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Emergência Produtos Perigosos PDF
Emergência Produtos Perigosos PDF
Créditos:
David Rodrigues dos Santos – Capitão combatente do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal. Engenheiro de incêndio e pânico. Mestre em Desenvolvimento Sustentável.
Especializado em Gestão de Desastres, com ênfase aos desastres causados por produtos
perigosos. Coordenador do sistema de informação, resposta, auxílio e atendimento à
população do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Secretaria
Nacional de Defesa Civil.
Hélio Pereira Lima – Capitão combatente do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Engenheiro de incêndio e pânico. Especializado em Gestão de Desastres. Vasta experiência
em atendimento à emergência aeronáutica. Subcomandante da 5ª Companhia Regional de
Incêndio – Aeroporto Internacional de Brasília.
Curso Intervenção em Emergências com Produtos Perigosos – Módulo 1
SENASP/MJ - Última atualização em 22/08/2008
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Apresentação
O curso Intervenção em Emergências com Produtos Perigosos (CIPP) foi concebido devido à
necessidade de capacitação dos agentes públicos envolvidos nas respostas às emergências e
que não dispõem de informações básicas que propiciem a autoproteção do primeiro
respondedor, bem como fundamentos para a tomada de decisões quanto ao gerenciamento
e controle da cena até a chegada de socorro especializado.
Você se sente preparado para agir em uma situação que envolva produtos perigosos?
Caso tenha respondido que sim, faça do curso uma oportunidade para revisar os seus
conhecimentos e enriquecer os fóruns de discussão. Sua resposta foi não, procure ler com
atenção os módulos e realizar todas as atividades, pois só assim poderá alcançar os objetivos
propostos.
Detectar a presença de produtos perigosos por meio dos métodos formais de identificação;
Coletar informações sobre os riscos envolvidos e ações de resposta por meio do uso do
Manual de emergências da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos Químicos
(ABIQUIM) e contato com fabricantes/fornecedores;
Conceituar os três tipos de produtos perigosos, acidente e incidente com produto perigoso;
Listar as classes de risco, de acordo com a classificação da Organização das Nações Unidas
(ONU);
Citar os dois princípios fundamentais que orientam as decisões e ações em ocorrências com
produtos perigosos; e
Descrever as ações a serem realizadas como primeira resposta inicial frente às ocorrências
com produtos perigosos.
Apresentação
Neste módulo, além das definições básicas, você estudará conteúdos que permitirão
responder às questões apresentadas.
A resposta a essa pergunta envolve várias definições. Neste curso foram selecionadas cinco
definições por apresentarem, ao mesmo tempo, características comuns e especificidades que
se complementam.
São todos os produtos que possuem a capacidade de causar danos às pessoas, aos bens e ao
meio ambiente. (Glossário de Termos SEDEC/MI - Adotado no Brasil - Decreto nº 96.044/1988)
Todo o agente químico, biológico ou radiológico, que tem a propriedade de provocar algum
tipo de dano às pessoas, aos bens ou ao meio ambiente. (REPP/OFDA)
Qualquer substância que possui risco de causar danos severos à saúde humana, durante uma
exposição de curto espaço de tempo em um acidente químico ou em outra emergência.
(US.EPA 1989)
Qualquer material sólido, líquido e gasoso, que seja tóxico, radioativo, corrosivo,
quimicamente reativo ou instável, durante estocagem prolongada em quantidade que
represente uma ameaça à vida, à propriedade ou ao ambiente. (US.DOT 1998)
Carga perigosa
A carga perigosa é o acondicionamento ruim ou a arrumação física deficiente de uma carga
ou volume, que venha a oferecer riscos de queda ou tombamento, podendo gerar outros
riscos.
Os agentes que podem provocar algum tipo de dano às pessoas, aos bens ou ao meio
ambiente são constituídos em:
São seres vivos ou as toxinas produzidas por eles provocam lesões, enfermidades ou morte
dos indivíduos a eles expostos.
Corpos que emitem radiações ionizantes que provocam lesões, enfermidades ou morte dos
indivíduos a eles expostos.
Os produtos perigosos são preocupantes em razão das suas propriedades, que podem ser
absorvidas pela pele, inaladas, ingeridas e causar uma série de lesões associadas.
