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PORTUGUESA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
2013
2
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
2013
3
Agradecimentos
Índice
Agradecimentos ................................................................................................... 3
Índice de Figuras ................................................................................................. 8
Índice de Tabelas .............................................................................................. 11
Índice de Gráficos .............................................................................................. 12
Índice de Abreviaturas ....................................................................................... 13
Palavras Chave ................................................................................................. 15
1. Introdução...................................................................................................... 16
2. Hospital Da Cruz Vermelha Portuguesa......................................................... 18
3. Risco Cardiovascular ..................................................................................... 20
4. Estado da Arte ............................................................................................... 21
4.1. Retrospectiva Histórica............................................................................ 21
4.2. Gerações ................................................................................................ 23
4.2.1. 1ª Geração........................................................................................ 23
4.2.2. 2ª Geração........................................................................................ 24
4.2.3. 3ª Geração........................................................................................ 24
4.2.4. 4ª Geração........................................................................................ 25
4.2.5. 5ª Geração........................................................................................ 26
5. Especificações do Equipamento .................................................................... 27
6. Resolução Espacial ....................................................................................... 29
7. Resolução Temporal ...................................................................................... 32
8. Sincronismo Eletrocardiográfico .................................................................... 34
8.1. ECG Prospetivo ...................................................................................... 35
8.2. ECG Retrospetivo ................................................................................... 35
8.3. ECG Retrospetivo com Modulação da Corrente ...................................... 36
9. Artefactos ...................................................................................................... 37
10. Dose de Radiação ....................................................................................... 39
10.1. Enquadramento Legal Das Doses Em Portugal..................................... 40
10.2. Doses Versus Qualidade De Imagem.................................................... 41
11. Indicações e Contra Indicações ................................................................... 43
12. Nitroglicerina ................................................................................................ 44
13. β-Bloqueantes Cardíacos ............................................................................ 45
14. Contraste Iodado e Reações ao Contraste .................................................. 48
14.1. Contraste Iodado ................................................................................... 48
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Índice de Figuras
Índice de Tabelas
Índice de Gráficos
Índice de Abreviaturas
3D – Três Dimensões
β – Beta
bpm – Batimentos por minuto
cc – Centímetro cubico
CD – Coronária Direita
cm – Centímetro
CTDI – Computed Tomography Dose Index – Índice de dose em
Tomografia Computadorizada
Cx – Circunflexa
DA – Descendente Anterior
DAC – Doença Arterial Coronária
DCA – Doença Coronária Aguda
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
EAM – Enfarte agudo do Miocárdio
EBT - Electron Beam Tomography
ECG – Eletrocardiograma
ECG Gating – Sincronismo Electrocardiográfico
EDV – End Diastolic Volume - Volume Diastólico Final
ESV – End Sistolic Volume - Volume Sistólico Final
FC – Frequência Cardíaca
FE – Fraction of Ejection - Fração de Ejeção
FOV – Field Of View - Campo de Visão
HU – Hounsfield Unit – Unidade de Hounsfield
ICRP – International Committee on Radiation Protection - Comité
Internacional em Proteção Radiológica
IOT – Intubação Orotraqueal
IV – Intravenosa
IVP – Interventricular posterior
Kv – Quilo volt
LA – Left Arm - Braço Esquerdo
14
Palavras Chave
1. Introdução
Farmácia Hospitalar;
Laboratório de Anatomia Patológica;
Laboratório de Hemodinâmica;
Laboratório de Patologia Clínica;
Serviço de Angiologia;
Serviço de Imagiologia (Radiologia Convencional, TC, Ressonância
Magnética (RM));
Serviço de Imunohemoterapia;
Telemedicina.
