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:--::. -l,fuitas feridas sác¡ ainda te- c-r'ir1éncia para nós, cs ociden-
c:r-lics e nen.l foranr peregrinas. tais
-
de que exisie uma singular
J'rlniree explif ica a-s invas6es so- -
exlxriéncia que soirerenios lTas
:r:ias pela Rírssi¿r: 1610, 1709, máOs clo mUndo: r.r que o mundO
1:11. 1915 e 1941; lembra a es- ester.e sof rendo llas máo-s do Oci-
:::.r'isagáo c deportagáo tlos afri- clente durante celto núntero de sé-
. .:': : Coln r, fiilt clr servir Comu culos passaclos". fi o mundo que
:,'::amentas vivas aos ociclentais ajusta contas com o ocidente. é o
.:.¡ .\méricas; recorda a guerra desfórqo de uma hurnanidaCe que
.:.-:--íricana tle 1899-1902; em su- até ontcm foi bigorna, mas hoje
.-; "O alarme e a cólera do passou a ser rnartelo. Um martelcr
lr::.tnte ante os recentcs atos df aliado ;i foice, o que é ainda mais
'.:t:sáo russa e chinésa, a cxllelt- Srave.
:i.! do Ocidente ,constitu.,,m urna L. \\i. \i.

C-lcros Cossro Teoría d,e la z¡erdacl ju,rídica, Buenos Aires, Edi-


- S. A., 1954, p. 332.
torial I-osada

e jurídico rio Ocidente, sem con-


::.::-.r dl contcr conleréncias por tudtl poder ser confundida com
... rtalizadas na Universida<le do qualquer teoria ocidental nesscs
-.--:.::c1,. é uma ol¡ra sistemática. O
campos do saber. Nela encontra-
.::: :. p¿irtindo das printeiras pági-
:. .. ::rá. ao fim da leitura, uma mos, segundo Cossio, uma síntese
: ,.:¿ ].,:nt clara da Teoria Epoló-
universal, eln que se encontra pre-
--:::-- .':., Direito,
s€nte o pensamento germánico, o
', :eieririo livro cornpóe-sc dos anglo-americalto e o latino.
..¡.:i:-its capítulos: 1) Circuns- Demonstrou Cossio a insuÍiciéncia
:ir,:i¿ cia apariqáo egológica; 2) do normativismo e do srtciologisn.io.
^r ¡.,:- rio direito: 3) 0 ser da para, por fir¡, sustentar que é nr:
: :r.: : + ) Constituisáo da expe- nroviruento cultura!ista, iniciadr). ntr
:r.:,.::-, i'.rrídica: 5) conhecimento terreno jurídico, por Radbruch,
r :: :-:-1,:rista i ó) -.\ bivaléncia Lask, que deve ser encolltrada a
: ' .: -:,¡ e o érro como fórqa razáo de ser da aparigáo.egológica.
. : :'.'::;',: e cLrmo arbitrariedacle.
'.::.:¿. ContO apéndiCe, Essa apariEáo revela uma teoria ju-
--:::- Cr
rídica que, servindo-se da experién-
:- 1 .- - ' : ':,:-:í s;,O nullA. lOe -
,:: ¡.ri,,loitio ¿go- cia do passado, foi rnais aIém do
mor.imento culturalista.
Sustenta Cossio que o direito
riáo é norma, mas conduta humana.
Como conduta, é um objeto cultu-
ral do tipo egolégico.
q

328 BIBL!CGI.:. . .

O cultural no direito a consideranrr,¡ ::.'. '-


- objeto
direito
-
tem um substrato (conduta) e um subj etivamente.
sentido. Em seu substrato Poderá Sendo o direito co-existe::::-,
ser apreendido pela intuiqáo sensi- exige um método existencial -:
vel, enquanto, em seu sentido, Pela conhecirnento, denominado, !-l
intuigáo intelectual. Mas, esclarece Cossio, de método empírico-diaiéi::
Cossio. náo existem nesse processo O conhecimento juridico é ';=
t1e conhecirnento jurídico duas in- conhecimento de Protagonista, E:'
sensível e a irrtelectual rlue o homenr participa ativan:.::
tuiEóes
- sóaum processo de conhe- Os valores jurídicos sáo todcs ,:.
cimento intuitivo, que, segundo Cos- valores que se enquadram na..-
sio, pode ser consdieraclo como utr1a trutura de " alteridade ontica" i
irrtuigáo existencial. substrato jurídico.
Para Cossio, o direito é conduta Eis ai algumas das idéias sustcn-
humana em interferéncia intersubje- tadas pelo ilustre professor da L-n:-
tiva. Assirn, o direito tem uma versidade de Buenos Aires ness¿
dimensáo co-existencial e náo exis- interressantíssimo iivro, que dev.
tencial sdmente, pois é um fen6- ser iido e meditado por todos o.
meno social. O que distingue o que se interessam pelos Prob.ema.
direito da moral é o fato de se gerais do direito. -- Paulo D,oura-
considerra na moral a conduta em d,o d,e Gttsrp.do.
sua inter{eréncia subjetiva, enquanto

