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INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

1. O direito obrigacional difere do direito real, dentre outros motivos, porque naquele o
sujeito passivo pode ser determinado ou indeterminado, ao passo que neste o sujeito
passivo é, em princípio, indeterminado. F

2. Quando comparado ao direito real, podemos dizer que o direito obrigacional é


permanente, pois permanecem mesmo após o cumprimento da obrigação. F.

3. Podemos dizer que a formação do direito obrigacional é numeros clasus enquanto que
o direito real é numerus apertus. F

4. A obrigação propter rem é a obrigação que recai sobre a coisa por conta de um
determinado direito pessoal. F

5. A natureza jurídica da obrigação PROPTER REM é de direito real, visto que, pela sua
própria definição, é uma obrigação que recai sobre a pessoa por conta de um direito
real. F

6. Um exemplo clássico de uma obrigação PROPTE REM é a servidão. F

7. Um exemplo clássico de uma obrigação PROPTE REM é a obrigação imposta ao


condômino de concorrer para as despesas de conservação da coisa comum. V

8. A obrigação propter rem é a obrigação que recai sobre uma pessoa por conta de um
determinado direito real. Trata-se de uma obrigação sui generis, que possui
características tanto de direito obrigacional quanto de direito real. V

9. A natureza jurídica das obrigações PROPTER REM é de um direito misto (tertium genus),
por revelar a existência de direitos que não são puramente reais nem essencialmente
obrigacionais. V

10. Obrigações com eficácia real são caracterizadas por serem oponíveis a terceiros. Dessa
forma, a sua natureza jurídica é de direito real. F

11. Obrigações com eficácia real são as que, sem perder seu caráter de direito a uma
prestação, transmitem-se e são oponíveis a terceiro que adquira direito sobre
determinado bem. É o caso, por exemplo, do registro de contrato de locação na
matrícula do imóvel locado. V

12. Uma obrigação natural, por não obrigar o credor a devolver o valor pago, são
consideradas obrigações jurídicas. F

13. A obrigação natural é aquela que, caso descumprida, não pode ser exigida
judicialmente. Trata-se de uma obrigação que antes era tutelada pelo direito, mas que,
por algum motivo, deixou de sê-lo. A sua natureza jurídica é de obrigação imperfeita, de
um direito de crédito sem pretensão. V
14. A principal característica de uma obrigação natural é a irrepetibilidade, ou seja, uma vez
adimplida uma obrigação natural, não há obrigação por parte do credor de devolver o
valor pago. Ex.: pagamento de dívida de jogo e o pagamento de dívida prescrita. V

15. Segundo a doutrina moderna, a obrigação deve ser vista não apenas pela soma dos seus
elementos constitutivos, mas como um processo, uma série de atos relacionados entre
si, que se encadeiam e convergem em direção à satisfação dos interesses recíprocos do
credor e do devedor, culminando com o adimplemento da obrigação. V

16. O conceito moderno de obrigação é aquele em que o negócio é visto como um conjunto
de atividades necessárias à satisfação do interesse do credor. A obrigação deve ser
cumprida de forma menos onerosa possível para o devedor e mais satisfatória para o
credor. É a finalidade que determina a concepção de obrigação como um processo. V

17. Os deveres laterais de conduta ou deveres anexos são aqueles impostos aos sujeitos da
obrigação, decorrentes das obrigações acessórias que, segundo a máxima do direito
romano, o acessório segue o principal. F

18. Os deveres laterais de conduta ou deveres anexos são aqueles decorrentes da boa-fé,
como a informação, lealdade, probidade e a confiança, que devem ser cumpridos pelos
sujeitos da relação obrigacional a fim de não frustar as legítimas expectativas de
confiança dos contratantes. V

19. De acordo com a doutrina, as fontes imediatas das obrigações são três: o negócio
jurídico, a responsabilidade civil e o enriquecimento sem causa. F

20. De acordo com a doutrina, a fonte imediata das obrigações é somente a lei, enquanto
que as fontes mediatas são três: o negócio jurídico, a responsabilidade civil e o
enriquecimento sem causa. V

21. Modernamente, consideram-se três os seus elementos essenciais das obrigações


negociais: a) o subjetivo, concernente aos sujeitos da relação jurídica; b) o objetivo ou
material, atinente ao seu objeto; e c) o vínculo jurídico ou elemento imaterial. V

22. O sujeito da obrigação pode ser determinado ou determinável. V

23. O objeto da obrigação deve ser lícito, possível e determinado. Não há possibilidade de
uma obrigação com objeto indeterminado ou apenas determinável, pois é inconcebível
alguém assumir uma obrigação em que não se consegue individualizar o objeto. F