20
3. Risco Cardiovascular
Mulheres Homens
Doenças Infecciosas (A00-B99) 1.6 2.5
Tumores Malignos (C00-D48) 18.3 24.5
Doenças Nutricionais, Endócrinas e Metabólicas (E00-E90) 5.7 3.9
Doenças do Sistema Circulatório (I00-I99) 38.9 29.6
Doenças do Sistema Respiratório (J00-J99) 9.9 11.0
Doenças do Sistema Digestivo (K00-K93) 3.6 5.0
Causas Externas (V01-Y89) 2.4 5.9
Outras Causas 7.3 6.2
Causas mal definidas (R00-R99) 12.3 11.4
Total 100.0 100.0
4. Estado da Arte
4.2. Gerações
4.2.1. 1ª Geração.
Estes tomógrafos
apresentavam um feixe muito
colimado de raios X e apenas
um detetor. Estes
equipamentos adquiriam os
dados através do movimento
linear de translação do
Fig. 1 – Esquema de aquisição da imagem em
conjunto, que suportava a TC de 1ª Geração.
ampola de radiação X e o
Disponível em:
http://av.conferencearchives.com/pdfs/070705/01.01.pdf
detetor. Deste modo era
possível obter várias projeções e medições numa dada direção (figura 1).
Terminado o movimento de translação do conjunto ampola/detetor,
este rodava num novo ângulo (1º) de modo a adquirir uma nova projeção.
Desta forma eram necessárias 180 projeções para adquirir um
corte, todo este processo demorava aproximadamente quatro minutos
(Medeiros, J. 2009).
24
4.2.2. 2ª Geração.
A técnica de aquisição
era igual aos equipamentos
da primeira geração no
entanto, como utilizavam
sistemas com múltiplos
detetores permitiam assim a
aquisição de várias projeções,
Fig. 2 – Esquema de aquisição da imagem em
reduzindo o número de passos TC de 2ª Geração.
4.2.3. 3ª Geração.
Nestes equipamentos
foram colocados um grande
número de detetores,
segundo um arranjo de
forma concêntrica, que roda
em simultâneo com a fonte
como podemos observar na
Fig. 3 – Esquema de aquisição da imagem em
figura 3, desaparecendo TC de 3ªGeração.
assim o movimento de Disponível em:
http://av.conferencearchives.com/pdfs/070705/01.01.pdf
translação.
Nestes equipamentos a alimentação da ampola e a informação dos
dados dos detetores eram efetuadas por cabos, limitando assim o
equipamento no sentido em que, obrigavam que o sistema fonte-detetor
tivesse de rodar no sentido horário e anti-horário (Medeiros, J. 2009).
Desta forma acelerações e desacelerações na gantry eram o
principal limitador do tempo de corte, impedindo que o tempo de rotação
25
4.2.4. 4ª Geração.
Estes tomógrafos
caracterizam-se por
possuírem um conjunto de
detetores, dispostos em
anel, movendo-se apenas a
ampola de raios X
descrevendo uma Fig. 4 – Esquema de aquisição da imagem em
TC de 4ª Geração.
circunferência interna ou Disponível em:
http://av.conferencearchives.com/pdfs/070705/01.01.pdf
externa ao anel de detetores
(Francesco, S. 2009).
Nestes equipamentos, as projeções são adquiridas através da
informação recebida de cada detetor, uma vez que o feixe divergente da
ampola irradia toda a secção do corpo em estudo (Medeiros, J. 2009).
Relativamente aos tempos de aquisição, estes equipamentos são
muito similares aos da terceira geração.
Por não permitir a introdução da tecnologia multicorte, estes
equipamentos poderão estar destinados ao abandono, pois tanto do ponto
de vista económico como do ponto de vista prático, não são viáveis
(Francesco, S. 2009).
Desta forma uma das grandes desvantagens dos equipamentos de
quarta geração foi o custo pois, o elevado número de detetores
implementados no anel era demasiado, tornando o custo do equipamento
também ele elevado em comparação com outros equipamentos.
Das inovações tecnológicas que mais marcaram o
desenvolvimento da TC podemos destacar, a aquisição helicoidal e o
26
4.2.5. 5ª Geração.