Formas de exposição
A exposição é o contato do ser vivo com o produto perigoso. As formas de exposição são:
PELE
VIAS DIGESTIVAS
Outras características
DANOS AO
ASSISTÊNCIA AO PROTEÇÃO
ACIDENTE CHEGADA À CENA PRIMEIRO
PACIENTE NECESSÁRIA
RESPONDEDOR
Conforme o
REQUER UM REQUER UM risco avaliado:
ACIDENTE GRAVES, FATAIS
PROCESSO DE PROCESSO REQUER UM
COM PP E IRREVERSÍVEIS
AVALIAÇÃO PRÉVIO NÍVEL
ESPECIAL
Diante de uma chamada para atendimento a ocorrências com produtos perigosos, tenha em
mente que os pontos a seguir deverão ser observados:
Observação continuada das vítimas expostas (ainda que não apresentem sinais e sintomas
específicos, pessoas expostas ao acidente requerem observação continuada durante dias,
meses ou anos); e
Princípios fundamentais
As decisões e as ações a serem tomadas na primeira resposta deverão estar baseadas em dois
princípios fundamentais:
Princípio da segurança
Todas as decisões e as ações devem estar sob o princípio da segurança: dos respondedores,
da população; e dos bens públicos e privados.
Todas as ações devem ser revestidas de segurança. Você deve garantir sua segurança, a
segurança da sua equipe e, posteriormente, a da vítima.
A aplicação desses princípios por meio de diferentes formas de atuação contribuirá para uma
resposta eficaz. Porém, para você compreendê-los melhor é necessário que estude as
definições de termos e expressões relacionadas ao tema. As definições a seguir servem de
guia para que o profissional de segurança pública ao chegar ao local da ocorrência com
produtos perigosos, possa reconhecer a presença destes elementos – ameaças,
vulnerabilidades e riscos –, a fim de classificar o risco existente e definir se a operação é
segura, com os meios que o agente público dispõe no momento.
Definições importantes
Nos itens anteriores você já estudou algumas definições: produtos perigosos, carga perigosa,
acidente com PP, incidentes com PP, zona de contaminação.
Agora você estudará outras que ampliarão o seu conhecimento sobre o assunto.
As definições apresentadas constituem uma introdução ao estudo do risco, ou seja, são muito
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elementares e que, de modo algum, substituem as metodologias de avaliação de riscos
mundialmente consagradas, como o HAZOP ou os índices DOW e MUND.
Ameaça
Definições:
- Fator externo;
- Refere-se ao evento adverso;
- Capacidade de provocar danos;
- Agente ativo – faz a ação; e
- Magnitude (dimensão).
Vulnerabilidade
Definições:
1. Fator interno de uma pessoa, objeto ou sistema exposto a uma ameaça e que corresponde
à sua disposição intrínseca de ser danificado.
- Fator interno;
- Refere-se ao cenário, pessoa ou sistema;
- Disposição para sofrer danos;
- Agente passivo – sofre a ação; e
- Intensidade dos danos.
Risco
Definição:
Relação existente entre a probabilidade de que uma ameaça de evento adverso ou acidente
determinado se concretize e o grau de vulnerabilidade do sistema receptor aos seus efeitos.
Análise de riscos
Definição:
Identificação e avaliação tanto dos tipos de ameaça como dos elementos vulneráveis, dentro
de um determinado sistema ou região geográfica definida.
A avaliação de riscos permite identificar uma ameaça, caracterizar e estimar sua importância,
com a finalidade de definir alternativas de gestão do processo, controlando e minimizando os
riscos e as vulnerabilidades relacionadas com o ambiente e com o grupo populacional em
estudo.
Evento adverso
Definições:
2. Transtorno às pessoas, aos bens, aos serviços e ao ambiente de uma comunidade, causado
por um fenômeno natural ou provocado pela atividade humana.
Desastre
Definições:
2. Transtorno às pessoas, aos bens, aos serviços e ao ambiente de uma comunidade, causado
por um fenômeno natural ou provocado pela atividade humana, excedendo a capacidade de
resposta dos organismos governamentais daquela região.
Risco aceitável
Definição:
Risco muito pequeno, cujas conseqüências são limitadas, associado aos benefícios percebidos
ou reais tão significativos, que grupos sociais estão dispostos a aceitá-lo.
Operação segura
Definição:
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Toda operação onde os riscos existentes são considerados aceitáveis.