24. Vínculo jurídico da relação obrigacional é o liame existente entre o sujeito ativo e o
sujeito passivo e que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimento
da prestação. V

25. No ordenamento jurídico brasileiro, uma obrigação se inicia com uma declaração de
vontade e termina com o adimplemento. Contudo, a transferência de domínio, que dá
origem ao direito real, ocorre com a tradição, no caso de bens móveis, ou com o registro,
no caso de bens imóveis. V
OBRIGAÇÕES DE DAR

1. As obrigações de dar coisa certa sempre abrangem os acessórios dela embora não
mencionados. F

2. As obrigações de dar são aquelas em que o sujeito passivo se obriga a entregar uma
coisa ou de abster-se de uma ação. F

3. As obrigações de dar assumem as formas de entrega ou restituição de coisa


determinada ou indeterminada pelo devedor ao credor. V

4. Nas obrigações de dar coisa certa, o devedor pode entregar coisa diversa daquela que
se obrigou, desde que sua opção não cause prejuízos ao credor. F

5. Nas obrigações de dar coisa certa, o credor não é obrigado a receber prestação diversa
da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. V

6. No direito brasileiro o contrato, por si só, não basta para a transferência do domínio,
pois ele cria apenas direito obrigacional e não um direito real, oponível a todos. V

7. Numa compra e venda, se, no período entre a celebração do contrato e a tradição,


surgirem melhoramentos e acrescidos na coisa, estes pertencerão ao credor, que é o
proprietário da coisa, haja vista que ele, neste exemplo, já cumpriu a sua parte
efetuando o pagamento à vista. F

8. Até a tradição, pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos,


mas não poderá exigir aumento no preço. F

9. Até a tradição, a coisa certa - bem como os seus melhoramentos e acréscimos, inclusive
os frutos, salvo os pendentes - pertence ao devedor. V

10. Nas obrigações de dar coisa certa, em que ocorre o perecimento do objeto por culpa do
devedor, o credor deverá aceitar a coisa no estado em que se acha mais perdas e danos.
F

11. Nas obrigações de dar coisa certa, se a coisa se perder, sem culpa do devedor, após o
implemento de condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes. F

12. Nas obrigações de dar coisa certa, se a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da
tradição ou pendente condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as
partes. V

13. Nas obrigações de dar coisa certa, no caso de perecimento do objeto resultante de culpa
do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. V

14. As perdas e danos compreendem o dano emergente e o lucro cessante, ou seja, além
do que o credor efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. Devem
cobrir, pois, todo o prejuízo experimentado e comprovado pela vítima. V
15. Nas obrigações de dar coisa certa, no caso de deterioração sem culpa, o credor só tem
a opção de resolver a obrigação, pois ele não pode ser obrigado a aceitar a entrega de
um objeto deteriorado. F

16. Nas obrigações de dar coisa certa, no caso de deterioração sem culpa, o credor só tem
a opção de aceitar o objeto no estado em que se acha, mas com abatimento do preço,
proporcional à perda. F

17. Nas obrigações de dar coisa certa, deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado,
poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com
direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. F

18. Nas obrigações de dar coisa certa, deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado,
poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor
que perdeu. V

19. Se a obrigação for de restituir, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da
tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá por completo, inclusive
aos seus direitos até o dia da perda, como os aluguéis por exemplo. F

20. Se a obrigação for de restituir, e esta, sem culpa do devedor, se perder depois da
tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá por completo, ressalvados
aos seus direitos até o dia da perda, como os aluguéis por exemplo. V

21. Se a coisa restituível se perder com culpa do devedor, responderá este por perdas e
danos apenas. F

22. Se a coisa restituível se perder com culpa do devedor, responderá este pelo equivalente
mais perdas e danos. V

23. Em relação às obrigações de dar, na modalidade de entregar, indique se a consequência


é de perecimento sem culpa (PSC), perecimento com culpa (PCC), deterioração sem
culpa (DSC) ou deterioração com culpa (DCC).

a) Resolve-se a obrigação PSC

b) Resolve-se a obrigação ou aceita a coisa com abatimento de seu preço o valor que
se perdeu DSC

c) Equivalente mais perdas e danos PCC

d) Equivalente mais perdas e danos ou aceitar a coisa mais perdas e danos DCC

24. Em relação às obrigações de restituir, indique se a consequência é de perecimento sem


culpa (PSC), perecimento com culpa (PCC), deterioração sem culpa (DSC) ou
deterioração com culpa (DCC).

