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A SAÚDE NO ESTADO

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24 de outubro de 2018 (Quarta-Feira)


Pacientes do Ophir Loyola denunciam que estão há um mês sem quimioterapia Problema é causado pela falta de dois
medicamentos para tratamento de cânceres colorretais
ORM / Notícias / Saúde
Eunice Pinto / Arquivo Liberal

Por: Redação Integrada ORM 24 de Outubro de 2018 às 07:05 Atualizado em 24 de Outubro de 2018 às 07:07
Alguns pacientes do Hospital Ophir Loyola estão há quase um mês sem poder se submeter a sessões de quimioterapia. O motivo seria a
falta de dois medicamentos: 5FU e Leucovorin. Ambos são combinados para tratamento de cânceres colorretais. Ao menos oito pessoas
estão desassistidas. A denúncia será formalizada por familiares dos pacientes ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). Esta,
porém, não é a primeira vez no ano que o hospital passa pela deficiência de medicamentos para tratamento de cânceres e o governo é
questionado pelo MPPA.

A nova denúncia de falta de quimioterápicos foi feita por Suzane Moura Gomes. O paciente é o cunhado dela, que faz parte de um grupo
de oito pessoas em tratamento de cânceres colorretais. Segundo ela, sempre que se dirige à direção do HOL Ophir Loyola para cobrar
medidas tem como resposta o descaso dos servidores. Já se passou um mês que o tratamento do cunhado está suspenso. Por isso a
família está reunindo toda a documentação necessária para acionar o MPPA. Contudo, a preocupação pelo tempo decorrido sem
tratamento só aumenta. Quando buscou informações, na tarde de segunda, a resposta foi de que não havia previsão para reposição dos
quimioterápicos.

"Meu cunhado tem câncer de intestino. O diagnóstico veio muito tarde e operação também. Estamos preocupados porque ele mora em
Igarapé-Miri. Estamos esperando ele chegar para fazer a denúncia ao MPPA. Temos de fazer. Procuramos uma clínica para que ele fizesse
as sessões de forma particular, mas o preço é muito alto: mais de R$ 1,5 mil. E o mesmo problema está ocorrendo com outros sete
pacientes. Fico imaginando se não está ocorrendo o mesmo com pessoas que têm outros tipos de câncer", disse Suzane.

Não é a primeira vez que pacientes reclamam. Em julho deste ano, uma matéria publicada no Portal ORM mostrou que pacientes que
faziam uso de Taxol e Sutent, recomendados para o tratamento de câncer no ovário e tumor gastrointestinal, respectivamente, já haviam
procurado o MPPA, que solicitou esclarecimentos à Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa). O órgão estadual alegou, à época, que
os medicamentos não estavam sendo repassados pelo Ministério da Saúde.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que "o financiamento de medicamentos oncológicos não se dá por
meio dos Componentes da Assistência Farmacêutica. O Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde não
disponibilizam diretamente medicamentos contra o câncer. O fornecimento destes ocorre por meio da sua inclusão nos procedimentos
quimioterápicos registrados no subsistema APAC-SIA (Autorização de Procedimento de Alta Complexidade do Sistema de Informação
Ambulatorial) do SUS, devendo ser oferecidos pelos hospitais credenciados no SUS e habilitados em Oncologia, sendo ressarcidos pelo
Ministério da Saúde conforme o código do procedimento registrado na APAC. A respectiva Secretaria de Saúde gestora é quem repassa o
recurso recebido do Ministério da Saúde para o hospital, conforme o código do procedimento informado".

Ainda segundo a nota a "tabela de procedimentos do SUS não refere medicamentos oncológicos, mas, situações tumorais específicas, que
orientam a codificação desses procedimentos, que são descritos independentemente de qual esquema terapêutico seja adotado. Os
estabelecimentos habilitados em Oncologia pelo SUS são os responsáveis pelo fornecimento dos medicamentos necessários ao
tratamento do câncer que, livremente, padronizam, adquirem e prescrevem, devendo observar protocolos e diretrizes terapêuticas do
Ministério da Saúde, quando existentes".