Conclusão
Nesta aula, você estudou o conceito de produtos perigosos e outras definições relacionadas
ao tema.
( ) Ameaça
( ) Vulnerabilidade
( ) Evento adverso
( ) Operação segura
( ) Produto perigoso
( ) Risco aceitável
( ) Vulnerabilidade.
( ) Risco
( ) Ameaça
( ) Evento adverso
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( ) Nenhuma das respostas anteriores.
( ) Ameaça
( ) Vulnerabilidade
( ) Evento adverso
( ) Desastre
( ) Produto perigoso
( ) Risco aceitável
4. Qualquer material sólido, líquido e gasoso, que seja tóxico, radioativo, corrosivo,
quimicamente reativo ou instável, durante estocagem prolongada em quantidade que
represente uma ameaça à vida, à propriedade ou ao ambiente, é um conceito de:
( ) Produto perigoso
( ) Produto nuclear
( ) Corrosividade
( ) Fototoxicidade
( ) Carcinogenicidade
( ) Asfixiantes
( ) Irritantes
( ) Injeção/Penetração
( ) Ingestão
( ) Inalação
( ) Irradiação
Gabarito:
1. Ameaça
2. Vulnerabilidade.
3. Desastre
4. Produto perigoso
5. Todas as respostas estão corretas.
6. Irradiação
7. A utilização de água como agente extintor universal em qualquer emergência envolvendo
produtos perigosos.
8. Agentes biológicos perigosos.
Identificar os principais atores e arranjos locais envolvidos nas emergências com produtos
perigosos;
Apresentação
Anualmente, uma imensa quantidade de veículos transportando produtos perigosos cruza as
rodovias brasileiras sem que haja um efetivo controle por parte do Estado, no que diz respeito
à redução de desastres.
Na maior parte das unidades federativas brasileiras esses potenciais causadores de desastres
não são adequadamente monitorizados ao longo de seu trajeto, contando, muitas vezes,
apenas com a “sorte” para que incidentes rotineiros não se transformem em acidentes
ampliados. Embora várias empresas transportadoras já estejam implantando programas de
controle de frotas e capacitação de motoristas, ainda existem muitas que negligenciam essas
ações.
A intenção não é causar pânico infundado nem gerar um sentimento de pânico em relação
aos produtos perigosos, pois, estes produtos são essenciais ao desenvolvimento do país.
É importante que você, profissional da área de segurança pública, saiba que sua instituição é
um dos órgãos de apoio às operações de movimentação de produtos perigosos nos
municípios e/ou unidades da federação que possuem um plano de contingência referente ao
controle da movimentação de produtos perigosos.
Caso seu município/estado não possua, está na hora de debater com os atores locais a
necessidade de desenvolver um plano local de controle da movimentação de produtos
perigosos.
Atuação integrada e coordenada dos órgãos setoriais e de apoio no caso de ocorrência desses
sinistros, facilitando as atividades de prevenção e preparação para emergências e desastres; e
Curso Intervenção em Emergências com Produtos Perigosos – Módulo 2
SENASP/MJ - Última atualização em 23/07/2008
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Otimização das atividades de resposta aos desastres envolvendo acidentes de origem
humana e natureza tecnológica, especialmente os acidentes no transporte de produtos
perigosos.
A lista de instituições e órgãos apresentados a seguir, faz parte de uma estrutura ideal para o
controle da movimentação de produtos perigosos, com base em uma experiência regional.
Lembre-se que o olhar não deve ser de comparação. Você dever ficar atento se os órgãos
envolvidos oferecem subsídios para a execução do plano. Lembre-se também de que o
modelo apresentado não é um trilho, mas uma trilha para guiar suas decisões, sendo que
cada localidade possui características próprias e que essa diferenciação definirá as prioridades
de cada plano.
Executivo Local
- Prefeitura
- Governo do Estado
Comunidade
Planos de contingência
Os PAM´s têm por finalidade a atuação, de forma conjunta, de seus integrantes, na resposta
às emergências nas instalações das empresas integrantes e respectiva área de atuação, 24
horas por dia, durante todos os dias da semana, mediante a utilização de recursos humanos e
materiais de cada empresa ou instituição integrante, colocados à disposição do PAM, sob a
coordenação do integrante atingido pela emergência ou das autoridades competentes.
