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Lote Econômico de Compra:

Uma ferramenta para a eficiente gestão de aquisição de materiais


Érick Domingues de Oliveira – Faculdades Integradas de Itararé – erick.compras@bol.com.br
Cesario Michalski Filho – Faculdades Integradas de Itararé – cesariomichalski@hotmail.com

Resumo:
É essencial que o departamento de compras de uma organização efetue aquisições de maneira
eficiente, mas e quando as aquisições de materiais são efetuadas em proporções desorientadas? Este
artigo tem como objetivo apresentar ferramentas analíticas, para uma aquisição de materiais
economicamente assertiva. Para tal, se fez necessário o estudo e aplicação da ferramenta Lote
Econômico de Compra, que se destaca entre as muitas que o administrador tem para aplicar na gestão
de materiais. É considerada simples, porém de extrema importância, pois é capaz de mensurar todos
os custos envolvidos no processo de aquisição de produtos. Logo após, a método foi aplicado em 1
item de estoque, em uma empresa do Norte pioneiro do Paraná. Onde tivemos como resultado uma
redução no custo logístico total da instituição, através do Lote Econômico de Compra, confirmando
assim sua efetividade.
Palavras chave: Lote econômico de compra, Estoque, Custos.

Economic Lot Purchase:


A tool for the efficient management of acquisition of materials

Abstract
It is essential that the purchasing department of an organization make acquisitions effectively, but
what about when the purchases of materials are made under disoriented proportions? This article aims
to present analytical tools for an acquisition of economically assertive materials. To do this, it was
necessary the study and application of Economic Lot Purchase tool that stands out among the many
that the administrator has to apply to the materials management. It is considered simple, and able to
measure all the costs involved in the process of purchasing products. Soon after, the method was
applied to one item of stock in a northern pioneer of Paraná Company. This had resulted in a reduction
in total logistics costs of the institution through the purchase of Economic Lot, confirming its
effectiveness.
Keywords: Economic Lot purchase, Stock, Costs.

1 Introdução
O perfeito entendimento dos processos da empresa tem se tornado cada vez mais reconhecido
como vantagem competitiva por aquelas que realmente entendem seu planejamento
estratégico. Para se alcançar a eficácia, é muito importante que todos os departamentos
estejam operando em sinergia: Produção, Almoxarifado, Compras, Contabilidade, Fiscal,
Financeiro, dentro outros. Pois cada departamento tem sua imprescindível participação na
administração da organização como um todo.
Todos os processos da organização são importantes, porém, a cadeia de abastecimento
necessita-se de um pouco mais de atenção, pois são onde os custos são mais bem
evidenciados e impactam diretamente no produto. Nos dias de hoje nos deparamos com vários
exemplos de quantidades de materiais adquiridos mal programados, e que acabam interferindo
no processo produtivo e nos custos, por falta ou excesso de material.
Por isso, a proposta deste artigo, é analisar um produto da cadeia de suprimentos de uma
Indústria no Norte pioneiro do Paraná, tendo como objetivo suprir a necessidade de uma
aquisição de materiais mais eficaz e economicamente correta. Onde o mesmo corresponda ao
seu menor custo, sem deixar de atender todas as necessidades e possíveis desvios, o que
interferiria negativamente no processo produtivo. Uma vez que o grande desafio para o
administrador é saber qual quantidade comprar, obtendo menor custo de aquisição total.
2 Desenvolvimento
Ao longo do tempo, podemos perceber as mudanças que vem ocorrendo na forma das
organizações guiarem seus negócios. Os estoques também passaram a ser administrados de
acordo com a demanda, vistos como posições estratégicas e a gestão dos mesmos passaram a
ser fator principal para a competitividade empresarial.
O ato de comprar é tão antigo quanto a história do ser humano, contribuindo para a evolução
do homem que passou a adquirir apenas o que lhe interessasse. Em se tratando de
organizações, é perceptível a importância de se comprar de maneira eficiente, pois repercute
diretamente nos resultados da empresa.
As organizações precisam administrar vários tipos de materiais que são necessários para a
realização das suas atividades. Por isso a necessidade de técnicas para melhor administrar sua
cadeia de abastecimento.
Nesse sentido Graeml e Peinado (2007, p. 677) argumentam que “a administração dos
estoques desses materiais é uma função rotineira, com maior ou menor representatividade
dentre as tarefas realizadas, dependendo do tipo de organização em questão.”
O autor também cita que os tipos de materiais costumeiramente encontrados nas organizações
industriais são: matérias-primas, componentes, materiais em processo e produtos acabados ou
mercadorias.
3 Tipos de Estoques
Pode-se dizer de forma demasiada, que onde haja necessidade de materiais irá existir
estoques.
Graeml e Peinado (2007, p. 678) afirmam que os materiais formam naturalmente os estoques,
que precisam ser administrados de maneira correta pois muitas vezes representam um auto
valor de capital, podendo afetar negativamente o desempenho da empresa e também a sua
lucratividade. Segue abaixo a tabela 1, onde ilustram os 3 modelos de estoque.
ESTOQUES DE
ESTOQUES CÍCLICOS SEGURANÇA ESTOQUES SAZONAIS
Os estoques de segurança visam Estoques sazonais podem ser
Os estoques cíclicos existem
a proporcionar certo nível de necessários para atender a
somente, e tão somente, porque a
atendimento exigido, períodos de sazonalidade,
produção ou compra de material
neutralizando os riscos impostos tanto da demanda pelo
se dá em lotes, ou bateladas, que
pela possível flutuação do produto acabado como da
proporcionam economias.
suprimento ou da demanda, de oferta de matéria-prima. Em
Consideram que o suprimento e a
maneira que compense um muitas ocasiões, a demanda
demanda se manterão constantes
eventual atraso na produção, anual não ocorre de forma
e invariáveis ao longo do tempo.
entrega ou demanda. linear ao longo dos meses.

