submetido a isolamento cautelar, acusação.
como medida de segurança pessoal.
Art.82 - O Conselho Disciplinar ouvirá, no mesmo ato,
Parágrafo Único - Em caso de necessidade, o prazo primeiramente o ofendido e testemunhas, se
estabelecido no caput deste artigo poderá, a pedido houverem, e por último o preso, de tudo lavrando-se
da direção da unidade respectiva, ser prorrogado por o termo respectivo.
igual período pela autoridade judiciária competente.
Art.83 - Concluídas as oitivas necessárias, ato
TÍTULO VIII contínuo, será facultado à Defesa, manifestação oral,
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR, DA SANÇÃO E DA que será tomada por termo, pelo tempo de 15
REABILITAÇÃO (quinze) minutos.
Art.88 - O preso poderá solicitar pessoalmente, ou Art.93 - A classificação do preso far-se-á pela
através de seu patrono, reconsideração do ato Comissão Técnica de Classificação, consoante o
punitivo, no prazo de 08 (oito) dias úteis, contados a rendimento apurado através do cumprimento da pena
partir da data em que a decisão lhe haja sido e mérito prisional.
comunicada, nas seguintes hipóteses:
Art.94 - A conduta disciplinar do preso em regime
I - quando não tiver sido unânime a decisão do fechado classificar-se-á em:
Conselho Disciplinar;
I - excelente, quando no prazo mínimo de 01 (um) ano
II - quando a decisão do Conselho Disciplinar tiver sido não tiver sido cometida infração disciplinar de
manifestamente contrária às provas existentes nos natureza grave ou média, ou não tiver reincidido na
autos respectivos; prática de infração disciplinar de natureza leve;
III - quando a sanção aplicada estiver em desacordo II - boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis) meses,
com a Lei. não tiver cometido infração disciplinar de natureza
grave ou média;
Parágrafo Único - o pedido será dirigido à autoridade
que aplicar a sanção disciplinar. III - regular, quando for cometida infração disciplinar
de natureza média nos últimos 30 (trinta) dias, ou
Art.89 - O pedido de reconsideração, uma vez grave, nos últimos 03 (três) meses;
apreciado pela autoridade competente, deverá ser
despachado no prazo de 08 (oito) dias de seu IV - má, quando for cometida infração disciplinar de
recebimento, dele não cabendo recurso. natureza grave ou reincidida falta de natureza média,
durante o período de reabilitação.
Art.90 - Após tornar-se definitivo o ato punitivo, o
Diretor da unidade prisional determinará as seguintes Art.95 - O preso em regime semi-aberto, terá a sua
providências: conduta disciplinar classificada em:
I - ciência ao preso envolvido e ao seu defensor; I - excelente, quando não tiver cometido infração
disciplinar de natureza grave ou média, ou não tiver
II - registro em ficha disciplinar; reincidido na prática de infração disciplinar de
natureza leve, pelo prazo de 06 (seis) meses;
III - encaminhamento de cópia da sindicância ao Juiz
das Execuções e Corregedor dos Presídios e ao II- boa, quando não tiver cometido infração disciplinar
Conselho Penitenciário do Estado do Ceará; de natureza grave ou média pelo prazo de 03 (três)
meses;
III- regular, quando cometer infração disciplinar de preso, para que possa retornar ao convívio social
natureza média ou reincidir na prática de infração satisfatoriamente.
disciplinar de natureza leve, nos últimos 30 (trinta)
dias; SEÇÃO I
Da Assistência Material
IV- má, quando cometer infração de natureza grave ou
reincidir em infração de natureza média, durante o Art.102 - A assistência material consistirá no
período de reabilitação. fornecimento de alimentação suficiente, balanceada,
vestuário e instalações higiênicas.