A liderança operacional dos PET’s, em geral, está a cargo do Corpo de Bombeiros, apoiado por
um grupo interdisciplinar, com especialistas do governo (representante do órgão ambiental),
das empresas (que utilizam e transportam produtos perigosos) e da comunidade
(representantes da sociedade civil organizada), que atuam nas emergências de médio e
grande portes que venham a ocorrer.
Simulados;
Colaboração em rede: bombeiros, polícias militar e rodoviária, defesa civil, patrulha aérea,
indústrias, concessionárias, serviços e órgãos de saúde.
Recursos locais
É importante que os profissionais que atuam em órgãos que respondam à emergência com
produtos perigosos identifiquem previamente os recursos disponíveis, em sua localidade,
para prestar esse serviço, uma vez que será mais eficiente o primeiro atendimento quando
são conhecidos os recursos disponíveis e estão catalogados e atualizados os contatos dos
responsáveis pelos recursos, bem como seu operador.
O nome do recurso;
Conclusão
Neste módulo, você estudou que:
Na maior parte das unidades federativas brasileiras os potenciais causadores de desastres não
são adequadamente monitorizados ao longo de seu trajeto.
As redes integradas emergência (RINEM´s) também são outras formas de arranjo local para
lidar com as ocorrências de produtos perigosos.
( ) PAM
( ) PET
( ) RINEM
( ) PAC
2. Os órgãos abaixo estão envolvidos nas emergências com produtos perigosos, exceto:
( ) Corpo de Bombeiros.
( ) Polícia Militar.
( ) Secretaria de Saúde.
3. Arranjo local por meio do qual existe colaboração em rede nas áreas de treinamento às
empresas participantes, realização de simulados e atendimento a situações de emergência:
( ) PAM
( ) PET
( ) RINEM
( ) PAC
Gabarito:
1. PAM
2. Secretaria da Receita Federal.
3. RINEM
4. Todas as respostas estão corretas.
5. Ser mantido em sigilo, a fim de resguardar as informações nele contidas.
Apresentação
Lugar e atividade;
Placas e etiquetas (rótulos de risco, painéis de segurança, diamante de risco, dentre outros);
Sentidos e imagens.
Classificações
Apesar de existirem sete métodos, neste curso serão utilizados apenas os métodos chamados
formais de identificação, porque esses dão certeza quanto à identidade do produto existente,
enquanto os demais métodos (informais) fornecem apenas uma idéia de que tipo de produto
está presente, sendo a margem de erro bastante elevada, aumentando a vulnerabilidade do
agente de segurança pública.
Classificações da ONU
A ordem de numeração – número ONU – não guarda relação com a magnitude do risco (É
falso afirmar que quanto maior o número, maior o risco).
Classificação Americana
A classificação utilizada nos Estados Unidos é baseada no diamante de risco (NFPA 704)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/NFPA_704) ou diamante de Hommel.
áreas de identificação:
: Radioatividade
Diamante de risco
O diagrama também conhecido como “diamante de risco” dá uma idéia geral das ameaças
inerentes a cada produto químico, assim como a indicação do grau de severidade das
ameaças em situações de emergência: incêndios, escapes ou derrames. Ele identifica as
ameaças em três categorias, denominadas “saúde”, “inflamabilidade” e “reatividade”, e indica
o grau de severidade de cada uma das categorias, mediante cinco níveis numéricos, que
oscilam desde 4 (mais severo) a 0 (menos severo).
Quanto aos riscos referentes à saúde, é avaliado em termos de concentração letal (LC50), que
seguem a indicação de mortandade/mortalidade de animais em laboratórios após um
determinado tempo de exposição.
Cores Significado
Laranja Explosivo
Vermelho Inflamável
Verde Gás não-tóxico e não-inflamável
Branco Tóxico e substância infectante
Azul Perigoso quando molhado
Amarelo Oxidante ou peróxido orgânico
Preto/Branco Corrosivo
Amarelo/Branco Radioativo
Classe de risco
CLASSES E
DENOMINAÇÃO
SUBCLASSES
Classe 1 Explosivos
Classe 2 Gases
Classe 3 Líquidos inflamáveis
Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea;
Classe 4
substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis
Classe 5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
Classe 6 Substâncias tóxicas e substâncias infectantes
Classe 7 Material radioativo
Classe 8 Substâncias corrosivas
Classe 9 Substâncias e artigos perigosos diversos
Classe 1 Explosivos
Subclasse 1.1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa.