Gitman (2002, p. 713) confirma, e ainda ressalta “[...] o administrador financeiro atua como
“vigia” e consultor na questão dos estoques; não exerce controle direto, mas fornece diretrizes
para o processo de administração de estoques.”.
Dessa forma podemos definir que a função do administrador é controlar esses indicadores,
afim de uma melhor gestão de estoques.
4 Ferramentas para gestão de estoques
Atualmente a necessidade de uma gestão de estoques bem elaborada nas organizações se
tornou imprescindível, uma vez que mal feita, poderá afetar diretamente nos custos da
empresa.
Além disso, é através da gestão de estoques que as empresas poderão obter vantagem
competitiva sobre seus concorrentes e otimizar investimentos financeiros.
Os impactos que os estoques exercem sobre as atividades operacionais nas instituições e os
investimentos que neles são efetuados se tornam a confirmação de que se deve ter prioridade
quanto a sua administração.
Segundo Campos (2011, p. 130), “Para que a empresa consiga obter uma vantagem
competitiva desde a gestão interna, deve buscar essa vantagem competitiva por meio da
otimização dessas atividades e da coordenação entre elas.”.
Muitas organizações utilizam métodos intuitivos para a tomada de decisão se tratando de
estoques, gerando conflito interno entre os departamentos. Um exemplo clássico é o
departamento financeiro, que prefere que os estoques se mantenham sempre nos níveis
mínimos, com maior frequência de aquisições, já o departamento de vendas, preferem os
estoques altos para não correrem riscos de falta de materiais. O mais indicado seria que essas
empresas utilizassem métodos mais analíticos para embasar suas decisões, e
consequentemente gerar equilíbrio de bom-senso.
É necessário que o administrador separe o essencial do acessório em seus estoques, focando
no que realmente tem importância quanto a valor de consumo, dessa forma aplica-se a
separação Curva ABC. Mas independentemente de seu valor de consumo, caso venham a
faltar, poderão afetar sua produtividade, tornando onerosa a sua falta, por isso a importância
da aplicação da importância classificação operacional XYZ, juntamente com a Curva ABC.
Porém para este artigo será apresentado a Ferramenta Lote Econômico de Compra.
4.1 Curva ABC
A curva ABC é uma das ferramentas necessárias para organização e mensuração dos
estoques.
De acordo com Marco Aurelio P. Dias:
A curva ABC é um importante instrumento para o administrador; ela permite
identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua
administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a
sua importância relativa. (DIAS, 1993, p. 135)
A curva de experiência ABC, também conhecida como Análise de Pareto, ou Regra 80/20, é
um estudo que foi desenvolvido por Joseph Moses Juran, um importante consultor da área da
qualidade que identificou que 80% dos problemas são geralmente causados por 20% dos
fatores.
Segue abaixo explicação detalhada sobre a curva ABC:
Classe A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total;
Classe B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a 30% do
total;
Classe C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do total.
Bertaglia (2009) ressalta ser muito importante não confundir o conceito de classificação por
curva ABC com itens estratégicos, pois isso acarretaria danos ao fluxo de produção.
4.2 Classificação XYZ
A Classificação XYZ avalia o grau de criticidade dos materiais nos processos de produção
aonde são utilizadas.
Para alocar os materiais em suas respectivas classes, são necessárias algumas premissas:
 O material é imprescindível no processo?
 O material pertence a linha de produção?
 O material possui substituto similar?
Classificação X: Os itens quais se enquadram na classificação X, são considerados os de
menos importância ao processo produtivo. Uma vez sua falta não acarreta paralisações, nem
problemas de quaisquer proporções e possam ser substituídos por outro similar sem
dificuldade.
Classificação Y: Os itens quais se enquadram na classificação Y, são de média, ou
intermediária criticidade, ficam entre os itens críticos e os de baixa criticidade. Existem
materiais substitutos similares, porém sua importância é crucial para o processo.
Classificação Z: Os itens quais se enquadram na classificação Z, são os de extrema
criticidade, pois é imprescindível para o processo, não existe material substituto em tempo
hábil e sua falta provoca transtornos operacionais, como paralisações e riscos.
4.3 Lote econômico de compra
O lote econômico de compra é a mensuração da quantidade ideal para a aquisição de materiais
na reposição de estoque, de maneira que os custos para tal, como custos de estocagem e
pedidos de compra, sejam mínimos possíveis no período.
O renomado autor Gitman (2002, p. 717) diz que o lote econômico de compra é uma das
principais ferramentas e um dos mais sofisticados instrumentos para determinar a quantidade
exata de aquisição de um item de estoque. O autor também cita que o lote econômico de
compra “[...] leva em conta vários custos operacionais e financeiros envolvidos, com o fim de
determinar a quantidade do pedido que minimize os custos totais de estocagem”.
A intenção do LEC na visão de Bertaglia (2009, p. 348) é minimizar os custos logísticos
como um todo, buscando cada vez mais o equilíbrio nas vantagens e desvantagens de se
manter os estoques.
4.3.1 Lote de compra
O lote de compra é a quantidade de material adquirida e entregue em cada compra realizada.
Os autores Graeml e Peinado (2007, p. 684) dizem que quanto maior for o lote de compra, um
maior custo de estocagem terá, e um menor número de entregas será necessário, reduzindo
assim custos com pedidos de compra. Outra análise inversamente proporcional de lote de
compra se faz quando o lote de compra é menor, tornando os custos de estocagem mais
reduzidos, mas exigindo maiores lotes de entregas e produção, aumentando assim os seus
custos com pedidos de compra.
Conclui-se que a precisão para definir um lote de compra se torna indispensável em busca do
menor custo logístico total.
4.3.2 Estoque médio
O estoque médio tem como finalidade controlar a demanda de estoques do período.
Segundo Russo (2009) o estoque médio aumenta conforme o crescimento do lote de compra.
Os administradores Graeml e Peinado (2007) alegam que o estoque médio nada mais é que o
lote de compra do período dividido por dois. Conforme a figura 1 ilustrada abaixo:

