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– Não sei de onde vieste, mas devo informar-te de que tudo isto que
vês é meu. Foi o Mar que criou este sítio e eu sou filho do Mar!
Foi então que, de longe, se fez ouvir uma voz agreste e rude:
– Não dês o que não é teu, Pescador! Esta terra é minha, foi a
montanha que a criou! Eu sou o filho da Serra e tudo o que vês me
pertence!
– Deixa-o falar, Sereia! Que pode ele e a sua Serra contra o poder
de meu pai, contra a força e fúria das ondas!...
– Ah, ah, ah! – riu o serrano – Tenta tu subir à Serra! Que poderão
as tuas ondas contra a robustez que herdei da minha mãe. Mais
poderoso sou eu, que quando quiser, posso criar montanhas dentro do
Mar!
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o centro da atenção dos dois, ao ver a violência que crescia dentro deles
disse-lhes:
Enfurecida por ser rejeitada, a Serra fez rolar enormes rochedos até
ao Mar, rodeando a Sereia: se esta não subia à Serra, descia a Serra ao
Mar.