Subclasse 1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão
em massa.
Subclasse 1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de
explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em
massa.
Curso Intervenção em Emergências com Produtos Perigosos – Módulo 3
SENASP/MJ - Última atualização em 27/10/2008
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Subclasse 1.4 Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo.
Subclasse 1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa.
Subclasse 1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa.
Classe 2 Gases
Subclasse 2.1 Gases inflamáveis.
Subclasse 2.2 Gases não-inflamáveis, não-tóxicos.
Subclasse 2.3 Gases tóxicos.
Classes de risco
Classe 1 – Explosivos
Definições:
Classe 2 – Gases
Definição:
Gás comprimido – É um gás que, exceto em solução, quando acondicionado sob pressão para
o transporte, é completamente gasoso na temperatura de 20 ºC;
Gás liquefeito – Gás que, quando acondicionado para o transporte, é parcialmente líquido na
temperatura de 20 ºC;
Definições:
Definição:
Substâncias que, em contato com a água, emitam gases inflamáveis – São aquelas que, por
interação com água, possam se tornar espontaneamente inflamáveis ou liberar gases
inflamáveis em quantidades perigosas.
São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em
contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo
destroem outras cargas ou o próprio veículo, podendo ainda apresentar outros
riscos.
Por exemplo: Combustíveis para motores (gasolina) possuem como risco principal o fato de
serem inflamáveis, por suas características químicas. Entretanto, a gasolina é também tóxica
se ingerida; verifica-se que ela é, ao mesmo tempo, inflamável e tóxica, sendo que sua
característica de inflamabilidade é considerada risco principal e a toxicidade, risco secundário.
Risco primário
Classe 2 – Gases
Risco secundário
Desafio
Você consegue descrever a diferença entre os rótulos de risco referentes aos riscos primários
e aos secundários?
Desafio
Você consegue descrever a diferença entre os rótulos de risco referentes aos riscos
primários e aos secundários?
Resposta certa: Nos rótulos de risco referentes ao risco principal, existe um número referente
à classe ou subclasse do produto, enquanto no rótulo referente ao risco secundário, esse
número não existe.
Painel de segurança
Exemplo:
Proibição de água
Número de risco
Esse número é constituído por dois ou três algarismos e se necessário a letra “X”.
Quando for expressamente proibido o uso de água no produto perigoso deve ser cotada a
letra “X”, no início, antes do número de identificação de risco.
Conclusão
Nesta aula, você estudou os principais métodos formais (classificações) utilizadas na
identificação de produtos perigosos.
( ) Classes 2, 6 e 8.
( ) Classes 3, 5 e 8.
( ) Classes 3, 6 e 8.
( ) Classes 1, 5 e 8.
( ) Classes 3, 6 e 9.
( ) Número da ONU.
( ) Número de risco.
( ) Rótulo de risco.
Gabarito:
1. Os itens I e III são falsos.
2. Classes 3, 6 e 8.
3. Número da ONU.
4. Todas as respostas acima estão corretas.
Apresentação
Neste módulo será abordada a forma como o primeiro respondedor atenderá o incidente;
tópicos como saber identificar o nome do produto através do número da ONU, bem como
aplicar as medidas iniciais para qualquer ocorrência envolvendo produtos perigosos.
É importante ressaltar que esse conteúdo é originado do Livro Laranja da ONU (ORANGE
BOOK), 13a Edição e da Resolução 420, da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT.
Objetivo do manual
O manual foi desenvolvido pelo departamento de transportes dos Estados Unidos, sendo
adaptado pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) ao Brasil, visando
direcionar os atendimentos às características dos produtos químicos que são produzidos e
transportados em solo brasileiro. O manual está em observância com o ERG 2000 (Emergency
Response Guidebook), sendo o mesmo aplicado nos Estados Unidos, Canadá e México. O
conteúdo apresentado é baseado na 5a edição do manual de emergências da ABIQUIM, de
2006.
O manual tem por objetivo orientar a resposta à emergência, servindo como fonte de
consulta prática, objetiva e sistemática que fornece as várias providências a serem adotadas
que facilitam o atendimento pelas equipes de resposta que primeiro chegarem ao local. Esse
manual é voltado para o transporte rodoviário com produtos perigosos, podendo servir de
fonte de consulta em acidentes químicos ampliados, porém, nesses casos, deve se contar
com o conhecimento e experiência de um especialista em produtos perigosos.
