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Resumo
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Pedagogo/UFC, Especialista em Gestão Escolar/UECE e Mídias da Educação/UFC e Mestre em Educação/UECE. Professor
Assistente da Universidade Estadual de Goiás - UEG / ericoricard@gmail.com.
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Pedagoga/UECE, Especialista em Psicopedagogia/UECE, Mestre e, Educação Brasileira/ UFC. Professora da Prefeitura de
Crixás-Go / kildzip1@yahoo.com.br.
relativamente mais durável. Por outro lado, a estrutura tem caráter determinante e o
funcionamento é por ela determinado.
Em vias de defini-los, pode-se utilizar a analogia cunhada por
Saviani(1996) ao relacionar tais termos aos conhecimentos do corpo humano. Nesta
concepção, estrutura se assemelharia a anatomia e funcionamento à fisiologia. A
estrutura estaria relacionada às caraterísticas básicas de cada órgão, enquanto o
funcionamento, o modo pelo qual realiza suas funções, obviamente.
A política é um termo amplo e há neles significados polissêmicos e
diversos. Tendo surgido na Grécia Antiga com a significação das discussões acerca
da polis – cidade-estado grega. Neste contexto, a política educacional pode ser
entendida, de forma simplória, pelo conjunto de ações e intenções no campo da
educação ou para este campo, emanadas do Estado.
Ao considerar a educação básica como panorama, faz-se necessário
historiar brevemente a educação básica e a importância dada e ela nos meandros
da política educacional. Nesta direção, em uma pesquisa rápida nos livros de
história da educação, pode-se constatar que a educação básica, de uma forma
geral, não obteve importância antes do Século XX. Segundo Vieira e
Albuquerque(2002) tal seleção não se deu por acaso, mas pelo caráter elitista do
ensino e principalmente pela preponderância dos aspectos econômicos sobre os
sociais, no sentido de preparar mão-de-obra para a industrialização crescente.
Registros legais nos confirmam esta prioridade no Ato adicional de 1834
ao delegar o ensino fundamental para as províncias. A predileção pelo ensino
superior a cargo da Coroa se confirma, renegando a educação básica à
precariedade técnico-científica e financeira das províncias.
Vieira e Albuquerque(2002) afirmam que as políticas educacionais
permanecem por priorizar o ensino médio citando inclusive a Reforma Francisco
Campos que priorizava a formação de mão-de-obra (profissionalizante e secundário)
nos anos 30 e a Reforma Capanema, o ensino médio nos anos 40. Esta segunda
reforma revela-se na contramão da Constituição de 1934 que afirmava a educação
como direito e responsabilidade do Estado e reforçava a clara distinção entre ensino
secundário e profissionalizante.
A década de 1960 fica marcada pelo florescimento de movimentos
populares em prol da educação. Dois destes movimentos que podem ser citados são
o MCP – Movimento de Cultura Populare CPC – Centros de Cultura Popular. É
neste contexto que é aprovada a primeira LDB. Esta primeira lei que estrutura a
educação básica, restringe a obrigatoriedade à escola primária e organiza a
estrutura do ensino da seguinte forma:
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Minimalista se refere à tendência ou conduta de valorização ou aceitação do mínimo.
utilizou nem os 30%, já que utilizava apenas o recurso do salário-educação,
indevidamente, para cumprir sua parte no fundo.
Em 1997, o ministro da educação Paulo Renato publica os Parâmetros
Curriculares Nacionais definindo as diretrizes curriculares nacionais a fim de orientar
os currículos dos estados e municípios. A crítica que se faz aos parâmetros diz
respeito a sua inspiração teórico-metodológica, já que se inspiram na perspectiva
construtivista e permanece em consonância com os pilares da educação fincados
por Jacques Delors na Conferência Internacional sobre Educação para o Século
XXI(1991) que estabelece as prioridades da UNESCO para os países periféricos,
como o Brasil.
O Decreto 2.208 separou o ensino médio do profissional. Reorganizou o
ensino superior, redefinindo as entidades mantenedoras. Diferenciou Universidade
de Ensino e Universidade de Pesquisa e admitiu as Instituições Privadas do Ensino
Superior com fins lucrativos. Transformou o INEP em autarquia federal e delegou a
este a avaliação da educação em todas as instâncias. Em 2001 aprovou o Plano
Nacional de Educação adiando mais uma vez a meta instituída na Constituição
Federal/1988 de erradicar o analfabetismo e a universalização do ensino
fundamental.
Em 2002, o governo Lula assume o poder. As expectativas de sua gestão
são imensas, considerando que se trata de um trabalhador sindicalista nordestino
que disputou a presidência do Brasil por várias vezes antes. A política educacional
do governo Lula não rompe completamente com a tônica neoliberal, mas apresenta
alguns avanços em áreas sociais.
O Governo Lula instituiu o ensino fundamental de 9 anos, prevendo que
os estados e municípios pudessem dispor do recurso do FUNDEF para esforços
com as salas de alfabetização. Em 2007, aprovou o FUNDEB corrigindo algumas
distorções do FUNDEF e passando a complementar realmente a insuficiência de
recursos dos estados e municípios.
Em 2008 aprovou o Piso Salarial dos Professores, garantindo que
professores de todo o Brasil ganhassem, pelo menos o mínimo. Nesta medida ainda,
os professores devem passar a gozar de 1/3 de sua carga-horária fora de sala-de-
aula, visando estudos e planejamento. Reorganizou o Programa Brasil Alfabetizado.
Em 2004 sancionou o decreto que corrigiu a distorção realizada pelo Governo FHC,
reestabelecendo a articulação entre Ensino Médio e ensino técnico profissional.
No campo da educação profissional, criou a lei e instituiu os IFETs –
Institutos Federais de Educação, além de diversas diretrizes para integração dos
Institutos Federais de Educação no âmbito da Rede Federal. Este governo ainda
regulamentou os Estágios através da Lei 11.728 de 2008.
Para o nível superior, criaram-se o Prouni através da Lei 11.096 de 2005
e o Reuni pelo Decreto 6.096 de 2007. A política do governo Lula, apesar de ter
alcançado diversos avanços nos campos sociais, deu seqüência a diversas medidas
da gestão anterior como o SINAES – Sistema Nacional de Avaliação do Ensino
Superior. Além disso, esta gestão reformulou o e instituiu PDE – Plano de
Desenvolvimento da Educação a fim de dar seqüência à política.
Notas Conclusivas
Bibliografia