a) Resolve-se a obrigação, ressalvados os direitos até o dia da perda PSC

b) Equivalente mais perdas e danos PCC


c) Receber a coisa no estado que se encontra, sem direito à indenização DSC

d) Aceitar a coisa mais perdas e danos ou equivalente mais perdas e danos DCC

25. Em relação à restituição de coisa certa, se sobrevier melhoramento ou acréscimo à


coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, pertencerão ao credor todos esses
acréscimos, desde que credor pague a respectiva indenização ao devedor, haja vista que
o credor está recebendo algo mais valioso do que antes. F

26. Em relação à restituição de coisa certa, se sobrevier melhoramento ou acréscimo à


coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de
indenização. V

27. Em relação à restituição de coisa certa, se sobrevier melhoramento ou acréscimo à


coisa, com despesa ou trabalho do devedor de boa-fé, o devedor pode exigir
indenização e exercer o direito de retenção em relação às benfeitorias úteis e
voluptuárias. F

28. Em relação à restituição de coisa certa, se sobrevier melhoramento ou acréscimo à


coisa, com despesa ou trabalho do devedor de boa-fé, o devedor pode exigir
indenização e exercer o direito de retenção em relação às benfeitorias úteis e
necessárias. V

29. Em relação à restituição de coisa certa, se sobrevier melhoramento ou acréscimo à


coisa, com despesa ou trabalho do devedor de boa-fé, o devedor pode exigir
indenização ou, se o credor não anuir, fazer o levantamento das benfeitorias
voluptuárias. V

OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA

1. Segundo o código civil, a coisa incerta será indicada, ao menos, pela espécie e
quantidade. Ex.: 10 sacas de milho. F

2. Segundo o código civil, a coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e
quantidade. Ex.: 10 sacas de cereais. F

3. Segundo o código civil, a coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e
quantidade. Ex.: 10 sacas de milho. V

4. Nas obrigações de dar coisa incerta, a escolha caberá ao credor, se o contrário não
resultar do título da obrigação. F

5. Nas obrigações de dar coisa incerta, a escolha não pode ser pela melhor e nem pela
pior. Deve ser, portanto, pela qualidade média. V

6. Nas obrigações de dar coisa incerta, o devedor não pode alegar perda ou deterioração,
ressalva as hipóteses de caso fortuito ou força maior. F

7. Nas obrigações de dar coisa incerta, o devedor não pode alegar perda ou deterioração,
ainda que por força maior ou caso fortuito, mesmo nas hipóteses de gênero limitado. F
8. Segundo o código civil, nas obrigações de dar coisa incerta, o devedor não pode alegar
perda ou deterioração, ainda que por força maior ou caso fortuito. V

9. Segundo a doutrina, nas obrigações de dar coisa incerta, nas hipóteses de gênero
limitado, ou seja, circunscrito a coisas que se acham em determinado lugar, o
perecimento do objeto, resolver-se-á a obrigação, exonerando-se o devedor de
qualquer indenização. V

10. Numa obrigação de dar coisa incerta, uma vez ocorrida a concentração, cientificando-
se o credor, o devedor não pode alegar perda ou deterioração, ainda que por força
maior ou caso fortuito. F

11. Numa obrigação de dar coisa incerta, uma vez ocorrida a concentração, cientificando-
se o credor, a obrigação será regida pelas normas de dar coisa certa. V

OBRIGAÇÕES DE FAZER

1. Tendo em vista que a recusa da prestação induz a culpa, nas obrigações personalíssimas,
em que a prestação só pode ser executada por um indivíduo em especial, o devedor
pode ingressar com uma ação em juízo que obrigue o devedor a realizar a prestação
contratada, em caso de recusa deste. F

2. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que se recusar a prestação


a ele só imposta, ou por ele exequível. V

3. Nos casos de impossibilidade da prestação infungível sem culpa do devedor, resolve-se


a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. V

4. Nas prestações fungíveis, sem urgência, havendo recusa ou mora por parte do devedor,
será livre o credor para mandar executar a prestação à custa do devedor, sem prejuízo
da indenização cabível, mas apenas judicialmente. V

5. Nas prestações fungíveis, com urgência, havendo recusa ou mora por parte do devedor,
será livre o credor para executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
Contudo, faz-se necessário autorização judicial. F

OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER

1. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne
impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. V

2. Quando não há urgência, praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o
credor pode exigir dele que o desfaça, independentemente de autorização judicial, sob
pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. V
3. Quando há urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer o ato a cuja
abstenção se obrigara o devedor, independentemente de autorização judicial, sem
prejuízo do ressarcimento devido. V

OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS

1. De acordo com o Código Civil, nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se
outra coisa não se estipulou. F

2. Se devedor se obrigou a entregar 10 sacas de café ou 10 sacas de milho, ele poderá


entregar 5 sacas de café e 5 sacas de milho, desde que não haja prejuízos ao credor. F

3. Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em
outra. V

4. Nas obrigações alternativas, quando a prestação for periódica, o devedor deve se ater à
escolha efetuada na primeira prestação, quando houve a concentração. F

5. Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser


exercida em cada período. F

6. De acordo com o código civil, nas obrigações alternativas, quando há pluralidade de


optantes e não há consenso quanto à escolha após o prazo para deliberação, ou quando
o título deferir a escolha a um terceiro, que não pode exercê-la por qualquer motivo,
caberá ao juiz a escolha, que não poderá escolher nem a pior nem a melhor, visto que
ele não pode prejudicar nenhuma das partes. F

7. Se uma das prestações se tornar inexequível, por caso fortuito ou força maior, resolve-
se a obrigação. F

8. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada
inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. V

9. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, cabendo-lhe
a escolha, poderá ele pagar o equivalente de qualquer uma das prestações, acrescido
de perdas e danos que o caso determinar. F

10. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não
competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último
se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. V

11. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa
do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente acrescido de perdas
e danos. F

12. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa
do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra,
acrescido de perdas e danos. V

13. Quando a escolha couber ao credor e ambas as prestações se tornarem impossíveis por
culpa do devedor, o credor terá direito reclamar o valor de qualquer das duas, inclusive
a mais cara, além da indenização por perdas e danos. V
14. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a
obrigação. V

15. Considere que, em uma obrigação alternativa, não ficou estipulado a quem pertence o
direito de escolha, e todas as prestações se tornaram inexeqüíveis por culpa do devedor.
Nessa situação, conforme determina o direito das obrigações, o devedor terá de pagar
o valor do bem que por último se impossibilitou, e mais as perdas e os danos que o caso
determinar. V

16. Nas obrigações facultativas, a escolha cabe exclusivamente ao devedor, eu pode optar
livremente pela prestação principal ou acessória. V

17. Se perece o único objeto da obrigação facultativa sem culpa do devedor, resolve-se a
obrigação, não podendo o credor exigir a prestação acessória. O devedor fica
inteiramente desonerado e a obrigação fica igualmente sem objeto. V

18. Se o objeto principal e o facultativo se perderem com culpa do devedor, este deverá
pagar o equivalente mais perdas e danos ao credor. V

OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS

1. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta


presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou
devedores. V

2. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a
razão determinante do negócio jurídico. V

3. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível (uma vaca por
exemplo), a obrigação converte-se em perdas e danos (em dinheiro), de forma que cada
um possa responder pela sua parte. F

4. O devedor, que paga a dívida de uma obrigação indivisível, sub-roga-se no direito do


credor em relação aos outros coobrigados. V

5. Havendo pluralidade de credores, os devedores serão exonerados da responsabilidade


se pagarem a todos os credores conjuntamente ou pagar a um, dando este caução de
ratificação dos outros credores. V

6. Se um dos credores fizer uma transação, novação, compensação de parte da dívida com
um dos devedores, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a
poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. V

7. Assim como na solidariedade, perde a qualidade de indivisível a obrigação que se


resolver em perdas e danos. F

8. Em caso de perecimento do objeto por culpa de todos os devedores, responderão todos


na proporção de suas quotas. F

9. Em caso de perecimento do objeto por culpa de um dos devedores, todos responderão


pela sua parte, mas somente o culpado irá arcar com as perdas e danos. V
10. A insolvência de um dos devedores irá acarretar no aumento da quota dos demais
codevedores.

11. A suspensão da prescrição, por se tratar de uma exceção geral, aproveita aos demais. F

OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS

1. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de


um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. V

2. A solidariedade não se presume. Ela resulta da natureza do objeto, da lei ou da vontade


das partes. F

3. Na obrigação solidária, os vínculos obrigacionais entre o credor e os diversos devedores


devem ser iguais, ou seja, se for condicional para um, necessariamente, deve ser para
todos os devedores solidários. F

4. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores,
e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. V

5. Na solidariedade ativa, o credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos


devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial,
todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. F

6. Na solidariedade ativa, cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor
o cumprimento da prestação por inteiro. V

7. O fundamento da solidariedade ativa é o de que o devedor pode efetuar o pagamento


a qualquer um dos credores, extinguindo-se a obrigação. Esse direito de escolha subsiste
inclusive quando um dos credores demandar o devedor comum. F

8. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do


que foi pago. V

9. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um sub-roga-se na


posição de credor solidário, podendo exigir do devedor comum a dívida por inteiro,
tanto em relação a objetos divisíveis quanto indivisíveis. F

10. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito
a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo
se a obrigação for indivisível, quando poderá exigir a dívida toda, mesmo que o valor
ultrapasse o seu quinhão hereditário. V

11. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, extingue-se, para todos os efeitos, a


solidariedade, visto que o dinheiro é um bem divisível e, dessa forma, passa a ser
possível a definição da quota de cada devedor. F
12. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros
pela parte que lhes caiba, acrescido de perdas e danos, caso a remissão não tenha sido
em consenso com os demais. F

13. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções gerais oponíveis aos
outros. F

14. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis
aos outros. V

15. O julgamento contrário a um dos credores solidários atinge os demais, mas o julgamento
favorável não aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha
direito de invocar em relação a qualquer deles. F

16. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o
julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor
tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. V

17. Tendo em vista que na solidariedade passiva o credor em comum pode cobrar a dívida
integralmente de qualquer um dos devedores, uma vez ingressada uma ação de
cobrança contra um deles, presume-se extinta a solidariedade, uma vez que o direito de
escolha já foi exercido. F

18. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será
obrigado a pagar senão a quota que corresponder a parte da dívida do de cujus, salvo
se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor
solidário em relação aos demais devedores. F

19. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será
obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se
a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor
solidário em relação aos demais devedores. V

20. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não
aproveitam aos outros devedores, que continuam respondendo solidariamente pelo
valor integral da dívida. F

21. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores
solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros. V

22. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para
todos o encargo de pagar o equivalente acrescido de perdas e danos. F

23. Se a ação tiver sido proposta contra somente um dos devedores, somete este irá arcar
com os juros de mora. F

24. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido
proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação
acrescida. V

25. O devedor solidário demandado não pode opor ao credor as exceções que lhe forem
pessoais, mas tão somente aquelas comuns a todos. F
26. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as
comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. V

27. A solidariedade, por ser decorrente de lei ou da vontade das partes, não pode ser
renunciada pelo credor, exceto na hipótese de haver concordância com todos os
devedores. F

28. O credor de “A”, “B”, “C” e “D”, pela quantia de R$ 360.000,00, renunciou à
solidariedade em prol do primeiro (“A”), que lhe pagou a sua parte, correspondente a
R$ 90.000,00. Posteriormente, “D” caiu em estado de insolvência, ficando
impossibilitado de contribuir para o pagamento da dívida, tendo “B” efetuado sozinho
o pagamento dos R$ 270.000,00 restantes. Nesse caso, este último (“B”), como titular
do direito de regresso, poderá exigir de “C” a soma de R$ 135.000,00, ou seja, R$ 90.000
da parte de ”C” acrescido de R$ 45.000 referente à parte do insolvente (R$ 90.000
dividido para “A” e “C”). F R$ 120 k

29. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver,
presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. V

30. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da


solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. V

31. Na solidariedade passiva em que há apenas dois devedores, se a dívida solidária


interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este pela metade da dívida,
visto que, salvo disposição em contrário, presumem-se iguais as quotas de cada
devedor. F

32. A solidariedade passiva ocorre quando, na mesma obrigação, concorre mais de um


devedor, cada um obrigado à dívida toda. Nesse caso, se o credor renunciar ou exonerar
da solidariedade todos os credores, extinguir-se-á a obrigação. F

OUTRAS MODALIDADE DE OBRIGAÇÃO

1. Diz-se que a obrigação é de meio quando o devedor promete empregar seus


conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de determinado resultado, sem, no
entanto, responsabilizar-se por ele. Ex.: advogados. V

2. Quando a obrigação é de resultado, o devedor dela se exonera somente quando o fim


prometido é alcançado, como é o exemplo do transportador, que se compromete a levar
o credor a um local determinado. V

3. As obrigações instantâneas são as prestações cuja realização se esgota num momento


ou num período tão limitado de tempo que equivale praticamente a um momento. É o
caso da entrega de certa coisa, do pagamento do preço (numa só prestação), do
transporte num elevador, num táxi, num ônibus etc. V
4. A obrigação de execução diferida é a que também se exaure em um só ato, porém a ser
realizado em data futura e não no mesmo instante em que é contraída. V

5. A obrigação de execução continuada da prestação é a que se prolonga no tempo, sem


solução de continuidade ou mediante prestações periódicas ou reiteradas. V

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