Sistemas de identificação
O manual deve ser utilizado observando os três sistemas de identificação dos produtos
perigosos:
Seção branca - A seção branca aborda informações gerais acerca do manual, bem como
dados referentes aos números de risco e suas características, além da tabela dos códigos de
riscos.
Seção amarela - A seção amarela classifica o produto perigoso pelo número da ONU,
relacionando o número ao nome do mesmo, atribuindo com isso a sua classe de risco e a
respectiva guia de emergência. A seção amarela possui algumas divisões em suas listas, isso
em função de alguns produtos perigosos terem sido retirados ou por não serem cobertos
pela Legislação Brasileira (Resolução 420, da Agência Nacional de Transportes Terrestres),
baseada no Livro Laranja da ONU (13ª Edição).
A seção azul identifica o produto pelo seu nome comercial, servindo para se associar o
mesmo à sua respectiva guia de emergência e ao número ONU.
Seção laranja
GUIA XXX
GUIA XXX
FOGO OU EXPLOSÃO
FOGO
RISCOS À SAÚDE
VAZAMENTO/DERRAMAMENTO
SEGURANÇA PÚBLICA
VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO
PRIMEIROS SOCORROS
EVACUAÇÃO
A tabela é utilizada como orientação nos procedimentos iniciais para os produtos perigosos
grafados em verde nas seções amarela e azul, pois os mesmos necessitam de cuidados
especiais no atendimento. As tabelas indicam as áreas mais prováveis de serem afetadas
durante os primeiros 30 minutos, após o início do derramamento. Depois desse período, as
guias devem ser adaptadas conforme a evolução da situação.
11 (+) km
A tabela de produtos que reagem com a água fornece os vapores tóxicos resultantes; deve-se
analisar qual a maior toxicidade do produto original ou do seu composto (vapor), para que se
determinem os procedimentos iniciais a serem adotados.
Apesar de sempre se ressaltar as características tóxicas dos produtos perigosos, isso pode
ficar em segundo plano, caso esteja associado ao mesmo, a possibilidade de fogo ou
explosão. Caso haja o envolvimento de mais de uma carreta tanque, as distâncias podem ser
aumentadas em função de uma análise mais específica e técnica por parte dos especialistas e
técnicos em emergências com produtos perigosos.
Produtos perigosos
Risco à saúde;
Quantidade envolvida;
Localidade;
Número de pessoas;
Populações ou instituições especiais, tais como casas de repouso, hospitais, prisões, etc.
Condições atmosféricas
Pequeno vazamento – Único recipiente de até 200 litros ou tanque maior, que possa formar
Curso Intervenção em Emergências com Produtos Perigosos – Módulo 4
SENASP/MJ - Última atualização em 08/08/2008
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uma deposição de até 15 metros de diâmetro;
Pequeno Dia
≤ 15 m Noite
Resumo da Líquido ou sólido
classificação dos Grande Dia
vazamentos > 15 m Noite
Gás Grande
todos Dia
Noite
Aula 2 - Guia NIOSH para riscos químicos: NIOSH guide to chemical hazards
Informações básicas
Disponibilidade atual:
Eletrônica (HTML) on line;
Eletrônica (HTML) off line;
PDF; e
Impressa/Física.
Domínio Público:
http://www.cdc.gov/niosh/npg/
Formas de pesquisa:
Nome do produto químico;
Sinônimos/Nome comercial; e
Número de identificação ONU;
Conclusão
Nesta aula, você estudou sobre os manuais para atendimento de emergências com produtos
perigosos: ABIQUIM e NIOSH.
O manual da ABIQUIM tem por objetivo orientar a resposta à emergência, servindo como
fonte de consulta prática, objetiva e sistemática que fornece as várias providências a serem
adotadas que facilitam o atendimento pelas equipes de resposta que primeiro chegarem ao
local.
( ) 121
( ) 111
( ) 123
( ) 128
( ) nda
( ) Seção branca
( ) Seção verde
( ) Seção azul
( ) Seção laranja
( ) Seção amarela
( ) Seção branca
( ) Seção azul
( ) Seção laranja
( ) Seção amarela
( ) Seção branca
( ) Seção verde
( ) Seção azul
( ) Seção laranja
( ) Seção amarela
Gabarito:
1. 111
2. Seção laranja
3. Seção branca
4. Seção verde
5. 200 litros e 15 metros.