Cenros Cossro La aaloración juríd,ica y la ci'encia del derecho,


- Ecliciones Arayú, 1954, p. 155.
Buenos Aires,

Com ésse livro inicia as "Edi- no terreno axiológico, que se ocupa


diciones Arayít" de Buenos Aires essa obra, Cossio penetra a fundo
(Depalma) a publicaqáo de uma no terreno dos valores jurídicos,
série de livros de " Teoria Geral do náo só com a ajuda das premissas
Direito". f ilosóficas citadas, como, também,

Nessa colegáo já se encontram com a filosofia existencial.


publicados livros de Ymaz e de Nesse livro os valores jurídicos
Aldecoa, esta¡do anunciadas obras sáo tratados de maneira original'
de Benjamin N. Cardozo, Ross. Abandona Cossio a idéia de " Pira-
Patterson. mide" axiológica, Bara aderir a
Cossio, nesse livro, náo se afas- uma concepgáo integral dos valo-
tou das premissas egológicas Por res jurídicos em que a justiga de-
éle tragadas há alguns anos. sempenha um papel preponderante e
Assim, os supostos filosóficos de totalizador de todos os valores ju-
Husserl estáo Presentes nessa rídicos.
obra,. bem como a axiologia de N' Cossio pretendeu estabelecer uma
Hartmann. Porém, princiPalmente relaEáo entre os valores jurídicos
BIBLIOGRAFTA t:-'

c a conduta, Como em seus de- Concluimos zi:.:::..-: ' . .., :


mais livros, sustentou que os va- trabaiho de Co=.: : ..'
lores jurídicos sáo todos os valo- uriginal, cogitand. .. :-
res de estrutura bilateral. biemas mais palpi:a:::.' .:- : ,:'
Analisou, ainda, a jurisprudéncia fia jurídica. P t:,1 --' :":'
-
á 1uz da axiologia. Gusmñ0.

Ar-roxso lsÁñaz pp Aropcol Meditacio*es sobre la ñentifícidcti


-
d,oqwática del, rlerecho p'rocesnl , Buencs Aires, llrliciones Aravú,
1954, p. 1't8.

Ibáñez de Aldecoa nesse livro, á meiro prémio pelo " Instituto Es-
luz da Teoria Egológica do Direito, panhol de Dircito Processuaf i em
se situa €m uma posigáo anti-nor- 1950.
¡rativista. O processualista, Para fazer cién-
Sustenta que a tese normati- cia, tem que se coiocar foia da
visia retira da jurisprudéncia seu posiqáo normativista, consideranrlo,
caráfer científico. O acolhimento tan:bém, o objeto cle suas investiga-
da norma como objeto da jurisPru- g6es uma conduta. Assim, trabalha
diz Aldecoa
cláncia
- imPede
que a -jurisprudéncia seja ciéncia,
éle sóbre as ccrndtttas que intcrvém
no processo.
salro se, coñ: a tese nornrátivista.
se pretenda criar uma Pura lógica. Eis aí, efl poucas Palavras, o

Para que a jurisprudéncia seja pensa:nento central de Ald,ecoa, sus-


ciéncia dogmática é necessário que tentadc nesse int'¡ressante livro. só-
se encare o direito como conduta. bre a possibilidade de ser o direito
Eis aí a tese central desse livro de processual. uma ciéncia dogmática'
Aldecoa, livro laureado com o Pri- Pawlo Dourado ile Gusntdo.
-

EsrnB.rN Yrrr¡z La essencia. d,e la cosa iuegada y otr(ls crlsayos'


- Ediciones Arayú, 1954,
Buenos Aires, p' 2U'
O lirro de Esteban Ym¿tz sóbre a ainda tratado. É que Ytnaz r*'tr-
"coisa julgada" é üm iiésses livros Iucionou de tal forma u, cr:tei'. :
que merecem ser lidos e meditados. clássicos que ¿1es ganharam n'-"''a
O problema clássico da coisa jul- substáncia.
gada recebe aqui ur:r tratamento
-{ razáo de.sa re i rl'.:qác e:iá no
novo, aJastado das posigóes tradí-
cionais. Náo é uma nova roupa- iato tle ter Yn:.2 ¿r:a¡,lc;aio tódas
gem para um lelho tema, mas unt as concePgóe. ciá.sic:-s Pala se
tratamcnto táo novo que iaz Pare- apegar á Te,:ria Egclógica c1o Di-
cer náo ter sido o reÍerido tema :-eit.¡ de Co:=io.

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