Nestes equipamentos, o
movimento de rotação do feixe
de raios X é realizado por uma
focagem magnética do feixe de
eletrões, não existindo neste
caso movimento de
componentes mecânicos em
torno do paciente, permitindo Fig. 5 – Esquema de aquisição da imagem em
TC de 5ª Geração.
assim reduzir o tempo de Esquematização da arquitetura do Electron
Beam Tomography (EBT).
aquisição inferior a 50 ms
Adaptado de:
(Francesco, S. 2009). http://s3.amazonaws.com/itriage/google_image_searches/5
34001438d06225151c910487c860700/original.gif?1269009
508 e
Os eletrões são acelerados http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S027263860
1004723
e focados em vários ânodos
distribuídos de forma concêntrica em torno de um arco com cerca de
210°. É emitido um feixe de eletrões e controlada a sua direção através
de bobinas que estão distribuídas ao longo do seu trajeto. Este roda de
modo a embater e defletir, em direção aos detetores, nas várias pistas de
foco existentes no ânodo circular, como podemos observar na figura 5
(Medeiros, J. 2009).
A junção da rapidez de aquisição e a tecnologia multicorte tornou
este sistema especializado em estudos dinâmicos, muito utilizado na
avaliação das calcificações arteriais coronárias. No entanto, devido ao
elevado custo, fraca versatilidade e ao desenvolvimento da tecnologia
multicorte, que permitia realizar o mesmo trabalho com uma qualidade
quase igual e a um menor custo, limitou a comercialização deste sistema
(Francesco, S. 2009).
27
5. Especificações do Equipamento
O equipamento
utilizado para a
realização dos exames
cardíacos, foi um GE
LightSpeed Pro16, que é
um tomógrafo multicorte
de arquitetura helicoidal
de terceira geração
(figura 6). Possui tempos
de rotação da gantry de
Fig. 6 – Equipamento LightSpeed 16 da GE.
0,3 (scan parcial), 0,4, 0,5, Disponível em:
http://img.tjskl.org.cn/pic/z2718d62300x3001/ge_lightspeed_ultra_sl
0,6, 0,7, 0,8, 0,9, 01, 02, 03 ice.jpg
e 04 segundos e uma
matriz híbrida com um conjunto de 16 detetores de 0,625 milímetros (mm)
na região central e dois conjuntos de quatro detetores, cada um de 1,25
mm nas regiões contíguas à central, permitindo múltiplas geometrias de
aquisição, como podemos observar na
figura 7.
Permite ainda, obter 16 cortes
por rotação com colimação principal de
16 x 0,625 mm e 16 x 1,25 mm. Além
disso, permite
realizar as seguintes
combinações de
colimação: 2 x 0,63,
1 x 1,25, 1 x 5, 4 x
3,75, 8 x 1,25 e 8 x
2,5 modos de corte
disponíveis (GE Fig. 7 – Variações da matriz de detetores.
Medical System 2002). Disponível em: http://www.activexray.com/pdf/gelightspeed16.pdf
28
6. Resolução Espacial
Disponível em:
http://www.impactscan.org/presentations/Technical_Aspects_of_Cardiac_CT_Harefi
eld2011.pdf
Outro parâmetro
que interfere na
resolução espacial é o
pitch que corresponde
à deslocação da mesa
durante a aquisição do
exame (Figura 10). Se
Fig. 10 – Esquematização de alguns valores do pitch.
o pitch for igual a um, Fonte: Cademartiri, F. et al. 2004.
31
7. Resolução Temporal
A resolução temporal,
é a quantidade de tempo
que um equipamento leva a 0º
adquirir os dados
necessários para reconstruir
1º Ciclo
uma imagem. A resolução
temporal na TC coronária, 240º
e reconstruídos
melhorando a resolução
temporal em metade do
tempo de uma rotação da 0º
8. Sincronismo Eletrocardiográfico
com um ritmo irregular, como Adaptado de: Earls, J.P. et al. 2008.
Com o
ECG prospetivo
o sinal da onda
R é identificado
e o exame Fig. 15 – ECG prospetivo.