Apresentação
Neste módulo você estudará o sistema de comando de incidentes aplicado à emergência de
produtos perigosos.
Instalações
São três as instalações comuns que o comandante do incidente (CI) pode estabelecer em um
incidente. São elas:
Área de espera
Posto de comando
É o lugar a partir do qual se exerce as funções de comando, devendo ser instalado em todas
as operações que utiliza o SCI, independente do tamanho e complexidade da situação, no
Princípios do SCI
Terminologia comum
Alcance de controle
Para não perder o controle, nas ações operacionais, cada profissional envolvido no incidente
não pode se reportar a um número muito grande de pessoas. O SCI considera que o número
de indivíduos que uma pessoa pode ter sob seu comando com efetividade é de 1 a 7, sendo
que o ideal são cinco. Para que o alcance de controle seja sempre mantido, na medida em
que os recursos forem chegando torna-se necessária a expansão da estrutura do SCI.
Organização modular
Comunicações integradas
A maioria dos incidentes não necessita de um PAI escrito, mas sim mental, porque para o
período inicial, ou seja, durante as primeiras quatro horas do incidente, esse não se faz
necessário. O PAI deverá ser feito no momento da resposta, na cena e deve corresponder a
cada período operacional.
No SCI cada pessoa responde e informa somente a uma pessoa designada, (comandante do
incidente, gerente, chefe, encarregado, coordenador, líder, supervisor), caracterizando assim
a unidade de comando.
Comando unificado
Embora as decisões sejam tomadas em conjunto, deve haver UM ÚNICO COMANDANTE. Será
da instituição de maior pertinência ou competência legal no incidente.
Instalações padronizadas
No SCI as instalações devem possuir localização precisa, denominação comum e estarem bem
sinalizadas e em locais seguros. Algumas das instalações estabelecidas em um incidente são:
posto de comando do incidente, base, área de espera, área de concentração de vítimas e
heliponto.
Esse princípio garante a otimização, controle e contabilidade dos recursos, reduz a dispersão
no fluxo das comunicações, diminui as intromissões e garante a segurança do pessoal. É
importante ficar claro que cada recurso utilizado no incidente, independente da instituição a
que pertença, passa a fazer parte do sistema, ficando sob a responsabilidade do comandante
do incidente.
Comandante do
Incidente
Passos a seguir, caso você seja o primeiro a chegar à cena com capacidade operacional
3. Avaliar a situação;
6. Determinar as estratégias;
Estado do incidente;
Objetivos e prioridades;
Organização atual;
Designação de recursos;
Instalações estabelecidas;
Plano de comunicações; e
Provável evolução.
Uma vez feita a transferência, deve ser comunicado à central de comunicações e ao pessoal
em operação para que todos saibam quem é o novo comandante.
Conclusão
Nesta aula, você estudou o Sistema de Comandos de Incidentes aplicados as ocorrências com
produtos perigosos.
2. Dentre os passos para assumir o comando de um incidente, no caso de você ser o primeiro
a chegar à cena com capacidade operacional, podem ser considerados como adequados os
seguintes:
Gabarito:
1. Tipo do incidente, tamanho e topografia da área afetada; localização do incidente em
relação à via de acesso ao local e as áreas disponíveis ao redor; estabelecimento da função de
coordenação do isolamento perimetral e retirada de todas as pessoas que se encontrem na
zona de impacto, exceto pessoal de resposta autorizado.
2. Informar a base de sua chegada à zona de impacto, assumir e estabelecer o posto de
comando, avaliar a situação, estabelecer um perímetro de segurança e os objetivos para
minimizar os efeitos do incidente. Determinar as estratégias a serem seguidas, de acordo com
a sua capacidade operacional, e determinar as necessidades de recursos e possíveis
instalações para minimizar os efeitos do incidente. Preparar a informação para transferir o
comando.
3. Posto de comando, área de espera e área de concentração das vítimas.
Citar as três zonas de trabalho para controlar um acidente com produtos perigosos e os
diferentes tipos de EPIs;
Listar os principais dados a serem solicitados numa ocorrência com produtos perigosos.
Apresentação
Dentre as competências a serem desenvolvidas pelos profissionais da área de segurança
pública está a capacidade de responder às situações de emergência. E, responder a essas
situações envolve lidar com riscos diversos e com a incerteza.