Fonte Adaptada: GRAEML e PEINADO ( 2007)


Figura 1 – Estoque médio
Os períodos citados acima pelo autor podem ser diários, semanais, mensais ou até mesmo
anuais.
Dependerá da classificação do produto em si, qual sua necessidade e consumo.
4.3.3 Custos com pedidos de compra
Os custos com pedidos de compra são gerados por processos internos e administrativos.
Para Graeml e Peinado (2007, p. 683-684) e Gitman (2002, p. 717) os custos com pedidos são
aqueles custos envolvidos desde a emissão do pedido de compra até a o seu atendimento, não
excluindo a forma de negociação e a política de compra. São eles:
 Custo de Transporte;
 Custo de Setup;
 Custos Administrativos.
Dessa forma podemos observar que antes de se calcular os custos com pedidos deveram
identificar os indivíduos que compõe esse custo em nossa empresa.
4.3.4 – Calculo do Custo com pedidos
O calculo do custo com pedidos é influenciado pela quantidade de aquisições no período
analisado.
Graeml e Peinado (2007) e Gitman (2002, p.718) dizem que o cálculo para se mensurar o
custo com pedidos de compra, se dá através da multiplicação do custo unitário de um pedido
pela a quantidade de aquisições necessárias para suprir as necessidades de um determinado
período, geralmente um ano. O custo com pedido pode ser analisado segundo Figura 2.

