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Autor: Aretusa Alves Diniz

Hudson Da Silva

Obra: LEI DA PALMADA: Intervenção na privacidade do lar

Thainara Romualdo Barbosa

O tema do trabalho é o projeto de lei n o 2654/2003, o assunto tem sido bastante


discutido entre pais, juristas, psicólogos, alguns contras outros a favor. A importância
deste assunto esta na evolução histórica e cultural incorporada na cultura brasileira.

Possivelmente, a maioria da população seja contra esse projeto, não porque


defenda a violência contra criança mas porque considera uma interferência indevida
na educação dos filhos,e a minoria a favor tem a dificuldade de traçar limites entre
um castigo moderado e um castigo imoderado o que tem proporcionado abusos.

O trabalho apresenta conceitos de violência, faz alusão ao Código,Civil e Estatuto da


Criança e do Adolescente, trás a utilidade, a necessidade e a constitucionalidade do
projeto de lei.

Objetivos do projeto de lei

O presente trabalho analisa o projeto de lei, que teve origem em uma petição que
defende uma pedagogia não violenta que propõe-se defender palmadas,ou qualquer
outro tipo de violência contra a criança e o adolescente.

É um tema bastante polemico, discutido por pais, e outros profissionais, com


diversas opiniões contra e favor.

O projeto acrescenta artigos ao estatuto da criança e do adolescente (Lei 8.069/90)


– a saber:

Art. 18A –
A criança e o adolescente têm direito a não serem submetidos a qualquer forma de
punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a
alegação de quaisquer propósitos, no lar, na escola, em instituição de atendimento
público ou privado ou em locais públicos.
Parágrafo único –
Para efeito deste artigo será conferida especial proteção à situação de
vulnerabilidade à violência que a criança e o adolescente possam sofrer em
consequência, entre outras, de sua raça, etnia, gênero ou situação sócio-
econômica.
Art. 18B –
Verificada a hipótese de punição corporal em face de criança ou adolescente, sob a
alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos, os pais, professores ou
responsáveis ficarão sujeitos às medidas previstas no artigo 129, incisos I, III, IV e VI
desta lei, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Art. 18 D –
Cabe ao Estado, com a participação da sociedade:
I. Estimular ações educativas continuadas destinadas a conscientizar
o público sobre a ilicitude do uso da violência contra criança e adolescente, ainda
que sob a alegação de propósitos pedagógicos;
II. Divulgar instrumentos nacionais e internacionais de proteção dos direitos da
criança e do adolescente;
III. Promover reformas curriculares, com vistas a introduzir disciplinas voltadas à
proteção dos direitos da criança e do adolescente, nos termos dos artigos 27 e 35,
da Lei 9394, de 20/12/1996 e do artigo 1º da Lei 5692, de 11/08/1971, ou a introduzir
no currículo do ensino básico e médio um tema transversal referente aos direitos da
criança, nos moldes dos Parâmetros Curriculares nacionais.

E modificando ainda o inciso VII artigo 1634 do Código Civil, que versa sobre o
exercício do poder familiar, eliminando a possibilidade do uso da forma “moderada”
de força física na educação infanto-juvenil, já que a “imoderada”, indiscutível, é de
extremo contrária aos mais basilares princípios constitucionais existentes, em
especial ao da Dignidade da Pessoa Humana.

Art. 1634
– Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
VII. Exigir, sem o uso de força física, moderada ou imoderada, que lhes prestem
obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
Presentemente a lei 8.069 que estabelece o ECA, pune maus- tratos a crianças e
adolescente.

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-
os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.

Violência
Pode-se definir como violência qualquer atitude ou ação que cause algum prejuízo
físico ou moral à uma pessoa ou ser vivo, ações que prejudicam o bem estar social
ou individual.
Entre as varia formas de violência existe a domestica, podendo ser tanto moral
quanto física.
a violência moral atinge o auto estima, este tipo de violência tem o poder de destruir,
atrapalhar o desenvolvimento da criança. a violência moral é perversa pois acaba
afetando a maneira de pensar e de agir danificando valores que ja foram ou estão
sendo moldados e construídos.
A violência física se manifesta através de socos,tapas,chutes,beliscões entre outros.
Busca sua manifestação na agressão material contra o outro.

Violência Domestica
Existem quatro formas mais comum de violência doméstica,a física,psicológica,
negligência e sexual.
A física acontece quando alguém por meio de força física causa ou tenta causa
alguma lesão internas externas, ou ambas.
A violência psicológica ocorre quando causa dando a auto estima, ou no
desenvolvimento da criança.
A negligencia é a falta de irresponsabilidade dos membros da família em relação ao
outro.
A violência sexual ocorre quando outra pessoa, obriga a outra, a ter relações
sexuais, seja por força física ou por meios de influencia psicológica.
Aquele que comete violência domestica contra crianças e adolescente, tem que ser
punidos pois esta violando o que diz o estatuto da criança e adolescente -ECA, e
também o próprio código penal.
Utilidade Da Lei Da Palmada
A utilidade da lei da palmada seria apenas para detalhar as proibições já previstas
em outras legislações, pois há aqueles que abusam do direito de educar os filhos.
Para alguns pais da uma palmada para corrigir, colocar para fazer serviços de casa,
são praticas simples de uma boa educação.Outros já pensam o contrario.

Necessidade Da Lei Da Palmada


Criada para punir aqueles pais que abusam do direito de corrigir a criança e o
adolescente, usando tipos de violência inaceitáveis. Contudo, tem que haver mais
fiscalização para aqueles pais ou responsáveis que usarem castigos físicos sejam
punidos, em situações mais graves, por exemplo em casos em que a criança é
encaminhada para o hospital com lesões.

É cultural dar palmadas


Corrigir uma criança por algo de errado que ela fez,é uma pratica que vem de anos.
Podemos encontrar na bíblia no livro de provérbios 23:13-14 onde diz que: Não evite
disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a,
você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura.

Sendo assim, é cultural corrigir a criança aplicando uma palmada, isso faz com que
ela mude sua atitude e passe a fazer correto.

Alguns defendem que corrigir uma criança através de uma palmada, pode torna-la
mais violenta no futuro.

O que jamais pode ser confundido é aquele pai que corrige seu filho com uma
palmada com a intenção de que ele passe a fazer correto, com aquele que, em
momentos de raiva, espanque a criança, deixando-a com lesões.

Portanto,a polêmica é grande pois a palmada esta inserida na cultura brasileira,


como um sinal de autoridade, de respeito.

Exclusão de Ilicitude
A jurisprudência admitiu certa margem de violência empregada pelos pais. Para a
caracterização do crime, não basta apenas o uso de meios de correção, e
necessário que tenho fatos entre eles que seriam capazes de expor a vida da vítima.

Inconstitucionalidade
A lei poderá ser inconstitucional dependendo de como for interpretada, pois afronta
um direito constitucional dos pais de educar seus filhos. É o direito de corrigir. Não é
qualquer tapinha que vai afrontar contra a integridade física da criança ou
adolescente. Às vezes uma repreensão mais rígida,é necessário. Mas é claro que é
preciso vedar o castigo corporal mesmo que implique em dor, lesão, humilhação.
Agora se der uma interpretação de forma tranquila e de bom senso a lei será bem
vinda. Agora se interpretar de uma forma literal, rigorosa, ela será inconstitucional
porque irá tirar dos pais ou responsável legal o direito de corrigir.

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