As situações de emergência que envolvem produtos perigosos, ganham uma dimensão ainda
mais complexa, exigindo que os profissionais da área de segurança pública estejam
preparados para:
Assegurar o controle da área até a chegada das demais instituições envolvidas no acidente.
Além de regras para orientar a ação faz-se necessário conhecer os procedimentos a serem
utilizados em caso de emergência, e esse é o tema deste módulo.
Regras chaves
4 Regras
Não se precipite
Ao registrar uma chamada, é importante anotar dados que ajudarão a equipe a chegar ao
local ou mesmo orientar as pessoas para poderem tomar os primeiros cuidados na cena. Os
parâmetros abaixo servem de referência:
Aproximar-se e posicionar sua equipe e pessoal na área segura (a favor do vento, em área
mais elevada e com águas abaixo da cena);
Manter uma distância inicial de precaução com o vento pelas costas, não devendo ser menor
que 100 metros para derramamentos ou vazamentos químicos, e de 300 metros para
explosivos; e
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Se for necessário sair imediatamente da área, evitando a entrada nas zonas de trabalho.
Continuar avaliando a situação e fazer as mudanças nas ações que seu nível inicial o permita.
O primeiro respondedor deve sempre atentar para a direção do vento, locais elevados,
mananciais de água e para a presença de instalações atingidas pelos contaminantes que
podem fragilizar, ainda mais, o cenário ou afetar mais pessoas ou o meio ambiente. A
disposição de recursos na cena poderá absorver instalações do sistema de comando de
incidentes, como a área de espera e a ACV (área de concentração de vítimas).
Zonas de trabalho
Zona 1 - Zona de suporte - Zona fria – Localizada na área fora dos locais onde estão as
equipes de intervenção com produtos perigosos, porém com um nível de segurança elevado,
possui isolamento feito pelo pessoal de segurança. O pessoal de primeira intervenção deverá
posicionar-se deste setor para fora.
Zona 2 - Zona de redução de contaminação - Zona morna – Local onde fica o corredor de
redução dos contaminantes (CRC), passagem das equipes de técnicos que entraram ou
saíram com segurança da zona quente. Deve possuir além do CRC uma saída de emergência
para os técnicos.
Zona 3 - Zona de exclusão - Zona quente – Local onde estão presentes os contaminantes. A
equipe de primeiro respondedor não deverá entrar nesse local. Nesse setor só deve circular
pessoal técnico com equipamentos de proteção individual (EPI`s) adequados, seja para
atividade de detecção ou para socorro às vítimas.
PERÍMETRO EXTERNO
Direção vento
POSTO DE COMANDO Zona de Suporte
Zona de redução
dos Contaminantes
Zona de exclusão
SEGURANÇA
E Corredor
CONTROLE
DE ACESSO para acesso
ÁREA DE SUPORTE
TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Níveis de proteção
Conclusão
Nesta aula, você estudou as regras e os procedimentos a serem seguidos nas emergências
que envolvem produtos perigosos.
2. De acordo com a Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos, as roupas
para proteger o corpo do contato com produtos perigosos estão divididas em quatro
diferentes níveis. Pergunta-se, qual o nível de proteção que deve ser utilizado quando é
necessária a mais elevada proteção respiratória, da pele, olhos e mucosas?
3. Qual é o nome da zona de trabalho localizada na parte mais externa da área de risco, onde
normalmente são posicionados o posto de comando da operação e todo o apoio logístico?
( ) Zona quente
( ) Zona fria
( ) Zona morna
( ) Zona segura
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( ) Zona externa
4. Dentre os passos para assumir o comando de um incidente, no caso de você ser o primeiro
a chegar à cena com capacidade operacional, podem ser considerados como adequados os
seguintes:
Gabarito:
1. Todas as respostas anteriores estão corretas.
2. Nível de proteção “A”.
3. Zona fria
4. Informar a base de sua chegada à zona de impacto. Assumir e estabelecer o posto de
comando. Avaliar a situação, estabelecer um perímetro de segurança e os objetivos para
minimizar os efeitos do incidente. Determinar as estratégias a serem seguidas, de acordo com
a sua capacidade operacional, e as necessidades de recursos e possíveis instalações para
minimizar os efeitos do incidente. Preparar a informação para transferir o comando.