A realizada a aquisição de imagem apenas na fase de menor
decorre sobre movimento cardíaco (diástole).
Nesta
técnica é efetuada
uma aquisição de
um volume e
simultaneamente Fig. 16 – ECG retrospetivo sem modulação da corrente.
A ampola do Raio-X está a funcionar durante todo o ciclo
gravado o sinal cardíaco sem ajustamento da corrente.
eletrocardiográfico Adaptado de: Shuman, W. P. et al. 2008.
9. Artefactos
Em tomografia
computorizada, o termo
“artefacto” é definido como
qualquer discrepância dos
valores de reconstrução da
imagem, e os coeficientes de
atenuação reais do objeto (Kroft,
L. J. M. et al. 2007). Todos os
exames de TC requerem muito
cuidado na programação e
realização, de modo a evitar Fig. 18 – Artefacto de movimento devido a
extrassístole.
artefactos, sendo que uma das Disponível em:
http://emedicine.medscape.com/article/1603072-
consequências dos artefactos é a overview
ECG ECG
Retrospetivo Retrospetivo
Autores Scanner Sem Com
Modulação da Modulação da
Corrente Corrente
Flohr 16 detetores 5,7 – 10,5 mSv 2,9 – 7,4 mSv
Trabold 16 detetores 8,1 – 10,9 mSv 4,3 – 5,6 mSv
Adaptado de: Earls, J.P. et al. 2008.
40
Fonte: Portugal, Ministério da Saúde, Diário da República, 1.ª série — N.º 223 — 17 de Novembro de
2008; Directiva Europeia 96/29/EURATOM, de 13 de Maio de 1996; Decreto Regulamentar nº 9/90, de
14 de Abril.
41
* Excecionalmente poderá receber até cinco mSv num único ano desde que a dose
média em 5 anos consecutivos não exceda um mSv.
Fonte: Portugal, Ministério da Saúde, Diário da República, 1.ª série — N.º 223 — 17 de Novembro de 2008;
Directiva Europeia 96/29/EURATOM, de 13 de Maio de 1996; Decreto Regulamentar nº 9/90, de 14 de
Abril.
12. Nitroglicerina
administração de
Se FC é > 60 bpm ou > 65 Verificar contra indicações para
β – Bloqueantes
bpm e irregular. administrar β-Bloqueante.
Se qualquer uma das
seguintes condições:
- FC < 60 bpm;
- Pressão arterial sistólica
<100 mmHg;
- Insuficiência cardíaca Não administrar β-Bloqueantes.
descompensada;
Contra indicações - Alergia ao β-Bloqueante;
para a administração - Asma ou DPOC em β2-
de β-Bloqueantes agonista de inalador;
- Broncospasmo ativo;
- Bloqueio atrioventricular de
segundo ou terceiro grau;
- Pacientes grávidas.
Administrar atropina.
- Se FC < 45 bpm.
Administrar inalador de β-
- Se ocorrer broncoespasmo.
agonista.
Vantagens no uso de
- Menos artefactos de movimento cardíaco;
β-Bloqueantes para
- Melhor controlo cardíaco do paciente;
a realização de
- Melhor visualização vascular;
exames cardíacos
- Menor exposição à radiação.
por TCMC
CONTACTAR ANESTESIA
- Interromper administração de contraste e
Manifestações cutâneo-mucosas: fármacos;
- Prurido, eritema, urticária localizada ou - Oxigénio por máscara (2-4 l/min);
I generalizada e angioedema. - Monitorização cardíaca;
- Hidroxizina 1 ampola IV se sintomas
Manifestações gastrointestinais: persistentes e intensos;
- Náuseas e/ou vómitos. - Hidrocortisona 1 a 3 mg/kg IV;
- Metoclopramida 10 mg IV se vómitos
persistentes.