Art.96 - No caso do preso ser oriundo de outra
Unidade Prisional, poderá ser levada em consideração Parágrafo Único - A Coordenadoria do Sistema Penal
para a classificação de seu comportamento a conduta destinará, em cada uma de suas unidades prisionais,
mantida pelo mesmo no estabelecimento de origem. instalações e serviços adequados à sua natureza e
finalidade, para o atendimento da sua população de
Art.97 - O preso em regime fechado, terá os seguintes internos.
prazos para reabilitação da conduta, a partir do
cumprimento da sanção disciplinar: SEÇÃO II
Da Assistência à Saúde
I - de 01 (um) mês para as faltas de natureza leve;
Art.103 - A assistência à saúde será de caráter
II - de 03 (três) meses para falta de natureza média; preventivo e curativo, compreendendo o atendimento
médico, odontológico, psicológico, farmacêutico e
III - De 06 (seis) meses para falta de natureza grave. assistência social, obedecidas as diretrizes estipuladas
no Plano Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário,
Art.98 - O preso em regime semi-aberto terá os aprovado em data de xxxx pelo Conselho Estadual de
seguintes prazos para reabilitação da conduta, a partir Saúde, nos termos da Portaria Interministerial nº
da data do cumprimento da sanção disciplinar: 1.777 de 09/09/2003.
I - de 30 (trinta) dias para falta de natureza leve; §1º - É facultado ao preso contratar profissional
médico e odontológico de sua confiança e às suas
II- 60 (sessenta) dias para falta de natureza média; expensas, que prestará o atendimento em data e hora
a serem marcadas pela Unidade de Saúde do
Parágrafo único - a infração disciplinar de natureza Estabelecimento Prisional.
grave implicará na proposta, feita pelo diretor da
unidade ao juízo competente, de regressão do regime. Art.104 - Havendo necessidade de encaminhamento
do preso ao Sistema de Saúde Pública, a autorização
Art.99 - O preso em regime aberto terá os prazos para será expedida pelo Diretor do Estabelecimento, ou
reabilitação da conduta, de acordo com o previsto no seu representante legal, comunicando-se de imediato
artigo anterior. ao Juízo da Execução Penal.
Art.100 - O cometimento da falta disciplinar de Art.105 - Todas as Unidades Prisionais com mais de
qualquer natureza, durante o período de reabilitação 100 (cem) presos deverão obedecer à padronização
acarretará a imediata anulação do tempo de física, técnica e equipe profissional estabelecida para
reabilitação até então cumprido. atendimento de saúde nos termos do Plano Estadual
de Saúde no Sistema Penitenciário.
Parágrafo único - com a prática de nova falta
disciplinar, exigir-se-á novo tempo para reabilitação §1º - Nas demais Unidades, não sendo possível
que deverá ser somado ao tempo estabelecido para obedecer a mencionada padronização, as ações e
falta anterior. serviços de saúde serão realizadas por profissionais da
Secretaria de Saúde do Município onde se achem
TÍTULO IX localizadas, garantindo-se no interior da Unidade uma
DA ASSISTÊNCIA AO PRESO estrutura mínima para tal atendimento, contando com
CAPÍTULO I a presença permanente de um profissional de saúde.
Da Assistência
Art.106 - O preso terá asseguradas as medidas de
Art.101 - É dever do Estado dar ao preso assistência higiene e conservação da saúde, durante todo o
material, à saúde, jurídica, educacional, social e tempo de seu recolhimento, bem como constantes
religiosa, objetivando prevenir o crime e recuperar o palestras de esclarecimentos e prevenção.
Art.107 - Caberá à Chefia da Unidade de Saúde da IX - Realizar outras atividades dentro de sua área de
Instituição Prisional respectiva comunicar a (o) competência.
Diretor(a) sobre casos de moléstias contagiosas,
promovendo as medidas necessárias para evitar a SEÇÃO IV
disseminação e contágio, propondo as vacinações dos Da Assistência Educacional e
internos e dos funcionários quando julgar necessário. Qualificação Profissional
VIII - Integrar a equipe de Saúde nos termos do Plano Art.131 - Os materiais recebidos por via postal
Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário. deverão ser vistoriados em local apropriado, na
presença do preso, observadas as normas de estabelecimento, salvo em local determinado e com a
segurança e disciplina da unidade prisional. devida autorização.