Fonte Adaptada: GRAEML e PEINADO ( 2007)


Figura 2 – Cálculo do Custo com pedidos
Para calcular o custo com pedidos deve-se efetuar um levantamento de cargos e salários,
mensurando o tempo das atividades que compõem o processo de compra, desde a solicitação
do material até o momento de quitação do mesmo.
4.3.5 Custos de Estocagem
A estocagem de materiais se faz necessário, uma vez que as demandas são cada vez maiores e
a necessidade de rapidez nas entregas aumenta. Por isso a necessidade de acompanhamento
deste indicador de maneira severa.
Na visão de Gitman (2002, p. 717) os custos de estocagem ou custos com manutenção de
estoques, “[...] são custos variáveis unitários de manutenção de um item de estoque durante
um período determinado.”
Conforme Graeml e Peinado (2007, p.682) os custo de estocagem são compostos pelos
seguintes componentes:
a) Custo do capital investido;
b) Custo de movimentação-armazenagem;
c) Custo de seguro;
d) Custo do risco de deterioração ou obsolescência.
O custo de estocagem é o que se deve ter mais atenção, pois é também um dos mais difíceis
de mensurar.
4.3.6 Cálculo do Custo de Estocagem
O calculo do custo total de estoque serve para mensurar o custo financeiro total de se manter
determinado produto em estoque.
Segundo Graeml e Peinado( 2007, p. 685) Gitman (2002, p.718) o cálculo para se mensurar o
custo de estocagem é multiplicação do custo de oportunidade pela quantidade de material que
forma o estoque médio. A Figura 3 apresenta a forma de cálculo do custo de estocagem.
Fonte: GRAEML e PEINADO ( 2007)
Figura 3 – Custo de estocagem
Dessa maneira podemos dimensionar o quanto temos de dinheiro investido em estoque, e
administrá-los de modo que não gere custos desnecessários a organização.
4.3.7 Custo logístico total
O calculo do custo logístico total é mesurado através das junções dos custos com pedidos e de
estocagem, sempre em busca do menos custo logístico total.
Em relação ao custo logístico total Gitman (2002, p. 717) Graeml e Peinado (2007, p. 686)
alegam que o custo total do estoque é composto pela somatória dos custos com pedidos de
compra e custos de estocagem.
Gitman (2002, p. 717) diz também que sua importância se dá, pois tem como objetivo
determinar uma quantidade de pedido que o minimiza. Conforme Figura 4, abaixo ilustrada.

Fonte Adaptada: GRAEML e PEINADO ( 2007)


Figura 4 – Cálculo do Custo logístico total
É através do custo logístico total, que podemos acompanhar os custos de estocagem, com
pedidos, movimentações, dentre outros custos que interferem no gerenciamento da cadeia de
abastecimento, pois é aonde são agregados todos os custos logísticos para a tomada de
decisão.
4.3.8 Cálculo para o Lote econômico de compra
Para se calcular o lote econômico de compra é necessário algumas premissas. “O cálculo do
lote econômico de compra leva em consideração o trade off entre o custo de estocagem e o
custo com pedidos. Também assume que os pedidos são entregues de uma única vez, em um
só momento.” (GRAEML; PEINADO, 2007, p. 685). Assim, segue as premissas necessárias
para o cálculo do lote econômico de compra.
a) O custo do pedido é o mesmo para cada pedido, independentemente do tamanho do lote;
b) O custo unitário do material é o mesmo, independentemente do tamanho do lote;
c) Há apenas um único material ou produto envolvido;
d) A demanda no período é conhecida; constante e linear ao longo do período;
e) O lead time de entrega ou de produção não varia;
f) Cada pedido é atendido de uma só vez (entrega de todo o pedido em um único instante).
Em seguida Graeml e Peinado (2007, p. 688) dizem que “o lote econômico de compra pode
ser calculado matematicamente e corresponde à quantidade de material para a qual o custo de
estocagem é igual ao custo com pedidos, ou seja, do lote que representa a opção mais
econômica para a aquisição do material em questão.” A figura 5 ilustra o cálculo do lote
econômico de compra.

Fonte Adaptada: GRAEML e PEINADO ( 2007)


Figura 5 – Cálculo do Lote econômico de compra
O cálculo para se determinar a o lote economicamente correto de aquisição necessita que os
indicadores, a demanda e taxa de juros ou de oportunidade, seja referência do mesmo
período, para que não haja controversas no resultado.
A seguir estarei apresentando o estudo de caso, onde foram aplicadas todas as técnicas de lote
econômico de compra do artigo acima citado.
5 Estudo de Caso
O estudo de caso apresentado a seguir, mostrará a aplicação da ferramenta LEC na gestão da
cadeia de suprimentos, em uma Indútria do Norte-pioneiro do Paraná.
A realização do estudo de caso considerou o tipo de estoque como ciclicos, pois eles se
mantém constantes e invariaveis.
Primeiramente foi necessário mensurar o custo com pedido de compra. Para tal, foi realizado
um levantamento de cargos e salários, de todos os envolvidos no processo de aquisição de
materiais, e o tempo para cada atividade executada. Segue levantamento de dados:
Após o levantamento de cargos e salários, e atividades desenvolvidas, chegamos a um custo
adminstrativo de R$46,83. Outro fator que agregou o custo de pedido foi o valor do frete, que
neste caso foi de R91,66. Somando-se os dois custos: administrativo e frete, tivemos um custo
total com pedido de R$138,49.
O produto escolhido para o estudo, foi a fita dupla face 50mm x 30m, como mostra o quadro
abaixo. O item é utilizado para fixar o papel nos tubetes e para emendas quando houver.