CONTACTAR ANESTESIA
MEDIDAS GERAIS
- Interromper administração de contraste e
Manifestações cutâneo-mucosas fármacos;
associadas a: - Oxigénio por máscara (6-10 l/min);
- Sinais cardiovasculares: - Monitorização cardíaca;
Hipotensão arterial (Pressão arterial - Hidroxizina 1 ampola IV se sintomas
II sistólica > 60 e persistentes e intensos;
< 90 mmHg). - Hidrocortisona 2 a 4 mg/kg IV
- Sinais respiratórios: SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Tosse; - Se broncospasmo ligeiro:
Taquipneia; Salbutamol – 2 Inalações.
Dispneia. - Se hipotensão:
Elevação membros inferiores;
Expansão volémica: Lactato de Ringer
500 a 1000 ml rápido.
CONTACTAR ANESTESIA
MEDIDAS GERAIS
- Interromper administração de contraste e
fármacos;
- Oxigénio por máscara (6-10 l/min);
Colapso cardiovascular:
- Monitorização cardíaca (carro de
Pressão arterial sistólica < 60
reanimação);
mmHg;
- Expansão volémica: Lactato de Ringer 500
Taquicardia ou bradicardia.
a 1000 ml – rápido;
- Adrenalina subcutanea (1:1000): 0,5 mg, a
Sinais respiratórios graves:
III cada 1-2 min se necessário até 2 mg;
Broncospasmo grave;
- Hidrocortisona IV: 2 a 4 mg/kg.
Edema da glote.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
- Se Bradicardia < 50 bpm:
Sinais neurológicos:
Atropina IV: 0,5 mg (1 ampola), a cada
Perda de conhecimento sem
3-5 min se necessário até 3 mg.
paragem cardiorrespiratória;
- Se Edema da glote:
Crise convulsiva.
Considerar IOT + cricoidectomia
(anestesia).
- Se Crise convulsiva:
Diazepam IV: 5 a 10 mg;
Tiopental IV: 1 a 1,5 mg/kg.
52
CONTACTAR ANESTESIA
MEDIDAS GERAIS
- Interromper administração de contraste e
fármacos;
Falência cardiorrespiratória:
IV - Monitorização cardíaca (carro de
Paragem respiratória e/ou
reanimação) - avaliar necessidade de
Ausência de pulso carotídeo e
desfibrilhação;
femoral.
- Expansão volémica: Lactato de Ringer
1.000 ml – rápido;
- Protocolo Suporte Básico e Avançado de
Vida.
16. Procedimentos
1 1 – Ampolas de hidrocortisona;
4 2 – Seringa e agulhas para a
2
3 preparação e administração da
5 6 hidrocortisona;
7 3 – Adesivos;
8 4 – Garrote;
5 – Cateter venoso 22G e 18G;
6 – Seringa com 100 ml de NaCl;
7 – Prolongamento do injetor;
8 – Adaptador do prolongamento.
São adquiridos
dois topogramas em
apneia inspiratória,
para planificação do
exame.
Tempo de Inj.
Volume Volume Débito
SEQUÊNCIA Por Sequência
PCI (ml) NaCl (ml) (ml/s)
(s)
1 20 20 4,0 10,0
2 100 50 4,0 37,5
1 2 3 4
5 6 7 8
O Multiple Image
Region of Interest (MIROI) é
colocado na raiz da artéria
aorta, como se pode observar
na figura 26, onde é efetuado
um cálculo do tempo em
segundos do ponto máximo de
preenchimento da raiz da aorta,
como se pode observar no
gráfico um, ao qual vamos
adicionar um delay de 10 Fig. 26 – MIROI na raiz da artéria aorta.
segundos que corresponde ao Fonte: Cortesia do H.C.V.P.