Parágrafo Único - Ao Diretor Adjunto da Unidade Art.134 - O acesso à televisão pelo preso, qualquer
caberá a vistoria mencionada neste artigo. que seja o regime de cumprimento de pena, ocorrerá
sob duas modalidades:
CAPÍTULO II
Dos Meios de Comunicação I - 01 (um) aparelho coletivo de propriedade da
unidade prisional;
Art.132 - O preso terá acesso à leitura de jornais,
revistas, periódicos e outros meios de comunicação II - 01 (um) aparelho de uso particular em cada cela ou
adquiridos às expensas próprias ou por visitas, desde alojamento, mediante prévia autorização por escrito
que submetidos previamente a apreciação da direção da direção da unidade, comprovada a propriedade do
da unidade prisional, que avaliará a sua contribuição mesmo por documento idôneo.
ao processo educacional e ressocializador, bem como
a não infringência às normas de segurança. Art.135 - O aparelho de uso coletivo deverá ser
franqueado aos presos, através de programação
Art.133 - O uso do aparelho de rádio difusão poderá institucional previamente divulgada, nos seguintes
ser permitido, mediante autorização por escrito locais:
expedida pela Direção da Unidade Prisional,
observadas as peculiaridades de cada I - em sala de aula, para fins didáticos e sócio-
estabelecimento e comprovada a propriedade do culturais;
mesmo por documento idôneo.
II - em ambientes coletivos, em horários estabelecidos
§1º - É permitido ao interessado adquirir seu formalmente, sem prejuízo das atividades de trabalho,
aparelho, com recursos de pecúlio ou de seus escola, esportes e outras prioridades.
visitantes.
Parágrafo único - O controle do aparelho e da
§2º - O aparelho deverá ser de porte pequeno, a programação compete à área de segurança e
critério da unidade prisional, que deverá atentar para disciplina.
a facilitação de sua revista.
Art.136 - Não se permitirá mais de um aparelho de
§3º - O aparelho de rádio será registrado em livro televisão em cada cela, independente da quantidade
próprio, a cargo da Direção da Unidade, devendo de presos.
constar desse registro todos os dados que possibilitem
sua perfeita identificação e controle. Art.137 - O uso dos meios de comunicação permitidos
por este Regimento Geral poderá ser suspenso ou
§4º - O aparelho de rádio não identificado será restringido por ato devidamente motivado, ficando
apreendido pelos agentes da área de segurança e seu restabelecimento a critério da direção da unidade.
disciplina, que procederá às averiguações de sua
origem, sem prejuízo da sanção disciplinar. CAPÍTULO III
Das Visitas
§5º - O portador do rádio deverá utilizá-lo em sua
própria cela em volume compatível com a Art.138 - As visitas ao preso se classificam sob duas
tranquilidade dos demais presos, permitido o uso de categorias: as comuns e as conjugais (chamadas visitas
fone de ouvido. íntimas).
§8º - É proibida qualquer espécie de conserto de Art.140 - As visitas serão limitadas ao número de 02
aparelho de rádio nas dependências internas do (dois) visitantes por dia de visita, a fim de
proporcionar adequadas condições de revista, plantonistas da revista ou ao chefe de equipe que fará
preservando as condições de segurança na Unidade o encaminhamento ao preso.
Prisional.