O Hospital Ophir Loyola foi procurado para esclarecer a situação. No entanto, nenhuma resposta foi dada à reportagem.
Em tratamento contra o câncer, enfermeira precisa de doação de sangue com urgência
Terça-Feira, 23/10/2018, 12:42:52 - Atualizado em 23/10/2018, 14:17:03 Ver 2 comentário(s)
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Em tratamento contra o câncer, enfermeira precisa de doação de sangue com urgência (Foto: Reprodução) Denise Araújo está em
tratamento contra um câncer no sistema linfático e precisa de doação de sangue do tipo O negativo. (Foto: Reprodução)
Todos nós já ouvimos falar que doar sangue é um ato de solidariedade, uma ação que pode salvar vidas. Denise José Bittencourt de Aguiar
de Araújo, de 54 anos, é uma das milhares de pessoas que contam com a soliedariedade de outras. Uma campanha realizada por amigos
e familiares, tem circulado pelas redes sociais e faz um apelo aos internautas para que ajudem a paciente, através da doação de sangue
de tipo raro O negativo.

A enfermeira, mãe de dois filhos, Izabelle Araújo e Juscelio Araújo, iniciou sua luta contra o câncer em março do ano passado, após
descobrir um nódulo no pescoço. Após uma biopsia, chegou-se a conclusão que se tratava de um câncer no sistema linfático.

O tumor foi descoberto em seu estágio inicial e a paciente foi submetida à sessões de quimioterapia, que fizeram efeito por um
determinado tempo. No início deste ano, Denise teve algumas recaídas, e a mesma precisou ir para São Paulo tentar fazer um transplante
com a sua própria medula, porém, como estava debilitada por conta do tratamento, o procedimento não pôde ser realizado.

Com o estágio da doença avançando, a necessidade as transfusões de sangue periódicas aumentou. A cada dois dias, a paciente precisa
de novas bolsas de sangue, assim como de plaquetas. É importante ressaltar que a doação de plaquetas pode ser realizada a cada 15
dias, dependendo do estado de saúde do doador.

"Minha mãe trabalhou a vida toda cuidando de pessoas, ela é enfermeira, então, a gente precisa que essa corrente de solidariedade se
transforme em ação e que isso não beneficie apenas ela. Ontem ela precisou de bolsa e não tinha mais. Pedimos que as pessoas nos
ajudem e ajudem outras famílias que também estão precisando, assim como nós", ressaltou Izabelle Araújo, filha da paciente.

COMO DOAR

As doações estão sendo recebidas no Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Belém (Ihebe), localizado na Travessa Mauriti, 3164, no
horário das 07h30 às 17h. Ao chegar no local, o doador deve informar o nome da paciente a quem o sangue será destinado.

QUEM PODE DOAR

A princípio, qualquer pessoa pode doar, basta levar um documento oficial com foto e órgão expedidor (RG ou documento oficial
equivalente) e se apresentar em um de nossos postos de coleta.
Confira o passo-a-passo do doador:
Passo 1: Veja se está dentro dos requisitos básicos.
• Se você tiver entre 16 e 18 anos incompletos, a doação só poderá ser realizada mediante consentimento dos pais ou responsáveis legais.
É possível ainda que o Hemocentro solicite a presença dos pais para a doação.
• Ter até 69 anos, 11 meses e 29 dias de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita antes dos 60 anos;
• Ter peso igual ou superior a 50 kg;
• Estar alimentado, mas evite alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação. Caso seja após o almoço, aguardar duas
horas;
• Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas.
Passo 2: Verifique os impedimentos temporários.
• Estar bem de saúde. Ou seja, se estiver gripado, resfriado, com febre, espere 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;
• Período gestacional;
• Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
• Amamentação;
• Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
• Tatuagem e/ou piercing apenas após 12 meses da aplicação (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
• Não ter feito exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos seis meses;
• Comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.
Passo 3: Confira se não está dentro dos critérios definitivos de impedimento.
• Hepatite após os 10 anos de idade;
• Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças
associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
• Uso de drogas ilícitas injetáveis;
• Malária.
Passo 4: Encontre o local de doação mais perto de você.
Passo 5: Contribua para a rede de solidariedade e convide 2 amigos para curtir a Fan Page Doe Sangue e te acompanhar na doação.
Passo 6: Não quebre o ciclo de solidariedade!
Se você for homem, aguarde 60 dias e seja solidário novamente! Se você for mulher, aguarde 90 dias para doar sangue outra vez. Só não
vale exceder o limite de quatro doações em um período de 365 dias para homens e de três doações para mulheres.
A sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante para evitar a transmissão de doenças aos
pacientes.
No período da janela imunológica, em que ocorre a contaminação da pessoa por um determinado agente infeccioso, os exames são
negativos, mas mesmo assim o sangue doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem.
(DOL)

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