60
Tempo Tempo de
Protocolo Tempo do
FC Pitch do Rotação
de exame
(bpm) Helicoidal exame da gantry
Aquisição 0,625mm
1,25mm (sec)
40 0,275 :1 11 s 21 s 0,5
45 0,3 : 1 10 s 20 s 0,5
SnapShot
50 0,325 : 1 9s 19 s 0,5
Segment
55 0,325 : 1 9s 19 s 0,5
60 0,325 : 1 9s 19 s 0,5
SnapShot
60 – 75 0,3 : 1 10 s 20 s 0,5
Burst
SnapShot
Burst 76 – 90 0,275 : 1 15 s 29 s 0,6
Plus
Fonte:
http://www.gehealthcare.com/gecommunity/tip_tv/subscribers/sup_material/supplement/1978.pdf
61
18.1. Smartscore
O smartscore é uma
aplicação utilizada para avaliar a
quantidade de placa calcificada no
interior das artérias coronárias,
este método baseia-se no
coeficiente de máxima atenuação
da radiação X em TC, medido em
unidades de Hounsfield (HU), de
Fig. 27 – Formulário do paciente que se
uma área com presença de cálcio deve preencher.
(Nomura, C. H. et al. 2011). Fonte: Cortesia do H.C.V.P.
18.2. Snapshot
Fig. 39 – Artéria CD como ramo para IVP (esquerda) e ramo póstero lateral (PL)
(direita).
Para iniciar a
análise da função
cardíaca é necessário
utilizar imagens de
múltiplas fases (5% e
95% com incrementos
de 10%) durante todo o
intervalo R-R, como
podemos observar na
Fig. 40 – Imagens das várias fases (5% a 95%) do
figura 40. intervalo R-R, para análise da função cardíaca.
Esta opção
permite obter uma
impressão da
relação temporal
entre as imagens e
os contornos das
diferentes fases
cardíaca. Para tal, é
necessário obter
uma boa definição
dos contornos do Fig. 41 – Corte do ventrículo esquerdo identificando as
endocárdio e estruturas anatómicas.
Adaptado de: GE Medical System, 2002.
epicárdio. Desta forma
é possível analisar a dinâmica do movimento do músculo cardíaco no
ventrículo esquerdo, como
se pode observar na
figura 41.
Devem ser
adquiridas duas imagens
do ventrículo, uma na
fase sistólica e outra na
fase diastólica como se
Fig. 42 – Ventrículo esquerdo.
pode observar na figura Fase sistólica à esquerda e fase diastólica à direita.
42. Disponível em: GE Medical System, 2002.
75
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
MIE/DA
BP PARA CD
D2
DA
CD
D1
IVP
DA D2
Através do Smartscore
não foi detetado qualquer
cálcio nas artérias coronárias,
apresentando então um score
de cálcio 0.
Como podemos
observar nas figuras 54 e 55,
a paciente apresenta uma
coartação da aorta torácica
junto ao arco aórtico.
Através da análise das Fig. 54 – Coartação da aorta (diminuição do
calibre da artéria para 16,5mm).
imagens funcionais do Snapshot
foi possível determinar que a paciente apresentava também uma
insuficiência da válvula,
havendo um refluxo devido ao
não encerramento da mesma,
como podemos observar nas
figuras 56.
Paciente do sexo
masculino, 62 anos de idade
com antecedentes de HTA,
diabetes tipo 2, dislipidemia e
hábitos alcoólicos, é
encaminhado do Serviço de
Urgência, com indicação para
realizar um angio TC, por referir
Fig. 57 – Volume Rendering do coração dor no peito irradiado para o
onde é possível observar a coronária
direita e a DA. braço esquerdo.
Foram avaliados os sinais vitais do paciente antes do exame,
apresentando uma tensão arterial 140/75 mmHg e frequência cardíaca de
78 bpm. Foram administrados 0,5 mg de nitroglicerina sublingual e 100
mg de β-bloqueante oral e ficou a aguardar para reavaliação.
Após 45 minutos, o paciente foi reavaliado e a TA de 125/73 mmHg
e a FC de 68 bpm. O paciente foi monitorizado com eletrocardiógrafo, no
qual foram observadas extrassístoles. Foi puncionado um acesso venoso
periférico e administradas duas doses de cinco miligramas de β-
bloqueante IV reduzindo a frequência cardíaca para 60 bpm.