Art.145 - As visitas comuns deverão ocorrer
§1º - Os cadastros de visita deverão ser renovados a preferencialmente, as quartas-feiras e/ou domingos
cada seis meses e acompanharão o preso em caso de das 09:00 horas às 17:00 horas, encerrando-se o
mudança de unidade. acesso ao interior da Unidade Prisional às 15:00 horas,
em período não superior a 08 (oito) horas, não
§2º - Em não havendo cônjuges, companheiras (os) ou devendo coincidir com o dia destinado às visitas
parentes habilitados para a visita, poderá o(a) preso(a) íntimas.
cadastrar até 02 (dois) amigos (as).
§1º - A critério da Coordenação do Sistema Penal ou
Art.141 - No registro deverá conter o nome, número da Direção da Unidade Prisional, poderá ser suspensa
da Carteira de Identidade, endereço e grau de ou reduzida a visita em caso de risco iminente à
parentesco ou relação com o preso, sendo obrigatório segurança e disciplina.
a apresentação de documento pessoal. A não
apresentação resulta no impedimento da entrada na §2º - Em caso excepcional, a administração poderá
Unidade Prisional. autorizar visita extraordinária, devendo fixar o tempo
de sua duração.
Art.142 - A entrada de menores nas unidades
prisionais só será permitida aos filhos do(a) preso(a), §3º - O preso recolhido ao pavilhão hospitalar ou
acompanhados pelo responsável legal e, na falta enfermaria e impossibilitado de se locomover, ou em
deste, por aquele que for designado para sua guarda e tratamento psiquiátrico, poderá receber visita no
responsabilidade, pela autoridade judicial próprio local, a critério da autoridade médica, que não
competente, devendo apresentar carteira de excederá ao tempo de 03 (três) horas.
identidade ou certidão de nascimento.
Art.146 - Antes e depois das visitas os presos poderão
§1º - A entrada do(a) companheiro(a) menor de idade ser submetidos à revista.
se dará mediante autorização do juízo das execuções,
salvo se já possuírem prole em comum, quando §1º - Os visitantes deverão ser revistados antes de
deverá ser apresentada certidão de nascimento do(s) adentrarem na unidade.
filho(s).
§2º - A revista será feita por Agente Penitenciário do
Art.143 - Não será permitida a visita a pessoa que: mesmo sexo, sendo vedados toque vaginal e retal,
bem como exames que atentem contra a dignidade do
I - não esteja autorizado pela direção; revistado.
II - não apresente documento de identificação; §3º - O Estado deverá utilizar-se de todos os recursos
tecnológicos possíveis, no sentido de minimizar os
III - apresentar sintomas de embriagues ou conduta constrangimentos que as revistas íntimas impõem
alterada que levem a presunção de consumo de àqueles que a elas são submetidos.
drogas e/ou entorpecentes;
§4º - A revista em menores realizar-se-á na presença
IV - estiver com gesso, curativos ou ataduras; dos pais ou responsáveis, observando-se o disposto
nos parágrafos anteriores;
V - chegar na Unidade Prisional no dia e hora, não
estabelecido para visita; Art.147 - Os valores e objetos considerados
inadequados, encontrados em poder do visitante,
VI - do sexo masculino que estiver trajando bermuda, serão guardados em local apropriado e restituídos ao
calção e/ou camiseta sem mangas; término da visita.
VII - do sexo feminino que estiverem trajando mini- Parágrafo Único Caso a posse constitua delito penal
saias, mini-blusas, roupas excessivamente curtas, deverão ser tomadas as providências legais cabíveis.
decotadas e transparentes;
Art.148 - As pessoas idosas, gestantes e deficientes
Art.144 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro meio de físicos, terão prioridade nos procedimentos adotados
comunicação escrita, deverão ser entregues aos para a realização da visita.