A demanda anual para analise do item é de 10.750 rolos, e seu preço unitário atual é de
R$7,39.
Já a taxa de custo do estoque utilizado para o estudo de caso foi o de custo de oportunidade,
considerado 2,4% a.m., um total de custos efetivos de 32,9% a.a.
No quadro a seguir mostraremos o atual o lote de compra para esse item, que é de 512 rolos,
sendo necessário 21 aquisições no ano. O custo de estocagem anual para a fita dupla face
atualmente é de R$622,79, por outro lado seu custo com pedidos são expressivos, o
equivalente a R$2.907,82 gerando um custo logístico total de R$3.530,61 anual.
Após a aplicação da ferramenta Lote Econômico de Compra, observamos: O lote de compra
dos itens e a frequencia de compras alterou-se para a seguinte forma:

 Fita dupla face 50mm x 30m – de 512 rolos - 21 aquisições anuais para 1106 rolos - 10
aquisições anuais.
Essas alterações resultaram em um custo anual de estocagem maior do que do atual lote de
compra, que era de 622,79 passando para R$1.345,72. Da mesma maneira, mas inversamente
proporcional o ideal lote de compra resultou em um declínio nos custos com pedidos de
53,72% em relação ao atual custo, totalizando R$1.345,72 e equiparando-se aos custos de
estocagem, gerando um custo logístico total de R$2.691,45.
A diferença entre o atual lote de compra para o ideal, resultou em uma redução de custos
anuais de R$839,17 o equivalente a uma economia de 23,77%a.a.
Lembrando que o estudo de caso foi realizado sobre apenas 1 item, dos mais de 7000, cuja o
qual a empresa dispoe.
6 Conclusão
Após o estudo de caso podemos obervar que o Lote Econômico de Compra é uma das
principais ferramentas dentro da cadeia de abastecimento, pois é o método análitico onde a
empresa poderá melhor adminstrar suas compras. E atraves desse artigo, pudemos obervar
também que as aquisições eram feitas com frequencia, e em quantidades incorretas, de
maneira intuitiva. Após a aplicação do LEC, os custos e as compras com frequencia
otimizaram-se de maneira significativa.
Para os calculos no artigo citados foi necessário também levar em consideração todos os
elementos envolvidos no processo de aquisição e produção, custos e atividades envolvidas
diretas e indiretamente. A mesma ferramenta, equiparou os custos de estocagem e de pedidos,
chegando ao seu menor custo de aquisição.
Com isso a indústria conseguirá dimensionar melhor suas compras e seus estoques, e
consequentemente otimiza-las sem interferir na produção, com falta de material ou exscesso
dele.
Dessa forma a aplicação de compras por lotes acarretará o entendimento de se adquir em
quantidades corretas para que se possa produzir com eficiencia e de forma economica. Sendo
assim, foi atingido o objetivo do artigo, que era encontrar o lote de compra economicamente
correto, ou seja, a quantidade cuja corresponde ao menor custo logístico total, para a aquisição
da fita dupla face 50mm X 30m.
7 Referências
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2ª Edição Ver. e Atual.
São Paulo: Saraiva, 2009.
CAMPOS, Luiz Fernando Rodrigues. Supply Chain: uma visão gerencial. Curitiba: Ibpex, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Materiais (Uma Abordagem Introdutória). 3ª Edição. Rio de
Janeiro: Ed. Elsevier, 2005.
DIAS, MARCO AURÉLIO P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas,
1993.
GRAEML, Alexandre R.& PEINADO, Jurandir. Administração da Produção(Operações Industriais e de
Serviços). Curitiba: UnicenP, 2007.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração de Financeira. 7ª Edição. São Paulo: Editora Harbra,
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ADMPG.COM.BR O impacto do processo interno face ao gerenciamento estratégico do lead time dentro
do processo de compras. Disponível em: <file:///C:/Users/Ericko/Downloads/01340369832.pdf> Acesso em:
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