O protocolo escolhido foi SnapShot Segment 55 bpm com cortes
de 0,625 mm (Tabela 9). Embora o paciente tenha conseguido realizar a
apneia durante o exame teve algumas extrassístoles, havendo a
necessidade de administrar mais uma dose β-bloqueante IV e alterar o
protocolo para que a aquisição fosse mais rápida, optando assim, por um
aumento da espessura do corte e realizar o exame do ápex para a base
do coração.
Tabela 14 – Parâmetros do Protocolo snapshot Segment 55 bpm
Colimação 16 x 1,25 mm Pitch 0,28 : 1 mm
Espessura de corte 1,25 mm Matriz 512 x 512
Incremento 0,5 mm Voltagem 120 Kv
Tempo de scan 10 s Amperagem 638 mAs
Tempo de rotação 0,4 s FOV 250 mm
86
DA
Foi possível confirmar
que o paciente apresentava
um score de cálcio 100 e
uma função ventricular
esquerda com uma FE de
Cx
90%.
Através da análise
dos MIP Curvos foi possível
Fig. 58 – Artéria Circunflexa com doença
difusa. determinar que o TC não
apresentava lesões, a artéria DA apresentava-se difusamente doente com
lesão critica ostial. A artéria Cx apresentava uma lesão difusa
aparentemente significativa
como podemos observar na
figura 58. A artéria CD
CD
apresentava lesões nas
porções proximal e média
como podemos observar na
figura 59.
IVP
Foi ainda possível
determinar através do
estudo da parede do
Fig. 59 – Artéria coronária direita apresenta
lesões nas porções proximal e media. músculo cardíaco uma
miocardiopatia hipertrófica ventricular esquerda, como é possível observar
na figura 60.
Fig. 60 – Corte axial do ventrículo onde é possível observar uma dilatação do miocárdio.
87
Paciente do sexo
masculino, 80 anos de idade
com antecedentes de
cirurgia cardíaca (Triplo
Bypass (MIE->DA , Saf->
IVP, Saf->OM)) e D.P.O.C.
por ter sido fumador durante
muitos anos, veio realizar
uma Angio-TC Cardíaca
Fig. 61 – Coronária direita e dois dos bypasses para reavaliação dos
em 3D.
bypasses.
Antes do exame, a TA era de 140/80 mmHg e a FC de 87 bpm.
Foram administrados 100 mg de β-bloqueante e 0,5 mg de nitroglicerina
oral e ficou a aguardar.
Após 45 minutos, o
paciente foi reavaliado e a
TA era 121/63 mmHg e FC
de 63 bpm. Foi puncionado
um acesso venoso
periférico e administradas
duas doses de β-bloqueante
IV com um intervalo de
cinco minutos cada, até
perfazer um total máximo da
Fig. 62 – Coronária esquerda com as três dose de 10 mg, diminuindo
pontagens em 3D.
a FC para os 56 bpm.
Considerando a dificuldade do paciente em efetuar a apneia, o
protocolo adotado para este exame foi o SnapShot Segment 50 bpm com
cortes de 1,25 mm.
88
MIE/DA MIE/DA
SAF/IVP SAF/IVP
Fig. 64 – Pontagem Saf. para IVP com uma compressão na porção proximal.
89
SAF/OM SAF OM
CD
CD
IVP PL
Fig. 67 – MIP da CD onde podemos observar os dois stent sob duas perspetivas.
DA
Cx D1
uma FE de 75%.
IVP
22. Conclusão
23. Referências
24. Anexos
103
FEVEREIRO DE 2011
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
1 2 3 4 5 6
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
7 8 9 10 11 12 13
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
14 15 16 17 18 19 20
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
21 22 23 24 25 26 27
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
28
14:00-
20:00
MARÇO DE 2011
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
1 2 3 4 5 6
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
7 8 9 10 11 12 13
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
14 15 16 17 18 19 20
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
21 22 23 24 25 26 27
14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00
28 29 30 31 Fevereiro – 120 horas
14:00- 14:00- 14:00- 14:00-
20:00 20:00 20:00 20:00 Março – 126 horas
104