Art.149 - O visitante que estiver com maquiagem, Parágrafo Único - A orientação sexual do preso ou
peruca e outros complementos que possam dificultar presa deverá ser respeitada, não devendo haver
a sua identificação ou revista, poderá ser impedido de qualquer tipo de discriminação.
ter acesso à unidade prisional, como medida de
segurança. Art.155 - A visita íntima poderá ser suspensa ou
restringida pelo prazo de 30 (trinta) dias por falta
Art.150 - Roupas íntimas, agasalhos e material disciplinar média ou grave cometida pelo reeducando,
higiênico não oferecidos pelo Sistema Prisional, bem bem como por atos do(a) companheiro(a) que causar
como, bens de consumo, perecíveis ou não, problemas de ordem moral ou de risco para a
permitidos e trazidos pelos visitantes nos dias segurança ou disciplina.
regulamentares de visita, serão entregues no setor da
revista, para que seja realizado um minucioso exame Art.156 - Os serviços de Saúde e de Assistência Social
na presença do portador, após o que será permitida a do Sistema Prisional deverão planejar um programa
entrada no estabelecimento. preventivo para a população prisional, nos aspectos
sanitário e social, respectivamente, sendo assegurada
§1º - A Coordenadoria do Sistema Penal deverá a distribuição gratuita de preservativos ao preso,
formular anualmente relação dos bens de consumo, quando da realização da visita íntima.
perecíveis ou não, que poderão ser admitidos no
interior das unidades, da qual se dará ampla Parágrafo Único - O serviço de Saúde e a Comissão
publicidade; Técnica de Classificação de cada unidade prisional
desenvolverão os programas propostos.
§2º - As visitas não poderão ingressar nas unidades
prisionais levando qualquer pertence que não seja Art.157 - Ao preso será facultado receber para visita
autorizado pela administração, devendo ser vedados íntima cônjuge ou companheiro(a) ou pessoa
apenas aqueles que atentem contra a segurança e designada pelo mesmo, comprovadas as seguintes
disciplina do estabelecimento. condições:
Art.151 - As visitas comuns serão realizadas em local I - se cônjuge, comprovar-se-á com a competente
próprio, em condições dignas e que possibilitem a Certidão de Casamento;
vigilância pelo corpo de segurança.
II - se companheiro(a), comprovar-se-á com o Registro
Art.152 - O visitante, familiar ou não, poderá ter seu de Nascimento dos filhos em nome de ambos ou
ingresso suspenso pelo prazo de 60 (sessenta) dias, declaração de união estável assinada por duas
por decisão motivada da direção da unidade, quando: testemunhas, com firma reconhecida;
I - da visita resulte qualquer fato danoso à segurança e III - nos demais casos, mediante declaração expressa
disciplina da unidade, que envolva o visitante ou o do(a) preso(a), com a apresentação dos documentos
preso; exigidos para as visitas comuns, e avaliação do Serviço
Social.
II - houver aplicação de sanção disciplinar
suspendendo o direito a receber visita; §1º - o preso poderá receber a visita íntima de menor
de 18 (dezoito) anos, quando:
Parágrafo Único - O visitante, familiar ou não, terá seu
cadastro cancelado, em caráter definitivo, se praticar a) legalmente casados;
qualquer ato tipificado como crime doloso.
b) nos demais casos, mediante autorização do juízo
Art.153 - O preso que cometer falta disciplinar média das execuções, salvo se já possuírem prole em
ou grave poderá ter restringido ou suspenso o direito comum, quando deverá ser apresentada certidão
a visita por até 30 (trinta) dias. de nascimento do(s) filho(s);
Art.161 - A visita deverá submeter-se às normas de Art.166 - O trabalho do interno será remunerado de
segurança do estabelecimento. acordo com folha de pagamento previamente
aprovada pela Coordenação do Sistema Penal, não
TÍTULO XI podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo,
DO TRABALHO, DA REMIÇÃO E DO PECÚLIO conforme o artigo 29 da Lei de Execução Penal.
Art.162 - A unidade prisional manterá o trabalho do Art.167 - O Setor de Segurança e Disciplina informará
reeducando como dever social e condição de à Unidade de Produção e comercialização sobre
dignidade humana, com finalidade educativa, eventuais impedimentos da atividade do trabalho do
produtiva e reintegradora. preso trabalhador e seus motivos.
Parágrafo Único - Aplicam-se à organização e aos Parágrafo Único - no caso de saída do preso da
métodos de trabalho as precauções relativas à unidade prisional será comunicada imediatamente
segurança e à higiene. para a Unidade de Produção e Comercialização para
as providências cabíveis.
Art.163 - As modalidades de trabalho classificam-se
em interno e externo. CAPÍTULO I
Do Trabalho Interno
§1º - O trabalho interno tem caráter obrigatório,
respeitadas as aptidões e a capacidade do preso, Art.168 - O trabalho interno será desenvolvido através
observando-se: de qualquer atividade regulamentada, que tenha por
objetivo o aprendizado, a formação de hábitos sadios
a) Na atribuição do trabalho, poderão ser levadas em de trabalho, o espírito de cooperação e a socialização
consideração a habilitação, a condição pessoal e as do preso.
necessidades futuras do interno.
Art.169 - Considera-se trabalho interno aquele
b) Os maiores de 60 (sessenta) anos terão ocupação realizado nos limites do estabelecimento, destinado a
adequada à sua idade. atender às necessidades peculiares da unidade.
§2º - A jornada de trabalho não poderá ser inferior a Art.171 - Compete à unidade prisional propiciar
06 (seis) nem superior a 08 (oito) horas, com descanso condições de aprendizado aos presos sem experiência
aos domingos e feriados, salvo exceções legais. profissional na área solicitada.
Art.172 - Para a prestação do trabalho interno, dar-se- Art.178 - O produto da remuneração será depositado
á sempre preferência aos presos que tenha índice em conta bancária, em Banco Oficial, na seguinte
superior de aproveitamento e maior tempo de forma:
cumprimento de pena.
I - 70% para o pecúlio disponível, podendo ser
CAPÍTULO II movimentado para contribuição da família do preso,
Do Trabalho Externo desde que autorizado e assinado pelo mesmo através
de autorização por escrito, ou retirado juntamente
Art.173 - O trabalho externo, executado fora dos com o pecúlio reserva quando da progressão para o
limites do estabelecimento, será admissível aos presos regime aberto ou concessão do livramento
em regime fechado, obedecidas as condições legais. condicional;
Art.174 - O cometimento de falta disciplinar de II - 10% para o pecúlio reserva, que somente será
natureza grave implicará na revogação imediata da retirado pelo preso quando da progressão para o
autorização de trabalho externo, sem prejuízo da regime aberto ou concessão do livramento
sanção disciplinar correspondente, apurada através de condicional, a não ser que previamente justificado e
procedimento disciplinar. autorizado pelo juiz da Vara de Execução Penal;
III - Cumprir horário, em jornada estabelecida no Art.180 - Toda importância em dinheiro que for
respectivo contrato de trabalho; apreendida indevidamente com o reeducando e cuja
procedência não for esclarecida reverterá ao Estado.
IV - Retornar à unidade prisional quando de eventual
dispensa portando documento hábil do empregador; Parágrafo Único - Se a origem e propriedade forem
legítimas, a importância será depositada no pecúlio
V - Ter justificado ao empregador, mediante reserva do reeducando, sem prejuízo das sanções
documento hábil, a falta por motivo de saúde; disciplinares previstas.
Art.185 - Os funcionários da Unidade Prisional Art.191 - As disposições deste Regimento Geral serão
cuidarão para que sejam observados e respeitados os de aplicação imediata.
direitos e deveres dos detentos respondendo, nos
termos da legislação própria, pelos resultados Art.192 - Este Regimento entrará em vigor na data de
adversos a que derem causa, por ação ou omissão. sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
§1º - No exercício de suas funções, os funcionários *** *** ***
não deverão compactuar com os presos nem praticar
atos que possam atentar contra a segurança, ordem
ou disciplina, mantendo diálogo com os detentos
dentro dos limites funcionais;